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AULA 10- Pediatria e Neonatologia

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Neonatologia
● Como ofertar o alimento
●Quando o RN prematuro não for capaz de sugar, ele deve
receber alimentação por sonda. A administração pode ser
feita por gavagem (bolo).
●É feita através de sonda nasoentérica e seringa de 20 ml.
●Leite desce atraves da gravidade.
●Leite usado de preferencia o da mãe, que a própria ordenha na 
Uti Neonatal, ajudando a manter a lactação.
●Quando por algum motivo, mãe não consegue manter a lactação-
fórmula infantil ou leite do banco de leite.
●Quando for possível rn sugar em seio materno- translactação
●A translactação é uma técnica que consiste em colocar o bebê ao
peito para mamar o leite da própria mãe retirado previamente
através de uma sonda que é coloca próxima do mamilo.
●Esta técnica é muito utilizada em casos de bebês prematuros, que
não possuem força suficiente para sugar o leite materno ou que
precisaram ficar em encubadoras no hospital.
●Além disso, a translactação pode ser feita para estimular a
produção de leite materno, que normalmente leva cerca de 2
semanas.
A translactação pode ser realizada
em casa.
●Cuidados com a translactação
●Colocar o recipiente com leite mais alto que a mama, para o leite
fluir melhor;
●Ferver o material de translactação 15 minutos antes de utilizá-lo;
●Lavar o material com água e sabão após o uso;
●Trocar a sonda a cada 2 a 3 semanas de uso.
●Além disso, a mãe pode retirar o leite e conservá-lo para dar ao
bebê mais tarde, porém, deve estar atenta ao local e o tempo de
conservação do leite.
●O leite materno pode ser guardado em geladeira por 24 horas ou
congelado por 15 dias. Importante identificar data de retirada de
leite.
●Descongelar e aquecer em banho maria. NUNCA em micro-
ondas.
●Potes para guardar: de preferencia de vidro, lavados e fervidos
antes de ser usado.
●Lembrando que MS preconiza:
●Aleitamento materno exclusivo até 6 meses.
●6 meses a 9 meses: Aleitamento materno+ papas doces e
salgadas+ sucos naturais + água
●9 meses a dois anos: aleitamento materno + comida da
família+ agua e sucos.
●Enterocolite Necrosante
●A enterocolite necrosante é uma doença adquirida, principalmente
de pré-termos ou neonatos enfermos, caracterizada por necrose
da mucosa ou até mesmo profunda da mucosa intestinal.
●É a emergência GI mais comum entre os neonatos.
●A causa da enterocolite necrosante não é completamente
entendida, mas ela está parcialmente relacionada a uma baixa
saturação de oxigênio no sangue.
●Uma redução do fluxo de sangue ao intestino no recém-nascido
prematuro que está doente pode provocar lesões na superfície
interna do intestino.
●Essa lesão permite que bactérias que normalmente existem
dentro do intestino invadam a parede intestinal lesionada e,
depois, entrem na corrente sanguínea do recém-nascido,
causando uma infecção.
●Se a lesão avançar através de toda a espessura da parede
intestinal e esta for perfurada, o conteúdo intestinal vaza para a
cavidade abdominal e causa inflamação e, normalmente, infecção
da cavidade abdominal e do seu revestimento (peritonite).
●O recém-nascido com enterocolite necrosante pode desenvolver
inchaço do abdômen e pode ter dificuldade para se alimentar. Ele
pode vomitar líquido intestinal sanguinolento ou misturado com
bile, e sangue pode ser visível nas fezes. Esses recém-nascidos
parecem muito doentes e letárgicos, têm uma temperatura
corporal baixa e pausas repetidas na respiração (apneia).
●Os tratamentos médicos e cirúrgicos atuais melhoraram o
prognóstico de bebês com enterocolite necrosante. Cerca de
70 a 80% desses recém-nascidos sobrevivem.
●Nutrição e líquidos administrados por via parenteral.
●Às vezes, cirurgia
●A alimentação por via oral é interrompida nos recém-
nascidos com ECN. É necessário introdução de NPP até
melhora do caso.
●Circulação normal.
●Tanto em crianças como em adultos, todo o sangue que retorna do
corpo para o coração (o sangue de coloração azulada que vem das
veias, com baixo teor de oxigênio) passa pelo átrio direito e, depois,
através do ventrículo direito chegando à artéria pulmonar, e de lá entra
nos pulmões.
●Nos pulmões, o sangue coleta oxigênio das bolsas de ar (alvéolos) dos
pulmões e também libera dióxido de carbono ( Trocas de oxigênio e
dióxido de carbono). Esse sangue, que é rico em oxigênio e tem uma
coloração vermelha, retorna então dos pulmões para o átrio esquerdo e
para o ventrículo esquerdo e de lá é bombeado para o corpo através de
uma artéria grande chamada aorta e, depois, através de artérias
menores.
O feto se desenvolve no útero, onde não há ar para ser respirado. Em
vez disso, os pulmões do feto estão cheios de líquido e ele recebe
sangue rico em oxigênio da placenta da mãe, através do cordão
umbilical. E, uma vez que o feto não respira, somente uma pequena
quantidade de sangue precisa passar pelos pulmões, de maneira que a
via pela qual o sangue circula através do coração e dos pulmões é
diferente no feto.
●Antes do nascimento, a maior parte do sangue das veias (sangue
venoso) que chega até o lado direito do coração contorna os pulmões
cheios de líquido e é transportado ao resto do corpo do feto através de
dois atalhos separados.
●Esses atalhos são O forame oval, um orifício entre as duas cavidades
superiores do coração, o átrio direito e o átrio esquerdo
●O canal arterial, um vaso sanguíneo que conecta as duas artérias de
grande porte que partem do coração, denominadas artéria pulmonar e a
aorta.
●Esses atalhos permitem que o sangue venoso se misture com o sangue
que já passou pelos pulmões. No feto, o sangue que chega ao coração
já recebeu oxigênio da placenta.
●Por isso, tanto o sangue venoso quanto o sangue arterial contêm
oxigênio e a mistura do sangue arterial com o venoso não afeta a
quantidade de oxigênio bombeada para o corpo.
●Esse processo muda imediatamente após o nascimento.
●Depois que o cordão umbilical é cortado, a placenta (e, portanto, a
circulação da mãe) deixa de estar conectada à circulação do recém-
nascido e todo o oxigênio do recém-nascido passa a ser suprido pelos
pulmões.
●Assim, o canal arterial deixa de ser necessário e costuma se fechar nos
primeiros dias de vida. Enquanto o bebê está no útero, bem como nos
primeiros dias de vida, o canal fica aberto.
● Na persistência do canal arterial, o canal permanece aberto.
●Quando o canal permanece aberto após o nascimento, ocorre o
desenvolvimento de uma derivação esquerda-direita, o que significa que
um pouco de sangue na aorta que já absorveu oxigênio dos pulmões
atravessa o canal e retorna à artéria pulmonar, o que leva um fluxo
sanguíneo adicional nos pulmões.
●A persistência do canal arterial que é moderada ou grande também
causa uma elevação da pressão arterial nos pulmões, o que pode
acabar danificando os vasos sanguíneos dos pulmões. Um canal
patente aumenta o risco de desenvolver uma infecção cardíaca grave,
denominada endocardite.
●Tratamento:
●Medicamentos para ajudar a fechar o canal
●Às vezes, um tampão ou outro dispositivo inserido através de um
cateter, ou cirurgia.
●Diagnostico:
●Sintomas detectáveis incluem alimentação deficiente, dificuldade em
respirar, tom de pele azulado, deficiência de crescimento, incapacidade
de exercitar-se normalmente, batimentos cardíacos acelerados (
taquicardia)
●Durante o exame, é possível auscultar a presença de um
sopro cardíaco ou outro som anômalo, batimentos cardíacos
acelerados, respiração rápida ou difícil, pulso fraco e/ou
aumento das dimensões do fígado.
●Retinoplastia da prematuridade:
●A retinopatia da prematuridade é um distúrbio no qual os
pequenos vasos sanguíneos no fundo dos olhos (retina) do bebê
prematuro crescem de maneira anômala.
●A retinopatia da prematuridade está significativamente associada
ao parto prematuro e a maioria dos casos ocorre em bebês que
nascem antes de 30 semanas de gestação.
●Os vasos sanguíneos da retina começam a crescer quando o feto tem
aproximadamente18 a 20 semanas de idade gestacional e continuam a
crescer até que o desenvolvimento do feto esteja completo.
●Quando o bebê nasce muito prematuramente, pode ocorrer uma
interrupção no crescimento dos vasos sanguíneos que irrigam a retina.
●Quando o crescimento recomeça, ocorre de forma desorganizada. Os
pequenos vasos sanguíneos podem sangrar durante um crescimento
rápido desorganizado. Nos casos mais graves, esse processo pode
acabar causando o descolamento da retina do fundo do olho e perda de
visão grave.
●Hiperbilirrubinemia Neonatal- Ictericia
●Bilirrubina- Produto da degradação das hemácias.
●É metabolizada pelo fígado, quebrando- a em partes menores que
constituem a bile e depois na corrente sangúinea até serem excretadas
pela urina.
●Icterícia é a cor amarelada da pele e dos olhos causada por
hiperbilirrubinemia (concentração elevada de bilirrubina no soro).
●Hiperbilirrubinemia pode ser causada por um ou mais dos seguintes
processos:
●Produção aumentada
●Redução na captação hepática
●Conjugação diminuída
●Excreção prejudicada
●Fluxo biliar prejudicado.
●Entretanto, recém-nascidos prematuros,pequenos para a idade 
gestacional e/ou enfermos (p. e., com sepse, hipotermia ou hipoxia) têm 
risco muito maior.
● Nesses recém-nascidos, embora o risco seja maior à medida que a 
hiperbilirrubinemia aumenta, não há um nível de hiperbilirrubinemia que 
é considerado seguro; o tratamento é administrado com base na idade e 
em fatores clínicos.
●Neurotoxidade é a principal consequência da hiperbilirrubinemia
neonatal. Encefalopatia aguda pode ser seguida por uma variedade de
deficiências neurológicas, incluindo paralisia cerebral e déficits senso-
motores; a cognição geralmente é poupada.
●Encefalopatia hepática é uma alteração do estado de consciência
resultante de insuficiência hepática. A doença pode ser de início gradual
ou súbito. Entre outros sintomas estão problemas ao nível do
movimento, alterações de humor ou alterações de personalidade. Nos
estádios mais avançados pode resultar em coma.
●Kernicterus é a forma mais grave de neurotoxidade. Embora
atualmente seja uma situação rara, ela ainda acontece e quase sempre
pode ser prevenida.
●O kernicterus refere-se à lesão cerebral provocada pela deposição de
bilirrubina não conjugada nos gânglios da base e núcleos do tronco
encefálico, causada pela hiperbilirrubinemia aguda ou crônica.
●Em recém-nascidos pré-termo, o kernicterus pode não apresentar
sinais e sintomas clínicos reconhecíveis.
●Os sintomas iniciais de kernicterus em recém-nascidos a termo
são letargia, falta de apetite e vômitos. O resultado pode ser
opistótono, convulsões e morte. O kernicterus pode ocasionar
retardo mental, paralisia cerebral coreoatetótica, perda de audição
sensorio neural e visão fixa paralítica na infância.
●Tratamentos:
●Fototerapia
●Esse tratamento vem se mantendo como padrão, usando mais 
comumente luz branca fluorescente.
● Fototerapia é o uso da luz para fotoisomerizar bilirrubina não 
conjugada, transformando-a em formas mais hidrossolúveis e que 
possam ser excretadas rapidamente pelo fígado.
● Fornece um tratamento definitivo da hiperbilirrubinemia neonatal 
e evita o kernicterus.
●Durante a fototerapia, a icterícia visível pode desaparecer, ainda que a
bilirrubina sérica permaneça elevada, a cor da pele não pode ser
utilizada para avaliar a gravidade da icterícia.
●A coleta do sangue para bilirrubina deve ser feita protegida da luz,
porque a bilirrubina no interior do tubo de coleta pode ser rapidamente
foto-oxidada. (COBRIR TUBO)
●Cuidados de Enfermagem em Fototerapia
●Cobrir colchão do berço ou biliberço.
●Ligar e medir radiância
●Lavar as mão, identificação do paciente, explicar procedimento 
para a mãe.
● Proteger os olhos do RN (óculos)
●Colocar fralda, deixando-a aberta;
●Posicionar o RN no berço ou incubadora e manter a foto em uma 
distância acima de 40cm a partir do tórax do RN;
●Verificar temperatura do RN a cada 03 horas;
●Fazer mudança de decúbito a cada 03 horas.
●Avaliar condições e posicionamento do protetor ocular;
● Avaliar grau de desidratação;
● Avaliar condições cutâneas (queimaduras e bronzeamento);
● Medir radiância a cada plantão;
● Observar aspecto das eliminações.
●Exsanguinotransfusão
●Esse tratamento pode remover a bilirrubina da circulação
rapidamente e é indicado para hiperbilirrubinemia grave, que mais
frequentemente ocorre com hemólise por processo imunitário.
●Com um cateter inserido na veia umbilical, são retiradas e
repostas pequenas quantidades de sangue, para remover
hemácias parcialmente hemolisadas e envoltas por anticorpos.
●Quanto menor o peso dele ao nascer e quanto menor a idade gestacional,
maior a necessidade dessa transfusão. Ela tem o objetivo de corrigir a anemia,
reduzir os anticorpos maternos (incompatibilidade Rh) remover hemácias
sensibilizadas e substituí-las por outras, não sensibilizadas, e remover a
bilirrubina não conjugada antes da sua difusão para os tecidos.
●Devem ser usados glóbulos vermelhos colhidos há menos de sete dias,
reconstituídos com plasma congelado, com hematócrito em torno de 45% a
50%. Há várias técnicas possíveis para fazer a exsanguineotransfusão, mas a
mais comum em recém-nascidos consiste na introdução de um cateter na veia
umbilical que é empurrado até o interior da veia cava inferior.
●O médico retirará cerca de cinco a dez mililitros de sangue a cada
vez durante 15 a 20 segundos.
●À medida que o sangue é removido em cada ciclo, outro ciclo de
sangue fresco de um doador escolhido é infundido, durante 60 a
90 segundos no organismo do paciente.
●Geralmente, cada ciclo desses tem duração de apenas alguns
minutos. O volume total do sangue a ser usado na
exsanguineotransfusão deve ser de duas vezes a volemia do
recém-nascido, o que corresponderá à substituição de cerca de
87% do volume sanguíneo do bebê.
●Volemia RN: 80ML/KG
●Lembrando que nem toda icterícia é patológica..
●Icterícia fisiológica costuma não ser clinicamente significativa e se 
resolve em 1 semana. Orientar banho de sol em RN.
●Banho de sol: duas vezes ao dia, 30 minutos em média, despir 
todo rn e colocar em contato direto com o sol. Virar.
●Evitar exposição em horários de sol mais forte, evitar janelas e 
vidros na frente.

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