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Administração de Medicamentos

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4
1. INTRODUÇÃO
Apresentação do Objeto de Estudo
A administração segura e apurada dos medicamentos é uma das responsabilidades mais 
importantes da Enfermagem. Como membro do conjunto de profissionais que se dedicam ao 
cuidado dos enfermos, é da maior importância que a Enfermeira se aplique diligentemente na 
aquisição de todos os conhecimentos possíveis sobre os medicamentos, seu uso ou abuso, 
dosagens corretas, mecanismos de ação, métodos de administração, reações anormais e sinais 
de intoxicação que possam surgir no tratamento de várias doenças. Este conhecimento é 
obviamente uma ajuda indispensável para proporcionar ao paciente o melhor tratamento 
possível, otimizando seu processo de recuperação. 
Segundo Asprheim (1994), a atitude da Enfermagem na administração de medicamentos é 
importante para a eficácia do agente. De modo geral, o organismo funciona melhor quando 
recebe adequada alimentação, repouso, relaxamento, e quando se encontra livre da pressão 
emocional indesejada e, ainda relata que: “A enfermeira que continua observando atenta e 
inteligentemente com integridade moral, e usa o bom senso na administração das drogas sem 
dúvida trará duradouras contribuições à sua profissão e aos pacientes sobre seus cuidados”.
Segundo Miller (1988), os Anticoagulantes são substâncias dotadas da propriedade de 
prevenir ou limitar a trombose intravascular por tornarem o sangue hipocoagulável, indicados, 
principalmente na Embolia Pulmonar, Trombose Venosa Profunda, Fibrilação Atrial com 
cardiopatia reumática, Prótese cardíaca e Infarto Agudo do Miocárdio.
Os anticoagulantes apresentam riscos potencias para os pacientes, o principal deles é a 
hemorragia (PEREIRA, 1994) e, por isso, devem ser administrados com bastante cautela e 
atenção, devendo o Enfermeiro ter conhecimento científico sobre os efeitos adversos desses 
fármacos, para ser capaz de identificá-los e agir de forma rápida garantindo maior segurança 
para os clientes.
5
De acordo com Pereira (2001) apud Carlini (2003), a Organização Mundial de Saúde – 
O.M.S. relata que os efeitos adversos são os responsáveis por 3 a 5% das admissões 
hospitalares e ocorrem em 10 a 20% dos pacientes hospitalizados e 40% dos usuários de 
fármacos na comunidade.
Acredita-se que no mundo apenas 10% das reações adversas sejam relatadas. No Brasil o 
número de relatos é muito menor do que em outros países, não significando, necessariamente, 
que em nosso país esta incidência seja menor, primeiro porque não existe a cultura disso no 
país e, por muitas vezes o efeito adverso ser confundido com a sintomatologia da doença ou 
com algum advento relacionado a ela.
Os fármacos Anticoagulantes pesquisados são os mais utilizados na prática clínica, e em 
unidades de emergência e terapia intensiva tais como: Heparina não-fracionada, Heparina de 
Baixo Peso Molecular e os Anticoagulantes Orais (derivados cumarínicos) (GUERRA & 
ROSENFELD, 1995).
Justificativa
A escolha pelo tema surgiu após observar a importância da Enfermagem diante das 
complicações apresentadas pelos medicamentos e fundamental atuação na administração dos 
mesmos, assim como, a deficiência relacionada à Farmacologia apresentada pelos estudantes 
de enfermagem, verificada em pesquisas realizadas pelos próprios acadêmicos nas Faculdades 
de Enfermagem de Salvador no estado da Bahia, onde há relatos dos alunos afirmando que o 
conhecimento sobre os medicamentos é de responsabilidade apenas dos médicos e 
farmacêuticos. Uma disciplina de suma importância e, tão pouco explorada pelos cursos de 
Enfermagem, que muitas vezes, deixa o profissional Enfermeiro em carência de informações 
sobre os fármacos que administram. 
Através da realização de visita prévia à Unidade de Emergência do Hospital Geral Roberto 
Santos foi coletado informações sobre os anticoagulantes e verificado que o uso de tais 
fármacos, nos pacientes deste setor, é amplo e constante, uma vez que, muitos deles 
6
permanecem na unidade de emergência, por vários dias, aguardando vaga para internamento, 
servindo assim de maior incentivo para a realização desta pesquisa na referida unidade.
Objetivo
Evidenciar o entendimento dos enfermeiros sobre os riscos do uso de Anticoagulantes e suas 
formas de administração, 
Problema
Qual o entendimento do Enfermeiro de uma unidade de Emergência sobre os riscos do uso de 
Anticoagulantes e suas formas de administração?
Este estudo foi composto por cinco momentos. No primeiro deles, a introdução foram 
abordados os aspectos gerais do trabalho com apresentação do objeto de estudo, justificativa 
pela escolha do tema e o objetivo da pesquisa. O segundo momento tratou da revisão de 
literatura, contextualizando o objeto de estudo, trazendo uma revisão sobre a importância da 
farmacologia para a enfermagem, os anticoagulantes orais e injetáveis utilizados nas unidades 
de emergência, suas formas de administração e efeitos adversos que podem acontecer com o 
uso de tais fármacos. Em terceiro discutiu-se sobre a metodologia, explanando sobre o tipo de 
pesquisa, sujeitos, local da realização do estudo, instrumento de coleta utilizado, coleta de 
dados e aspectos éticos da pesquisa. Por fim, houve a discussão dos resultados obtidos com a 
coleta de dados e a conclusão do estudo.
7
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Farmacologia x Enfermagem
Segundo Harvey & Champe (1998) a Farmacologia é a ciência que estuda os mecanismos 
pelo qual a função dos sistemas é afetada pelos agentes químicos. É uma ciência 
relativamente nova, tendo sido primeiramente reconhecida no fim do século XIX, na 
Alemanha.
É matéria essencial no currículo dos profissionais de Enfermagem, empregada em todos os 
cursos de graduação em Enfermagem nas Universidades públicas e privadas da cidade de 
Salvador, uma vez que é de extrema importância ter conhecimento técnico - científico sobre 
as drogas, principalmente, os mecanismos de ação, efeitos adversos e formas de 
administração, pois a Enfermeira atua diretamente nos cuidados com o paciente, sendo a 
principal responsável pelo controle da prescrição médica e da administração de 
medicamentos.
Segundo Pereira (2001) apud Carlini (2003), a Organização Mundial de Saúde definiu em 
1975, reação adversa como “qualquer resposta a medicamento que seja nociva e indesejável 
e que ocorra em doses utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico, tratamento de 
doenças ou para modificação da função fisiológica”.
A reação adversa é distinta de um evento adverso. Segundo Carlini (2003):
Evento adverso é qualquer fato que ocorra quando uma pessoa está sob ação de um 
medicamento que acabou de tomar, quer este fato esteja relacionado ou não ao efeito 
farmacológico do medicamento (...) muitas vezes, o evento adverso pode ser uma 
conseqüência indireta do próprio medicamento.Reação adversa é qualquer 
alteração que ocorra, geralmente para pior, no estado de uma pessoa durante a 
vigência da ação de um medicamento (...) realmente está relacionado às 
propriedades do próprio medicamento.
8
O autor acima, ainda afirma que “não há medicamento desprovido de reação adversa”.A 
administração de medicamentos é ação indispensavelmente desempenhada pelos profissionais 
de Enfermagem, por isso é fundamental que esses profissionais conheçam todas as formas de 
administração para realizá-las com habilidade e competência proporcionando maior segurança 
e conforto para os pacientes. 
A forma de administração de medicamentos de maneira global é bastante variada, pode-se 
administrar pelas vias: Oral (oral, sublingual, bucal), Parenteral (via intravenosa, via 
intramuscular e via subcutânea e intradermal) e Local (via tópica, transdermal,via retal, via 
intraperitoneal, via intra- raquidiana, intrapleural, intra-óssea, intra-arterial) e por Inalação 
(oral e /ou nasal) (POTTER, 1999). 
 Segundo Pereira (1994), os Anticoagulantes podem ser administrados pelas vias: Oral 
(derivados cumarínicos e indandiônicos) e Intravenosa (Heparina não-fracionada, Warfarin), 
Intramuscular (Warfarin) e Subcutânea (Heparina de Baixo Peso Molecular).
2.2. Revisão sobre Coagulação Sanguínea
Segundo Guyton & Hall (2002), foram encontradas mais de cinqüenta substâncias 
importantes que afetam a coagulação sanguínea no sangue e nos tecidos, algumas das quais 
promovem a coagulação, denominadas pró-coagulantes, e enquanto as outras que inibem são 
denominadas anticoagulantes.
Todos os pesquisadores no campo da coagulação sanguínea concordam com o fato 
de que a coagulação ocorre em três etapas essenciais: (1) em resposta a ruptura do 
vaso, ou a lesão do próprio sangue, ocorre uma cascata de reações químicas no 
sangue, que resulta na formação do ativador da protrombina. (2) O ativador da 
protrombina catalisa a conversão da protrombina em trombina. (3) A trombina atua 
como enzima, para converter o fibrinogênio em fibras de fibrina, que envolvem 
plaquetas, as células sanguíneas e o plasma, para formar o coágulo (GUYTON & 
HALL, 2002, p. 396).
A protrombina é uma proteína plasmática, uma alfa-globulina, encontrada no plasma normal 
na concentração de 15 mg/dl. Compostos menores são formados a partir dessa proteína, 
denominado de trombina; esta é uma enzima com fraca capacidade proteolítica que atua sobre 
o fibrinogênio formando a molécula de monômero de fibrina, o qual se polimeriza 
9
automaticamente e da origem à fibrina. Outros monômeros de fibrina se polimerizam 
segundos depois, formando longas fibras de fibrina, que passam a constituir o retículo do 
coágulo (Ibid).
O coágulo é composto por rede de fibrina disposta em todas as direções, na qual 
estão retidos glóbulos sanguíneos, plaquetas e plasma. As fibras de fibrina também 
aderem às superfícies lesadas dos vasos sanguíneos; por conseguinte, o coágulo 
torna-se aderente a qualquer lesão vascular, evitando, assim, qualquer perda 
adicional de sangue(GUYTON & HALL, 2002, p.397).
De acordo com o autor acima citado, o ativador da protrombina é, supostamente, formado de 
duas maneiras, embora interaja uma com a outra: via extrínseca e via intrínseca. Nas duas 
reações, várias proteínas plasmáticas diferentes, denominadas fatores da coagulação 
sanguínea, desempenham papéis importantes.
A via extrínseca começa com o contato do sangue com a parede vascular ou com tecidos 
extravasculares traumatizados, seguindo as seguintes etapas: (a) Liberação do fator residual; 
(b) Ativação do fator X- realizada pelos fatores VII e tecidual; (c) Efeito do fator X ativado 
(Xa) pra formar o ativador da protrombina, papel do fator V (Op. Cit.).
A via intrínseca segue o processo de coagulação através de uma série de reações em cascata. 
O traumatismo do sangue provoca a ativação do Fato XII e liberação de fosfolipídios 
plaquetários, estes contêm a lipoproteína denominada fator plaquetário 3, que também 
desempenha um papel nas reações subseqüentes da reação. O Fator XII atua sobre o fator XI 
para ativá-lo, exigindo para isso a presença de cininogênio HMW, e é acelerada pela pré-
calicreína. O Fator XI ativado atua sobre o Fator IX ativando-o. O Fator IX ativado, em 
conjunto com o Fator VIII ativado, fosfolipídios plaquetários e com o fator 3 das plaquetas 
traumatizadas, ativa o Fator X. O Fator X ativado combina-se com o fator V e faosfolipídios 
plaquetários ou teciduais, para formar o complexo denominado ativador da protrombina, 
desencadeando, assim, o processo final da coagulação (GUYTON & HALL, 2002).
10
2.3 Anticoagulantes
Os Anticoagulantes são sustâncias dotadas da propriedade de prevenir ou limitar a trombose 
intravascular por tornarem o sangue hipogoagulável. Estes fármacos aumentam o tempo de 
coagulação sangüínea e, também são utilizados em exames e transfusões, preservando o 
sangue. Os anticoagulantes utilizados terapeuticamente são representados pela Heparina e 
pelos Anticoagulantes orais (os derivados cumarínicos e indandiônicos) (DALE et al, 1997; 
MILLER, 1988; PEREIRA, 1994).
Segundo Miller (1988) diversas patologias são indicações para terapêutica anticoagulante, 
principalmente as de origem cardiovascular. Na Fibrilação atrial com cardiopatia reumática, 
Embolia pulmonar, Trombose Venosa Profunda, Embolia cerebral, Embolia arterial periférica 
aguda e em portadores de prótese cardíaca os benefícios são acentuados com o uso dos 
anticoagulantes. 
As principais contra-indicações do tratamento anticoagulante são: afecções ulcerosas do trato 
gastrointestinal, endocardite bacteriana subaguda, discrasias sanguíneas, intervenções 
cirúrgicas recentes no SNC, bem como nas cavidades torácicas ou abdominal, próstata e 
amígdalas, distúrbios hepáticos graves, insuficiência renal, retinopatia diabética, duvida 
diagnostica entre Infarto do miocárdio e aneurisma dissecante, síndrome pleuropericárdica 
pós-infarto, idade muito avançada e final de gestação. A menstruação normal não constitui 
contra-indicação (MILLER,1988; PEREIRA,1999).
Diante do tratamento com Anticoagulantes torna-se necessário atentar rigorosamente para o 
uso concomitante de outros fármacos, levando-se em conta que certos medicamentos podem 
exercer influência sobre a coagulação sanguínea, quer num sentido quer no outro, alterando os 
resultados esperados.
Existem fármacos capazes de diminuir a concentração de protrombina ou provocarem outras 
alterações que favoreçam o aparecimento de hemorragias, tais como: salicílicos, 
propiltiouracila, teofilina, acetazolamida, fenilbutazona, esteróides anabolizantes, álcool, 
clofibrato, dextrotiroxina, assim como também qualquer medicamento que prejudique a 
11
absorção da vitamina K, principalmente as sulfonamidas e antibióticos, especialmente 
clorafenicol, neomicina e tetraciclinas, ou ainda que possa deprimir as funções hepáticas. Os 
barbiturícos, por outro lado, podem reduzir a eficácia dos anticoagulantes (MILLER, 1988).
2.3.1 Anticoagulantes Injetáveis:
2.3.1.1 Heparina não-fracionada ou de Alto peso molecular 
A Heparina, também conhecida com “anticoagulante natural” foi descoberta em 1916 por 
McLean, um estudante do segundo ano de medicina da Johns Hopkins University, numa 
pesquisa durante as férias. Quando tentava extrair substâncias tromboplásticas, ou seja, 
coagulantes de diversos tecidos, descobriu em vez disso, uma substância com poderosa 
atividade anticoagulante. Com o aprofundamento do seu trabalho tornou-se evidente que tal 
efeito era devido à presença de um glicosaminoglicano. Esta substância foi denominada 
Heparina, por acreditar-se antes que fosse mais abundante no fígado (DALE et al, 1997).
Cientificamente a Heparina não é uma substância única, mais uma família de 
glicosoaminoglicanos sulfatados (micopolissacarídios) com uma faixa de peso moleculares 
que variam de 3.000 a 40.000 dáltons (Op. Cit.).
Nos tecidos a Heparina é encontrada nos mastócitos, sob a forma de grandes polímeros com 
peso molecular de 750.000. É encontrada também no plasma e na camada celular endotelial 
dos vasos sanguíneos. As preparações comerciais são formadas de polímeros de dissacarídios 
dos ácidos D-glicosamina-L-glicurônico e D-glicosamina-Dglicurônico, sendo extraída do 
pulmão de gado bovino ou da mucosa intestinal de suínos. Sendo abundante nos pulmões, 
fígado e intestinos dos mamíferos (MAJERUS et al, 1991).
Segundo Guerra e Rosenfeld (1995), existem diferenças com relação à origem daheparina. 
Quando extraída do pulmão do boi, provavelmente pelo maior conteúdo de condroitina, a 
heparina necessita uma proporção maior de sulfato de protamina para sua neutralização 
12
quando comparada à extraída da mucosa intestinal do porco. Esta última tem também 
atividade anti-Xa mais acentuada e mais prolongada.
A heparina é produzida sob a forma de sal, que pode ser de sódio, cálcio, potássio, magnésio 
ou bário; sendo os mais freqüentes o sódico e o cálcico. A unidade de Heparina definidas por 
técnicas biológicas é a unidade Toronto. Segundo Almeida (1985), corresponde à atividade de 
0,1mg do sal de bário da heparina pura; 1 mg desse mesmo sal deve manter incoagulável por 
24 horas, a 0°C, 500 ml de sangue de gato. Uma unidade padrão de heparina contém 
exatamente 130 UI/ mg, este nível é o atual e foi o estabelecido pela Organização Mundial da 
Saúde.
De acordo com Harvey & Champe (1998), a Heparina atua indiretamente pela ligação à 
antitrombina III para promover rápido efeito anticoagulante. O máximo efeito anticoagulante 
ocorre minutos após a introdução intravenosa de heparina. A antitrombina III, algumas vezes 
chamada de co-fator da heparina, é uma a-globulina que inibe protease séricas, incluindo 
muitos dos fatores que formam o coágulo, como a trombina. Essa combinação da heparina 
com a trombina reduz a ação da mesma com o fibrinogênio.
De acordo com Dale et al (1997), a heparina inibe a coagulação sanguínea tanto in vitro 
quanto in vivo. Sua principal ação ocorre sobre a formação de fibrina, mas a heparina também 
modifica a agregação plaquetária. A ação anticoagulante é produzida por meio de um efeito 
sobre a antitrombina III. A antitrombina III é um inibidor de ocorrência natural nas serinas 
proteases na cascata de coagulação, atuando mais especificamente sobre a trombina e o fator 
Xá. Porém, tem ainda ação sobre os fatores IXa, XIa, XIIa.
A trombina é consideravelmente mais sensível ao efeito inibidor do complexo heparina-
antitrombina III do que ao fator X. Para inibir a trombina, é necessário que a heparina se ligue 
à enzima e à antitrombina III.Para inibir o fator X, é necessária apenas a ligação da heparina à 
antitrombina III (Op. Cit.).
13
MECANISMO DE AÇÃO DA HEPARINA : 
 + -
 + -
 + - 
 + - Plasma
 Serino 
Antitrombina III Heparina Complexo Binário protease
 
Complexo inativo Complexo Ternário
Inicialmente, tem-se um anticoagulante natural em nosso organismo, que é a antitrombina III. 
Quando se administra a heparina, que é um poliânion , ela se liga a essa antitrombina III , que 
é um policátion, formando um complexo binário. Esse complexo, na presença de fatores da 
coagulação sanguínea, que é denominado de plasma serino proteases se ligam (Op. Cit).
Na realidade, a antitrombina III tem a capacidade de conduzir o efeito anticoagulante, só que 
esse efeito é extremamente lento. Então quando a heparina se liga à antitrombina III observa-
se uma alteração conformacional desse binômio, permitindo um encaixe perfeito dos fatores 
de coagulação, havendo a formação do complexo ternário. Uma vez formado este complexo, 
o fator da coagulação é inativo e a heparina volta para ser reutilizada (Op. Cit.).
Segundo Dale et al (1997), a ação anticoagulante da heparina pode ser modificada pelas 
plaquetas, pela fibrina e por proteínas plasmáticas. Ocorre uma liberação de uma proteína 
neutralizadora da heparina pelas plaquetas e, também é gerado na superfície plaquetária o 
14
fator Xá, e fica protegido da ação do complexo heparina – antitrombina III. A trombina 
quando se liga à fibrina, fica, analogamente, protegida da ação do complexo.
A ligação da heparina às proteínas plasmáticas reduz sua biodisponibilidade, e com o uso 
freqüente e ao longo prazo da heparina, ocorre uma depleção de antitrombina III e isso reduz 
o efeito do subseqüente tratamento com a heparina (Op.Cit.).
Pereira (1994), afirma que a ação fisiológica da heparina ainda não está completamente 
conhecida, mas sua súbita liberação no choque anafilático indica que ela pode desempenhar 
certo papel nas reações imunológicas, mantendo a eletronegatividade da superfície dos vasos 
sanguíneos. A heparina pode reduzir a adesividade plaquetária às células endoteliais, talvez 
porque diminua a liberação local do fator de crescimento derivado das plaquetas e pela sua 
ação antilipidêmica, reduzindo o desenvolvimento de placas ateroscleróticas, em que participa 
a proliferação de células musculares lisas. A heparina também possui atividade anti-
histamínica e anticomplemento. 
Estudos bioquímicos, segundo o autor acima citado, mostram que grandes quantidades de 
heparina e a fração de peso molecular superior a 25.000 dáltons têm maior atividade 
antitrombina e sobre fatores precoces da coagulação, com conseqüente maior atividade 
anticoagulante .
“A heparina pode aumentar paradoxalmente a tendência trombótica no homem pela redução 
progressiva da atividade da antitrombina III, que ocorre habitualmente em até um terço da 
sua concentração durante o uso da heparina” (PEREIRA, 1994, p.367).
A heparina não é bem absorvida pelo trato gastrintestinal, em virtude de sua carga e 
dimensões, devendo ser administrada pela via parenteral. A via endovenosa é a via de escolha 
pelo seu efeito imediato. A via subcutânea tem absorção lenta, com início de ação até duas 
horas após sua administração, sendo a via estabelecida para o uso da Heparina de baixo peso 
molecular. A via intramuscular não deve ser usada porque provoca formação de hematomas 
(MAJERUS et al, 1991; PEREIRA, 1994; DALE et el, 1997).
15
De acordo com Miller (1988), a via venosa é obrigatória ao tratamento curativo dos acidentes 
tromboembólicos, e sugere que a heparina pela via endovenosa em infusão contínua é mais 
segura do que a intermitente, afirmando ainda, que tal segurança depende muito da adequada 
supervisão da Enfermagem, e é facilitada pelo uso de uma bomba de infusão contínua.
Segundo Majerus et al (1991), o tratamento é iniciado com um volume de injeção de 5.000 
unidades, seguido por 700 a 2.000 unidades por hora, administrada através de uma bomba de 
infusão. A terapia é rotineiramente avaliada pelo Tempo de Tromboplastina Parcial ativado – 
TTPa. Inicialmente, o TTPa deveria ser avaliado e a taxa de infusão ajustada a cada quatro 
horas. Quando uma dose padrão é estabelecida, a avaliação diária é o suficiente.
Pereira (1994), também considera necessária a determinação prévia do tempo de protrombina 
(TP) e contagem de plaquetas, TTPA – tempo de tromboplastina parcialmente ativada. A 
maioria desses testes segue o esquema a seguir:
Protombina tromboplastina trombina
 Ca2+
 
 fibrinogênio fibrina 
Baseando-se na literatura aplicada por Pereira (1994), após a administração intravenosa, a 
distribuição é geralmente limitada ao compartimento intravascular, distribuindo-se pequena 
quantidade aos tecidos. Não se liga às proteínas plasmáticas; não é secretada pelo leite nem 
atravessa a placenta.
A heparina é parcialmente degradada no fígado por heparinase e parcialmente eliminada pelos 
rins,e, em parte não metabolizada, que é dose dependente (GUERRA e ROSENFELD, 1995). 
Diversos autores relatam que a hemorragia é o principal e mais preocupante efeito adverso 
dos anticoagulantes, de uma maneira geral. A heparina além de provocar complicações 
16
hemorrágicas, também pode provocar reações de hipersensibilidade, tais como: calafrios, 
febre, urticária, e choque anafilático (ALMEIDA,1988; COELHO, 1985; PEREIRA,1994).
Coelho (1982), diz que o choque anafilático é o efeito tóxico mais grave, pois é capaz de levar 
ao óbito se não houver pronto atendimento. E descreve reações de menor intensidade, como 
rinite e asma. Almeida (1985), ainda afirma que podem ocorrer episódios de dor precordial, 
prurido e, que após o uso prolongado pode surgir alopécia, principalmente nas têmporas, 
geralmente após três ou quatro meses com a terapêutica.
A heparina pode provocar trombocitopenia em até 5% dos pacientes. Esse efeito tem sido 
atribuído principalmente à heparina de origem bovina e com predomínio de moléculas de alto 
peso molecular, alguns preparados de heparina, embora raramente, podem provocar trombose; 
além de cefaléias, taquicardia e hipotensão. Outro efeito colateral pouco conhecido é a 
osteoporose, que só é provocada com o uso prolongado por mais de seis meses; tendo sido 
descritas até fraturas de costelas e vértebras, com o uso diário de 10.000 UI (GUERRA e 
ROSENFELD, 1995).
“A heparina está contra-indicada em hipertensos ou portadores de alterações da coagulação, 
em alcoólatras e em pacientes que sofreram cirurgia cerebral, oftálmica ou na medula 
espinhal” (HARVEY e CHAMPE, 1998, p.199).
Pereira (1994), divide as contra-indicações em absolutas e relativas, respectivamente: 
cirurgias recentes do SNC e olhos, metástases cerebrais, retinopatia diabética proliferativa, 
hemorragia cerebrovascular, distúrbios hemorrágicos, hipertensão arterial sistêmica grave; e 
cirurgias recentes (exceto no SNC), procedimentos invasivos (por exemplo, punção lombar e 
biópsia de víscera), úlcera duodenal ativa, colite ulcerativa, carcinoma visceral, pericardite, 
endocardite bacterian, vasculite, aneurisma aórtico, doenças renais e hepáticas graves, 
disfunções hepática e renal, história de sangramento oculto, drenagem torácica e abdominal e 
trombocitopenia.
Todos os testes laboratoriais baseados na medida do tempo de coagulação do sangue total ou 
do plasma são teoricamente sensíveis à heparina. Desde os primórdios de sua utilização, a 
17
heparina vem sendo controlada através do tempo de coagulação. Porém, os testes plasmáticos, 
como o tempo de tromboplastina parcial (TTP ou TTPa), tempo de protrombina (TP) e 
determinação da atividade residual do fator Xá com substrato cromogênico, têm tido 
aplicação crescente no controle de heparinização, principalmente pela maior sensibilidade e 
precisão (GUERRA e ROSENFELD, 1995).
2.3.1.2 Heparina não-fracionada ou de Baixo peso molecular
“As heparinas de baixo peso molecular têm como principal vantagem maior relação de 
atividade anti Xa / anti IIa do que a heparina não-fracionada" (TIMERMAN, 2003, p.25).
Segundo Guerra e Rosenfeld (1995), a heparina de baixo peso molecular, principalmente 
abaixo de 5.000 dáltons, tem ação preponderante pela inativação do fator Xá e pouca 
afinidade antitrombina. Apresentam maior afinidade com o endotélio vascular, substituindo a 
heparan-sulfato, que é um mucopolissacarídeo similar à heparina existente no subendotélio e 
que parece ter importante participação nos mecanismos antitrombóticos naturais.
Timerman (2003), cita outras características das HBPM, tais como: sua menor sensibilidade 
ao fator plaquetário-4, efeito anticoagulante mais previsível e menor incidência de 
plaquetopenia. Além disso, tem maior biodisponibilidade, o que permite a facilidade da 
administração subcutânea sem a necessidade da monitorização laboratorial de rotina na 
avaliação de sua eficácia anticoagulante.
As preparações de HBPM, que atualmente estão sendo avaliadas clinicamente, são 
extremamente heterogêneas na sua composição química e no seu peso molecular e não são 
padronizadas.Em geral possuem efeito mínimo nos testes de coagulação in vitro. Nos testes 
clínicos, a heparina de baixo peso molecular é usualmente prescrita em unidades de atividade 
anti-Xa; não obstante, não se pode afirmar que a mesma dose de anti-Xa de duas preparações 
de HBPM produzem efeitos antitrobóticos equivalentes (MAJERUS et al, 1991).
18
As HBPM são administradas por via subcutânea. Apresentam uma afinidade muito menor por 
proteínas que se ligam á heparina e, assim, têm uma meia-vida mais longa, independente da 
dose. Dessa forma, seus efeitos são mais previsíveis e o intervalo de administração entre as 
doses pode ser maior; sendo excretadas sobretudo pelos rins (DALE et al, 1997).
Segundo Majerus et al (1991), o tratamento de baixa dose de heparina pode evitar o 
tromboembolismo em certos pacientes.Um regime atual para tal tratamento é de 5.000 
unidades de heparina administradas pela via subcutânea a cada 8 a 12 horas. Não necessitando 
da avaliação laboratorial uma vez que este esquema não prolonga o TTPa.
Levine e Hirsh, (1988) apud Majerus et al (1991), cita que em testes europeus a heparina de 
baixo peso molecular pode ser tão eficaz quanto a heparina padrão para a profilaxia do 
tromboembolismo ou nos pacientes com ataque cardíaco.
A administração da HBPM por via subcutânea de 8 em 8 horas reduz significativamente o 
aparecimento de tromboses venosas pós-operatórias, em especial em pacientes submetidos a 
intervenção no tórax ou abdome. A primeira injeção deve ser aplicada duas horas antes da 
intervenção, repetindo-se a dose com intervalos de 8 a 12 horas durante 7 – 10 dias. Deve-se 
injetar no tecido subcutâneo da regia abdominal sub-diafragmática com agulha tão fina quanto 
possível. Convém levantar uma prega cutânea e introduzir a agulha horizontalmente com 
cuidado. Terminada a injeção, retira-se a agulha sempre na posição horizontal (MILLER, 
1988).
Os erros mais freqüentes apresentados por Asprheim (1994), são: utilização de outras áreas do 
corpo, utilização de agulha longa ou de calibre grosso, atingir planos profundos ou mais 
superficiais, injeção rápida propiciando ruptura de vasos. E descreve a maneira correta de se 
administrar a HBPM via subcutânea: fazer prega abdominal comprimindo com os dedos, 
utilizar seringa de insulina (0,6), puncionar verticalmente na prega e injetar no tecido 
subcutâneo.
De acordo com Harvey e Champe (1998), o conhecimento de que a heparina também atua em 
suas formas de menor peso molecular levou ao isolamento da enoxaprina, a primeira heparina 
de baixo peso molecular (< 6.000) disponível nos EUA. E apesar das esperanças iniciais de 
19
menores efeitos colaterais com a enoxaprina, as complicações mostraram-se semelhantes às 
da heparina de alto peso molecular.
O principal efeito adverso da HBPM também é a hemorragia, porém o mais comum é a 
formação de hematomas nos locais de aplicação da injeção subcutânea, mas sem 
conseqüências importantes (ASPRHEIM, 1994). Segundo Guerra e Rosenfeld (1995), durante 
o uso prolongado subcutâneo pode ocorrer formação de nódulos dolorosos no local de 
aplicação e também necrose da fáscia.
A heparinização profilática subcutânea normalmente não é controlada por testes laboratoriais. 
Em casos de alto risco ou com fins de controle de qualidade da aplicação, podem, ser usados 
TTP com reagente de sensibilidade conhecida à heparina ou os testes com substrato 
cromogênico para a avaliação da heparinemia (DALE et al, 1997).
2.4 Anticoagulantes Orais
Os anticoagulantes orais são drogas ácidas,solúveis em gordura, derivadas da 4-
hidrocumarina (compostos cumarínicos) ou do indan-1,3-diona (compostos indandiônicos), 
descobertas como resultado indireto de uma modificação na política agrícola da América do 
Norte na década de 20, quando o milho utilizado par a alimentação do gado foi substituído 
pelo trevo doce e, logo após, foi observada a presença de sangramentos excessivos após 
pequenas lesões nos animais com essa substância, ficou, então, constatado que esse fato 
devia-se à presença de bis-hidroxicumarina no trevo estragado (DALE et al,1997; 
PEREIRA, 1994).
Os anticoagulantes orais são antagonistas da vitamina K, e, diferentemente da Heparina, 
induzem hipocoagulabilidade apenas in vivo. Agem inibindo a síntese dos fatores da 
coagulação dependentes da vitamina K (II, VII, IX e X), das vias intrínseca e extrínseca, e da 
proteína C (PEREIRA, 1994).
Segundo Pereira (1994), os anticoagulantes orais têm indicações clínicas na profilaxia a longo 
prazo da Trombose Venosa Profunda e embolismo pulmonar; na fibrilação atrial quando 
associada a miocardiopatia congestiva, doença cardíaca isquêmica, doença da valva mitral ou 
20
prótese valvar mitral; na insuficiência cerebrovascular com isquemia cerebral transitória; nas 
condições de alto risco de tromboembolismo com longa imobilização no leito e doença 
valvular mitral.
Cirurgias recentes do SNC e olhos, retinopatia, doença renal ou hepática, gravidez, 
trombocitopenia, presença de ulceração gastrointestinal ativa ou passada, endocardite 
bacteriana, hipertensão maligna, pericardite e vasculite, hemorragia cerebrovascular, 
condições laboratorias inadequadas, alcoolismo e procedimentos invasivos são algumas das 
contra-indicações citadas pelo autor acima citado.
“O risco/ benefício deve ser sempre considerado quando pensamos em utilizar um 
anticoagulante oral, principalmente na presença de proctites, colites, gastrites, úlcera 
péptica e hérnia hiatal” (COUTO, et al, 1996). 
Existem inúmeros fatores que podem aumentar o efeito farmacológico dos anticoagulantes 
orais, como, uma redução da disponibilidade da vitamina K, os antibióticos de amplo 
especttro e algumas sulfanamidas, drogas antiinflamatórias não-esteróides. Nas situações 
como gestação, síndrome nefrótica e anemia ocorre uma redução da resposta aos 
anticoagulantes (DALE et al, 1997).
A ingestão de alimentos ricos em vitamina K, especialmente folhas verdes como couve e 
brócolis, é causa freqüente de redução do efeito anticoagulante e, por isso, todo paciente deve 
ser orientado para evitar ingestão de quantidades muito grandes destes alimentos, sobretudo 
de modo esporádico (LOURENÇO et al, 1997).
2.4.1 Derivados Cumarínicos
Os derivados cumarínicos são os anticoagulantes orais mais utilizados na prática clínica. O 
resíduo 4-hidrocumarina com um carbono não-polar substituído na posição 3, é a necessidade 
estrutural mínima para a sua atividade (MAJERUS et al, 1991).
 
21
Os anticoagulantes cumarínicos são administrados via oral, sendo absorvidos pelo estômago e 
jejuno, no período de três a seis horas. De 80 a 97% ligam-se à albumina de maneira 
reversível, variando para cada derivado cumarínico, sendo esta afinidade mais acentuada no 
Warfarin (GUERRA E ROSENFELD, 1995).
“Os cumarínicos são metabolizados por enzimas microssomais hepáticas e também a nível 
renal ocorre a filtração glomerular. Da interação de todos esses fatores resulta para cada 
tipo de derivado cumarínico uma meia vida diversa e sujeita a variações individuais” 
(GUERRA E ROSENFELD, 1995, p.879).
O Warfarin, inicialmente usado como raticida, é o anticoagulante oral mais utilizado nos 
Estados Unidos, é uma das drogas anticoagulantes mais importantes porque uma única dose 
determina anticoagulação estável, podendo também ser utilizado pelas vias intramuscular e 
intravenosa, sendo a via parenteral vantajosa apenas nos casos de intolerância à terapia oral. 
Seu efeito Maximo é alcançado em 36 a 72 horas, tendo completa absorção oral (PEREIRA, 
1994).
Segundo Majerus et al (1991), a presença do alimento no trato gastrointestinal também pode 
diminuir a taxa de absorção. O Warfarin é usualmente detectável no plasma dentro de 1 hora 
após a sua administração oral, atingindo seu pico de concentração em 2 a 8 horas, é 
transformado em metabólitos inativos pelo fígado e pelos rins, e estes metabólitos são 
excretados na urina e nas fezes.
Os principais riscos da terapêutica com anticoagulantes orais, de maneira geral, são as 
hemorragias, principalmente intestinal ou cerebral; podem, ainda, provocar lesão hepática, 
necrose dos tecidos moles (mama e nádega), atribuída à inibição da biossíntese de substâncias 
anticoagulantes endógenas dependentes de vitamina K (DALE et al, 1997). 
Segundo Couto et al (1996), o sangramento é influenciado pela intensidade da terapêutica 
anticoagulante, pela doença subjacente e pelo uso concomitante de drogas do tipo ácido 
acetilsalicílico. 
22
Lourenço et al (1997), após realizar estudo com pacientes em uso de anticoagulantes orais, 
verificou que o sexo feminino é um dos fatores de risco para sangramento, assim como a 
instabilidade do RNI – Ìndice Normalizado Internacional – no início do tratamento, idade 
avançada, presença de doenças concomitantes, nível de anticoagulação e tipo de droga 
antivitamina K. 
Grinberg (2003), ressalta que o sangramento pode ocorrer em qualquer local, desde epistaxe 
até a formação de hemotórax, hematúria, sangramento gengival, aumento do fluxo menstrual 
e anemia.
O risco de hematoma intracerebral ou subdural nos pacientes com mais de 50 anos de idade 
que estão tomando anticoagulante oral por um período prolongado pode aumentar em 10 
vezes. Se utilizados durante a gestação pode ocorrer defeitos congênitos e/ ou abortamento. A 
hemorragia fetal ou neonatal pode ocorrer mesmo quando os valores de TP maternos 
estiverem dentro dos limites normais (MAJERUS et al, 1991).
“A necrose cutânea induzida pela cumarina é uma complicação rara da terapia 
anticoagulante oral. Observada pela primeira vez em 1943, esta síndrome caracteriza-se 
pelo aparecimento de lesões cutâneas 3 a 10 dias depois do inicio do tratamento” 
(MAJERUS et al, 1991, p.880).
Couto et al (1996), relata que essa necrose cutânea se deve à trombose extensa de vênulas e 
capilar dentro da gordura do tecido subcutâneo, e afirma que alguns autores acham que ela é 
decorrente da deficiência da proteína C.
De acordo com Majerus et al (1991), a síndrome do dedo purpúreo pode desenvolver-se 3 a 8 
semanas depois do início do tratamento com os anticoagulantes cumarínicos e, consiste numa 
descoloração azulada reversível, às vezes dolorosa, das superfícies plantares e regiões laterais 
dos dedos dos pés, que se torna branca com a pressão e perde a cor com a elevação das 
pernas. Outras reações, menos freqüentes, são alopecia, urticária, dermatite, febre, náusea, 
diarréia, cólica abdominais, pancreatite, diminuição do hematócrito e anorexia.
23
Pereira (1994), descreve outras reações adversas, tais como: necrose de pênis, da parede 
abdominal e pele nas extremidades inferiores e, elevação das transaminases, sem leucopenia. 
Quando dado no primeiro trimestre da gestação , provoca embriopatias caracterizadas mais 
comumente por hipoplasia nasal e anormalidades esqueléticas, acrescentando-se defeitos 
oculares , e no SNC. 
A segurança do tratamento anticoagulante oral depende fundamentalmente de controle 
freqüente e cuidadoso, feito através do tempo de protrombina (TP), expresso em RNI e da 
correta alimentação, pois somente dessa forma poderão ser evitadasas complicações tanto 
trombóticas quanto hemorrágicas, permitindo que o paciente se beneficie dessa importante 
modalidade de tratamento (LOURENÇO et al, 1997).
24
3. METODOLOGIA
3.1. Tipo de Pesquisa
A pesquisa em questão é um estudo qualitativo exploratório, onde foi analisado o nível de 
conhecimento dos Enfermeiros de uma Unidade de Emergência sobre os potenciais riscos dos 
anticoagulantes e os fatores relevantes na sua administração.
De acordo com Minayo (1994) apud Backes (2004), a pesquisa qualitativa procura dar 
enfoque para a subjetividade, trabalhando com o universo de significados, motivos, 
aspirações, crenças, valores e atitudes que não podem ser quantificados.
André (1995), relata que mesmo quando se reportam dados de depoimentos, entrevistas ou de 
observações é, não raro, conveniente que se expressem os resultados também em números. 
Ressaltando que o estudo não deixa de ser qualitativo e que o número ajuda a explicitar a 
dimensão da pesquisa qualitativa.
Segundo Andrade (1997) apud Backes (2004), a pesquisa exploratória:
constitui o primeiro passo de todo trabalho cientifico e possui como finalidades: 
proporcionar maiores informações sobre determinado assunto, facilitar a 
delimitação de um tema de trabalho, definir seus objetivos ou formular s hipóteses 
de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em 
mente.
3.2. Local da Pesquisa
O estudo foi realizado na Unidade de Emergência do Hospital Geral Roberto Santos, com 
endereço na Rua Silveira Martins, nº4000, bairro Saboeiro, na cidade de Salvador. A 
população alvo deste estudo constituiu-se por Enfermeiros atuantes na Unidade de 
Emergência durante o mês de setembro de 2011 nos turnos matutino, vespertino e noturno. E, 
visando garantir o sigilo dos profissionais em estudo, foi lhes assegurado que não constariam 
dados dos sujeitos nas citações utilizadas, para a conclusão dessa pesquisa. Todas as 
informações coletadas foram transcritas através de gráficos e tabelas, identificando os 
25
contribuintes através de siglas, letras ou abreviaturas que não estabeleceram qualquer 
semelhança com a identidade dos profissionais.
3.3. Sujeitos da Pesquisa
Nos critérios de inclusão fizeram parte da população de estudo, os Enfermeiros graduados e 
pós-graduados que trabalharam na unidade de emergência no período anteriormente citado, 
analisando o conhecimento desses profissionais sobre os efeitos adversos e formas de 
administração dos anticoagulantes.
 3.4. Instrumento de Coleta de Dados
Como instrumento de pesquisa foi utilizado à técnica de questionário, composto por 09 
questões subjetivas (APÊNDICE A), que tiveram maior enfoque para a compreensão dos 
principais fatores de risco dos anticoagulantes a que os pacientes ficam exposto e formas de 
administração desses fármacos dentro da unidade de emergência. Abordando aspectos 
relativos à Heparina não-fracionada, aos novos esquemas com a Heparina de Baixo Peso 
Molecular e os anticoagulantes orais (Derivados cumarínicos).
De acordo com OLIVEIRA (1998):
O Questionário é um instrumento que serve de apoio ao pesquisador para a coleta de 
dados e apresenta os seguintes aspectos:
a) É a espinha dorsal de qualquer levantamento;
b) Precisa reunir todas as informações necessárias, nem mais e nem menos;
c) Cada levantamento é uma seção nova;
d) Necessidade da preparação da amostra;
e) Linguagem adequada, certa dose de visão psicológica introspectiva para 
apanhar os pensamentos das pessoas;
f) Possuir imaginação;
g) Experiência;
h) Conhecimento
A observação direta também foi utilizada como instrumento de pesquisa durante a aplicação 
do questionário. Foram observadas as reações dos profissionais, palavras usadas entre os 
sujeitos, e entre os sujeitos e a pesquisadora para esclarecimentos sobre a pesquisa.
26
Segundo André e Lüdke (1986), a observação direta permite também que o observador 
chegue mais perto da “perspectiva dos sujeitos”, um importante alvo nas abordagens 
qualitativas.
“Observar significa aplicar atentamente os sentidos a um objeto para de este adquirir um 
conhecimento claro e preciso” (BARRO; LEHFELD, 2002).
3.5. Coleta dos Dados
A coleta de dados teve início após aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em 
Pesquisa - CEP do Hospital Geral Roberto Santos. Os questionários elaborados pela 
pesquisadora foram aplicados após assinatura do Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido pelos Enfermeiros, no período de Junho a Julho de 2011, em local reservado da 
própria unidade, nos turnos matutino, vespertino e noturno conforme aviso prévio e de acordo 
com a disponibilidade dos Enfermeiros. Por fim, os dados coletados foram transcritos após 
análises e discussões, interpretados à luz do marco teórico de referência desse estudo.
A análise dos dados foi realizada seguindo-se as regras da análise de conteúdo que visa 
demonstrar a opinião dos entrevistados e suas características, interpretando o que foi 
solicitado a partir das respostas obtidas, baseando-se pelo referencial teórico desta pesquisa, 
que forneceu a base inicial de conceitos, a partir dos quais foi feita a classificação dos dados.
Durante a aplicação dos questionários a maioria dos Enfermeiros não necessitou de 
esclarecimentos sobre as questões formuladas. A dúvida mais freqüente foi sobre os 
anticoagulantes orais, por não constar no questionário os nomes comerciais. Contudo, foram 
esclarecidas a partir das próprias respostas verbais dos pesquisados, sem a necessidade de 
maiores explicações por parte da pesquisadora, a fim de assegurar o objetivo dessa pesquisa 
que se baseou na busca do conhecimento dos profissionais.
Os questionários foram respondidos por 10 enfermeiros que atuaram na Unidade de 
Emergência no mês de Setembro de 2011, sendo que alguns Enfermeiros demonstraram 
pouco interesse, entretanto responderam o que foi solicitado. 
27
Os objetivos da pesquisa foram contemplados após análise de todo material adquirido durante 
a coleta, mantendo a fidedignidade das respostas dos profissionais ao questionário e os relatos 
das observações feitas pela pesquisadora.
A garantia do anonimato dos profissionais pela pesquisadora favoreceu para que a coleta de 
dados fosse realizada mais rapidamente, contribuindo para uma relação mais descontraída e 
espontânea. 
Quanto aos aspectos éticos foram preservadas as informações coletadas e a identidade dos 
colaboradores, de maneira que ficou assegurado pela pesquisadora a confidencialidade, 
privacidade e proteção da imagem, sendo garantida a não utilização das informações em 
prejuízo das pessoas, respeitando as normas do Comitê de Ética em Pesquisa, podendo o 
mesmo, assim como os Enfermeiros, terem a liberdade para excluírem sua participação em 
qualquer fase da pesquisa sem penalização alguma. Os resultados da pesquisa foram 
divulgados apenas no âmbito acadêmico, respeitando a Resolução 196/96 do Conselho 
Nacional de Saúde que trata e regulamenta as diretrizes e normas envolvendo pesquisas com 
seres humanos. 
28
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A análise dos dados foi baseada no referencial teórico desta pesquisa, assim como, através da 
observação realizada pela pesquisadora durante a coleta, sendo necessário categorizar os 
dados, para expressar com objetividade os resultados alcançados.
4.1. Importância da Farmacologia para a Enfermagem
A Farmacologia é conceituada por Harvey e Champe (1998) como a ciência que estuda os 
mecanismos pelo qual a função dos sistemas é afetada pelos agentes químicos. Foi inserida 
como disciplina obrigatória e essencial do curso de graduaçãoem Enfermagem nas diversas 
Instituições de Ensino Superior da cidade de Salvador. 
Na prática da assistência de Enfermagem prestada ao paciente em âmbito hospitalar ou na 
Saúde pública, o conhecimento desses profissionais sobre os fármacos que administra é 
imprescindível. Em vista disso foi incluso na pesquisa um questionamento sobre a 
importância da Farmacologia para a profissão Enfermagem. 
Todos os profissionais pesquisados responderam que a Farmacologia é de extrema 
importância e que só traz vantagens para a profissão, pois, possibilita o conhecimento das 
drogas que são utilizadas pelos pacientes, como seus riscos e benefícios, proporcionando uma 
assistência de Enfermagem de melhor qualidade.
Alguns relatos dos profissionais tornam mais nítidos essa afirmação:
Enf. A: “A farmacologia tem valor relevante para a profissão, pois com o conhecimento na 
área pode-se ter o discernimento na administração ou não de acordo com a patologia, 
interagindo com o quadro hemodinâmico, com a ação, efeitos adversos, colaterais, etc”.
Enf. B: “Na verdade ela faz parte do dia-a-dia do profissional de Enfermagem que não só 
administra as drogas, mas as manipula, apraza, solicita, além de estar diretamente na 
assistência avaliando as reações apresentadas pelo paciente.”
29
Enf. C: “A farmacologia tem suma importância, pois com o conhecimento das drogas 
norteamos as condutas”.
4.2. Conhecimento sobre Efeito adverso:
Outra questão abordada na pesquisa foi sobre o conhecimento dos enfermeiros sobre o 
conceito de Efeito adverso ou reação adversa. Segundo Carlini (2003), uma reação adversa é 
qualquer alteração que ocorra, geralmente para pior, no estado de uma pessoa durante a 
vigência da ação de um medicamento e, afirma que está realmente relacionado às 
propriedades do próprio medicamento.
A questão foi respondida de forma parcial por todos os profissionais, contudo nenhum se 
desviou para outra abordagem ou conceito diferente do que foi solicitado. Segue abaixo 
algumas respostas dos Enfermeiros:
Enf. D: “Reação provocada no paciente que pode ou não ocorrer após a administração 
medicamentosa, por superdosagem, alergia, reações com outros medicamentos 
concomitantemente”.
Enf. E: “É uma complicação do uso da medicação, uma reação não desejada ou 
programada”.
4.3. Conceito sobre os Anticoagulantes:
Na quinta questão do questionário foi solicitado o conceito de drogas anticoagulantes, uma 
das principais abordagens da pesquisa. 
Os Anticoagulantes são sustâncias dotadas da propriedade de prevenir ou limitar a trombose 
intravascular por tornarem o sangue hipocoagulável. Estes fármacos aumentam o tempo de 
coagulação sangüínea e, também são utilizados em exames e transfusões, preservando o 
sangue (DALE et al, 1997; MILLER, 1988; PEREIRA, 1994).
30
Nove enfermeiros relataram que os anticoagulantes reduzem ou evitam a formação de 
trombos ou coágulos sanguíneos no interior dos vasos, agindo assim, de forma profilática. 
Apenas um deles informou que os anticoagulantes agem na diluição de trombos já existentes, 
sendo que esta característica está reservada a outro tipo de fármaco, os trombolíticos que 
também são bastante utilizados em Cardiologia.
Conceito de Anticoagulantes relatados por alguns profissionais:
Enf. B: “São drogas que evitam a coagulação do sangue e possível formação de trombos, 
mantêm o sangue fluido. Podendo ser usado de forma profilática ou terapêutica”. 
 
Enf. D: “São drogas que têm a capacidade de tornar o sangue mais fluido, e evitar a 
formação de trombos. A grande maioria bloqueia as glicoproteínas, principalmente a II b e 
IIIa que são as principais responsáveis pela agregação plaquetária, agindo assim, as 
plaquetas não se unem e o risco de formação de trombos é reduzido”.
4.4. Efeitos adversos dos Anticoagulantes selecionados para pesquisa:
Alguns Anticoagulantes foram escolhidos para constituírem foco dessa pesquisa, tais como: 
Heparina de alto peso molecular, Heparina de baixo peso molecular e os derivados 
cumarínicos.
A sexta questão engloba aspectos relativos ao conhecimento dos Enfermeiros sobre os riscos 
ou efeitos adversos que esses Anticoagulantes podem provocar no indivíduo que os utiliza. 
Através das falas abaixo se pôde verificar o índice de acertos dos profissionais.
Enf.C “O efeito adverso que mais conheço causado pelo heparina é a hemorragia”. 
Enf.G “A hemorragia é sempre uma preocupação para os pacientes que utilizam a heparina. 
Quando o paciente está em uso de qualquer anticoagulante sempre oriento que observem 
sangramento na urina ou na escovação dos dentes.”
31
Enf. I “além da hemorragia que é mais conhecido, pode também causar febre, calafrios e 
alterações no exame de sangue.”
Na literatura pesquisada foram encontrados 16 efeitos adversos que podem ser provocados 
pelo uso da Heparina de alto peso molecular. Dentre esses, apenas quatro efeitos foram 
citados pelos profissionais durante a coleta de dados, mantendo destaque para a Hemorragia, 
que sendo o principal risco da terapêutica anticoagulante foi relatada por nove dos 
pesquisados. A trombocitopenia foi descrita por um dos Enfermeiros. A hipotensão e as 
manifestações alérgicas, tais como: Rinite, prurido e choque anafilático não foram 
mencionados pelos profissionais.
Sobre a Heparina de baixo peso molecular, os enfermeiros relataram os mesmos riscos da 
heparina de alto pelo molecular. Houve semelhança nas falas como podemos constatar a 
seguir:
Enf. D “Além da hemorragia, pode acontecer hematomas no local da aplicação.
Enf. F “A região da aplicação costuma ficar com hematomas e nódulos dolorosos ao longo 
do tempo
Enf. H “O risco de hemorragia é grande e os hematomas sempre aparecem, principalmente 
se o paciente tiver bastante tempo de uso. É preciso ficar bastante atento a isso.
Baseando-se no referencial teórico desta pesquisa foram encontrados quatro efeitos adversos 
apresentados pelo uso da Heparina de baixo peso molecular. Os dez enfermeiros 
demonstraram conhecimento do efeito adverso mais comumente apresentado pela Heparina 
não–fracionada, quando mencionaram a formação de Hematomas após aplicação das injeções 
subcutâneas. Oito dos profissionais indicaram a ocorrência da Hemorragia, efeito mais 
perigoso do uso de tal medicação. Apenas dois dos enfermeiros citaram a formação de 
nódulos dolorosos no local onde se aplicam injeções de Heparina. Nenhum dos pesquisados 
32
relatou sobre a possibilidade da Necrose de fáscia após uso contínuo da Heparina no tecido 
subcutâneo.
Os derivados cumarínicos são os anticoagulantes orais mais utilizados na pratica clínica. 
(MIJERUS et al, 1991). Em todo acervo pesquisado foram encontrados dezoito efeitos 
adversos desses fármacos. Sendo o principal risco da terapêutica com anticoagulantes orais de 
maneira geral, a hemorragia (DALE et al, 1997). 
Enf. A “A maior preocupação gira em torno das hemorragias quando os pacientes usam os 
cumarínicos por muito tempo
Enf. C “O principal risco é de hemorragia.”
Enf. E “Podem ocorrer além das hemorragias a urticária.”
Enf. J “Quando os pacientes tomam a medicação por muito tempo pode haver risco de 
hemorragia.”
Ao analisar as falas verifica-se que nove dos profissionais destacaram a Hemorragia como 
efeito adverso dos derivados Cumarínicos, ressaltando que esse é o principal risco dos 
Anticoagulantes Orais. Apenas um dos pesquisados citaram a Urticária e Dermatite como 
reação adversa desses medicamentos.
4.7. Vias e Formas de Administração dos Anticoagulantes:
As vias e formas de administração dos Anticoagulantes também foram abordadas, uma vez 
que alguns efeitosadversos ocorrem em conseqüência da falta de conhecimento sobre as 
formas de administração do medicamento, ou seja, a prática incorreta da administração das 
drogas Anticoagulantes, principalmente as Injetáveis, como as Heparinas e algumas fórmulas 
do Warfarin, um derivado Cumarínico, pode acarretar em prejuízos para a saúde do paciente.
33
As vias de administração dos fármacos em questão foram mencionadas por todos os 
profissionais que participaram da pesquisa, entretanto apenas um descreveu a técnica do 
procedimento.
A Heparina de alto peso molecular pode ser administrada pelas vias Endovenosa e 
Subcutânea. Cinco dos profissionais citaram a via endovenosa como via exclusiva para a 
administração da Heparina não-fracionada, sendo que os outros cinco afirmaram ambas as 
vias para a realização da administração da droga. Dentre esses profissionais, somente um 
detalhou o procedimento.
A Heparina de baixo peso molecular é administrada pela via Subcutânea. Tal afirmação que 
foi confirmada por todos os profissionais. Todavia, nenhum descreveu a forma de administrá-
la.
Os Derivados Cumarínicos são classificados como Anticoagulantes orais, portanto devem ser 
administrados através da cavidade oral. Salvo o Warfarin, um cumarínico que tem fórmulas 
para ser administrado pelas vias Intramuscular e Endovenosa, nos casos de intolerância à 
terapêutica via oral.
Todos os profissionais informaram a via oral como única via de administração dos 
Cumarínicos, demonstrando que desconhecem o uso do Warfarin pela via Intramuscular e 
Endovenosa, mesmo sendo esse o principal derivado cumarínico.
Muitos Enfermeiros citaram a administração da Heparina de Baixo Peso Molecular através da 
via Endovenosa. Todavia não foram encontrados dados na literatura pesquisada que 
confirmassem essa informação. Entretanto, alguns profissionais ressaltaram que o uso dessa 
via para administrar a Heparina não-fracionada encontra-se em estudo.
4.8. Relevância dos Anticoagulantes para a Unidade de Emergência:
Através de visita prévia à Unidade de Emergência em estudo foi verificado que o uso dos 
Anticoagulantes é intenso e constante, a partir daí foi questionado aos profissionais sobre a 
relevância de tais fármacos para a Unidade onde atuam.
34
Nesta questão todos os pesquisados afirmaram que o uso dos Anticoagulantes, de maneira 
geral, é de extrema importância tanto na profilaxia quanto na terapêutica das doenças 
cardiovasculares, principalmente nas Síndromes Coronarianas Agudas.
Para proporcionar melhor análise foram selecionadas as respostas de alguns profissionais:
Enf. C: “São fundamentais para o protocolo de tratamento das principais patologias dessa 
unidade”.
Enf. D: “Os Anticoagulantes têm extrema importância na Emergencia, no tratamento das 
Síndromes Coronariana Agudas, na prevenção de trombos e embolias”.
Enf. F: “São utilizadas como profilaxia e terapêutica, podendo definir condutas bem como a 
sobrevida de um paciente em uso”.
4.9. Drogas Anticoagulantes mais utilizadas na Unidade de Emergência segundo 
relatos dos Enfermeiros:
Na última questão foi requerido dos Enfermeiros que informassem as drogas Anticoagulantes 
mais utilizadas na Unidade de Emergência que prestam assistência. As drogas mencionadas 
para a realização do estudo foram as mais citadas, chegando-se à conclusão de que tais drogas 
realmente merecem destaque em sua abordagem. Ressaltando que as drogas foram 
mencionadas em sua maioria pelos nomes comerciais.
Foram citadas as seguintes drogas: Heparina de Alto Peso Molecular também mencionada 
como Liquemine; Heparina de Baixo Peso Molecular, muito citado como Clexane ou 
Enoxaprina. Os anticoagulantes orais mais citados foram o Marcoumar, Marevan, Coumadin 
e a Warfarina
Muitos profissionais citaram nomes de outros tipos de fármacos, considerando-os como 
Anticoagulantes, contudo são Antiagregante plaquetário ou Trombolíticos, mostrando com 
35
esse resultado que ainda existem dificuldades na distinção entre essas drogas e os 
Anticoagulantes. 
As drogas que não são anticoagulantes, mas foram citadas como tal: AAS, Reopro, Agrastat, 
Actylise, r-TPA.
AAS (Acido acetil salicílico) ,Reopro (Abciximab) e o Agrastat (Cloridrato de Tirofiban) são 
fármacos Antiagregante plaquetário, enquanto que o Actylise (Alteplase) e o r-TPA (Ativador 
do plasminogênio tissular) são Trombolíticos (MAJERUS et al, 1991; PEREIRA,1994).
 Segundo Pereira (1994), os Antiagregante plaquetários agem inibindo a reatividade 
plaquetária. Sendo que algum destes, como o AAS também possui discreta ação 
anticoagulante.
De acordo com o autor acima, os Trombolíticos são drogas ativadoras da fibrólise que requer 
a conversão do plasminogênio em plasmina. São usadas quando se necessita da rápida 
dissolução do trombo, para preservar a função do órgão ou membro ou função da válvula 
venosa.
A terapia com drogas trombolíticas tende a dissolver tanto os trombos patológicos como os 
depósitos de fibrina, e tem como principal efeito adverso, assim como os Anticoagulantes, a 
Hemorragia (MAJERUS et al, 1991).
Após esclarecimento das Drogas citadas, vale ressaltar que os Anticoagulantes são fármacos 
que atuam na prevenção de trombos, evitando a coagulação sanguínea, interferindo nas vias 
da coagulação (PEREIRA, 1994).
36
5. CONCLUSÃO
Conclui-se, portanto que a utilização das drogas Anticoagulantes vem se destacando como 
forma de tratamento e profilaxia em pacientes cardiopatas, dessa forma, cabe ao profissional 
de Enfermagem planejar, implementar e analisar sistematicamente a assistência oferecida aos 
pacientes que são submetidos ao tratamento com tais fármacos.
A Farmacologia foi considerada por todos os profissionais que participaram da pesquisa como 
fundamental para a profissão, pois possibilita uma melhor assistência de Enfermagem, 
concluindo com isso que os Enfermeiros estão valorizando mais a sua atuação na 
administração de medicamentos, já que está é uma função inerente aos profissionais de 
Enfermagem.
O conceito de Efeitos Adversos foi relatado de forma parcial, mas não incorreta, por todos os 
profissionais, mostrando que conseguem nortear uma conduta, a partir do que se observa no 
paciente, visto que este é o principal componente do seu trabalho. Os Enfermeiros da Unidade 
de Emergência da Instituição pesquisada demonstraram ter conhecimento sobre as drogas 
Anticoagulantes de uma maneira geral. Todos os profissionais que trabalham na Unidade 
foram abordados e responderam o questionário sem apresentar dúvidas ou dificuldades. 
As questões que envolveram conhecimento sobre Anticoagulantes foram respondidas de 
forma bastante clara e objetiva. No enfoque sobre os efeitos adversos apresentados pelos 
fármacos pesquisados evidenciou-se que a maioria dos profissionais conhece os principais 
riscos e sabem identificá-los. Contudo, muitas reações não foram identificadas pelos 
profissionais, principalmente as relativas aos derivados cumarínicos.
Os Enfermeiros demonstraram ter conhecimento das vias de administração dos 
Anticoagulantes abordados, entretanto nenhum, isoladamente, citou todas as vias. As formas 
de administração só foram mencionadas por apenas um Enfermeiro, evidenciando que os 
profissionais não detalharam os procedimentos solicitados. A pesquisa também mostrou que 
os Anticoagulantes são muito importantes numa Unidade de Emergência, já que é utilizado na 
maioria dos pacientes como profilático de trombos, e como terapia nas Síndromes 
Coronarianas Agudas; considerando que estas são as principais patologias apresentadas no 
respectivo setor, segundo informações dos próprios Enfermeiros.
37
Quando solicitadas informações sobre os principaisAnticoagulantes utilizados na Unidade de 
Emergência pode-se perceber que alguns pesquisados ainda confundem Anticoagulantes com 
drogas Antiagregante plaquetária e Trombolíticos, sendo que são fármacos distintos e que 
atuam de forma diferente no organismo.
Os resultados obtidos através desta pesquisa servem para uma auto – avaliação dos 
profissionais de Enfermagem da unidade onde foi realizada a coleta de dados, na verificação 
de seus conhecimentos sobre os anticoagulantes. Assim como, para a Instituição pesquisada, 
possibilitando-lhes de forma parcial observar a atuação da equipe de Enfermagem da Unidade 
de Emergência diante da administração de medicamentos, analisando as possibilidades de 
melhorias na assistência prestada aos pacientes que utilizam seus serviços.
Sugere-se que a Associação Cultural Atualiza e a Universidade Castelo Branco utilize-se dos 
dados obtidos através deste estudo para alertar os acadêmicos do curso de Enfermagem 
quanto à importância da Farmacologia na atuação do profissional Enfermeiro, incentivando-
os a desenvolver pesquisas nesta área. E recomenda-se que a Instituição que serviu de apoio 
para a pesquisa revele o conteúdo deste estudo aos profissionais da Unidade de Emergência e 
de outras unidades do Hospital para mostrar-lhes a importância da Enfermagem perante a 
administração de medicamentos e fundamental conhecimento das drogas que administram, 
alertando-os para a ocorrência de efeitos adversos que ficam mascarados e muitas vezes são 
confundidos com a sintomatologia da patologia de base do paciente.
38
REFERENCIAS
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39
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Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo: Ed. Pioneira 1997.
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RUIZ, J. A., Metodologia Científica – Guia para eficiência nos estudos. 5.ed. São Paulo: 
Atlas, 2002.
SANTOS, I. E. Textos selecionados de métodos e técnicas de pesquisa científica. 4.ed. 
Ver., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Impetus, 2003.
40
APÊNDICES:
APÊNDICE A – Cronograma
APÊNDICE B – Questionário
APÊNDICE C – Termo de consentimento para a Instituição
APENDICE D – Termo de consentimento para o Enfermeiro
41
Apêndice A: Cronograma
FASE DA 
PESQUISA
Mai/1
1
Jun/11 Jul/11 Ago/1
1
Set/11 Out/11
Escolha do 
tema 
X
Levantamento 
bibliográfico
X X X X X X
Pergunta de 
Investigação
X X
Referencial 
Teórico
X X X X X X
Justificativa/ 
Objetivos
X X X X
Elaboração do 
Instrumento de 
coleta
X X X
Orçamento e 
Cronograma
X X
Elaboração do 
Projeto
X X X X X X
Coleta de dados X
Análise dos 
dados
X X
Entrega da 
Monografia
X
Período: Maio de 2011 a Outubro de 2011
42
Apêndice B: QUESTIONÁRIO
Este estudo tem o objetivo de verificar o conhecimento dos (as) Enfermeiros (as) atuantes na 
Unidade de Emergência de um Hospital de Salvador, sobre os riscos apresentados pelos 
Anticoagulantes e fatores relevantes em sua administração. Esta pesquisa é fundamental para 
a elaboração da monografia, pré-requisito para obtenção do título de Especialista em 
Emergência pela Atualiza.
 
Desde já, agradeço pela atenção e colaboração,
 Manuela Bastos Alves.
1. Qual a importância da Farmacologia para a Enfermagem?
2. O que você entende por efeito adverso?
3. O que são drogas Anticoagulantes?
4. Quais os principais riscos ou efeitos adversos apresentados pelos anticoagulantes:
a) Heparina não-fracionada ou de alto peso molecular
b) Heparina de baixo peso molecular
c) Cumarínicos (Warfarin e Fenprocoumon ou hidroxicumarina)
5. Cite as vias e formas de administração dos anticoagulantes:
a) Heparina não-fracionada ou de alto peso molecular
b) Heparina de baixo peso molecular
c) Cumarínicos
6. Qual a relevância dos anticoagulantes na Unidade de Emergência?
7. Quais as drogas anticoagulantes mais utilizadas nesta Unidade de Emergência
Apêndice C: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
À INSTITUIÇÃO
 Salvador,____de ____________2011
Ilmº Srº Diretor do Hospital Geral Roberto Santos 
Os Anticoagulantes apresentam riscos potenciais para o indivíduo e, por isso devem ser 
administrados com bastante cautela e atenção. O Enfermeiro por ser o principal responsável 
pelo aprazamento da prescrição médica e pela administração dos medicamentos, deve ter 
embasamento técnico-científico sobre as drogas que administra, visando otimizar a 
recuperação do paciente, proporcionando-lhe segurança e garantindo a qualidade da 
assistência de Enfermagem.
A pesquisa em questão tem por objetivo verificar o conhecimento dos Enfermeiros, da 
Unidade de Emergência do Hospital Geral Roberto Santos, sobre os riscos apresentados pelos 
anticoagulantes e fatores relevantes em sua administração, todavia, sem a intenção de julgar 
os profissionais ou estabelecer qualquer comparação com outros serviços.
Como membro do conjunto de profissionais que se dedicam ao cuidado dos enfermos, é da 
maior importância que a Enfermeira se aplique diligentemente na aquisição de todos os 
conhecimentos possíveis sobre os medicamentos, seu uso ou abuso, dosagens corretas, 
mecanismos de ação, métodos de administração, reações anormais e sinais de intoxicação que 
possam surgir no tratamento de várias doenças.A pesquisa também possui o escopo de coletar dados para a realização da monografia, que é 
pré-requisito para a obtenção do título de Especialista em Enfermagem em Emergência pela 
Atualiza. Após esclarecimento do tema e detalhamento dos objetivos, a autora deste projeto, 
solicita, através deste documento, a autorização para realizar a coleta de dados, utilizando a 
técnica da observação livre e questionário com os Enfermeiros, na Unidade de Emergência do 
Hospital Geral Roberto Santos, no período de Junho a Julho do ano de 2011.
A autora assegura, desde já, que serão seguidos os princípios éticos contidos na Resolução 
196/96 do Conselho Nacional de Saúde e, garante respeitar o Código de ética dos 
43
profissionais de Enfermagem, assim como, as normas do Comitê de Ética em Pesquisa da 
Instituição, podendo o mesmo, assim como os Enfermeiros se recusarem a participar em 
qualquer fase da pesquisa sem penalização alguma. Ressaltando que os resultados obtidos 
através desta pesquisa serão divulgados apenas em âmbito acadêmico.
 
 ____________________
 Manuela Bastos Alves
 (Pesquisadora)
44
Apêndice D: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
AOS ENFERMEIROS
Os Anticoagulantes apresentam riscos potenciais para o indivíduo e, por isso devem ser 
administrados com bastante cautela e atenção. O Enfermeiro por ser o principal responsável 
pelo aprazamento da prescrição médica e pela administração dos medicamentos, deve ter 
embasamento técnico-científico sobre as drogas que administra, visando otimizar a 
recuperação do paciente, proporcionando-lhe segurança e garantindo a qualidade da 
assistência de Enfermagem.
A pesquisa em questão tem por objetivo verificar o conhecimento dos Enfermeiros, da 
Unidade de Emergência do Hospital geral Roberto Santos, sobre os riscos apresentados pelos 
anticoagulantes e fatores relevantes em sua administração, todavia, sem a intenção de julgar 
os profissionais ou estabelecer qualquer comparação com outros serviços.
Considerando que fui devidamente esclarecido (a) sobre o tema e objetivo da pesquisa, pela 
pesquisadora, e por se tratar da coleta de dados mediante questionário, com fins acadêmicos, 
para elaboração da monografia da aluna Manuela Bastos Alves, confirmo aceitação em 
participar desta pesquisa, prestando-lhe as informações solicitadas:
Declaro esta ciente de que não receberei nenhum ônus por colaborar com a pesquisa e, que os 
dados coletados serão utilizados apenas com finalidade acadêmica, sendo que não serão 
identificados nem divulgados os nomes dos profissionais.
Salvador _____de _______________de 2011
 _________________
_____ ______________________
Assinatura da pesquisadora Assinatura do Enfermeiro
45
	 Serino 
	Complexo inativo Complexo Ternário

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