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RESENHA CRÍTICA DIREITO FINANCEIRO

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RESENHA CRÍTICA SOBRE O ARTIGO: - ORÇAMENTO ÚBLICO PARTICIPATIVO: UM INSTRUMENTO PARA DEMOCRATIZAÇÃO DAS FINANÇAS PÚBLICAS.
Professor (a): Etiane Barbi Köhler
Aluno (a): Luiza Bárbara Gross
O artigo dos autores Daniel Cardoso de Moraes e Raissa Félix Almeida, foi publicado na Revista do Tribunais Online, (Revista Tributária de Finanças Públicas), no ano de 2017, correspondendo a edição dos meses de março/abril.
O trabalho cientifico tem como intuito entender o orçamento público como um mecanismo de efetivação da cidadania para alcançar a democratização das finanças públicas, por meio do Orçamento Público Participativo.
Os autores na introdução trazem a reflexão acerca Direito como fruto das necessidades coletivas. Ademais, referem-se que o Estado não é um governo absolutista, e sim uma República, com a participação popular. Consequentemente, por se tratar de uma República, há a inclusão do povo na gestão de recursos e auxilio no direcionamento do erário, sendo um instrumento do exercício da cidadania.
Seguidamente o artigo explora conceitos introdutórios do Orçamento Público Brasileiro. Primeiramente, ao se referirem em orçamento é apresentado a origem da palavra orçamento, que vem de orça tendo origem do italiano orzare, sendo uma peça instalada em veículos marítimos tendo como função evitar a navegação à deriva.
Na atualidade, o termo remete ao planejamento, orientação e registro e controle do conjunto dos recursos financeiros. O Orçamento é usado no âmbito público pelo rei João sem Terra, que no documento titulado Magna Charta Libertatum, estabeleceu que para a instituição de tributos seria necessária a aprovação do Conselho Comum. A determinação fixou os aspectos primários do Estado de Direito.
No Brasil, a organização das finanças começou com a chegada do Rei D.João IV, sendo que no ano de 1808 é criado o Erário Público e o regime de contabilidade. Seguidamente, em 1824, a Constituição Imperial se encarrega de apresentar anualmente o balanço geral da receita e despesa do Tesouro Nacional à Assembleia Geral para anuência. 
	Em 1891 o Congresso Nacional passou a ter a função privativa de elaborar orçamento e proceder na tomada de contas do Executivo. Já em 1937, sob o poder do governo de Getúlio Vargas o orçamento federal passou a ser elaborado pelo chefe do executivo e decretado pelo mesmo. 
	Necessário lembrar acerca da limitação imposta ao Legislativo, que teve retirada sua iniciativa de propor ementas e leis que criassem ou aumentasse as despesas.
	Marco histórico foi a Constituição de 1988, que após debates e transformações políticas intensas, reorganizou o orçamento público, tendo como valor pautado a cidadania 
	Ao Executivo é atribuída a obrigação anual de encaminhar ao Legislativo projeto de Lei das diretrizes orçamentárias, sendo que a este cabe a proposições de emendas ao projeto.
Essa fixação de despesas e previsão de receita, além de ter um aspecto contábil, apresenta um controle político. Ao restringir o chefe do Executivo na aplicação de receitas, fazendo com que se tenha a anuência do Legislativo, obriga-se a expor expectativas administrativas. De maneira que a sociedade passa a ter a possibilidade do controle da instituição da carga tributária e a destinação dos recursos que foram arrecadados.
	Uma república democrática-liberal tem como objetivo um equilíbrio entre um governo capaz de autodeterminar-se, promovendo a coesão social, em nome da coletividade, para prevalecer a vontade, sendo que a sociedade também deve desempenhar um papel diretivo do Estado.
	Com a intenção de respaldar o planejamento governamental, com o fundamento acima mencionado, a política orçamentária da Constituição de 1988, estabeleceu dois instrumentos que servem de base para a Lei de Orçamento Anual são eles: o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
	O Poder Executivo estabelece que o PPA, apresente de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da administração pública tanto para despesa de capital e decorrentes, quanto para quais os programas de duração continuada, estes transparecerem as metas e prioridades do governo.
	Já a LDO, seria a previsão de metas e prioridades a partir do PPA, bem como custos e da avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos, que devem conter a análise de riscos. Ao indicar as despesas de capital para o exercício financeiro, ela serva como orientação na Lei Orçamentária Anual. Ademais, Lei de Diretrizes Fiscais, deve dispor acerca da análise de riscos e a avaliação do cumprimento das metas indicadas para o exercício anterior. 
	Portanto, o Orçamento Público é parte de um sistema mais amplo, composto por leis, planos, e programas, tendo como características fundamentais, a formulação de uma visão de futuro, a apresentação de projetos estratégicos e a definição de políticas prioritárias para a gestão pública. Envolvendo etapas de estudo, aprovação, execução e controle, com a participação da população dentro dos limites da democracia.
‘	No âmbito da execução do orçamento, os recursos são disponibilizados para os órgãos da administração pública implementarem as políticas definidas na Lei Orçamentária Anual (LOA), com o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico e reduzir desigualdades. O controle da execução é essencial para garantir a eficiência administrativa, sendo exercido por diversos meios, incluindo órgãos de controle externo e interno.
	Os autores seguidamente abordam, a democracia participativa no Estado Brasileiro. Primeiramente trazendo o conceito Democracia, abordado por Kelsen que refere que a democracia é marcada pela participação popular na formação de um governo. A conceituação trazida por Kelsen, baseia-se nos primados de liberdade e igualdade. A liberdade significa dizer que as pessoas tem o direito de participar da criação do governo e que o governo deve obedecer às leis feitas com a participação do povo. Enquanto igualdade significa dizer que todos tem a mesma oportunidade de discutir e argumentar na formação de decisões políticas, protegendo os direitos das minorias.
	Além do mais, é abortado a conceituação de democracia de Karl Loewenstein, que diz que democracia se baseia na distribuição do poder, o que permite diferentes grupos participarem do processo político. Sendo que todas as forças sociais importantes têm a liberdade de competir na formação das decisões políticas, com representantes comprometidos com os interesses diversos da sociedade.
	Assim, a democracia significa que o povo tem o poder e participa na formação das decisões políticas do Estado, direta ou indiretamente. Isso mudou ao longo da história, desde a democracia na Grécia antiga, que era restrita aos cidadãos atenienses livres, até a compreensão contemporânea, onde a democracia é vista como um direito universal do homem.
	Acerca dos diferentes tipos de democracia, temos a direta, onde o povo sem representantes tomada das decisões, e a indireta, onde o povo elenca seus representantes para a tomada de decisões. No Brasil, há uma democracia mista, onde o poder pertence ao povo, exercido principalmente por representante eleitos, mas com a possibilidade de participação direta em algumas decisões.
	A Constituição de 1988 prevê várias formas de participação popular na tomada de decisões do Estado, indo além das eleições periódicas. Isso sugere uma necessidade de uma participação mais ampla e efetiva do povo nas decisões cotidianas do governo, para uma democracia verdadeiramente participativa e emancipatória.
Dessa forma, a democracia participativa requer a criação de canais e processos oficiais nos quais o povo possa influenciar diretamente as decisões governamentais, incluindo a elaboração do orçamento, para atender às necessidades da sociedade.
Por último, é a apresentado aos leitores sob o subtítulo: A democratização das Finanças Públicas pelo orçamento participativo, onde é abortado o surgimento do Orçamento Público Participativo, e sua estipulação na legislação atualmente.
O Orçamento Participativo surgiu com ideaisde esquerda durante a redemocratização do Brasil. Ele foi uma resposta aos problemas sociais causados pela gestão econômica dos militares e pelo uso corrupto do dinheiro público para manter o poder. O controle das finanças estava perdido, principalmente devido às muitas emendas parlamentares ao orçamento público, que eram usadas para favorecer grupos políticos locais em troca de apoio.
Um caso emblemático foi a descoberta da "máfia dos anões do orçamento", onde parlamentares de baixa estatura estavam envolvidos em desvios de verbas públicas para entidades fictícias ligadas a eles. Isso levou à criação de uma comissão parlamentar de inquérito.
Enquanto isso, em Porto Alegre, iniciou-se um processo de participação popular na definição do orçamento municipal. Esse modelo foi replicado em outras cidades lideradas por governos de esquerda como São Paulo e Belo Horizonte.
O fundamento para o Orçamento Participativo está na democracia e na transparência, conforme estabelecido na Constituição Federal e na Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele envolve a população na definição das prioridades de investimento, realizando plenárias para discutir e eleger representantes que participarão na elaboração do orçamento.
Com a leitura do artigo é possível expandir o entendimento de cidadania, sendo que é por meio da participação da população na tomada de decisões acerca do Orçamento Público, que podemos direcionar os recursos para necessidades públicas coletivas devidamente.
Os instrumentos como o PPA, a LDO e a LOA usados no sistema do Orçamento Público, para orientar o Governo, que são abordados nas aulas de Direito Financeiro, podemos chegar a conclusão que estes instrumentos devem estar de acordo com nossas necessidades públicas coletivas, pois como bem pontuado ao longo do texto, poder é do povo, que pode exercer a democracia direta (sem representantes), e indireta: com a eleição de representantes.
Constata-se que a participação da polução é uma democratização no processo sobre os gastos públicos, que fortalece a coletividade da polução na administração do recursos públicos. Promovendo a consciência critica e a fiscalização das ações do governo da comunidade.

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