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1 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução ............................................................................................................................................. 4 
Organização do serviço de urgência na rede de atenção à saúde.......................................... 5 
Finalidade da Rede de Urgência e Emergência ..................................................................................... 7 
Componentes da Rede de Urgência .......................................................................................................... 8 
Classificação de Risco .................................................................................................................................. 14 
Portaria GM/MS 354/2014 ........................................................................................................... 17 
Requisitos para os Serviços de Urgências ................................................................................. 19 
Recursos Humanos ........................................................................................................................... 20 
Infraestrutura física ...................................................................................................................................... 20 
Matérias e equipamentos ........................................................................................................................... 22 
Transporte Inter Hospitalar ...................................................................................................................... 24 
Biossegurança ................................................................................................................................................. 24 
Atendimento inicial às urgências ................................................................................................. 36 
Reconhecimento do paciente gravemente enfermo ....................................................................... 36 
Classificação clínica e tratamento .......................................................................................................... 43 
Simulado .............................................................................................................................................. 45 
Gabarito ............................................................................................................................................... 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá Pessoal, vamos nessa com força total rumo a sua aprovação? 
 
Hoje vamos continuar a estudar as Emergências e dessa vez abordaremos a rede 
de urgência e emergência, classificação de risco, estrutura das unidades de emergências 
(Portaria 354/2014), além da abordagem inicial das intercorrências clínicas. Na próxima 
aula continuaremos a estudar outros tipos de intercorrências clínicas, como o infarto 
agudo do miocárdio, tromboembolismo pulmonar, crises convulsivas, crises 
hipertensivas, acidente vascular encefálico, abdome agudo e outras intercorrências. 
 
A impressão inicial do paciente em situação de urgência forma uma “fotografia 
instantânea” mental que possibilita o reconhecimento rápido de instabilidade fisiológica. 
As funções vitais devem ser sustentadas até que se defina o diagnóstico específico e que 
o tratamento apropriado seja instituído para corrigir o problema subjacente. 
 
A detecção precoce dos sinais de deterioração clínica e as abordagens específicas 
são decisivas para o prognóstico. Vamos nessa! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA NA REDE 
DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
Em 2000, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe critérios para o desenho 
das redes de atenção à saúde, sob a denominação de “integração do sistema”. Em sentido 
ampliado, a integração em saúde é um processo que consiste em criar e manter uma 
governança comum de atores e organizações autônomas, com a finalidade de coordenar 
a interdependência e permitir cooperação para a realização de um projeto coletivo. 
Nessa perspectiva, integram-se diferentes subsistemas, relacionando a clínica e a 
governança a valores coletivos. Essas dimensões da integração correspondem, na 
tipologia proposta por Mendes (2001), à gestão da clínica e a dos pontos de atenção. 
Pontos de Atenção são os locais de atendimentos, conforme a figura abaixo: 
 
 
 
 
6 
 
As redes são conjunto de pontos de atenção à saúde que se articulam, pela via das 
tecnologias de gestão da clínica, numa rede capaz de prestar atenção contínua à 
população adstrita. Mendes (2002) afirma que a atenção primária à saúde deve cumprir, 
nas redes de atenção à saúde, três funções: 
 
1. Resolução, 
2. Coordenação e 
3. Responsabilização. 
 
A função de resolução consiste em solucionar a maioria dos problemas de saúde; a 
função de coordenação consiste em organizar os fluxos e contra fluxos das pessoas e 
coisas pelos diversos pontos de atenção à saúde na rede; e a função de responsabilização 
consiste em se corresponsabilizar pela saúde dos usuários em quaisquer pontos de 
atenção em que estejam sendo atendidos. 
 
Na organização de redes de resposta às condições agudas, a atenção primária tem 
funções de resolução nos casos que lhe cabem (baixo risco) e de responsabilização, mas a 
função de coordenação passa a ser de outra estrutura (no caso, o complexo regulador). 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Observe que o atendimento de referência e contra referência que outrora era em 
uma pirâmide, hoje é trabalhado em rede aumentando a integralidade da atenção e a 
relação com os pontos de atenção, conforme analisamos na imagem abaixo: 
 
 
 
Quando falamos especificamente na rede de urgência e emergência a central de 
regulação participará ativamente, mas a unidade básica também está inserida nesse 
contexto. 
Observe os pontos de atenção que temos na rede de urgência e emergência: 
 
Finalidade da Rede de Urgência e Emergência 
 
Articular e integrar todos os equipamentos de saúde com o objetivo de ampliar e 
qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de 
urgência/emergência, de forma ágil e oportuna. 
 
Base do processo e dos fluxos assistenciais: 
I. O acolhimento com classificação de risco e resolutividade; 
II. PRIORIDADE – linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e 
traumatológica. 
 
8 
 
Componentes da Rede de Urgência 
 
• Promoção e prevenção. 
• Atenção primária: Unidades Básicas de Saúde; 
• UPA e outros serviços com funcionamento 24h; 
• SAMU 192; 
• Portas hospitalares de atenção às urgências – SOS Emergências; 
• Enfermarias de retaguarda e unidades de cuidados intensivos; 
• Inovações tecnológicas nas linhas de cuidado prioritárias: AVC, IAM, traumas; 
• Atenção domiciliar – Melhor em Casa. 
 
 
 
Vamos detalhar esses componentes? 
 
1 - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde  prevenção das violências e acidentes, 
das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis; 
2 – ABS  ampliação do acesso, fortalecimento do vínculo e responsabilização e o 
primeiro cuidado às urgências e emergências, em ambiente adequado, até a transferência 
a outros pontos de atenção; 
3 - SAMU 192 e Centrais de Regulação Médica das Urgências  Chegar precocemente 
à vítima, garantir atendimento e transporte; 
 
9 
 
4 - Sala de Estabilização estabilização de pacientes críticos, com condições de garantir 
a assistência 24 horas, vinculado e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior 
encaminhamento à RAS pela regulação das urgências; 
5 - Força Nacional de Saúde do SUS  situações de risco ou emergenciais para 
populações com vulnerabilidades específicas e/ou em regiões de difícil acesso; 
6 - UPA 24h  complexidade intermediária entre as UBS e hospitais. Prestar 
atendimento resolutivo e qualificadoaos pacientes acometidos por quadros agudos; 
7 – Hospitalar  Portas Hospitalares de Urgência, pelas enfermarias de retaguarda, 
pelos leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem e de 
laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias; 
8 - Atenção Domiciliar  conjunto de ações integradas e articuladas de promoção à 
saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, que ocorrem no domicílio, 
constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde. 
 
Veja como essa temática foi cobrada em prova? 
 
 
(AOCP 2015) É um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e tem como 
objetivo chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde que 
possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário, garantir 
atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente 
hierarquizado e integrado ao SUS. O enunciado refere-se: 
 
a) à sala de estabilização. 
b) à unidade de pronto atendimento. 
c) ao serviço móvel de urgência. 
d) à atenção hospitalar. 
 
 
Comentários: 
A definição acima refere-se ao SAMU - Serviço móvel de urgência, letra C. 
Vamos relembrar os conceitos dos demais itens? 
Letra A - Sala de Estabilização estabilização de pacientes críticos, com condições de garantir 
a assistência 24 horas, vinculado e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior 
encaminhamento à RAS pela regulação das urgências; 
 
10 
 
Letra B - UPA 24h  complexidade intermediária entre as UBS e hospitais. Prestar atendimento 
resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos; 
Letra D – Hospitalar  Portas Hospitalares de Urgência, pelas enfermarias de retaguarda, pelos 
leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas 
linhas de cuidados prioritárias; 
 
Resposta Correta: 
c) ao serviço móvel de urgência. 
 
 
(HU-UFRN/IADES/2014) Assinale a alternativa que apresenta as principais diretrizes 
que norteiam a implementação das Redes de Urgências e Emergências. 
 
a) Classificação de risco, regionalização da saúde e atuação territorial, regulação do 
acesso aos serviços de saúde. 
b) Pacto de Gestão e Plano Diretor de Regionalização. 
c) Plano Diretor de Regionalização e organização do processo de trabalho por intermédio 
de equipes multidisciplinares. 
d) Pacto de Gestão e articulação interfederativa 
 
Comentários: 
São diretrizes da rede de urgência: Classificação de risco, regionalização da saúde e atuação 
territorial, regulação do acesso aos serviços de saúde. 
As demais alternativas são instrumentos de gestão do SUS. 
 
Resposta Correta: 
a) Classificação de risco, regionalização da saúde e atuação territorial, regulação do 
acesso aos serviços de saúde. 
 
 
(IF-RJ 2017) São componentes da Rede de Atenção às Urgências do Sistema Único de 
Saúde, descritos na Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, EXCETO: 
 
 a) Unidades de Pronto Atendimento e Hospital. 
 
11 
 
 b) Saúde suplementar e Centrais de Regulação Médica. 
 c) Sala de Estabilização e Força Nacional de Saúde do SUS. 
 d) Atenção Domiciliar e Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde. 
 e) Atenção Básica em Saúde e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. 
 
Comentário: 
A saúde suplementar não é componente da rede de urgência. 
 
Resposta Correta: 
b) Saúde suplementar e Centrais de Regulação Médica. 
 
 
(IADES EBSERH/UFRN 2014) Assinale a alternativa que apresenta os objetivos da 
Atenção Hospitalar das Redes de Atenção as Urgências e Emergências (RUE). 
 
a) Garantir atenção hospitalar nas linhas de cuidado prioritárias em articulação com 
os demais pontos de atenção. 
b) Padronizar o visual da unidade. 
c) Manter a atenção básica. 
d) Sistematizar, ampliar e consolidar o atendimento pré-hospitalar de forma a 
reduzir a mortalidade dos eventos violentos. 
 
Comentários: 
Letra A. A rede de urgência e emergência prioriza linhas de cuidados e articula os pontos de 
atenção, ou seja, entre as unidades que compõe a rede, as unidades básicas, UPAS, SAMU, 
hospital e outros. 
Letra B. Errado. O visual da unidade não é a prioridade. 
Letra C. Errado. Apesar da unidade básica ser a organizadora da rede ela não é exclusiva, deve 
agir junto com os outros níveis de atenção. 
Letra D. Errado. Essa corresponde a atuação do SAMU e não da rede de urgência como um todo. 
 
Resposta Correta: 
a) Garantir atenção hospitalar nas linhas de cuidado prioritárias em articulação com os 
demais pontos de atenção. 
 
12 
 
(IADES EBSERH 2014) Com base na Portaria no 1.600/2011, assinale a alternativa que 
apresenta uma das diretrizes da Rede de Atenção às Urgências. 
 
a) Restrição do acesso aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os 
pontos de atenção, contemplando assim, finalmente, a classificação de risco e 
intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos. 
b) Garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências 
clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a 
causas externas (traumatismos, violências e acidentes). 
c) Municipalização do atendimento às urgências, com articulação das diversas redes de 
atenção e acesso regulado aos serviços de saúde. 
d) Humanização da atenção, garantindo efetivação de um modelo descentralizado com 
relação ao usuário e fundamentado nas necessidades de saúde dele. 
e) Segmentação de determinados serviços, constituindo redes de saúde independentes. 
Comentários: 
Letra A. Errado. Ampliação da rede e não restrição. 
Letra C. Errado. Não é a municipalização e sim a regionalização. 
Letra D. Errado. Descentralização é com relação ao serviço de saúde e não com relação ao 
usuário. LEMBRE-SE - Quando falar usuário é centralização. 
Letra E Errada. A rede não é segmentada e sim articulada e integrada. 
 
Resposta Correta: 
b) Garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências 
clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a 
causas externas (traumatismos, violências e acidentes). 
 
 
(AOCP EBSERH 2014) A UPA 24 h é entendida como: 
 
a) unidade hospitalar para internamento de quadros agudos ou agudizados e 
também atendimento inicial à vítima de trauma. 
b) alto nível de complexidade hospitalar, disponibilizando leitos de terapia intensiva. 
 
13 
 
c) unidade de baixa complexidade, para atendimento de clientes com quadro clínico 
estável. 
d) porta de entrada prioritária na rede de atenção em saúde no SUS. 
e) o estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as Unidades 
Básicas de Saúde e a Rede Hospitalar. 
 
Comentários: 
Letra E. Correto. Essa alternativa mostra a UPA como unidade intermediária entre a UBS e o 
hospital. 
Vamos lembrar as regras da UPA: 
• Funciona 24h; 
• Paciente não fica internado; 
• Equipe multiprofissional de acordo com seu porte. 
 
Letra A: Na UPA não há internação. 
Letra B e C: Não é baixa e nem alta complexidade, é complexidade intermediária. 
Letra D: A porta de entrada prioritária é a UBS. 
 
Resposta Correta: 
a) o estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as Unidades 
Básicas de Saúde e a Rede Hospitalar. 
 
 
(AOCP 2015) Constitui uma das diretrizes da Rede de Atenção às Urgências, a 
ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de 
saúde em todos os pontos de atenção, com a intervenção adequada e necessária aos 
diferentes agravos, contemplando a: 
a) vulnerabilidade social. 
b) população urbana. 
c) classificação de risco 
d) consulta médica. 
e) atividade multiprofissional. 
 
 
14 
 
Comentários: 
A classificação de risco é a diretriz da atenção da rede de urgência e emergência, vamos conferir 
as demais. 
Diretrizes da rede de urgência: 
a) Classificação de risco; 
b) Regionalização da saúde e atuação territorial;c) Regulação do acesso aos serviços de saúde. 
 
Resposta Correta: 
c) classificação de risco 
 
Classificação de Risco 
 
Em situação de atenção à urgência e emergência, o acolhimento deve estar 
associado a uma classificação de risco. Vamos agora entender um pouco desse processo 
para qualificar a assistência a ser prestada. A classificação de risco é um processo 
dinâmico de identificação dos usuários que necessitam de tratamento imediato, de 
acordo com o potencial de risco, agravos à saúde e grau de sofrimento (BRASIL, 2004). O 
objetivo do acolhimento com classificação de risco é a melhoria do atendimento. 
 
Os objetivos operacionais esperados são: 
• Determinar a prioridade; e 
• Hierarquizar o atendimento conforme a gravidade. 
 
 
 
Seu objetivo é estabelecer uma prioridade clínica para o atendimento de urgência 
e emergência. 
 
 
15 
 
A forma como se classificam as queixas de urgência e emergência deve ser a 
mesma em todos os pontos da rede, pois somente dessa forma teremos uma linguagem 
única na rede, inclusive a da equipe de saúde da UBS. 
 
Os resultados esperados com a implantação da classificação de risco com acolhimento 
são: 
1. Diminuir mortes evitáveis. 
2. Extinguir a triagem por funcionário não qualificado. 
3. Priorizar de acordo com critérios clínicos e não por ordem de chegada. 
4. Criar a obrigatoriedade de encaminhamento responsável, com garantia de acesso 
à rede. 
5. Aumentar a eficácia do atendimento. 
6. Reduzir o tempo de espera. 
7. Detectar casos que provavelmente se agravarão se o atendimento for postergado. 
8. Diminuir a ansiedade do usuário, acompanhantes e funcionários. 
9. Aumentar a satisfação dos profissionais e usuários, com melhoria das relações 
interpessoais. 
10. Padronizar dados para estudo e planejamento de ações. 
 
Para que o acolhimento seja resolutivo são imprescindíveis a utilização da 
classificação de risco e o atendimento com critérios de priorização. Os usuários 
categorizados em situação de emergência ou em casos de muita urgência devem receber 
avaliação e tratamento simultâneos e imediatos. 
 
Eles devem receber o primeiro atendimento no ponto de atenção no qual derem 
entrada, sendo importante que a equipe de Saúde da Família esteja preparada 
tecnicamente e com equipamentos adequados para prestar esse atendimento. Os 
usuários categorizados em situação pouco urgente ou não urgente devem receber 
avaliação e tratamento na própria UBS, pois a equipe de Saúde da Família é a competente 
para o tratamento desses casos. 
 
16 
 
 
 
 
(AOCP UFCG EBSERH 2017) Sobre o conteúdo incluso na Portaria nº 1.600/2011, que 
reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às 
Urgências no Sistema Único de Saúde, assinale a alternativa correta. 
 
a) Prioriza as linhas de cuidados cardiovascular, respiratória e traumatológica. 
b) As Unidades de Pronto Atendimento devem prestar o primeiro atendimento em 
casos agudos e agudizados de natureza clínica e primeiro atendimento nos traumas, 
excluindo-se casos de natureza cirúrgica. 
c) O componente hospitalar é constituído exclusivamente por Pronto-Socorro e UTI. 
d) Força Nacional do SUS, Unidades de Pronto atendimento e Atenção domiciliar 
integram a Rede de Atenção às Urgências. 
e) Acolhimento com classificação de risco constituem uma das bases dos fluxos 
assistenciais apenas das UPAs, Pronto-Socorro e SAMU. 
Comentário: 
Letra A. A rede de urgência prioriza as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e 
traumatológica. 
Letra B. O primeiro atendimento das UPAS incluem os casos de natureza cirúrgica, conforme 
vimos na Portaria 1600/2011 
 
17 
 
II - as Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 h) e o conjunto de Serviços de Urgência 24 
Horas não hospitalares devem prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes 
acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza clínica e prestar primeiro 
atendimento aos casos de natureza cirúrgica ou de trauma, estabilizando os pacientes e 
realizando a investigação diagnóstica inicial, definindo, em todos os casos, a necessidade ou não, 
de encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade. 
Letra C. Errado. Observe a composição do componente hospitalar: 
Art. 11. O Componente Hospitalar será constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas 
enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico por 
imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias. 
 
 
Resposta Correta: 
d) Força Nacional do SUS, Unidades de Pronto atendimento e Atenção domiciliar 
integram a Rede de Atenção às Urgências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
PORTARIA GM/MS 354/2014 
 
Proposta de Projeto de Resolução "Boas Práticas para Organização e 
Funcionamento de Serviços de Urgência e Emergência". 
 
No anexo dessa portaria encontramos regras para o adequado funcionamento das 
emergências. No início desse anexo encontramos uns conceitos que precisamos reforçar. 
 
Vamos diferenciar urgência e emergência? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
REQUISITOS PARA OS SERVIÇOS DE URGÊNCIAS 
 
Os Serviços de Urgência e Emergência fixo podem funcionar como um serviço de 
saúde independente ou inserido em um estabelecimento com internação com maior 
capacidade de resolução. 
 
 
 
1. Devem estar organizados e estruturados considerando as necessidades da rede de 
atenção à saúde existente. 
2. Devem possuir habilitação ou Licença de Funcionamento, expedida pelo órgão 
sanitário competente, de acordo com a normativa de cada Estado Parte. 
3. A construção, reforma ou adaptação da estrutura física do Serviço de Urgência e 
Emergência deve ser precedida da análise e aprovação do projeto junto ao órgão 
competente. 
4. É de responsabilidade da administração do serviço de saúde prever e prover os 
recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos necessários para o 
funcionamento dos Serviços de Urgência e Emergência. 
5. 5 A direção do serviço de saúde e o chefe do Serviço de Urgência e Emergência têm 
a responsabilidade de planejar, implementar e garantir a qualidade dos processos. 
6. Deve dispor de instruções escritas e atualizadas das rotinas técnicas 
implementadas. 
7. As rotinas técnicas devem ser elaboradas em conjunto com as áreas envolvidas na 
assistência ao paciente, assegurando a assistência integral e a 
interdisciplinariedade. 
8. Deve possuir estrutura organizacional documentada; preservar a identidade e a 
privacidade do paciente, assegurando um ambiente de respeito e dignidade; 
promover um ambiente acolhedor; oferecer orientação ao paciente e aos 
familiares em linguagem clara, sobre o estado de saúde e a assistência a ser 
prestada, desde a admissão até a alta. 
 
 
20 
 
RECURSOS HUMANOS 
 
Todo Serviço de Urgência e Emergência deve dispor dos seguintes profissionais de 
saúde: um Responsável Técnico com formação médica, legalmente habilitado; 
 
Todo Serviço de Urgência e Emergência deve dispor de equipe médica em 
quantidade suficiente para o atendimento durante 24 horas; 
O Serviço de Urgência e Emergência de maior complexidade deve contar com 
profissionais especializados de acordo com o perfil de atenção, capacitados para 
atendimento das urgências e emergências; 
Um enfermeiro exclusivo da unidade, responsável pela coordenação da 
assistência de enfermagem; 
Equipe de enfermagem em quantidade suficiente para o atendimento durante 24 
horas em todas as atividades correspondentes; 
Todos os profissionais dos Serviços de Urgência e Emergência devem ser 
vacinados de acordo com a normativa nacional vigente; 
 
 
 
O Serviço de Urgência e Emergência deve promover treinamento e educação 
permanente em conformidade com as atividades desenvolvidas, a todos os profissionaisenvolvidos na atenção aos pacientes, mantendo disponíveis os registros de sua realização 
e da participação destes profissionais. 
 
Infraestrutura física 
 
O Serviço de Urgência e Emergência deve dispor de infraestrutura física 
dimensionada de acordo a demanda, complexidade e perfil assistencial da unidade, 
garantindo a segurança e a continuidade da assistência ao paciente. 
O Serviço de Urgência e Emergência deve garantir, conforme o perfil assistencial, 
o acesso independente para pediatria. 
 
21 
 
O Serviço de Urgência e Emergência deve possuir de acordo com o perfil de 
atenção, os seguintes ambientes: 
1. Área externa coberta para entrada de ambulâncias; 
2. Sala de recepção e espera, com banheiros para usuários; 
3. Sala para arquivo de Prontuários ou Fichas de Atendimento do Paciente; 
4. Sala de classificação de risco; 
5. Área para higienização; 
6. Consultórios; 
7. Sala para assistente social; 
8. Sala de procedimentos com área para sutura, recuperação, hidratação, e 
administração de medicamentos; 
9. Área para nebulização; 
10. Sala para reanimação e estabilização; 
11. Salas para observação e isolamento; 
12. Posto de enfermagem; 
13. Banheiro completo; 
14. Depósito para resíduos sólidos; 
15. Depósito para material de limpeza; 
16. Vestiários e banheiros para profissionais; 
17. Farmácia; 
18. Almoxarifado. 
 
Os Serviços de Urgência e Emergência que prestam atendimento cirúrgico devem 
contar em sua área física ou no estabelecimento onde estiver inserido, com: 
 
1. Centro Cirúrgico; 
2. Áreas de apoio técnico e logístico. 
 
O Serviço de Urgência e Emergência que presta atendimento traumatológico e 
ortopédico deve contar em sua área física ou no estabelecimento onde está inserido, com 
sala para redução de fraturas e colocação de gesso. Deve possuir em suas instalações: 
 
 
22 
 
1. Sistema de energia elétrica de emergência para os equipamentos de suporte à vida 
e para os circuitos de iluminação de urgência; 
2. Circuitos de iluminação distintos, de forma a evitar interferências 
eletromagnéticas nos equipamentos e nas instalações; 
3. Sistema de abastecimento de gás medicinal, com ponto de oxigênio, e ar medicinal 
nas salas de nebulização, sala de observação e sala de reanimação e estabilização. 
 
O Serviço de Urgência e Emergência deve possuir áreas de circulação e portas 
dimensionadas para o acesso de macas e cadeiras de rodas. 
 
Matérias e equipamentos 
 
O Serviço de Urgência e Emergência deve manter disponível na unidade: 
1. Estetoscópio adulto e infantil; 
2. Esfigmomanômetro adulto e infantil; 
3. Otoscópio adulto e infantil; 
4. Oftalmoscópio; 
5. Espelho laríngeo; 
6. Ventilador manual e reservatório adulto e infantil; 
7. Desfibrilador; 
8. Marcapasso externo; 
9. Monitor cardíaco; 
10. Oxímetro de pulso; 
11. Eletrocardiógrafo; 
12. Equipamentos para aferição de glicemia capilar; 
13. Aspiradores; 
14. Bombas de infusão com bateria e equipo universal; 
15. Cilindro de oxigênio portátil e rede canalizada de gases, definido de acordo com o 
porte da unidade; 
16. Cama hospitalar com rodas e grades laterais; 
17. Máscara para ventilador adulto e infantil; 
18. Ventilador mecânico adulto e infantil; 
 
23 
 
19. Foco cirúrgico portátil; 
20. Foco cirúrgico com bateria; 
21. Negatoscópio; 
22. Máscaras, sondas, drenos, cânulas, pinças e cateteres para diferentes usos; 
23. Laringoscópio adulto e infantil; 
24. Material para traqueostomia; 
25. Equipos de macro e microgotas; 
26. Material para pequena cirurgia; 
27. Colares de imobilização cervical tamanhos P, M e G; 
28. Prancha longa para imobilização do paciente em caso de trauma; 
29. Prancha curta para massagem cardíaca; 
30. Equipamentos necessários para reanimação cardiorrespiratória; 
31. Medicamentos para assistência em urgências e emergências; 
32. Poltrona removível destinada ao acompanhante. 
 
O Serviço de Urgência e Emergência deve: 
 
1. Manter instruções escritas, de uso e manutenção, referentes a equipamentos ou 
instrumentos, as quais podem ser substituídas ou complementadas pelos manuais 
do fabricante; 
2. Assegurar o estado de integridade do equipamento; 
3. Registrar a realização das manutenções preventivas e corretivas. 
 
Os medicamentos, materiais, equipamentos e instrumentos utilizados, nacionais e 
importados, regularizados de acordo com a normativa nacional vigente. 
 
A equipe do Serviço de Urgência e Emergência deve: 
 
1. Implantar e implementar ações de farmacovigilância, tecnovigilância, 
hemovigilância e ações de prevenção e controle de infecções e de eventos 
adversos; 
2. Contribuir com a investigação epidemiológica de surtos e eventos adversos e 
adotar medidas de controle; 
 
24 
 
3. Proceder ao uso racional de medicamentos, especialmente de antimicrobianos. 
 
Todo paciente deve ser avaliado pela equipe assistencial em todos os turnos, com 
registro em prontuário ou ficha clínica legível e devidamente assinada. 
 
Transporte Inter Hospitalar 
 
O Serviço de Urgência e Emergência deve ter disponível, para o transporte de 
pacientes, materiais e medicamentos de acordo com as necessidades de atendimento. 
Todo paciente grave deve ser transportado com acompanhamento contínuo de um 
médico e de um profissional de enfermagem, com habilidade comprovada para 
atendimento de urgência e emergência, inclusive cardiorrespiratória. 
 
 
 
O transporte do paciente deve ser realizado de acordo com o manual de normas, 
rotinas e procedimentos estabelecidos pela equipe do serviço de forma a garantir a 
continuidade da assistência. 
 
Biossegurança 
 
O Serviço de Urgência e Emergência deve manter atualizadas e disponíveis, para 
todos os profissionais de saúde, instruções escritas de biossegurança. 
 
Vamos agora detalhar a classificação de risco pelo Manual do Ministério da Saúde: 
 
25 
 
A Portaria 2048 do Ministério da Saúde propõe a implantação nas unidades de 
atendimento de urgências o acolhimento e a “triagem classificatória de risco”. De acordo 
com esta Portaria, este processo “deve ser realizado por profissional de saúde, de nível 
superior, mediante treinamento específico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e 
tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em 
ordem de prioridade para o atendimento” 
 
O Acolhimento com Classificação de Risco – ACCR - se mostra como um 
instrumento reorganizador dos processos de trabalho na tentativa de melhorar e 
consolidar o Sistema Único de Saúde. Vai estabelecer mudanças na forma e no resultado 
do atendimento do usuário do SUS. Sendo um instrumento de humanização. 
 
 
(CESGRANRIO BB 2014) Como dispositivo técnico-assistencial e guia orientador para 
atenção e gestão nas urgências, o acolhimento inclui a(o): 
 a) Notificação Compulsória 
 b) Vigilância Epidemiológica 
 c) Classificação de Risco 
 d) Chefia e Liderança 
 e) Apoio Institucional 
 
Resposta Correta: 
c) Classificação de Risco 
 
Missões do acolhimento com classificação de risco: 
 
1. Ser instrumento capaz de acolher o cidadão e garantir um melhor acesso aos 
serviços de urgência/emergência; 
2. Humanizar o atendimento; 
3. Garantir um atendimento rápido e efetivo. 
 
 
 
 
26 
 
Processo de classificação: 
É a identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e de 
cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de 
sofrimento, usando um processo de escuta qualificada e tomada de decisão baseada em 
protocolo e aliada à capacidade de julgamento crítico e experiência do enfermeiro. 
 
A - Usuário procura o serviço de urgência. 
B - É acolhido pelos funcionários da portaria/recepção ou estagiários e encaminhado para 
confecção da ficha de atendimento. 
C - Logo após é encaminhado ao setor de Classificação de Risco, onde é acolhido pelo 
auxiliar de enfermagem e enfermeiroque, utilizando informações da escuta qualificada e 
da tomada de dados vitais, se baseia no protocolo e classifica o usuário. 
 
 
(FAFIPA 2014) O Sistema de Classificação de Risco se enquadra no modelo de atenção: 
 
 a) às Condições crônicas de saúde. 
 b) aos Eventos sentinela. 
 c) ao programa de imunização. 
 d) às Condições e aos eventos agudos. 
 
Comentários: 
A classificação de risco é a base do atendimento de urgências e emergências. 
 
Resposta Correta: 
 d) às Condições e aos eventos agudos. 
 
 
Critérios de Classificação: 
1. Apresentação usual da doença; 
2. Sinais de alerta (choque, palidez cutânea, febre alta, desmaio ou perda da 
consciência, desorientação, tipo de dor, etc.); 
3. Situação – queixa principal; 
 
27 
 
4. Pontos importantes na avaliação inicial: sinais vitais – Sat. de O2 – escala de dor- 
escala de Glasgow – doenças preexistentes – idade – dificuldade de comunicação 
(droga, álcool, retardo mental, etc.); 
5. Reavaliar constantemente poderá mudar a classificação. 
 
Avaliação do paciente (Dados coletados em ficha de atendimento) 
• Queixa principal 
• Início – evolução – tempo de doença 
• Estado físico do paciente 
• Escala de dor e de Glasgow 
• Classificação de gravidade 
• Medicações em uso, doenças preexistentes, alergias e vícios 
• Dados vitais: pressão arterial, temperatura, saturação de O2 
 
 
 
 
28 
 
(AOCP EBSERH 2015) Um paciente que chega a uma unidade de Pronto Atendimento é 
avaliado de acordo com os critérios do acolhimento com classificação de risco da 
política nacional de humanização e o Enfermeiro define o caso como prioridade 1 – 
urgência, atendimento o mais rápido possível. Nessa situação, a cor correspondente é: 
 
 a) vermelho. 
 b) preto. 
 c) verde. 
 d) amarelo. 
 e) azul. 
 
Comentário: 
Letra D, conforme visto acima na imagem. 
 
Resposta Correta: 
d) amarelo. 
 
 
(AOCP EBSERH 2015) Paciente sexo masculino, 45 anos, chega ao pronto atendimento 
com dor torácica intensa, tipo queimação de início súbito há 20 minutos. No momento, 
com pressão arterial 160/100 mmHg; frequência cardíaca 93 bpm; temperatura 36,6°C, 
sudoreico com cianose de extremidades. Na classificação de risco, esse paciente deve 
ser classificado como: 
 
 a) verde, pois está taquicárdico e ansioso, embora afebril e normotenso. 
 b) azul, pois está afebril e normotenso.Tratando-se de um quadro crônico de dor que 
poderia ser atendida eletivamente. 
 c) amarelo, pois não há alteração de sinais vitais e a dor torácica é o único sinal de alarme. 
 d) verde, pois seus níveis pressóricos estão pouco alterados, apesar da dor torácica, 
cianose e febre. 
 e) vermelho, pois apresenta dor torácica de início súbito acompanhada por sudorese, 
cianose e alteração de níveis pressóricos. 
 
 
 
29 
 
Comentários: 
Letra E, pois a dor torácica deve ter atendimento imediato. 
 
Resposta Correta: 
e) vermelho, pois apresenta dor torácica de início súbito acompanhada por sudorese, 
cianose e alteração de níveis pressóricos. 
 
 
(IBFC ISBL 2013) O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em 
saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus 
pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar 
respostas mais adequadas aos usuários. O acolhimento com classificação de risco 
ocorre em diferentes níveis, sendo que: 
 
 a) O Verde é para prioridade 3, indicando consultas de baixa complexidade, com 
atendimento de acordo com o horário de chegada. 
 b) O Amarelo é para prioridade 2, indicando prioridade não urgente. 
 c) O Vermelho é para prioridade zero, indicando emergência, necessidade de atendimento 
imediato. 
 d) O Azul é para prioridade 1, indicando urgência, atendimento o mais rápido possível. 
 
 
Comentário: 
Relembrando... 
 
 
 
 
 
 
Resposta Correta: 
 c) O Vermelho é para prioridade zero, indicando emergência, necessidade de 
atendimento imediato. 
 
0 Vermelho 
1 Amarelo 
2 Verde 
3 Azul 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
(AOCP 2015) Constitui uma das diretrizes da Rede de Atenção às Urgências, a 
ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de 
saúde em todos os pontos de atenção, com a intervenção adequada e necessária aos 
diferentes agravos, contemplando a: 
 
 a) vulnerabilidade social. 
 b) população urbana. 
 c) classificação de risco. 
 d) consulta médica. 
 e) atividade multiprofissional. 
 
Resposta Correta: 
c) classificação de risco. 
 
 
Além do protocolo de cores estabelecido pelo Ministério da Saúde, existe outro protocolo 
muito utilizado no Brasil que é o Modelo de Manchester – Manchester Triage System 
(MTS); 
Vamos detalhar esse Protocolo de Manchester? 
 
A implantação do protocolo de Manchester foi realizada pela primeira vez na cidade de 
Manchester em 1997, permitindo que os atendimentos fossem realizados com mais 
eficiência, já que se tratando de saúde, tempo pode representar a diferença entre salvar 
uma vida e perder um paciente. 
 
 
32 
 
Este método prevê que o tempo de chegada do paciente ao serviço até a classificação de 
risco seja menor que dez minutos, e que os tempos alvos para a primeira avaliação médica 
sejam cumpridos de acordo com a gravidade clínica do doente. 
 
O Protocolo de Manchester é baseado em categorias de sinais e sintomas e contém 52 
fluxogramas (sendo 50 utilizados para situações rotineiras e dois para situação de 
múltiplas vítimas) que serão selecionados a partir da situação/queixa apresentada pelo 
paciente. 
 
O método não propõe estabelecer diagnóstico médico e por si só não garante o bom 
funcionamento do serviço de urgência. Este sistema pretende assegurar que a atenção 
médica ocorra de acordo com o tempo resposta determinado pela gravidade clínica do 
doente, além de ser uma ferramenta importante para o manejo seguro dos fluxos dos 
pacientes quando a demanda excede a capacidade de resposta. 
 
Como é aplicado o Protocolo de Manchester pelo Enfermeiro (ou médico)? 
 
O paciente faz uma queixa, descreve o sintoma apresentado, por exemplo, “dor 
abdominal”, o enfermeiro segue o fluxograma DOR ABDOMINAL, disponível no 
protocolo de Manchester. Cada fluxograma contém discriminadores que orientarão a 
coleta e análise de informações para a definição de prioridade clínica do paciente. 
 
Ou seja, não existe uma rotina de atendimento, por exemplo, verificar todos os sinais 
vitais de todos os pacientes que dão entrada aos serviços de emergência, pelo contrário, 
para cada atendimento segue-se um fluxo estabelecido no protocolo, de acordo com o 
sintoma apresentado, que norteará sua conduta. Muitas vezes, por exemplo, pode ser 
necessário verificar somente a pressão e a temperatura, outras, a frequência cardíaca e a 
pressão, para que assim, não se perca tempo com o que não é relevante naquele momento, 
para aquele quadro clínico apresentado. 
 
De acordo com as respostas apresentadas na aplicação do protocolo, o fluxograma leva a 
um resultado e o paciente é classificado em uma das cinco prioridades identificadas por 
número, nome, cor e tempo alvo para a observação médica inicial: 
 
 
33 
 
 
 
 
Diferente do protocolo do MS, esse acrescenta a cor laranja entre a vermelha e a amarela. 
Vamos praticar? 
 
 
(VUNESP 2013) No Brasil, está sendo utilizado o Protocolo de Manchester em muitos 
serviços de urgência e emergência. De acordo com esse protocolo, após uma triagem 
baseada em sintomas, a prioridade de atendimento ao paciente é definida 
considerando-se a situação de saúde e a classificação do risco. 
 
Assim, é correto afirmar: 
a) paciente com parada cardiorrespiratória – prioridade classificada como muito urgente 
– cor laranja. 
b) paciente com parada cardiorrespiratória– prioridade classificada como emergência – 
cor vermelha. 
c) paciente com crise hipertensiva – prioridade classificada como pouco urgente – cor 
branca. 
d) paciente com dispneia moderada – prioridade classificada como não urgente – cor azul. 
e) paciente com corpo estranho no olho – prioridade classificada como não urgente – cor 
azul. 
 
Comentário: 
Letra A, seria vermelho. 
Letra B. A cor branca não existe. A crise hipertensiva é vermelho. 
Letra D. Dispneia é urgência. 
Letra E. Corpo estranho no olho também é urgente. 
 
 
34 
 
Resposta Correta: 
a) paciente com parada cardiorrespiratória – prioridade classificada como muito 
urgente – cor laranja. 
 
 
Vamos aprender alguns exemplos de acordo com os dois protocolos Manchester e MS? 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(IDECAN Prefeitura de Miraí - MG 2016) O acolhimento com Classificação de Risco faz 
parte do Programa Nacional de Humanização. O Protocolo de Manchester é um dos 
diversos protocolos que estão sendo adotados pelos serviços de saúde e trabalha com 
fluxogramas associados a tempos de espera simbolizados por cores. Tal protocolo 
preconiza que o tempo-alvo previsto para atendimento do paciente de acordo com a 
classificação recebida nas cores vermelha, laranja, amarela, verde e azul deve ser, 
respectivamente, imediato, em até: 
 
 a) 5, 30, 60 e 120 minutos. 
 b) 15, 45, 60 e 90 minutos 
 c) 30, 60, 90 e 120 minutos. 
 d) 10, 60, 120 e 240 minutos. 
 
Comentários: 
Letra D, conforme a imagem: 
 
Resposta Correta: 
d) 10, 60, 120 e 240 minutos. 
 
 
36 
 
ATENDIMENTO INICIAL ÀS URGÊNCIAS 
 
As situações de urgências podem ocorrer em qualquer local de atendimento ou 
mesmo na rua ou no domicílio. É importante que toda a comunidade saiba prestar o 
primeiro atendimento e acionar o sistema móvel de urgência (SAMU 192 ou similar) se 
disponível em sua cidade. As ações educacionais preventivas são de responsabilidade de 
todos, mas principalmente dos profissionais de saúde, os quais devem estar sensibilizados 
para reconhecer as situações de risco em sua área de abrangência. 
 
 
 
Vamos abordar temas importantes que certamente são fundamentais para o 
atendimento aos usuários da UBS que porventura necessitem de atendimento dessa 
natureza. 
Os temas são: 
 
• Suporte básico de vida. 
• Reconhecimento do paciente gravemente enfermo. 
• Atendimento à parada cardiorrespiratória. 
• Acesso às vias aéreas. 
 
Reconhecimento do paciente gravemente enfermo 
 
O reconhecimento dos sinais e sintomas de gravidade em um paciente de forma 
precoce é um fator decisivo para a sobrevida e o bom prognóstico do caso. 
 
37 
 
Esse reconhecimento depende da faixa etária do paciente, pois teremos 
particularidades na avaliação da criança, adulto e idoso. 
 
Adulto 
 
O paciente adulto é capaz de se expressar sobre os sintomas e pode perceber a 
maioria dos sinais dos eventos agudos. Na condição de debilidade acentuada, o cuidador 
deve estar atento às mudanças ocorridas para informar aos profissionais de saúde e, 
assim, contribuir para o atendimento adequado. 
Os principais eventos agudos nos pacientes adultos são as dores torácicas, 
abdominais e os sintomas neurológicos. Por outro lado, o fato de o paciente relatar que 
algo está mal ou diferente deve ser avaliado cuidadosamente, pois muitas vezes ele não 
sabe explicar o que está acontecendo. 
 
 
 
Idosos 
 
Os idosos, bem como os pacientes com doenças crônicas, devem ser avaliados com 
mais cautela. A anamnese e o exame clínico pormenorizados são fundamentais para 
auxiliar o raciocínio clínico e concluir o diagnóstico. 
 
 
Criança 
 
As situações de urgência e emergência na faixa etária pediátrica são de etiologias 
diversas e você como profissional de saúde deve estar preparado para reconhecê-las. O 
reconhecimento pode ser difícil, porque muitas vezes a criança não sabe manifestar ou 
descrever os sintomas. É fundamental valorizar os sinais e sintomas obtidos durante a 
anamnese e o exame físico sumário. 
 
38 
 
Na criança as situações de urgências devem ser resolvidas rapidamente, pois o 
agravamento é mais rápido. Situações como desidratação, pneumonias e traumas são as 
urgências mais presentes nessa categoria. 
Sinais de alerta em neonatos, crianças e adolescentes: 
 
Frequência respiratória Acima de 60 irpm em qualquer faixa etária. 
Bradipneia. 
Esforço respiratório Batimentos de aletas nasais, gemência, retração 
esternal, tiragens intercostais ou subdiafragmáticas 
ou subcostais, balanço tóraco-abdominal, estridor, 
gasping. 
Palpação de pulsos Finos, muito rápidos, ausentes, muito cheios 
Frequência cardíaca RN: menos de 80 a100 ou mais de 200 bpm Até 1 ano: 
menos de 80 a100 ou mais de 180 bpm Crianças: 
menos de 6 a 80 ou mais de 180 bpm Adolescentes: 
menos de 60 ou mais de 160 bpm. 
Pressão arterial Pressão sistólica inferior ao percentil 5: RN menos de 
60 mmHg; até 1 ano menos de 70; 1 a 10 anos menos 
de 70 + (idade em anos x 2); acima de 10 anos menos 
de 90 mmHg. Pressão sistólica ou diastólica superior 
ao percentil 90 
Cor Presença de cianose ou palidez acentuada. 
Hipóxia Pode ser notada a partir de saturimetria, palidez 
cutânea, alteração do sensório, sinais de má-
circulação. 
Alteração de consciência Não reconhecer os pais, confusão mental, sonolência, 
irritabilidade, prostração. 
 
 
(IMA 2015) A respeito das infecções respiratórias agudas em crianças – IRA, 
assinale a única alternativa INCORRETA. 
 
39 
 
a) Criança com infecção respiratória aguda pode ter tosse, nariz escorrendo, dor de 
ouvido, dor de garganta, chiado no peito, dificuldade para respirar, febre ou 
temperatura muito baixa. 
 b) As infecções respiratórias agudas são as infecções do aparelho respiratório que 
afetam o nariz, a garganta, os ouvidos, a laringe, os brônquios e os pulmões, causando 
inflamação, sinusite, bronquite, asma e pneumonia. 
c) A criança perde o apetite, pode ficar muito irritada e chorosa. Algumas ficam com os 
olhos vermelhos e lacrimejando. As crianças maiores reclamam de dor de cabeça e 
dores no corpo. 
d) As infecções respiratórias agudas, principalmente a pneumonia, não trazem risco 
de vida quando não tratadas. 
 
Comentários: 
A letra D está incorreta visto que as infecções respiratórias trazem risco de vida para as 
crianças e principalmente a pneumonia, que é responsável por muitos óbitos em crianças 
menores de 5 anos de idade. 
 
Resposta Correta: 
d) As infecções respiratórias agudas, principalmente a pneumonia, não trazem risco 
de vida quando não tratadas. 
 
 
(FUNDEP 2009) A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) 
se baseia na identificação, condução e resolução dos problemas de saúde da 
criança, especialmente relativos às crianças menores de cinco anos de idade. A 
educação em saúde na família e na comunidade é atividade crucial dessa proposta. 
 
Considerando a atuação do técnico de enfermagem na AIDPI, analise as afirmativas 
relativas abaixo e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. 
 
I. ( ) Na administração de medicamento inalatório, utilizando o espaçador flumax, a 
posição da criança no colo da mãe é assentada e, após pressionar o aerossol liberando 
a medicação na câmara, observar a respiração da criança e a movimentação da válvula 
adaptada à máscara por 20 a 30 segundos. 
 
40 
 
 
II. ( ) Uma criança de dois a 12 meses de idade, com respiração de 60 ou mais 
respirações por minuto, é considerada com respiração normal. 
 
III. ( ) Caso a mãe relate que a criança apresenta tosse ou dificuldade para respirar, 
tem -se que contar a frequência respiratória em 15 segundos e multiplicar por 4, 
obtendo a frequência respiratória em 1 minuto. 
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. 
a) (F) (F) (F) 
b) (V) (V) (V) 
c) (F) (V)(V) 
d) (V) (F) (F) 
 
Comentários: 
Item I. Correto 
Item II. Observamos na tabela de sinais de gravidade em crianças que a FR > que 60 
em qualquer faixa etária é sinal de gravidade. 
Item III. Errado. Pois a FR deve ser contado em 1 minuto e não 15 segundos. 
 
Resposta Correta: 
d) (V) (F) (F) 
 
 
(AOCP 2015) É fundamental que o profissional de saúde saiba identificar sinais de 
perigo à saúde da criança, pois sabe-se que as crianças, menores de 2 meses podem 
adoecer e morrer em um curto espaço de tempo por infecções bacterianas graves. 
Sendo assim, assinale a alternativa que consiste em um sinal que indica a 
necessidade de encaminhamento da criança ao serviço de referência com urgência. 
 
a) Dermatite de contato. 
b) Coriza. 
c) Batimentos de asas do nariz. 
d) Temperatura axilar entre 36,4ºC e 
37,5ºC. 
e) Respiração entre 40mrm e 60mrm. 
 
 
41 
 
Comentários: 
O batimento de asa de nariz representa dificuldade respiratória e urgência em pediatria. 
Pode indicar pneumonia e insuficiência respiratória. 
 
Resposta Correta: 
c) Batimentos de asas do nariz. 
 
 
(FUNCAB 2012) Uma das principais causas de morte em crianças em todo mundo, 
contando com cerca de 2 milhões de óbitos ao ano é a: 
 
a) pneumonia. 
b) aids/hiv. 
c) poliomielite. 
d) varíola. 
e) caxumba. 
 
Comentários: 
Vamos fazer um resumo sobre a pneumonia: 
 
Pneumonia é a inflamação do parênquima pulmonar, causada, na maioria das vezes, por 
vírus e/ou bactérias. 
• Diagnóstico: Sinais e sintomas de desconforto respiratório e opacidades à radiografia de 
tórax. 
• A taquipneia é o sinal isolado mais sensível para o diagnóstico de pneumonia em crianças 
menores de cinco anos. A frequência respiratória deve ser avaliada com a criança afebril, 
tranquila, contada durante um minuto, de preferência por duas vezes. 
• Outros sintomas: crepitações e tiragens. 
• Tiragens intercostais são retrações inspiratórias que indicam a existência de esforço. A 
presença de tiragens é um indicador de gravidade. A redução do murmúrio vesicular 
localizada é um dos achados mais frequentes à ausculta. Sibilância sugere fortemente 
etiologia viral ou asma 
Observe no quadro abaixo os sinais de agravamento da pneumonia e que podem levar a 
risco de morte. 
 
42 
 
 
 
Resposta Correta: 
a) pneumonia. 
 
 
Além do batimento de asa de nariz relatado nas questões acima existem outros sinais 
que demostram gravidade da pneumonia: 
• Esforço respiratório e retrações subcostais expressam gravidade e justificam 
hospitalização (hipoxemia, que geralmente precedem a cianose, Sudorese, palidez, 
alternância de sonolência e agitação) 
• Retração torácica (tiragem) subcostal 
• Batimento de asas de nariz 
• Cianose central 
• Impossibilidade de beber ou mamar 
• Convulsões 
• Insuficiência ventilatória 
 
O diagnóstico precoce e a abordagem específica dos sinais de piora clínica são 
decisivos para o prognóstico. A avaliação e o tratamento iniciam-se com a imediata 
avaliação cardiopulmonar, cujo propósito é identificar insuficiência respiratória e choque, 
 
43 
 
atuais ou potenciais, além dos efeitos dessas alterações na perfusão e função de órgãos 
terminais. 
A avaliação realizada por um profissional de saúde treinado deve ser rápida. Durante 
o exame físico, deve-se aplicar a regra mnemônica “C-A-B”, verificando-se a aparência 
geral do paciente, circulação, abrir vias aéreas e verificar respiração e circulação. 
Os sinais de falência respiratória e choque devem ser investigados. Nessas situações, 
pode ocorrer alteração do nível de consciência, do tônus muscular e cianose. Os sinais 
precoces de falência respiratória são a dificuldade respiratória e taquipneia e, na 
sequência, taquidispneia progressiva, bradipneia, palidez e/ou cianose. 
No choque ocorre diminuição da perfusão capilar com o tempo de recolocação 
prolongado (acima de dois segundos), pulsos periféricos cheios/ou finos e rápidos, pele 
“mosqueada” e cianose. O choque descompensado é caracterizado por hipotensão 
arterial. Na falência respiratória e no choque é importante oferecer oxigênio suplementar 
e monitorar o débito urinário. 
Assim que possível, realiza-se o cateterismo gástrico para evitar vômitos e aspiração 
pulmonar. O esvaziamento gástrico também contribui para facilitar a ventilação 
pulmonar. Nesse momento, é fundamental avaliar se a ventilação é suficiente ou se está 
indicada a intubação traqueal. 
 
Vamos entender a classificação clínica e tratamento? 
 
Classificação clínica e tratamento 
 
Estável 
• Administre oxigênio por meios não invasivos; providencie exames complementares; 
inicie tratamento específico. Insuficiência respiratória 
• Manter em posição de conforto que minimize o trabalho respiratório, mantendo a 
permeabilidade das vias aéreas. 
• Administre oxigênio umidificado e suspenda a administração de líquidos e alimentos pela 
via oral. 
• Monitorize com oxímetro de pulso e monitorização cardíaca se disponíveis. 
• Obtenha acesso vascular. 
• Avaliação constante. 
 
44 
 
Falência respiratória 
 
• Mantenha permeabilidade das vias aéreas e administre oxigênio a 100%. 
• Suspenda a via oral. 
• Providencie ventilação assistida e preparação para intubação. 
• Monitorize com oxímetro de pulso e monitorização cardíaca. 
• Obtenha acesso vascular. 
• Reavalie frequentemente. 
 
Abertura de vias aéreas: 
• Posicione: extensão da cabeça e elevação do ramo da mandíbula; elevação da 
mandíbula e colar cervical se há suspeita de trauma; utilize um coxim sob os ombros, se 
necessário. 
• Aspire: faça o procedimento de forma rápida: 5 a 10 segundos utilizando material 
apropriado. A pressão de aspiração deve variar de 80 a 120 mmHg. Monitorize a 
frequência cardíaca devido ao risco de estimulação vagal. 
• Utilize manobras de desobstrução, se há suspeita de corpo estranho. 
 • Se as medidas anteriores não forem eficazes para manter a permeabilidade das vias 
aéreas: utilize cânula orofaríngea (cânula de Guedel) em pacientes inconscientes; 
providencie ventilação assistida (bolsa-máscara) e intubação traqueal. 
 
Finalizamos por aqui a introdução sobre as emergências, abordamos a rede de urgência, 
a Portaria do GM/MS 354/2014, que discorre sobre a organização de um serviço de 
urgência, classificação de risco usando os dois protocolos mais cobrados em concursos: 
Ministério da Saúde e Manchester. Além disso, conseguimos iniciar o atendimento das 
urgências clínicas que serão detalhadas na próxima aula, espero por você. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
1. (AOCP 2015) É um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e tem como 
objetivo chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde que 
possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário, garantir 
atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente 
hierarquizado e integrado ao SUS. O enunciado refere-se: 
 
a) à sala de estabilização. 
b) à unidade de pronto atendimento. 
c) ao serviço móvel de urgência. 
d) à atenção hospitalar. 
e) à atenção em traumatologia. 
 
2. (HU-UFRN/IADES/2014) Assinale a alternativa que apresenta as principais diretrizes 
que norteiam a implementação das Redes de Urgências e Emergências. 
 
a) Classificação de risco, regionalização da saúde e atuação territorial, regulação do 
acesso aos serviços de saúde. 
b) Pacto de Gestão e Plano Diretor de Regionalização. 
c) Plano Diretor de Regionalização e organização do processo de trabalho por intermédio 
de equipes multidisciplinares. 
d) Pacto de Gestão e articulação interfederativa 
 
3. (IF-RJ 2017) São componentes da Rede de Atenção às Urgências do Sistema Único de 
Saúde, descritos na Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, EXCETO: 
 
 a) Unidades de Pronto Atendimento e Hospital. 
 b) Saúde suplementar e Centrais de Regulação Médica. 
 c) Salade Estabilização e Força Nacional de Saúde do SUS. 
 d) Atenção Domiciliar e Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde. 
 e) Atenção Básica em Saúde e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. 
 
 
46 
 
 
4. (IADES EBSERH/UFRN 2014) Assinale a alternativa que apresenta os objetivos da 
Atenção Hospitalar das Redes de Atenção as Urgências e Emergências (RUE). 
 
a) Garantir atenção hospitalar nas linhas de cuidado prioritárias em articulação com os 
demais pontos de atenção. 
b) Padronizar o visual da unidade. 
c) Manter a atenção básica. 
d) Sistematizar, ampliar e consolidar o atendimento pré-hospitalar de forma a reduzir a 
mortalidade dos eventos violentos. 
 
5. (IADES EBSERH2014) Com base na Portaria no 1.600/2011, assinale a alternativa 
que apresenta uma das diretrizes da Rede de Atenção às Urgências. 
 
a) Restrição do acesso aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os 
pontos de atenção, contemplando assim, finalmente, a classificação de risco e intervenção 
adequada e necessária aos diferentes agravos. 
b) Garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências 
clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a 
causas externas (traumatismos, violências e acidentes). 
c) Municipalização do atendimento às urgências, com articulação das diversas redes de 
atenção e acesso regulado aos serviços de saúde. 
d) Humanização da atenção, garantindo efetivação de um modelo descentralizado com 
relação ao usuário e fundamentado nas necessidades de saúde dele. 
e) Segmentação de determinados serviços, constituindo redes de saúde independentes. 
 
6. (AOCP EBSERH 2014) A UPA 24 h é entendida como: 
 
a) unidade hospitalar para internamento de quadros agudos ou agudizados e também 
atendimento inicial à vítima de trauma. 
b) alto nível de complexidade hospitalar, disponibilizando leitos de terapia intensiva. 
c) unidade de baixa complexidade, para atendimento de clientes com quadro clínico 
estável. 
d) porta de entrada prioritária na rede de atenção em saúde no SUS. 
 
47 
 
 
e) o estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas 
de Saúde e a Rede Hospitalar. 
 
7. (AOCP 2015) Constitui uma das diretrizes da Rede de Atenção às Urgências, a 
ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de 
saúde em todos os pontos de atenção, com a intervenção adequada e necessária aos 
diferentes agravos, contemplando a: 
 
a) vulnerabilidade social. 
b) população urbana. 
c) classificação de risco 
d) consulta médica. 
e) atividade multiprofissional. 
 
8. (AOCP UFCG EBSERH 2017) Sobre o conteúdo incluso na Portaria nº 1.600/2011, 
que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção 
às Urgências no Sistema Único de Saúde, assinale a alternativa correta. 
 
a) Prioriza as linhas de cuidados cardiovascular, respiratória e traumatológica. 
b) As Unidades de Pronto Atendimento devem prestar o primeiro atendimento em casos 
agudos e agudizados de natureza clínica e primeiro atendimento nos traumas, excluindo-
se casos de natureza cirúrgica. 
c) O componente hospitalar é constituído exclusivamente por Pronto-Socorro e UTI. 
d) Força Nacional do SUS, Unidades de Pronto atendimento e Atenção domiciliar 
integram a Rede de Atenção às Urgências. 
e) Acolhimento com classificação de risco constituem uma das bases dos fluxos 
assistenciais apenas das UPAs, Pronto-Socorro e SAMU. 
 
9. (CESGRANRIO BB 2014) Como dispositivo técnico-assistencial e guia orientador 
para atenção e gestão nas urgências, o acolhimento inclui a(o): 
 
 a) Notificação Compulsória 
 b) Vigilância Epidemiológica 
 c) Classificação de Risco 
 
48 
 
 
 d) Chefia e Liderança 
 e) Apoio Institucional 
 
10. (FAFIPA 2014) O Sistema de Classificação de Risco se enquadra no modelo de 
atenção: 
 
 a) às Condições crônicas de saúde. 
 b) aos Eventos sentinela. 
 c) ao programa de imunização. 
 d) às Condições e aos eventos agudos. 
 
11. (AOCP EBSERH 2015) Um paciente que chega a uma unidade de Pronto 
Atendimento é avaliado de acordo com os critérios do acolhimento com classificação 
de risco da política nacional de humanização e o Enfermeiro define o caso como 
prioridade 1 – urgência, atendimento o mais rápido possível. Nessa situação, a cor 
correspondente é: 
 
 a) vermelho. 
 b) preto. 
 c) verde. 
 d) amarelo. 
 e) azul. 
 
12. (AOCP EBSERH 2015) Paciente sexo masculino, 45 anos, chega ao pronto 
atendimento com dor torácica intensa, tipo queimação de início súbito há 20 minutos. 
No momento, com pressão arterial 160/100 mmHg; frequência cardíaca 93 bpm; 
temperatura 36,6°C, sudoreico com cianose de extremidades. Na classificação de risco, 
esse paciente deve ser classificado como: 
 
 a) verde, pois está taquicárdico e ansioso, embora afebril e normotenso. 
 b) azul, pois está afebril e normotenso.Tratando-se de um quadro crônico de dor que 
poderia ser atendida eletivamente. 
 c) amarelo, pois não há alteração de sinais vitais e a dor torácica é o único sinal de alarme. 
 
49 
 
 
 d) verde, pois seus níveis pressóricos estão pouco alterados, apesar da dor torácica, 
cianose e febre. 
 e) vermelho, pois apresenta dor torácica de início súbito acompanhada por sudorese, 
cianose e alteração de níveis pressóricos. 
 
13. (IBFC ISBL 2013) O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em 
saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus 
pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar 
respostas mais adequadas aos usuários. O acolhimento com classificação de risco 
ocorre em diferentes níveis, sendo que: 
 
 a) O Verde é para prioridade 3, indicando consultas de baixa complexidade, com 
atendimento de acordo com o horário de chegada. 
 b) O Amarelo é para prioridade 2, indicando prioridade não urgente. 
 c) O Vermelho é para prioridade zero, indicando emergência, necessidade de 
atendimento imediato. 
 d) O Azul é para prioridade 1, indicando urgência, atendimento o mais rápido possível. 
 
14. (AOCP 2015) Constitui uma das diretrizes da Rede de Atenção às Urgências, a 
ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de 
saúde em todos os pontos de atenção, com a intervenção adequada e necessária aos 
diferentes agravos, contemplando a: 
 
 a) vulnerabilidade social. 
 b) população urbana. 
 c) classificação de risco. 
 d) consulta médica. 
 e) atividade multiprofissional. 
 
15. (VUNESP 2013) No Brasil, está sendo utilizado o Protocolo de Manchester em 
muitos serviços de urgência e emergência. De acordo com esse protocolo, após uma 
triagem baseada em sintomas, a prioridade de atendimento ao paciente é definida 
considerando-se a situação de saúde e a classificação do risco. 
 
 
50 
 
 
Assim, é correto afirmar: 
a) paciente com parada cardiorrespiratória – prioridade classificada como muito urgente 
– cor laranja. 
b) paciente com parada cardiorrespiratória – prioridade classificada como emergência – 
cor vermelha. 
c) paciente com crise hipertensiva – prioridade classificada como pouco urgente – cor 
branca. 
d) paciente com dispneia moderada – prioridade classificada como não urgente – cor azul. 
e) paciente com corpo estranho no olho – prioridade classificada como não urgente – cor 
azul. 
 
16. (IDECAN Prefeitura de Miraí - MG 2016) O acolhimento com Classificação de Risco 
faz parte do Programa Nacional de Humanização. O Protocolo de Manchester é um dos 
diversos protocolos que estão sendo adotados pelos serviços de saúde e trabalha com 
fluxogramas associados a tempos de espera simbolizados por cores. Tal protocolo 
preconiza que o tempo-alvo previsto para atendimento do paciente de acordo com a 
classificação recebida nas cores vermelha, laranja, amarela,verde e azul deve ser, 
respectivamente, imediato, em até: 
 
 a) 5, 30, 60 e 120 minutos. 
 b) 15, 45, 60 e 90 minutos 
 c) 30, 60, 90 e 120 minutos. 
 d) 10, 60, 120 e 240 minutos. 
 
17. (IMA 2015) A respeito das infecções respiratórias agudas em crianças – IRA, 
assinale a única alternativa INCORRETA. 
 
a) Criança com infecção respiratória aguda pode ter tosse, nariz escorrendo, dor de 
ouvido, dor de garganta, chiado no peito, dificuldade para respirar, febre ou temperatura 
muito baixa. 
 b) As infecções respiratórias agudas são as infecções do aparelho respiratório que afetam 
o nariz, a garganta, os ouvidos, a laringe, os brônquios e os pulmões, causando inflamação, 
sinusite, bronquite, asma e pneumonia. 
 
51 
 
 
c) A criança perde o apetite, pode ficar muito irritada e chorosa. Algumas ficam com os 
olhos vermelhos e lacrimejando. As crianças maiores reclamam de dor de cabeça e dores 
no corpo. 
d) As infecções respiratórias agudas, principalmente a pneumonia, não trazem risco de 
vida quando não tratadas. 
 
18. (FUNDEP 2009) A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) se 
baseia na identificação, condução e resolução dos problemas de saúde da criança, 
especialmente relativos às crianças menores de cinco anos de idade. A educação em 
saúde na família e na comunidade é atividade crucial dessa proposta. 
Considerando a atuação do técnico de enfermagem na AIDPI, analise as afirmativas 
relativas abaixo e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. 
 
I. ( ) Na administração de medicamento inalatório, utilizando o espaçador flumax, a 
posição da criança no colo da mãe é assentada e, após pressionar o aerossol liberando a 
medicação na câmara, observar a respiração da criança e a movimentação da válvula 
adaptada à máscara por 20 a 30 segundos. 
 
II. ( ) Uma criança de dois a 12 meses de idade, com respiração de 60 ou mais respirações 
por minuto, é considerada com respiração normal. 
 
III. ( ) Caso a mãe relate que a criança apresenta tosse ou dificuldade para respirar, tem -
se que contar a frequência respiratória em 15 segundos e multiplicar por 4, obtendo a 
frequência respiratória em 1 minuto. 
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. 
a) (F) (F) (F) 
b) (V) (V) (V) 
c) (F) (V) (V) 
d) (V) (F) (F) 
 
19. (AOCP 2015) É fundamental que o profissional de saúde saiba identificar sinais de 
perigo à saúde da criança, pois sabe-se que as crianças, menores de 2 meses podem 
adoecer e morrer em um curto espaço de tempo por infecções bacterianas graves. 
 
52 
 
 
Sendo assim, assinale a alternativa que consiste em um sinal que indica a necessidade 
de encaminhamento da criança ao serviço de referência com urgência. 
 
a) Dermatite de contato. 
b) Coriza. 
c) Batimentos de asas do nariz. 
d) Temperatura axilar entre 36,4ºC e 37,5ºC. 
e) Respiração entre 40mrm e 60mrm. 
 
20. (FUNCAB 2012) Uma das principais causas de morte em crianças em todo mundo, 
contando com cerca de 2 milhões de óbitos ao ano é a: 
 
a) pneumonia. 
b) aids/hiv. 
c) poliomielite. 
d) varíola. 
e) caxumba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
 
 
 
1 C 
2 A 
3 B 
4 A 
5 B 
6 E 
7 C 
8 D 
9 C 
10 D 
11 D 
12 E 
13 C 
14 C 
15 A 
16 D 
17 D 
18 D 
19 C 
20 A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
55 
 
 
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