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TECNOLOGIA BIM NA CONSTRUÇÃO CIVIL Juliana Nascimento Cruz1 Larissa Gavazza Moraes2 Orientadora: Analecia Cruz Santana Monteiro3 RESUMO A tecnologia BIM vem tendo uma representatividade muito grande na indústria da construção civil. O sucesso de um projeto tem como resultado o gerenciamento de recursos como mão de obra, insumos, captial e equipamentos que sempre estão restritos e limitados. O tipo de modelo computacional que é utilizado influência muito em um projeto bem sucedido, pois os bons resultados não dependem somente da estimativa de tempo, mas também do custo destinado para cada uma das atividades envolvidas. Desta forma, a utilização do BIM - Building Information Modeling vem ao mercado para promover o quantitativo automático e preciso, reduzindo assim o orçamento e aumentando a produtividade, permitindo que se tenha maior exploração de alternativas e soluções para o projeto e assegurando respostas de maneira mais fáceis, rápidas e bastante precisas. Palavras chave: Tecnologia. Inovação. Produtividade. BIM 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho aborda aspectos da modelagem da informação da construção, mundialmente conhecida como BIM, Building Information Modelin, que é formada por um conjunto e ferramentas com a capacidade de mudar significativamente o conjunto de processos na construção civil. A divulgação desse novo conceito vem tomando forma ao longo do tempo por conta dos benefícios gerenciais e econômicos que este novo sistema proporciona no decorrer da vida útil de um empreendimento. Com o cenário cada dia mais desafiador, a tecnologia BIM chega com uma promessa de aperfeiçoar os processos promovendo um produto final com mais qualidade e valor. Essa tecnologia esta em implantação no Brasil e ainda tem-se muito a compreender como e o quanto este sistema irá revolucionar a construção civil nacional e mundial. Os engenheiros, arquitetos e gestores são os principais usuários e público alvo desta nova tecnologia que evolui a cada aplicação nova no ramo. Há alguns anos atrás, o BIM era apenas visto como um objeto de pesquisa com sua aplicação no mercado ainda bem distante. O que dificultava a implantação 1 Bacharelanda em Engenharia Civil pelo Centro Universitario Jorge Amado. E-mail:juuh.nacimento13@gmail.com 2Bacharelanda em Engenharia Civil pelo Centro Universitario Jorge Amado. E-mail: larissa.gavazza@gmail.com 3Professora orientadora formada em Engenharia Civil e Economia. E-mail: amonteiro2803@unijorge.pro.br 2 desta modelagem era a falta de informação que existia sobre o tema. Mas, graças aos avanços de pesquisa pode-se dizer que já acontece a utilização de suas vantagens através da inserção de softwares capazes de suportar a utilização de sua tecnologia. Os projetos de construção civil geralmente são bem complexos e requer um controle maior de informações para garantir o sucesso da obra. São muitos desafios a serem enfrentados como controle de materiais, estoque, cumprimento de prazos, entre diversas outras questões que precisam de uma atenção maior. Desta forma, a presente pesquisa tem por objetivo mostrar como surgiu o sistema, a sua importância, sua utilização no Brasil e no mundo e como o BIM conquistou espaço no ramo da construção civil bem como suas característcas e vantagens, visando assim contribuir com o tema apontando para o uso deste sistema inovador e como o mesmo contribui para o avanço na verificação de falhas em projetos, atrasos, desperdícios, erros e outros diversos pontos, já que tudo que acontece na realidade, em uma obra, pode ser simulada antes neste mundo virtual. Este trabalho pretende esclarecer aspectos relacionados a adoção do BIM no mercado da constrção civil através de uma revisão bibliografica com fundamentação teorica extraida de livros, artigos e revistas cientificas. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA Nos últimos anos, os avanços tecnológicos causaram um impacto muito grande na sociedade e nas organizações. Manter-se atualizado nos dias atuais, é necessário não apenas para se apropriar das tecnologias, mas também adquirir mais e melhores informações, adaptar e aperfeiçoar os processos. No ramo da construção civil, são grandes as inovações, métodos, conceitos, ferramentas, dentre outros, sendo de responsabilidade da construtora saber utilizá- las à medida que estas tecnologias vão surgindo, para se manter competitivo no mercado. Porém, historicamente, evoluções tecnológicas neste ramo demoram a acontecer, possuindo uma mudança lenta em seu processo produtivo enfrentando assim uma maior resistência. Um dos passos importantes e um marco na construção civil foram quando o setor de documentação de projetos deixou de ser executado manualmente e passou a utilizar da tecnologia CAD (Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador). Nos últimos anos, a inovação traz para o setor da construção civil 3 nacional a Modelagem da Informação da Construção, em inglês, Building Information Modeling (BIM) que teve uma enorme representação tanto quanto a implantação do CAD. Modelagem da Informação da Construção ou BIM deve ser entendida como um novo paradigma de desenvolvimento de empreendimentos de construção envolvendo todas as etapas do seu ciclo de vida, desde os momentos iniciais de definição e concepção, passando pelo detalhamento e planejamento, orçamentação, construção até o uso com a manutenção e mesmo as reformas ou demolição. É um processo baseado em modelos paramétricos da edificação visando à integração de profissionais e sistemas com interoperabilidade de dados e que fomenta o trabalho colaborativo entre as diversas especialidades envolvidas em todo o processo, do início ao fim. (SCHEERS, pág. 2) De acordo com Chuck Eastman, professor do Instituto de Tecnologia da Geórgia e um dos pioneiros da tecnologia CAD, a aceitação em grande proporção do BIM e o seu uso como modelo digital acessível pelo ciclo de vida de uma edificação seria um passo para eliminar custos resultantes da inadequada interação de dados. Sendo assim, o BIM se manifesta como um modelo que possui diversas informações com organização metódica, podendo ser acessada no momento certo e da forma certa, desde o início do empreendimento até uma possível demolição. É de grande importância lembrar que, no ramo da construção, esta inovação não serve apenas para simular o desenvolvimento de uma construção em específico e sim de empreendimentos em um bairro ou até mesmo em uma cidade. Desta forma, o BIM torna-se muito mais que uma representação tridimensional ou um software, é um novo conceito para a construção civil trazendo domínio a projetos e facilidade no fluxo, execução e gestão da obra. 3. COMO SURGIU O BIM O surgimento desta ferramenta se deu através de pesquisas científicas de países mais desenvolvidos tecnologicamente na construção civil com o intuito de aperfeiçoar a quantidade de informação e algumas especialidades já esperada no mercado destes países como sustentabilidade, conforto, certificações ambientais, entre outros. 4 Desde a década de 70 que já existia a necessidade de adicionar informações aos desenhos gerados pelos softwares assistidos pelo CAD que foi desenvolvido a mais de 20 anos atrás para da suporte a projetos relacionados a redes elétricas. Então, Charles M. Eastman ou apenas Chuck Eastman, junto com alguns estudiosos inventaram o conceito de Building Description System ou Sistema de Descrição da Construção (BDS) que tinha como objetivo provar que o processo de uma obra desenvolvida por computador, poderia reproduzir e melhorar os pontos fortes do desenho até eliminar os pontos fracos. Esse novo conceito, na época, abriu portas para a evolução de softwares, permitindo assim que documentos feitos no papel fossem elaborados através da utilização de sistemascomputacionais, mais conhecidos como CAD que serve como uma escada para as diversas discussões e facilitações tecnológicas futuras. Foi a partir destes conceitos que, na década de 80, Robert Aish tornou público o primeiro uso do termo documentado de BIM exatamente da forma que utilizamos nos dias atuais. 4. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA BIM A existência de amplos conceitos para descrever as funcionalidades da plataforma BIM, são complementares entre si, visando expor o início da representação tridimensional e os benefícios que esta tecnologia trás no decorrer da vida útil de um empreendimento. De acordo com Eastman, o BIM é uma filosofia que interagem os arquitetos, engenheiros e os construtores, como mostra a figura 1, elaborando com precisão o modelo virtual que gera uma base de dados contendo informações necessárias para orçamento, cálculo energético e quantitativo de insumos e as ações durante todas as fases da obra. O BIM não abrange só os profissionais que projetam o empreendimento, mas também todos aqueles envolvidos no planejamento, no gerenciamento, na execução, os investidores do empreendimento e o público mesmo que ainda não frequente. É uma plataforma de evolução, é realidade e não precisa dizer que quem não estiver capacitado neste contexto terá enormes dificuldades na competitividade do setor que esta diretamente ligada ao alinhamento desses conceitos. 5 Figura 1 - beneficiários do BIM Fonte: RIB software Desta forma, quatro importantes características se destacam: a modelagem paramétrica, o levantamento de insumos, a interação entre sistemas e sua capacidade de gerar simulações. Para que um software integre a plataforma BIM, precisa atender a todos os critérios e características necessárias ilustrada na figura 2. Figura2 - ciclo da modelagem Fonte: RIB software A modelagem paramétrica é o cérebro da plataforma. São através dela que caracteriza a eficiência dos softwares pertencentes ao BIM, permitindo agilidade durante as construções e edições de modelos, fazendo o armazenamento dos dados necessários como informações geométricas do projeto, especificações dos materiais bem como suas características físicas e custos unitários. A modelagem permite também que critérios possam ser determinados para que o projeto seja validado, checando a discrepância de alguns parâmetros ligados aos padrões exigidos por 6 normas. Os exemplos dos parâmetros do projeto BIM são: as dimensões da estrutura, informações sobre a mecânica do solo, quantidade de produtividade da mão de obra, entre outros fatores. Importante evidenciar que durante a escolha do modelo, os cálculos relacionados ao levantamento de insumos são automáticos, reduzindo o risco de algum erro na previsão do orçamento. Para que haja interação entre os softwares BIM, foi feita a criação de uma extensão de arquivos chamada Industry Foundation Class (IFC). O objetivo desta extensão é possibilitar a troca de informações no decorrer de todo ciclo de vida da construção, independente do tipo de software que estejam utilizando. O IFC também permite a passagem de dados de um determinado arquivo, por diferentes finalidades possibilitando a transparência no trabalho em equipe. Desta forma, torna este formato o padrão de ferramenta do BIM, podendo suportar 150 aplicações mundialmente. Em relação à simulação real que a plataforma BIM mostra, da uma maior clareza na hora de tomar decisões nas fases iniciais de planejamento e execução de um projeto, identificando interferências no mesmo, expondo possíveis correções ainda na fase de anteprojeto. Desta forma, é possível reavaliar projetos de má qualidade antes mesmo da sua execução, garantindo eficiência, redução nos custos e o ordenamento do cronograma da obra. 5. O MODELO VIRTUAL Chama-se de modelo computacional a base de dados solida, encima da qual são geradas informações para alimentar a equipe. As informações que são geradas neste banco de dados único dão confiança e a certeza de que sempre estarão atualizadas pelo simples fato de serem alimentados pelos profissionais, gerando assim uma assertividade maior na hora de tomar decisões melhorando assim o resultado final do projeto. Desta forma, além de trazer precisão, o modelo computacional aumenta na quantidade de informações durante o projeto. Para cada solução, se obtiver mais informações de quanto impacto essas decisões terão no projeto mais assertivas serão as decisões. Os modelos computacionais com modelagem da informação da construção podem realizar projetos compatíveis fisicamente e com quantitativos precisos, podendo desenvolver projetos de alto desempenho. A estes 7 modelos computacionais focados à construção civil deu-se o nome de Modelo Integrado ou Modelo BIM. Eles têm utilidade como banco de dados para a modelagem da informação ser utilizada pelos colaboradores, para criar soluções e tomar decisões. Um modelo BIM possui a mesma função que uma planilha eletrônica com a diferença de ser desenvolvido em software específico para a construção civil, facilitando a programação e inserção de dados. Uma vantagem dos modelos virtuais é a capacidade e facilidade de reconstrução e remodelagem, oferecendo a quem os utilizam mais oportunidades para a simulação gerando assim mais informação. Por exemplo, é possível trocar uma determinada solução estrutural em aço por concreto armado e analisar os seus impactos. 5.1 Dimensões do BIM Em relação às dimensões de um modelo, as variadas atividades exercidas pela equipe de projetos no decorrer da vida útil do empreendimento dão espaço para que o BIM seja classificado em diferentes níveis de informação, chamadas de dimensões do BIM. Essas grandezas caracterizam os níveis de informação e funcionalidades do modelo e seu contexto de utilização no ciclo de vida do projeto. Sendo assim, com base nas literaturas da atualidade, as dimensões do BIM variam do 3D ao 7D, como mostra a figura 3, expressando assim na sua respectividade a forma, o tempo, o custos, a sustentabilidade e o gerenciamento de instalações. Figura 3 - dimensões do BIM Fonte: SDS Educa 8 5.1.1 Forma- 3D É uma modelagem paramétrica que gera representações aperfeiçoadas dos projetos proporcionando animações e passeios virtuais, auxiliando no gerenciamento durante a modelagem. São nestes formatos que contém informações qualitativas do projeto como paredes, portas, janelas, vigas, pilares, lajes, tubulações entre outros gerando assim caracterização dos materiais, a sua quantidade bem como soluções para revestimentos. 5.1.2 Tempo- 4D Quando se trata de produtividade das equipes, otimização nos planejamentos das atividades dos construtores e fornecedores para o cumprimento de prazos, quantidade de equipes, simulação do fluxo de trabalho e até o gerenciamento do canteiro de obras, ou seja, esta modelagem fornece informações sobre o cronograma da obra, quando inicia e quando termina cada atividade. 5.1.3 Custo - 5D Modelo planejado para receber informações dos custos de cada serviço como de materiais, mão de obra, equipamentos, despesas indiretas entre outros, gerando orçamento em tempo real e dando suporte para o levantamento de quantitativos para orçamento. 5.1.4 Sustentabilidade – 6D Este modelo recebe informações sobre a validade de cada material, realiza análises do consumo de energia, consumo de água, o ciclo de manutenção, simulação de iluminação solar, isolamento térmico, ventilação e até emissão de CO2. 5.1.5 Gerenciamento – 7D Responsável pelo armazenamento de informações dos dispositivos que consiste no projeto, com seus respectivos manuais de informação e manutenção, prazos de garantia, informações sobre o fabricante e contatos. Tambémestabelece manutenção e troca de peças e equipamentos. 9 6. MECANISMOS BIM DISPONÍVEIS NO MERCADO Serão demonstradas algumas das ferramentas BIM disponíveis atualmente no mercado com suas respectivas funções e características, onde esses softwares podem ter a sua utilização em conjunto no mesmo protejo com o objetivo de suprir o que for necessário na parte técnica. 6.1 Green Building Studio Software na nuvem que permite a observação relacionada à sustentabilidade de edifícios, onde as análises são feitas desde o projeto até a execução do empreendimento, considerando o consumo de gás natural, eletricidade e água além da emissão de gás carbônico. Para utilizar esta simulação, precisa trazer o modelo da edificação para a plataforma e indicar o tipo de uso, seu tempo de operação além da sua localização, dando ao software a liberdade de projetar o custo e seu consumo energético de acordo com o clima local e possíveis economias de energia. 6.2 Infraworks É um software que possibilita gerar modelos 3D proporcionando criar infraestruturas muito rapidamente. Pertecente a plataforma BIM, o Infraworks é utilizado no planejamento e concepção do projeto. Tem como vantagem transportar projetos no Civil 3D, como mostra a figura 4, para um contexto atual onde ocorrerá a execução da obra. Figura 4 - ilustração de um projeto no Civil 3D apresentado no Infraworks Fonte: Multidisciplinary Scientific Journal 10 Além de permitir a simulação de tráfego com bases em configurações prévias, o Infraworks tem a capacidade de verificar intervenções urbanas nos projetos a fim de possíveis necessidades de desapropriações. Sendo assim, a simulação ajuda na análise do sistema rodoviário, como por exemplo, a velocidade média dos veículos, fluxo de tráfego entre outros fatores. 6.3 Revit Utilizado por engenheiros e arquitetos para desenvolvimento de projetos arquitetônicos, instalações e estruturas prediais, como mostra a figura 5, dispondo de uma apresentação em 3D, simplicidade em se obter documentação dos trabalhos e uma facilidade na obtenção de fachadas e cortes. Além disso, dispõe de uma captação de levantamento quantitativo para orçamentação e opera em dimensões 5D e 6D De acordo com uma pesquisa feita com usuários de uma empresa x, dentre os softwares que favorecem o BIM, o Revit é o mais utilizado com cerca de 70% de uso. Isso é devido às vantagens proporcionadas em relação a instalações hidrossanitárias, estrutura, arquitetura, entre outros aspectos. Figura 5 - projeto elaborado no Revit Fonte:SDS Educa 6.4 Navisworks O Naviswork é um software de compatibilização e gestão de projetos BIM. Permite a quem o usa abrir e combinar modelos em 3D, navegar em tempo real e utilizar um conjunto de ferramentas para revisar os modelos usados dispondo de 11 comentários. Utilizado também para complementar projeto em 3D como Revit e AutoCAD, o Naviswork também permite ligar modelos a cronogramas e composições de insumos através do MS Project ou Excel, podendo assim saber a quantidade de material e mão de obra para iniciar a obra dentro do prazo. 6.5 AutoCAD Civil 3D Software utilizado para projetos de infraestrutura, como estradas (como mostra a figura 6), terraplanagem e sistemas de drenagem. Proporcionam praticidade e dinamismo na hora de obter perfis topográficos, alinhamentos verticais, horizontais e transversais. Suas ferramentas de análise podem ajudar na verificação da viabilidade técnica, fluxos de escoamento superficiais e alagamentos de bacias hidrográficas. Figura 6 - projeto de estrada feita no AutoCAD civil 3D Fonte: Engenharia 360 7. VANTAGENS ADERIDAS AO BIM São diversos os benefícios quando se utiliza o BIM em projetos, mas o que mais gera prejuízos certamente é a falta de comunicação e troca de informação entre os envolvidos no desenvolvimento do empreendimento. De acordo com um relatório conservador emitido pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA em 2004, se perde praticamente 16 bilhões de dólares por ano por falta de comunicação e interação das partes envolvidas na construção civil. Mas, a comunicação não é apenas o único benefício que o BIM traz. Uma das vantagens em relação ao tempo é a assertividade na manutenção devido ao acerto de cronograma, gerando uma maior possibilidade em fazer 12 simulações. Já a execução mais precisa é utilizada para representar, em forma de gráficos, as instalações necessárias tanto permanentes como temporárias no canteiro de obras. A análise da localização ideal do projeto pode ser usada para avaliar as propriedades de uma determinada região, os impactos sociais e geográficos. As informações técnicas que são geradas nos desenhos fazem com que sejam gerados cálculos automáticos deixando de lado a utilização de planilhas externas, aperfeiçoando automaticamente os desenhos e detalhes e permitindo custos mais controlados e precisos 8. CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS Para que o projeto de um empreendimento tenha sucesso é necessário que os profissionais envolvidos possuam conhecimento para o desenvolvimento. Na pratica, cada profissional contribui com aquilo que mais sabe fazer para obter êxito no objetivo do projeto. Como esses profissionais se relacionam potencializa cada vez mais as suas contribuições no projeto, ou seja, quando um profissional tem pouco conhecimento, falta a reuniões ou até mesmo se restringe a trocar informações com os demais da equipe, tendem a trazer soluções menos compatíveis com os demais. Pra poder formar uma equipe é necessário uma análise como um todo. O que define o grau dos colaboradores são os objetivos a serem definidos, os recursos disponíveis para atender as metas e se caso necessário, a contratação de profissionais especializados. Não havendo precisão de todos os colaboradores participarem do início ao fim do projeto, sendo muito importante observar cada forma de atuação. O avanço de um projeto se dá de acordo com as tomadas de decisões, sendo assim, é de grande importância a forma como cada profissional colabora, sendo o ponto chave para a utilização correta de recursos. Colaboradores com disposição a participar de cada decisão do projeto precisam ser focados nas metas dando total preferência. Quanto mais capacitações esses profissionais tiverem, melhores serão as decisões finais. 13 O comprometimento desses profissionais merece uma atenção especial nos projetos. É importante se atentar as necessidades dos outros profissionais da equipe e sempre ficar atento ao momento certo de trazer novas questões e soluções. 9. BIM NA FISCALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS BRASILEIRAS No Brasil, a adesão do BIM segue a tendência mundial. Nas particularidades públicas, iniciativas dos órgãos das forças armadas, governos estaduais e o comitê estratégico de implantação do BIM criado pelo governo federal, mostram que o uso do BIM trás uma maior objetividade nas obras públicas que englobam desde a licitação até a fiscalização. Na atualidade o Governo Federal gasta bilhões de reais com obras de infraestrutura, demandando ao fiscal de obras a atender as normas vigentes. Boa parte destas obras públicas é auditada por órgãos de controle externo, ocasionando irregularidades tanto no projeto básico quanto na fiscalização ineficiente. Com isso, o surgimento de ferramentas, de tecnologia e processos que melhorem a eficácia destes setores é fundamental. A melhoria da qualidade dos projetos com o auxílio do BIM é bastante notório sendo adotado em vários países do mundo, pois, oferece um potencial suporte nas principais atividades de fiscalização através de informações mais precisas fazendo com que se cumpra o que é exigido em contrato, aumentando a possibilidade de uma obracom melhor qualidade e adeptos aos preços e prazos contratados. Desta forma, o Governo Federal incluiu na agenda estratégica da construção civil o objetivo de intensificar o uso da tecnologia da informação e a implantação do sistema de classificação da informação na construção. Para cumprir esse objetivo medidas foram tomadas entre elas esta a introdução da tecnologia BIM no sistema de obra do Exército e a divulgação e complementação da normatização brasileira para o BIM Os benefícios do BIM na área de projeto e execução de obras são bem notórios. Por outro lado, na fiscalização de obras públicas ainda existe uma falta de estudos que comprovem a eficácia desses benefícios. É nesta área que se concentra as principais irregularidades, de acordo com auditorias do Tribunal de Contas da União feitas em 2014. Sendo necessário que a Administração Pública se encarregue de fiscalizar os contratos e verificar o seu cumprimento. 14 Sendo assim, o BIM pode atuar e auxiliar em diversas atividades de fiscalização como: manter o arquivo completo e atualizado de toda documentação necessária aos trabalhos; analisar e aprovar projetos das instalações provisórias e canteiro de serviços; promover reuniões sobre o andamento da obra bem como as providências necessárias para cumprir contrato; solucionar dúvidas em relação aos serviços e a interferência entre as equipes de trabalho; esclarecer e solucionar inconformidades, falhas e omissões no decorrer do projeto; paralisar e/ou solicitar o refazimento de serviços com inconformidades; aprovar serviços, atestar medições e encaminhar faturas para pagamentos; solicitar substituição de qualquer funcionário da empresa; verificar e aprovar substituição dos materiais, equipamentos e serviços; verificar e aprovar desenhos, entre outros. 10. IMPACTO DO BIM NO BRASIL O BIM chegou ao Brasil por volta dos anos 2000. A necessidade da utilização é cada vez mais intensa na construção civil, mas o mercado não se mostra preparado e capacitado para usá-lo na prática seja pela falta de conhecimento, de interesse de alguns profissionais ou pela questão financeira afinal, é considerada uma tecnologia cara para investimento. De certa forma, toda mudança gera insegurança mesmo que o objetivo seja ajudar a vida dos engenheiros, projetistas, arquitetos e todo público alvo que vivencia a cadeia da construção. Isso é decorrente da falta da mão de obra e ausência de padrões de desenhos brasileiros causando receio por parte dos profissionais. A utilização do BIM foi consagrada no Brasil em 2002 pelo escritório do arquiteto Luiz Augusto Contier. Desde então os avanços da plataforma foram acontecendo de uma forma bem lenta voltado a projetos de edifícios do setor privado. No que diz respeito à utilização em obras de infraestrutura a utilização é bem pequena, sendo na sua maioria liderada por grandes contratantes do setor público com destaques para algumas empresas que já trazem no processo de licitação a exigência da utilização da plataforma. Uma pesquisa feita por Barreto com 100 empresas brasileiras mostra que apenas 31% das empresas afirmam utilizar o BIM desde quando a tecnologia foi implementada. Das demais, 8 empresas disseram usar a modelagem apenas por um 15 período de teste, enquanto 61 empresas afirmam não ter nenhum tipo de experiência nos projetos. O que estas empresas mostram é uma visão estabelecida ainda com os processos mais convencionais em relação ao BIM, visto que 51 dessas empresas entrevistadas acreditam que menos de 20% dos projetos executados no país façam uso desta tecnologia, conforme mostra o gráfico 1. Gráfico 1 - opinião das empresas entrevistadas em relação a utilização do BIM Fonte: os autores – adaptado Núcleo do Conhecimento Para Barreto, a dificuldade da implantação e difusão da tecnologia no país é decorrente de como as universidades brasileiras conduzem o ensino do BIM e o cenário precário em pesquisas sobre a tecnologia que ainda é muito recente e trata de poucos aspectos das plataformas. Outro empecilho para a implementação do BIM no Brasil é o alto custo para capacitar profissionais e a aquisição dos softwares pelas empresas. Entretanto, segundo a pesquisa de Barreto, 55% das empresas que aceitaram o BIM afirmaram que sua utilização gerou lucros e que 47% destas, informaram que o retorno financeiro chegou entre 6 meses e 1 ano de uso. Esta pesquisa relata bem que, em geral, a plataforma não é só viável financeiramente, mas que pode também gerar retornos sobre o investimento de uma forma rápida e que nenhuma das empresas obtiveram retorno após 3 anos de utilização e sim antes, como diz os autores. Em julho de 2018 foi publicado o decreto n° 9.377 que torna obrigatório o uso do BIM no desenvolvimento dos projetos a partir de 2021. Sendo assim, a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial espera que a produtividade 16 aumente em 10% na construção civil e que ocorra uma redução de custos de até 20%. 10.1 Normatização Brasileira A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) junto com a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançaram, em 2017, a Coletânea de Normas Técnicas de Modelagem de Informação onde engloba as partes 1, 2, 3 e 7 da NBR15965 que se trata de um catálogo com a primeira norma BIM no Brasil , além da NBR ISO 12006-2:2018 que estabelece estrutura para o desenvolvimento de sistemas de classificação do ambiente construído. Ainda em 2017, foi publicado no Diário Oficial da União o decreto que estabelece o Comitê Estratégico da Implementação do BIM com objetivo de estabelecer uma Estratégia Nacional de Disseminação da tecnologia. Com o intuito de padronizar os componentes de construção utilizados pelo BIM, a ABDI juntamente com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) projetou a plataforma BIM BR e a biblioteca pública brasileira de BIM. Para ter acesso a ambos é necessário realizar via internet, onde permite aos usuários guias e manuais de projetos, podendo também localizar empresas e profissionais com experiência em BIM além de oferecer o download e upload de softwares gratuitamente. 11. BIM NO MUNDO Segundo Wong, as regras para implantação do BIM apresentam características de acordo com cada país, que possivelmente dependem de fatores de natureza econômica. Desta forma, conhecer resultados e soluções que o BIM proporciona nas diversas esferas econômicas mundiais é uma maneira de identificar oportunidades de implantação da plataforma. Muitos países que possuem destaque no cenário macroeconômico internacional aderiram ao BIM, exigindo e estabelecendo o uso nos projetos de obras públicas possuindo assim diferentes níveis de responsabilidades e aplicação. Quando comparamos países como China e Estados Unidos, ilustrado no gráfico 2, percebemos que as empresas brasileiras possuem um comprometimento 17 baixo com esta tecnologia. Sendo assim, a aplicação precisa de atenção, pois, a competitividade dentro na construção civil só esta aumentando. Gráfico 2 - comprometimento de alguns países com o BIM Fonte: os autores – adaptado Bimzeiro Em 2016, 14 países na Europa se juntaram de forma oficial para formar o grupo Eu BIM Task Group, com o objetivo de ativar o uso do BIM em obras públicas no referido continente. Desta forma, apresentaremos o histórico da adoção do BIM em alguns países. 11.1 Estados Unidos da América O Serviço Geral de Administração dos Estados Unidos (GSA) elaborou em 2003 o Programa Nacional de BIM 3D e 4D onde estabeleceu a utilização obrigatória do BIM para todas as edificações e projetos públicos motivando assim suporte financeiro e técnico para implantar a tecnologia. Entre 2007 e 2015, a GSA lançou oito guias de utilização do BIM que abrange as dimensões do 3D até o 7D, relatando inclusivea utilização de laser scanner na dimensão 3D, eficiência energética, gerenciamento de edificações entre outros. Com o objetivo de incentivar a criação de lideres do BIM dentro da organização, a GSA fez parcerias com criadores de softwares, algumas agências federais, associações profissionais e na esfera acadêmica, gerando resultados 18 importantes como o Manual BIM Standards and Project Delivery Requirements lançado pela universidade de Indiana. Este manual é de uso obrigatório em todos os novos projetos com custos a partir de US$ 5 milhões. Seguindo este contexto, cerca de 72% das empresas de contrução americanas utilizam o BIM nos projetos. 11.2 China De acordo com pesquisas feitas em 2012 pela Associação da Indústria da Construção da China, de 388 empresas que participaram da pesquisa menos de 15% utilizavam o BIM. O motivo para baixa aquisição a esta tecnologia é a resistência das empresas em adotar novos processos. De acordo com Rebecca De Cicco, especialista da AEC Magazine, nos próximos anos haverá um grande crescimento na utilização do BIM no país motivado principalmente pelo sucesso obtido no Reino Unido. A revista ainda revela que os chineses possuem grande interesse nos ensinamentos proporcionados para atender as necessidades do mercado. 11.3 Reino Unido A área da construção é de grandes oportunidades com uma visão de crescimento de 70% até 2025, ou seja, a indústria da construção civil representa 7% da economia britânica. Com o conhecimento da capacidade do BIM, o governo do Reino Unido decretou em 2011, após etapas de adaptações até 2016, a obrigatoriedade da modelagem em todos os projetos públicos, já que 40% das construções no país são deste setor. As empresas da AEC, em decorrente da obrigatoriedade, investiram em treinamentos das suas equipes para adaptar os processos a essa nova metodologia. Desta maneira, o numero de empresas que já utilizam o BIIM cresce cada vez mais, saltando de 13% em 2011 para 54% em 2016 e atingindo um patamar maior que 78% em 2018. Um ponto positivo é que as empresas que já utilizam o BIM nas suas atividades passaram a utilizar ainda mais apresentando assim um nível alto de aceitação. De acordo com um relatório feito pela Estratégia de Construção do Governo 2016-2020, a economia obtida pela utilização do BIM foi de cerca de 14,8 bilhões de reais nas obras públicas entre os anos de 2011 e 2015. 19 Até o ano de 2020 o governo britânico promete proporcionar o BIM nivel 3 que foca mais nas questões de manutenção e gerenciamento ao longo da vida útil do empreendimento. Para tal acontecimento o governo tem investido em bibliotecas virtuais com itens organizados por cada especifiação técnica. 11.4 Catar O governo tem apoiado a implantação do BIM e junto à inclusão de Protocolos e leis para obras executadas nesta plataforma. A prática da implantação no país é decorrente das empresas privadas para facilitar os ambiciosos projetos de construção e não possuem um seguimento de regra geral. Para 2022, o governo do país planeja gastar em media 160 milhões de dólares em construções e infraestrutura para a Copa do Mundo FIFA onde inclui o metrô de Doha que liga diversos estádios, hotéis e restaurantes. 11.5 Noruega A implantação do BIM na Noruega começou através da Agência de Defesa do país que desenvolveu o primeiro projeto piloto no formato IFC. Desta forma, em 2010, tornou-se obrigatório o uso da modelagem para todos os projetos do setor público com o objetivo de melhorar o conceito de seus prédios para os usuários reduzindo também gastos operacionais. A criação de manuais para a utilização vem juntando forças nos últimos anos tanto do setor público quanto do privado. O Manual de Modelagem e Informação é um exemplo importante que traz detalhes e exigências básicas do BIM com princípios específicos a área de arquitetura, estrutura, paisagismo e elétrica. A SINTEF, maior organização independente da Europa, vem desenvolvendo pesquisas com foco no desenvolvimento de ferramentas sustentáveis para aperfeiçoar a construção das edificações. 11.6 Hong Kong A Autoridade de Habitação de Hong Kong estabeleceu metas para aplicar o BIM em 2014 para todos os novos projetos, mas, sua implementação já ocorria desde 2006 onde o objetivo era desenvolver mais de 19 projetos de habitação pública em etapas que vai da viabilidade até a execução. Entre os utilizadores do 20 BIM, foi desenvolvidas condutas de modelagem para gestão, criação e comunicação competentes. 12. O FUTURO DO BIM O BIM percorre um caminho cada vez mais valorizado, completo e vem se transformando em um banco de dados em todos os aspectos da edificação. Desta forma, o uso do BIM como Modelagem da Informação da Construção é e continuará sendo cada vez mais promissor pela sua capacidade de utilização de softwares em nuvem aumentando assim a capacidade das construtoras de lhe dar com a quantidade cada vez maior de informações. Saber a quantidade exata de material a ser utilizado em um projeto inclusive determinadas dimensões, não é uma tarefa difícil de ser respondida para quem utiliza o BIM. Em apenas um clique, o profissional da construção obtêm informações bem detalhadas do projeto. Desta forma, as construtoras podem criar um volume de dados de custos da construção com mais realidade de planejamento e os erros de execução permitindo assim um controle mais apurado. Assim, a escolha do material pode ser feita de acordo com a quantidade de informações colocadas em todos os aspectos. Organizando os modelos com os conceitos é possível reunir e definir todos os aspectos da edificação gerando otimização de determinados aspectos e automatizando o processo de fabricação com a finalidade de acabar com desperdício e o retrabalho no canteiro de obras. 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS O uso do BIM é bem recente dentro da indústria da construção civil. Em todo o mundo o setor da construção apresenta infraestruturas e edificações que atendam as necessidades da área econômica empregando assim uma enorme quantidade de pessoas e colaboradores. No Brasil tudo isso tem um peso muito mais significativo por concentrar uma quantidade expressiva de mão de obra com baixa qualificação. A conceituação do BIM e as características citadas neste artigo foram apresentadas com o intuito de concentrar informações básicas acentuando o conhecimento necessário para entender as ferramentas e objetivos da modelagem apresentada. A utilização das ferramentas possibilita uma visualização em 3D com movimentos e animações promovendo processos de simulação dos projetos. 21 Foi parte do objetivo deste estudo apresentar cenários de implementação do BIM no Brasil e no mundo descrevendo algumas características de implantação em alguns países e suas particularidades que influenciam na atuação da modelagem. Desta forma, observamos que a tecnologia BIM vem se firmando na indústria da construção civil como uma enorme ferramenta de inovação para todo o ciclo de vida útil da edificação que abrange desde o início do projeto até uma possível demolição. A contribuição desejada neste estudo foi estimular as empresas, entidades públicas e os setores da engenharia, arquitetura e construção a utilizar cada vez mais este conjunto de ferramentas com a certeza de que é uma forma acessível e descomplicada de criar e construir grandes sonhos. 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIM DA: Building Information Modeling. Bim no mundo. BIMDA: Building Information Modeling, 2019. Disponível em: https://bimmda.com/pt/bim-no- mundo#:~:text=A%20percentagem%20de%20projetos%20que%20envolvem%20o% 20BIM%20%C3%A9%20de%2075%25. Acesso em: 8 de outubro de 2020. BIMzeiro. Como o BIM afeta a área de infraestrutura. BIMzeiro, 2019. Disponível em:https://bimzeiro.com/novidades-como-o-bim-afeta-a-area-de-infraestrutura/. Acesso em: 4 de outubro de 2020. CAMPESTRINI, T. F. et al. Entendendo BIM. 1ª edição. Curitiba, 2015. FARIA, L. T. Estudo de caso: Tecnologia BIM na Construção Civil. Disponível em: https://www.academia.edu/13887940/Tecnologia_BIM_na_Constru%C3%A7%C3%A 3o_Civil. Acesso em: 10 de setembro de 2020. JUNIOR, F. G. BIM: tudo que você precisa saber sobre esta tecnologia. AltoQi, 2019. Disponível em: http://maisengenharia.altoqi.com.br/bim/tudo-o-que-voce-precisa- saber/. Acesso em 13 de setembro de 2020. MIRANDA, A. C. O; MATOS, C. R. Potencial uso do BIM na fiscalização de obras públicas. Tribunal de Contas da União. Edição 133, 2015. Disponível em: https://revista.tcu.gov.br/ojs/index.php/RTCU/article/view/1302. Acesso em: 4 de outubro de 2020. SALVI, Levi; MIRANDA, Rian das Dores. Análise da tecnologia BIM no contexto da indústria da construção civil brasileira. Multidisciplinary Scientific Journal: núcleo do conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 07, pp. 79-98, 2019.
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