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Doenças - Vírus e Bactérias

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DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS E VÍRUS
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Abril de 2020.
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DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS E VÍRUS
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Abril de 2020.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 DOENÇAS VIRAIS	6
2.1. HEPATITES VIRAIS	6
2.1.1. SINTOMAS	6
2.1.2. CAUSAS	6
2.1.3. TRANSMISSÃO	7
2.1.4. PREVENÇÃO	8
2.1.5. DIAGNÓSTICO	8
2.1.6. TRATAMENTO	8
2.2. AIDS	9
2.2.1. SINTOMAS	9
2.2.2. CAUSAS	10
2.2.3. TRANSMISSÃO	10
2.2.4. PREVENÇÃO	10
2.2.5. DIAGNÓSTICO	10
2.2.6. TRATAMENTO	11
2.3. HERPES	11
2.3.1. SINTOMAS	11
2.3.2. CAUSAS	12
2.3.3. TRANSMISSÃO	12
2.3.4. PREVENÇÃO	12
2.3.5. DIAGNÓSTICO	13
2.3.6. TRATAMENTO	13
3 DOENÇAS BACTERIANAS	14
3.1. CÓLERA	14
3.1.1. SINTOMAS	14
3.1.2. CAUSAS	14
3.1.3. TRANSMISSÃO	15
3.1.4. PREVENÇÃO	15
3.1.5. DIAGNÓSTICO	15
3.1.6. TRATAMENTO	16
3.2. HANSENÍASE	16
3.2.1. SINTOMAS	16
3.2.2. CAUSAS	17
3.2.3. TRANSMISSÃO	17
3.2.4. PREVENÇÃO	17
3.2.5. DIAGNÓSTICO	17
3.2.6. TRATAMENTO	17
3.3 TÉTANO ACIDENTAL	18
3.3.1. SINTOMAS	18
3.3.2. CAUSAS	18
3.3.3. TRANSMISSÃO	18
3.3.4. PREVENÇÃO	18
3.3.5. DIAGNÓSTICO	19
3.3.6. TRATAMENTO	19
4 ILUSTRAÇÕES	20
5 CONCLUSÃO	22
REFERÊNCIAS	23
1 INTRODUÇÃO
A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim, os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).
Com isso, a doença não é mais que um constructo que guarda relação com o sofrimento, com o mal, mas não lhe corresponde integralmente. Quadros clínicos semelhantes, ou seja, com os mesmos parâmetros biológicos, prognóstico e implicações para o tratamento, podem afetar pessoas diferentes de forma distinta, resultando em diferentes manifestações de sintomas e desconforto, com comprometimento diferenciado de suas habilidades de atuar em sociedade. O conhecimento clínico pretende balizar a aplicação apropriada do conhecimento e da tecnologia, o que implica que seja formulado nesses termos. No entanto, do ponto de vista do bem-estar individual e do desempenho social, a percepção individual sobre a saúde é que conta (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).
Os micro-organismos são formas de vida muito pequenas para serem vistas a olho nu. Esse grupo incluem as bactérias, fungos, protozoários e algas microscópicas. Os vírus, entidades acelulares, também são considerados microorganismos. Por serem diminutos para serem vistos a olho nu, os micro-organismos devem ser observados através de um microscópio, cujo termo é derivado da palavra em latim micro, que significa pequeno, e da palavra em grego skopos, olhar (LADEIA; ROYER, 2014).
Tratando-se de agentes patológicos, o vírus é uma minúscula partícula infecciosa que só pode se reproduzir se infectar uma célula hospedeira. Os vírus "comandam" a célula hospedeira e usam seus recursos para produzir mais vírus, basicamente, reprogramando o hospedeiro para se tornar uma fábrica de vírus. Como eles não conseguem se reproduzir sozinhos (sem um hospedeiro), os vírus não são considerados seres vivos. Os vírus também não possuem células: eles são muito pequenos, muito menores que as células dos seres vivos. Eles são basicamente pacotes de ácido nucleico e proteína.
Em uma escala microscópica, uma infecção viral significa que vários vírus estão usando células para fazerem mais cópias de si mesmo. O ciclo de vida do vírus é o conjunto de etapas em que o vírus reconhece e entra em uma célula hospedeira, "reprograma" o hospedeiro, fornecendo instruções na forma de DNA ou RNA viral, e usa os recursos do hospedeiro para produzir mais vírus (o resultado do "programa" viral).
Já as bactérias são unicelulares e procariontes, o que significa que são organismos constituídos de apenas uma célula, e não possuem membrana envolvendo o material genético e separando-o do restante da célula. Envolvendo a célula das bactérias, há um envoltório resistente denominado parede celular, o que permitiu a adaptação desses seres aos mais diversos meios, como o solo, a água ou ainda parasitando outros organismos.
As células bacterianas podem apresentar várias formas, tais como: bacilos (em forma de bastão), cocos (esféricos ou ovoides) e os espirilos (em forma de saca-rolha ou curvados), que são as formas mais comuns. Também, podem apresentar forma de estrela ou quadrada. Podem formar pares, cadeias, grupos ou outros agrupamentos.
Apesar de ambos poderem nos deixar doentes, bactérias e vírus são muito diferentes biologicamente. Bactérias são pequenas e unicelulares, como mencionado, mas são organismos vivos que não dependem de um hospedeiro para se reproduzir. Por causa dessas diferenças, infeções bacterianas e virais são tratadas de forma diferente. Por exemplo, antibióticos só são úteis contra bactérias e não contra vírus. Bactérias também são bem maiores que os vírus. Portanto, o objetivo do presente trabalho é o de apresentar algumas doenças causadas por vírus e bactérias que atingem o organismo do ser humano, tornando-o incapacitado ou distante de estar saudável. 
2 DOENÇAS VIRAIS
	2.1. HEPATITES VIRAIS
As Hepatites Virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. A distribuição das Hepatites Virais é universal, sendo que a magnitude varia de região para região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. No Brasil, esta variação também ocorre. As Hepatites Virais têm grande importância para a saúde pública e para o individuo, pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas.
	2.1.1. SINTOMAS
	Variam de acordo com o tipo da hepatite, normalmente, podendo apresentar:
· Febre;
· Icterícia (pele e olhos amarelados);
· Náuseas e vômito;
· Mal-estar;
· Desconforto abdominal;
· Falta de apetite;
· Urina com cor laranja escuro;
· Fezes esbranquiçadas.
	2.1.2. CAUSAS
Os agentes etiológicos que causam Hepatites Virais mais relevantes do ponto de vista clínico e epidemiológico são designados por letras do alfabeto (vírus A, vírus B, vírus C, vírus D e vírus E). Estes vírus têm em comum a predileção para infectar os hepatócitos (células hepáticas). Entretanto, divergem quanto às formas de transmissão e consequências clínicas advindas da infecção.
São designados rotineiramente pelas seguintes siglas: vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e vírus da hepatite E (HEV). Existem alguns outros vírus que também podem causar hepatite (ex: TTV, vírus G, SEV-V). Todavia, seu impacto clínico e epidemiológico é menor. No momento, a investigação destes vírus está basicamente concentrada em centros de pesquisa.
	2.1.3. TRANSMISSÃO
Quanto às formas de transmissão, as Hepatites Virais podem ser classificadas em dois grupos: o grupo de transmissão fecal-oral (HAV e HEV) tem seu mecanismo de transmissão ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. A transmissão percutânea (inoculação acidental) ou parenteral (transfusão) dos vírus A e E é muito rara, devido ao curto período de viremia dos mesmos. O segundo grupo (HBV, HCV, e HDV) possui diversos mecanismos de transmissão, como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis.
Há também o risco de transmissão através de acidentes perfurocortantes, procedimentos cirúrgicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança. Hoje, após a triagem obrigatória nos bancos de sangue (desde 1978 para a hepatite B e 1993 para a hepatite C), a transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados é relativamente rara. A transmissão por via sexual é mais comum para o HBV que para o HCV. Na hepatite C poderá ocorrer a transmissão principalmente em pessoacom múltiplos parceiros, coinfectada com o HIV, com alguma lesão genital (DST), alta carga viral do HCV e doença hepática avançada.
Os vírus das hepatites B, C e D possuem também a via de transmissão vertical (da mãe para o bebê). Geralmente, a transmissão ocorre no momento do parto, sendo a via transplacentária incomum. A transmissão vertical do HBV ocorre em 70% a 90% dos casos de mães com replicação viral (HBeAg positivas); nos casos de mães sem replicação viral (HBeAg negativas) a probabilidade varia entre 30% a 50% – o que não altera a conduta a ser adotada para a criança (vacinação e imunoglobulina nas primeiras doze horas de vida). Na hepatite C, a transmissão vertical é bem menos frequente, podendo ocorrer em aproximadamente 6% dos casos. Entretanto, se a mãe for co-infectada com o HIV, este percentual sobe para até 17%. A transmissão vertical não tem importância para os vírus A e E.
	2.1.4. PREVENÇÃO
· Tomar a vacina contra hepatite A, de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde;
· Ter bons hábitos de higiene lavando bem as mãos antes de comer e depois de usar o banheiro.
· Evitar os alimentos crus e desinfetar bem os alimentos antes de ingerir, deixando os alimentos de molho em água clorada durante 10 minutos;
· Preferir alimentos cozidos ou grelhados porque assim os vírus são eliminados;
· Beber somente água potável: mineral, filtrada ou fervida e ter os mesmos cuidados ao fazer sucos, e evitar o consumo de água, suco, picolé, sacolé, gelinho e saladas que podem ter sido preparadas em más condições de higiene.
	2.1.5. DIAGNÓSTICO
Aminotransferases e a alanino aminotransferase (ALT/TGP) são marcadores de agressão hepatocelular. Nas formas agudas, chegam a atingir, habitualmente, valores até 25 a 100 vezes acima do normal, embora alguns pacientes apresentem níveis bem mais baixos, principalmente na hepatite C. Em geral, essas enzimas começam a elevar-se uma semana antes do início da icterícia e normalizam-se em cerca de três a seis semanas de curso clínico da doença. Nas formas crônicas, na maioria das vezes não ultrapassam 15 vezes o valor normal e, por vezes, em indivíduos assintomáticos, é o único exame laboratorial sugestivo de doença hepática. 
As bilirrubinas elevam-se após o aumento das aminotransferases e, nas formas agudas, podem alcançar valores 20 a 25 vezes acima do normal. Apesar de haver aumento tanto da fração não-conjugada (indireta) quanto da conjugada (direta), esta última apresenta-se predominante. Na urina pode ser detectada precocemente, antes mesmo do surgimento da icterícia. 
	2.1.6. TRATAMENTO
Não existe tratamento específico para as formas agudas. Se necessário, apenas tratamento sintomático para náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até a normalização das aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável ao paladar ao paciente anorético. De forma prática, deve ser recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar.
A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por no mínimo seis meses. Medicamentos não devem ser administrados sem a recomendação médica para que não agravem o dano hepático. As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico.
	2.2. AIDS
A Aids é uma doença emergente, que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade em virtude de seu caráter pandêmico e gravidade. Os infectados pelo HIV evoluem para grave disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos os linfócitos TCD4+, uma das principais células-alvo do vírus. A contagem de linfócitos TCD4+ é importante marcador dessa imunodeficiência, sendo utilizada tanto na avaliação do tratamento e prognóstico quanto em uma das definições de caso de Aids, com fim epidemiológico.
A história natural da Aids vem sendo alterada, consideravelmente, pela terapia anti-retroviral (ARV) que retarda a evolução da infecção, até o seu estádio final, em que surgem as manifestações definidoras de Aids. Juntamente com as campanhas de prevenção, os ARV parecem estar contribuindo para a estabilização do crescimento da epidemia de Aids no Brasil.
2.2.1. SINTOMAS
· Febre persistente;
· Tosse seca prolongada e garganta arranhada;
· Suores noturnos;
· Inchaço dos gânglios linfáticos durante mais de 3 meses;
· Dor de cabeça e dificuldade de concentração;
· Dor nos músculos e nas articulações;
· Cansaço, fadiga e perda de energia;
· Rápida perda de peso;
· Candidíase oral ou genital que não passa;
· Diarreia por mais de 1 mês, náusea e vômitos;
· Manchas avermelhadas e pequenas bolinhas vermelhas ou feridas na pele.
	2.2.2. CAUSAS
HIV-1 e HIV-2, retrovírus com genoma RNA, da família Lentiviridae. Pertencem ao grupo dos retrovírus citopáticos e não-oncogênicos, necessitando, para multiplicar-se, de uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do RNA viral para uma cópia DNA, que pode então integrar-se ao genoma do hospedeiro. Bastante hábeis no meio externo, estes vírus são inativados por uma variedade de agentes físicos (calor) e químicos (hipoclorito de sódio, glutaraldeído). Em condições experimentais controladas, as partículas virais intracelulares parecem sobreviver no meio externo por até no máximo um dia, enquanto que partículas virais livres podem sobreviver por 15 dias em temperatura ambiente, ou até 11 dias a 37ºC.
	2.2.3. TRANSMISSÃO
O HIV pode ser transmitido pelo sangue (via parenteral e vertical), esperma, secreção vaginal (via sexual) e leite materno (via vertical). O indivíduo infectado pode transmitir o HIV durante todas as fases da infecção, risco esse proporcional à magnitude da viremia, principalmente na infecção aguda e doença avançada.
	2.2.4. PREVENÇÃO
Para evitar a transmissão da aids, recomenda-se o uso de preservativo durante as relações sexuais, a utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão.
	2.2.5. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.
	2.2.6. TRATAMENTO
O tratamento objetiva prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida, pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico, e é garantido pelo Sistema Único de Saúde, por meio de ampla rede de serviços. Para oferecer e garantir o alcance desses objetivos, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST e Aids, instituiu o Comitê Assessor para Terapia Anti-retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV, o Comitê Assessor para Terapia Anti-retroviral em Crianças Infectadas pelo HIV e o Comitê Assessor para Recomendações da Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Anti-retroviral em Gestantes, que se reúne periodicamente para definir as diretrizes do tratamento para HIV/Aids.
2.3. HERPES
As infecções pelo Herpes Simples vírus apresentam-se como desafios, cada vez maiores, para diversas áreas da medicina, por serem dotadas de várias peculiaridades. Dentre elas, citam-se a capacidade do vírus de permanecer em latência por longos períodos de tempo, podendo sofrer reativação periódica, gerando doença clínica ou subclínica. O Herpes Simples vírus é comumente associado a lesões de membranas mucosas e pele, ao redor da cavidade oral (herpes orolabial) e da genitália (herpes anogenital). O vírus do Herpes Simples determina quadros variáveis benignos ou graves. Há dois tipos de vírus: o tipo 1, responsável por infecções na face e tronco, e o tipo 2, relacionadas às infecções na genitália e de transmissão geralmente sexual.
2.3.1. SINTOMAS
Sintomas do tipo 1:
· Pequenas bolhas, aftas ou úlceras geralmente na boca, nos lábios, nas gengivas ou nos genitais;
· Nóduloslinfáticos aumentados no pescoço ou na virilha (geralmente somente no momento inicial da infecção);
· Herpes de boca Febre, especialmente durante o primeiro episódio de infecção;
· Lesões genitais ou mesmo orais podem começar com uma sensação de queimação ou formigamento.
Sintomas do tipo 2:
· Dores e irritação que surgem de dois a dez dias após o contágio;
· Manchas vermelhas e pequenas bolhas esbranquiçadas que costumam surgir dias após a infecção;
· Úlceras na região dos genitais, que podem até mesmo sangrar e causar dor ao urinar;
· Cascas que se formam quando as úlceras cicatrizam.
	2.3.2. CAUSAS
O Herpes Simples é causado pelo Herpesvírus hominus tipo-1 e 2. São vírus DNA, da família Herpesviridae.
	2.3.3. TRANSMISSÃO
Por contato íntimo com o indivíduo transmissor do vírus, a partir de superfície mucosa ou de lesão infectante. O HSV é rapidamente inativado em temperatura ambiente e após secagem, logo, a disseminação por aerossóis ou fômites é rara. O vírus ganha acesso através de escoriações na pele ou de contato direto com a cérvix uterina, uretra, orofaringe ou conjuntiva. A transmissão assintomática também pode ocorrer, sendo mais comum nos primeiros 3 meses após a doença primária, quando o agente etiológico é o HSV-2 e na ausência de anticorpos contra o HSV-1. Pode haver transmissão fetal durante o parto.
	2.3.4. PREVENÇÃO
· Evite contato direto com uma lesão aberta;
· Evite contato sexual enquanto houver lesões ativas, suas ou de seu parceiro/parceira;
· Use preservativo durante relações sexuais;
· Evite contato (como beijos) com recém-nascidos ou crianças com eczema;
· Evite contato com pessoas com doenças autoimunes.
	2.3.5. DIAGNÓSTICO
Eminentemente clínico. O laboratório pode auxiliar nos casos atípicos. O método usualmente utilizado é a citodiagnose de Tzanck. As técnicas sorológicas também podem ser realizadas, como a imunofluorescência e o teste enzimático, além do PCR.
	2.3.6. TRATAMENTO
Para todas as formas de Herpes Simples utiliza-se: aciclovir, na dose de 200 mg, 5 vezes ao dia, por 5 dias, podendo ser estendida nas primo-infecções. Em imunocomprometidos, a dose pode ser duplicada. Em formas graves, hospitalização, adequada hidratação e aplicação de aciclovir por via intravenosa, podem ser indicadas, utilizando-se a dose de 5 mg/kg, IV, a cada 8 horas.
Nas infecções primárias, o aciclovir, o valaciclovir e o panciclovir diminuem a duração dos sintomas, apresentando os dois últimos, comodidade posológica em relação ao aciclovir. O panciclovir está indicado na dose de 125 mg de 12 em 12 horas. Em pessoas com recorrências frequentes (mais de 4 episódios por ano), a profilaxia pode ser indicada, geralmente com aciclovir, 200 mg, 3 vezes ao dia, por 6 a 12 meses.
3 DOENÇAS BACTERIANAS
	3.1. CÓLERA
Infecção intestinal aguda, causada pela enterotoxina do bacilo da Cólera Vibrio cholerae, frequentemente assintomática ou oligossintomática, com diarreia leve. Pode se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e câimbras. Esse quadro, quando não tratado prontamente, pode evoluir para desidratação, acidose, colapso circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiência renal a infecção.
3.1.1. SINTOMAS
A maior parte das pessoas infectadas pela cólera não apresenta sintomas e, em muitos casos, nem percebe que contraiu a doença. No entanto, mesmo nesses casos, a pessoa pode transmitir a bactéria e infectar outras pessoas, que podem ter reações distintas. Os sintomas mais frequentes e comuns da cólera são diarreia e vômitos, com diferentes graus de intensidade, o que acaba sendo confundido com sinais de outras doenças. Também pode ocorrer dor abdominal e, nas formas severas, cãibras, desidratação e choque. Febre não é uma manifestação comum. Nos casos graves, mais típicos, o início é súbito, com diarreia aquosa, abundante, de difícil controle e com inúmeros episódios diários. Nesses casos, a diarreia e os vômitos determinam uma extraordinária perda de líquidos, que pode ser da ordem de 1 a 2 litros por hora. Tal quadro leva rapidamente à desidratação intensa e deve ser tratado precoce e adequadamente, para evitar a ocorrência de complicações e até mesmo da morte.
	3.1.2. CAUSAS
A cólera é causada pela ação da toxina liberada por dois sorogrupos específicos da bactéria Vibrio cholerae (sorogrupos O1 e O139). A toxina se liga às paredes intestinais, alterando o fluxo normal de sódio e cloreto do organismo. Essa alteração faz com que o corpo secrete grandes quantidades de água, o que provoca diarreia aquosa, desitradação e perda de fluidos e sais minerais importantes para o corpo.
	3.1.3. TRANSMISSÃO
A transmissão da cólera ocorre por via fecal-oral, ou seja, pela ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pela contaminação pessoa a pessoa. Os alimentos, de forma geral, podem ser contaminados durante a cadeia produtiva e durante sua manipulação. Além disso, como o agente causador da cólera faz parte do ambiente aquático, pode se associar a mariscos (crustáceos e moluscos), peixes e algas, entre outros, possibilitando a transmissão da cólera se esses alimentos forem consumidos crus ou mal cozidos.
	3.1.4. PREVENÇÃO
· Lave sempre as mãos com sabão e água limpa principalmente antes de preparar ou ingerir alimentos, após ir ao banheiro, após utilizar conduções públicas ou tocar superfícies que possam estar sujas, após tocar em animais, sempre que voltar da rua, antes e depois de amamentar e trocar fraldas;
· Lave e desinfete as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
· Proteja os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guarde os alimentos em recipientes fechados);
· Trate a água para consumo (após filtrar, ferver ou colocar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água, aguardar por 30 minutos antes de usar);
· Guarde a água tratada em vasilhas limpas e com tampa, sendo a “boca” estreita para evitar a recontaminação;
· Não utilize água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados para banhar ou beber.
	3.1.5. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da cólera é realizado a partir do cultivo de amostras de fezes ou vômito. Quando o Vibrio cholerae é isolado, a bactéria deve ser enviada ao laboratório de referência nacional para realização de análises mais específicas (caracterização bioquímica, sorológica e molecular). Além de permitir a confirmação de casos, a análise laboratorial é importante para avaliar e monitorar as características das bactérias circulantes e a ocorrência de resistência a antimicrobianos.
	3.1.6. TRATAMENTO
O tratamento eficiente da cólera se fundamenta na rápida reidratação dos pacientes, por meio da administração oral de líquidos e solução de sais de reidratação oral (SRO) ou fluidos endovenosos, dependendo da gravidade do caso. Em aproximadamente 80% dos casos, os sintomas da cólera são leves ou moderados e devem ser tratados somente por meio da administração oral de líquidos e SRO, ou seja, soro. Os pacientes que apresentarem desidratação grave devem ser tratados por meio da administração de fluidos endovenosos, podendo ser administrados, adicionalmente, antibióticos apropriados para diminuir a duração da diarreia, reduzir o volume de fluidos de reidratação necessário e encurtar a duração da excreção da bactéria.
	3.2. HANSENÍASE
Doença crônica granulamatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. Este bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade), propriedades estas que não são função apenas de suas características intrínsecas, mas que dependem, sobretudo, de sua relação com o hospedeiro e grau de endemicidade do meio, entre outros. O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença, embora ainda existam lacunas de conhecimento quanto aos prováveis fatores de risco implicados, especialmente aqueles relacionados ao ambiente social. O alto potencial incapacitante da Hanseníase estádiretamente relacionado ao poder imunogênico do Mycobacterium leprae. A Hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acomete o homem.
3.2.1. SINTOMAS
· Lesão(ões) (manchas) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato);
· Comprometimento do(s) nervo(s) periférico(s), geralmente espessamento (engrossamento), associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
· Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
· Áreas do corpo com sensação de formigamento e/ou fisgadas;
· Diminuição e/ou ausência da força muscular na face, mãos e pés;
· Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
	3.2.2. CAUSAS
Bacilo álcool-ácido resistente, Mycobacterium leprae. É um parasita intracelular obrigatório que apresenta afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos.
	3.2.3. TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis. A via de eliminação do bacilo pelo doente são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), por meio de contato próximo e prolongado.
	3.2.4. PREVENÇÃO
O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada, com caso novo diagnosticado de hanseníase são as principais formas de prevenção.
	3.2.5. DIAGNÓSTICO
Exame baciloscópico: pode ser utilizado como exame complementar para a classificação dos casos em MB e PB. Baciloscopia positiva indica Hanseníase multibacilar, independentemente do número de lesões.
Exame histopatológico: indicado como suporte na elucidação diagnóstica e em pesquisas.
	3.2.6. TRATAMENTO
O tratamento é eminentemente ambulatorial. Nos serviços básicos de saúde, administra-se uma associação de medicamentos, a poliquimioterapia (PQT/OMS). A regularidade do tratamento é fundamental para a cura do paciente. A prevenção de incapacidades é atividade primordial durante o tratamento e, em alguns casos, até mesmo após a alta, sendo parte integrante do tratamento do paciente com Hanseníase. Para o paciente, o aprendizado do autocuidado é arma valiosa para evitar sequelas. Na tomada mensal de medicamentos é feita uma avaliação do paciente, para acompanhar a evolução de suas lesões de pele e comprometimento neural, verificando-se se há presença de neurites ou estados reacionais. Quando necessárias, são orientadas técnicas de prevenção de incapacidades e deformidades, bem como os autocuidados que devem diariamente ser realizados, para evitar as complicações da doença, sendo verificada sua correta realização.
	3.3 TÉTANO ACIDENTAL
O Tétano acidental é uma infecção causada por bactéria encontrada na natureza e não é contagiosa. A principal forma de prevenção é por meio da vacina pentavalente. A bactéria causadora do tétano acidental pode ser encontrada na pele, fezes, terra, galhos, plantas baixas, água suja, poeira. Se o tétano acidental infeccionar e não for tratado corretamente, pode matar. As chances de morrer dependem da idade, tipo de ferimento, além da presença de outros problemas de saúde, como complicações respiratórias, renais e infecciosas.
3.3.1. SINTOMAS
· Contraturas musculares;
· Rigidez de membros (braços e pernas);
· Rigidez abdominal;
· Dificuldade de abrir a boca;
· Dores nas costas e nos membros (braços e pernas).
	3.3.2. CAUSAS
Clostridium tetani, bacilo gram-positivo, anaeróbio esporulado.
	3.3.3. TRANSMISSÃO
O tétano acidental não é uma doença transmitida de pessoa a pessoa. A transmissão ocorre, geralmente, pela contaminação de um ferimento da pele ou mucosa. O período de incubação (tempo que os sintomas levam para aparecer desde a infecção) é curto: em média de 5 a 15 dias, mas pode variar de 3 a 21 dias.
	3.3.4. PREVENÇÃO
O tétano acidental é uma doença prevenível por meio da vacinação.
	3.3.5. DIAGNÓSTICO
É clínico-epidemiológico, não dependendo de confirmação laboratorial.
	3.3.6. TRATAMENTO
O doente deve ser internado em unidade assistencial apropriada, com mínimo de ruído, de luminosidade, com temperatura estável e agradável. Casos graves tem indicação de terapia intensiva, onde existe suporte técnico necessário para manejo de complicações e consequente redução das sequelas e da letalidade. Os princípios básicos do tratamento do tétano são: 
· Sedação do paciente;
· Neutralização da toxina tetânica;
· Erradicação do C. tetani do paciente, debridamento do foco infeccioso e medidas gerais de suporte;
· Neutralização da toxina Imunoglobulina Humana Antitetânica (IGHAT) ou, na indisponibilidade, usar o Soro Antitetânico (SAT);
· Erradicação do C. tetani (Penicilina G Cristalina ou Metronidazol, além de debridamento e limpeza dos focos suspeitos);
· Sedação do paciente (sedativos benzodiazepínicos e miorrelaxantes - Diazepam, Clorpromozina, Midazolam)
· Debridamento do foco: limpar o ferimento suspeito com soro fisiológico ou água e sabão;
· Medidas de suporte (internação em quarto silencioso, em penumbra, com redução máxima dos estímulos auditivos, visuais, táteis e cuidados gerais no equilíbrio do estado clínico).
4 ILUSTRAÇÕESFIGURA 1 - Teste Rápido da Hepative Viral
FIGURA 2 - Manchas Apresentadas em pessoas infectadas com o vírus do HIV
FIGURA 3 - Manchas na pele e mucosa em portadores de HIV
FIGURA 4 - Sintomas apresentados em pacientes com HIV
FIGURA 5 - Uma forma da manifestação da Herpes
FIGURA 6 - Sinais e Sintomas apresentados em pacientes com HIV
FIGURA 7 - Herpes labial
FIGURA 8 - Uma forma de manifestação da Herpes
FIGURA 9 - Cólera
FIGURA 10 - Exemplo de como a Cólera pode ser transmitida
FIGURA 11 - Hanseníase
FIGURA 12 - Hanseníase
FIGURA 13 - Tétano
FIGURA 14 - Como o tétano pode ser adquirido
5 CONCLUSÃO
	Percebe-se que, em grande maioria, a doença só se tem espaço quando há uma enfermidade ou patologia presente no organismo. A saúde é um perfeito estado de equilíbrio físico, mental e social. Porém, deve-se deixar de lado o modelo biomédico tradicional que, visa somente a patologia em si; não procura ver que além da doença, existe um ser humano em primeiro lugar.
Os vírus estão nos dias atuais em um constante debate acerca de sua definição: se são ou não um ser vivo. Sabe-se que, para o vírus conseguir se multiplicar, ele precisa invadir um hospedeiro, destruindo suas células para conseguir se replicar. Já as bactérias se fazem presente desde os primórdios, talvez, sejam os primeiros seres a terem existido. Mas, algumas bactérias consideradas patogênicas são capazes de causas diversas doenças no ser humano, deixando-o incapaz, fraco e em algumas vezes, levando ao óbito – caso a patologia não seja tratada.
Portanto, compreende-se que as bactérias e os vírus possuem uma importância atuando no controle biológico, por exemplo, mas, são microrganismos responsáveis por proliferarem diversas doenças dentro da sociedade. É necessário que ações em educação e promoção e saúde se façam presentes no cotidiano, com o fito de agregar um maior conhecimento a toda à comunidade em geral, de modo que se obtenha uma sociedade mais alerta as diferentes maneiras de prevenção e tratamento das doenças virais ou bacterianas.
REFERÊNCIAS
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LADEIA, Maria José Fassina; ROYER, Marcia Regina. Bactérias: sua importância à vida na Terra. 2014. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unespar-paranavai_cien_artigo_maria_jose_fassina_ladeia.pdf>. Acesso em: 23 Abr. 2020.
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MEDICINANET. Cólera. Disponível em: <https://www.medicinanet.com.br/conteudos/biblioteca/1738/colera.htm>. Acesso em: 23 Abr. 2020.MEDICINANET. Hanseníase. Disponível em: <http://www.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/2100/hanseniase.htm>. Acesso em: 23 Abr. 2020.
MEDICINANET. Hepatites Virais. Disponível em: <https://www.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/2167/hepatites_virais.htm>. Acesso em: 23 Abr. 2020.
MEDICINANET. Herpes Simples. Disponível em: <http://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1944/herpes_simples.htm>. Acesso em: 23 Abr. 2020.
MEDICINANET. Tétano Acidental. Disponível em: <https://www.medicinanet.com.br/conteudos/biblioteca/1825/tetano_acidental.htm>. Acesso em: 23 Abr. 2020.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Processo Saúde-Doença. 2012. Disponível em: <https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade01/unidade01.pdf>. Acesso em: 23 Abr. 2020.

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