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Neonatologia ● Como ofertar o alimento ●Quando o RN prematuro não for capaz de sugar, ele deve receber alimentação por sonda. A administração pode ser feita por gavagem (bolo). ●É feita através de sonda nasoentérica e seringa de 20 ml. ●Leite desce atraves da gravidade. ●Leite usado de preferencia o da mãe, que a própria ordenha na Uti Neonatal, ajudando a manter a lactação. ●Quando por algum motivo, mãe não consegue manter a lactação- fórmula infantil ou leite do banco de leite. ●Quando for possível rn sugar em seio materno- translactação ●A translactação é uma técnica que consiste em colocar o bebê ao peito para mamar o leite da própria mãe retirado previamente através de uma sonda que é coloca próxima do mamilo. ●Esta técnica é muito utilizada em casos de bebês prematuros, que não possuem força suficiente para sugar o leite materno ou que precisaram ficar em encubadoras no hospital. ●Além disso, a translactação pode ser feita para estimular a produção de leite materno, que normalmente leva cerca de 2 semanas. A translactação pode ser realizada em casa. ●Cuidados com a translactação ●Colocar o recipiente com leite mais alto que a mama, para o leite fluir melhor; ●Ferver o material de translactação 15 minutos antes de utilizá-lo; ●Lavar o material com água e sabão após o uso; ●Trocar a sonda a cada 2 a 3 semanas de uso. ●Além disso, a mãe pode retirar o leite e conservá-lo para dar ao bebê mais tarde, porém, deve estar atenta ao local e o tempo de conservação do leite. ●O leite materno pode ser guardado em geladeira por 24 horas ou congelado por 15 dias. Importante identificar data de retirada de leite. ●Descongelar e aquecer em banho maria. NUNCA em micro- ondas. ●Potes para guardar: de preferencia de vidro, lavados e fervidos antes de ser usado. ●Lembrando que MS preconiza: ●Aleitamento materno exclusivo até 6 meses. ●6 meses a 9 meses: Aleitamento materno+ papas doces e salgadas+ sucos naturais + água ●9 meses a dois anos: aleitamento materno + comida da família+ agua e sucos. ●Enterocolite Necrosante ●A enterocolite necrosante é uma doença adquirida, principalmente de pré-termos ou neonatos enfermos, caracterizada por necrose da mucosa ou até mesmo profunda da mucosa intestinal. ●É a emergência GI mais comum entre os neonatos. ●A causa da enterocolite necrosante não é completamente entendida, mas ela está parcialmente relacionada a uma baixa saturação de oxigênio no sangue. ●Uma redução do fluxo de sangue ao intestino no recém-nascido prematuro que está doente pode provocar lesões na superfície interna do intestino. ●Essa lesão permite que bactérias que normalmente existem dentro do intestino invadam a parede intestinal lesionada e, depois, entrem na corrente sanguínea do recém-nascido, causando uma infecção. ●Se a lesão avançar através de toda a espessura da parede intestinal e esta for perfurada, o conteúdo intestinal vaza para a cavidade abdominal e causa inflamação e, normalmente, infecção da cavidade abdominal e do seu revestimento (peritonite). ●O recém-nascido com enterocolite necrosante pode desenvolver inchaço do abdômen e pode ter dificuldade para se alimentar. Ele pode vomitar líquido intestinal sanguinolento ou misturado com bile, e sangue pode ser visível nas fezes. Esses recém-nascidos parecem muito doentes e letárgicos, têm uma temperatura corporal baixa e pausas repetidas na respiração (apneia). ●Os tratamentos médicos e cirúrgicos atuais melhoraram o prognóstico de bebês com enterocolite necrosante. Cerca de 70 a 80% desses recém-nascidos sobrevivem. ●Nutrição e líquidos administrados por via parenteral. ●Às vezes, cirurgia ●A alimentação por via oral é interrompida nos recém- nascidos com ECN. É necessário introdução de NPP até melhora do caso. ●Circulação normal. ●Tanto em crianças como em adultos, todo o sangue que retorna do corpo para o coração (o sangue de coloração azulada que vem das veias, com baixo teor de oxigênio) passa pelo átrio direito e, depois, através do ventrículo direito chegando à artéria pulmonar, e de lá entra nos pulmões. ●Nos pulmões, o sangue coleta oxigênio das bolsas de ar (alvéolos) dos pulmões e também libera dióxido de carbono ( Trocas de oxigênio e dióxido de carbono). Esse sangue, que é rico em oxigênio e tem uma coloração vermelha, retorna então dos pulmões para o átrio esquerdo e para o ventrículo esquerdo e de lá é bombeado para o corpo através de uma artéria grande chamada aorta e, depois, através de artérias menores. O feto se desenvolve no útero, onde não há ar para ser respirado. Em vez disso, os pulmões do feto estão cheios de líquido e ele recebe sangue rico em oxigênio da placenta da mãe, através do cordão umbilical. E, uma vez que o feto não respira, somente uma pequena quantidade de sangue precisa passar pelos pulmões, de maneira que a via pela qual o sangue circula através do coração e dos pulmões é diferente no feto. ●Antes do nascimento, a maior parte do sangue das veias (sangue venoso) que chega até o lado direito do coração contorna os pulmões cheios de líquido e é transportado ao resto do corpo do feto através de dois atalhos separados. ●Esses atalhos são O forame oval, um orifício entre as duas cavidades superiores do coração, o átrio direito e o átrio esquerdo ●O canal arterial, um vaso sanguíneo que conecta as duas artérias de grande porte que partem do coração, denominadas artéria pulmonar e a aorta. ●Esses atalhos permitem que o sangue venoso se misture com o sangue que já passou pelos pulmões. No feto, o sangue que chega ao coração já recebeu oxigênio da placenta. ●Por isso, tanto o sangue venoso quanto o sangue arterial contêm oxigênio e a mistura do sangue arterial com o venoso não afeta a quantidade de oxigênio bombeada para o corpo. ●Esse processo muda imediatamente após o nascimento. ●Depois que o cordão umbilical é cortado, a placenta (e, portanto, a circulação da mãe) deixa de estar conectada à circulação do recém- nascido e todo o oxigênio do recém-nascido passa a ser suprido pelos pulmões. ●Assim, o canal arterial deixa de ser necessário e costuma se fechar nos primeiros dias de vida. Enquanto o bebê está no útero, bem como nos primeiros dias de vida, o canal fica aberto. ● Na persistência do canal arterial, o canal permanece aberto. ●Quando o canal permanece aberto após o nascimento, ocorre o desenvolvimento de uma derivação esquerda-direita, o que significa que um pouco de sangue na aorta que já absorveu oxigênio dos pulmões atravessa o canal e retorna à artéria pulmonar, o que leva um fluxo sanguíneo adicional nos pulmões. ●A persistência do canal arterial que é moderada ou grande também causa uma elevação da pressão arterial nos pulmões, o que pode acabar danificando os vasos sanguíneos dos pulmões. Um canal patente aumenta o risco de desenvolver uma infecção cardíaca grave, denominada endocardite. ●Tratamento: ●Medicamentos para ajudar a fechar o canal ●Às vezes, um tampão ou outro dispositivo inserido através de um cateter, ou cirurgia. ●Diagnostico: ●Sintomas detectáveis incluem alimentação deficiente, dificuldade em respirar, tom de pele azulado, deficiência de crescimento, incapacidade de exercitar-se normalmente, batimentos cardíacos acelerados ( taquicardia) ●Durante o exame, é possível auscultar a presença de um sopro cardíaco ou outro som anômalo, batimentos cardíacos acelerados, respiração rápida ou difícil, pulso fraco e/ou aumento das dimensões do fígado. ●Retinoplastia da prematuridade: ●A retinopatia da prematuridade é um distúrbio no qual os pequenos vasos sanguíneos no fundo dos olhos (retina) do bebê prematuro crescem de maneira anômala. ●A retinopatia da prematuridade está significativamente associada ao parto prematuro e a maioria dos casos ocorre em bebês que nascem antes de 30 semanas de gestação. ●Os vasos sanguíneos da retina começam a crescer quando o feto tem aproximadamente18 a 20 semanas de idade gestacional e continuam a crescer até que o desenvolvimento do feto esteja completo. ●Quando o bebê nasce muito prematuramente, pode ocorrer uma interrupção no crescimento dos vasos sanguíneos que irrigam a retina. ●Quando o crescimento recomeça, ocorre de forma desorganizada. Os pequenos vasos sanguíneos podem sangrar durante um crescimento rápido desorganizado. Nos casos mais graves, esse processo pode acabar causando o descolamento da retina do fundo do olho e perda de visão grave. ●Hiperbilirrubinemia Neonatal- Ictericia ●Bilirrubina- Produto da degradação das hemácias. ●É metabolizada pelo fígado, quebrando- a em partes menores que constituem a bile e depois na corrente sangúinea até serem excretadas pela urina. ●Icterícia é a cor amarelada da pele e dos olhos causada por hiperbilirrubinemia (concentração elevada de bilirrubina no soro). ●Hiperbilirrubinemia pode ser causada por um ou mais dos seguintes processos: ●Produção aumentada ●Redução na captação hepática ●Conjugação diminuída ●Excreção prejudicada ●Fluxo biliar prejudicado. ●Entretanto, recém-nascidos prematuros,pequenos para a idade gestacional e/ou enfermos (p. e., com sepse, hipotermia ou hipoxia) têm risco muito maior. ● Nesses recém-nascidos, embora o risco seja maior à medida que a hiperbilirrubinemia aumenta, não há um nível de hiperbilirrubinemia que é considerado seguro; o tratamento é administrado com base na idade e em fatores clínicos. ●Neurotoxidade é a principal consequência da hiperbilirrubinemia neonatal. Encefalopatia aguda pode ser seguida por uma variedade de deficiências neurológicas, incluindo paralisia cerebral e déficits senso- motores; a cognição geralmente é poupada. ●Encefalopatia hepática é uma alteração do estado de consciência resultante de insuficiência hepática. A doença pode ser de início gradual ou súbito. Entre outros sintomas estão problemas ao nível do movimento, alterações de humor ou alterações de personalidade. Nos estádios mais avançados pode resultar em coma. ●Kernicterus é a forma mais grave de neurotoxidade. Embora atualmente seja uma situação rara, ela ainda acontece e quase sempre pode ser prevenida. ●O kernicterus refere-se à lesão cerebral provocada pela deposição de bilirrubina não conjugada nos gânglios da base e núcleos do tronco encefálico, causada pela hiperbilirrubinemia aguda ou crônica. ●Em recém-nascidos pré-termo, o kernicterus pode não apresentar sinais e sintomas clínicos reconhecíveis. ●Os sintomas iniciais de kernicterus em recém-nascidos a termo são letargia, falta de apetite e vômitos. O resultado pode ser opistótono, convulsões e morte. O kernicterus pode ocasionar retardo mental, paralisia cerebral coreoatetótica, perda de audição sensorio neural e visão fixa paralítica na infância. ●Tratamentos: ●Fototerapia ●Esse tratamento vem se mantendo como padrão, usando mais comumente luz branca fluorescente. ● Fototerapia é o uso da luz para fotoisomerizar bilirrubina não conjugada, transformando-a em formas mais hidrossolúveis e que possam ser excretadas rapidamente pelo fígado. ● Fornece um tratamento definitivo da hiperbilirrubinemia neonatal e evita o kernicterus. ●Durante a fototerapia, a icterícia visível pode desaparecer, ainda que a bilirrubina sérica permaneça elevada, a cor da pele não pode ser utilizada para avaliar a gravidade da icterícia. ●A coleta do sangue para bilirrubina deve ser feita protegida da luz, porque a bilirrubina no interior do tubo de coleta pode ser rapidamente foto-oxidada. (COBRIR TUBO) ●Cuidados de Enfermagem em Fototerapia ●Cobrir colchão do berço ou biliberço. ●Ligar e medir radiância ●Lavar as mão, identificação do paciente, explicar procedimento para a mãe. ● Proteger os olhos do RN (óculos) ●Colocar fralda, deixando-a aberta; ●Posicionar o RN no berço ou incubadora e manter a foto em uma distância acima de 40cm a partir do tórax do RN; ●Verificar temperatura do RN a cada 03 horas; ●Fazer mudança de decúbito a cada 03 horas. ●Avaliar condições e posicionamento do protetor ocular; ● Avaliar grau de desidratação; ● Avaliar condições cutâneas (queimaduras e bronzeamento); ● Medir radiância a cada plantão; ● Observar aspecto das eliminações. ●Exsanguinotransfusão ●Esse tratamento pode remover a bilirrubina da circulação rapidamente e é indicado para hiperbilirrubinemia grave, que mais frequentemente ocorre com hemólise por processo imunitário. ●Com um cateter inserido na veia umbilical, são retiradas e repostas pequenas quantidades de sangue, para remover hemácias parcialmente hemolisadas e envoltas por anticorpos. ●Quanto menor o peso dele ao nascer e quanto menor a idade gestacional, maior a necessidade dessa transfusão. Ela tem o objetivo de corrigir a anemia, reduzir os anticorpos maternos (incompatibilidade Rh) remover hemácias sensibilizadas e substituí-las por outras, não sensibilizadas, e remover a bilirrubina não conjugada antes da sua difusão para os tecidos. ●Devem ser usados glóbulos vermelhos colhidos há menos de sete dias, reconstituídos com plasma congelado, com hematócrito em torno de 45% a 50%. Há várias técnicas possíveis para fazer a exsanguineotransfusão, mas a mais comum em recém-nascidos consiste na introdução de um cateter na veia umbilical que é empurrado até o interior da veia cava inferior. ●O médico retirará cerca de cinco a dez mililitros de sangue a cada vez durante 15 a 20 segundos. ●À medida que o sangue é removido em cada ciclo, outro ciclo de sangue fresco de um doador escolhido é infundido, durante 60 a 90 segundos no organismo do paciente. ●Geralmente, cada ciclo desses tem duração de apenas alguns minutos. O volume total do sangue a ser usado na exsanguineotransfusão deve ser de duas vezes a volemia do recém-nascido, o que corresponderá à substituição de cerca de 87% do volume sanguíneo do bebê. ●Volemia RN: 80ML/KG ●Lembrando que nem toda icterícia é patológica.. ●Icterícia fisiológica costuma não ser clinicamente significativa e se resolve em 1 semana. Orientar banho de sol em RN. ●Banho de sol: duas vezes ao dia, 30 minutos em média, despir todo rn e colocar em contato direto com o sol. Virar. ●Evitar exposição em horários de sol mais forte, evitar janelas e vidros na frente.
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