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Funcionalidade Humana e Recursos Terapêuticos Ocupacionais

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Prévia do material em texto

Conteudista: Prof.ª Dra. Ana Paula Oliveira Borges
Revisão Textual: Esp. Jéssica Dante 
Objetivo da Unidade:
Apresentar ao estudante conceitos e fundamentos que contextualizam a
temática funcionalidade humana e estimulam a organização do raciocínio clínico
terapêutico. 
📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
Funcionalidade Humana e Recursos
Terapêuticos Ocupacionais
Introdução
Como sabemos, a Terapia Ocupacional tem como apropriação a ocupação humana, as
áreas de ocupação e as atividades como recurso. É importante que o futuro profissional
domine os recursos que fazem parte da sua competência técnica e ética. Com essa
intenção, a disciplina direciona o seu olhar para a criança, e a unidade Funcionalidade
Humana e Recursos Terapêuticos Ocupacionais busca apresentar ao estudante
conceitos e fundamentos que contextualizam a temática funcionalidade humana e
estimulam a organização do raciocínio clínico terapêutico especialmente nessa
população. Leia atenciosamente o conteúdo e amplie os seus conhecimentos por meio
dos materiais complementares. O aprofundamento desses conceitos é essencial para
estimular um bom raciocínio clínico pelos profissionais terapeutas ocupacionais.
O Terapeuta Ocupacional é o profissional cujo objeto principal de estudo é a ocupação
humana. Podemos entender ocupação humana como sendo atividades significativas
do dia a dia, que os clientes assistidos por esse profissional queiram ou necessitam
realizar.
A apresentação do domínio e a uniformização da terminologia utilizada na profissão
está no documento publicado em 1993 pela American Occupational Therapy Association
(AOTA – Associação Americana de Terapia Ocupacional). Esse documento está em sua
quarta edição e passa por revisão a cada cinco anos. Ele fornece a base conceitual e os
construtos que fundamentam a prática da profissão e é dividido em duas partes: (I) o
domínio, que descreve as competências da profissão e as áreas nas quais seus
membros têm um corpo de conhecimentos e competências estabelecidas; e (II) o
Página 1 de 3
📄 Material Teórico
processo, que descreve as atitudes tomadas pelos profissionais durante a prestação de
serviços voltados aos clientes e focados no envolvimento com as ocupações. 
Dessa forma, faz parte do escopo da profissão atuar na promoção, prevenção,
recuperação, reabilitação e cuidados paliativos, de forma individual e/ou coletiva,
contemplando alterações motoras, psíquicas, cognitivas, sensoriais e/ou
socioafetivas, sejam elas congênitas ou adquiridas. 
Importante! 
Terapeutas ocupacionais visam melhorar a saúde e a participação dos
clientes por meio do envolvimento na ocupação, que inclui atividades
de vida diária (básicas e instrumentais), descanso, educação,
trabalho, sono, lazer e participação social.
Figura 1 – Importância da realização de atividades diárias e
significativas
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: imagem mostra uma criança sentada, à frente de uma mesa,
brincando com jogo de encaixe. Ao seu lado está uma mulher, incentivando e
guiando a atividade. Fim da descrição.
Para atingir esse objetivo, o processo da Terapia Ocupacional ocorre por meio da
avaliação inicial, planejamento da intervenção, intervenção propriamente dita e da
avaliação dos resultados. Esses procedimentos devem ocorrer de forma
contextualizada, analisando todos os domínios para alcançar saúde, bem-estar e
participação em situações de vida, por meio do envolvimento em ocupações.
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
O quadro a seguir evidencia os aspectos do domínio. Há uma forte relação entre todos
eles e uma igualdade de valor e importância, pois juntos eles influenciam a identidade
ocupacional, a saúde, o bem-estar e a participação do cliente na vida.
Quadro 1 – Aspectos do domínio da terapia ocupacional
Ocupações Atividades básicas de Vida Diária (ABVDs);
Atividades Instrumentais de Vida Diária
(AIVDs); Descanso e Sono; Educação;
Leitura 
Enquadramento da Prática da Terapia Ocupacional: Domínio &
Processo
As áreas de ocupação descritas na AOTA são os objetivos, início e fim
das intervenções terapêuticas ocupacionais. Essa construção da
prática do terapeuta ocupacional no Brasil resultou de modelos
internacionais. Ainda que não seja a única ferramenta utilizada, o
documento AOTA (2020) direciona grande parte da prática clínica.
Visite esse documento tão importante para a atuação desse
profissional.
https://www.researchgate.net/publication/357242882_Enquadramento_da_Pratica_da_TERAPIA_OCUPACIONAL_Dominio_Processo_4_Edicao
Trabalho; Brincar; Lazer; Participação
Social.
Fatores dos
clientes
Valores, crenças e espiritualidade; Funções
do corpo; Estruturas do corpo.
Habilidades
de
desempenho
Habilidades motoras; Habilidades de
processo; Habilidades de Interação social.
Padrões de
desempenho
Hábitos; Rotinas; Rituais; Papéis.
Contextos e
ambientes
Cultural; Pessoal; Físico; Social; Temporal;
Virtual.
Fonte: Adaptado de USP, 2015
O Modelo da Ocupação Humana e a Participação Ocupacional | Avança T.O.
Vídeos
Como pode perceber, conhecer os conceitos que regem a nossa
profissão é fundamental para uma prática terapêutica assertiva e
alinhada com os princípios éticos e morais. Vamos revisitar conceitos
importantes na terapia ocupacional?
Desempenho Ocupacional no Modelo de Ocupação Humana – MOHO
Desempenho Ocupacional no Modelo de Ocupação Humana – MOHO
O MODELO DA OCUPAÇÃO HUMANA E A PARTICIPAÇÃO OCUPAO MODELO DA OCUPAÇÃO HUMANA E A PARTICIPAÇÃO OCUPA……
Desempenho Ocupacional no Modelo de Ocupação Humana - MODesempenho Ocupacional no Modelo de Ocupação Humana - MO……
https://www.youtube.com/watch?v=Z6M3HYI7ln0
https://www.youtube.com/watch?v=7wLxAv96kM0
Funcionalidade Humana
A funcionalidade faz parte da experiência humana na qual o indivíduo, o corpo e a
sociedade estão interligados. Durante a vida as pessoas podem vivenciar variações no
nível de funcionalidade associadas a distúrbios congênitos, adquiridos, temporários ou
permanentes, lesões e pelo próprio processo de envelhecimento. Dessa forma, as
limitações da funcionalidade podem ser consideradas parte inerente da condição
humana. 
Inserida nessa visão, como falamos há pouco, a Terapia Ocupacional visa alcançar a
saúde, o bem-estar e a participação por meio do engajamento em ocupações
significativas. Apoiando-se na Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde (CIF), o foco deixa de ser as “consequências de doenças e
disfunções” e passa a ser a “funcionalidade” e o como ela pode ser estimulada a fim de
alcançar uma vida produtiva e gratificante. 
Documentário Memória Viva – websérie Terapia Ocupacional – CDocumentário Memória Viva – websérie Terapia Ocupacional – C……
https://www.youtube.com/watch?v=DmOdYIFPZ0U
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2001, publicou a CIF, representada com
cinco domínios: estrutura e função do corpo, atividade, participação, fatores
ambientais e fatores pessoais. Esses domínios estão inter-relacionados e influenciam
de maneira igualitária a saúde e a funcionalidade. Sendo assim, a CIF proporciona
descrição detalhada quanto aos aspectos da função e saúde das pessoas, estando
embasada no modelo biopsicossocial. 
Figura 2 – Interação entre os componentes da CIF
Fonte: Adaptada de OMS, 2023
#ParaTodosVerem: imagem mostra o modelo da CIF descrito pela Organização
Mundial de Saúde (OMS). No modelo há caixas de texto e setas multidirecionais
que unem essas caixas. Dentro das caixas está escrito na ordem: condição de
saúde, funções e estruturas corporais, atividades, participação, fatores
ambientais e fatores pessoais. Fim da descrição.
O uso dos termos e conceitos da CIF auxilia a comunicação da equipe, que passa a
adotar uma linguagem única, um novo jeito de falar, de pensar e de descrever a
funcionalidade. No quadro a seguir, aprenderemos sobre cada um desses componentes
e o seu significado.
Quadro 2 – Componentes da CIF
Componentes Definição Exemplos
Estruturasdo
corpo
São as partes
anatômicas ou
topográficas do
corpo, como
órgãos, membros e
seus componentes.
Região lombar,
cerebelo,
traqueia.
Funções do
corpo
São as funções
fisiológicas dos
sistemas orgânicos
Manutenção da
pressão
sanguínea, força
muscular,
equilíbrio,
amplitude de
movimento,
volume
inspiratório,
controle
esfincteriano,
funções
psicológicas.
Atividade
É a execução de
uma tarefa ou ação
por um indivíduo.
Andar, correr,
dirigir.
Componentes Definição Exemplos
Participação
É o envolvimento
de um indivíduo
em uma situação
da vida real.
Trabalhar,
estudar (mesmos
das atividades).
Fatores
ambientais
São fatores
externos que
influenciam
positiva ou
negativamente
(facilitadores ou
barreiras) na
funcionalidade e
na incapacidade.
Ambientes físico,
social e
atitudinal em que
as pessoas vivem
e conduzem suas
vidas.
Fatores pessoais
Atributos de uma
pessoa. Consistem
no histórico
particular e no
estilo de vida de
um indivíduo
englobando
características que
não são parte de
uma condição de
saúde ou de um
estado de saúde.
Gênero, idade,
etnia, religião,
cultura,
antecedentes
pessoais, outros
estados de saúde,
estilo de vida,
hábitos, formas
de
enfrentamento,
nível de
instrução,
profissão etc.
Fonte: Adaptado de OMS, 2003
A CIF tem se tornado uma importante ferramenta para classificação das condições de
vida, assim como para a promoção de políticas de inclusão social. O Brasil evoluiu
intensamente com o processo de implantação da CIF, o que é refletido pelo conteúdo
da Resolução 452/2012, publicada pelo Conselho Nacional de Saúde e homologada pelo
Ministério da Saúde. Dessa forma, o uso da CIF contribui tanto para melhorar a
Vídeo
As Definições de Componentes da CIF | Fisiovital
Gostaria de aprofundar os seus conhecimentos sobre os componentes
da CIF? Não deixe de assistir ao vídeo a seguir.
As De�nições De Componentes Da CIF | FisiovitalAs De�nições De Componentes Da CIF | Fisiovital
https://www.youtube.com/watch?v=Fiqxi1EwyTs
descrição do perfil de funcionalidade quanto para guiar a assistência por meio do
modelo no qual ela está embasada: o modelo biopsicossocial.
O modelo biopsicossocial mostra a multidimensionalidade na determinação do perfil
de funcionalidade de alguém. O uso do modelo biopsicossocial auxilia a equipe
profissional a entender melhor cada indivíduo, tornando-o único, ou seja,
personalizando a sua assistência e estudando melhor as relações de causa e efeito que
impactam a sua vida no que se refere tanto ao seu ambiente quanto à sua participação
social, e não apenas ao corpo ou às limitações de suas atividades.
A Terapia Ocupacional se identifica com esse entendimento de saúde e com os
conceitos empregados pela CIF, o que favorece uma aproximação com a própria
linguagem, a identidade e a prática do terapeuta ocupacional, quando comparada com
outras áreas profissionais. Isso vem reforçar a importância de sua utilização e
familiarização para a prática profissional.
Modelo de Funcionalidade Humana na Saúde da
Criança
Há uma importante relação entre desenvolvimento infantil e ocupações infantis. A
criança aprende ocupações especialmente por meio da interação com o seu ambiente.
O brincar é um tema amplamente abordado enquanto principal ocupação infantil, visto
a relevância dessa ocupação na infância. 
Figura 3 – O brincar como ocupação
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: imagem mostra duas crianças brincando em um quarto.
Ambos estão com os joelhos no chão, enquanto brincam com jogo de madeira.
Fim da descrição.
As ocupações infantis são compreendidas como ações intencionais que as crianças
realizam no curso de seu desenvolvimento, por meio do envolvimento com o ambiente
em que estão, suas famílias e seus amigos. Esse envolvimento permite que
desenvolvam seus papéis enquanto criança que brinca, que estuda, que se relaciona
com outras pessoas e que cuida de si mesma. Desse modo, a participação em
ocupações infantis contribui fortemente para o desenvolvimento cognitivo, físico,
afetivo e social da criança. 
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Com base no desenvolvimento infantil e na participação da criança, seguindo o modelo
de funcionalidade humana, foi criado um conjunto de seis palavras que chamaram de
F-words, traduzido para o português como "Minhas Palavras Favoritas". A proposta
incorpora as seis palavras aos componentes da CIF com o intuito de aproximar o
desenvolvimento da criança e o que ela considera significativo. O objetivo principal
dessas palavras é proporcionar uma visão de caráter social ao invés do modelo
biomédico, visando a participação como a principal forma de qualidade de vida e saúde
de crianças. 
A seguir apresentamos a definição de cada uma das palavras favoritas:
Quadro 3 – F-Words
Leitura
Produção de Conhecimento sobre Terapia Ocupacional e Ocupações
Infantis: Uma Revisão de Literatura
Como vimos, o brincar é muito importante para o desenvolvimento e
é parte da prática terapêutica. Gostaria de saber mais sobre essa
importante temática? 
https://www.scielo.br/j/cadbto/a/45JZnnmMcsVdfBHLS8ZPcTF/?format=pdf&lang=pt
Minhas palavras
favoritas
Definição
Função (Function)
A abordagem de funcionalidade é
definida pela capacidade da
criança em realizar a atividade,
mesmo que de forma diferente,
ou seja, o foco está em conseguir
fazer determinada atividade, e
não em como ela é realizada.
Família (Family)
A família é colocada no centro da
intervenção. O cuidado de todos
os membros e sua inclusão devem
estar na intervenção.
Saúde (Fitness)
A palavra saúde busca tirar o foco
da doença, disfunções e
medicações para as diferentes
comorbidades e incentivar a
prática de atividade física como
forma de terapia e recreação.
Diversão (Fun)
Todas as crianças devem ter
acesso à diversão, seja por meio
de atividades adaptadas
utilizando recursos de apoio
(como a Tecnologia Assistiva) e,
principalmente, que seja
permitido que a própria criança
escolha a atividade que mais se
interessa.
Minhas palavras
favoritas
Definição
Amigos (Friends)
A interação social é importante
para o desenvolvimento da
personalidade e relações
interpessoais (amizade, amorosa
ou de trabalho) devem ser
encorajadas.
Futuro (Future)
Esta palavra inclui a reflexão
sobre o futuro nos serviços de
saúde, e o incentivo aos
familiares a pensar no futuro da
criança deve ser parte do
processo terapêutico.
Fonte: Adaptado de BRUGNARO et al., 2021
A intenção na elaboração do conceito, instrumentos e disseminação do conhecimento
é a de que mais profissionais da saúde possam utilizar as F-Words na prática clínica
com o intuito de promover oportunidades de participação para crianças a partir da
prática centrada no cliente. Esse modelo visa colocar o cliente em posição horizontal
com o profissional da reabilitação, em um processo colaborativo na elaboração de
objetivos e tomadas de decisão. 
Figura 4 – As F-words dentro do contexto da CIF
Fonte: Adaptado do Freepik
#ParaTodosVerem: imagem mostra os componentes da Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) associadas às F-
Words (minhas palavras favoritas), e ao lado de cada caixa um desenho
representando a palavra favorita. Fim da descrição.
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Raciocínio Clínico para Estabelecimentos de
Objetivos Ocupacionais
Profissionais de terapia ocupacional prestam serviços aos clientes tanto diretamente,
em ambientes como hospitais, clínicas, indústrias, escolas, lares e comunidades,
quanto indiretamente, por meio da consultoria em empresas e escolas. O processo em
terapia ocupacional descreverá quais caminhos o profissional tomará na intervenção,
durante a prestação de serviços, com foco no cliente e no envolvimento com as
ocupações. Nós chamamos esse caminho de Raciocínio Clínico. Ele nos permite, de
acordo com a AOTA (AMERICAN OCCUPATIONAL THERAPY ASSOCIATION, 2015):
Leitura
Produções Científicas sobre as F-Words no Campo da Reabilitação de
Crianças:Revisão Integrativa
As F-words têm sido muito abordadas na prática do terapeuta
ocupacional. Vamos explorar mais esse conteúdo?
https://www.scielo.br/j/cadbto/a/79PjKv8fT6xXLVTMm7kv86M/?format=pdf&lang=pt
O raciocínio clínico segue um fio condutor a partir do conhecimento de como o
envolvimento em ocupações afeta a saúde, o bem-estar e a participação. Ele é um
importante norteador da prática terapêutica. 
Figura 5 – Raciocínio clínico como prática terapêutica 
Fonte: Getty Images
Identificar as múltiplas demandas, as
habilidades necessárias e o potencial significado
das atividades e ocupações;
Obter uma compreensão mais profunda das relações entre os
aspectos do domínio que afetam o desempenho e apoiam as
intervenções centradas no cliente e nos resultados.
#ParaTodosVerem: imagem mostra uma criança sentada brincando e sendo
observada por uma mulher, a sua frente. Fim da descrição.
Muitas profissões utilizam um processo semelhante de avaliação, intervenção e
análise dos resultados da intervenção. No entanto, apenas os profissionais de terapia
ocupacional utilizam as ocupações como objeto de estudo e de forma terapêutica para
promover a saúde, o bem-estar e a participação na vida. 
Importante!
Segundo as resoluções do Conselho Federal de Fisioterapia e de
Terapia Ocupacional (COFFITO), é de exclusiva competência do
Terapeuta Ocupacional, no âmbito de sua atuação, avaliar as
habilidades funcionais do indivíduo, elaborar a programação
terapêutico ocupacional e executar o treinamento das funções para o
desenvolvimento das capacidades de desempenho das Atividades de
Vida Diária (AVDs) e Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs)
para as áreas comprometidas no desempenho ocupacional, motor,
sensorial, percepto-cognitivo, mental, emocional, comportamental,
funcional, cultural, social e econômico de pacientes. 
A avaliação terapêutica ocupacional identifica o perfil ocupacional do sujeito avaliado e
analisa o seu desempenho ocupacional. O perfil ocupacional se refere às necessidades
relacionadas ao desempenho, interesses e motivação da pessoa avaliada. Já o
desempenho ocupacional identifica os facilitadores e as barreiras encontradas na
execução de atividades cotidianas e ocupações, corresponde à interação entre sujeito,
seu contexto e ambiente, atividades e ocupação. Na análise do desempenho
ocupacional, a queixa do cliente é melhor identificada por meio de instrumentos de
avaliação destinados a observar, medir e informar sobre os fatores que facilitam ou
impedem o desempenho ocupacional. 
Dentre as estratégias de coleta das informações em uma avaliação estão a entrevista
aberta e a observação do sujeito em ação.
Na entrevista aberta espera-se que o sujeito entrevistado revele suas singularidades e
historicidades. O terapeuta deve ser capaz de abrir um espaço de escuta, sem que haja
ou se façam interferências. Para a observação direta, o terapeuta deve ser capaz de
propor tarefas funcionais, que coloquem o sujeito em ação e promovam seu
envolvimento naquela ocupação, possibilitando ao profissional coletar os dados que
precisa para elaborar suas estratégias de intervenção. Salienta-se que cada sujeito é
único e realiza suas atividades cotidianas utilizando suas habilidades de maneira
particular, o que justifica um olhar pormenorizado e individualizado durante a
avaliação terapêutica. 
Para a observação do sujeito em ação, é necessário conhecer as atividades, estudá-las,
observar seus componentes, as técnicas, os movimentos, as habilidades e as
capacidades envolvidas, levando em consideração que cada atividade envolve
desempenho motor, perceptual, cognitivo ou os aspectos psicodinâmicos presentes
em sua realização.
Figura 6 – Avaliação do terapeuta ocupacional
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: imagem mostra uma criança sentada brincando e sendo
observada por uma mulher, a sua frente, que realiza a sua avaliação. Fim da
descrição.
A Atividade é o centro da intervenção dos terapeutas ocupacionais. Assim, a capacidade
de analisar a atividade e usá-la terapeuticamente é essencial na prática da Terapia
Ocupacional. Os roteiros de análise de atividade que levam em consideração as mais
diversas esferas da vida do indivíduo se aproximam das novas propostas da terapia
ocupacional, que refere o processo terapêutico ocupacional como resultado de uma
interação complexa entre habilidades de desempenho, padrões, contexto e ambiente,
demandas da atividade e fatores do cliente.
Após o processo avaliativo, os profissionais usam os princípios teóricos e as
informações sobre os clientes coletadas durante essa primeira etapa para dirigir a
intervenção centrada na ocupação. Para realizar sua intervenção, o terapeuta
ocupacional pode desenvolver seu trabalho utilizando-se de diferentes ferramentas,
em diversos contextos e com populações distintas, atendendo assim a diferentes
demandas. O tratamento realizado por este profissional pode ser conduzido tanto
individualmente quanto em grupo, de acordo com os objetivos propostos aos sujeitos.
Quando o terapeuta ocupacional precisa intervir, a atividade desenvolvida passa a ser
denominada atividade terapêutica, adquirindo significado para a terapia ocupacional
em conformidade com suas concepções teóricas. 
Para que as atividades possam ser consideradas terapêuticas devem fazer parte de um
plano de tratamento, com objetivos definidos, conforme o trabalho do terapeuta. Na
execução de atividades terapêuticas, a terapia ocupacional utiliza os recursos
terapêuticos.
A palavra recursos significa o meio ou o modo que serve para alcançar um objetivo. A
expressão recurso terapêutico utilizada na terapia ocupacional compartilha deste
significado, já que esse termo é utilizado para apontar os dispositivos que se lança mão
com o propósito de intervenção na realidade da pessoa com objetivo de ampliação de
sua independência e autonomia.
Figura 7 – Utilização de recursos terapêuticos
ocupacionais
Fonte: Getty Images 
#ParaTodosVerem: imagem mostra uma criança brincando com massa de
modelar sendo assistida por uma mulher, ao seu lado, durante uma intervenção
terapêutica. Fim da descrição.
Desse modo, recursos terapêuticos ocupacionais nem sempre implicam em algo
material, palpável, mas em todo e qualquer meio utilizado para intervir na realidade de
uma pessoa com o propósito de cuidado, como uma escuta ativa, uma atividade de
grupo, ou uma música, por exemplo.
Recursos terapêuticos ocupacionais são meios utilizados para trabalhar as áreas de
ocupação, habilidades e desempenho e padrões de desempenho. 
Dentre as muitas opções de utilização dos recursos terapêuticos, podemos dividi-los
em:
Dessa forma, os recursos terapêuticos podem ser atividades, objetos, técnicas e
métodos utilizados com o objetivo de auxiliar o cliente durante seu processo de
reabilitação. Os recursos terapêuticos podem facilitar a realização de atividades, e
devem ser usados de acordo com a demanda de cada intervenção, de forma a promover
a independência pessoal e a melhora da funcionalidade e qualidade de vida. O Terapeuta
Ocupacional planeja esses recursos de acordo com as necessidades e desejos do
paciente e utiliza como estratégia durante o processo de intervenção, de forma a
ampliar o desempenho e a participação social do indivíduo.
Recursos motores: são utilizados para
manutenção da força muscular, ganho da
amplitude de movimento articular (ADM), para
treino de coordenação motora grossa e fina, para
conservação de energia e segurança para pessoas
com doenças progressivas;
Recursos cognitivos: visam estimular a memória, atenção, função
executiva, raciocínio lógico entre outras habilidades com objetivo
de manter a melhor funcionalidade nas atividades diárias;
Recursos adaptativos: vão permitir a realização das atividades do
dia a dia, além da comunicação de maneira mais independente. 
Figura 8 – A utilização de recursos terapêuticos
ocupacionais sempre deve ser significativos
Fonte: GettyImages
#ParaTodosVerem: imagem mostra uma criança brincando, pulando uma cama
elástica, sendo assistida por uma mulher, ao seu lado, durante uma intervenção
terapêutica. Fim da descrição.
Um dos recursos terapêuticos mais utilizados é a Tecnologia Assistiva (TA). Ela pode
trazer muitos benefícios como acessibilidade ambiental, adequação postural,
mobilidade, órteses e próteses, comunicação, auxílio para atividades de vida diária e
prática, adaptação veicular ou acessibilidade virtual, entre outros exemplos. 
É importante ressaltar que as atividades escolhidas pelo profissional precisam ser
desafiadoras para o nível de capacidade do cliente para que ele melhore por meio de
esforço ou prática. Além de desafiadoras, elas devem ter real significado em seu
contexto e história de vida.
Vídeo
Terapia Ocupacional: e o Recurso de Tecnologia Assistiva
Você sabe o que é Tecnologia Assistiva? Assista ao vídeo e amplie esse
conhecimento. 
TERAPIA OCUPACIONAL: e o recurso de Tecnologia AssistivaTERAPIA OCUPACIONAL: e o recurso de Tecnologia Assistiva
https://www.youtube.com/watch?v=klD3YGRCLtc
Qual é a Importância da Terapia Ocupacional?
Terapia Ocupacional – Trabalho de Recursos Terapêuticos e Processos Criativos I
Vídeos
Veja exemplos do uso de recursos terapêuticos em Terapia
Ocupacional.
Qual é a importância da Terapia Ocupacional?Qual é a importância da Terapia Ocupacional?
https://www.youtube.com/watch?v=n0eFbuQXy1s
Terapeuta Ocupacional e seus Recursos Terapêuticos
Atividades e Recursos Terapêuticos – Terapia Ocupacional
Terapia Ocupacional - Trabalho de Recursos Terapêuticos e ProceTerapia Ocupacional - Trabalho de Recursos Terapêuticos e Proce……
Terapeuta Ocupacional e seus recursos terapêuticosTerapeuta Ocupacional e seus recursos terapêuticos
https://www.youtube.com/watch?v=Gwd9c5XEHEw
https://www.youtube.com/watch?v=gmtC98yYg-s
Chegamos ao final desta unidade de estudo. Nela você pôde compreender sobre o
percurso do profissional Terapeuta Ocupacional na condução do raciocínio clínico,
sempre embasada na funcionalidade humana, para seleção dos recursos terapêuticos
ocupacionais utilizados. Não deixe de ler todo conteúdo, assista e busque nos materiais
complementares ampliar os seus conhecimentos nesta temática. Bons estudos!
Atividades e Recursos Terapêuticos – Terapia OcupacionalAtividades e Recursos Terapêuticos – Terapia Ocupacional
https://www.youtube.com/watch?v=-c9qgH8f1Ss
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta
Unidade:
  Livros  
Reabilitação Pós-AVC: Terapia Ocupacional e
Interdisciplinaridade
CRUZ,D. M. C.; ZANONA, A. F. Reabilitação pós-AVC: terapia ocupacional e
interdisciplinaridade. Rio de Janeiro: MedBook, 2023.
Neurociência, Reabilitação Cognitiva em Modelos de
Intervenção em Terapia Ocupacional
KATZ, N. Neurociência, Reabilitação Cognitiva em Modelos de Intervenção em Terapia
Ocupacional. Barueri: Santos. 3.ed. 2014.
Página 2 de 3
📄 Material Complementar
  Vídeos  
Terapia Ocupacional | Auxílio na Recuperação Motora,
Social e Sensorial
Terapia Ocupacional em Tecnologia Assistiva e
Reabilitação
TERAPIA OCUPACIONAL | AUXÍLIO NA RECUPERAÇÃO MOTORA, TERAPIA OCUPACIONAL | AUXÍLIO NA RECUPERAÇÃO MOTORA, ……
https://www.youtube.com/watch?v=iFys7DNQa3E
O que é a Terapia Ocupacional?
Terapia Ocupacional em Tecnologia Assistiva e Reabilitação | Dra. Terapia Ocupacional em Tecnologia Assistiva e Reabilitação | Dra. ……
O que á a Terapia Ocupacional?O que á a Terapia Ocupacional?
https://www.youtube.com/watch?v=-aLHIvCuqgw
https://www.youtube.com/watch?v=puX0_SOly8c
  Leitura  
Gênese e Constituição da Terapia Ocupacional: em
Busca de uma Interpretação Teórico-Metodológica
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Atividades Humanas na Terapia Ocupacional:
Construção e Compromisso
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
A Ocupação e a Atividade Humana em Terapia
Ocupacional: Revisão de Escopo na Literatura Nacional
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/61238/84601
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