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Tecnologia BIM na Construção Civil

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TECNOLOGIA BIM NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
Juliana Nascimento Cruz1 
Larissa Gavazza Moraes2 
Orientadora: Analecia Cruz Santana Monteiro3 
 
RESUMO 
 
A tecnologia BIM vem tendo uma representatividade muito grande na indústria da 
construção civil. O sucesso de um projeto tem como resultado o gerenciamento de recursos 
como mão de obra, insumos, captial e equipamentos que sempre estão restritos e limitados. 
O tipo de modelo computacional que é utilizado influência muito em um projeto bem 
sucedido, pois os bons resultados não dependem somente da estimativa de tempo, mas 
também do custo destinado para cada uma das atividades envolvidas. Desta forma, a 
utilização do BIM - Building Information Modeling vem ao mercado para promover o 
quantitativo automático e preciso, reduzindo assim o orçamento e aumentando a 
produtividade, permitindo que se tenha maior exploração de alternativas e soluções para o 
projeto e assegurando respostas de maneira mais fáceis, rápidas e bastante precisas. 
 
Palavras chave: Tecnologia. Inovação. Produtividade. BIM 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho aborda aspectos da modelagem da informação da 
construção, mundialmente conhecida como BIM, Building Information Modelin, que é 
formada por um conjunto e ferramentas com a capacidade de mudar 
significativamente o conjunto de processos na construção civil. A divulgação desse 
novo conceito vem tomando forma ao longo do tempo por conta dos benefícios 
gerenciais e econômicos que este novo sistema proporciona no decorrer da vida útil 
de um empreendimento. 
 Com o cenário cada dia mais desafiador, a tecnologia BIM chega com uma 
promessa de aperfeiçoar os processos promovendo um produto final com mais 
qualidade e valor. Essa tecnologia esta em implantação no Brasil e ainda tem-se 
muito a compreender como e o quanto este sistema irá revolucionar a construção 
civil nacional e mundial. Os engenheiros, arquitetos e gestores são os principais 
usuários e público alvo desta nova tecnologia que evolui a cada aplicação nova no 
ramo. 
Há alguns anos atrás, o BIM era apenas visto como um objeto de pesquisa 
com sua aplicação no mercado ainda bem distante. O que dificultava a implantação 
 
1 Bacharelanda em Engenharia Civil pelo Centro Universitario Jorge Amado. E-mail:juuh.nacimento13@gmail.com 
2Bacharelanda em Engenharia Civil pelo Centro Universitario Jorge Amado. E-mail: larissa.gavazza@gmail.com 
3Professora orientadora formada em Engenharia Civil e Economia. E-mail: amonteiro2803@unijorge.pro.br 
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desta modelagem era a falta de informação que existia sobre o tema. Mas, graças 
aos avanços de pesquisa pode-se dizer que já acontece a utilização de suas 
vantagens através da inserção de softwares capazes de suportar a utilização de sua 
tecnologia. Os projetos de construção civil geralmente são bem complexos e requer 
um controle maior de informações para garantir o sucesso da obra. São muitos 
desafios a serem enfrentados como controle de materiais, estoque, cumprimento de 
prazos, entre diversas outras questões que precisam de uma atenção maior. 
Desta forma, a presente pesquisa tem por objetivo mostrar como surgiu o 
sistema, a sua importância, sua utilização no Brasil e no mundo e como o BIM 
conquistou espaço no ramo da construção civil bem como suas característcas e 
vantagens, visando assim contribuir com o tema apontando para o uso deste 
sistema inovador e como o mesmo contribui para o avanço na verificação de falhas 
em projetos, atrasos, desperdícios, erros e outros diversos pontos, já que tudo que 
acontece na realidade, em uma obra, pode ser simulada antes neste mundo virtual. 
Este trabalho pretende esclarecer aspectos relacionados a adoção do BIM no 
mercado da constrção civil através de uma revisão bibliografica com fundamentação 
teorica extraida de livros, artigos e revistas cientificas. 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
Nos últimos anos, os avanços tecnológicos causaram um impacto muito 
grande na sociedade e nas organizações. Manter-se atualizado nos dias atuais, é 
necessário não apenas para se apropriar das tecnologias, mas também adquirir mais 
e melhores informações, adaptar e aperfeiçoar os processos. 
No ramo da construção civil, são grandes as inovações, métodos, conceitos, 
ferramentas, dentre outros, sendo de responsabilidade da construtora saber utilizá-
las à medida que estas tecnologias vão surgindo, para se manter competitivo no 
mercado. Porém, historicamente, evoluções tecnológicas neste ramo demoram a 
acontecer, possuindo uma mudança lenta em seu processo produtivo enfrentando 
assim uma maior resistência. 
Um dos passos importantes e um marco na construção civil foram quando o 
setor de documentação de projetos deixou de ser executado manualmente e passou 
a utilizar da tecnologia CAD (Computer Aided Design ou Desenho Assistido por 
Computador). Nos últimos anos, a inovação traz para o setor da construção civil 
3 
 
nacional a Modelagem da Informação da Construção, em inglês, Building Information 
Modeling (BIM) que teve uma enorme representação tanto quanto a implantação do 
CAD. 
 
Modelagem da Informação da Construção ou BIM deve ser entendida como 
um novo paradigma de desenvolvimento de empreendimentos de 
construção envolvendo todas as etapas do seu ciclo de vida, desde os 
momentos iniciais de definição e concepção, passando pelo detalhamento e 
planejamento, orçamentação, construção até o uso com a manutenção e 
mesmo as reformas ou demolição. É um processo baseado em modelos 
paramétricos da edificação visando à integração de profissionais e sistemas 
com interoperabilidade de dados e que fomenta o trabalho colaborativo 
entre as diversas especialidades envolvidas em todo o processo, do início 
ao fim. (SCHEERS, pág. 2) 
 
 
De acordo com Chuck Eastman, professor do Instituto de Tecnologia da 
Geórgia e um dos pioneiros da tecnologia CAD, a aceitação em grande proporção 
do BIM e o seu uso como modelo digital acessível pelo ciclo de vida de uma 
edificação seria um passo para eliminar custos resultantes da inadequada interação 
de dados. 
 Sendo assim, o BIM se manifesta como um modelo que possui diversas 
informações com organização metódica, podendo ser acessada no momento certo e 
da forma certa, desde o início do empreendimento até uma possível demolição. É de 
grande importância lembrar que, no ramo da construção, esta inovação não serve 
apenas para simular o desenvolvimento de uma construção em específico e sim de 
empreendimentos em um bairro ou até mesmo em uma cidade. 
 Desta forma, o BIM torna-se muito mais que uma representação 
tridimensional ou um software, é um novo conceito para a construção civil trazendo 
domínio a projetos e facilidade no fluxo, execução e gestão da obra. 
 
3. COMO SURGIU O BIM 
O surgimento desta ferramenta se deu através de pesquisas científicas de 
países mais desenvolvidos tecnologicamente na construção civil com o intuito de 
aperfeiçoar a quantidade de informação e algumas especialidades já esperada no 
mercado destes países como sustentabilidade, conforto, certificações ambientais, 
entre outros. 
4 
 
 Desde a década de 70 que já existia a necessidade de adicionar informações 
aos desenhos gerados pelos softwares assistidos pelo CAD que foi desenvolvido a 
mais de 20 anos atrás para da suporte a projetos relacionados a redes elétricas. 
 Então, Charles M. Eastman ou apenas Chuck Eastman, junto com alguns 
estudiosos inventaram o conceito de Building Description System ou Sistema de 
Descrição da Construção (BDS) que tinha como objetivo provar que o processo de 
uma obra desenvolvida por computador, poderia reproduzir e melhorar os pontos 
fortes do desenho até eliminar os pontos fracos. 
 Esse novo conceito, na época, abriu portas para a evolução de softwares, 
permitindo assim que documentos feitos no papel fossem elaborados através da 
utilização de sistemascomputacionais, mais conhecidos como CAD que serve como 
uma escada para as diversas discussões e facilitações tecnológicas futuras. 
 Foi a partir destes conceitos que, na década de 80, Robert Aish tornou público 
o primeiro uso do termo documentado de BIM exatamente da forma que utilizamos 
nos dias atuais. 
 
4. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA BIM 
 A existência de amplos conceitos para descrever as funcionalidades da 
plataforma BIM, são complementares entre si, visando expor o início da 
representação tridimensional e os benefícios que esta tecnologia trás no decorrer da 
vida útil de um empreendimento. 
 De acordo com Eastman, o BIM é uma filosofia que interagem os arquitetos, 
engenheiros e os construtores, como mostra a figura 1, elaborando com precisão o 
modelo virtual que gera uma base de dados contendo informações necessárias para 
orçamento, cálculo energético e quantitativo de insumos e as ações durante todas 
as fases da obra. 
 O BIM não abrange só os profissionais que projetam o empreendimento, mas 
também todos aqueles envolvidos no planejamento, no gerenciamento, na 
execução, os investidores do empreendimento e o público mesmo que ainda não 
frequente. É uma plataforma de evolução, é realidade e não precisa dizer que quem 
não estiver capacitado neste contexto terá enormes dificuldades na competitividade 
do setor que esta diretamente ligada ao alinhamento desses conceitos. 
 
5 
 
Figura 1 - beneficiários do BIM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: RIB software 
 
Desta forma, quatro importantes características se destacam: a modelagem 
paramétrica, o levantamento de insumos, a interação entre sistemas e sua 
capacidade de gerar simulações. Para que um software integre a plataforma BIM, 
precisa atender a todos os critérios e características necessárias ilustrada na figura 
2. 
Figura2 - ciclo da modelagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: RIB software 
 
 A modelagem paramétrica é o cérebro da plataforma. São através dela que 
caracteriza a eficiência dos softwares pertencentes ao BIM, permitindo agilidade 
durante as construções e edições de modelos, fazendo o armazenamento dos dados 
necessários como informações geométricas do projeto, especificações dos materiais 
bem como suas características físicas e custos unitários. A modelagem permite 
também que critérios possam ser determinados para que o projeto seja validado, 
checando a discrepância de alguns parâmetros ligados aos padrões exigidos por 
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normas. Os exemplos dos parâmetros do projeto BIM são: as dimensões da 
estrutura, informações sobre a mecânica do solo, quantidade de produtividade da 
mão de obra, entre outros fatores. 
 Importante evidenciar que durante a escolha do modelo, os cálculos 
relacionados ao levantamento de insumos são automáticos, reduzindo o risco de 
algum erro na previsão do orçamento. 
 Para que haja interação entre os softwares BIM, foi feita a criação de uma 
extensão de arquivos chamada Industry Foundation Class (IFC). O objetivo desta 
extensão é possibilitar a troca de informações no decorrer de todo ciclo de vida da 
construção, independente do tipo de software que estejam utilizando. O IFC também 
permite a passagem de dados de um determinado arquivo, por diferentes finalidades 
possibilitando a transparência no trabalho em equipe. Desta forma, torna este 
formato o padrão de ferramenta do BIM, podendo suportar 150 aplicações 
mundialmente. 
 Em relação à simulação real que a plataforma BIM mostra, da uma maior 
clareza na hora de tomar decisões nas fases iniciais de planejamento e execução de 
um projeto, identificando interferências no mesmo, expondo possíveis correções 
ainda na fase de anteprojeto. Desta forma, é possível reavaliar projetos de má 
qualidade antes mesmo da sua execução, garantindo eficiência, redução nos custos 
e o ordenamento do cronograma da obra. 
 
5. O MODELO VIRTUAL 
 Chama-se de modelo computacional a base de dados solida, encima da qual 
são geradas informações para alimentar a equipe. As informações que são geradas 
neste banco de dados único dão confiança e a certeza de que sempre estarão 
atualizadas pelo simples fato de serem alimentados pelos profissionais, gerando 
assim uma assertividade maior na hora de tomar decisões melhorando assim o 
resultado final do projeto. 
 Desta forma, além de trazer precisão, o modelo computacional 
aumenta na quantidade de informações durante o projeto. Para cada solução, se 
obtiver mais informações de quanto impacto essas decisões terão no projeto mais 
assertivas serão as decisões. Os modelos computacionais com modelagem da 
informação da construção podem realizar projetos compatíveis fisicamente e com 
quantitativos precisos, podendo desenvolver projetos de alto desempenho. A estes 
7 
 
modelos computacionais focados à construção civil deu-se o nome de Modelo 
Integrado ou Modelo BIM. Eles têm utilidade como banco de dados para a 
modelagem da informação ser utilizada pelos colaboradores, para criar soluções e 
tomar decisões. Um modelo BIM possui a mesma função que uma planilha 
eletrônica com a diferença de ser desenvolvido em software específico para a 
construção civil, facilitando a programação e inserção de dados. 
 Uma vantagem dos modelos virtuais é a capacidade e facilidade de 
reconstrução e remodelagem, oferecendo a quem os utilizam mais oportunidades 
para a simulação gerando assim mais informação. Por exemplo, é possível trocar 
uma determinada solução estrutural em aço por concreto armado e analisar os seus 
impactos. 
 
5.1 Dimensões do BIM 
 Em relação às dimensões de um modelo, as variadas atividades exercidas 
pela equipe de projetos no decorrer da vida útil do empreendimento dão espaço para 
que o BIM seja classificado em diferentes níveis de informação, chamadas de 
dimensões do BIM. Essas grandezas caracterizam os níveis de informação e 
funcionalidades do modelo e seu contexto de utilização no ciclo de vida do projeto. 
Sendo assim, com base nas literaturas da atualidade, as dimensões do BIM variam 
do 3D ao 7D, como mostra a figura 3, expressando assim na sua respectividade a 
forma, o tempo, o custos, a sustentabilidade e o gerenciamento de instalações. 
 
Figura 3 - dimensões do BIM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SDS Educa 
8 
 
5.1.1 Forma- 3D 
 É uma modelagem paramétrica que gera representações aperfeiçoadas dos 
projetos proporcionando animações e passeios virtuais, auxiliando no gerenciamento 
durante a modelagem. São nestes formatos que contém informações qualitativas do 
projeto como paredes, portas, janelas, vigas, pilares, lajes, tubulações entre outros 
gerando assim caracterização dos materiais, a sua quantidade bem como soluções 
para revestimentos. 
 
5.1.2 Tempo- 4D 
 Quando se trata de produtividade das equipes, otimização nos planejamentos 
das atividades dos construtores e fornecedores para o cumprimento de prazos, 
quantidade de equipes, simulação do fluxo de trabalho e até o gerenciamento do 
canteiro de obras, ou seja, esta modelagem fornece informações sobre o 
cronograma da obra, quando inicia e quando termina cada atividade. 
 
5.1.3 Custo - 5D 
 Modelo planejado para receber informações dos custos de cada serviço como 
de materiais, mão de obra, equipamentos, despesas indiretas entre outros, gerando 
orçamento em tempo real e dando suporte para o levantamento de quantitativos 
para orçamento. 
 
5.1.4 Sustentabilidade – 6D 
Este modelo recebe informações sobre a validade de cada material, realiza 
análises do consumo de energia, consumo de água, o ciclo de manutenção, 
simulação de iluminação solar, isolamento térmico, ventilação e até emissão de 
CO2. 
 
5.1.5 Gerenciamento – 7D 
Responsável pelo armazenamento de informações dos dispositivos que 
consiste no projeto, com seus respectivos manuais de informação e manutenção, 
prazos de garantia, informações sobre o fabricante e contatos. Tambémestabelece 
manutenção e troca de peças e equipamentos. 
 
9 
 
6. MECANISMOS BIM DISPONÍVEIS NO MERCADO 
Serão demonstradas algumas das ferramentas BIM disponíveis atualmente no 
mercado com suas respectivas funções e características, onde esses softwares 
podem ter a sua utilização em conjunto no mesmo protejo com o objetivo de suprir o 
que for necessário na parte técnica. 
 
6.1 Green Building Studio 
 Software na nuvem que permite a observação relacionada à sustentabilidade 
de edifícios, onde as análises são feitas desde o projeto até a execução do 
empreendimento, considerando o consumo de gás natural, eletricidade e água além 
da emissão de gás carbônico. Para utilizar esta simulação, precisa trazer o modelo 
da edificação para a plataforma e indicar o tipo de uso, seu tempo de operação além 
da sua localização, dando ao software a liberdade de projetar o custo e seu 
consumo energético de acordo com o clima local e possíveis economias de energia. 
 
6.2 Infraworks 
 É um software que possibilita gerar modelos 3D proporcionando criar 
infraestruturas muito rapidamente. Pertecente a plataforma BIM, o Infraworks é 
utilizado no planejamento e concepção do projeto. Tem como vantagem transportar 
projetos no Civil 3D, como mostra a figura 4, para um contexto atual onde ocorrerá a 
execução da obra. 
 
Figura 4 - ilustração de um projeto no Civil 3D apresentado no Infraworks 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Multidisciplinary Scientific Journal 
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 Além de permitir a simulação de tráfego com bases em configurações prévias, 
o Infraworks tem a capacidade de verificar intervenções urbanas nos projetos a fim 
de possíveis necessidades de desapropriações. Sendo assim, a simulação ajuda na 
análise do sistema rodoviário, como por exemplo, a velocidade média dos veículos, 
fluxo de tráfego entre outros fatores. 
 
6.3 Revit 
Utilizado por engenheiros e arquitetos para desenvolvimento de projetos 
arquitetônicos, instalações e estruturas prediais, como mostra a figura 5, dispondo 
de uma apresentação em 3D, simplicidade em se obter documentação dos trabalhos 
e uma facilidade na obtenção de fachadas e cortes. Além disso, dispõe de uma 
captação de levantamento quantitativo para orçamentação e opera em dimensões 
5D e 6D 
De acordo com uma pesquisa feita com usuários de uma empresa x, dentre 
os softwares que favorecem o BIM, o Revit é o mais utilizado com cerca de 70% de 
uso. Isso é devido às vantagens proporcionadas em relação a instalações 
hidrossanitárias, estrutura, arquitetura, entre outros aspectos. 
 
Figura 5 - projeto elaborado no Revit 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:SDS Educa 
 
6.4 Navisworks 
 O Naviswork é um software de compatibilização e gestão de projetos BIM. 
Permite a quem o usa abrir e combinar modelos em 3D, navegar em tempo real e 
utilizar um conjunto de ferramentas para revisar os modelos usados dispondo de 
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comentários. Utilizado também para complementar projeto em 3D como Revit e 
AutoCAD, o Naviswork também permite ligar modelos a cronogramas e composições 
de insumos através do MS Project ou Excel, podendo assim saber a quantidade de 
material e mão de obra para iniciar a obra dentro do prazo. 
 
6.5 AutoCAD Civil 3D 
 Software utilizado para projetos de infraestrutura, como estradas (como 
mostra a figura 6), terraplanagem e sistemas de drenagem. Proporcionam 
praticidade e dinamismo na hora de obter perfis topográficos, alinhamentos verticais, 
horizontais e transversais. Suas ferramentas de análise podem ajudar na verificação 
da viabilidade técnica, fluxos de escoamento superficiais e alagamentos de bacias 
hidrográficas. 
Figura 6 - projeto de estrada feita no AutoCAD civil 3D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Engenharia 360 
 
7. VANTAGENS ADERIDAS AO BIM 
São diversos os benefícios quando se utiliza o BIM em projetos, mas o que 
mais gera prejuízos certamente é a falta de comunicação e troca de informação 
entre os envolvidos no desenvolvimento do empreendimento. De acordo com um 
relatório conservador emitido pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos 
EUA em 2004, se perde praticamente 16 bilhões de dólares por ano por falta de 
comunicação e interação das partes envolvidas na construção civil. Mas, a 
comunicação não é apenas o único benefício que o BIM traz. 
Uma das vantagens em relação ao tempo é a assertividade na manutenção 
devido ao acerto de cronograma, gerando uma maior possibilidade em fazer 
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simulações. Já a execução mais precisa é utilizada para representar, em forma de 
gráficos, as instalações necessárias tanto permanentes como temporárias no 
canteiro de obras. A análise da localização ideal do projeto pode ser usada para 
avaliar as propriedades de uma determinada região, os impactos sociais e 
geográficos. 
As informações técnicas que são geradas nos desenhos fazem com que 
sejam gerados cálculos automáticos deixando de lado a utilização de planilhas 
externas, aperfeiçoando automaticamente os desenhos e detalhes e permitindo 
custos mais controlados e precisos 
 
8. CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS 
 Para que o projeto de um empreendimento tenha sucesso é necessário que 
os profissionais envolvidos possuam conhecimento para o desenvolvimento. Na 
pratica, cada profissional contribui com aquilo que mais sabe fazer para obter êxito 
no objetivo do projeto. Como esses profissionais se relacionam potencializa cada 
vez mais as suas contribuições no projeto, ou seja, quando um profissional tem 
pouco conhecimento, falta a reuniões ou até mesmo se restringe a trocar 
informações com os demais da equipe, tendem a trazer soluções menos compatíveis 
com os demais. 
 Pra poder formar uma equipe é necessário uma análise como um todo. O que 
define o grau dos colaboradores são os objetivos a serem definidos, os recursos 
disponíveis para atender as metas e se caso necessário, a contratação de 
profissionais especializados. Não havendo precisão de todos os colaboradores 
participarem do início ao fim do projeto, sendo muito importante observar cada forma 
de atuação. 
 O avanço de um projeto se dá de acordo com as tomadas de decisões, sendo 
assim, é de grande importância a forma como cada profissional colabora, sendo o 
ponto chave para a utilização correta de recursos. Colaboradores com disposição a 
participar de cada decisão do projeto precisam ser focados nas metas dando total 
preferência. Quanto mais capacitações esses profissionais tiverem, melhores serão 
as decisões finais. 
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 O comprometimento desses profissionais merece uma atenção especial nos 
projetos. É importante se atentar as necessidades dos outros profissionais da equipe 
e sempre ficar atento ao momento certo de trazer novas questões e soluções. 
 
9. BIM NA FISCALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS BRASILEIRAS 
No Brasil, a adesão do BIM segue a tendência mundial. Nas particularidades 
públicas, iniciativas dos órgãos das forças armadas, governos estaduais e o comitê 
estratégico de implantação do BIM criado pelo governo federal, mostram que o uso 
do BIM trás uma maior objetividade nas obras públicas que englobam desde a 
licitação até a fiscalização. 
Na atualidade o Governo Federal gasta bilhões de reais com obras de 
infraestrutura, demandando ao fiscal de obras a atender as normas vigentes. Boa 
parte destas obras públicas é auditada por órgãos de controle externo, ocasionando 
irregularidades tanto no projeto básico quanto na fiscalização ineficiente. Com isso, o 
surgimento de ferramentas, de tecnologia e processos que melhorem a eficácia 
destes setores é fundamental. 
A melhoria da qualidade dos projetos com o auxílio do BIM é bastante notório 
sendo adotado em vários países do mundo, pois, oferece um potencial suporte nas 
principais atividades de fiscalização através de informações mais precisas fazendo 
com que se cumpra o que é exigido em contrato, aumentando a possibilidade de 
uma obracom melhor qualidade e adeptos aos preços e prazos contratados. 
Desta forma, o Governo Federal incluiu na agenda estratégica da construção 
civil o objetivo de intensificar o uso da tecnologia da informação e a implantação do 
sistema de classificação da informação na construção. Para cumprir esse objetivo 
medidas foram tomadas entre elas esta a introdução da tecnologia BIM no sistema 
de obra do Exército e a divulgação e complementação da normatização brasileira 
para o BIM 
Os benefícios do BIM na área de projeto e execução de obras são bem 
notórios. Por outro lado, na fiscalização de obras públicas ainda existe uma falta de 
estudos que comprovem a eficácia desses benefícios. É nesta área que se 
concentra as principais irregularidades, de acordo com auditorias do Tribunal de 
Contas da União feitas em 2014. Sendo necessário que a Administração Pública se 
encarregue de fiscalizar os contratos e verificar o seu cumprimento. 
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Sendo assim, o BIM pode atuar e auxiliar em diversas atividades de 
fiscalização como: manter o arquivo completo e atualizado de toda documentação 
necessária aos trabalhos; analisar e aprovar projetos das instalações provisórias e 
canteiro de serviços; promover reuniões sobre o andamento da obra bem como as 
providências necessárias para cumprir contrato; solucionar dúvidas em relação aos 
serviços e a interferência entre as equipes de trabalho; esclarecer e solucionar 
inconformidades, falhas e omissões no decorrer do projeto; paralisar e/ou solicitar o 
refazimento de serviços com inconformidades; aprovar serviços, atestar medições e 
encaminhar faturas para pagamentos; solicitar substituição de qualquer funcionário 
da empresa; verificar e aprovar substituição dos materiais, equipamentos e serviços; 
verificar e aprovar desenhos, entre outros. 
 
10. IMPACTO DO BIM NO BRASIL 
O BIM chegou ao Brasil por volta dos anos 2000. A necessidade da utilização 
é cada vez mais intensa na construção civil, mas o mercado não se mostra 
preparado e capacitado para usá-lo na prática seja pela falta de conhecimento, de 
interesse de alguns profissionais ou pela questão financeira afinal, é considerada 
uma tecnologia cara para investimento. 
De certa forma, toda mudança gera insegurança mesmo que o objetivo seja 
ajudar a vida dos engenheiros, projetistas, arquitetos e todo público alvo que 
vivencia a cadeia da construção. Isso é decorrente da falta da mão de obra e 
ausência de padrões de desenhos brasileiros causando receio por parte dos 
profissionais. 
A utilização do BIM foi consagrada no Brasil em 2002 pelo escritório do 
arquiteto Luiz Augusto Contier. Desde então os avanços da plataforma foram 
acontecendo de uma forma bem lenta voltado a projetos de edifícios do setor 
privado. No que diz respeito à utilização em obras de infraestrutura a utilização é 
bem pequena, sendo na sua maioria liderada por grandes contratantes do setor 
público com destaques para algumas empresas que já trazem no processo de 
licitação a exigência da utilização da plataforma. 
 Uma pesquisa feita por Barreto com 100 empresas brasileiras mostra que 
apenas 31% das empresas afirmam utilizar o BIM desde quando a tecnologia foi 
implementada. Das demais, 8 empresas disseram usar a modelagem apenas por um 
15 
 
período de teste, enquanto 61 empresas afirmam não ter nenhum tipo de 
experiência nos projetos. O que estas empresas mostram é uma visão estabelecida 
ainda com os processos mais convencionais em relação ao BIM, visto que 51 
dessas empresas entrevistadas acreditam que menos de 20% dos projetos 
executados no país façam uso desta tecnologia, conforme mostra o gráfico 1. 
 
Gráfico 1 - opinião das empresas entrevistadas em relação a utilização do BIM 
Fonte: os autores – adaptado Núcleo do Conhecimento 
 
 
Para Barreto, a dificuldade da implantação e difusão da tecnologia no país é 
decorrente de como as universidades brasileiras conduzem o ensino do BIM e o 
cenário precário em pesquisas sobre a tecnologia que ainda é muito recente e trata 
de poucos aspectos das plataformas. 
Outro empecilho para a implementação do BIM no Brasil é o alto custo para 
capacitar profissionais e a aquisição dos softwares pelas empresas. Entretanto, 
segundo a pesquisa de Barreto, 55% das empresas que aceitaram o BIM afirmaram 
que sua utilização gerou lucros e que 47% destas, informaram que o retorno 
financeiro chegou entre 6 meses e 1 ano de uso. Esta pesquisa relata bem que, em 
geral, a plataforma não é só viável financeiramente, mas que pode também gerar 
retornos sobre o investimento de uma forma rápida e que nenhuma das empresas 
obtiveram retorno após 3 anos de utilização e sim antes, como diz os autores. 
Em julho de 2018 foi publicado o decreto n° 9.377 que torna obrigatório o uso 
do BIM no desenvolvimento dos projetos a partir de 2021. Sendo assim, a 
Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial espera que a produtividade 
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aumente em 10% na construção civil e que ocorra uma redução de custos de até 
20%. 
 
10.1 Normatização Brasileira 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) junto com a Associação 
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançaram, em 2017, a Coletânea de 
Normas Técnicas de Modelagem de Informação onde engloba as partes 1, 2, 3 e 7 
da NBR15965 que se trata de um catálogo com a primeira norma BIM no Brasil , 
além da NBR ISO 12006-2:2018 que estabelece estrutura para o desenvolvimento 
de sistemas de classificação do ambiente construído. 
Ainda em 2017, foi publicado no Diário Oficial da União o decreto que 
estabelece o Comitê Estratégico da Implementação do BIM com objetivo de 
estabelecer uma Estratégia Nacional de Disseminação da tecnologia. 
Com o intuito de padronizar os componentes de construção utilizados pelo 
BIM, a ABDI juntamente com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços 
(MDIC) projetou a plataforma BIM BR e a biblioteca pública brasileira de BIM. Para 
ter acesso a ambos é necessário realizar via internet, onde permite aos usuários 
guias e manuais de projetos, podendo também localizar empresas e profissionais 
com experiência em BIM além de oferecer o download e upload de softwares 
gratuitamente. 
 
11. BIM NO MUNDO 
Segundo Wong, as regras para implantação do BIM apresentam 
características de acordo com cada país, que possivelmente dependem de fatores 
de natureza econômica. Desta forma, conhecer resultados e soluções que o BIM 
proporciona nas diversas esferas econômicas mundiais é uma maneira de identificar 
oportunidades de implantação da plataforma. 
Muitos países que possuem destaque no cenário macroeconômico 
internacional aderiram ao BIM, exigindo e estabelecendo o uso nos projetos de 
obras públicas possuindo assim diferentes níveis de responsabilidades e aplicação. 
Quando comparamos países como China e Estados Unidos, ilustrado no 
gráfico 2, percebemos que as empresas brasileiras possuem um comprometimento 
17 
 
baixo com esta tecnologia. Sendo assim, a aplicação precisa de atenção, pois, a 
competitividade dentro na construção civil só esta aumentando. 
 
Gráfico 2 - comprometimento de alguns países com o BIM 
 
Fonte: os autores – adaptado Bimzeiro 
 
 
Em 2016, 14 países na Europa se juntaram de forma oficial para formar o 
grupo Eu BIM Task Group, com o objetivo de ativar o uso do BIM em obras públicas 
no referido continente. 
Desta forma, apresentaremos o histórico da adoção do BIM em alguns 
países. 
 
11.1 Estados Unidos da América 
 O Serviço Geral de Administração dos Estados Unidos (GSA) elaborou em 
2003 o Programa Nacional de BIM 3D e 4D onde estabeleceu a utilização obrigatória 
do BIM para todas as edificações e projetos públicos motivando assim suporte 
financeiro e técnico para implantar a tecnologia. Entre 2007 e 2015, a GSA lançou 
oito guias de utilização do BIM que abrange as dimensões do 3D até o 7D, relatando 
inclusivea utilização de laser scanner na dimensão 3D, eficiência energética, 
gerenciamento de edificações entre outros. 
Com o objetivo de incentivar a criação de lideres do BIM dentro da 
organização, a GSA fez parcerias com criadores de softwares, algumas agências 
federais, associações profissionais e na esfera acadêmica, gerando resultados 
18 
 
importantes como o Manual BIM Standards and Project Delivery Requirements 
lançado pela universidade de Indiana. Este manual é de uso obrigatório em todos os 
novos projetos com custos a partir de US$ 5 milhões. Seguindo este contexto, cerca 
de 72% das empresas de contrução americanas utilizam o BIM nos projetos. 
 
11.2 China 
De acordo com pesquisas feitas em 2012 pela Associação da Indústria da 
Construção da China, de 388 empresas que participaram da pesquisa menos de 
15% utilizavam o BIM. O motivo para baixa aquisição a esta tecnologia é a 
resistência das empresas em adotar novos processos. 
De acordo com Rebecca De Cicco, especialista da AEC Magazine, nos 
próximos anos haverá um grande crescimento na utilização do BIM no país motivado 
principalmente pelo sucesso obtido no Reino Unido. A revista ainda revela que os 
chineses possuem grande interesse nos ensinamentos proporcionados para atender 
as necessidades do mercado. 
 
11.3 Reino Unido 
A área da construção é de grandes oportunidades com uma visão de 
crescimento de 70% até 2025, ou seja, a indústria da construção civil representa 7% 
da economia britânica. 
Com o conhecimento da capacidade do BIM, o governo do Reino Unido 
decretou em 2011, após etapas de adaptações até 2016, a obrigatoriedade da 
modelagem em todos os projetos públicos, já que 40% das construções no país são 
deste setor. As empresas da AEC, em decorrente da obrigatoriedade, investiram em 
treinamentos das suas equipes para adaptar os processos a essa nova metodologia. 
Desta maneira, o numero de empresas que já utilizam o BIIM cresce cada vez mais, 
saltando de 13% em 2011 para 54% em 2016 e atingindo um patamar maior que 
78% em 2018. Um ponto positivo é que as empresas que já utilizam o BIM nas suas 
atividades passaram a utilizar ainda mais apresentando assim um nível alto de 
aceitação. 
De acordo com um relatório feito pela Estratégia de Construção do Governo 
2016-2020, a economia obtida pela utilização do BIM foi de cerca de 14,8 bilhões de 
reais nas obras públicas entre os anos de 2011 e 2015. 
19 
 
Até o ano de 2020 o governo britânico promete proporcionar o BIM nivel 3 que 
foca mais nas questões de manutenção e gerenciamento ao longo da vida útil do 
empreendimento. Para tal acontecimento o governo tem investido em bibliotecas 
virtuais com itens organizados por cada especifiação técnica. 
 
11.4 Catar 
O governo tem apoiado a implantação do BIM e junto à inclusão de 
Protocolos e leis para obras executadas nesta plataforma. A prática da implantação 
no país é decorrente das empresas privadas para facilitar os ambiciosos projetos de 
construção e não possuem um seguimento de regra geral. 
Para 2022, o governo do país planeja gastar em media 160 milhões de 
dólares em construções e infraestrutura para a Copa do Mundo FIFA onde inclui o 
metrô de Doha que liga diversos estádios, hotéis e restaurantes. 
 
11.5 Noruega 
A implantação do BIM na Noruega começou através da Agência de Defesa do 
país que desenvolveu o primeiro projeto piloto no formato IFC. Desta forma, em 
2010, tornou-se obrigatório o uso da modelagem para todos os projetos do setor 
público com o objetivo de melhorar o conceito de seus prédios para os usuários 
reduzindo também gastos operacionais. 
A criação de manuais para a utilização vem juntando forças nos últimos anos 
tanto do setor público quanto do privado. O Manual de Modelagem e Informação é 
um exemplo importante que traz detalhes e exigências básicas do BIM com 
princípios específicos a área de arquitetura, estrutura, paisagismo e elétrica. 
A SINTEF, maior organização independente da Europa, vem desenvolvendo 
pesquisas com foco no desenvolvimento de ferramentas sustentáveis para 
aperfeiçoar a construção das edificações. 
 
11.6 Hong Kong 
A Autoridade de Habitação de Hong Kong estabeleceu metas para aplicar o 
BIM em 2014 para todos os novos projetos, mas, sua implementação já ocorria 
desde 2006 onde o objetivo era desenvolver mais de 19 projetos de habitação 
pública em etapas que vai da viabilidade até a execução. Entre os utilizadores do 
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BIM, foi desenvolvidas condutas de modelagem para gestão, criação e comunicação 
competentes. 
 
12. O FUTURO DO BIM 
O BIM percorre um caminho cada vez mais valorizado, completo e vem se 
transformando em um banco de dados em todos os aspectos da edificação. Desta 
forma, o uso do BIM como Modelagem da Informação da Construção é e continuará 
sendo cada vez mais promissor pela sua capacidade de utilização de softwares em 
nuvem aumentando assim a capacidade das construtoras de lhe dar com a 
quantidade cada vez maior de informações. 
Saber a quantidade exata de material a ser utilizado em um projeto inclusive 
determinadas dimensões, não é uma tarefa difícil de ser respondida para quem 
utiliza o BIM. Em apenas um clique, o profissional da construção obtêm informações 
bem detalhadas do projeto. 
Desta forma, as construtoras podem criar um volume de dados de custos da 
construção com mais realidade de planejamento e os erros de execução permitindo 
assim um controle mais apurado. Assim, a escolha do material pode ser feita de 
acordo com a quantidade de informações colocadas em todos os aspectos. 
Organizando os modelos com os conceitos é possível reunir e definir todos os 
aspectos da edificação gerando otimização de determinados aspectos e 
automatizando o processo de fabricação com a finalidade de acabar com 
desperdício e o retrabalho no canteiro de obras. 
 
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O uso do BIM é bem recente dentro da indústria da construção civil. Em todo 
o mundo o setor da construção apresenta infraestruturas e edificações que atendam 
as necessidades da área econômica empregando assim uma enorme quantidade de 
pessoas e colaboradores. No Brasil tudo isso tem um peso muito mais significativo 
por concentrar uma quantidade expressiva de mão de obra com baixa qualificação. 
A conceituação do BIM e as características citadas neste artigo foram 
apresentadas com o intuito de concentrar informações básicas acentuando o 
conhecimento necessário para entender as ferramentas e objetivos da modelagem 
apresentada. A utilização das ferramentas possibilita uma visualização em 3D com 
movimentos e animações promovendo processos de simulação dos projetos. 
21 
 
Foi parte do objetivo deste estudo apresentar cenários de implementação do 
BIM no Brasil e no mundo descrevendo algumas características de implantação em 
alguns países e suas particularidades que influenciam na atuação da modelagem. 
Desta forma, observamos que a tecnologia BIM vem se firmando na indústria da 
construção civil como uma enorme ferramenta de inovação para todo o ciclo de vida 
útil da edificação que abrange desde o início do projeto até uma possível demolição. 
A contribuição desejada neste estudo foi estimular as empresas, entidades 
públicas e os setores da engenharia, arquitetura e construção a utilizar cada vez 
mais este conjunto de ferramentas com a certeza de que é uma forma acessível e 
descomplicada de criar e construir grandes sonhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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https://www.academia.edu/13887940/Tecnologia_BIM_na_Constru%C3%A7%C3%A
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JUNIOR, F. G. BIM: tudo que você precisa saber sobre esta tecnologia. AltoQi, 2019. 
Disponível em: http://maisengenharia.altoqi.com.br/bim/tudo-o-que-voce-precisa-
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MIRANDA, A. C. O; MATOS, C. R. Potencial uso do BIM na fiscalização de obras 
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SALVI, Levi; MIRANDA, Rian das Dores. Análise da tecnologia BIM no contexto da 
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conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 07, pp. 79-98, 2019.

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