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Traqueostomia: Definição e Cuidados

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PROF. THIAGO CAMARGO
ESTOMAS
Definição
ORIGEM: grega = STOMA
ESTOMA 
boca ou abertura colo
ESTOMIA
COLOSTOMIA = composto por três vocábulos
colo + stoma + ia
Definição
São orifícios abertos intencionalmente, através de
intervenção cirúrgica, para comunicar órgãos ocos
à superfície corporal dos pacientes.
Favorece a administração de oxigênio, de
alimentos e drenagem de efluentes (diurese e
fezes).
Podem ser temporárias ou definitivas.
Traqueostomia
A traqueostomia é um procedimento frequentemente realizado em
pacientes necessitando de ventilação mecânica prolongada.
Apresenta diversas vantagens quando comparada com o tubo
orotraqueal, incluindo maior conforto do paciente, mais
facilidade de remoção de secreções da árvore traqueobrônquica
e manutenção segura da via aérea.
Realizada após 10 a 15 dias de permanência IOT.
Traqueostomia
1 - Cordas vocais
2 - Cartilagem tireóide
3 - Cartilagem cricóide
4 - Cartilagens traqueais
5 - Balão 
Tipos de Canula
Cânula com balão.
Esse tipo de cânula geralmente é utilizada em 
pessoas que estejam sob ventilação mecânica 
(respirador artificial).
Ou seja, com balão de insuflação, que quando 
insuflado reduz o risco de aspiração em 
pacientes que requerem ventilação mecânica;
Cânula sem balão
Esse tipo de cânula é utilizada em pessoas que 
não estejam sob ventilação mecânica 
(respirador artificial).
Cânula fenestrada
Permitem que o doente possa falar, uma vez que possui uma
abertura na parte superior da cânula que, quando o ar passa pelas
cordas vocais, permitem a comunicação verbal oral;
Para que o paciente possa falar com a cânula, esta deve ser trocada
por uma cânula meio número ou um número abaixo da cânula que
tinha anteriormente, deve-se tapar a cânula fenestrada e o balão
de tamponamento deve estar desinsuflado para que se permita a
passagem de ar pelas cordas vocais.
Cânula Metálica
Esse tipo de cânula geralmente é utilizada em 
pessoas que não estejam sob ventilação 
mecânica (respirador artificial).
É a cânula que se usa na última fase da 
traqueotomia, antes da sua remoção definitiva.
Complicações 
• Sangramento
• Traqueíte
• Celulite
• Enfisema Subcutâneo ( devido perda)
• Decanulação
• Granuloma
COMPLICAÇÕES CAUSAS CUIDADOS
Descanulação Tossir ou mover a cânula
Voltar a colocar a cânula ou entubar
endotraquealmente, no caso de não ser
uma laringectomia.
Obstrução da Via Aérea
Por quantidades grandes de secreções ou 
sangue espesso
Extrair a cânula interna, se tiver, fazer
lavagem traqueal e aspirar.
Hemorragia Local
Por tecidos de granulação ou por elevada 
pressão da cânula exercida sobre a 
artéria
Insuflar bem o balão de
neumotamponamento para exercer
compressão no local da hemorragia.
Broncoaspiração Por restos alimentares
Verificar se o balão de
neumotamponamento está bem insuflado
e vigiar a localização da SNG.
Falsa Via
Durante a mudança da cânula externa ou 
por remoção acidental da mesma
Voltar a colocar a cânula ou entubar
endotraquealmente, no caso de não ser
uma laringectomia.
Infecção Local Por colonização do traqueostoma
Administrar antibioterapia adequada,
segundo prescrição médica.
Estenose Traqueal
Por excessiva pressão do balão de 
neumotamponamento
Diminuir a quantidade de ar necessária
para insuflar o balão e vigiar a cada 8
horas.
Fístula Traqueo-Esofágica
Por excessiva pressão do balão de 
neumotamponamento
Prevenção:
- Introduzir uma SNG do menor diâmetro
possível;
- Insuflar o balão o mínimo necessário;
- Manter a cabeça em posição neutra.
Granulomas
Por fricção da cánula, por aspiração 
traumática ou por hiperinsuflação do 
balão de neumotamponamento
Intervenção cirúrgica.
Prevenção:
- Fixar correcta e adequadamente a
cânula;
- Realizar aspiração não traumática.
Curativo TQT
• Fazer limpeza com gaze ou haste de algodão umedecida com
SF0,9% estéril;
• Ao fazer o curativo, usar manobras delicadas;
• Utilizar uma proteção entre a cânula e a pele, mantendo-a
sempre limpa e seca;
• Utilizar compressas de gaze pré-cortadas ou curativos
específicos.
• Fixar corretamente a cânula ao pescoço evitando pressão
insuficiente ou excessiva, posicionamento do laço sobre as
vértebras e a carótida;
• Utilizar material macio para o cadarço e não colocá-lo muito
apertado, de forma que não machuque o pescoço;
Curativo TQT
• Trocar o cadarço sempre que estiver sujo ou úmido;
• Cuidar para que a cânula não se desloque, solicitar a 
ajuda de outra pessoa para firmar a cânula enquanto 
o cadarço anterior é retirado, ou retirar o anterior 
somente após a fixação do novo cadarço;
• Manter pressão de cuff entre 26 a 30cm de água, 
através do uso do cufômetro.
Curativo TQT
Cuidados de Enfermagem
• Observar o acúmulo de secreção na Cânula de Traqueostomia, pois
a secreção impede o fluxo normal do ar até o paciente
causando desconforto e esforço na respiração.
• Realize aspiração traqueal e pause a dieta caso esteja infundindo; Após
aspiração anote a quantidade e aspecto da secreção.
• Observar as linhas de conexão da Cânula de Traqueostomia até a máquina
de ventilação mecânica, para que não ocorra nenhum tipo de dobra
causando interrupção da passagem do ar.
• A fixação da Traqueostomia (cadarço) deve estar firme, sempre avaliando 
o conforto do paciente.
Cuidados de Enfermagem
• A cânula de Traqueostomia e as conexões NÃO podem ser tracionadas ou 
submetidas a esforços (puxões, movimentos de pêndulo ou servir como 
suporte). Essas situações causam lesões na traquéia do paciente.
• Não tracione o canula com o circuito do ventilador mecânico
• Caso o ventilador alarme comunique enfermeira e fisioterapeuta
• Caso a traqueostomia desloque comunique enfermeira e médico urgente.
• No leito deve ter sempre um ambu conectado na rede de oxigênio.
Gastrostomia
• Descomprimir e alimentar 
• Doenças neurológicas 
• Incapacidade de alimentar 
• Atresia ou estonose de esôfago 
• Risco de aspiração
Complicações
• Dermatite periestoma
• Alargamento do orifício
• Obstrução
• Perda ou migração do cateter para o
duodeno
Jejunostomia
• Processos estenosantes do esôfago e do estômago
• Interrupção alimentar temporária do esôfago após
operações extensas sobre os mesmos,
• Descompressão luminal, após a correção cirúrgica de
traumatismos que envolvem o confluente
biliopancreático-duodenal,
• Recuperação de fístulas de portadores de deiscências
em anastomoses gastrintestinais.
• Tumores gástricos inextirpáveis, carcinoma de esôfago,
• Proteção de suturas gastrintestinais,
• Pancreatite aguda necro-hemorrágica.
Complicações
• Deiscência; fístula; estenose e hemorragia;
• Diarréia;
• Dumping (síndrome do esvaziamento gástrico
rápido);
• Dor abdominal.
Cuidados de Enfermagem 
com GTM ou JJT
• Eleve a cabeceira da cama de 30 a 45 graus, durante a
administração da dieta; Mantenha o paciente nesta posição
de 20 a 30 minutos após a infusão da dieta.
• Lavar GTM ou JJT com água filtrada 20ml em jato após
infusão de dieta ou medicamentos.
• Curativo deve ser trocado 1x ao dia após o banho, realizar
meso
• Não tracionar o estoma
• Se houver saída do cateter, pause a dieta e comunique
enfermeira e médico
• Observar inserção do estoma ( sinais flogisticos)
Cistostomia
É um procedimento para retirada da
urina, porém por meio de uma
incisão cirúrgica realizada na pelve
(região abaixo da cicatriz umbilical, e
acima da genitália) onde é fixada a
sonda com uma bolsa coletora para
o esvaziamento da bexiga
intermitente.
Cistostomia
Indicações
• Estenose de Uretra
• Trauma de quadril com lesão grave da uretra
• Cálculo impactado dentro da uretra quando não é 
possível resolver o cálculo de imediato
• Próstatas muito volumosas
• Câncer avançado da próstata e da uretra
• Infecções graves do pênis e saco escrotal (síndrome de 
Fournier)
Cuidados de Enfermagem
• Observar sinais flogísticos em inserção
• Realizar curativo 1x ao dia após o banho
• Observar débito urinário e aspecto
• Não tracionar a sonda
• Não elevar o saco coletoa altura do quadril
• Coletar exame através de sistema fechado com anti-sepsia
correta
Estomas intestinais
Tipos:
Ileostomia 
Colostomia
Fisiologia intestinal
FEZES SEMI LÍQUIDAS
CORROSIVAS
FEZES LÍQUIDAS
MUITO CORROSIVAS
FEZES SÓLIDAS OU FORMADAS
NÃO CORROSIVAS
FEZES SEMI SÓLIDAS
POUCO CORROSIVAS
Ileostomia
Deve ser protuso, entre 2,5 a 4 cm do plano da parede abdominal. Evita
retração posterior e favorece drenagem do efluente no dispositivo coletor
LOCALIZAÇÃO ASPECTO NORMAL DO ESTOMA 
Ileostomia
• Volume de drenagem dos efluentes: está
relacionado com os alimentos ingeridos (500 a
800 ml / dia). Os gases e cheiros são reduzidos.
• Característica das fezes: líquidas / semi-
líquidas, de cor castanho esverdeadas. Elimina
grande quantidade de eletrólitos e enzimas,
devido a diminuição de absorção pelo trato
digestivo.
• PH muito alcalino CORROSIVO
Colostomia
Forma de exteriorização
Em alça
Forma de exteriorização
Terminal ou uma boca
Complicações
Estão relacionadas com a estrutura orgânica da colostomia e sua
funcionalidade. São classificadas em dois grupos:
IMEDIATAS
necrose
retração
infecção
sangramento
edema
TARDIAS
• estenose
• enterorragia
• dermatites
• prolapso
• hérnia para-estomal
Estenose e Retração
DESCOLAMENTO,
RETRAÇÃO E DERMATITE
RETRAÇÃO E DERMATITE
Prolapso e Edema
Dermatite severa
Hérnia para estoma
Observação do Estoma
Cor
Forma
Tamanho
Umidade
Protrusão
Integridade da mucosa
Observação do Estoma
Observação do Estoma
Características do estoma
Estoma protruso
Estoma plano
Escolha do dispositivo
*1 peça:
Escolha do dispositivo
*2 peças:
COLOCAÇÃO DO DISPOSITIVO
preparo para alta
hospitalar
intra operatório
Referências
• Bitencourt, J. J. G; Didático de Enfermagem:
teoria e prática, v.3 – 1ª ed. - São Paulo:
Eureka, 2017.
• PORTO, A. VIANA, D. L. Curso Didático de
Enfermagem.Vol 1. 8ª ed. Editora Senac. São
Paulo. 2014.
• Volapto, A. C. Técnicas Básicas de
Enfermagem. 5ª edição. São Paulo. Editora
Martinari. 2018.

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