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Impresso por JOAO KLEBER, E-mail leiteraniere@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2022 22:54:23 Acarologia ➢ Classe Arachnida; ➢ Caracterizado por seu corpo indiviso - Tagma composto do Gnathosoma (aparelho bucal que faz a fixação) e Idiosoma (porção corporal); ➢ Ametábolos - não sofrem metamorfose (diferenciação do corpo entre estágios), fazem apenas muda (ecdise). Ovo Larva Ninfa Adulto Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.com Ordem Ixodida ➢ Carrapatos; ➢ Parasitas restritamente hematófagos; ➢ Pata 1 contém o órgão de Haller - responsável pela detecção da temperatura, luminosidade e concentração de CO2; ➢ Gnathosoma com hipostônio armado (dentes) - adesão durante a hematofagia. Três ordens de destaque na medicina veterinária: ordem Ixodida, ordem Astigmata e ordem Actinedida. Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.com Família Ixodidae Dois tipos de ciclos: ➢ Homoxeno: O parasita sofre ecdise no próprio animal. Entra como larva e sai como adulto (fêmea cai para por ovos). No ambiente podem ser encontradas fêmeas (que acabaram de fazer a postura), ovos e larvas (que acabaram de eclodir). ➢ Heteroxeno: sai do animal para sofrer ecdise no ambiente. Diferentes estratégias de controle são necessárias para o controle de carrapatos que fazem ciclo homoxeno e heteroxeno. Em ciclos heteroxenos é mais eficaz medicar quando há estágios larvares e ninfas. Aplicar o remédio em animais que contém a fase adulta é inútil, uma vez que o macho já iria se desprender e morrer, e a fêmea sai do corpo para fazer a postura. Além disso a fêmea pode passar aos ovos resistência ao medicamento. Impresso por JOAO KLEBER, E-mail leiteraniere@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2022 22:54:23 Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.com Fases de vida dos carrapatos 1. Neolarvas: são larvas que acabaram de sair do ovo e ainda não se alimentaram. Produzem feromônios para ficarem unidas e têm geotropismo negativo. 2. Metalarvas: são larvas que já fizeram a primeira alimentação e ficaram regurgitadas, portanto são maiores que as neolarvas. 3. Neoninfa: ninfas que acabaram de sofrer ecdise e ainda não se alimentaram. 4. Metaninfa: ninfas ergugitadas. 5. Neoandro: macho adulto que ainda não se alimentou. 6. Neógina: fêmea adulta que ainda não se alimentou 7. Gonandro: macho alimentado que se desprendeu e está pronto para copular com as fêmeas (partenóginas) que ele atraiu para próximo. 8. Partenógina: fêmea que está se alimentando (momento em que o macho faz a cópula). 9. Telógina: fêmea ergugitada pronta para realizar a postura. 10. Quenógina: fêmea pós postura, portanto perto da morte. Rhipicephalus (Boophilus) microplus: Carrapato do boi. Quando este hospedeiro está indisponível, pode ser encontrando parasitando outros ruminantes ou equinos. Realiza ciclo homoxeno e tende a se localizar na base da cauda, barbela, peito e face interna da coxa no animal. Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.com Amblyomma spp.: Realiza ciclo heteroxeno e é polixévico (tem baixa especificidade de hospedeiro). Gnathosoma mais forte, favorecendo sua baixa especificidade. Pode ser visto parasitando inúmeros hospedeiros, como bovinos, caninos, felinos, equinos, répteis e etc. Obs: Amblyomma cajennense é a espécie popularmente conhecida como carrapato estrela. Rhipicephalus (Rhipicephalus) sanguineus: É um carrapato adaptado a urbanização. Ciclo heteroxeno. É o carrapato do cachorro, embora já tenha sido citado parasitando aves, mas especialmente humanos (devido à relação cão-homem). As larvas tentem a se alojar no pescoço e os adultos na parte interna do pavilhão auditivo e espaços interdigitais. Dermacentor nittens: Carrapato da orelha do cavalo, embora já tenha sido visto parasitando outros equinos, bovinos, caninos e felinos. Ciclo homoxeno e pode ser encontrado também na crina ou na face interna da pata do animal. Impresso por JOAO KLEBER, E-mail leiteraniere@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2022 22:54:23 Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.comFamília Argasidae ➢ Conhecido como carrapato mole (não apresenta escudo dorsal); ➢ A cutícula desse carrapato tem estruturas (cavidades ou espinhos); ➢ Mais encontrado no oriente (Ásia); ➢ Os adultos possuem um Gnathosoma ventral, enquanto formas imaturas apresentam Gnathosoma dorsal; ➢ Carrapatos de comportamento permanente, portanto a muda (ecdise) ocorre no corpo do animal. Ornithodoros sp.: Conhecido como carrapato do chão, apenas os adultos sobem no animal para se alimentar. Comum em animais silvestres. Possuem uma cutícula granulosa. Na África são mais comuns e conhecidos por causar a peste suína. Algumas espécies são destacadas para certos hospedeiros como: no porcoO. braziliensis do mato; em coelhos, ratos, saguis eO. rostratus homem; em porco, porco do mato e homem.O. talaje Argas spp.: É predominante em aves (galiformes), possuem hábitos noturnos. A postura é fragmentada, podendo por em média 700 ovos ao longo de 8 a 10 posturas. Otobius megnini: as formas imaturas são encontradas na orelha de bovinos. Por sua vez, os adultos não se alimentam, ficam no chão e seu metabolismo é reduzido. São homoxenos e possuem uma cutícula espinhosa. Importância médica veterinária dos Ixodidas Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.com Danos: transmissão de patógenos, Inoculação de toxinas e danos diretos (exsanguinação e induzir miíase). ➢ .Toxicóides epiteliotrópicos: Amblyomma cajennense ➢ Toxicóides neurotrópicos: Rhipicephalus (Boophilus) microplus e (Austrália). O Ixodes holocylus I. holocylus libera uma toxina volátil com meia vida curta, porém pode levar a óbito touros e crianças em 48h. É comum também em felinos e bovinos. ➢ (oToxicóides hematotrópicos: Dermacentor nittens sangue fica bem fluído). Impresso por JOAO KLEBER, E-mail leiteraniere@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2022 22:54:23 Ordem Astigmata Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.com São ácaros que não possuem estigma respiratório, ou seja, a respiração ocorre pela cutícula. Como consequência da falta de estigma, o Idiosoma é pouco esclerotizado (muito fino), exceto na parte da coxa (apódemas), onde há um reforço da esclerotina, conferindo resistência ao movimento. As patas são ambulacrais, ou seja, possuem uma ventosa que é utilizada para garantir melhor o deslocamento e adesão no corpo. Família Sarcoptidae Sarcoptes scabiei e Notoedres cati. ➢ Escavadoras - sarna profunda, produz galerias e estimulam uma resposta imune (mais nutrientes); ➢ Gnathosoma curto, um Idiosoma globuloso, corpo com espinhos/estrias e suas patas 3 e 4 são pouco desenvolvidas. ➢ As fêmeas depositam os ovos nas galerias; ➢ As larvas e ninfas se mantêm nas galerias e ascendem para ecdise; ➢ A patologia está associada com a presença da fêmea (escavadora). Notoedres cati: Típica de gatos, tendo inicio da escavação nas orelhas e se espalhando pela face. Possui estriações concêntricas, escamas dorsais arredondadas e dispostas transversalmente. A abertura anal é dorsal. As fêmeas apresentam ventosas nas pernas 1 e 2. Notoedres cati: 6-10 dias Sarcoptes scabiei: 17-21 dias Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.com Família Knemidocoptidae Sarcoptes scabiei: Parasita de mamíferos causador da sarna sarcóptica ou escabiose. A fêmea é mais ativa a noite e o seu processo de escavação costuma começar ao redor dos olhos. O diagnóstico é feito através da observação das fêmeas em raspado de pele, onde pode-se observar uma abertura anal terminal em formatode V, típica da espécie. Knemidocoptes spp. ➢ Ácaro de aves (especial calopsitas e canários), comum em bicos e pés; ➢ Patas curtas, apodemas propodossomais e um Idiosoma globuloso; ➢ Ácaro profundo, utiliza a estrutura do estrato corne para se infiltrar; ➢ Causa a sarna Knemodocóptica, sarna podal ou sarna de bico; ➢ Apresenta escamas na cutícula e iniciam um processo infeccioso caseoso. Impresso por JOAO KLEBER, E-mail leiteraniere@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2022 22:54:23 Família Psoroptidae Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.com ➢ Sarnas superficiais (não escavam/não formam galerias); ➢ Gnathosoma longo (cônico) e mais ativo, cutícula sem espinhos e Idiosoma ovalado; ➢ Pedicelo (pré-tarso) com ventosas ( + mobilidade); ➢ Machos: pata 4 menor, dá espaço para abertura copulatória; ➢ O diagnóstico é conclusivo a partir da observação dessa característica específica dos machos. Psoroptes equi: Típico de pavilhão auricular de coelhos. No cavalo é comum na face e no dorso, enquanto em ovelhas a cabeça costuma ser o local atingido. O ambulacro possui um pedicelo trissegmentado e seu Gnathosoma é cônico. Se alimentam do exsudato celular decorrente da perfuração da epiderme (superficial). É chamada de sarna psoróptica Otodectes cynotis: Comum em cães, gatos e furões, especialmente no pavilhão auditivo (Ácaro de ouvido - Otoacaríse. Secreção otorréica (preta) visível no animal infectado. Gnathosoma pequeno com um pedicelo do ambulacro curto e não segmentado e ventosas robustas. É classificado como um ácaro micófago pela sua relação com infecções fúngicas. Chorioptes bovis: Comum em animais de produção, podendo causar lesões em membros inferiores, como na pata, e ascender. O pedicelo se diferencia do por não ser segmentado eP. equi as ventosas pouco desenvolvidas. Causa a sarna carióptica. Ordem Actinedida Marina Morena Gonçalves mmorenacg@gmail.com São ácaros que possuem abertura respiratória na base do Gnathosoma. O seu Gnathosoma é curto. Causa a chamada sarna dermodécia ou dermodiciose. Suas lesões não produzem crosta. O ácaro se aloja no folículo piloso, podendo viver até como comensal, porém pode causar alopecia, especialmente no rosto. O único gênero de interesse na medicina veterinária é o sp., chamada de sarnaDemodex demodécica. Instalam-se no folículo piloso. Possuem o corpo alongado com histerosoma estriado, patas telescopadas e Gnathosoma curto. A pata é pouco desenvolvida (não andam, são levados pela secreção pilosa). Família Demodicidae Pode ocorrer a transmissão mamária do filho (não é transmamária) no ato da amamentação, quando o filhote encosta o focinho na teta da mãe, onde os folículos pilosos estão infectados
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