Buscar

Aula 04 e 5 Pediatria e Neo

Prévia do material em texto

Pediatria e Neonatologia
Natalia de L. Junqueira
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
• Lei 8.069/90
• Dispõe sobre o ECA e dá outras providências
• Criança: a pessoa até doze anos de idade
incompletos;
• Adolescente: a pessoa entre doze e dezoito aos de
idade.
• Nos casos expressos em lei aplica-se o estatuto ás
pessoas entre dezoito a 21 anos de idade.
• ART. 3
• A criança e o adolescente gozam de todos os
direitos fundamentais inerentes á pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de
que trata esta lei, assegurando-lhes, por lei ou
por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual
e social, em condições de liberdade e dignidade.
• ART 4
• É dever da família, da comunidade, da sociedade
em geral e do poder público assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes á vida, á saúde, á alimentação, á
educação, ao esporte, ao lazer, á
profissionalização, á cultura, á dignidade, ao
respeito, á liberdade e á convivência familiar e
comunitária
• Garantia de prioridade:
• A) primazia de receber proteção e socorro em
quaisquer circunstâncias;
• B) precedência de atendimento nos serviços
públicos ou de relevância pública;
• Preferência na formulação e na execução das
políticas sociais públicas;
• Destinação privilegiada de recursos públicos nas
áreas relacionadas com a proteção á infância e
juventude
• ART 5º d
• Nenhuma criança ou adolescente será objeto
qualquer forma de negligência,discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão,
punido na forma de lei qualquer atentado, por
ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Do direito á vida e a saúde
• ART. 7
• a criança e o adolescente tem direito a 
proteção á vida e a saúde, mediante a 
efetivação de políticas sociais e públicas que 
permitam o nascimento e o desenvolvimento 
sadio e harmonioso, em condições dignas de 
existência.
• ART.8
• É assegurado a todas as mulheres no acesso
aos programas e ás políticas de saúde da
mulher, e de planejamento reprodutivo e, as
gestantes, nutrição adequada, atenção
humanizada á gestação, ao parto e puerpério
e atendimento pré natal, e pós natal integro
no âmbito do SUS
• Art. 9 
• O poder público, as instituições e os
empregadores propiciarão condições
adequadas ao aleitamento materno, inclusive
aos filhos de mães submetidas a medida
privativa de liberdade
• Art.10 
• Os hospitais e demais estabelecimentos de
atenção á saúde de gestantes, públicos e
particulares são obrigados a:
• Manter registro das atividades desenvolvidas,
através de prontuários individuais, pelo prazo
de dezoito anos;
• Identificar o RN mediante registro de sua
impressão plantar e digital da mãe, sem
prejuízo de outras formas normatizadas.
• Proceder a exames visando ao diagnóstico e
terapêutica de anormalidades no
metabolismo do rn, bem como prestar
orientações aos pais;
• Fornecer declaração de nascimento onde
constem necessariamente as intercorrencias
do parto e do desenvolvimento do neonato
• Manter alojamento conjunto, possibilitando
ao neonato a permanência junto a mãe
• Acompanhar a pratica do processo de
amamentação, prestando orientações quanto
á técnica adequada, enquanto a mãe
permanecer na unidade hospitalar.
• ART.11
• É assegurado acesso integral ás linhas de
cuidado voltadas á saúde da criança e do
adolescente, por intermédio do SUS,
observado o princípio da equidade no acesso
as ações e serviços, para a promoção,
proteção e recuperação da saúde
• ART 12
• Os estabelecimentos de atendimento á saúde,
inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva
e de cuidados intermediários, deverão proporcionar
condições para a permanência em tempo integral de
um dos pais ou responsável, nos casos de internação.
• ART 13
• Os casos de suspeita ou confirmação de
castigo físico, de tratamento cruel ou
degradante e de maus tratos contra a criança
ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da
respectiva localidade.
Do Direito á Liberdade, ao respeito e á
Dignidade
• ART. 16 
• O direito á liberdade constitui os seguintes
aspectos:
• Ir, vir e estar nos logradouros públicos e
espaços comunitários, ressalva as restrições
legais;
• Opinião e expressão
• Crença e culto religioso
• Brincar, praticar esportes e diversão
• Participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação
• Participar da vida política, nas formas da lei
• Buscar auxílio, refúgio e orientação.
• ART.18
• É dever de todos velar pela dignidade da criança e do
adolescente, pondo-os a salvo de qualquer
tratamento desumano, violento, aterrorizante,
vexatório ou constrangedor
• ART 18
• A criança e o adolescente tem o direito de ser
educados e cuidados sem o uso do castigo físico ou
tratamento cruel ou degradante, como formas de
correção, disciplina, educação ou qualquer outro
pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
executores de medidas sócio educativas ou qualquer
pessoa encarregada do cuidado.
• Castigo físico:
• Ação de natureza disciplinar ou punitiva com o
uso da força física sobre a criança e
adolescente resultando em: sofrimento físico
ou lesão.
• Tratamento cruel ou degradante:
• conduta ou forma cruel de tratamento em
relação a criança ou adolescente que:
humilhe, ameace gravemente e ridicularize
Do direito a convivência familiar e 
comunitária
• ART. 19
• É direito da criança e do adolescente ser
criado e educado no seio de sua família e,
excepcionalmente, em família substituta,
assegurada a convivência familiar e
comunitária, em desenvolvimento que garanta
seu desenvolvimento integral
• ART20
• Os filhos, havidos ou não da relação do casamento,
ou por adoção, terão os mesmos direitos e
qualificações, proibidas quaisquer designação
discriminatórias relativas a filiação.
• Art 21
• O poder familiar será exercido em igualdade de
condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que
dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer
deles o direito de: em caso de discordância recorrer a
autoridade judiciária
• ART 22
• Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda
e educação dos filhos menores, cabendo-lhes
ainda, no interesse destes, a obrigação de
cumprir e fazer cumprir as determinações
judiciais.
• DA ADOÇÃO:
• Podem adotar os maiores de 18 anos,
independentemente do estado civil.
• A adoção será aceita quando apresentar reais
vantagens para o adotando e fundar-se em
motivos legítimos.
• Enquanto não der conta de sua administração
e saldar o seu alcance, não pode o tutor
adotar.
• A adoção dependente do consentimento dos
pais do representante legal do adotando.
• A criança e o adolescente tem direito á
educação, visando pleno desenvolvimento de
sua pessoa, preparo para o exercício da
cidadania e qualificações para o trabalho,
devendo assegurar:
• Igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola
• Direito de ser respeitado por seus educadores;
• Direito de contestar critérios avaliativos, podendo
recorrer ás instâncias escolares superiores;
• Direito de organização e participação em entidades
estudantis
• Acesso á escola pública e gratuita próxima de sua
residência.
• É dever do ESTADO assegurar:
• Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive
para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria;
• Progressiva extensão da obrigatoriedade e
gratuidade ao ensino médio
• Atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente
na rede regular de ensino
• Atendimento em creche e pré escola ás
crianças de zero a cinco anos.
• Acesso aos níveis mais elevados de ensino, da
pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;
• Oferta ao ensino noturno regular, adequado
ás condições do adolescente trabalhador;
• Atendimento no ensino fundamental, através
de programas suplementares de material
didático escolar, transporte, alimentação e
assistênciaá saúde.
• Doenças prevalentes na Infância
• Doenças Diarreicas
• Diarréia e desidratação:
• A quantidade de água nas fezes é maior que o normal;
• É reconhecida também como evacuações amolecidas ou
aquosas;
• Fezes com aspecto normal, mesmo que frequentes, não
constituem diarréia e, geralmente , a quantidade de
evacuações diárias depende da dieta e da idade da
criança;
• A diarréia pode ser definida como a presença de três ou
mais evacuações amolecidas em um período de 24 horas.
• Características da Doença Diarreica:
• Perda de água e eletrólitos maior que o normal = no
aumento do volume e da frequência das evacuações
e diminuição da consistência das fezes;
• Uma das principais causas de morbidade infantil no
Brasil, especialmente em crianças menores de 6
meses que não estão em AME.
• Numero de evacuações /dia depende da dieta da
criança
• Percepção materna é extremamente confiável na
identificação de diarréia em sue filho;
• Os lactentes amamentados exclusivamente
geralmente apresentam fezes amolecidas, não
devendo ser considerado diarréia;
• A maioria das diarréias é causada por vírus, bactérias
ou parasitas.
• É importante identificar sinais de gravidade
de desidratação, tais como:
• Letargia;
• Inconsciência
• Inquietude e irritação;
• Olhos fundos;
• Sinal da prega presente;
• Criança não consegue mamar ou beber
liquidos.
Atenção a criança com queixa de vômito e diarréia
• Cuidados preconizados pelo MS:
• GRUPO A: quando a criança estiver hidratada:
• O atendimento pode ser feito na atenção básica por
profissionais de saúde presentes no momento:
• Orientar sal de reidratação oral (SRO) após perdas para
tratamento em casa com a dose:
• Crianças menores de 1 ano: 50 a 100 ml após perda
hídrica
• Criança maiores de 1 ano: 100 a 200 ml pós perdas e
conforme aceitação.
• RECOMENDAR PARA MÃE:
• Amamentar com frequência e por tempo mais
longo de cada vez;
• Em caso de AME, dar SRO além do leite
materno;
• Caso a criança não esteja em AME, dar um ou
mais dos seguintes itens: SRO, líquidos
caseiros ( caldos, soro caseiro) ou água
potável.
• GRUPO B: quando a criança se apresentar 
desidratada:
• O atendimento deve ser feito pelo médico ou
enfermeiro, coma adoção dos seguintes cuidados:
• Permanecer no serviço de saúde até a reidratação
completa. Durante um período de 4 horas,
administrar no serviço, a quantidade recomendada
de SRO (75ml/kg em 4 horas.
• Reavaliar criança de hora e hora e estar atento a
sinais de piora clinica
• GRUPO C: quando a criança estiver muito 
desidratada:
• Iniciar reidratação venosa imediatamente com
Ringer lactato ou SF 0,9% e manter
observação por no mínimo 6 horas na
unidade;
• Avaliar criança e acompanhar necessidade de
encaminhamento para serviço hospitalar.
• Crianças menores de 2 meses com quadr0 de
desidratação deverão ser encaminhadas para
a avaliação hospitalar com urgência, mediante
transporte seguro;
• O quadro clínico mais comum que associa
vômitos e diarréia em crianças é a
gastroenterite viral
GRUPO A
• Criança alerta
• Olhos brilhantes com lágrimas
• Mucosas úmidas
• Bregma normotensa
• Turgor cutâneo normal
• Pulso cheio
• Perfusão normal ( menos 2 segundos)
• Diurese normal
GRUPO B
• Criança irritada, com sede;
• Olhos encovados
• Mucosas secas;
• Bregma deprimida
• Turgor pouco diminuido
• Perfusão normal
• Diurese pouco diminuida
GRUPO C
• Criança deprimida, comatosa;
• Olhos muito encovados, sem lágrimas;
• Mucosas muito secas;
• Bregma muito deprimida
• Perfusão periférica alterada
• Pulso rápido ou ausente;
• Diurese com oligúria/anúria.

Continue navegando