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Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 1 ATERRO SANITÁRIO PARA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES – PLANO DE TRABALHO – ANEXO IV ESTUDO PARA DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO DO TERRITÓRIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO NO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS Empreendedor: Prefeitura Municipal de São Carlos Consultoria: Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial NOVEMBRO/2008 Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 2 1. INTRODUÇÃO Dentre os objetivos da política ambiental brasileira, que orientam a atuação dos diversos elementos constituintes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA, composto por diferentes órgãos da administração pública com atuações específicas, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental), percebe-se claramente a opção pela compatibilização entre desenvolvimento econômico e qualidade ambiental. A legislação ambiental brasileira institui, como instrumento essencial à gestão ambiental, o licenciamento ambiental. Tal instrumento, ao ser empregado, deve incorporar outros instrumentos de gestão ambiental de modo a se tornar mais eficaz, e cumprir de modo efetivo com seu papel de instrumento de gestão. Considerando que a implantação de atividades potencialmente causadoras de significativo impacto ambiental – o que, inegavelmente, é o caso de um aterro sanitário – demanda a obtenção de licenças ambientais, em diferentes etapas, o estudo para identificação de áreas destinadas à instalação deste tipo de atividade deve ser guiado por princípios que tenham por objetivo a determinação da viabilidade ambiental do empreendimento objeto de estudo, considerando especificamente o binômio tipologia- localização. Torna-se necessário identificar, por meio de metodologias de análise ambiental, se as características inerentes ao empreendimento são compatíveis com a capacidade de suporte apresentada pelo meio que se pretende ocupar. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 3 A legislação aplicada à Avaliação de Impacto Ambiental (CONAMA 01/86 e resoluções correlatas) especifica que sejam avaliadas todas as alternativas de localização do projeto. Para o empreendimento em questão, o atendimento a essa imposição legal significa – idealmente – avaliar todo o território do município quanto à existência de sítios aptos a acomodar tal atividade. Com base nesses princípios, a metodologia a ser aplicada no presente estudo visa classificar o território do município de São Carlos, com base nos dados disponíveis, com relação à sua aptidão para disposição de resíduos sólidos domiciliares em aterro sanitário, a fim de fornecer subsídios para a tomada de decisão quanto à localização mais adequada para o empreendimento a ser implantado. Resumidamente, o que se pretende é avaliar qual seria a “reação” do meio frente às solicitações provenientes da implantação e operação do aterro sanitário que deverá ser instalado no município de São Carlos e, dessa forma, identificar áreas que apresentem um desempenho otimizado com relação à minimização dos riscos inerentes ao empreendimento proposto, pelo conjunto de características apresentado. Assumindo-se que o projeto do aterro sanitário a ser implantado será elaborado em conformidade com as recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas, órgãos ambientais e com a legislação pertinente, a metodologia para a determinação da capacidade de suporte do ambiente descrita a seguir é válida para a condição de implantação da atividade adotando-se as usuais medidas de prevenção de impactos ambientais aplicáveis a empreendimentos dessa tipologia (impermeabilização adequada, coleta e tratamento de líquidos e gases, operação do aterro, entre outras). Na determinação da aptidão do meio para implantação de empreendimentos e desenvolvimento de atividades humanas deve-se tomar como premissa básica o fato de que as características dos meios físico, biológico e antrópico conferem, para cada parcela de território, maior ou menor potencial (ou, em oposição, menor ou maior restrição) para as diferentes tipologias de ocupação. É possível (e desejável) lançar mão de instrumentos de gestão ambiental para orientar a tomada de decisão por parte do empreendedor quanto à área a ser Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 4 escolhida para acomodar seu empreendimento. Sob este aspecto, instrumentos como a avaliação de impactos ambientais e o zoneamento ambiental, aplicados num momento anterior à decisão, e combinados ao procedimento usual de licenciamento ambiental pelo qual o empreendimento deverá necessariamente trafegar, garantem (ou devem garantir) a viabilidade ambiental do empreendimento a ser instalado. No caso de um aterro sanitário, é possível assumir que a combinação de fatores como conformação do relevo, tipos de solos, formações geológicas, recursos hídricos, entre outros, determinam a capacidade (ou aptidão) do meio em acomodar certas atividades humanas de forma que os impactos dessas atividades não ultrapassem os níveis aceitos pela sociedade e/ou impostos pela legislação. Por outro lado, outros fatores como infra-estrutura de transporte ou presença de aglomerados urbanos são encarados como elementos que potencializam ou restringem a aptidão do meio para tais atividades. Em relação especificamente à identificação de áreas que apresentem capacidade de suporte ambiental para acomodar um aterro sanitário que atenda à demanda atual e futura do município, e considerando as características quali- quantitativas dos resíduos sólidos que deverão ser dispostos neste local, é correto admitir que os principais impactos potenciais gerados pela atividade em questão são: a contaminação do solo, subsolo e das águas (superficiais, sub-superficiais e subterrâneas); a geração de gases e, conseqüentemente, de odores; e a erosão do solo devido à movimentação de terra. Além destes, impactos intrínsecos a este tipo de empreendimento, relacionados a aspectos sócio-econômicos (desvalorização das terras ao redor da área selecionada, interferências em comunidades rurais por aumento no tráfego de veículos, mobilização de forças antagônicas ao processo de implantação do aterro pelo conhecido efeito NIMBY1) devem ser considerados pelos tomadores de decisão, acompanhando todo o processo decisório. 1 Do inglês: “Not In My BackYard” (“não no meu quintal”) Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 5 2. CONSIDERAÇÕES GERAIS O presente documento apresenta a descrição dos trabalhos efetuados para a elaboração do estudo para determinação da aptidão do território para implantação de um novo aterro sanitário que atenda ao Município de São Carlos, conforme contrato celebrado entre a Prefeitura Municipal de São Carlos (PMSC) e a Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial (FIPAI). O “Estudo para localização de aterro sanitário para o município de São Carlos – SP” foi executado em três fases distintas, a saber: I. Revisão bibliográfica e de legislação aplicada para identificação dos principais fatores ambientais considerados em estudos semelhantes; levantamento dos dados espaciais disponíveis, identificação da escala de trabalho e digitalização da base de dadosgeográfica; II. Definição de critérios de ponderação para os fatores ambientais pertinentes; realização de reunião pública para discussão e estabelecimento dos critérios; trabalhos de campo para a aferição e atualização da base de dados; III. Sobreposição das informações, trabalhos de campo para verificação das áreas indicadas como aptas e elaboração do relatório final. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 6 3. DESENVOLVIMENTO 3.1. FASE I A finalidade desta fase é definir os fatores ambientais de interesse para a realização do estudo de localização de áreas para a implantação do novo aterro sanitário de São Carlos. Para tanto, duas condições podem ser consideradas essenciais: - A identificação das principais considerações referentes aos critérios para a seleção de áreas para implementação de aterros sanitários, segundo diferentes instituições e centros de pesquisa nacionais e internacionais; - A existência de dados em quantidade e qualidade compatível com os objetivos do estudo a ser realizado. Valendo-se das bases de artigos científicos à disposição para pesquisa bibliográfica, identificou-se uma grande quantidade de trabalhos, que foram devidamente avaliados e sistematizados. Com relação à produção acadêmica, verifica- se que as Universidades situadas em São Carlos – USP e UFSCar – contribuem com uma grande quantidade de conhecimento específico para o tema em questão, com destaque para os programas de pós-graduação em Geotecnia (EESC/USP), Hidráulica e Saneamento (EESC/USP), e Engenharia Urbana (UFSCar). Além disso, foram empregadas outras fontes de referência para a identificação dos fatores ambientais intervenientes nos estudos de localização: normas técnicas (ABNT, sobretudo), manuais editados por órgãos públicos (especialmente no âmbito do Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 7 Ministério do Meio Ambiente – MMA e da Secretaria do Estado do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – SMA-SP) e, evidentemente, a legislação aplicada. A bibliografia consultada permite identificar ao menos duas grandes formas de abordar a questão da localização de aterros sanitários, diferenciadas pelo teor dos elementos considerados primordial aos estudos: - Abordagem de natureza técnico-operacional, que se vale de critérios relacionados ao desempenho operacional do empreendimento no que diz respeito ao cumprimento de requisitos legais (exigências dos órgãos de meio ambiente, normas específicas, etc.) e econômicos (distância ao centro gerador, custo para a desapropriação da área, existência de material para cobertura próximo à área escolhida, etc.); - Abordagem de natureza socioambiental, que incorpora em primeiro plano preocupações relacionadas ao desempenho ambiental do empreendimento, especialmente quanto aos impactos ambientais potenciais (meios físico, biológico e antrópico) relacionados ao empreendimento, considerando-se o risco associado às suas diferentes fases (implementação, operação e operação), sobretudo pela possibilidade de falhas nas medidas tecnológicas de proteção adotadas. Além destas, há que se considerar como relevante a natureza política do processo de seleção de áreas, associada a empreendimentos dessa tipologia (que despertam, invariavelmente, reações contrárias por parte dos diferentes segmentos sociais e grupos políticos direta ou indiretamente afetados pelo empreendimento). Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 8 3.1.1. Referências - Referências acadêmicas: A partir das referências consultadas foi possível estabelecer um panorama relacionado ao modo como diversos pesquisadores têm tratado o tema da seleção de áreas para implantação de aterros sanitários. Considerando trabalhos semelhantes aplicados no entorno da região de São Carlos, algumas referências são brevemente comentadas a seguir. Zuquette et al (1994) apresentam uma ponderação específica aplicada à região de Piracicaba para a seleção de áreas para implantação de aterros sanitários, procurando uma adequação frente às condições brasileiras, que implicam em obtenção de informações em escala regional a local, situada entre 1:100.000 e 1:25.000. Os autores apresentam uma matriz de ponderação contendo 34 atributos (relacionados aos fatores substrato rochoso, materiais inconsolidados, recursos hídricos, relevo e características climáticas), a serem considerados nos estudos de localização, definindo para cada atributo um intervalo associado ao grau de adequação para a implantação de um aterro sanitário. Basílio (2001), reproduz a aplicação desta metodologia para a seleção de áreas para implantação de aterros sanitários na região de Campinas. Aplicados especificamente na região de São Carlos, destacam-se os trabalhos de Muro (2000) – que avalia o território de São Carlos, acrescentando à metodologia de Zuquette et al (op. cit) uma ponderação sobre a distância às áreas urbanas –, e de Marques (2002) – que propõe modificações na metodologia referida, valendo-se dos mesmos fatores à exceção das características climáticas, aplicando à folha Araraquara (IBGE, 1:50.000). Pfeiffer (2001) apresenta uma revisão relativa a diferentes critérios empregados para a escolha de áreas para a implantação de aterros sanitários. A autora parte de uma ampla gama de trabalhos, para estabelecer um conjunto de critérios apresentado como sendo os mais representativos dentre os trabalhos analisados. Ao final, propõe Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 9 uma matriz de ponderação para aplicação na região de Ribeirão Preto (SP) baseada nos fatores geologia/hidrogeologia, topografia, distância a águas superficiais, tipos de solo, uso do solo, distância a áreas urbanas e infra-estrutura viária. - Normas, orientações de órgãos ambientais e legislação: A norma brasileira ABNT/NBR 13896, editada em 1997, fixa condições mínimas exigíveis para projeto, implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos, de forma a proteger adequadamente as coleções hídricas superficiais e subterrâneas próximas, bem como os operadores destas instalações e populações vizinhas. Determina que o local para a implantação de um aterro sanitário deve procurar ser compatível com: a minimização do impacto ambiental causado pela sua instalação; a maximização da sua aceitação por parte da população; o zoneamento da região; a possibilidade de utilização por um longo período de tempo; a possibilidade de iniciar as operações o mais breve possível com a menor quantidade de obras. Importante destacar que a referida norma trata dos critérios como elementos recomendados e exigidos. A SMA-SP (2005) apresenta algumas considerações para a implantação de aterros sanitários em vala. Ainda que esta forma de disposição final seja considerada uma alternativa aceitável para municípios de pequeno porte (não sendo recomendada, portanto, para o município de São Carlos devido aos riscos associados à sua operação), os critérios elencados se mostram úteis para a discussão proposta. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), tem financiado a implantação de aterros sanitários. Em publicação intitulada “Fomento a projetos de ordenamento da coleta e disposição final adequada de resíduos sólidos – orientações básicas para solicitação de recursos” o MMA recomenda a observação de alguns critérios para a seleção da área, como passo inicial para a elaboração do projeto de aterro. Licenciamento ambiental do novoaterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 10 A Portaria MINTER n.º 124/80 estabelece normas para localização e construção de instalações que armazenem substâncias potencialmente causadoras de poluição hídrica. Ainda que editada especificamente para regular a instalação de indústrias potencialmente poluidoras, verifica-se sua aplicabilidade para o empreendimento em questão, ao estabelecer que “as construções ou estruturas que armazenam substâncias capazes de causar poluição hídrica, devem ficar localizadas a uma distância mínima de 200 (duzentos) metros das coleções hídricas ou cursos d’água mais próximos”. A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) no. 04, de 09 de Outubro de 1995, com base na Portaria no. 1.141/GM5 de 08 de Dezembro de 1987 (Ministério da Aeronáutica), estabelece que as “atividades de natureza perigosa, entendidas como ‘foco de atração de pássaros’, como por exemplo, matadouros, curtumes, vazadouros de lixo, culturas agrícolas que atraem pássaros, assim como quaisquer outras atividades que possam proporcionar riscos semelhantes à navegação aérea“ devem ser mantidas fora dos limites da Área de Segurança Aeroportuária, delimitada por um raio de 13 km a partir do centro geométrico do aeroporto, no caso de aeroportos que não operem por instrumentos. A referida Resolução deixa claro que esse raio poderá ser modificado a critério da autoridade aeronáutica competente de acordo com as características de um determinado aeródromo. 3.1.2. Síntese das informações – identificação dos fatores ambientais intervenientes O Quadro 1, a seguir, apresenta uma síntese dos critérios para localização de aterros sanitários a partir do material consultado. Li ce nc ia m en to a m bi en ta l d o no vo a te rr o sa ni tá rio d o m un ic íp io d e S ão C ar lo s (S P ) P la no d e Tr ab al ho p ar a el ab or aç ão d e E IA /R IM A – A N E X O IV 11 Q ua dr o 1 – sí nt es e do s cr ité rio s pa ra lo ca liz aç ão d e at er ro s sa ni tá rio s Fa to re s A ut or es G eo lo gi a H id ro ge ol og ia U so d o so lo So lo R el ev o R ec ur so s hí dr ic os su pe rf ic ia is A ce ss o à ár ea D is tâ nc ia a nú cl eo s ur ba no s O ut ro s AB N T (1 99 7) V id a út il, c us to s, p ro fu nd id ad e do le nç ol B as ag ao gl u et a l ( 19 97 ) * D is tâ nc ia d e po ço s de á gu a us ad os p ar a ab as te ci m en to p úb lic o; a tiv id ad e sí sm ic a B as íli o (2 00 1) C ar ac te rís tic as c lim át ic as (p lu vi os id ad e, di re çã o do s ve nt os , e va po tra ns pi ra çã o) C ha rn pr at he ep e t a l (1 99 7) D is tâ nc ia d e po ço s de á gu a de a ba st ec im en - to p úb lic o; s íti os a rq ue ol óg ic os ; d is tâ nc ia d e ro do vi as Ka o & Li n (1 99 6) C us to s; d is tâ nc ia d e ár ea s na tu ra is o u hi st ór ic as Ka rth ik ey an e t a l ( 19 96 ) * – Le ao e t a l ( 20 01 ) D is tâ nc ia d e ár ea s na tu ra is p ro te gi da s e de ro do vi as M ah le r & L im a (2 00 3) D is tâ nc ia d o ce nt ro g er ad or , i nf ra es tru tu ra di sp on ív el , r es tri çõ es le ga is , c us to s, ev ap ot ra ns pi ra çã o e pl uv io si da de , d is tâ nc ia da fo nt e de m at er ia l p ar a re co br im en to M ar qu es (2 00 2) – M M A (2 00 2) Vi da ú til ; d is tâ nc ia d e U ni da de s de C on se rv aç ão ; d is tâ nc ia d o ce nt ro g er ad or ; cu st os ; d is po ni bi lid ad e de s ol o pa ra im pe r- m ea bi liz aç ão ; a ce ita çã o pe la c om un id ad e M ur o (2 00 0) C ar ac te rís tic as c lim át ic as (p lu vi os id ad e, di re çã o do s ve nt os , e va po tra ns pi ra çã o) Se ne r e t a l ( 20 05 ) D is tâ nc ia d e ro do vi as , f er ro vi as , a er op or to s, du to s, li nh as d e tra ns m is sã o S id di qu i e t a l ( 19 96 ) D is tâ nc ia d e ae ro po rto s, re si dê nc ia s ou nú cl eo s de re si dê nc ia s e de á re as u sa da s po r e sp éc ie s am ea ça da s S M A (2 00 5) P ro fu nd id ad e do le nç ol fr eá tic o, d is tâ nc ia d e ha bi ta çõ es is ol ad as , v id a út il, v en to s pr ed om in an te s So uz a (1 99 9) Vi da ú til d a un id ad e, d is tâ nc ia d e ro do vi as Ts uh ak o (2 00 4) D is tâ nc ia d e ro do vi as Zu qu et te e t a l ( 19 94 ) C ar ac te rís tic as c lim át ic as (p lu vi os id ad e, di re çã o do s ve nt os , e va po tra ns pi ra çã o) * ap ud P fe iff er (2 00 1) Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 12 3.1.3. Elaboração da base de dados cartográficos A escolha do local para a implantação do empreendimento em questão deve observar, num primeiro momento, a avaliação da capacidade do meio em suportar, mitigar ou eliminar seus principais impactos. Procura-se avaliar, de modo preliminar, qual a “reação” do meio diante da “solicitação” imposta pela atividade. Tomando como base as características relacionadas à implantação e operação de um aterro sanitário, as informações relacionadas aos fatores ambientais considerados como de maior interesse para o estudo a ser elaborado consideram, num primeiro momento: estrutura e profundidade do solo, formações geológicas presentes (substrato rochoso), conformação do relevo (declividade), rede de drenagem e uso/ocupação das terras. A área definida como sendo de interesse para o estudo a ser elaborado compreende todo o município de São Carlos, que apresenta uma superfície aproximada de 1.140 km². Desta feita, os materiais cartográficos disponíveis para serem aplicados no estudo a ser elaborado, que compõem sua base de dados primária, estão descritos no Quadro 2. Quadro 2 – Fatores ambientais considerados para a determinação da aptidão ambiental do território para disposição final de resíduos domiciliares e materiais cartográficos utilizados. Fator Ambiental Fonte dos dados Geologia Mapa de Substrato Rochoso, escala 1:50.000 (Muro, 2000). Solos Carta pedológica semi-detalhada do Estado de São Paulo, escala 1:100.000 (IAC/IGC, 1989): quadrículas de São Carlos, Descalvado e Brotas. Relevo e Hidrografia Carta do Brasil (Fundação IBGE, 1971): folhas Corumbataí, Descalvado, Ibaté, Porto Pulador, Ribeirão Bonito e São Carlos – escala 1:50.000. Infra-estrutura viária básica Folhas IBGE (acima) atualizadas sobre imagem de satélite CBERS-2 (novembro de 2005) e complementadas com informações da Prefeitura Municipal. Uso e ocupação do solo Interpretação e classificação de imagens orbitais (CBERS-2 e fotos aéreas), complementadas por trabalho de campo a ser efetuado pela equipe. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 13 Para a elaboração do mapa de aptidão para a disposição final de resíduos domiciliares – também chamado neste trabalho de “ZoneamentoAmbiental para localização de aterro sanitário” – foi empregado o método da sobreposição de mapas. A manipulação dos dados geográficos, a combinação dos fatores de interesse e a visualização de cenários será realizada a partir dos softwares de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) IDRISI v. 14.1 Kilimanjaro e Cartalinx v. 1.2. O material cartográfico em formato analógico (papel), convertido para o meio digital em mesa digitalizadora Summagrid IV, tamanho A1, possibilita a geração de diversos planos de informação (mapas temáticos) em formato vetorial para cada um dos fatores ambientais considerados. Os arquivos vetoriais são, posteriormente, transformados para o formato matricial para serem manipulados e submetidos às operações necessárias para a sua sobreposição. Os mapas para os fatores ambientais descritos no Quadro 2, gerados em meio digital, são apresentados ao final. 3.2. FASE II 3.2.1. Definição dos critérios de ponderação para os fatores ambientais Em função do objetivo específico e da escala de trabalho nessa fase, a metodologia adotada baseia-se em aspectos qualitativos, ficando para a etapa do licenciamento ambiental do empreendimento a abordagem quantitativa, além de alguns critérios qualitativos mais pontuais. Como uma das premissas do trabalho é que todo o território do município seja considerado como área de estudo – ou seja, não são pré- definidas alternativas locacionais para o empreendimento –, são necessárias Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 14 duas etapas (ou “aproximações”). A primeira delas, em escala mais generalizada, visa identificar, em todo o território, quais as áreas com maior aptidão para receber o empreendimento, de modo a pré-selecionar locais nos quais estudos mais detalhados serão necessários para confirmar ou não tal aptidão. Conforme mencionado anteriormente, os estudos da primeira aproximação (abordagem qualitativa) são elaborados com base em levantamentos/mapeamentos oficiais existentes ou pesquisas acadêmicas disponíveis, atualizados com trabalhos de campo. Já os estudos que deverão compor a segunda aproximação (abordagem quali-quantitativa) serão elaborados em escala mais detalhada. O mapa resultante da primeira aproximação obtido ao final da terceira fase desse trabalho será apresentado com a indicação das áreas onde deverão ser realizados tais estudos. Importante salientar que esta metodologia foi apresentada e discutida na 38a. Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de São Carlos (COMDEMA-SC) realizada em 15 de dezembro do presente ano2, no auditório da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos – AEASC. Na ocasião, os conselheiros do COMDEMA-SC e a sociedade em geral tiveram oportunidade de conhecer e debater a proposta trazida pela equipe e apresentar sugestões de fatores a serem considerados nas duas aproximações. O Quadro 3 lista os fatores prioritários a serem considerados para a determinação da aptidão do território do município de São Carlos para a localização do aterro sanitário discutidos na reunião do COMDEMA-SC. 2 Este trabalho foi realizado entre os anos de 2005 e 2006. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 15 Quadro 3 – Fatores a serem considerados em cada uma das aproximações para a determinação da aptidão do território para a localização do aterro sanitário. Primeira aproximação Segunda aproximação - Formações geológicas de superfície - Solos - Relevo - Águas superficiais - Áreas de vegetação nativa - Áreas urbanas - Aeroportos / aeródromos - Áreas com diretrizes de uso diferenciado conforme Plano Diretor Municipal - Unidades de Conservação - Presença de comunidades / núcleos rurais - Aspectos geotécnicos (hidrogeologia, espessura do material inconsolidado, identificação de falhas, etc.) - Infra-estrutura (viário, energia, etc.) - Ventos predominantes - Estrutura fundiária Assim, considerando os trabalhos usados como referência na fase anterior e as contribuições apresentadas durante a reunião do COMDEMA-SC, elaborou-se o Quadro 4. Nele estão listados os fatores ambientais a serem observados na primeira aproximação3 e os diferentes sub-tipos de cada fator considerado. Na coluna da direita é atribuída uma classificação qualitativa quanto à aptidão de cada sub-tipo para receber o empreendimento em questão. Quadro 4 – Fatores ambientais considerados na primeira aproximação e classe de aptidão atribuída aos sub-tipos. Fator ambiental Classe de aptidão Formação Corumbataí Alta Formação Serra Geral (Derrames basálticos, diques e sills) Média Grupo Bauru e Formações Botucatu e Pirambóia Baixa Formações geológicas de superfície Aluviões Inapta Latossolos eutroférrico, distroférrico e vermelho Alta Latossolo vermelho-amarelo; Argissolos e Nitossolos Média Neossolos Litólico e Quartzarênico Baixa Solos Gleissolos Inapta Declividade entre 2 e 8% Alta Declividade inferior a 2% ou entre 8 e 15% Média Declividade entre 15 e 20% Baixa Relevo Declividade superior a 20% Inapta 3 Com exceção das áreas com diretrizes de uso diferenciado conforme Plano Diretor Municipal e das Unidades de Conservação, que são tratadas mais adiante no texto. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 16 Distância superior a 300 metros em relação aos corpos d’água superficiais (rios, córregos, lagos, represas etc.) e aos solos sob influência do lençol freático Apta Distância inferior a 300 metros em relação aos corpos d’água superficiais (rios, córregos, lagos, represas etc.) e aos solos sob influência do lençol freático Inapta Águas superficiais Áreas de manancial (APREM do Feijão e APREM do Espraiado) Inapta Ausência de vegetação nativa Apta Áreas de vegetação nativa Presença de vegetação nativa (cerrado, vegetação de várzea, áreas em estádio clímax ou em estádios médio ou avançado de regeneração de Mata Atlântica) Inapta Locais situados a distâncias superiores a 2.000 metros de áreas urbanizadas ou do perímetro urbano, incluindo distritos e condomínios Apta Áreas urbanas Área urbanizada ou dentro do perímetro urbano e locais situados a distâncias inferiores a 2.000 metros de áreas urbanizadas ou do perímetro urbano, incluindo distritos e condomínios Inapta O Quadro 5 mostra as possíveis combinações entre os fatores “formações geológicas de superfície”, “solos” e “relevo” e a classe de aptidão adotada para cada combinação. Como os demais fatores apresentam apenas as opções “apta” ou “inapta”, as classes de aptidão atribuídas em decorrência da combinação dos 3 citados fatores permanecerão caso o local também seja apto para todos os outros fatores. Por outro lado, caso um determinado local seja classificado como inapto para qualquer um dos fatores, o local é considerado inapto. Conforme pode ser observado, adotou-se uma postura conservadora em relação à proteção de águas subterrâneas, a fim de minimizar os riscos de contaminação por percolados provenientes do futuro aterro sanitário. Também merece destaque a adoção de duas classes de “média-alta” aptidão, nas quais o “fator limitante” é atribuído ora ao relevo, ora à formação geológica. Considera-se que, em se tratando de áreas com alta aptidão em relação aos fatores geologia e solos, e média aptidão para o fator relevo, as soluções técnicas para contornar tal limitação são pouco complexas, envolvendo, Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do municípiode São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 17 basicamente, intervenções de engenharia (terraplenagem e drenagem, por exemplo). Daí, nesse caso, a classificação da área na categoria de média-alta aptidão/fator limitante relevo. Já no caso de áreas com alta aptidão em relação aos fatores solos e declividade e média aptidão para o fator geologia, utiliza-se a classe de média- alta aptidão/fator limitante geologia para reforçar a necessidade dos estudos geotécnicos (que assegurem a inexistência de rochas fraturadas, por exemplo) a serem realizados em escala mais detalhada (segunda aproximação). As áreas com diretrizes de uso diferenciado conforme Plano Diretor Municipal, a princípio, não serão objeto de ponderação nem consideradas inaptas. Entretanto, em função dos objetivos que justificaram sua criação, no mapa final tais áreas serão destacadas de modo a auxiliar na tomada de decisão. De acordo com o Plano Diretor Municipal, consideram-se de uso diferenciado as seguintes áreas: Zona 6 (Produção agrícola familiar) e Áreas de Especial Interesse turístico, histórico e ecológico. De forma semelhante, a priori, não são consideradas inaptas as áreas situadas em um raio de 13 quilômetros ao redor do aeroporto Mário Pereira Lopes e do aeródromo existente em propriedade particular nas proximidades da rodovia Ayrton Senna, em Itirapina, sendo tais circunferências indicadas no mapa final para auxiliar na tomada de decisão. Em relação às modalidades de áreas especialmente protegidas definidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC – Lei 9.985/00), no Município de São Carlos observa-se a existência de apenas uma UC: a Área de Proteção Ambiental de Corumbataí-Botucatu-Tejupá (perímetro Corumbataí)4. Esta UC foi criada pelo Decreto Estadual 20.960/83 e abrange total ou parcialmente 32 municípios. Grande parte da área dessa UC situada no Município de São Carlos corresponde à bacia hidrográfica do Ribeirão do Feijão. Por tratar-se de um manancial, essa bacia hidrográfica é considerada 4 A Estação Ecológica de São Carlos, apesar do nome, tem todo o seu perímetro situado no Município de Brotas. Não apresenta um plano de manejo definido, e portanto não há uma delimitação de sua área de amortecimento. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 18 inapta para a implantação de um aterro sanitário (conforme classificação no Quadro 4). 3.2.2. Trabalhos de campo Nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2005 foram realizados trabalhos de campo a fim de verificar se os dados extraídos de mapas e imagens oficiais ou obtidos por outros pesquisadores no Município ou região condizem com a atual realidade do Município. Ao todo, até o final dessa fase, foram percorridos cerca de 800 quilômetros ao longo do território municipal conferindo-se informações como uso e ocupação do solo, presença de vegetação nativa e infra-estrutura implantada. Também foram coletadas coordenadas para 47 pontos de controle para o georeferenciamento de imagens do satélite CBERS-2 (sensor CCD, adquiridas em 27/11/2005, órbitas- ponto 156_124 e 156_125) (ver anexos V e VI). Tais imagens foram utilizadas para auxiliar na localização de fragmentos de vegetação nativa, reservatórios, estradas e limites das áreas urbanizadas e dos condomínios situados nas áreas rurais. Para a obtenção das coordenadas dos pontos de controle para o georeferenciamento das imagens utilizou-se um receptor GPS Garmin, eTrex Vista, com precisão nominal para coordenadas planas variando em torno de 15 metros. Quadro 5 – Combinações possíveis entre os fatores “formações geológicas de superfície”, “solos” e “relevo” e a classe de aptidão adotada para cada combinação. GEOLOGIA SOLOS RELEVO CLASSE DE APTIDÃO ALTA ALTA MÉDIA MÉDIA-ALTA (FATOR LIMITANTE RELEVO) BAIXA BAIXA ALTA INAPTA INAPTA ALTA MÉDIA MÉDIA MÉDIA BAIXA BAIXA MÉDIA INAPTA INAPTA ALTA BAIXA MÉDIA BAIXA BAIXA BAIXA ALTA BAIXA INAPTA INAPTA Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 19 ALTA INAPTA MÉDIA INAPTA BAIXA INAPTA INAPTA INAPTA INAPTA ALTA MÉDIA-ALTA (FATOR LIMITANTE GEOLOGIA) MÉDIA MÉDIA BAIXA BAIXA ALTA INAPTA INAPTA ALTA MÉDIA MÉDIA MÉDIA BAIXA BAIXA MÉDIA INAPTA INAPTA ALTA BAIXA MÉDIA BAIXA BAIXA BAIXA BAIXA INAPTA INAPTA ALTA INAPTA MÉDIA INAPTA BAIXA INAPTA MÉDIA INAPTA INAPTA INAPTA ALTA BAIXA MÉDIA BAIXA BAIXA BAIXA ALTA INAPTA INAPTA ALTA BAIXA MÉDIA BAIXA BAIXA BAIXA MÉDIA INAPTA INAPTA ALTA BAIXA MÉDIA BAIXA BAIXA BAIXA BAIXA INAPTA INAPTA ALTA INAPTA MÉDIA INAPTA BAIXA INAPTA BAIXA INAPTA INAPTA INAPTA ALTA INAPTA MÉDIA INAPTA BAIXA INAPTA ALTA INAPTA INAPTA ALTA INAPTA MÉDIA INAPTA BAIXA INAPTA MÉDIA INAPTA INAPTA ALTA INAPTA MÉDIA INAPTA BAIXA INAPTA BAIXA INAPTA INAPTA ALTA INAPTA MÉDIA INAPTA BAIXA INAPTA INAPTA INAPTA INAPTA INAPTA 3.3. FASE III A partir dos critérios estabelecidos na fase anterior, apresentados nos Quadros 4 e 5, a aptidão do território para a instalação de aterro sanitário é obtida sobrepondo-se as informações relacionadas aos fatores ambientais Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 20 considerados nessa primeira aproximação. A Figura 1, a seguir, ilustra o resultado obtido para o município de São Carlos. Figura 1 – mapa de aptidão do território para implantação de aterro sanitário É possível observar que o território do município de São Carlos não apresenta áreas de aptidão alta ou média-alta/limitação relevo, segundo os critérios de ponderação adotados. Além disso, nota-se uma concentração das áreas de maior aptidão (média-alta aptidão/limitação geologia) na porção centro-norte do município. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 21 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Entendendo que a vida útil indicada para a operação do futuro aterro sanitário de São Carlos não deve ser inferior a 20 anos (com possibilidade de ultrapassar esse prazo, caso ocorra a adoção de políticas de minimização de geração e descarte de resíduos), e levando-se em consideração a atual geração de 140 toneladas diárias de resíduos domiciliares, a demanda territorial estimada para a implantação do futuro aterro sanitário estará entre 35 a 50 hectares, já considerando as áreas para disposição dos resíduos, tratamento dos líquidos coletados, recebimento e pesagem, administração, além de áreas para a implantação de uma faixa de vegetação para minimização dos impactos visual e de geração de odores. A partir dos resultados obtidos pelo zoneamento efetuado, verifica-se a existência de 106 polígonos com área superior a 1 hectare (polígonos com área inferior são constituídos de poucos pixels isolados e não serão considerados para efeito de cálculo) que apresentam aptidão média-alta limitada pela formação geológica (Serra Geral), apresentando áreas que variam até 844.92 hectares. Destes polígonos, 19 apresentam-se com potencial para a implantação do aterro por atenderem demanda por área para o empreendimento (superior a 35 hectares), conforme indicado no Quadro 6 e ilustrado na Figura 2. Quadro 6 – áreas com potencial para implantação do novo aterro sanitário ID polígono Área (ha) ID polígono Área (ha) 101 844.92 184 71.91 172 401.94 103 62.55 29 379.53 551 47.34 5 216.18 401 44.37 392 171 21 43.56 342 162.99 182 42.57 236 121.32 466 42.48 441 115.74 136 35.64 404 104.94490 35.64 427 93.24 – – Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 22 18 00 00 19 00 00 20 00 00 21 00 00 7550000 7560000 7570000 7580000 7590000 7600000 7610000 norte metros 5000.00 5 21 29 101 103 136 172 182 184 236 342 392 401 404 427 441 466 490 551 rodovias estradas rurais ferrovia alta tensão ID_polígono áreas aptas para implantação do novo aterro sanitário Figura 2 – áreas aptas para implantação de aterro sanitário (>35 hectares) Observando a Figura 2, destaca-se o fato de que tais áreas localizam-se – em sua maioria – dentro dos limites da Área de Segurança Aeroportuária (ASA) considerando-se um raio de 13 km a partir do centro da pista do aeroporto Mário Pereira Lopes, o que indica a necessidade de uma consulta à autoridade aeronáutica competente (conforme a legislação específica) caso a área escolhida para a implantação do aterro sanitário esteja situada dentro da ASA. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 23 Ao longo dos dias 21, 23 e 26 de dezembro de 2005 foram realizados trabalhos de campo a fim de verificar in loco a situação das áreas com potencial para implantação do empreendimento. Foram percorridos, nessa fase, cerca de 450 km e visitados 21 pontos. As informações complementares apresentadas ao final trazem a planilha elaborada após o trabalho de campo (com informações referentes às coordenadas dos pontos visitados, e observações referentes à situação da área com relação ao uso e ocupação do solo, condições de acesso e observações gerais) e o relatório fotográfico contendo as imagens coletadas nessa fase. Com base nas informações produzidas no presente estudo (primeira aproximação), a escolha da área que deverá acomodar o novo aterro sanitário de São Carlos ainda deverá passar por outras etapas que possibilitem um detalhamento das características relativas a possíveis áreas selecionadas – dentre as áreas indicadas como aptas – a partir de uma nova gama de critérios que considerem, pelo menos, aspectos físicos (direção dos ventos predominantes, hidrogeologia, profundidade e características do solo, existência de fraturas no substrato rochoso, etc.), sociais (estrutura fundiária, uso e ocupação do solo em nível de detalhe), econômicos (distância ao centro gerador, condições de acesso, custo da terra para desapropriações) e, novamente, políticos (fundamentalmente relacionados à aceitação, pela comunidade, da área indicada). Ao solicitar o presente estudo, o município demonstra ter acomodado, no processo decisório, os elementos básicos ligados à sustentabilidade ambiental. A localização de atividades realizada a partir da caracterização do meio e da atividade que se pretende instalar, com a participação da sociedade envolvida na discussão e definição dos critérios a serem aplicados, é condição essencial para a determinação da viabilidade ambiental do empreendimento, intrinsecamente relacionada aos preceitos de um novo paradigma de desenvolvimento, com bases efetivamente sustentáveis. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 24 5 – BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA BASAGAOGLU, H.; CELENK, E.; MARIÑO, M. A.; USUL, N. (1997). Selection of Waste Disposal Sites Using GIS. Journal of the American Water Resources Association, v. 33, n. 2. Apr., p. 455-464. BASÍLIO, J. A. F. (2001). Procedimentos para seleção de áreas para aterros sanitários a partir de cartas geotécnicas: aplicação na folha de Campinas (SP). 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(2001). Projecto Landfill: concepção e desenvolvimento de uma aplicação SIG para a localização de um aterro sanitário. Anais. ESIG 2001. Portugal. FREMPONG, E. M. (1999). Engineering geological assessment of a proposed waste disposal site in coastal southwestern Ghana. Environmental Geology, v. 37, n. 3, Mar. Springer-Verlag. (on-line) HARTMAN, D. H.; GOLTZ, M. N. (2002). Application of the analytic hierarchy process to select characterization and risk-based decision-making and management methods for hazardous waste sites. Environmental Engineering Policy, v. 3, n. 1- 7. Springer-Verlag. (on-line) KAO, J. J.; LIN, H. Y. (1996). Multifactor spatial analysis for landfill siting. Journal of Environmental Engineering, v. 122, n. 10, October. p. 902-908. KARTHIKEYAN, K. G.; ELLIOTT, H. A. BRANDT, R. C. (1996). Siting monofills for residuals using GIS. Journal American Water Works Association, v. 88, n. 2, Feb., p. 68-75. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 25 LEAO, S.; BISHOP, I.; EVANS, D. (2001). Assessing the demand of solid waste disposal in urban region by urban dynamics modelling in a GIS environment. Resources, Conservation and Recycling, v. 33, n. 4, p. 289-313. MAHLER, C. F.; LIMA, G. S. (2003). Applying value analysis and fuzzy logic to select areas for installing waste fills. Environmental Monitoring and Assessment, v. 84, n. 1-2, p. 129-140. MARQUES, G. N. (2002). Seleção de áreas para aterros sanitários baseada em mapeamento geotécnico e analytic hierarchy process – AHP. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. MMA (2002). Fomento a projetos de ordenamento da coleta e disposição final adequada de resíduos sólidos: orientações básicas para solicitação de recursos. Brasília: Ministério do Meio Ambiente. MONTAÑO, M. (2002). Os recursos hídricos e o zoneamento ambiental: o caso do município de São Carlos (SP). Dissertação (mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. MOREIRA, M. A. A. (2002). Aplicação de Técnicas de Geoprocessamento para Seleção de Áreas de Resíduos Sólidos em Aterro Sanitário: Município de Descalvado (SP). Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Carlos. MURO, M. D. (2000). Carta de zoneamento para seleção de áreas frente à instalação de aterros sanitários no Município de São Carlos – SP – Escala 1:50.000. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. 2 Volumes. PEJON, O. J. (1992). Mapeamento geotécnico da folha de Piracicaba-SP (escala 1:100.000): estudo de aspectos metodológicos, de caracterização e de apresentação dos atributos. Tese (doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. PFEIFFER, S. C. (2001). Subsídios para a ponderação de fatores ambientais na localização de aterros de resíduos sólidos utilizando o sistema de informações geográficas. Tese (Doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. RANIERI, V. E. L. (2000). Determinação das potencialidades e restrições domeio físico como subsídio para o zoneamento ambiental: estudo de caso do município de Descalvado (SP). Dissertação (mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. SENER, B.; SÜZEN, M. L.; DOYURAN, V. (2005). Landfill site selection by using geographical information systems. Environmental Geology, November. (on line) SIDDIQUI, M. Z.; EVERETT, J. W.; VIEUX, B. E. (1996). Landfill siting using geographical information systems: a demonstration. Journal of Environmental Engineering, v. 122, n. 6, Jun. p. 515-523. SILVA, R. F. (2002). Aplicação metodológica de mapeamento geotécnico especifico para seleção de áreas para disposição de resíduos sólidos industriais cerâmicos Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 26 do município de Porto Ferreira - SP. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Carlos. SMA (2005). Procedimentos para implantação de aterro sanitário em valas. São Paulo: CETESB / Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.ambiente.sp.gov.br/valas/proced_implantacao/proc_implant.pdf> SOUZA, F. C. B. (1999). Sistema de apoio à decisão em ambiente espacial aplicado em um estudo de caso de avaliação de áreas destinadas para disposição de resíduos sólidos na região metropolitana de Porto Alegre. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: http://www.eps.ufsc.br/teses99/souza/index.html TSUHAKO, E. M. (2004). Seleção preliminar de locais potenciais à instalação de aterros sanitários na sub-bacia da represa de Itupararanga (bacia dos rios Sorocaba e Médio Tietê). Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. ZUQUETTE, L. V.; PEJON, O. J.; SINELLI, O.; GANDOLFI, N. (1994). Methodology of specific engineering geological mapping for selection of sites for waste disposal. International Congress of the International Association of Engineering Geology, 7. Proceedings. Lisboa, Portugal, v. 4 p. 2481-90. Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 27 Fatores ambientais intervenientes 19 00 00 20 00 00 21 00 007550000 7560000 7570000 7580000 7590000 7600000 7610000 norte metros 5000.00 Latossolo eutroférrico Latossolo distroférrico Latossolo Vermelho Latossolo Vermelho-Amarelo Argissolo Vermelho-Amarelo Argissolo Vermelho-Amarelo (abrúptico) Nitossolo Gleissolo Neossolo Litólico Neossolo Quartzarênico urbana Mapa de solos Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 28 19 00 00 20 00 00 21 00 007550000 7560000 7570000 7580000 7590000 7600000 7610000 norte metros 5000.00 aluviões Grupo Bauru Fm. Serra Geral (derrames basálticos) Fm. Serra Geral (diques e sills) Fm. Botucatu Fm. Pirambóia Fm. Corumbataí áreas urbanas Mapa de Substrato Rochoso Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 29 19 00 00 20 00 00 21 00 007550000 7560000 7570000 7580000 7590000 7600000 7610000 norte metros 5000.00 520 551 583 614 645 676 708 739 770 801 833 864 895 926 958 989 1020 Topografia Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 30 19 00 00 20 00 00 21 00 007550000 7560000 7570000 7580000 7590000 7600000 7610000 norte metros 5000.00 <500.57 532.60 564.63 596.66 628.69 660.72 692.75 724.78 756.81 788.84 820.87 852.90 884.94 916.97 949.00 981.03 1013.06 Modelo Digital de Elevação Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 31 norte Perspectiva tridimensional, orientada a NW norte Perspectiva tridimensional, orientada a NE Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 32 19 00 00 20 00 00 21 00 007550000 7560000 7570000 7580000 7590000 7600000 7610000 norte metros 5000.00 0.00 3.74 7.48 11.22 14.96 18.69 22.43 26.17 29.91 33.65 37.39 41.13 44.87 48.60 52.34 56.08 >=59.82 Declividade Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 33 Documentação fotográfica da 38a. Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de São Carlos (COMDEMA-SC) realizada em 15 de dezembro de 2005 no auditório da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos (AEASC). Fotos 01 e 02 – Prof. Valdir Schalch apresenta o trabalho aos conselheiros do COMDEMA e ao público presente Foto 03 – Presentes na reunião do COMDEMA de 15/12/2005 assistem apresentação dos resultados da primeira fase do estudo para localização do novo aterro sanitário. 01 02 03 Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 34 Fotos 04, 05 e 06 – Equipe técnica esclarece dúvidas e recolhe sugestões dos presentes na reunião do COMDEMA de 15/12/2005. 04 05 06 Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 35 Mapa final – aptidão para localização de aterro sanitário no município de São Carlos Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 36 Planilha elaborada a partir dos trabalhos de campo realizados para verificação das áreas indicadas como aptas para a instalação do aterro sanitário *ASA – Área de Segurança Aeroportuária ** AEI – Área de Especial Interesse ponto coord. X coord. Y uso/ocupação distância até cidade (m) cond. acesso observações 01 199239 7582635 pasto; cana 17.750 SP-318 (100 m) fazenda Sta. Cecília; área de topo; ASA* 02 200570 7583189 cana 19.630 acesso por terra ok Usina Sta. Cruz; área de topo, indicativos de área habitada; ASA 03 199576 7584752 cana 19.900 SP-318 Faz. Álamo (?); ASA 04 200016 7585734 pasto 21.050 acesso por terra ok plano; habitações próximas com pequenos sítios; ASA 05 199091 7585938 laranja 21.800 acesso por terra razoável/ruim Fazenda Mina; ASA 06 200418 7587680 cana 23.320 acesso por terra ok ASA 07 198385 7585054 culturas diversas 20.600 acesso razoável/ruim pequenos proprietários; ASA 08 198385 7585054 culturas diversas; gado 20.600 acesso razoável/ruim pequenos proprietários; ASA 09 198061 7585992 laranja; pasto sujo 21.800 acesso razoável/ruim Fazenda Mina; ASA 10 206127 7580835 pastagens; pecuária intensa 20.350 Rodovia Abel Terrugi Faz. Ingamirim; grande propriedade; ASA 11 208648 7588705 cana; laranja; pasto; seringueiras 28.990 Rodovia Abel Terrugi áreas habitadas; seccionada pela rodovia; ASA; AEI** 12 205470 7574992 cana; pastagens 14.700 Guilherme Scatena; via pedreira Bandeirantes indicativos de pavimentação da rodovia; ASA; AEI 13 204180 7577965 cana 17.060 Rodovia Abel Terrugi; acesso terra ok Fazenda Chile; ASA 14 205480 7578029 laranja 17.200 Rodovia Abel Terrugi Fazenda Colômbia; área seccionada pela rodovia; ASA; AEI 15 206071 7579550 cana 18.800 Rodovia Abel Terrugi área seccionada pela rodovia; ASA; AEI 16 208589 7577509 cana; laranja 21.550 acessopor terra razoável ASA; AEI 17 208339 7578405 cana 22.800 acesso por terra ruim estábulos próximos à represa; ASA; AEI 18 210970 7586602 cana 29.200 acesso por terra razoável acesso via Represa da Barra; AEI 19 213381 7583955 cana 25.500 acesso por terra razoável área habitada próximo à linha de transmissão; Rei Frango; AEI 20 190192 7558904 cana 13.900 acesso ok - 21 206028 7571324 cana 8.600 acesso ok ASA; AEI Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 37 Relatório fotográfico: trabalhos de campo realizados para verificação das áreas indicadas como aptas para a instalação do aterro sanitário Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 38 FOTO 1 FOTO 2 FOTO 3 FOTO 4 Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 39 FOTO 5 FOTO 6 FOTO 7 FOTO 8 Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 40 FOTO 9 FOTO 10 FOTO 11 FOTO 12 Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 41 FOTO 13 FOTO 14 FOTO 15 FOTO 16 Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 42 FOTO 17 FOTO 18 FOTO 19 Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 43 FOTO 20 FOTO 21 Licenciamento ambiental do novo aterro sanitário do município de São Carlos (SP) Plano de Trabalho para elaboração de EIA/RIMA – ANEXO IV 44 Áreas aptas para implantação do novo aterro sanitário (1ª aproximação)
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