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AULA VIRUS

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VÍRUS
Os vírus são parasitas que se destacam principalmente pelas doenças causadas no homem, entretanto, eles não parasitam apenas as células humanas. Esses organismos, que só se reproduzem no interior de células, podem infectar qualquer ser vivo, desde uma bactéria até uma planta, por exemplo.
CARACTERÍSTICAS E ESTRUTURA DOS VÍRUS
Os vírus são bastante pequenos e não podem ser visualizados nem mesmo no microscópio óptico. Além disso, não possuem célula, sendo assim, não são considerados por muitos pesquisadores como seres vivos.
Dizemos que eles são parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez que só conseguem reproduzir-se no interior de uma célula. Eles não possuem ribossomos ou outras estruturas capazes de produzir suas próprias proteínas. Dessa forma, não realizam nenhuma atividade metabólica fora de células.
Eles são formados por cápsulas proteicas, chamadas de capsídio, que envolvem o ácido nucleico, que, por sua vez, pode ser um DNA ou um RNA, com exceção de poucos vírus que apresentam os dois tipos. O conjunto do capsídio com o ácido nucleico é chamado de nucleocapsídio. Alguns vírus, chamados de envelopados, apresentam ainda uma proteção lipídica externa, o envelope viral. Esse envelope é derivado de membranas da célula hospedeira.
REPRODUÇÃO DOS VÍRUS
No capsídio e no envelope dos vírus envelopados, há proteínas ligantes, que se ligam aos receptores encontrados na membrana da célula que será infectada. Cada vírus é capaz de infectar um tipo de célula, sendo assim, dizemos que os vírus possuem especificidade.
Os vírus multiplicam-se no interior das células infectadas graças à inserção de seu material genético, que passa a comandar o metabolismo da célula hospedeira. Cada vírus possui um mecanismo diferente de multiplicação.
Após se multiplicarem, os vírus podem romper as células infectadas para a liberação de novas estruturas, constituindo, assim, um ciclo lítico. Outras vezes, o material genético viral pode manter-se ligado ao da célula hospedeira, e a transmissão desse material para novas células ocorre à medida que ela se divide, caracterizando um ciclo lisogênico.
Os vírus podem ser encontrados em praticamente todos os locais e infectar qualquer tipo de célula. As doenças causadas por eles são chamadas de viroses e são tratadas com poucas drogas, sendo recomendado normalmente repouso e boa alimentação. É importante frisar que antibióticos não são eficazes no tratamento de doenças virais.
O vírus só é capaz de reproduzir-se no interior de uma célula.
AIDS
A aids é uma síndrome desencadeada pelo vírus HIV. Essa síndrome é o estágio mais avançado da infecção, no qual o sistema imunológico não consegue mais defender o organismo, deixando-o fragilizado e suscetível a diversas doenças oportunistas que podem levar o indivíduo a óbito. A transmissão ocorre pela troca de fluídos corporais, como sêmen, secreções vaginais, sangue e leite materno. A infecção por HIV pode ser dividida em quatro fases:
· aguda
· assintomática
· sintomática inicial
· aids/doenças oportunistas
O diagnóstico da infecção por HIV é realizado por meio de exames laboratoriais específicos, e, quando mais precoce ele for, mais eficaz será o tratamento. No entanto, é importante destacar que essa infecção não tem cura, sendo o tratamento realizado com o objetivo de reduzir-se a carga viral no organismo do doente, dando-lhe melhor qualidade de vida.
A aids pode ser prevenida tomando-se alguns cuidados, como uso de preservativos nas relações sexuais e não compartilhamento de materiais perfurocortantes. No dia 1º de dezembro é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
O QUE É AIDS?
A aids (Acquired Immunodeficiency Syndrome, em português: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é o estágio mais avançado da infecção por HIV. O vírus HIV afeta as células de defesa do organismo, deixando-o mais suscetível a contrair e desenvolver outras doenças, denominadas oportunistas. Como o sistema imunológico do indivíduo está fragilizado, ele não consegue combatê-las, o que pode levá-lo a óbito.
É importante destacar que uma pessoa não morre de aids, mas de outras doenças que ela adquire pelo fato de o organismo estar fragilizado, devido a essa falha causada pelo vírus HIV no seu sistema imunológico.
O QUE É O HIV?
O HIV (Human Immunodeficiency Virus, em português: Vírus da Imunodeficiência Humana) é pertencente à Família Retroviridae e Subfamília Lentivirinae. Os retrovírus, como o HIV, contêm uma cadeia simples de RNA associada à enzima transcriptase reversa, a qual produz DNA tendo como modelo o RNA viral. Esse DNA produzido sintetiza o RNA que constituirá o genoma dos novos vírus formados na célula infectada.
O HIV infecta as células de defesa do organismo, principalmente os linfócitos T-CD4+, nos quais se replica utilizando a maquinaria presente nessas células. O vírus recém-formado é liberado da célula hospedeira através de seu rompimento, podendo permanecer em seguida no meio extracelular ou infectando novas células.
Existem dois vírus denominados genericamente HIV que podem causar a aids:
· HIV-1
· HIV-2
O HIV-1 é o mais frequente em todo o mundo, já o HIV-2 é menos comum e produz menor quantidade de partículas virais no organismo do que o HIV-1. No entanto, o HIV-2 apresenta  maior resistência a antirretrovirais do tipo não nucleosídeos, uma classe de medicamentos utilizada no tratamento da infecção por HIV no Brasil. É importante destacar que um mesmo indivíduo pode apresentar uma infecção causada pelos dois tipos de vírus, os quais se replicam simultaneamente no organismo, causando a chamada infecção conjunta ou superinfecção.
TRANSMISSÃO DO HIV
A transmissão do HIV ocorre devido ao contato com fluídos corporais
· nas relações sexuais (sêmen e secreções vaginais);
· no compartilhamento de materiais perfurocortantes que entram em contato com o sangue, como agulhas, alicates de unha, entre outros;
· na transfusão de sangue, embora, atualmente, o sangue a ser utilizado em transfusões passe por rigorosos testes para evitar esse tipo de transmissão;
· da mãe para o filho (transmissão vertical) pela gestação, pelo parto ou aleitamento materno;
· no manuseio de materiais contaminados e sua possível contaminação por parte dos profissionais de saúde (transmissão ocupacional).
	
 
Veja também: Poliomielite – doença causada pelo poliovírus
Manifestações clínicas da aids
A infecção por HIV pode manifestar-se de diferentes formas, as quais podem ser divididas em quatro fases:
· Infecção aguda
Ocorre de cinco a 30 dias após a exposição ao vírus. Nessa fase surgem sintomas que se assemelham à gripe ou à mononucleose e duram cerca de 14 dias. Entre eles estão:
· febre
· fadiga
· aumento dos gânglios linfáticos (adenopatia)
· faringite
· cefaléia
· suores noturnos
· úlceras orais e genitais
· Fase assintomática
Após a fase de infecção oral, surge uma fase de estabilização, na qual as manifestações clínicas são mínimas ou ausentes. No entanto, alguns indivíduos podem apresentar linfoadenopatia generalizada persistente, “flutuante” e indolor, que é o aumento dos linfonodos em várias regiões do corpo, podendo ser persistentes ou desaparecerem e voltarem de tempos em tempos, não causando dor.
· Fase sintomática inicial
Surgem sinais e sintomas inespecíficos que podem durar mais de um mês, os quais são conhecidos como complexos relacionados a aids (ARC), além de ocorrer um aumento da carga viral e queda na contagem dos linfócitos T-CD4+.
Dentre os sinais e sintomas, podemos citar:
· sudorese noturna
· perda de peso
· diarreia
· fadiga
· linfoadenopatia generalizada
· candidíase oral e vaginal
· herpes simples recorrente
· herpes zoster
· úlceras aftosas
· gengivite
· Aids/Doenças oportunistas
Nessa fase, quando o sistema imunológico está fragilizado, surgem as infecções oportunistas, além de neoplasias, como sarcoma de Kaposi, linfomas não Hodgkin e neoplasias intraepiteliais anal e cervical. Dentre as infecções oportunistas que surgem, podemos citar:
· citomegalovirose
· leucoencefalopatia multifocal progressiva
· candidíase· herpes simples
· tuberculose
· pneumonia
· 
DIAGNÓSTICO DA AIDS
O diagnóstico da infecção por HIV é realizado por meio de exames específicos, para realizá-los, é necessária a coleta de sangue ou fluído oral. Os exames devem ser feitos, no mínimo, 30 dias após a exposição à situação de risco, como sexo desprotegido. Isso se deve ao fato de que o exame busca detectar anticorpos produzidos pelo organismo contra o vírus, os quais podem não ser detectados nesse período, denominado janela imunológica, resultando assim em falso negativo.
Existem dois tipos de exames que podem ser realizados para o diagnóstico de HIV, os laboratoriais e os testes rápidos. Os chamados testes rápidos são capazes de detectar anticorpos contra o HIV em  cerca de 30 minutos.
Tratamento da Aids
A infecção causada pelo HIV não tem cura, no entanto, o tratamento reduz a carga viral no organismo portador de forma a garantir uma melhor qualidade de vida e diminuindo também as chances de transmissão da doença.
Existem dois tipos de medicamentos, chamados de antirretrovirais, utilizados no tratamento da doença no Brasil:
· inibidores da transcriptase reversa
· inibidores da protease
Os inibidores da transcriptase reversa atuam inibindo a replicação do HIV, bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa, a qual converte o RNA viral em DNA. Os inibidores da protease inibem a ação da enzima protease, a qual atua na clivagem das cadeias proteicas, produzidas pela célula infectada, em proteínas virais estruturais e enzimas que formarão cada partícula dos novos vírus. O tratamento apresenta melhores resultados quando utilizados dois ou mais medicamentos de uma mesma classe farmacológica, o que se denomina terapia combinada.
Acesse também: Antibióticos – medicamentos utilizados no tratamento de doenças bacterianas
PREVENÇÃO CONTRA O HIV
Os usos de preservativos, seringas e agulhas descartáveis são formas de prevenir-se contra o HIV.
Para prevenir-se contra o contágio pelo vírus HIV, deve-se tomar algumas precauções, como:
· Uso de preservativos, masculino ou feminino, em todas as relações sexuais;
· Uso de seringas e agulhas descartáveis;
· Não compartilhar materiais perfurocortantes;
· Controle do sangue e derivados para uso em transfusões;
· Adoção de cuidados na exposição a material biológico;
· Realização de pré-natal adequado para prevenir a transmissão vertical.
CAXUMBA
A caxumba, ou papeira, é uma doença causada por um vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus.
Sintomas
Caracteriza-se por febre e o aumento de glândulas salivares, sublinguais ou submandibulares, o que pode causar dor na mastigação e durante a ingestão de líquidos ácidos. Geralmente a glândula afetada é a parótida. Embora o aumento das glândulas seja um dos principais sintomas, cerca de 1/3 dos casos não apresenta aumento aparente.
TRANSMISSÃO
Ocorre por via aérea ou contato direto com a saliva de uma pessoa infectada. A doença apresenta um período de incubação que dura em média de 16 a 18 dias. O período de maior risco de transmissão varia entre seis dias antes do surgimento dos sintomas e nove dias após.
Além dos sintomas já citados, a caxumba pode causar algumas complicações, como inflamações:
- nas meninges (meningite asséptica), quase sempre sem sequelas;
- dos testículos e epidídimo (orquiepididimite) em cerca de 20% a 30% dos homens, podendo causar esterilidade;
- dos ovários (ooforite) em cerca de 5% das mulheres;
- da tireoide (tireoidite);
- das articulações (artrite);
- do músculo cardíaco (miocardite).
Além das inflamações, podem ocorrer perdas de coordenação dos movimentos (ataxia cerebelar) e, raramente, a encefalite, que pode resultar em complicações neurológicas graves e óbito. A surdez unilateral e atrofia testicular são sequelas que também podem ser causadas por esta infecção.
O aumento das glândulas é um dos principais sintomas, mas ela pode ocorrer por diversas causas e não só pela infecção pelo vírus da caxumba. Assim, exames complementares são necessários para um diagnóstico mais eficaz, embora não seja uma rotina fazê-los.
TRATAMENTO
Pode ser feito com o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e repouso. No caso de complicações, são realizados tratamentos específicos.
PREVENÇÃO
O melhor método de prevenção é a vacinação, que ocorre com uma dose de tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola) aos 12 meses e uma dose de tetra viral ou tetravalente (caxumba, sarampo, rubéola e varicela) aos 15 meses. Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados devem tomar a vacina, pois só assim essas doenças poderão ser erradicadas.
DENGUE
A dengue é uma velha conhecida de todos os brasileiros. Durante a época chuvosa, há um aumento assustador dos casos da doença em todo o território nacional.
TRANSMISSÃO DA DENGUE
A dengue é uma doença causada por quatro diferentes sorotipos (DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4) de um vírus do gênero Flavivírus e é transmitida, principalmente, pela picada do mosquito do gênero Aedes. Nas Américas, o principal transmissor é o Aedes aegypti, enquanto na Ásia destaca-se o A. albopictus. Os sintomas da doença, geralmente, surgem entre 3 a 15 dias depois que o indivíduo foi picado e os sintomas duram em média uma semana.
 DIFERENÇA ENTRE DENGUE CLÁSSICA E HEMORRÁGICA
A dengue pode ser classificada tradicionalmente em dois tipos principais: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica é relativamente mais comum que a hemorrágica e seu quadro é menos grave. Isso não significa, no entanto, que esse tipo da doença deva ser tratado com menos atenção, uma vez que a dengue, em qualquer uma de suas formas, pode levar à morte.
Dentre os sintomas da dengue clássica, podemos citar febre alta de surgimento repentino (39º a 40°), dores de cabeça, atrás dos olhos e no corpo, manchas e coceira na pele, náuseas, vômitos e tontura. Na dengue hemorrágica, por sua vez, há dores abdominais intensas e contínuas, vômitos que não cessam, sangramentos na boca, nariz e gengiva, sede, dificuldade respiratória, sonolência e agitação. Esses sintomas tornam-se mais graves rapidamente, provocando até mesmo choque e a morte do paciente.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA?
O diagnóstico normalmente é feito pela análise dos sintomas do paciente, principalmente em casos de surto da doença. Alguns exames, no entanto, podem auxiliar no diagnóstico da dengue, como é o caso da prova do laço e do hemograma. A prova do laço consiste na contagem, em uma área determinada, de pontos vermelhos na pele. O hemograma, por sua vez, apesar de não ser um teste específico, pode levar à constatação de trombocitopenia (contagem baixa de plaquetas), um indicativo de dengue.
A confirmação da dengue é realizada através de alguns testes laboratoriais, tais como método de isolamento e testes sorológicos. Todos os exames citados devem ser feitos após alguns dias do início dos sintomas e sua finalidade principal é descobrir qual vírus está provocando a enfermidade.
 EXISTE TRATAMENTO PARA A DENGUE?
Feito o diagnóstico, o tratamento, que não é específico, deverá ser iniciado. Ele é realizado apenas para controlar os sintomas e impedir que formas mais graves instalem-se. É recomendado o uso de antitérmicos para controlar a febre e analgésicos para controlar a dor. É fundamental que não sejam usados salicilatos e anti-inflamatórios não hormonais, uma vez que podem desencadear hemorragias e acidose. Além da medicação, duas recomendações são primordiais: repouso e hidratação.
Por não existir um tratamento específico e, consequentemente, eficaz, é fundamental que a doença seja prevenida. Para isso, é necessário controlar a quantidade de vetores da doença na natureza, destruindo, principalmente, seus criadouros. Caso perceba a presença de mosquito em locais que frequenta, uma medida que pode diminuir as chances de contrair a doença é utilizar roupas que exponham pouco a pele e repelentes.
EBOLA
A doença viral ebola está entre as mais mortais de todo o mundo. Estima-se que ela seja capaz de matar cerca de 90% de todos os pacientes que a contraem, por issoé tão temida.
Um vírus da família Filoviridae, que é transmitido pelo contato com fluidos corporais de pessoas doentes, tais como saliva, suor, vômito, leite materno e sêmen, é o responsável pela transmissão da enfermidade. O contágio ocorre apenas quando o paciente apresenta os sintomas, entretanto, as secreções podem conter o vírus até mesmo após a morte do acometido. Esse é um dos motivos pelos quais pessoas são contaminadas após enterros de amigos e parentes. Outro ponto importante é que, mesmo após o paciente ter sido curado, o vírus sobrevive no sêmen por até sete semanas.
Existem cinco subtipos de vírus da doença: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire. Eles receberam esse nome de acordo com o local em que foram descritos. A letalidade da doença está diretamente relacionada com o subtipo de vírus contraído, sendo a estirpe Ebola Zaire a mais mortal.
Os sintomas podem iniciar até 21 dias após a transmissão, são bastante inespecíficos e, portanto, podem retardar o diagnóstico. Dentre os principais sintomas, destacam-se febre alta, cansaço, dores de cabeça, abdominais e musculares; dor de garganta, conjuntivite, vômito, diarreia e hemorragias internas e externas. A morte normalmente acontece em decorrência das hemorragias e da falência múltipla dos órgãos.
Até o momento não existem tratamentos específicos e nem formas eficientes de cura. Em muitos lugares do mundo, no entanto, estão sendo realizadas pesquisas para a liberação de algumas drogas. Para o tratamento, atualmente os médicos tentam apenas aliviar os sintomas. Normalmente o indicado é realizar a hidratação do paciente, controlar a febre e a dor e manter a pressão sanguínea e os níveis de oxigênio nos valores adequados. Apesar de ser uma doença de difícil cura, muitos pacientes conseguem se ver livres do vírus ebola e ter novamente uma vida normal.
Um ponto importante no que diz respeito ao tratamento do doente é o risco de transmissão da doença para os profissionais de saúde. Qualquer profissional que precise entrar em contato com o doente, que fica isolado, deve usar roupas especiais, luvas, máscaras e óculos de proteção adequados. O uso inadequado dessas vestimentas é responsável pela infecção de diversos profissionais. Além disso, o momento de retirada do traje é essencial, pois o agente de saúde está lidando diretamente com material contaminado. Normalmente os trajes são retirados com a ajuda de outro profissional.
Curiosidade: O maior surto de ebola aconteceu em 2014, quando países africanos foram seriamente atingidos pela epidemia. Até outubro de 2014 a epidemia já havia levado à morte mais de 3.439 pessoas e 7.492 casos haviam sido registrados.
FEBRE AMARELA
A febre amarela é uma doença infecciosa endêmica de algumas regiões da América do Sul e da África e é causada por um vírus do gênero Flavivirus. Esse gênero pertence à família Flaviviridae, na qual se encontram vírus causadores de outras enfermidades na espécie humana, como a dengue.
Existem duas formas dessa doença: a silvestre e a urbana. Elas se diferenciam pela forma de transmissão.
 TRANSMISSÃO 
A transmissão ocorre pela picada de um mosquito. Na América do Sul, ocorre da seguinte forma:
· Urbana: O mosquito Aedes aegypti infectado transmite diretamente o vírus ao homem;
· Silvestre: Os principais transmissores são mosquitos do gênero Haemogogus e Sabethes, principalmente a espécie H. Janthinomys. Esses mosquitos transmitem a doença principalmente a macacos, mas se o homem adentra regiões de matas, pode também ser contaminado.
 SINTOMAS
A febre amarela pode ser assintomática ou apresentar os sintomas a seguir, que podem desaparecer em poucos dias:
· febre;
· calafrios;
· dor de cabeça intensa;
· dores no corpo;
· náuseas;
· fraqueza.
Em casos mais graves, a pessoa infectada pode apresentar:
· febre alta;
· lesões no fígado, ocasionando a icterícia (coloração amarelada da pele e da esclera - região branca dos olhos);
· hemorragia (principalmente no trato gastrointestinal);
· insuficiência de múltiplos órgãos;
· óbito.
 PREVENÇÃO 
As formas de prevenção são o combate aos vetores (mosquitos transmissores) e a vacinação. A vacina contra a Febre Amarela está presente no calendário nacional de vacinação. A primeira dose é aplicada em bebês com nove meses de idade e uma dose de reforço é aplicada aos quatro anos de idade. Em casos de emergência, pode-se antecipar a vacinação para os seis meses. Pessoas que vivem ou vão visitar municípios que estão em áreas com surtos da doença devem ser vacinadas.
Em junho de 2016, uma nova regulamentação sobre a vacinação foi elaborada com base em diversos estudos. Ela determina que apenas as duas doses já são suficientes para a imunização do indivíduo, não sendo mais necessária a dose de reforço a cada 10 anos.
Indivíduos a partir de cinco anos de idade que nunca foram vacinados devem receber as duas doses. Se tomaram apenas uma dose, devem receber a dose de reforço.
A vacina é contraindicada para pessoas acima de 60 anos, gestantes e lactantes e, assim como em pessoas com deficiência imunológica, o médico deve ser consultado para avaliar o quadro clínico do indivíduo caso haja extrema necessidade de vacinação.
TRATAMENTO 
Em casos de suspeita da doença, o médico deve ser consultado. O tratamento geralmente consiste em alívio dos sintomas e acompanhamento para verificar se a doença não evoluiu para um estágio mais grave.
GRIPE
A gripe, ou influenza, é uma doença infecciosa causada por vírus que atinge o trato respiratório. O termo influenza, de origem italiana, significa “influência” e remonta ao século XIV, quando se acreditava na influência planetária sobre a saúde.
A primeira epidemia de gripe foi descrita em 412 a.C. por Hipócrates. Epidemias de gripe são recorrentes, no entanto, uma pandemia afetou o mundo em 1918 e foi denominada de Gripe Espanhola por causa da grande repercussão da doença nos veículos de comunicação da Europa. Outras pandemias ocorreram, mas nenhuma ocasionou tantos óbitos quanto à Gripe Espanhola: cerca de 30 milhões de pessoas morreram em todo o mundo em decorrência da doença.
SINTOMAS
Os sintomas da gripe são bastante característicos:
· Coriza;
· Obstrução nasal;
· Tosse;
· Espirro;
· Dor de garganta;
· Dor de cabeça;
· Febre acima de 38.5° C (esse é um dos sintomas que ajudam a diferenciar gripe e resfriado).
Em casos mais graves, esses sintomas intensificam-se e podem causar insuficiência respiratória.
TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre pelo contato com fluídos do trato respiratório da pessoa doente e que podem ser transmitidos por meio da fala, tosse, espirro e compartilhamento de objetos contaminados.
A gripe apresenta um período de incubação de um a três dias e pode ser transmitida por adultos a partir de 24 horas antes até sete dias depois do aparecimento dos sintomas e por crianças dias antes até dez dias depois do aparecimento dos sintomas.
Tratamento
O tratamento consiste, em geral, no alívio dos sintomas. No entanto, em pessoas que apresentam maiores riscos de complicações, como crianças, idosos e imunodeficientes, são necessários maior acompanhamento e tratamentos com antivirais.
PREVENÇÃO
A principal medida para a prevenção da infecção por vírus influenza é a vacinação. O governo oferece gratuitamente e anualmente a vacina para o chamado grupo de risco: crianças entre seis meses e cinco anos, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias, idosos acima de 60 anos, pessoas com doenças crônicas, profissionais de saúde e, a partir do ano de 2017, professores, trabalhadores do sistema prisional, prisioneiros e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.
A vacinação ocorre anualmente em razão da grande variedade de vírus influenza em circulação. Assim, é feito um estudo das variedades que mais circularam nos últimos anos para produzir a vacina do ano seguinte. Quando ocorre coincidência entre as variantes da influenza em circulação na comunidade e aquelas contidas na vacina, a imunização pode prevenir a infecção em até 90% dos indivíduos.
A vacinação é contraindicadapara pessoas que apresentam alergia a ovo.
HERPES
A herpes é a doença viral mais comum na atualidade, depois das infecções virais. Ela é causada por dois tipos de vírus semelhantes: o herpes simples tipo I (HSV-I), relacionado à herpes labial, e o herpes simples tipo II (HSV-II), relacionado à herpes genital.
A herpes é uma doença altamente infecciosa que pode causar complicações graves em bebês e pacientes imunocomprometidos. Ela não tem cura, pois o vírus permanece no organismo de forma latente, fazendo com que a doença se manifeste novamente em outro momento.
SINTOMAS 
A herpes é caracterizada pela presença de vesículas cheias de líquido que, quando arrebentam, formam feridas nas mucosas ou na pele, principalmente nos lábios – nos casos de herpes simples labial – ou na região genital – nos casos de herpes genital – que cicatrizam em poucos dias. Apesar da rápida cicatrização, o vírus permanece no organismo e pode provocar novas lesões em poucos dias, ou muito tempo depois da primeira manifestação.
Indivíduos que apresentam as lesões de forma recorrente conseguem prever com antecedência o aparecimento delas, pois surgem sintomas no local como dor, aquecimento, prurido e ardência.
TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre pelo contato direto com a lesão do doente, por meio do beijo e relações sexuais, por exemplo, ou quando o doente toca na própria lesão e, em seguida, toca em outras pessoas.
 TRATAMENTO
Embora não haja cura, o tratamento com medicamentos antivirais pode ser realizado para amenizar os sintomas e o período de duração da doença.
 PROFILAXIA
Alguns comportamentos são importantes para evitar a contaminação, como:
· Evitar o contato íntimo com o doente que esteja com as lesões aparentes;
· O doente deve evitar tocar a área das lesões. Se o fizer, deve lavar bem as mãos em seguida.
RAIVA
A raiva é uma doença quase sempre fatal, causada por um vírus pertencente à família Rhabdoviridae e ao gênero Lyssavirus. Esse vírus ataca o sistema nervoso central, podendo disseminar-se via nervos periféricos para os rins, músculos esqueléticos, coração, entre outros órgãos. Os casos de raiva humana e animal têm decaído nos últimos anos.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
O vírus da raiva é transmitido pela saliva, secreções e principalmente pela mordida de animais domésticos infectados, como cães e gatos. Entretanto, a transmissão também pode ocorrer pela mordida de animais silvestres, como o morcego.
 SINTOMAS
O período de incubação do vírus dura geralmente de quatro a oito semanas. Os sintomas da raiva no homem iniciam-se com mal-estar, cefaleia, náuseas, dor de garganta, aumento de temperatura, irritabilidade, entre outros. No entanto, a infecção progride de forma rápida, e podem surgir sintomas como ansiedade, espasmos musculares involuntários que evoluem para paralisia, causando, por exemplo, alterações cardiorrespiratórias. A doença evolui de forma muito rápida, e, após o aparecimento dos sintomas, o doente pode vir a óbito em até sete dias.
Nos animais domésticos, deve-se observar as mudanças que ocorrem em seu comportamento, como hábitos alimentares, dificuldade para engolir, salivação abundante e paralisia.
 PROFILAXIA
Existem duas formas de prevenção, uma relacionada à pré-exposição e outra à pós-exposição do homem ao vírus. A prevenção pré-exposição consiste em evitar o contato do homem com o vírus. Assim, faz-se necessária a vacinação dos animais domésticos e a captura dos animais de rua e mamíferos silvestres.
A prevenção pós-exposição ocorre após o indivíduo ser mordido por qualquer animal, apresentando ou não a doença. Diante disso, devem ser tomadas as seguintes precauções:
· Lavar o local da mordida abundantemente com água e sabão;
· Observar o animal durante o período de 10 dias após a exposição;
· Iniciar a profilaxia com aplicação de duas doses de vacina antirrábica, nos dias 0 e 3. Se o cachorro morrer, apresentar sinais da doença ou desaparecer, deve-se completar o ciclo de vacinação com mais três doses, uma entre os dias 7 e 10, e as demais nos dias 14 e 28;
· Se o cachorro morrer, apresentar sinais da doença ou desaparecer, deve-se fazer a aplicação também do soro antirrábico;
· Em casos de agressões causadas por animais silvestres, deve-se fazer a aplicação de vacina e soro.
 TRATAMENTO
Embora a cura seja remota, o tratamento consiste em intervenções de acordo com as complicações decorrentes da infecção.
SARAMPO
O sarampo é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus pertencente à família Paramixoviridae e ao gênero Morbillivirus. Essa doença é transmitida de pessoa para pessoa, e nos últimos anos tem sido observado o aumento do número de casos dela em todo o mundo. O sarampo é uma doença grave que pode levar a óbito, no entanto, pode ser prevenido por meio da vacinação.
CAUSAS E TRANSMISSÃO 
O sarampo é uma doença causada por um vírus do gênero Morbillivirus, sendo o ser humano o seu único hospedeiro natural. O sarampo é altamente contagioso, e a sua transmissão pode ocorrer diretamente, de pessoa para pessoa, por meio do contato com as secreções nasofaríngeas, num período que se estende desde cerca de seis dias antes do aparecimento das erupções cutâneas características da doença, até quatro dias depois desse aparecimento. A transmissão pode ocorrer também por meio de gotículas que estejam no ar e que contenham partículas virais.
SINTOMAS 
Os sintomas do sarampo geralmente iniciam-se cerca de 10 dias após o contágio, antes disso, há um período de incubação, no qual o indivíduo infectado apresenta-se assintomático. As manifestações dos sintomas podem ser divididas em períodos, como veremos a seguir:
· Período prodrômico: quando surgem os primeiros sintomas e tem a duração de cerca de seis dias. Dentre os sintomas dessa fase, podemos destacar febre alta (acima de 38,5 ºC), mal-estar, anorexia, tosse, coriza, conjuntivite e fotofobia. Nesse momento, surgem também manchas brancas na altura dos dentes pré-molares e que podem espalhar-se por toda a boca, são as chamadas manchas de Koplik, típicas do sarampo;
· Período exantemático: quando surge uma das principais características da doença, um exantema (erupção cutânea) de cor avermelhada e que persiste por um período de cerca de cinco a seis dias. Nesse período, ocorre também uma prostração maior do doente;
· Período de convalescença ou de descamação furfurácea: quando há um abrandamento dos sintomas, as erupções cutâneas tornam-se manchas escurecidas e aparecem descamações finas. Estas lembram farinha, por isso o nome de descamação furfurácea.
COMPLICAÇÕES 
O sarampo é uma doença que afeta o sistema imunológico do indivíduo, de forma que ela pode, até mesmo, abrir portas para outras infeções. O sarampo, em cerca de 30 % dos casos, apresenta complicações possivelmente fatais.
O sarampo pode desencadear algumas complicações. Em crianças, uma complicação frequente é a pneumonia.
Em algumas regiões do mundo, o sarampo é uma das principais causas de morbimortalidade em crianças menores de cinco anos. Um dos sintomas que merecem atenção, por indicar um possível surgimento de complicações, é a continuidade do quadro febril até três dias depois do surgimento do exantema. Dentre as principais complicações, podemos destacar:
· doenças diarreicas;
· desnutrição;
· pneumonia, principalmente em bebês;
· otite média (infecção no ouvido médio);
· encefalite (infecção cerebral), que pode ser recuperada em poucos dias, no entanto, pode deixar sequelas e até levar a óbito.
Além desses exemplos, o sarampo pode também deixar sequelas, como cegueira, surdez e sequelas neurológicas, como convulsões e retardo mental, entre outras.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
O diagnóstico do sarampo é realizado principalmente mediante a análise dos sintomas apresentados, e, em casos suspeitos, exames laboratoriais devem ser realizados. Todos os casos, suspeitos e confirmados, devem ser notificados, de forma a manter-se o controle permanente.
O tratamento do sarampo dá-se via intervenção dos sintomas da doença e das doenças oportunistas que podem surgir. Otratamento com antibióticos só deve ser realizado se houver o desenvolvimento de alguma infecção bacteriana. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, nesse sentido, que crianças desnutridas e crianças de países em desenvolvimento recebam suplementos de vitamina A.
A suplementação de vitamina A é recomendada como uma forma de evitar-se algumas complicações do sarampo, como a cegueira, além de reduzir a taxa de mortalidade, já que essa vitamina tem sido associada à diminuição da morbimortalidade em crianças com menos de dois anos de idade.
PREVENÇÃO 
A prevenção do sarampo ocorre com a vacinação. A vacina contra o sarampo foi incluída no Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, em 1973. Duas vacinas estão disponíveis, tanto na rede pública quanto na rede particular, são elas:
· Tríplice viral: além do sarampo, também previne contra a caxumba e a rubéola;
· Tetraviral: além do sarampo, também previne contra a caxumba, a rubéola e a varicela (catapora).
A vacinação contra o sarampo ocorre com a administração de duas doses. A primeira (vacina tríplice viral) ocorre aos 12 meses de idade, e a segunda (vacina tetraviral), aos 15 meses de idade.
Em casos de crianças ou adultos (até 29 anos) que não se vacinaram, ou perderam o cartão de vacinação e não sabem se foram vacinados, é necessária a administração de duas doses com um intervalo de um mês entre elas. Se tomou apenas uma dose, é necessária a administração da segunda. Para os adultos acima de 30 anos até 49 anos que não se vacinaram, perderam o cartão de vacinação ou não sabem se foram vacinados, é necessária a administração apenas de uma dose.
VARICELA OU CATAPORA
A varicela, ou catapora, é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicella-Zoster, da família Herpetoviridae. É bastante comum em menores de 15 anos, e o indivíduo que contrai a doença fica imune pelo resto da vida. No entanto, o vírus pode ficar latente em regiões próximas aos gânglios e, se reativado, pode causar outra enfermidade, a herpes-zoster, popularmente conhecida como cobreiro.
TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre pelo contato com a saliva e outras secreções da pessoa doente. Gestantes devem ter um cuidado maior, pois pode ocorrer a transmissão para o feto.
 SINTOMAS
A varicela, ou catapora, apresenta um período de incubação de cerca 15 dias. Em seguida, surgem os primeiros sintomas, que são:
· Febre alta;
· Cansaço;
· Mal-estar;
· Falta de apetite.
Depois, surgem as lesões acompanhadas de prurido. As lesões são manchas vermelhas cheias de líquido que secam depois de dias e formam uma crosta. Elas podem ser em pequeno número ou se espalhar por todo corpo, inclusive nas mucosas. Essa doença não causa grandes problemas em crianças, no entanto, é importante evitar coçar as lesões para não machucá-las e causar infecções secundárias. Recém-nascidos, adultos, gestantes e pessoas imunodeficientes devem ter um maior acompanhamento, pois correm um maior risco de complicações. Geralmente, a doença dura entre uma e duas semanas.
 TRATAMENTO
O tratamento geralmente é realizado com uso de medicações para aliviar os sintomas, antivirais, quando necessário, e antibióticos, no caso de infecções secundárias.
Lembrando que, no caso de aparecimento dos sintomas, um médico deve ser consultado, pois somente ele indicará o melhor tratamento para cada paciente.
 PREVENÇÃO
Uma das principais formas de prevenção é a vacina, que deve ser aplicada, preferencialmente, entre 1 e 13 anos de idade. O indivíduo vacinado ainda pode contrair a doença, mas de forma mais branda. Outra forma de prevenção é evitar o contato com pessoas doentes, que devem afastar-se de suas atividades enquanto apresentarem a doença.
COVID19
A COVID-19 é uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2 e apresenta como principais sintomas febre, tosse seca e dificuldade respiratória. Essa doença pode iniciar como um simples resfriado, mas pode se agravar e levar à morte. Os primeiros casos surgiram na China, no final de 2019. Em seguida, espalhou-se para diversos outros países, o que levou a Organização Mundial de Saúde a decretar, no dia 11 de março de 2020, estado de pandemia.
Essa doença é transmitida, principalmente, de uma pessoa para outra por meio das gotículas respiratórias. Além disso, ao tossir ou espirrar, o doente pode contaminar objetos. Uma pessoa pode infectar-se ao tocar objetos contaminados e levar a mão à boca, nariz e olhos sem antes higienizá-la. Dentre as medidas para prevenir o contágio e evitar a disseminação da doença, podemos citar a importância de se higienizar a mão frequentemente com água e sabão ou álcool em gel 70%, além de evitar aglomerações.
O QUE É A COVID-19?
A COVID-19 é uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, pertencente à família dos coronavírus. Nessa família estão presentes vírus que podem causar doenças em animais, inclusive no homem, como diversos tipos de resfriado. A COVID-19 é uma infecção que se inicia com um quadro semelhante ao da gripe e resfriados, no entanto, pode agravar-se, podendo levar a óbito.
Os primeiros casos de COVID-19 surgiram na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019, apresentando quadros de pneumonia de causa desconhecida. O grande aumento de número de pessoas doentes fez com que o governo daquela cidade determinasse um período de quarentena, a partir do dia 23 de janeiro de 2020.
Como a doença apresenta uma grande transmissibilidade, logo começaram a surgir casos em outros países. No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou estado de pandemia.
SINTOMAS DA COVID-19
A COVID-19 apresenta um período de incubação (período entre o contágio e o surgimento dos sintomas) de cerca de 14 dias. Os principais sintomas da doença são  febre, tosse seca e dificuldade respiratória. Além disso, alguns pacientes podem apresentar também dores no corpo, coriza, fadiga, dor de garganta e diarreia.
Os sintomas surgem, geralmente, de forma leve e gradual, e muitos doentes podem se curar sem a necessidade de tratamento especial. No entanto, algumas pessoas podem apresentar agravamento da doença, desenvolvendo dificuldade respiratória e podendo, inclusive, morrer. As pessoas idosas e indivíduos que apresentam certos problemas de saúde, como pressão alta, problemas cardíacos e diabetes, estão mais propensas ao agravamento da doença.
FORMAS DE TRANSMISSÃO DA COVID-19
A principal forma de transmissão da COVID-19 é por contato com o doente, que, ao tossir ou espirrar, elimina gotículas respiratórias, que acabam contaminando outras pessoas. Além disso, ao tossir ou espirrar, o doente pode contaminar objetos. Uma pessoa sadia, ao tocar um objeto contaminado e levar a mão à boca, nariz ou olhos, sem antes higienizá-las, pode também se contaminar.
	
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA COVID-19
O diagnóstico da COVID-19 é feito pela realização de exames laboratoriais utilizando material respiratório coletado do paciente. São coletadas duas amostras, mediante suspeita da doença.
Até o momento não existe um tratamento específico para a COVID-19, sendo realizado apenas o tratamento dos sintomas. No entanto, é recomendado que os casos graves sejam encaminhados para hospitais de referência para que haja o isolamento do paciente e o seu tratamento, que consiste basicamente na manutenção do funcionamento do organismo, incluindo o suporte respiratório. Os casos leves são aconselhados a manter alguns cuidados domiciliares, como repouso e hidratação, e são acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS)
Prevenção e controle da COVID-19
Para se prevenir e também evitar a disseminação da COVID-19, alguns cuidados devem ser tomados, como:
· Lavar as mãos frequentemente com água e sabão e, na ausência desses,  higienizá-las utilizando álcool gel em 70%;
· Ao tossir e espirrar, cubra o nariz e a boca utilizando um lenço, que deve ser descartado em seguida, ou então a parte interna do cotovelo;
· Evite cumprimentar com apertos de mão, beijos e abraços;
· Mantenha os ambientes arejados;
· Evite tocarnos olhos, boca e nariz com as mãos sem a devida higienização;
· Não compartilhe objetos de uso pessoal, como copos e talheres;
· Higienize objetos que são manuseados com frequência, como celulares;
· Mantenha-se a uma distância de pelo menos 1 metro das pessoas que estão tossindo ou espirrando;
· Evite aglomerações;
· Os profissionais de saúde devem ter atenção especial quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs).
HEPATITES VIRAIS
Hepatites virais são doenças graves que afetam o fígado e causadas por diferentes vírus. Geralmente, a infecção é silenciosa, não provocando sintomas. Em outros casos, podem aparecer sintomas como febre, mal-estar, náusea, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Alguns tipos de hepatite podem se tornar crônicos, favorecendo o desenvolvimento de cirrose e câncer de fígado.
TIPOS DE HEPATITES 
· Hepatite A: é causada pelo vírus da hepatite A (HAV). Ele é eliminado nas fezes, sendo a transmissão via fecal-oral a forma como a doença se propaga na população. Devido a sua forma de transmissão, a hepatite A está relacionada a baixos níveis de saneamento básico e hábitos de higiene pessoal inadequados.
Quando os sintomas surgem, incluem febre, dor muscular, mal-estar, diarreia ou constipação, dor abdominal, náusea e vômitos. A pessoa pode também apresentar olhos e peles amarelados, situação conhecida como icterícia, e a urina escura (colúria).
· Hepatite B: é causada pelo vírus da hepatite B (HBV). O vírus está presente no sangue e nas secreções, podendo ser transmitido, por exemplo, por via sexual, por meio de objetos perfurocortantes ou da mãe para o bebê. Inicialmente ocorre uma infecção aguda, a qual pode se resolver espontaneamente. Entretanto, em alguns casos, a doença permanece, sendo a infecção considerada crônica. A forma crônica da doença poderá levar ao desenvolvimento de cirrose e câncer de fígado.
· Hepatite C: é causada pelo vírus da hepatite C (HCV). Assim como a hepatite B, pode ser transmitida por compartilhamento de objetos, relação sexual desprotegida, e da mãe para o filho. A doença pode manifestar-se de forma aguda ou crônica, sendo esta a forma mais comum. A doença pode levar ao desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular.
· Hepatite D: é causada pelo vírus da hepatite D (HDV). A doença está associada com a presença do vírus da hepatite B no indivíduo. A infecção pelo HDV ocorre por meio da coinfecção simultânea com o HBV ou superinfecção pelo HDV em uma pessoa que apresenta infecção crônica provocada pelo HBV.
A forma crônica da hepatite D evolui rapidamente para cirrose e aumenta os riscos de desenvolvimento de câncer e morte. Suas formas de transmissão incluem a relação sexual desprotegida, da mãe para o bebê, e compartilhamento de objetos, como lâminas de barbear e escovas de dente.
· Hepatite E: é causada pelo vírus da hepatite E (HEV). Sua principal forma de transmissão é pela via fecal-oral, porém pode ser transmitida também por outras formas, como pela ingestão de carne mal cozida de animais doentes e da mãe para o bebê. O vírus da hepatite E provoca uma hepatite aguda e de curta duração. Nas gestantes, no entanto, pode ser grave. Os sintomas incluem mal-estar, febre, dores musculares, náuseas, vômito, diarreia ou constipação, icterícia e urina escura.
TRANSMISSÃO 
As hepatites virais apresentam diferentes formas de transmissão, a depender do vírus causador da doença. As hepatites A e E apresentam como principal forma de transmissão a via fecal-oral. Essas doenças estão relacionadas, portanto, com hábitos de higiene pessoal e as condições de saneamento básico de uma região. As hepatites B, C e D possuem diferentes meios de transmissão, os quais incluem relação sexual desprotegida com pessoa contaminada; compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear, alicates, agulhas e escovas de dentes; da mãe para o bebê; e transfusão de sangue.
SINTOMAS 
As hepatites virais podem não provocar sintomas ou ser sintomáticas. De maneira geral, as hepatites são consideradas doenças silenciosas. Seus sintomas, quando surgem, incluem mal-estar, febre, dores musculares, náusea, vômitos, icterícia e colúria. A doença pode manifestar-se na forma aguda ou crônica.
As hepatites A e E não cronificam, porém as B, C e D podem cronificar. Neste último caso, a doença pode levar a complicações graves, como a cirrose e o câncer. É comum que pessoas com a infecção crônica só recebam o diagnóstico da doença quando apresentam sintomas de doença hepática em estágio avançado.
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico das hepatites virais é feito por meio da análise do paciente e de exames de sangue, os quais buscam a presença de anticorpos contra o vírus.
TRATAMENTO 
O tratamento das hepatites virais dependerá do tipo de hepatite apresentada pelo paciente. Em alguns casos, não há tratamento específico, sendo esse o caso das hepatites A e E. As hepatites B, C e D, por sua vez, possuem tratamento. Entretanto, é importante salientar que apenas o tratamento da hepatite C é responsável por garantir a cura da doença. As hepatites B e D, apesar de possuírem tratamentos, eles não são responsáveis pela cura, e sim por evitar a complicação do quadro, controlando o dano no fígado.
PREVENÇÃO 
As hepatites virais apresentam diferentes formas de transmissão e, portanto, diferentes formas de prevenção. As hepatites A e E, que apresentam como principal forma de transmissão a via fecal-oral, podem ser evitadas por meio da adoção de hábitos de higiene mais adequados, como lavar bem as mãos e higienizar adequadamente os alimentos.
Já as hepatites B, C e D podem ser prevenidas pelo do uso de camisinhas em todas as relações sexuais e evitando compartilhamento de objetos, como lâminas de barbear, alicates de unha e escovas de dente. As hepatites A e B podem ser prevenidas também por meio da vacinação.
MENINGITE VIRAL
Meningite viral geralmente começa com sintomas de infecção viral, como febre, uma sensação de mal-estar, dor de cabeça e dores musculares.
Posteriormente, as pessoas desenvolvem dor de cabeça e um pescoço rígido que faz com que abaixar o queixo até o peito seja difícil ou impossível.
Os médicos suspeitam de meningite com base nos sintomas e fazem uma punção lombar (punção na coluna vertebral) para confirmar o diagnóstico.
Se as pessoas parecerem muito doentes, elas são tratadas para meningite bacteriana até que o diagnóstico seja descartado.
Se a causa for o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou um herpes vírus, são usados medicamentos eficazes contra esses vírus.
No caso de outros vírus, não estão disponíveis medicamentos eficazes, mas a maioria das pessoas se recupera por si mesmas dentro de semanas.
TRANSMISSÃO
A meningite viral pode ser propagada de várias maneiras, dependendo do vírus:
· Propaga-se pela corrente sanguínea de uma infecção de outra parte do corpo (a rota mais comum)
· Contato com fezes contaminadas, o que pode ocorrer quando pessoas infectadas não lavam suas mãos após a evacuação ou quando elas nadam em uma piscina pública (no caso do enterovírus)
· Relação sexual ou outro contato genital com uma pessoa infectada (no caso de HSV-2 e HIV)
· Uma picada de inseto, tal como um mosquito (no caso do vírus do Nilo Ocidental, do vírus St. Louis, do vírus Zika ou do vírus Chikungunya)
· Propaga-se pelo ar ao inalar o vírus (no caso do vírus da varicela zóster)
· Contato com poeira ou alimentos contaminados pela urina ou fezes de camundongos ou hamsters domésticos infectados (no caso do o vírus da coriomeningite linfocítica)
· Uso de agulhas infectadas para injetar drogas (no caso de HIV)
Por causa da maneira como se propagam, alguns vírus (como aqueles disseminados por mosquitos) causam meningite somente durante certas estações.
SINTOMAS
A meningite viral geralmente começa com sintomas de infecção viral, como febre, uma sensação de mal-estar, tosse, dores musculares, vômito, perda de apetite e dor de cabeça. No entanto, ocasionalmente as pessoas não têm sintomas a princípio.
Mais tarde, as pessoas apresentamsintomas que sugerem meningite. Ou seja, elas geralmente têm febre, dor de cabeça e rigidez no pescoço. Tentar abaixar o queixo em direção ao peito causa dor e pode ser impossível. Mover a cabeça em outras direções não é tão difícil.
Os sintomas da meningite crônica são semelhantes aos da meningite bacteriana, mas são geralmente mais graves e desenvolvem-se e progridem de forma mais lenta.
DIAGNOSTICO
· Punção lombar e análise do líquido cefalorraquidiano
· Às vezes, cultura e exame de sangue, de outros líquidos corporais ou das fezes
Os médicos suspeitam de meningite quando as pessoas têm dor de cabeça, febre e pescoço rígido. Eles então determinam se a meningite está presente e se é causada por bactéria (que requer tratamento imediato) ou um vírus. A meningite viral é mais provável quando os sintomas são menos graves.
O médico pode efetuar uma punção lombar (punção na coluna vertebral) para recolher uma amostra de líquido cefalorraquidiano. Porém, se os médicos suspeitarem que a pressão dentro do crânio aumentou, pode ser feita primeiramente uma tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) para verificar as causas do aumento de pressão (como um tumor ou outra massa no cérebro). Fazer uma punção lombar quando a pressão dentro do crânio está aumentada pode causar um distúrbio com risco à vida, chamado herniação do cérebro. Depois que a pressão dentro do crânio for reduzida ou se nenhuma massa for detectada, é feita a punção lombar.
Uma amostra de líquido cefalorraquidiano é enviada para um laboratório para ser examinada e estudada. Os níveis de glicose e proteínas e a quantidade e o tipo de glóbulos brancos no líquido são determinados. É feita a cultura do líquido para verificar a presença de bactérias e, assim, descartar ou confirmar a meningite bacteriana. Geralmente não é feita a cultura do líquido quanto a vírus porque isso é tecnicamente difícil.
É usada a técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR), que produz várias cópias de um gene, para identificar enterovírus, herpesvírus (como HSV e varicela zóster) e alguns outros vírus. Os médicos testam o líquido cefalorraquidiano para a presença de anticorpos para certos vírus. Por exemplo, detectar anticorpos ao vírus do Nilo Ocidental no líquido cefalorraquidiano indica infecção por aquele vírus.
Os médicos por vezes também coletam uma amostra de sangue, de secreções do nariz ou da garganta ou de fezes para cultura, análise e/ou, se disponível, testes de PCR. O HIV pode ser diagnosticado com base nos resultados dos exames de anticorpos e PCR. Os níveis de anticorpos para outros vírus são medidos e, por vezes, medidos novamente algumas semanas depois. Um aumento no nível de anticorpos a um vírus em particular indica que o vírus causou uma infecção recente e, portanto, foi a causa da meningite recente.
TRATAMENTO
· Aciclovir (um medicamento antiviral) para infecção por vírus do herpes simples (HSV) ou varicela zóster
· Medicamentos antirretrovirais para infecção por HIV
· Tratamento de sintomas
Se as pessoas parecerem muito doentes, os médicos começam o tratamento imediatamente sem esperar pelos resultados dos testes para identificar a causa. Essas pessoas recebem antibióticos até os médicos terem certeza de que elas não têm meningite bacteriana que, se não for tratada, pode causar rapidamente dano permanente ao cérebro ou aos nervos, ou até morte. Eles também recebem aciclovir (um medicamento antiviral) no caso de a meningite ser devida a infecção por HSV ou varicela zóster.
Assim que a causa é identificada, os médicos ajustam os medicamentos conforme necessário.
A infecção por HIV é tratada com medicamentos antirretrovirais. Esses medicamentos impedem que o HIV (um retrovírus) se reproduza e se multiplique dentro das células humanas. Quase sempre, as pessoas precisam tomar uma combinação de vários medicamentos antirretrovirais. As pessoas devem tomar esses medicamentos pelo resto da vida.
Se a causa for infecção por HSV ou varicela zóster, o aciclovir é mantido.
No caso da maioria dos outros vírus que causam comumente meningite, não há medicamentos eficazes. Porém, se as pessoas têm um sistema imunológico normal, elas quase sempre se recuperam dessas infecções por si mesmas.
Os sintomas são também tratados. Por exemplo, paracetamol por via oral ou supositório (inserido no reto) pode reduzir a febre. Os analgésicos, tomados quando necessário, podem ajudar a controlar a dor de cabeça.
HPV
O QUE É O HPV
HPV é a abreviação em inglês para papilomavírus humano. Essa infecção sexualmente transmissível muitas vezes não causa sintomas, mas pode provocar verrugas genitais em homens e mulheres.
A verdade é que existem mais de 100 tipos de HPV. Cerca de 40 afetam a região genital e, entre esses, pelo menos 13 eventualmente desencadeiam câncer de colo do útero, vagina, ânus, vulva e pênis. Em caso de sexo oral, eles aumentam também o risco de tumores na orofaringe e na boca. 
TRANSMISSÃO DO HPV
Via de regra, o HPV é transmitido durante o sexo, seja ele vaginal, anal ou oral. Até mesmo a masturbação pode levar ao contágio.
Esse vírus fica alojado em qualquer parte da região genital, não só na vagina e no pênis. Vulva, períneo, bolsa escrotal e região pubiana também podem alojar o HPV. Daí porque o preservativo masculino ajuda a evitar a doença, mas não anula o risco de contágio. Falaremos da prevenção adequada mais pra frente. 
Outra forma de transmissão mais rara é a vertical (da mãe para o bebê durante o parto). 
SINTOMAS DE HPV
Na imensa maioria das pessoas, o HPV passa despercebido — o próprio sistema imunológico dá conta de se livrar dele antes de causar qualquer sintoma. Mas, em algumas situações, ele consegue perdurar no corpo e, tempos depois da sua instalação, provocar estragos. Isso é mais comum em indivíduos que estão com as defesas do organismo fragilizadas (gestantes, pacientes com aids sem tratamento adequado etc) 
Nos recém-nascidos infectados por transmissão vertical (o que, mais uma vez, é um fenômeno raro), a manifestação mais comum é a papilomatose laríngea. São, em resumo, verrugas que nascem nas mucosas das vias aéreas do bebê 
NA MULHER
Nas mulheres, o principal sinal e sintomas indicativo de HPV é a presença de verrugas na região genital, que também são conhecidas como crista de galo, e que podem surgir na vulva, nos pequenos e grandes lábios, no ânus e no colo do útero. Outros sintomas de HPV na mulher são:
· Vermelhidão local;
· Ardor no local da verruga;
· Coceira na região genital;
· Formação de placas com verrugas, quando a carga viral é elevada;
· Presença de lesões nos lábios, bochechas ou garganta, quando a infecção foi por meio da relação sexual oral.
Apesar de ser mais frequente na área mais externa da região genital, as lesões do HPV também podem estar presentes no colo do útero e, caso não seja identificada e tratada, pode aumentar o risco do desenvolvimento do câncer de colo do útero. Saiba reconhecer os sintomas de HPV na mulher.
NO HOMEM
Assim como as mulheres, os homens também podem apresentar verrugas e lesões na região genital, principalmente no corpo do pênis, saco escrotal e ânus. No entanto, na maioria dos casos, as lesões são muito pequenas, não conseguindo ser observadas a olho nu, sendo necessária a realização do exame de peniscopia para que possam ser identificadas de forma mais eficaz.
TRANSMISSÃO DO HPV
A transmissão do HPV acontece a partir do contato íntimo sem camisinha com uma pessoa portadora do vírus, mesmo que essa pessoa não apresente sintomas visíveis, seja por sexo vaginal, oral ou anal. O HPV é altamente infectante e, por isso, basta o contato com as lesões verrucosas ou planas do HPV para que exista infecção.
O tempo de incubação do vírus varia de 1 mês a 2 anos e durante este período, apesar de não haver sintomas, já é possível a transmissão do vírus para outras pessoas. Além disso, as mulheres também podem transmitir o HPV para o bebê durante o parto normal, no entanto essa via de transmissão é mais rara.
TRATAMENTO
O tratamento para HPV deve ser feito de acordo coma recomendação do médico, mesmo que não existam sintomas aparentes, sendo indicado com o objetivo de tratar as lesões e diminuir o risco de transmissão. Assim, pode ser indicada a aplicação de pomadas ou solução pelo médico, assim como realização de cirurgia para remoção das lesões, dependendo da quantidade de verrugas, tamanho e localização.
Além disso, durante todo o tratamento é importante evitar ter relações sexuais, mesmo que com camisinha, pois assim é possível diminuir o risco de transmissão do HPV e aquisição de outras infecções. Confira mais detalhes do tratamento para HPV.
O que fazer em caso de suspeita
No caso de suspeita de infecção pelo HPV, é importante que a pessoa consulte o urologista, ginecologista ou clínico geral para que seja feita uma avaliação dos sintomas e possam ser indicados outros exames que ajudem a confirmar a infecção pelo HPV, como peniscopia, no caso dos homens, e papanicolau seguida de colposcopia, no caso das mulheres.
Além disso, podem também ser solicitados exames para identificar a presença de anticorpos circulantes no sangue contra o HPV e exames mais específicos que ajudam a identificar o vírus e a sua quantidade no organismo. Saiba mais sobre os exames indicados para o HPV.

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