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Gestão Judiciária

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1 
 
 
 
GESTÃO JUDICIÁRIA BRASILEIRA 
 2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho 
de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma 
entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de co-
nhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na 
sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos 
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, 
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publi-
cações e/ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, 
de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, ex-
celência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar 
o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de quali-
dade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4 
1.1.Estado Democrático de Direito ..................................................................... 4 
1.2.A Constituição Federal e o Poder Judiciário................................................. 6 
1.3. Órgãos de Controle da Magistratura no Brasil ............................................ 7 
2.JUSTIÇA DO TRABALHO ............................................................................... 9 
2.1.Tribunal Superior do Trabalho .................................................................... 10 
2.2.Tribunais Regionais do Trabalho ................................................................ 14 
2.3.Varas de Trabalho ...................................................................................... 16 
2.4.Da Justiça Gratuita ..................................................................................... 16 
3.GESTÃO DA POLÍTICA JUDICIÁRIA NACIONAL ........................................ 17 
4. O PAPEL DO JULGADOR ........................................................................... 24 
4.1. Dever ético do magistrado ......................................................................... 24 
4.2. Independência e autonomia ...................................................................... 29 
4.3. Juiz legalista e ativista ............................................................................... 30 
5. PRINCIPAIS CAUSAS DE MOROSIDADE .................................................. 32 
5.1. Causas internas ........................................................................................ 33 
5.1.1. Omissão do juiz ...................................................................................... 33 
5.1.2. Desorganização administrativa .............................................................. 34 
5.1.3. Causas estruturais ................................................................................. 35 
5.2. Causas externas ....................................................................................... 36 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 36 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 38 
 
 
 
 
 4 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1. Estado Democrático de Direito 
O Estado Democrático de Direito é um sistema institucional garantidor dos 
direitos fundamentais previstos na constituição. Por meio dele é estabelecido 
normas e regras direcionados a sociedade, conforme expõe o artigo 1º da Carta 
Magna que diz: 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição. (BRASIL, 1988) 
 
Entretanto, para que se torne efetiva a prestação jurisdicional, é 
necessário adentrar-se a realidade, função esta que pertence ao poder judiciário 
realizar por meio de seus julgamentos. Assim, pode-se dizer que o poder 
judiciário é necessário ao sistema de pesos e contrapesos de Montesquieu, uma 
vez que limita o abuso de poder e o autoritarismo. 
Figura 1: Freios e Contrapesos 
 
Fonte: (VANIN, 2020) 
 5 
 
 
Moraes (2007, p. 385) complementa dizendo que: 
 
A divisão segundo o critério funcional é a célebre “separação de 
poderes”, que consiste em distinguir três funções estatais, quais sejam, 
legislação, administração e jurisdição, que devem ser atribuídas a três 
órgãos autônomos entre si, que as exercerão com exclusividade; foi 
esboçada pela primeira vez por Aristóteles, na obra “Política”, 
detalhada posteriormente por John Locke, no Segundo Tratado de 
Governo Civil, que também reconheceu três funções distintas, entre 
elas a executiva, consistente em aplicar a força pública no interno, para 
assegurar a ordem e o direito, e a federativa, consistente em manter 
relações com outros Estados, especialmente por meio de alianças. E, 
finalmente, consagrada na obra de Montesquieu O Espírito das Leis, a 
quem devemos a divisão e distribuição clássicas, tornando-se princípio 
fundamental da organização política liberal e transformando-se em 
dogma pelo art. 16 da Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão, de 1789, e é prevista no art. 2º de nossa Constituição 
Federal. 
 
Portanto, a separação dos poderes é uma forma de garantir a plena 
liberdade política de cada um, inclusive a minoria. Traz consigo tanto a formação 
do Estado de Direito, como também a possibilidade de prevenção do abuso de 
poder. 
Em se tratando ainda do poder judiciário, sua atuação não está limitada a 
resolução de lides, mas também do controle de constitucionalidade, de modo 
que o judiciário analisa as normas constitucionais para garantir a compatibilidade 
destas com a Carta Magna. 
De acordo com Nunes Júnior (2018, p.504): 
 
Para saber se uma lei é constitucional ou não devemos fazer uma 
análise do texto normativo infraconstitucional com: a) o texto 
constitucional; b) os princípios decorrentes da constituição, implícitos 
ou expressos; c) os tratados internacionais sobre direitos humanos 
incorporados no Direito brasileiro com força de norma constitucional. Á 
soma desses três elementos dá-se o nome de bloco de 
constitucionalidade. 
 
Quanto ao controle de constitucionalidade, o poder judiciário realizar o 
controle difuso ou concreto, que pode ser realizado por qualquer juiz ou tribunal, 
no caso concreto, não tem essa decisão o efeito erga omnes, mas sim o efeito 
interpartes. 
 6 
 
 
1.2. A Constituição Federal e o Poder Judiciário 
A Constituição Federal de 1988 trouxe significativas conquistas sociais 
intensificando as formas coletivas de tutela e de proteção aos interesses meta-
individuais, como as ações de mandado de segurança coletivo, ação civil pública 
e ação popular. 
Quando ao Poder Judiciário, este é chamado a assumir seupapel de 
poder político, ou seja, agente transformador da sociedade, influenciando nas 
decisões do governo e no destino da nação. 
A estrutura do Poder Judiciário foi alterada pela Constituição Federal, haja 
vista a criação de cinco Tribunais Regionais Federais, órgãos de segunda 
instância da justiça federal, bem como a criação do Superior Tribunal de Justiça, 
encarregado de várias competências originárias ou recursais antes atribuídas ao 
Tribunal Federal de Recursos ou ao Supremo. 
O sistema democrático exige que o Estado conduza as suas metas com 
moralidade, transparência e eficiência; quando estes objetivos não são 
respeitados a sociedade pode recorrer ao Judiciário. Assim, a Constituição de 
1988 acabou por trazer à tona a importância do Poder Judiciário para a 
sociedade, passando a exigir deste Poder, como Poder da União, transparência, 
eficiência, celeridade, participação, dentre outras qualidades; mas o Judiciário 
ainda não estava totalmente otimizado para assumir a demanda que rápido se 
avolumou. A crise institucional deste Poder é fato real; entretanto, vislumbra-se 
a sua busca para adaptar-se ao novo contexto histórico. 
Menciona Moreira que a situação de crise do Poder Judiciário, com a atual 
Constituição, veio à tona e se agravou: 
 
Mais precisamente no que respeita ao Poder Judiciário, ao contrário, 
pode-se inclusive afirmar que a nova ordem constitucional acabou 
colaborando, em certa medida, com o agravamento de uma situação 
de crise – compreendida enquanto atuação deficitária – que, de alguma 
forma, já vinha mesmo sendo desenhada há algum tempo e que ainda 
encontra-se pendente de um devido equacionamento tanto no que 
respeita à sua função instrumental, na composição formal dos conflitos, 
como no tocante a sua relevância político-institucional, enquanto poder 
do Estado. 
 7 
 
 
As prerrogativas dos membros do Poder Judiciário, conquistadas ao longo 
da história, bem como as necessárias modificações neste Poder, não devem ser 
incompatibilidade com o regime democrático. Diante dos obstáculos enfrentados 
pelo Poder Judiciário, fala-se da necessidade de reforma que o torne mais 
acessível ao povo e célere na aplicação da justiça e da lei em prol da sociedade 
brasileira. 
No Brasil as tarefas relativas ao Poder Judiciário possui uma distribuição 
de tarefas entre os diferentes órgãos que o compõe. 
A jurisdição como expressão do poder estatal é uma só, não comporta 
divisões, é eminentemente nacional. Todavia, sendo o Poder Judiciário uma 
instituição burocrática, possui a característica da divisão do trabalho; assim, 
organizou-se a jurisdição brasileira em dois planos: comum e especializado. A 
justiça comum subdivide-se em justiça estadual e federal, cada uma com os seus 
juizados especiais para causas de menor complexidade ou reduzido potencial 
ofensivo. Por outro lado, a jurisdição especializada é composta pelas justiças do 
trabalho, eleitoral e militar, existindo também a jurisdição militar nas esferas 
federal e estadual. 
1.3. Órgãos de Controle da Magistratura no Brasil 
Em 1979 foi aprovada a Lei Complementar de nº 35, onde se 
regulamentava sobre os aspectos do judiciário de modo geral, indo além do que 
era previsto na própria Carta Magna, em seu artigo 103-B: 
 
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) 
membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, 
sendo: 
I - O Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
II - Um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo 
respectivo tribunal; 
III - Um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo 
respectivo tribunal; 
IV - Um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo 
Tribunal Federal; 
V - Um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
VI - Um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior 
Tribunal de Justiça; 
VII - Um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
 8 
 
 
VIII - Um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal 
Superior do Trabalho; 
IX - Um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
X - Um membro do Ministério Público da União, indicado pelo 
Procurador-Geral da República; 
XI Um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo 
Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão 
competente de cada instituição estadual; 
XII - Dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil; 
XIII - Dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado 
Federal. 
 
Zveiter (2020, p.42) acrescenta que: 
 
O Conselho Superior da Magistratura Nacional assim constituído e com 
tal atribuição, ao tempo em que atende aos princípios da Federação e 
aos anseios da sociedade de contar com um órgão de controle ativo 
do Poder Judiciário, sem excepcionar qualquer de seus integrantes, 
obviamente não exclui a competência do Egrégio Supremo Tribunal 
Federal para, contenciosamente, examinar em instância derradeira o 
acerto ou não das sanções ou rejeições das representações 
oferecidas, já que no fundo, todas envolverão os predicamentos 
constitucionais da Magistratura. 
 
Desse modo, pode-se dizer que o Conselho possui como finalidade a 
garantia de que as ações do judiciário ocorram visando sempre os princípios da 
moralidade, eficiência e efetividade. Contudo, sua finalidade não deve ser 
confundida com a atividade exercida pelo Poder Judiciário, mas sim do controle 
da magistratura. 
Há também que se falar da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB e a 
Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB, que são utilizados como controle 
externo. Nesse caso, a OAB veio com o intuito de controlar de modo externo as 
ações do judiciário que omita o corporativismo. 
É importante frisar que em casos de crimes cuja responsabilidade é do 
magistrado do STF, os mesmos serão julgados pelo Senado, mas isso não quer 
dizer que é uma gestão indevida. Contudo, isso não ocorre nos casos de 
processos disciplinares e também em casos de obrigações que decorrem do 
exercício da função. 
 9 
 
 
2. JUSTIÇA DO TRABALHO 
Os dissídios, oriundos das relações entre empregados e empregadores 
bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços, em 
atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do 
Trabalho, de acordo com o presente Título e na forma estabelecida pelo 
processo judiciário do trabalho. 
A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as 
ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão 
Gestor de Mão-de-Obra (OGMO) decorrentes da relação de trabalho. 
A justiça do trabalho é composta pelos seguintes órgãos, 
➢ o Tribunal Superior do Trabalho; 
➢ os Tribunais Regionais do Trabalho; 
➢ Juízes do Trabalho. 
Ademais, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar, 
➢ as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
➢ as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
➢ as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos 
e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
➢ os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
➢ os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
➢ as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho;10 
 
 
➢ as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
➢ a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, 
e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
➢ outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
Ademais, umas vez que frustrada a negociação coletiva, as partes 
poderão eleger àrbitros, para exercer essa função precisa ser pessoa capaz e 
que possua confiança das partes, podendo elas nomear um ou mais árbitros, 
sempre em número ímpar, podendo nomear também suplentes, conforme dispõe 
a Lei de Arbitragem. 
2.1. Tribunal Superior do Trabalho 
Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar, conciliar e julgar, 
na forma da lei, em grau originário ou recursal ordinário ou extraordinário, as 
demandas individuais e os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos 
Tribunais Regionais, os conflitos de direito sindical, assim como outras 
controvérsias decorrentes de relação de trabalho, e os litígios relativos ao 
cumprimento de suas próprias decisões, de laudos arbitrais e de convenções e 
acordos coletivos. 
No direito do trabalho, muito embora existam recursos que podem ser 
destinados ao Supremo Tribunal Federal, temos como útilma instância em 
matéria trabalhista o Tribunal Superior do Trabalho. 
O Poder Judiciário, na esfera trabalhista, tem a sua organização e divisão 
prevista no art. 111 da Constituição Federal de 1988, que prevê que são órgãos 
da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais 
do Trabalho e os Juízes do Trabalho (Brasil, 1988). 
Até o advento da Emenda Constitucional nº 24/1999, existia a figura do 
“juiz classista” em número de dois, sendo um representando os empregados e 
outro o empregador, com o objetivo de buscar uma solução para o conflito 
mediante a realização de um acordo entre as partes litigantes. 
 11 
 
 
Porém, como narrado, a EC 24/1999 extinguiu a função de juiz classista, 
passando o juiz do trabalho a ser o responsável, em primeira instância, pela 
condução do processo dentro de suas competências que serão futuramente 
abordadas. (Brasil, 1999) 
O Tribunal Superior do Trabalho possui em sua composição 27 (vinte e 
sete) ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos 
de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta 
do Senado Federal, sendo um quinto dentre advogados com mais de dez anos 
de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho 
com mais de dez anos de efetivo exercício; os demais dentre juízes dos Tribunais 
Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo 
próprio Tribunal Superior. 
A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
A Justiça do Trabalho, desde que foi criada possui três graus de 
jurisdição. 
Em primeiro grau, temos as varas do trabalho, que, antes da EC nº 
24/1999, eram chamadas de Junta de Conciliação de Julgamento; em segundo 
grau, os Tribunais Regionais do Trabalho, e, por fim, em um terceiro grau, o 
Tribunal Superior do Trabalho. 
Para fins de organização interna, a Constituição Federal de 1988, em seu 
art. 96, inciso I, alínea “a”, conferiu ao órgão superior em matéria trabalhista a 
autonomia de eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, 
com observância das normas de processo e das garantias processuais das 
partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos 
jurisdicionais e administrativos; organizar suas secretarias e serviços auxiliares 
e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade 
correicional respectiva; prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos 
de juiz de carreira da respectiva jurisdição; propor a criação de novas varas 
judiciárias; prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos 
aos cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança 
 12 
 
 
assim definidos em lei; conceder licença, férias e outros afastamentos a seus 
membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados. 
Ademais é conferido aos Tribunais Superiores, ao STF e aos Tribunais de 
justiça propor ao Poder Legislativo respectivo a alteração do número de 
membros dos tribunais inferiores; a criação e a extinção de cargos e a 
remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem 
vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, 
inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; a criação ou extinção dos 
tribunais inferiores; a alteração da organização e da divisão judiciárias. 
Consoante a isso para desenvolver as atribuições jurisdicionais o TST ele 
atua por meio de seus órgãos, que são: 
I – Tribunal Pleno; 
II – Órgão Especial; 
III – Seção Especializada em Dissídios Coletivos; 
IV – Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em dias 
subseções; e 
V – Turmas. 
Além destes órgãos, funcionam a Escola Nacional de Formação e 
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho – ENAMAT, cabendo-lhe, dentre 
outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na 
carreira; Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT, cabendo-lhe 
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e 
patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão 
central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 
O Tribunal Pleno é constituído pelos ministros da Corte e para seu 
funcionamento é necessário que haja, no mínimo, quatorze ministros, bem como 
deve haver maioria absoluta para tratar de assunto sobre: 
 13 
 
 
O Órgão Especial é composto por quatorze membros, sendo sete por 
antiguidade, sete por eleição e três suplentes, intregrando o Presidente e o vice-
presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Jutiça do Trabalho, juntamente 
com os demais Ministros mais antigos eleitos. 
Integram a Seção Especializada em Dissídios Coletivos o Presidente e o 
Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais 
6 (seis) Ministros. Importante ressaltar que o quorum para o funcionamento da 
Seção Especializada em Dissídios Coletivos é de 5 (cinco) Ministros, sendo que, 
na falta de quorum, deve ser convocado Ministro para substituir o ausente, 
preferencialmente da sua mesma Turma. 
Já A Seção Especializada em Dissídios Individuais é composta de 21 
(vinte e um) Ministros, sendo o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o 
CorregedorGeral da Justiça do Trabalho e mais 18 (dezoito) Ministros, e funciona 
em composição plena ou dividida em duas subseções para julgamento dos 
processos de sua competência e o quorum exigido para o funcionamento da 
Seção Especializada em Dissídios Individuais plena é de 11 ( onze) Ministros, 
mas as deliberações só poderão ocorrer pelo voto da maioria absoluta dos 
integrantes da Seção. 
Figura – Órgãos da Justiça do Trabalho. 
 14 
 
 
 
(Fonte: guia trabalhista) 
 
2.2. Tribunais Regionais do Trabalho 
Temos, ainda no âmbito do Poder Judiciário na esfera trabalhista, os 
Tribunais Regionais do Trabalho, que originalmente, na forma do art. 112 da 
Constituição Federal de 1988, previa que deveria haver um Tribunal Regional do 
Trabalho em cada Estado e no Distrito Federal. (Brasil, 1988) 
Após o advento da EC nº 45/2004, foi dada nova redação ao texto 
constitucional, retirando a obrigatoriedade de instalação de ao menos um 
Tribunal Regional do Trabalho por Região,havendo assim a possibilidade de 
que um Tribunal tenha jurisdição sobre duas unidades da federação. 
Adverte-se que o art. 674 da CLT prevê apenas a instalação e 
funcionamento de 8 (oito) TRTs, dividindo o Estado brasileiro em 8 (oito) regiões, 
estabelecidos respectivamente: 
 15 
 
 
1ª Região - Estados da Guanabara, Rio de Janeiro e Espírito Santo; 
2ª Região - Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso; 
3ª Região - Estados de Minas Gerais e Goiás e Distrito Federal; 
4ª Região - Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; 
5ª Região - Estados da Bahia e Sergipe; 
6ª Região - Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do 
Norte; 
7ª Região - Estados do Ceará, Piauí e Maranhão; 
8ª Região - Estados do Amazonas, Pará, Acre e Territórios Federais do 
Amapá, Rondônia e Roraima. 
Os respectivos tribunais possuem sede nas cidades: Rio de Janeiro (1ª 
Região), São Paulo (2ª Região), Belo Horizonte (3ª Região), Porto Alegre (4ª 
Região), Salvador (5ª Região), Recife (6ª Região), Fortaleza (7ª Região) e Belém 
(8ª Região). 
 Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais 
dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do 
Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório 
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das 
respectivas classes. Uma vez recebidas as indicações, o tribunal formará lista 
tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, 
escolherá um de seus integrantes para nomeação. 
Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a 
realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites 
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e 
comunitários. 
 16 
 
 
Poderão ainda funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras 
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas 
as fases do processo. 
2.3. Varas de Trabalho 
Em 1ª instância, existem as varas do trabalho, que possuem jurisdição 
determinada pelo local da sua instalação, abrangendo um ou por vezes mais de 
um município, cabendo à lei fixar a competência territorial da vara 
correspondente a determinado local. 
Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. 
É importate mencionar que cada Vara do Trabalho é comporta por dois 
juízes, aprovados por concurso público e empossados pelo desembargador 
presidente do Tribunal Regional do Trabalho correspondente, sendo um deles o 
titular, que é fixo, e o outro um substituto, que não é. 
Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal 
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos 
obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do 
Trabalho. 
Nos casos em que não for concedido o benefício da justiça gratuita para 
o empregado ou a isenção de algumas custas, o sindicato que houver intervindo 
no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. 
Ademais, quando ocorrer casos de não-pagamento das custas, poderá 
ser realizada a execução da importância devida. 
2.4. Da Justiça Gratuita 
Assim como nos outros órgãos do Poder Judiciário, na justiça do trabalho 
também existe a possibilidade de concessão da justiça gratuita. Esse benefício 
foi instaurado com o advento do Código de Processo Civil, mais precisamente 
em seu artigo 98 que preceitua em seu caput o seguinte texto legal: 
 17 
 
 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com 
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas 
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da 
justiça, na forma da lei. 
 
É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do 
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício 
da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que 
perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo 
dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
Além dos casos elencados acima, na Justiça do Trabalho fazem jus a 
isenção do pagamento das custas judiciárias e também possui o benefício da 
justiça gratuito os órgãos elencados no artigo 790-A da CLT: 
 
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas 
autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que 
não explorem atividade econômica; 
II – o Ministério Público do Trabalho. 
 
Outrossim, é de suma importância destacar o parágrafo único do 
respectivo artigo que positiva: 
 
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as 
entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as 
pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as 
despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. 
 
3. GESTÃO DA POLÍTICA JUDICIÁRIA NACIONAL 
De antemão é importante compreender quais órgãos compõe o Poder 
Judiciário brasileiro, sendo assim destaca-se o artigo 92 da Constituição Federal, 
que dispõe: 
 
 18 
 
 
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: 
I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A o Conselho Nacional de Justiça; 
II - o Superior Tribunal de Justiça; 
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; 
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI - os Tribunais e Juízes Militares; 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e 
Territórios. 
 
Dentre os órgãos alencados acima o Conselho Nacional de Justiça tem 
importante papel na gestão judiciária. 
Ao longo da sua trajetória, o CNJ se consolidou como órgão central de 
planejamento e coordenação de políticas judiciárias nacionais que visam 
uniformizar, racionalizar e automatizar procedimentos e processos necessários 
ao aprimoramento da prestação jurisdicional, como também ampliar o acesso à 
justiça e contribuir para a efetivação de direitos, a pacificação social e o 
desenvolvimento do país. 
Em que pese os importantes ganhos incrementais observados, o 
gerenciamento de políticas judiciárias nacionais ainda carece de maior substrato 
metodológico para a sistematização dos processos gerenciais de planejamento, 
implementação, monitoramento e avaliação, imprescindíveis para a construção 
de uma perspectiva de médio e longo prazo para a condução das políticas 
judiciárias deste Conselho. 
Os processos de política públicas englobam um conjunto abrangente de 
atividades que vão desde a identificação de um problema e o desenho de uma 
solução, até a implementação, o monitoramento e a avaliação das intervenções 
realizadas. A correta apreensão desses processos permite qualificar a atuação 
 19 
 
 
dos gestores públicos, de modo a aprimorar a tomada de decisão e a alocação 
de recursos. 
Para tanto, entende-se por política judiciária nacional, a política instituída 
pelo CNJ, de caráter contínuo ou de vigência determinada, que impulsione o 
desenvolvimento pelos órgãos do Poder Judiciário de programas, projetos ou 
ações voltadas à efetivação da Estratégia Nacional do Poder Judiciário. 
O gestor de política judiciária nacional, em sentido amplo, é aquele que 
atua na coordenação dos processos de uma política do CNJ, gerindo atividades 
de formulação, planejamento, monitoramento e avaliação de política. 
• Diagnóstico do Problema 
O diagnóstico do problema consiste no conjuntode atividades voltadas à 
identificação e caracterização de um problema a ser tratado. A fase de 
diagnóstico envolve não apenas a identificação de um problema, mas também a 
sua exata caracterização, a partir da análise sobre a relação entre as suas 
causas e os efeitos gerados na realidade. 
Para isso, é fundamental efetuar a coleta de evidências, que são os 
elementos fáticos que comprovam a existência de um problema, dimensionam o 
seu objeto e impacto, e evidenciam a relação causa-efeito subjacente. 
São atividades do diagnóstico do problema: 
➢ Identificação do problema e coletar evidências; 
➢ Evidenciar a relação de causa-efeito subjacente ao problema; e 
➢ Identificar a população afetada, ou potencialmente afetada pelo problema. 
A caracterização de um problema é um importante passo no processo de 
construção de uma proposta de política. Pois, a partir da coleta de evidências, é 
possível identificar o grau de ocorrência e eventuais padrões de regionalidade 
de um problema, bem como assinalar seu potencial de gravidade. Esses 
elementos servem para chamar atenção para a relevância de um problema e 
agregar senso de urgência à necessidade de uma intervenção. 
 20 
 
 
• Formação da Agenda 
A fase de formação da agenda pode ser compreendida como o processo 
pelo qual uma dada questão é reconhecida como um problema público e passa 
a ocupar o espaço institucional de deliberação. Portanto, a agenda institucional 
é composta pelo conjunto de problemas considerados prioritários para uma 
intervenção do órgão 
É fundamental no processo de formação da agenda é a apreensão da 
ocorrência de “janelas de oportunidade”, que nada mais são que as 
circunstâncias, internas ou externas, que chamam atenção para uma dada 
questão-problema e, assim, permitem ou facilitam o ingresso de um assunto na 
agenda do órgão. 
No processo de formação da agenda, é importante conhecer quais são as 
potenciais coalizões de apoio e de resistência à tratativa de um dado problema, 
bem como analisar os conflitos de interesses existentes. Por isso, nesta etapa, 
também é importante dar transparência aos fundamentos e às finalidades da 
construção de uma intervenção, assinalando sempre o predomínio do interesse 
público na solução do problema. 
O processo de formação da agenda é uma etapa, marcadamente, política, 
muito embora também sofra influência do ambiente técnico-institucional e 
também social. Nesses termos, uma atuação estratégica do gestor, como 
patrocinador da política, é especialmente importante para viabilizar a inclusão de 
um problema na agenda do órgão. 
• Formulação de Política 
O processo de formulação da política compreende as atividades 
relacionadas à proposição e à aprovação de uma nova política judiciária ou de 
aprimoramento de uma política já existente. Nesta fase, são processados a 
seleção e o detalhamento da alternativa que atuará sobre as causas do 
problema. 
São atividades da formulação da política: 
 21 
 
 
➢ Levantar alternativas de soluções; 
➢ Identificar os fatores críticos de sucesso ou de fracasso de políticas 
semelhantes em cursos, ou já concluídas; 
➢ Estabelecer um processo participativo de formulação de uma alternativa 
de solução; 
➢ Estabelecer objetivos claros, específicos, mensurais e relevantes para o 
tratamento do problema; 
➢ Delimitar as frentes de ação a serem desenvolvidas na política; 
➢ Definir as estruturas de governança e de gestão necessárias à 
implementação da política pública; 
➢ Estabelecer os indicadores de acompanhamento e de avaliação da 
política, e os interesses envolvidos na contrução de uma solução a ser 
proposta; 
➢ Confrontar a proposta com outros atos normativos ou ações em 
execução, ou que estejam em planejamento, para evitar duplicidades, 
sobreposições ou conflitos entre às ações do órgão. 
Desse modo, são subjacentes à formulação da política a correta 
apreensão do problema (diagnóstico do problema), o levantamento de possíveis 
alternativas de solução, o estabelecimento de um processo transparente e 
participativo de formulação e a construção de uma alternativa otimizada. O 
processo de formulação culmina, portanto, com a formalização de um arcabouço 
normativo claro e objetivo, capaz de efetivamente pautar a tomada de decisão e 
alocação de recursos na fase de execução de ações. 
Importante destacar que aspectos relevantes a serem desenvolvidos nas 
fases de implementação, monitoramento e avaliação da política devem ser 
pensados desde o processo inicial de formulação do ato normativo que a 
instituiu, de modo que se conceba uma política cujas diretrizes normativas sejam 
tangíveis e instrumentais à execução de ações e permita a avaliação do alcance 
dos objetivos propostos. 
• Planejamento da Implementação da Política 
 22 
 
 
Comumente, políticas são instituídas por meio de atos normativos, os 
quais devem explicitar o que se espera com a intervenção pretendida e o que de 
fato deve ser realizado: isso contribuirá para a fase de planejamento da 
implementação. 
Nesta fase, o método comum para caracterização da política é a 
explicitação de um modelo lógico que identifique os elementos-chave para a 
execução da política, a saber: objetivos, insumos, produtos, atividades, 
resultados e impactos. 
a) Insumos: são os recursos (financeiros, físicos, humanos e outros) 
necessários para que as atividades sejam executadas e geram os produtos 
(entregas) esperados; 
b) Atividades: são os processos a serem executados para a entrega dos 
produtos esperados; 
c) Produtos: são os bens, serviços, atos normativos ou outras entregas 
previstas pela política; 
d) Resultados: são as alterações, de curto prazo, que se deseja efetuar 
na realidade ou no comportamento de indivíduos como consequência da 
intervenção. Os resultados estão ligados ao alcance dos objetivos da política 
(ex.: redução do tempo de tramitação; desjudicialização de conflitos; otimização 
de processos de trabalho e de distribuição de recursos); 
e) Impactos: são os efeitos, de longo prazo, gerados com o saneamento 
ou mitigação de um problema público, como consequência do impacto causado 
da realidade a partir da intervenção proposta (ex.: aumento do índice de acesso 
à justiça; efetivação de direitos e garantias legais; elevação de IDH e do nível da 
renda média nacional, e outros). 
A ferramenta do modelo lógico é especialmente útil no momento de 
caracterização das ações a serem executadas, e oferece especial substrato ao 
processo de monitoramento e avaliação, a partir da definição de indicadores que 
 23 
 
 
podem ser associados a cada um dos elementos do modelo. Com este modelo 
em mente, é possível definir as principais atividades do planejamento da política. 
Para se construir um plano de gestão da política é necessário que se 
defina objetivos específicos; estabeleça um prazo de vigência para a elaboração 
do plano; definir ações que serão desenvolvidas; defina o responsável pela 
execução de cada ação; estabeleça indicadores de acompanhamento para o 
plano de gestão; defina indicadores de monitoramento e de avaliação da política. 
É importante que o plano de gestão seja construído colaborativamente 
entre os atores envolvidos na política e formalmente aprovado pelo respectivo 
órgão de governança nacional responsável pela sua gestão. 
Outra importante atividade do planejamento é delimitar o todo processo 
de comunicação da política, este que deve ser considerado um dos processos 
mais estratégicos da condução de uma intervenção pública. A comunicação 
deve compreender não apenas as interações internas da política, necessárias à 
sua execução e gestão, como também com o público-alvo, as partes 
interessadas e a sociedadeem geral. 
• Monitoramento da Política 
A fiscalização sobre a efetivação de ações e de obrigações impostas, e o 
acompanhamento de indicadores e de metas de desempenho, são, portanto, 
instrumentais para o monitoramento da política. 
Nesse contexto, ressalta-se que os objetivos e ações previstos devem ser 
claros, de modo a permitir que sejam definidos indicadores capazes de mensurar 
o seu real desempenho. Assim como os objetivos, os indicadores também 
devem ser específicos, mensuráveis e apropriados (relevantes), e as metas de 
desempenho a eles atrelados devem ser realistas (alcançáveis) no espaço de 
tempo delimitado. 
São atividades do monitoramento da política: 
➢ Estabelecer indicadores desempenho; 
 24 
 
 
➢ Definir a linha de base da política, ou seja, o cenário que se deseja 
alcançar com intervenção a ser implementada; 
➢ Estabelecer metas progressivas de desempenho, e o seu recorte 
temporal; 
➢ Definir as ferramentas e periodicidade de mensuração dos indicadores; 
➢ Estabelecer a forma de divulgação dos resultados alcançados; e 
➢ Definir quem será responsável por coletar, atualizar e divulgar os 
resultados observados. 
• Transparência da Informação 
As atividades de prestação da informação devem ser realizadas ao longo 
de todos os processos da política, desde a formação da agenda até a divulgação 
dos resultados da avaliação, dando transparência aos atores envolvidos às 
decisões tomadas, às ações executadas e aos monitoramentos e avaliações 
realizados. 
 
4. O PAPEL DO JULGADOR 
O Estado realiza parte de sua função através do Poder Judiciário, que 
soluciona as lides através das provas existentes. Essa função é realizada por 
meio de juízes que possuem a função da jurisdição. 
4.1. Dever ético do magistrado 
Os juízes, para realização de suas funções, devem se ater aos princípios 
éticos que são a base para uma eficiente e transparente gestão da justiça e de 
todas as atividades que lhe são destinadas. 
A Carta Magna e as demais fontes infraconstitucionais, possuem 
normativos de teor claro quanto a ética de suas funções. Dentre os princípios 
jurídicos que são a base dessa disposição, temos a cidadania, a probidade, a 
efetividade, a urbanidade e por fim, mas não menos importante, a transparência. 
 25 
 
 
No código de ética profissional encontra-se a regulamentação e princípios 
comportamentais, onde é estabelecido os direitos e deveres, determinando 
condutas e sanções, sem contar as disposições especificas de cada categoria. 
A Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC nº 35/79), regulamenta 
quanto ao ingresso do profissional a Magistratura de carreira e determina que 
deverá ser analisado os aspectos morais e sociais de cada profissional que está 
se candidatando. O magistrado deverá atuar sempre com honra, dignidade e 
decoro, além de possuírem notável merecimento e idoneidade moral. 
Diante o exposto, o juiz deverá atuar com consciência e responsabilidade 
social, não bastando seu vasto conhecimento legal. Por esse motivo, buscando 
garantir os critérios éticos, a Carta Magna prevê os concursos públicos com 
provas e títulos para que o candidato possa ingressar na carreira. 
Entretanto, isso não quer dizer que o magistrado não deva exercer sua 
função de maneira livre e independente. A Constituição também garante aos 
magistrados a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimento. 
ATENÇÃO: 
As garantias de vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de 
vencimento são em favor da prestação jurisdicional e não do benefício 
próprio do juiz. 
 
Vale lembrar que, para o exercício da função, também há vedações, como 
por exemplo, o juiz não pode exercer nenhuma outra função fora da 
magistratura, salvo para lecionar. Também não pode receber de qualquer 
maneira, remuneração externa, como também não pode exercer atividade 
político-partidária. 
Sua posição ética também deve se estender a vida privada, como forma 
de garantir a dignidade da função, assim como estabelece o artigo 16 do Código 
de Ética da Magistratura: 
 
Art. 16. O magistrado deve comportar-se na vida privada de modo a 
dignificar a função, cônscio de que o exercício da atividade jurisdicional 
 26 
 
 
impõe restrições e exigências pessoais distintas das acometidas aos 
cidadãos em geral. 
 
Assim, o artigo 35 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional, vem 
completando prevendo os deveres e prerrogativas: 
 
Art. 35 - São deveres do magistrado: 
I - Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, 
as disposições legais e os atos de ofício; 
II - não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou 
despachar; 
III - determinar as providências necessárias para que os atos 
processuais se realizem nos prazos legais; 
IV - tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério 
Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares 
da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, 
quanto se trate de providência que reclame e possibilite solução de 
urgência. 
V - residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar 
a que estiver subordinado; 
VI - comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a 
sessão, e não se ausentar injustificadamente antes de seu término; 
VIl - exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, 
especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, 
embora não haja reclamação das partes; 
VIII - manter conduta irrepreensível na vida pública e particular. 
 
Dentre seus deveres, temos a celeridade processual, onde o juiz precisa 
resolver o litígio de maneira rápida, sem demoras injustificadas. Também deve 
estabelecer as providências necessárias para o prosseguimento dos atos 
processuais. Não pode ainda exercer atividades de natureza comercial, salvo se 
for cotista ou acionista e não pode exercer cargos de direção de associações ou 
fundações, salvo as de classe, não podendo, entretanto, ser remunerado. 
Também é proibido manifestar publicamente sobre os processos seus ou de 
outros, salvo se for para realizar uma crítica acadêmica. 
Entretanto, para a carreira de magistrado existem algumas vedações, ou 
seja, o juiz não pode exercer concomitantemente algumas atividades enquanto 
estiver em exercício de suas funções, seria eles exercer o comércio ou participar 
de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou 
quotista; exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou 
fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e 
 27 
 
 
sem remuneração; manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre 
processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre 
despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos 
autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério. 
Caso o magistrado descumpra seus deveres, poderá sofrer penalidades 
cominadas com o Estatuto que são as advertências, censuras, remoção 
compulsória, disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de 
serviço e demissão. 
Insta salientar que a pena relativa a advertência e de censura é aplicável 
apenas aos Juízes de primeiro instância, ambas de forma escrita, sendo 
respectivamente imposta em caso de negligência no cumprimento dos deveres 
relativos ao cargo e em caso de reiterada negligência no cumprimento dos 
deveres do cargo, ou no de procedimento incorreto, se a infração não justificar 
punição mais grave. 
A demissão dos magistrados será realizada de acordo com o quadro 
demonstrativo a seguir: 
 
Magistrados Vitalícios Juízes Nomeados Mediante Concurso De 
Provas E Títulos, Enquanto Não 
Adquirirem A Vitaliciedade,E Aos Juízes 
Togados Temporários 
I - em ação penal por crime comum ou de 
responsabilidade; 
II - em procedimento administrativo para a 
perda do cargo nas hipóteses seguintes: 
a) exercício, ainda que em disponibilidade, de 
qualquer outra função, salvo um cargo de ma-
gistério superior, público ou particular; 
b) recebimento, a qualquer título e sob qual-
quer pretexto, de percentagens ou custas nos 
processos sujeitos a seu despacho e julga-
mento; 
c) exercício de atividade político-partidária. 
 
I – falta grave; 
Art. 56 - O Conselho Nacional da Magis-
tratura poderá determinar a aposentado-
ria, com vencimentos proporcionais ao 
tempo de serviço, do magistrado: 
I - manifestadamente negligente no cum-
primento dos deveres do cargo; 
II - de procedimento incompatível com a 
dignidade, a honra e o decoro de suas 
funções; 
III - de escassa ou insuficiente capaci-
dade de trabalho, ou cujo proceder funci-
 28 
 
 
onal seja incompatível com o bom de-
sempenho das atividades do Poder Judi-
ciário. 
 
 
Cabe ao Conselho Nacional de Justiça receber e conhecer as 
reclamações destinadas aos membros ou órgãos do Poder Judiciário. A 
reclamação deve ser direcionada por meio de requerimento previamente 
assinado e com o relado dos fatos, identificação do reclamado e as provas da 
infração 
A Lei Complementar nº 35/79 dispõe sobre o procedimento de instauração 
de reclamação: 
 
Art. 52 - A reclamação contra membro de Tribunal será formulada em 
petição, devidamente fundamentada e acompanhada de elementos 
comprobatórios das alegações. 
§ 1º - A petição a que se refere este artigo deve ter firma reconhecida, 
sob pena de arquivamento liminar, salvo se assinada pelo Procurador-
Geral da República, pelo Presidente do Conselho Federal ou Seccional 
da Ordem dos Advogados do Brasil ou pelo Procurador-Geral da 
Justiça do Estado. 
§ 2º - Distribuída a reclamação, poderá o relator, desde logo, propor ao 
Conselho o arquivamento, se considerar manifesta a sua 
improcedência. 
§ 3º - Caso o relator não use da faculdade, prevista no parágrafo 
anterior mandará ouvir o reclamado, no prazo de quinze dias, a fim de 
que, por si ou por procurador, alegue, querendo, o que entender 
conveniente a bem de seu direito. 
§ 4º - Com a resposta do reclamado, ou sem ela, deliberará o Conselho 
sobre o arquivamento ou a conveniência de melhor instrução do 
processo, fixando prazo para a produção de provas e para as 
diligências que determinar. 
§ 5º - Se desnecessárias outras provas ou diligências, e se o Conselho 
não concluir pelo arquivamento da reclamação, abrir-se-á vista para 
alegações, sucessivamente, pelo prazo de dez dias, ao reclamado, ou 
a seu advogado, e ao Procurador-Geral da República. 
§ 6º - O julgamento será realizado em sessão secreta do Conselho, 
com a presença de todos os seus membros, publicando-se somente a 
conclusão do acórdão. 
§ 7º - Em todos os atos e termos do processo, poderá o reclamado 
fazer-se acompanhar ou representar por advogado, devendo o 
Procurador-Geral da República oficiará neles como fiscal da lei. 
 
 
O processo disciplinar é o dispositivo utilizado para apurar as 
responsabilidades dos magistrados e dos servidores notariais. O Conselho 
 29 
 
 
também recebe representação específicas devido a morosidade. A 
representação pode ser apresentada por qualquer pessoa que possua interesse 
legítimo, pelo Ministério Público, Presidentes de Tribunais ou, de ofício, pelos 
próprios Conselheiros. 
4.2. Independência e autonomia 
O principal interesse dos magistrados é a capacidade de demonstrar a 
todos sua autonomia e independência. Desse modo, Dicio (2019, s/p) conceitua: 
 
Autonomia: Aptidão ou competência para gerir sua própria vida, 
valendo-se de seus próprios meios, vontades e/ou princípios. [...] 
Direito ao livre arbítrio que faz com que qualquer indivíduo esteja apto 
para tomar suas próprias decisões. 
Independência: Condição da pessoa livre, de quem não deve 
obediência a alguém; estado do que não depende de: independência 
financeira, emocional, espiritual. Condição da coletividade que não se 
submete a outra autoridade e se governa por suas próprias leis [...] 
Caráter da pessoa que não segue ideias determinadas, regras 
preestabelecidas. Falta de subordinação: a independência entre duas 
situações. 
 
É importante mencionar que essa autonomia do Judiciário, está prevista 
nos artigos 2º, 96 e 98 da Carta Magna, onde estes dois últimos, tratam-se da 
autonomia dos tribunais. 
Quanto a independência dos magistrados, temos o artigo 371 do CPC/15, 
onde estabelece que “o juiz apreciará a prova constante dos autos, 
independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as 
razões da formação de seu convencimento”. 
Ressalta-se que essa liberdade não é absoluta, uma vez que o juiz está 
adstrito à aplicação da lei e somente às provas apresentadas. As provas 
apresentadas deverão ser concretas sobre a existência dos fatos. 
Mesmo que o juiz tenha autonomia, estes deve agir sem que ultrapassem 
os limites aos quais estão condicionadas as suas decisões. O magistrado deve 
atuar sempre de maneira imparcial, por isso deve agir sem ser influenciado por 
ideias externas de pessoas que buscam intimidá-los ou manipulá-los. 
 30 
 
 
Desse modo, as decisões do juiz devem sempre ser fundamentadas ou 
motivadas. De acordo com Perelman (2000, p. 137): 
 
 
Detentor de um poder, num regime democrático, o juiz deve prestar 
contas de modo como o usa mediante a motivação. (…) O direito 
autoritário, aquele que se impõe pelo respeito e pela majestade, não 
precisa motivar. Aquele que se quer democrático, obra de persuasão 
e de razão, deve preocupar, pela motivação, obter uma adesão 
arrazoada. 
 
 
Assim, o artigo 93, inciso IX da CF/88, aponta que a decisão será nula 
quando: 
 
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, 
e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a 
lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a 
seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a 
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não 
prejudique o interesse público à informação; [...] 
 
 
4.3. Juiz legalista e ativista 
O ativismo judicial pode ser utilizado para dizer que o poder judiciário está 
atuando além do que lhe é determinado a sua função. Trata-se dessa forma de 
uma obrigação ao dirigente, sem que tenha uma norma anterior que expresse 
essa responsabilidade. 
Em se tratando de sua origem, Barroso (2020, s/p) determina que: 
 
O ativismo judicial despontou com um matiz conservador, citando 
como exemplo a Suprema Corte Americana que utilizou ativismo para 
manter a segregação racial. Foi na atuação proativa da Suprema Corte 
que os setores mais reacionários encontraram amparo para a 
segregação racial. 
 
Com a promulgação da Carta Magna, o Poder Judiciário se tornou de 
grande importância para a sociedade, devendo este proteger os valores 
presentes na Constituição. 
 31 
 
 
A fim de garantir essa missão, o constituinte assegurou formas e 
mecanismos para proteger o próprio texto constitucional da ambição 
da sociedade e limitar os poderes atribuídos ao executivo, legislativo e 
ao próprio poder judiciário: 
De igual forma, é inegável que, para assegurar o cumprimento das 
garantias constitucionais, principalmente os direitos fundamentais, os 
Tribunais, notadamente o Supremo Tribunal Federal tem que se valer, 
não raras vezes, dos princípios constitucionais e das denominadas 
cláusulas abertas. (ALMEIDA, 2020, p.1) 
 
Mediante as omissões do Poder Legislativo, o STF precisa se manifestar 
nos assuntos que eram obrigação do Legislativo. Entretanto, é preciso ressaltar 
que a atuaçãodo STF não se limita apenas a manifestação em casos de 
omissão. 
 
De fato, no ano de 1994 no Mandado de Injunção nº. 20, o STF 
reconheceu a mora do legislador quanto à regulamentação do direito 
de greve dos servidores públicos, todavia limitou-se a comunicar a 
mora ao Poder Legislativo, nos termos do artigo 103, inciso IX, §2º, da 
CRFB, inobstante, já, naquela época, os ministros Marco Aurélio de 
Melo e Carlos Veloso defenderem que o tribunal fixasse as bases para 
o regular exercício do direito de greve, tomando como parâmetro a lei 
7783/89. Ressaltava o ministro Marco Aurélio que, ao Mandado de 
Injunção, não se poderiam emprestar contornos próprios à ação direta 
de inconstitucionalidade por omissão, sob pena de se reconhecer a 
dualidade de institutos com o mesmo objeto. Transcorridos 19 anos da 
promulgação da Constituição e 13 anos da primeira decisão, 
reconhecendo a mora do Poder Legislativo, sem que este a suprisse, 
o STF, em 2007, no julgamento do MI 712 determinou a aplicação da 
Lei 7783/89 que regulamenta o direito de greve na iniciativa privada 
aos servidores públicos, tornando, in casu, um legislador positivo. 
(ALMEIDA, 2020, p.4) 
 
Dessa forma, pode-se notar que o ativismo judicial veio de modo 
indubitável aos princípios apresentados na Constituição. De acordo com 
Robaldo (2020, s/p): 
 
Os rótulos "juiz positivista, juiz legalista" provêm da velha idéia 
iluminista defendida por MONTESQUIEU de que o juiz é la boca que 
pronuncia las palabras de la ley , ou seja, um ser inanimado incumbido 
de dizer o direito contido no texto da lei, sem contudo, valorá-la. Isso 
tudo como se o direito se exaurisse nos textos da lei. 
 
 32 
 
 
Desse modo, a decisão judicial seria apenas um procedimento silogístico, 
onde o principal argumento era a lei e o menos seria a afirmativa do caso 
especifico, sendo de responsabilidade do magistrado ser apenas um aparelho 
da justiça que age de maneira lógica de modo dedutivo ou formal. 
 
Com origem na palavra grega "syllogismos", que significa "conclusão" 
ou "inferência", um Silogismo é um tipo de argumento lógico que aplica 
o raciocínio dedutivo para extrair uma conclusão de duas ou mais 
proposições, que se supõe sejam verdadeiras. Em sua versão mais 
antiga, formulada pelo filósofo grego Aristóteles, um silogismo é 
formado por três proposições: uma afirmação geral, a qual chamamos 
premissa maior; seguida de uma proposição de afirmação específica, 
a qual chamamos premissa menor; e uma conclusão, ou consequente, 
que é deduzida das duas premissas. (MACIEL, 2020) 
 
 
No direito moderno, passou-se a entender que o direito não apenas se 
tratava do que era previsto em lei, devendo também se valer dos princípios que 
se encontram explícitos na Constituição Federal. 
Desse modo, Robaldo (2020, s/p) compreendeu que: 
 
Nessa nova perspectiva, a partir do quadro valorativo/axiológico da Lei 
Maior (Constituição), nem tudo que está na lei é válido e nem tudo que 
é válido está na lei. Logo, para se identificar o direito, especialmente, 
o que é justo sob o ponto valorativo-constitucional não basta a análise 
meramente formal/literal, do texto da lei. A análise é mais ampla, onde 
se envolve não só o texto da lei como também os princípios 
constitucionais. Sendo certo que em havendo conflito entre a lei e a 
Constituição, prevalece está. No sistema positivista como no nosso 
caso, não se nega a importância do texto da lei especialmente como 
ponto de partida para se identificar o direito, porém, o intérprete deve 
avançar mais. Daí a pertinência da afirmação de que o aplicador do 
direito deve estar com um pé no texto da lei ordinária e o outro na 
Constituição, ou, em outras palavras, com a mente voltada para ambos 
os textos jurídicos. 
 
5. PRINCIPAIS CAUSAS DE MOROSIDADE 
A morosidade do Poder Judiciário, é a lentidão de suas atividades, muitas 
vezes devido a causas externas, o que não descarta a existência de outros 
fatores internos que dependem do próprio Judiciário. 
 33 
 
 
Desse modo, será apresentado abaixo uma das classificações das causas 
ou fatores que acarretam a lentidão dos processos no judiciário, sendo as causas 
internas e causas externas. 
5.1. Causas internas 
As causas internas que acarretam a morosidade dos processos no 
judiciário são aquelas cuja a solução depende do próprio judiciário, mesmo que 
seja influenciado indiretamente por outros fatores. 
As dificuldades internadas enfrentadas pelo judiciário podem ser de 
ordem material ou estrutural, e via de regra são apresentadas como 
consequências de carências. Entretanto, não são apenas as carências 
estruturais que influenciam a eficiência da função jurisdicional, mas também as 
limitações e as inexistências de sistema de gestão. 
Dentro das causas mais citadas atualmente, podemos apresentar a 
omissão do juiz diante das suas funções, desorganização administrativa, a 
insuficiência dos indicadores confiáveis e o exame de causas que são mais 
relevantes. 
5.1.1. Omissão do juiz 
Saber sobre os princípios e utilizar os instrumentos de gestão são 
primordiais não apenas para a eficiência da função judiciária, mas também deve 
ser conhecido e praticados pelos juízes de modo a acabar com a morosidade 
dos processos e funções. 
Stumpf (2009, p.17) diz que: 
 
 
Isso significa dizer que, ao lado da implementação de planejamento 
global dos destinos da instituição, pode ser compreendido como um 
dever atual de cada magistrado buscar a excelência não apenas da 
sua atividade-fim, o ato de julgar, mas também e essencialmente das 
atividades-meio desempenhadas sob sua responsabilidade, ainda que 
indireta. A eficiência desta vincula a eficiência daquela. 
 
 
 34 
 
 
Desse modo, o somatório de unidades bem geridas pelos grupos de juízes 
e servidores será determinante para o somatório de iniciativas capazes de 
modificar de modo geral a eficiência da função do judiciário. 
Por esse motivo é importante que os juízes não apenas identifiquem, mas 
que também admitam e atribuam a devida necessidade para que haja duas 
atividades distintas sob sua responsabilidade, sendo elas, as que derivam da 
obrigação enquanto julgadores e as que derivam suas obrigações como 
administradores de suas unidades. 
5.1.2. Desorganização administrativa 
A falta de agilidade na realização de atividades, principalmente aquelas 
que dependem de providências que são um tanto quanto burocráticas, também 
precisam ser verificadas do ponto de vista organizacional, aplicando nesses 
casos os métodos necessários para a execução. 
Importante dizer que, o planejamento, princípio básico para o 
desenvolvimento da função na iniciativa privada, na maioria das vezes não são 
aplicadas na administração pública, principalmente quando se trata da gestão 
administrativas dentro dos tribunais. 
Isso, acrescido do fato de que a gestão do judiciário é responsabilidade 
dos próprios juízes, explica parcialmente a existência das dificuldades que 
acabam atrasando os processos. 
ATENÇÃO: 
São os magistrados com mais tempo de carreira que detém a atribuição 
e poder funcional para inserir o planejamento e gestão estratégica no 
Poder Judiciário. 
 
 
Em se tratando da gestão estratégica, Costa (2006, p.54) define-a como: 
 
O processo sistemático, planejado, gerenciado, executado e 
acompanhado sob a liderança da alta administração da instituição, 
envolvendo e comprometendo todos os gerentes e responsáveis e 
colaboradores da organização. A gestão estratégica tem por finalidade 
 35 
 
 
assegurar o crescimento, a continuidade e a sobrevivência da 
instituição, por meio de contínua adequação e de sua estrutura, 
possibilitando-lhe enfrentar e antecipar-se às mudanças observadas 
ou previsíveis no seu ambienteexterno e interno. 
 
Essa gestão deve ser embasada por atividades organizadas, devendo 
elas serem previamente analisadas com um direcionamento estratégico, ou seja, 
as atividades devem ser separadas por nível de gravidade das celeumas 
enfrentadas pela organização. 
5.1.3. Causas estruturais 
A precariedade de estrutura material e humana disponível ao judiciário 
para a realização de suas funções são normalmente apresentadas como os 
principais motivos de lentidão da prestação jurisdicional. 
Stumpf (2009, p. 38) diz que: 
 
[...] o avanço de tecnologias de informação e transmissão de dados, 
somada à evolução tecnológica que invade a vida de todos atualmente, 
impõem, efetivamente, que todas as atividades públicas ou privadas, 
se organizem para acompanhar os novos tempos e as novas 
exigências que lhe são próprias. 
 
Em se tratando do Poder Judiciário, não é só isso, mas também o fato de 
precisar atrelar a eficiência na realização das funções ao aumento de demandas 
recebidas pela unidade, o que também acarreta na precisão de recursos 
tecnológicos aplicados e gerenciados da melhor maneira, sob pena de acarretar 
a morosidade. 
As outras causas estruturais apresentadas, também merecem cuidado na 
sua análise e respectiva caracterização, na proporção em que sua compreensão 
é simples no sentido de que o crescimento da estrutura de pessoal e de espaços 
físicos poderá ser solução, de forma isolada. 
 36 
 
 
5.2. Causas externas 
As causas externas da lentidão, se dá pelas providências que são 
necessárias para o seu enfrentamento e solução. Desse modo, os motivos 
externos que causam a morosidade, possuem meios e medidas para a solução 
fora da ação direta e exclusiva do Judiciário. Contudo, isso depende da ação e 
exercício da competência que for atribuída aos outros Poderes, ou ao menos de 
uma alteração cultural no âmbito da própria comunidade. 
De acordo com Stumpf (2009, p.59): 
 
Em regra, a legislação processual, o exagerado formalismo das 
atividades judiciárias e as carências orçamentárias são apontadas 
como causas de grande influência para a morosidade. Ao lado delas, 
em especial da última, como já examinamos, as carências estruturais, 
cuja solução é preconizada a partir do aumento das despesas 
orçamentárias, fecham o grupo das grandes causas do problema para 
a maioria. 
 
Entretanto, faz-se necessário que seja considerada também a realidade 
social ao qual nos encontramos hoje e não somente realizar a análise das 
influências externas sobre a morosidade. Devido a nova realidade, não apenas 
está surgindo demandas que antes não existiam, como também, as demandas 
que já existiam, mas não eram direcionadas ao judiciário. 
Desse modo, não é apenas os problemas orçamentários, processuais e o 
formalismo que são motivos de morosidade, mas também a cultura e a 
litigiosidade da atualidade. A cultura e a litigiosidade exigem dos magistrados a 
busca por soluções que não dependem apenas das mudanças de leis e do 
aumento dos gastos para que seja realizada a manutenção do sistema. 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
De acordo com os estudos realizados acerca do direito e as magistraturas, 
foi possível analisar a história dos órgãos de controle e da magistratura tanto no 
Brasil. Essa apostila buscou-se apresentar sobre a Gestão Judiciária Brasileira, 
 37 
 
 
onde, para tratar desse assunto, primeiro se fez necessário abordar sobre o 
Estado Democrático de Direito que é a base da garantia dos direitos 
fundamentais que se encontram previstos da Constituição Federal de 1988. 
Esse conhecimento é a base para dar prosseguimento na compreensão 
do tema a ser abordado. Também foi possível abordar de forma breve e eficaz 
sobre a os órgãos de controle da magistratura no país e a atuação de seus 
membros e servidores. 
Lembrando que é através do Poder Judiciário que o Estado realiza sua 
função de solucionar as lides através das provas existentes. Essa função é 
realizada por meio de juízes que possuem a função da jurisdição. 
Em seguida, demonstrou a importância e o papel do julgador, onde é 
necessário ressaltar que o magistrado deve estar submetido a princípios éticos 
necessários a uma eficiente e transparente administração da justiça e de todos 
os serviços que lhes são correlatos. 
Foi abordado também quanto a morosidade do Poder Judiciário, que, 
conforme apresentado anteriormente, se trata da lentidão de suas atividades, 
muitas vezes devido a causas externas, o que não descarta a existência de 
outros fatores internos que dependem do próprio Judiciário. 
Desse modo, também foram apresentadas algumas das classificações 
das causas ou fatores que acarretam a lentidão dos processos no judiciário, 
sendo as causas internas e causas externas. 
As causas internas que acarretam a morosidade dos processos no 
judiciário são aquelas cuja a solução depende do próprio judiciário, mesmo que 
seja influenciado indiretamente por outros fatores. Já as causas externas da 
lentidão, se dá pelas providências que são necessárias para o seu 
enfrentamento e solução. 
É importante frisar que este assunto não se esgota nas páginas deste 
trabalho e há muito que pesquisar e produzir de conhecimento sobre esta área 
tão importante. 
 38 
 
 
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