Buscar

Licenciamento Ambiental Aterro São Carlos

Prévia do material em texto

Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
1 
 
 
 
ATERRO SANITÁRIO PARA DISPOSIÇÃO FINAL 
DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES 
 
 
 
 
 
– PLANO DE TRABALHO – 
 
ANEXO IV 
 
ESTUDO PARA DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO DO TERRITÓRIO 
PARA A IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO NO MUNICÍPIO DE 
SÃO CARLOS 
 
 
 
 
 
Empreendedor: Prefeitura Municipal de São Carlos 
 
Consultoria: Fundação para o Incremento da Pesquisa e 
do Aperfeiçoamento Industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVEMBRO/2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 2
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Dentre os objetivos da política ambiental brasileira, que orientam a atuação dos 
diversos elementos constituintes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA, 
composto por diferentes órgãos da administração pública com atuações específicas, 
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental), percebe-se claramente 
a opção pela compatibilização entre desenvolvimento econômico e qualidade 
ambiental. 
A legislação ambiental brasileira institui, como instrumento essencial à gestão 
ambiental, o licenciamento ambiental. Tal instrumento, ao ser empregado, deve 
incorporar outros instrumentos de gestão ambiental de modo a se tornar mais eficaz, e 
cumprir de modo efetivo com seu papel de instrumento de gestão. 
Considerando que a implantação de atividades potencialmente causadoras de 
significativo impacto ambiental – o que, inegavelmente, é o caso de um aterro sanitário 
– demanda a obtenção de licenças ambientais, em diferentes etapas, o estudo para 
identificação de áreas destinadas à instalação deste tipo de atividade deve ser guiado 
por princípios que tenham por objetivo a determinação da viabilidade ambiental do 
empreendimento objeto de estudo, considerando especificamente o binômio tipologia-
localização. 
Torna-se necessário identificar, por meio de metodologias de análise ambiental, 
se as características inerentes ao empreendimento são compatíveis com a 
capacidade de suporte apresentada pelo meio que se pretende ocupar. 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 3
A legislação aplicada à Avaliação de Impacto Ambiental (CONAMA 01/86 e 
resoluções correlatas) especifica que sejam avaliadas todas as alternativas de 
localização do projeto. Para o empreendimento em questão, o atendimento a essa 
imposição legal significa – idealmente – avaliar todo o território do município quanto 
à existência de sítios aptos a acomodar tal atividade. 
Com base nesses princípios, a metodologia a ser aplicada no presente estudo 
visa classificar o território do município de São Carlos, com base nos dados 
disponíveis, com relação à sua aptidão para disposição de resíduos sólidos 
domiciliares em aterro sanitário, a fim de fornecer subsídios para a tomada de decisão 
quanto à localização mais adequada para o empreendimento a ser implantado. 
Resumidamente, o que se pretende é avaliar qual seria a “reação” do meio 
frente às solicitações provenientes da implantação e operação do aterro sanitário que 
deverá ser instalado no município de São Carlos e, dessa forma, identificar áreas que 
apresentem um desempenho otimizado com relação à minimização dos riscos 
inerentes ao empreendimento proposto, pelo conjunto de características apresentado. 
Assumindo-se que o projeto do aterro sanitário a ser implantado será elaborado 
em conformidade com as recomendações da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas, órgãos ambientais e com a legislação pertinente, a metodologia para a 
determinação da capacidade de suporte do ambiente descrita a seguir é válida para a 
condição de implantação da atividade adotando-se as usuais medidas de prevenção de 
impactos ambientais aplicáveis a empreendimentos dessa tipologia (impermeabilização 
adequada, coleta e tratamento de líquidos e gases, operação do aterro, entre outras). 
Na determinação da aptidão do meio para implantação de empreendimentos e 
desenvolvimento de atividades humanas deve-se tomar como premissa básica o fato 
de que as características dos meios físico, biológico e antrópico conferem, para cada 
parcela de território, maior ou menor potencial (ou, em oposição, menor ou maior 
restrição) para as diferentes tipologias de ocupação. 
É possível (e desejável) lançar mão de instrumentos de gestão ambiental para 
orientar a tomada de decisão por parte do empreendedor quanto à área a ser 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 4
escolhida para acomodar seu empreendimento. Sob este aspecto, instrumentos como 
a avaliação de impactos ambientais e o zoneamento ambiental, aplicados num 
momento anterior à decisão, e combinados ao procedimento usual de licenciamento 
ambiental pelo qual o empreendimento deverá necessariamente trafegar, garantem 
(ou devem garantir) a viabilidade ambiental do empreendimento a ser instalado. 
No caso de um aterro sanitário, é possível assumir que a combinação de 
fatores como conformação do relevo, tipos de solos, formações geológicas, recursos 
hídricos, entre outros, determinam a capacidade (ou aptidão) do meio em acomodar 
certas atividades humanas de forma que os impactos dessas atividades não 
ultrapassem os níveis aceitos pela sociedade e/ou impostos pela legislação. Por outro 
lado, outros fatores como infra-estrutura de transporte ou presença de aglomerados 
urbanos são encarados como elementos que potencializam ou restringem a aptidão do 
meio para tais atividades. 
Em relação especificamente à identificação de áreas que apresentem 
capacidade de suporte ambiental para acomodar um aterro sanitário que atenda à 
demanda atual e futura do município, e considerando as características quali-
quantitativas dos resíduos sólidos que deverão ser dispostos neste local, é correto 
admitir que os principais impactos potenciais gerados pela atividade em questão são: 
a contaminação do solo, subsolo e das águas (superficiais, sub-superficiais e 
subterrâneas); a geração de gases e, conseqüentemente, de odores; e a erosão do 
solo devido à movimentação de terra. Além destes, impactos intrínsecos a este tipo de 
empreendimento, relacionados a aspectos sócio-econômicos (desvalorização das 
terras ao redor da área selecionada, interferências em comunidades rurais por aumento 
no tráfego de veículos, mobilização de forças antagônicas ao processo de implantação 
do aterro pelo conhecido efeito NIMBY1) devem ser considerados pelos tomadores de 
decisão, acompanhando todo o processo decisório. 
 
 
1 Do inglês: “Not In My BackYard” (“não no meu quintal”) 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 5
 
 
 
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
O presente documento apresenta a descrição dos trabalhos efetuados para a 
elaboração do estudo para determinação da aptidão do território para implantação de 
um novo aterro sanitário que atenda ao Município de São Carlos, conforme contrato 
celebrado entre a Prefeitura Municipal de São Carlos (PMSC) e a Fundação para o 
Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial (FIPAI). 
O “Estudo para localização de aterro sanitário para o município de São Carlos – 
SP” foi executado em três fases distintas, a saber: 
I. Revisão bibliográfica e de legislação aplicada para identificação dos principais 
fatores ambientais considerados em estudos semelhantes; levantamento dos dados 
espaciais disponíveis, identificação da escala de trabalho e digitalização da base de 
dadosgeográfica; 
II. Definição de critérios de ponderação para os fatores ambientais pertinentes; 
realização de reunião pública para discussão e estabelecimento dos critérios; trabalhos 
de campo para a aferição e atualização da base de dados; 
III. Sobreposição das informações, trabalhos de campo para verificação das 
áreas indicadas como aptas e elaboração do relatório final. 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 6
 
 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
3.1. FASE I 
A finalidade desta fase é definir os fatores ambientais de interesse para a 
realização do estudo de localização de áreas para a implantação do novo aterro 
sanitário de São Carlos. Para tanto, duas condições podem ser consideradas 
essenciais: 
- A identificação das principais considerações referentes aos critérios para a 
seleção de áreas para implementação de aterros sanitários, segundo 
diferentes instituições e centros de pesquisa nacionais e internacionais; 
- A existência de dados em quantidade e qualidade compatível com os 
objetivos do estudo a ser realizado. 
Valendo-se das bases de artigos científicos à disposição para pesquisa 
bibliográfica, identificou-se uma grande quantidade de trabalhos, que foram 
devidamente avaliados e sistematizados. Com relação à produção acadêmica, verifica-
se que as Universidades situadas em São Carlos – USP e UFSCar – contribuem com 
uma grande quantidade de conhecimento específico para o tema em questão, com 
destaque para os programas de pós-graduação em Geotecnia (EESC/USP), Hidráulica 
e Saneamento (EESC/USP), e Engenharia Urbana (UFSCar). 
Além disso, foram empregadas outras fontes de referência para a identificação 
dos fatores ambientais intervenientes nos estudos de localização: normas técnicas 
(ABNT, sobretudo), manuais editados por órgãos públicos (especialmente no âmbito do 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 7
Ministério do Meio Ambiente – MMA e da Secretaria do Estado do Meio Ambiente do 
Estado de São Paulo – SMA-SP) e, evidentemente, a legislação aplicada. 
A bibliografia consultada permite identificar ao menos duas grandes formas de 
abordar a questão da localização de aterros sanitários, diferenciadas pelo teor dos 
elementos considerados primordial aos estudos: 
- Abordagem de natureza técnico-operacional, que se vale de critérios 
relacionados ao desempenho operacional do empreendimento no que diz 
respeito ao cumprimento de requisitos legais (exigências dos órgãos de 
meio ambiente, normas específicas, etc.) e econômicos (distância ao centro 
gerador, custo para a desapropriação da área, existência de material para 
cobertura próximo à área escolhida, etc.); 
- Abordagem de natureza socioambiental, que incorpora em primeiro plano 
preocupações relacionadas ao desempenho ambiental do empreendimento, 
especialmente quanto aos impactos ambientais potenciais (meios físico, 
biológico e antrópico) relacionados ao empreendimento, considerando-se o 
risco associado às suas diferentes fases (implementação, operação e 
operação), sobretudo pela possibilidade de falhas nas medidas tecnológicas 
de proteção adotadas. 
Além destas, há que se considerar como relevante a natureza política do 
processo de seleção de áreas, associada a empreendimentos dessa tipologia (que 
despertam, invariavelmente, reações contrárias por parte dos diferentes segmentos 
sociais e grupos políticos direta ou indiretamente afetados pelo empreendimento). 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 8
3.1.1. Referências 
 
- Referências acadêmicas: 
A partir das referências consultadas foi possível estabelecer um panorama 
relacionado ao modo como diversos pesquisadores têm tratado o tema da seleção de 
áreas para implantação de aterros sanitários. Considerando trabalhos semelhantes 
aplicados no entorno da região de São Carlos, algumas referências são brevemente 
comentadas a seguir. 
Zuquette et al (1994) apresentam uma ponderação específica aplicada à região 
de Piracicaba para a seleção de áreas para implantação de aterros sanitários, 
procurando uma adequação frente às condições brasileiras, que implicam em obtenção 
de informações em escala regional a local, situada entre 1:100.000 e 1:25.000. Os 
autores apresentam uma matriz de ponderação contendo 34 atributos (relacionados 
aos fatores substrato rochoso, materiais inconsolidados, recursos hídricos, relevo e 
características climáticas), a serem considerados nos estudos de localização, definindo 
para cada atributo um intervalo associado ao grau de adequação para a implantação 
de um aterro sanitário. Basílio (2001), reproduz a aplicação desta metodologia para a 
seleção de áreas para implantação de aterros sanitários na região de Campinas. 
Aplicados especificamente na região de São Carlos, destacam-se os trabalhos 
de Muro (2000) – que avalia o território de São Carlos, acrescentando à metodologia de 
Zuquette et al (op. cit) uma ponderação sobre a distância às áreas urbanas –, e de 
Marques (2002) – que propõe modificações na metodologia referida, valendo-se dos 
mesmos fatores à exceção das características climáticas, aplicando à folha Araraquara 
(IBGE, 1:50.000). 
Pfeiffer (2001) apresenta uma revisão relativa a diferentes critérios empregados 
para a escolha de áreas para a implantação de aterros sanitários. A autora parte de 
uma ampla gama de trabalhos, para estabelecer um conjunto de critérios apresentado 
como sendo os mais representativos dentre os trabalhos analisados. Ao final, propõe 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 9
uma matriz de ponderação para aplicação na região de Ribeirão Preto (SP) baseada 
nos fatores geologia/hidrogeologia, topografia, distância a águas superficiais, tipos de 
solo, uso do solo, distância a áreas urbanas e infra-estrutura viária. 
 
- Normas, orientações de órgãos ambientais e legislação: 
A norma brasileira ABNT/NBR 13896, editada em 1997, fixa condições mínimas 
exigíveis para projeto, implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos, 
de forma a proteger adequadamente as coleções hídricas superficiais e subterrâneas 
próximas, bem como os operadores destas instalações e populações vizinhas. 
Determina que o local para a implantação de um aterro sanitário deve procurar ser 
compatível com: a minimização do impacto ambiental causado pela sua instalação; a 
maximização da sua aceitação por parte da população; o zoneamento da região; a 
possibilidade de utilização por um longo período de tempo; a possibilidade de iniciar as 
operações o mais breve possível com a menor quantidade de obras. Importante 
destacar que a referida norma trata dos critérios como elementos recomendados e 
exigidos. 
A SMA-SP (2005) apresenta algumas considerações para a implantação de 
aterros sanitários em vala. Ainda que esta forma de disposição final seja considerada 
uma alternativa aceitável para municípios de pequeno porte (não sendo recomendada, 
portanto, para o município de São Carlos devido aos riscos associados à sua 
operação), os critérios elencados se mostram úteis para a discussão proposta. 
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Fundo Nacional do Meio 
Ambiente (FNMA), tem financiado a implantação de aterros sanitários. Em publicação 
intitulada “Fomento a projetos de ordenamento da coleta e disposição final adequada 
de resíduos sólidos – orientações básicas para solicitação de recursos” o MMA 
recomenda a observação de alguns critérios para a seleção da área, como passo inicial 
para a elaboração do projeto de aterro. 
Licenciamento ambiental do novoaterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 10
A Portaria MINTER n.º 124/80 estabelece normas para localização e construção 
de instalações que armazenem substâncias potencialmente causadoras de poluição 
hídrica. Ainda que editada especificamente para regular a instalação de indústrias 
potencialmente poluidoras, verifica-se sua aplicabilidade para o empreendimento em 
questão, ao estabelecer que “as construções ou estruturas que armazenam 
substâncias capazes de causar poluição hídrica, devem ficar localizadas a uma 
distância mínima de 200 (duzentos) metros das coleções hídricas ou cursos d’água 
mais próximos”. 
A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) no. 04, de 09 
de Outubro de 1995, com base na Portaria no. 1.141/GM5 de 08 de Dezembro de 1987 
(Ministério da Aeronáutica), estabelece que as “atividades de natureza perigosa, 
entendidas como ‘foco de atração de pássaros’, como por exemplo, matadouros, 
curtumes, vazadouros de lixo, culturas agrícolas que atraem pássaros, assim como 
quaisquer outras atividades que possam proporcionar riscos semelhantes à navegação 
aérea“ devem ser mantidas fora dos limites da Área de Segurança Aeroportuária, 
delimitada por um raio de 13 km a partir do centro geométrico do aeroporto, no caso de 
aeroportos que não operem por instrumentos. A referida Resolução deixa claro que 
esse raio poderá ser modificado a critério da autoridade aeronáutica competente de 
acordo com as características de um determinado aeródromo. 
 
3.1.2. Síntese das informações – identificação dos fatores ambientais 
intervenientes 
 O Quadro 1, a seguir, apresenta uma síntese dos critérios para localização de 
aterros sanitários a partir do material consultado. 
 
Li
ce
nc
ia
m
en
to
 a
m
bi
en
ta
l d
o 
no
vo
 a
te
rr
o 
sa
ni
tá
rio
 d
o 
m
un
ic
íp
io
 d
e 
S
ão
 C
ar
lo
s 
(S
P
) 
P
la
no
 d
e 
Tr
ab
al
ho
 p
ar
a 
el
ab
or
aç
ão
 d
e 
E
IA
/R
IM
A
 –
 A
N
E
X
O
 IV
 
 
11
Q
ua
dr
o 
1 
– 
sí
nt
es
e 
do
s 
cr
ité
rio
s 
pa
ra
 lo
ca
liz
aç
ão
 d
e 
at
er
ro
s 
sa
ni
tá
rio
s 
Fa
to
re
s 
A
ut
or
es
 
G
eo
lo
gi
a 
H
id
ro
ge
ol
og
ia
 
U
so
 d
o 
so
lo
 
So
lo
R
el
ev
o 
R
ec
ur
so
s 
hí
dr
ic
os
 
su
pe
rf
ic
ia
is
 
A
ce
ss
o 
à 
ár
ea
 
D
is
tâ
nc
ia
 a
 
nú
cl
eo
s 
ur
ba
no
s 
O
ut
ro
s 
AB
N
T 
(1
99
7)
 
 
 
 
 
 
 
 
V
id
a 
út
il,
 c
us
to
s,
 p
ro
fu
nd
id
ad
e 
do
 le
nç
ol
 
B
as
ag
ao
gl
u 
et
 a
l (
19
97
) *
 
 
 
 
 
 
 
 
D
is
tâ
nc
ia
 d
e 
po
ço
s 
de
 á
gu
a 
us
ad
os
 p
ar
a 
ab
as
te
ci
m
en
to
 p
úb
lic
o;
 a
tiv
id
ad
e 
sí
sm
ic
a 
B
as
íli
o 
(2
00
1)
 
 
 
 
 
 
 
 
C
ar
ac
te
rís
tic
as
 c
lim
át
ic
as
 (p
lu
vi
os
id
ad
e,
 
di
re
çã
o 
do
s 
ve
nt
os
, e
va
po
tra
ns
pi
ra
çã
o)
 
C
ha
rn
pr
at
he
ep
 e
t a
l 
(1
99
7)
 
 
 
 
 
 
 
 
D
is
tâ
nc
ia
 d
e 
po
ço
s 
de
 á
gu
a 
de
 a
ba
st
ec
im
en
-
to
 p
úb
lic
o;
 s
íti
os
 a
rq
ue
ol
óg
ic
os
; d
is
tâ
nc
ia
 d
e 
ro
do
vi
as
 
Ka
o 
& 
Li
n 
(1
99
6)
 
 
 
 
 
 
 
 
C
us
to
s;
 d
is
tâ
nc
ia
 d
e 
ár
ea
s 
na
tu
ra
is
 o
u 
hi
st
ór
ic
as
 
Ka
rth
ik
ey
an
 e
t a
l (
19
96
) *
 
 
 
 
 
 
 
 
– 
Le
ao
 e
t a
l (
20
01
) 
 
 
 
 
 
 
 
D
is
tâ
nc
ia
 d
e 
ár
ea
s 
na
tu
ra
is
 p
ro
te
gi
da
s 
e 
de
 
ro
do
vi
as
 
M
ah
le
r &
 L
im
a 
(2
00
3)
 
 
 
 
 
 
 
 
D
is
tâ
nc
ia
 d
o 
ce
nt
ro
 g
er
ad
or
, i
nf
ra
es
tru
tu
ra
 
di
sp
on
ív
el
, r
es
tri
çõ
es
 le
ga
is
, c
us
to
s,
 
ev
ap
ot
ra
ns
pi
ra
çã
o 
e 
pl
uv
io
si
da
de
, d
is
tâ
nc
ia
 
da
 fo
nt
e 
de
 m
at
er
ia
l p
ar
a 
re
co
br
im
en
to
 
M
ar
qu
es
 (2
00
2)
 
 
 
 
 
 
 
 
– 
M
M
A
 (2
00
2)
 
 
 
 
 
 
 
 
Vi
da
 ú
til
; d
is
tâ
nc
ia
 d
e 
U
ni
da
de
s 
de
 
C
on
se
rv
aç
ão
; d
is
tâ
nc
ia
 d
o 
ce
nt
ro
 g
er
ad
or
; 
cu
st
os
; d
is
po
ni
bi
lid
ad
e 
de
 s
ol
o 
pa
ra
 im
pe
r-
m
ea
bi
liz
aç
ão
; a
ce
ita
çã
o 
pe
la
 c
om
un
id
ad
e 
M
ur
o 
(2
00
0)
 
 
 
 
 
 
 
 
C
ar
ac
te
rís
tic
as
 c
lim
át
ic
as
 (p
lu
vi
os
id
ad
e,
 
di
re
çã
o 
do
s 
ve
nt
os
, e
va
po
tra
ns
pi
ra
çã
o)
 
Se
ne
r e
t a
l (
20
05
) 
 
 
 
 
 
 
 
D
is
tâ
nc
ia
 d
e 
ro
do
vi
as
, f
er
ro
vi
as
, a
er
op
or
to
s,
 
du
to
s,
 li
nh
as
 d
e 
tra
ns
m
is
sã
o 
 
S
id
di
qu
i e
t a
l (
19
96
) 
 
 
 
 
 
 
 
D
is
tâ
nc
ia
 d
e 
ae
ro
po
rto
s,
 re
si
dê
nc
ia
s 
ou
 
nú
cl
eo
s 
de
 re
si
dê
nc
ia
s 
e 
de
 á
re
as
 u
sa
da
s 
po
r e
sp
éc
ie
s 
am
ea
ça
da
s 
 
S
M
A
 (2
00
5)
 
 
 
 
 
 
 
 
P
ro
fu
nd
id
ad
e 
do
 le
nç
ol
 fr
eá
tic
o,
 d
is
tâ
nc
ia
 d
e 
ha
bi
ta
çõ
es
 is
ol
ad
as
, v
id
a 
út
il,
 v
en
to
s 
pr
ed
om
in
an
te
s 
So
uz
a 
(1
99
9)
 
 
 
 
 
 
 
 
Vi
da
 ú
til
 d
a 
un
id
ad
e,
 d
is
tâ
nc
ia
 d
e 
ro
do
vi
as
 
Ts
uh
ak
o 
(2
00
4)
 
 
 
 
 
 
 
 
D
is
tâ
nc
ia
 d
e 
ro
do
vi
as
 
Zu
qu
et
te
 e
t a
l (
19
94
) 
 
 
 
 
 
 
 
C
ar
ac
te
rís
tic
as
 c
lim
át
ic
as
 (p
lu
vi
os
id
ad
e,
 
di
re
çã
o 
do
s 
ve
nt
os
, e
va
po
tra
ns
pi
ra
çã
o)
 
* 
ap
ud
 P
fe
iff
er
 (2
00
1)
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 12
3.1.3. Elaboração da base de dados cartográficos 
A escolha do local para a implantação do empreendimento em questão 
deve observar, num primeiro momento, a avaliação da capacidade do meio em 
suportar, mitigar ou eliminar seus principais impactos. Procura-se avaliar, de 
modo preliminar, qual a “reação” do meio diante da “solicitação” imposta pela 
atividade. 
Tomando como base as características relacionadas à implantação e 
operação de um aterro sanitário, as informações relacionadas aos fatores 
ambientais considerados como de maior interesse para o estudo a ser 
elaborado consideram, num primeiro momento: estrutura e profundidade do 
solo, formações geológicas presentes (substrato rochoso), conformação do 
relevo (declividade), rede de drenagem e uso/ocupação das terras. 
A área definida como sendo de interesse para o estudo a ser elaborado 
compreende todo o município de São Carlos, que apresenta uma superfície 
aproximada de 1.140 km². Desta feita, os materiais cartográficos disponíveis 
para serem aplicados no estudo a ser elaborado, que compõem sua base de 
dados primária, estão descritos no Quadro 2. 
 
Quadro 2 – Fatores ambientais considerados para a determinação da aptidão 
ambiental do território para disposição final de resíduos domiciliares e materiais 
cartográficos utilizados. 
 
Fator Ambiental Fonte dos dados 
Geologia Mapa de Substrato Rochoso, escala 1:50.000 (Muro, 2000). 
Solos Carta pedológica semi-detalhada do Estado de São Paulo, escala 1:100.000 
(IAC/IGC, 1989): quadrículas de São Carlos, Descalvado e Brotas. 
Relevo e 
Hidrografia 
Carta do Brasil (Fundação IBGE, 1971): folhas Corumbataí, Descalvado, Ibaté, 
Porto Pulador, Ribeirão Bonito e São Carlos – escala 1:50.000. 
Infra-estrutura 
viária básica 
Folhas IBGE (acima) atualizadas sobre imagem de satélite CBERS-2 
(novembro de 2005) e complementadas com informações da Prefeitura 
Municipal. 
Uso e ocupação 
do solo 
Interpretação e classificação de imagens orbitais (CBERS-2 e fotos aéreas), 
complementadas por trabalho de campo a ser efetuado pela equipe. 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 13
Para a elaboração do mapa de aptidão para a disposição final de 
resíduos domiciliares – também chamado neste trabalho de “ZoneamentoAmbiental para localização de aterro sanitário” – foi empregado o método da 
sobreposição de mapas. A manipulação dos dados geográficos, a combinação 
dos fatores de interesse e a visualização de cenários será realizada a partir dos 
softwares de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) IDRISI v. 14.1 
Kilimanjaro e Cartalinx v. 1.2. 
O material cartográfico em formato analógico (papel), convertido para o 
meio digital em mesa digitalizadora Summagrid IV, tamanho A1, possibilita a 
geração de diversos planos de informação (mapas temáticos) em formato 
vetorial para cada um dos fatores ambientais considerados. Os arquivos 
vetoriais são, posteriormente, transformados para o formato matricial para 
serem manipulados e submetidos às operações necessárias para a sua 
sobreposição. 
 Os mapas para os fatores ambientais descritos no Quadro 2, gerados 
em meio digital, são apresentados ao final. 
 
 
3.2. FASE II 
 
3.2.1. Definição dos critérios de ponderação para os fatores 
ambientais 
Em função do objetivo específico e da escala de trabalho nessa fase, a 
metodologia adotada baseia-se em aspectos qualitativos, ficando para a etapa 
do licenciamento ambiental do empreendimento a abordagem quantitativa, 
além de alguns critérios qualitativos mais pontuais. 
Como uma das premissas do trabalho é que todo o território do 
município seja considerado como área de estudo – ou seja, não são pré-
definidas alternativas locacionais para o empreendimento –, são necessárias 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 14
duas etapas (ou “aproximações”). A primeira delas, em escala mais 
generalizada, visa identificar, em todo o território, quais as áreas com maior 
aptidão para receber o empreendimento, de modo a pré-selecionar locais nos 
quais estudos mais detalhados serão necessários para confirmar ou não tal 
aptidão. Conforme mencionado anteriormente, os estudos da primeira 
aproximação (abordagem qualitativa) são elaborados com base em 
levantamentos/mapeamentos oficiais existentes ou pesquisas acadêmicas 
disponíveis, atualizados com trabalhos de campo. 
Já os estudos que deverão compor a segunda aproximação (abordagem 
quali-quantitativa) serão elaborados em escala mais detalhada. O mapa 
resultante da primeira aproximação obtido ao final da terceira fase desse 
trabalho será apresentado com a indicação das áreas onde deverão ser 
realizados tais estudos. 
Importante salientar que esta metodologia foi apresentada e discutida na 
38a. Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de 
São Carlos (COMDEMA-SC) realizada em 15 de dezembro do presente ano2, 
no auditório da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São 
Carlos – AEASC. Na ocasião, os conselheiros do COMDEMA-SC e a 
sociedade em geral tiveram oportunidade de conhecer e debater a proposta 
trazida pela equipe e apresentar sugestões de fatores a serem considerados 
nas duas aproximações. 
O Quadro 3 lista os fatores prioritários a serem considerados para a 
determinação da aptidão do território do município de São Carlos para a 
localização do aterro sanitário discutidos na reunião do COMDEMA-SC. 
 
2 Este trabalho foi realizado entre os anos de 2005 e 2006. 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 15
Quadro 3 – Fatores a serem considerados em cada uma das aproximações 
para a determinação da aptidão do território para a localização do aterro 
sanitário. 
Primeira aproximação Segunda aproximação 
- Formações geológicas de superfície 
- Solos 
- Relevo 
- Águas superficiais 
- Áreas de vegetação nativa 
- Áreas urbanas 
- Aeroportos / aeródromos 
- Áreas com diretrizes de uso diferenciado conforme 
Plano Diretor Municipal 
- Unidades de Conservação 
- Presença de comunidades / 
núcleos rurais 
- Aspectos geotécnicos 
(hidrogeologia, espessura do 
material inconsolidado, identificação 
de falhas, etc.) 
- Infra-estrutura (viário, energia, 
etc.) 
- Ventos predominantes 
- Estrutura fundiária 
 
Assim, considerando os trabalhos usados como referência na fase 
anterior e as contribuições apresentadas durante a reunião do COMDEMA-SC, 
elaborou-se o Quadro 4. Nele estão listados os fatores ambientais a serem 
observados na primeira aproximação3 e os diferentes sub-tipos de cada fator 
considerado. Na coluna da direita é atribuída uma classificação qualitativa 
quanto à aptidão de cada sub-tipo para receber o empreendimento em 
questão. 
 
Quadro 4 – Fatores ambientais considerados na primeira aproximação e classe 
de aptidão atribuída aos sub-tipos. 
Fator ambiental Classe de 
aptidão 
Formação Corumbataí Alta 
Formação Serra Geral (Derrames basálticos, 
diques e sills) Média 
Grupo Bauru e Formações Botucatu e 
Pirambóia Baixa 
Formações geológicas 
de superfície 
Aluviões Inapta 
Latossolos eutroférrico, distroférrico e vermelho Alta 
Latossolo vermelho-amarelo; Argissolos e 
Nitossolos Média 
Neossolos Litólico e Quartzarênico Baixa 
Solos 
Gleissolos Inapta 
Declividade entre 2 e 8% Alta 
Declividade inferior a 2% ou entre 8 e 15% Média 
Declividade entre 15 e 20% Baixa Relevo 
Declividade superior a 20% Inapta 
 
3 Com exceção das áreas com diretrizes de uso diferenciado conforme Plano Diretor Municipal 
e das Unidades de Conservação, que são tratadas mais adiante no texto. 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 16
Distância superior a 300 metros em relação aos 
corpos d’água superficiais (rios, córregos, 
lagos, represas etc.) e aos solos sob influência 
do lençol freático 
Apta 
Distância inferior a 300 metros em relação aos 
corpos d’água superficiais (rios, córregos, 
lagos, represas etc.) e aos solos sob influência 
do lençol freático 
Inapta 
Águas superficiais 
Áreas de manancial (APREM do Feijão e 
APREM do Espraiado) Inapta 
Ausência de vegetação nativa Apta 
Áreas de vegetação 
nativa 
Presença de vegetação nativa (cerrado, 
vegetação de várzea, áreas em estádio clímax 
ou em estádios médio ou avançado de 
regeneração de Mata Atlântica) 
Inapta 
Locais situados a distâncias superiores a 2.000 
metros de áreas urbanizadas ou do perímetro 
urbano, incluindo distritos e condomínios 
Apta 
Áreas urbanas Área urbanizada ou dentro do perímetro urbano 
e locais situados a distâncias inferiores a 2.000 
metros de áreas urbanizadas ou do perímetro 
urbano, incluindo distritos e condomínios 
Inapta 
 
O Quadro 5 mostra as possíveis combinações entre os fatores 
“formações geológicas de superfície”, “solos” e “relevo” e a classe de aptidão 
adotada para cada combinação. Como os demais fatores apresentam apenas 
as opções “apta” ou “inapta”, as classes de aptidão atribuídas em decorrência 
da combinação dos 3 citados fatores permanecerão caso o local também seja 
apto para todos os outros fatores. Por outro lado, caso um determinado local 
seja classificado como inapto para qualquer um dos fatores, o local é 
considerado inapto. 
Conforme pode ser observado, adotou-se uma postura conservadora em 
relação à proteção de águas subterrâneas, a fim de minimizar os riscos de 
contaminação por percolados provenientes do futuro aterro sanitário. 
Também merece destaque a adoção de duas classes de “média-alta” 
aptidão, nas quais o “fator limitante” é atribuído ora ao relevo, ora à formação 
geológica. 
Considera-se que, em se tratando de áreas com alta aptidão em relação 
aos fatores geologia e solos, e média aptidão para o fator relevo, as soluções 
técnicas para contornar tal limitação são pouco complexas, envolvendo, 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do municípiode São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 17
basicamente, intervenções de engenharia (terraplenagem e drenagem, por 
exemplo). Daí, nesse caso, a classificação da área na categoria de média-alta 
aptidão/fator limitante relevo. 
Já no caso de áreas com alta aptidão em relação aos fatores solos e 
declividade e média aptidão para o fator geologia, utiliza-se a classe de média-
alta aptidão/fator limitante geologia para reforçar a necessidade dos estudos 
geotécnicos (que assegurem a inexistência de rochas fraturadas, por exemplo) 
a serem realizados em escala mais detalhada (segunda aproximação). 
As áreas com diretrizes de uso diferenciado conforme Plano Diretor 
Municipal, a princípio, não serão objeto de ponderação nem consideradas 
inaptas. Entretanto, em função dos objetivos que justificaram sua criação, no 
mapa final tais áreas serão destacadas de modo a auxiliar na tomada de 
decisão. De acordo com o Plano Diretor Municipal, consideram-se de uso 
diferenciado as seguintes áreas: Zona 6 (Produção agrícola familiar) e Áreas 
de Especial Interesse turístico, histórico e ecológico. 
De forma semelhante, a priori, não são consideradas inaptas as áreas 
situadas em um raio de 13 quilômetros ao redor do aeroporto Mário Pereira 
Lopes e do aeródromo existente em propriedade particular nas proximidades 
da rodovia Ayrton Senna, em Itirapina, sendo tais circunferências indicadas no 
mapa final para auxiliar na tomada de decisão. 
Em relação às modalidades de áreas especialmente protegidas definidas 
pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC – Lei 9.985/00), 
no Município de São Carlos observa-se a existência de apenas uma UC: a 
Área de Proteção Ambiental de Corumbataí-Botucatu-Tejupá (perímetro 
Corumbataí)4. Esta UC foi criada pelo Decreto Estadual 20.960/83 e abrange 
total ou parcialmente 32 municípios. Grande parte da área dessa UC situada no 
Município de São Carlos corresponde à bacia hidrográfica do Ribeirão do 
Feijão. Por tratar-se de um manancial, essa bacia hidrográfica é considerada 
 
4 A Estação Ecológica de São Carlos, apesar do nome, tem todo o seu perímetro situado no 
Município de Brotas. Não apresenta um plano de manejo definido, e portanto não há uma 
delimitação de sua área de amortecimento. 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 18
inapta para a implantação de um aterro sanitário (conforme classificação no 
Quadro 4). 
 
3.2.2. Trabalhos de campo 
Nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2005 foram realizados 
trabalhos de campo a fim de verificar se os dados extraídos de mapas e 
imagens oficiais ou obtidos por outros pesquisadores no Município ou região 
condizem com a atual realidade do Município. Ao todo, até o final dessa fase, 
foram percorridos cerca de 800 quilômetros ao longo do território municipal 
conferindo-se informações como uso e ocupação do solo, presença de 
vegetação nativa e infra-estrutura implantada. Também foram coletadas 
coordenadas para 47 pontos de controle para o georeferenciamento de 
imagens do satélite CBERS-2 (sensor CCD, adquiridas em 27/11/2005, órbitas-
ponto 156_124 e 156_125) (ver anexos V e VI). Tais imagens foram utilizadas 
para auxiliar na localização de fragmentos de vegetação nativa, reservatórios, 
estradas e limites das áreas urbanizadas e dos condomínios situados nas 
áreas rurais. 
Para a obtenção das coordenadas dos pontos de controle para o 
georeferenciamento das imagens utilizou-se um receptor GPS Garmin, eTrex 
Vista, com precisão nominal para coordenadas planas variando em torno de 15 
metros. 
 
Quadro 5 – Combinações possíveis entre os fatores “formações geológicas de 
superfície”, “solos” e “relevo” e a classe de aptidão adotada para cada 
combinação. 
GEOLOGIA SOLOS RELEVO CLASSE DE APTIDÃO 
ALTA ALTA 
MÉDIA MÉDIA-ALTA (FATOR LIMITANTE RELEVO) 
BAIXA BAIXA ALTA 
INAPTA INAPTA 
ALTA MÉDIA 
MÉDIA MÉDIA 
BAIXA BAIXA 
MÉDIA 
INAPTA INAPTA 
ALTA BAIXA 
MÉDIA BAIXA 
BAIXA BAIXA 
ALTA 
BAIXA 
INAPTA INAPTA 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 19
ALTA INAPTA 
MÉDIA INAPTA 
BAIXA INAPTA 
 
INAPTA 
INAPTA INAPTA 
ALTA MÉDIA-ALTA (FATOR LIMITANTE GEOLOGIA) 
MÉDIA MÉDIA 
BAIXA BAIXA 
ALTA 
INAPTA INAPTA 
ALTA MÉDIA 
MÉDIA MÉDIA 
BAIXA BAIXA 
MÉDIA 
INAPTA INAPTA 
ALTA BAIXA 
MÉDIA BAIXA 
BAIXA BAIXA 
BAIXA 
INAPTA INAPTA 
ALTA INAPTA 
MÉDIA INAPTA 
BAIXA INAPTA 
MÉDIA 
INAPTA 
INAPTA INAPTA 
ALTA BAIXA 
MÉDIA BAIXA 
BAIXA BAIXA 
ALTA 
INAPTA INAPTA 
ALTA BAIXA 
MÉDIA BAIXA 
BAIXA BAIXA 
MÉDIA 
INAPTA INAPTA 
ALTA BAIXA 
MÉDIA BAIXA 
BAIXA BAIXA 
BAIXA 
INAPTA INAPTA 
ALTA INAPTA 
MÉDIA INAPTA 
BAIXA INAPTA 
BAIXA 
INAPTA 
INAPTA INAPTA 
ALTA INAPTA 
MÉDIA INAPTA 
BAIXA INAPTA 
ALTA 
INAPTA INAPTA 
ALTA INAPTA 
MÉDIA INAPTA 
BAIXA INAPTA MÉDIA 
INAPTA INAPTA 
ALTA INAPTA 
MÉDIA INAPTA 
BAIXA INAPTA BAIXA 
INAPTA INAPTA 
ALTA INAPTA 
MÉDIA INAPTA 
BAIXA INAPTA 
INAPTA 
INAPTA 
INAPTA INAPTA 
 
3.3. FASE III 
A partir dos critérios estabelecidos na fase anterior, apresentados nos 
Quadros 4 e 5, a aptidão do território para a instalação de aterro sanitário é 
obtida sobrepondo-se as informações relacionadas aos fatores ambientais 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 20
considerados nessa primeira aproximação. A Figura 1, a seguir, ilustra o 
resultado obtido para o município de São Carlos. 
 
Figura 1 – mapa de aptidão do território para implantação de aterro sanitário 
É possível observar que o território do município de São Carlos não 
apresenta áreas de aptidão alta ou média-alta/limitação relevo, segundo os 
critérios de ponderação adotados. Além disso, nota-se uma concentração das 
áreas de maior aptidão (média-alta aptidão/limitação geologia) na porção 
centro-norte do município. 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 21
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Entendendo que a vida útil indicada para a operação do futuro aterro 
sanitário de São Carlos não deve ser inferior a 20 anos (com possibilidade de 
ultrapassar esse prazo, caso ocorra a adoção de políticas de minimização de 
geração e descarte de resíduos), e levando-se em consideração a atual 
geração de 140 toneladas diárias de resíduos domiciliares, a demanda 
territorial estimada para a implantação do futuro aterro sanitário estará entre 35 
a 50 hectares, já considerando as áreas para disposição dos resíduos, 
tratamento dos líquidos coletados, recebimento e pesagem, administração, 
além de áreas para a implantação de uma faixa de vegetação para 
minimização dos impactos visual e de geração de odores. 
A partir dos resultados obtidos pelo zoneamento efetuado, verifica-se a 
existência de 106 polígonos com área superior a 1 hectare (polígonos com área 
inferior são constituídos de poucos pixels isolados e não serão considerados 
para efeito de cálculo) que apresentam aptidão média-alta limitada pela 
formação geológica (Serra Geral), apresentando áreas que variam até 844.92 
hectares. Destes polígonos, 19 apresentam-se com potencial para a 
implantação do aterro por atenderem demanda por área para o 
empreendimento (superior a 35 hectares), conforme indicado no Quadro 6 e 
ilustrado na Figura 2. 
Quadro 6 – áreas com potencial para implantação do novo aterro sanitário 
ID polígono Área (ha) ID polígono Área (ha) 
101 844.92 184 71.91 
172 401.94 103 62.55 
29 379.53 551 47.34 
5 216.18 401 44.37 
392 171 21 43.56 
342 162.99 182 42.57 
236 121.32 466 42.48 
441 115.74 136 35.64 
404 104.94490 35.64 
427 93.24 – – 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 22
18
00
00
19
00
00
20
00
00
21
00
00
7550000
7560000
7570000
7580000
7590000
7600000
7610000
norte
metros
5000.00
5
21
29
101
103
136
172
182
184
236
342
392
401
404
427
441
466
490
551
rodovias
estradas rurais
ferrovia
alta tensão
ID_polígono
áreas aptas para implantação do novo aterro sanitário
 
Figura 2 – áreas aptas para implantação de aterro sanitário (>35 hectares) 
Observando a Figura 2, destaca-se o fato de que tais áreas localizam-se 
– em sua maioria – dentro dos limites da Área de Segurança Aeroportuária 
(ASA) considerando-se um raio de 13 km a partir do centro da pista do 
aeroporto Mário Pereira Lopes, o que indica a necessidade de uma consulta à 
autoridade aeronáutica competente (conforme a legislação específica) caso a 
área escolhida para a implantação do aterro sanitário esteja situada dentro da 
ASA. 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 23
Ao longo dos dias 21, 23 e 26 de dezembro de 2005 foram realizados 
trabalhos de campo a fim de verificar in loco a situação das áreas com 
potencial para implantação do empreendimento. Foram percorridos, nessa 
fase, cerca de 450 km e visitados 21 pontos. As informações complementares 
apresentadas ao final trazem a planilha elaborada após o trabalho de campo 
(com informações referentes às coordenadas dos pontos visitados, e 
observações referentes à situação da área com relação ao uso e ocupação do 
solo, condições de acesso e observações gerais) e o relatório fotográfico 
contendo as imagens coletadas nessa fase. 
Com base nas informações produzidas no presente estudo (primeira 
aproximação), a escolha da área que deverá acomodar o novo aterro sanitário 
de São Carlos ainda deverá passar por outras etapas que possibilitem um 
detalhamento das características relativas a possíveis áreas selecionadas – 
dentre as áreas indicadas como aptas – a partir de uma nova gama de critérios 
que considerem, pelo menos, aspectos físicos (direção dos ventos 
predominantes, hidrogeologia, profundidade e características do solo, 
existência de fraturas no substrato rochoso, etc.), sociais (estrutura fundiária, 
uso e ocupação do solo em nível de detalhe), econômicos (distância ao centro 
gerador, condições de acesso, custo da terra para desapropriações) e, 
novamente, políticos (fundamentalmente relacionados à aceitação, pela 
comunidade, da área indicada). 
Ao solicitar o presente estudo, o município demonstra ter acomodado, no 
processo decisório, os elementos básicos ligados à sustentabilidade ambiental. 
A localização de atividades realizada a partir da caracterização do meio e da 
atividade que se pretende instalar, com a participação da sociedade envolvida 
na discussão e definição dos critérios a serem aplicados, é condição essencial 
para a determinação da viabilidade ambiental do empreendimento, 
intrinsecamente relacionada aos preceitos de um novo paradigma de 
desenvolvimento, com bases efetivamente sustentáveis. 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 24
5 – BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA 
 
BASAGAOGLU, H.; CELENK, E.; MARIÑO, M. A.; USUL, N. (1997). Selection of 
Waste Disposal Sites Using GIS. Journal of the American Water Resources 
Association, v. 33, n. 2. Apr., p. 455-464. 
BASÍLIO, J. A. F. (2001). Procedimentos para seleção de áreas para aterros sanitários 
a partir de cartas geotécnicas: aplicação na folha de Campinas (SP). Dissertação 
(Mestrado) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Universidade Estadual 
Paulista. Rio Claro. 2 Volumes. 
CERUCCI, M. (1998). A análise da eficácia do estudo prévio de impacto ambiental 
quanto à aplicação de metodologias para a localização de empreendimentos. 
Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de 
São Paulo. 
CHARNPRATHEEP, K.; ZHOU, Q.; GARNER, B. (1997). Preliminary landfill site 
screening using fuzzy geographical information systems. Waste Management & 
Research, v. 15, n. 2, p. 197-215. 
DÖRHÖFER, G.; SIEBERT, H. (1998). The search for landfill sites – requirements and 
implementation in Lower Saxony, Germany. Environmental Geology, v. 35, n. 1, 
Jul. Springer-Verlag. (on-line) 
DORN, M.; TANTIWANIT, W.; (2001). New methods for searching for waste disposal 
sites in the Chiang Mai-Lamphun Basin, northern Thailand. Environmental 
Geology, v. 40, n. 4-5, Feb. Springer-Verlag. (on-line) 
FREIRE, M.; HENRIQUE, R.; CARRÃO, H.; PAIVA, A. (2001). Projecto Landfill: 
concepção e desenvolvimento de uma aplicação SIG para a localização de um 
aterro sanitário. Anais. ESIG 2001. Portugal. 
FREMPONG, E. M. (1999). Engineering geological assessment of a proposed waste 
disposal site in coastal southwestern Ghana. Environmental Geology, v. 37, n. 3, 
Mar. Springer-Verlag. (on-line) 
HARTMAN, D. H.; GOLTZ, M. N. (2002). Application of the analytic hierarchy process 
to select characterization and risk-based decision-making and management 
methods for hazardous waste sites. Environmental Engineering Policy, v. 3, n. 1-
7. Springer-Verlag. (on-line) 
KAO, J. J.; LIN, H. Y. (1996). Multifactor spatial analysis for landfill siting. Journal of 
Environmental Engineering, v. 122, n. 10, October. p. 902-908. 
KARTHIKEYAN, K. G.; ELLIOTT, H. A. BRANDT, R. C. (1996). Siting monofills for 
residuals using GIS. Journal American Water Works Association, v. 88, n. 2, Feb., 
p. 68-75. 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 25
LEAO, S.; BISHOP, I.; EVANS, D. (2001). Assessing the demand of solid waste 
disposal in urban region by urban dynamics modelling in a GIS environment. 
Resources, Conservation and Recycling, v. 33, n. 4, p. 289-313. 
MAHLER, C. F.; LIMA, G. S. (2003). Applying value analysis and fuzzy logic to select 
areas for installing waste fills. Environmental Monitoring and Assessment, v. 84, n. 
1-2, p. 129-140. 
MARQUES, G. N. (2002). Seleção de áreas para aterros sanitários baseada em 
mapeamento geotécnico e analytic hierarchy process – AHP. Dissertação 
(Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. 
MMA (2002). Fomento a projetos de ordenamento da coleta e disposição final 
adequada de resíduos sólidos: orientações básicas para solicitação de recursos. 
Brasília: Ministério do Meio Ambiente. 
MONTAÑO, M. (2002). Os recursos hídricos e o zoneamento ambiental: o caso do 
município de São Carlos (SP). Dissertação (mestrado) - Escola de Engenharia de 
São Carlos, Universidade de São Paulo. 
MOREIRA, M. A. A. (2002). Aplicação de Técnicas de Geoprocessamento para 
Seleção de Áreas de Resíduos Sólidos em Aterro Sanitário: Município de 
Descalvado (SP). Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Carlos. 
MURO, M. D. (2000). Carta de zoneamento para seleção de áreas frente à instalação 
de aterros sanitários no Município de São Carlos – SP – Escala 1:50.000. 
Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de 
São Paulo. 2 Volumes. 
PEJON, O. J. (1992). Mapeamento geotécnico da folha de Piracicaba-SP (escala 
1:100.000): estudo de aspectos metodológicos, de caracterização e de 
apresentação dos atributos. Tese (doutorado) - Escola de Engenharia de São 
Carlos, Universidade de São Paulo. 
PFEIFFER, S. C. (2001). Subsídios para a ponderação de fatores ambientais na 
localização de aterros de resíduos sólidos utilizando o sistema de informações 
geográficas. Tese (Doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, 
Universidade de São Paulo. 
RANIERI, V. E. L. (2000). Determinação das potencialidades e restrições domeio 
físico como subsídio para o zoneamento ambiental: estudo de caso do município 
de Descalvado (SP). Dissertação (mestrado) - Escola de Engenharia de São 
Carlos, Universidade de São Paulo. 
SENER, B.; SÜZEN, M. L.; DOYURAN, V. (2005). Landfill site selection by using 
geographical information systems. Environmental Geology, November. (on line) 
SIDDIQUI, M. Z.; EVERETT, J. W.; VIEUX, B. E. (1996). Landfill siting using 
geographical information systems: a demonstration. Journal of Environmental 
Engineering, v. 122, n. 6, Jun. p. 515-523. 
SILVA, R. F. (2002). Aplicação metodológica de mapeamento geotécnico especifico 
para seleção de áreas para disposição de resíduos sólidos industriais cerâmicos 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 26
do município de Porto Ferreira - SP. Dissertação (Mestrado) - Universidade 
Federal de São Carlos. 
SMA (2005). Procedimentos para implantação de aterro sanitário em valas. São Paulo: 
CETESB / Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Disponível em: 
<http://www.ambiente.sp.gov.br/valas/proced_implantacao/proc_implant.pdf> 
SOUZA, F. C. B. (1999). Sistema de apoio à decisão em ambiente espacial aplicado 
em um estudo de caso de avaliação de áreas destinadas para disposição de 
resíduos sólidos na região metropolitana de Porto Alegre. Tese (Doutorado) - 
Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: 
http://www.eps.ufsc.br/teses99/souza/index.html 
TSUHAKO, E. M. (2004). Seleção preliminar de locais potenciais à instalação de 
aterros sanitários na sub-bacia da represa de Itupararanga (bacia dos rios 
Sorocaba e Médio Tietê). Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São 
Carlos, Universidade de São Paulo. 
ZUQUETTE, L. V.; PEJON, O. J.; SINELLI, O.; GANDOLFI, N. (1994). Methodology of 
specific engineering geological mapping for selection of sites for waste disposal. 
International Congress of the International Association of Engineering Geology, 7. 
Proceedings. Lisboa, Portugal, v. 4 p. 2481-90. 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 27
Fatores ambientais intervenientes 
19
00
00
20
00
00
21
00
007550000
7560000
7570000
7580000
7590000
7600000
7610000
norte
metros
5000.00
Latossolo eutroférrico
Latossolo distroférrico
Latossolo Vermelho
Latossolo Vermelho-Amarelo
Argissolo Vermelho-Amarelo
Argissolo Vermelho-Amarelo (abrúptico)
Nitossolo
Gleissolo
Neossolo Litólico
Neossolo Quartzarênico
urbana
Mapa de solos
 
 
 
 
 
 
 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 28
 
 
19
00
00
20
00
00
21
00
007550000
7560000
7570000
7580000
7590000
7600000
7610000
norte
metros
5000.00
aluviões
Grupo Bauru
Fm. Serra Geral (derrames basálticos)
Fm. Serra Geral (diques e sills)
Fm. Botucatu
Fm. Pirambóia
Fm. Corumbataí
áreas urbanas
Mapa de Substrato Rochoso
 
 
 
 
 
 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 29
 
 
19
00
00
20
00
00
21
00
007550000
7560000
7570000
7580000
7590000
7600000
7610000
norte
metros
5000.00
520
551
583
614
645
676
708
739
770
801
833
864
895
926
958
989
1020
Topografia
 
 
 
 
 
 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 30
 
 
19
00
00
20
00
00
21
00
007550000
7560000
7570000
7580000
7590000
7600000
7610000
norte
metros
5000.00
<500.57
532.60
564.63
596.66
628.69
660.72
692.75
724.78
756.81
788.84
820.87
852.90
884.94
916.97
949.00
981.03
1013.06
Modelo Digital de Elevação
 
 
 
 
 
 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 31
 
norte
Perspectiva tridimensional, orientada a NW
 
 
 
norte
Perspectiva tridimensional, orientada a NE
 
 
 
 
 
 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 32
 
19
00
00
20
00
00
21
00
007550000
7560000
7570000
7580000
7590000
7600000
7610000
norte
metros
5000.00
0.00
3.74
7.48
11.22
14.96
18.69
22.43
26.17
29.91
33.65
37.39
41.13
44.87
48.60
52.34
56.08
>=59.82
Declividade
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 33
Documentação fotográfica da 38a. Reunião Ordinária do Conselho Municipal de 
Defesa do Meio Ambiente de São Carlos (COMDEMA-SC) realizada em 15 de 
dezembro de 2005 no auditório da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e 
Agrônomos de São Carlos (AEASC). 
 
Fotos 01 e 02 – Prof. Valdir Schalch apresenta o trabalho aos conselheiros do 
COMDEMA e ao público presente 
 
Foto 03 – Presentes na reunião do COMDEMA de 15/12/2005 assistem 
apresentação dos resultados da primeira fase do estudo para localização do 
novo aterro sanitário. 
01 02 
03 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 34
 
 
 
Fotos 04, 05 e 06 – Equipe técnica esclarece dúvidas e recolhe sugestões dos 
presentes na reunião do COMDEMA de 15/12/2005. 
04 05 
06 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 35
Mapa final – aptidão para localização de aterro sanitário 
no município de São Carlos 
 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 36
Planilha elaborada a partir dos trabalhos de campo realizados 
para verificação das áreas indicadas como aptas para a 
instalação do aterro sanitário 
*ASA – Área de Segurança Aeroportuária ** AEI – Área de Especial Interesse
ponto coord. X coord. Y uso/ocupação 
distância até 
cidade (m) 
cond. acesso observações 
01 199239 7582635 pasto; cana 17.750 SP-318 (100 m) 
fazenda Sta. Cecília; 
área de topo; ASA* 
02 200570 7583189 cana 19.630 
acesso por terra 
ok 
Usina Sta. Cruz; área 
de topo, indicativos de 
área habitada; ASA 
03 199576 7584752 cana 19.900 SP-318 Faz. Álamo (?); ASA 
04 200016 7585734 pasto 21.050 
acesso por terra 
ok 
plano; habitações 
próximas com 
pequenos sítios; ASA 
05 199091 7585938 laranja 21.800 
acesso por terra 
razoável/ruim 
Fazenda Mina; ASA 
06 200418 7587680 cana 23.320 
acesso por terra 
ok 
ASA 
07 198385 7585054 culturas diversas 20.600 
acesso 
razoável/ruim 
pequenos 
proprietários; ASA 
08 198385 7585054 
culturas diversas; 
gado 
20.600 
acesso 
razoável/ruim 
pequenos 
proprietários; ASA 
09 198061 7585992 laranja; pasto sujo 21.800 
acesso 
razoável/ruim 
Fazenda Mina; ASA 
10 206127 7580835 
pastagens; 
pecuária intensa 
20.350 
Rodovia Abel 
Terrugi 
Faz. Ingamirim; grande 
propriedade; ASA 
11 208648 7588705 
cana; laranja; 
pasto; seringueiras 
28.990 
Rodovia Abel 
Terrugi 
áreas habitadas; 
seccionada pela 
rodovia; ASA; AEI** 
12 205470 7574992 cana; pastagens 14.700 
Guilherme 
Scatena; via 
pedreira 
Bandeirantes 
indicativos de 
pavimentação da 
rodovia; ASA; AEI 
13 204180 7577965 cana 17.060 
Rodovia Abel 
Terrugi; acesso 
terra ok 
Fazenda Chile; ASA 
14 205480 7578029 laranja 17.200 
Rodovia Abel 
Terrugi 
Fazenda Colômbia; 
área seccionada pela 
rodovia; ASA; AEI 
15 206071 7579550 cana 18.800 
Rodovia Abel 
Terrugi 
área seccionada pela 
rodovia; ASA; AEI 
16 208589 7577509 cana; laranja 21.550 
acessopor terra 
razoável 
ASA; AEI 
17 208339 7578405 cana 22.800 
acesso por terra 
ruim 
estábulos próximos à 
represa; ASA; AEI 
18 210970 7586602 cana 29.200 
acesso por terra 
razoável 
acesso via Represa da 
Barra; AEI 
19 213381 7583955 cana 25.500 
acesso por terra 
razoável 
área habitada próximo 
à linha de transmissão; 
Rei Frango; AEI 
20 190192 7558904 cana 13.900 acesso ok - 
21 206028 7571324 cana 8.600 acesso ok ASA; AEI 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 37
Relatório fotográfico: trabalhos de campo realizados para 
verificação das áreas indicadas como aptas para a instalação 
do aterro sanitário 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 38
FOTO 1 
 
FOTO 2 
 
FOTO 3 
 
FOTO 4 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 39
FOTO 5 
 
FOTO 6 
 
FOTO 7 
 
 
FOTO 8 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 40
 
FOTO 9 
 
 
FOTO 10 
 
 
FOTO 11 
 
 
FOTO 12 
 
 
 
 
 
 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 41
FOTO 13 
 
 
FOTO 14 
 
 
FOTO 15 
 
 
FOTO 16 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 42
 
 FOTO 17 
 
 
FOTO 18 
 
 
FOTO 19 
 
 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 43
FOTO 20 
 
 
FOTO 21 
Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) 
Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 
 
 
 44
Áreas aptas para implantação do novo aterro sanitário 
(1ª aproximação)

Continue navegando