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Homens psicopatas têm mais filhos diz estudo

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Homens psicopatas têm mais filhos, diz estudo
Um novo estudo examinou a ligação entre traços psicopáticos e número de crianças em uma amostra
comunitária de homens e mulheres, descobrindo que a psicopatia prototípica estava associada a ter
mais filhos entre homens, mas não mulheres. Este estudo foi publicado na Evolutionary Behavioral
Sciences.
Pesquisas sobre psicopatia de uma perspectiva evolutiva sugerem que pode ser uma estratégia para
uma maior produção de descendentes ao custo de menor investimento dos pais, mas os resultados são
inconsistentes. Homens com traços psicopatas pronunciados muitas vezes têm mais filhos, mas alguns
estudos apontam para menos descendentes em tais indivíduos, particularmente entre adultos e
mulheres não criminosos.
A psicopatia, caracterizada por características como manipulação e insensividade, pode se manifestar
em graus variados entre os gêneros e contextos sociais. O presente estudo examinou a relação entre
traços psicopáticos e contagem de descendentes em uma população geral de homens e mulheres.
Os pesquisadores Kristopher Brasil e Anthony Volk recrutaram 253 homens jovens e 243 mulheres
jovens com idades entre 24 e 35 anos para completar uma pesquisa online. Os participantes forneceram
informações demográficas, incluindo idade, status de relacionamento e renda. Além disso, indicaram o
número de filhos que tinham, com opções de resposta variando de zero a três ou mais crianças.
Os participantes também preencheram uma forma abreviada da medida de Psicopatia de Auto-relação,
que consiste em 29 itens classificados em uma escala de 1 (discordo totalmente) a 5 (concordo com
força). Essa medida avalia a psicopatia em várias dimensões, abrangendo traços interpessoais (por
exemplo, “eu fingi ser outra pessoa para conseguir algo”), características afetivas (por exemplo, “nunca
https://doi.org/10.1037/ebs0000343
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me sinto culpado por machucar os outros”), tendências de estilo de vida (por exemplo, “eu gosto de fazer
coisas selvagens”) e comportamentos antissociais (por exemplo, “Eu quebrei um edifício ou veículo para
roubar algo ou vandalizar”).
Primeiro, Brasil e Volk observaram que ter um parceiro estava associado a maior renda para homens e
mulheres, e o número de filhos foi correlacionado com a renda dos homens (mas não das mulheres). O
estado de relacionamento e a idade emergiram como preditores para o número de crianças em ambos
os sexos.
Curiosamente, os pesquisadores observaram que, entre as mulheres, apenas a faceta antissocial da
psicopatia estava associada ao número de crianças. Em contraste, quando se tratava de homens, o
número de crianças estava associado às facetas interpessoais, afetivas e antissociais da psicopatia.
Notavelmente, a faceta do estilo de vida não apresentou nenhuma associação significativa com o
número de crianças para homens ou mulheres. Além disso, nos homens, a presença de psicopatia
prototípica estava ligada ao número de crianças. A probabilidade das mulheres de ter mais filhos foi
influenciada principalmente pelo status e idade do relacionamento.
Uma limitação para o presente estudo é que os pesquisadores não diferenciaram entre crianças
biológicas e degrau. Pesquisas anteriores indicaram que homens psicopatas envolvidos no sistema de
justiça podem estar mais inclinados a formar relacionamentos com mulheres que já têm filhos; assim,
isso seria uma consideração importante para pesquisas futuras.
Brasil e Volk concluíram: “Nossas descobertas exigem mais pesquisas sobre as possíveis ligações entre
traços psicopáticos e índices de resultados adaptativos na comunidade, bem como populações de
homens e mulheres envolvidos na justiça e de alto risco”.
O estudo, “Traição psicopata e número de crianças em homens e mulheres da comunidade”, foi escrito
por Kristopher J. O Brasil e Anthony A. O Volk.
https://doi.org/10.1037/ebs0000343

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