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Segredos da Independência SEGREDOS DA INDEPENDÊNCIA Apostila do Curso 1 Sobre José Kobori possui MBA em Finanças pelo Ibmec, é especialista em Finanças Empresariais e Administração Financeira de Empresas pela FVG e Conselheiro de Empresas pela Fundação Dom Cabral. Também é empresário, professor, consultor financeiro, especialista em renda variável e avaliação de empresas. O autor é founder da JK Investimentos; da JK Capital, empresa de assessoria a processos de Fusões & Aquisições; da JK Desenvolvimento Humano e treinamento Gerencial; da JK Global Partners S.A, empresa de participações; e cofundador e sócio da Startup Scicrop S.A. É investidor e membro do Conselho de Administração do Canal da Peça S.A. Atuou como executivo da Xerox do Brasil por 13 anos. É professor no MBA em Finanças do Ibmec desde 2010. 2 Segredos da Independência PROGRAMA DO CURSO MÓDULO I AMBIENTE MACROECONÔMICO MÓDULO II TAXAS DE JUROS MÓDULO III INVESTIMENTOS 3 Objetivos OBJETIVOS DO CURSO • Apresentar uma visão prática e sistêmica de como a política e a economia influenciam os mercados e as decisões de investimentos . • Através do uso das teorias econômicas e de finanças, bem como das críticas a elas, entender como os mercados reagem aos mais diversos eventos. • Aprender os modelos de precificação de ativos e como cada variável se comporta aos eventos econômicos. • Entender os riscos dos investimentos em ativos financeiros e como eles podem ser monitorados e administrados. • Com os conhecimentos adequados como tomar as melhores decisões de investimentos. 4 Segredos da Independência MÓDULO I AMBIENTE MACROECONÔMICO 5 Ambiente Macroeconômico ECONOMIA A palavra economia vem do termo grego e pode ser entendida como “aquele que administra um lar”. • O estudo da escassez ▪ Escassez – a natureza limitada dos recursos da sociedade. OS DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA Como as pessoas tomam decisões 1. As pessoas enfrentam “trade-off”. 2. O custo de alguma coisa é aquilo que você desiste para obtê-la. 3. As pessoas racionais pensam na margem. 4. As pessoas reagem a incentivos. Como as pessoas interagem 5. O comércio pode ser bom para todos. 6. Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica. 7. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados. Como a economia funciona 8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços. 9. Os preços sobem quando o governo emite moeda demais. 10. A sociedade enfrenta um “trade-off” de curto prazo entre inflação e desemprego. ATIVIDADE ECONÔMICA Y = C (y + ) + I (r - ) + G + [(X – M) (x + )] • Y é a renda agregada como medida do PIB; • C (y + ) é o consumo das famílias e que é uma função direta da renda y por elas recebidas; • I (r - ) é o investimento das empresas e que é uma função indireta da taxa de juros r; 6 Segredos da Independência • G é o gasto líquido do governo em todos os seus níveis; • [(X – M) (x + )] é o saldo entre as exportações X e importações M, que é uma função direta da taxa de câmbio de reais por dólar. A Política de Rendas define o C (y + ) , a Política Monetária define o I (r - ) , a Política Fiscal o G , e a Política Cambial [(X – M) (x + )] . POLÍTICA DE RENDAS É a que o governo exerce, estabelecendo controles diretos sobre a remuneração dos fatores diretos de produção envolvidos na economia. • Salários; • Depreciações; • Lucros; • Dividendos; • Preços de produtos intermediários e finais. POLÍTICA CAMBIAL Administração da taxa de câmbio e controle das operações cambiais. • Embora indiretamente ligada à política monetária, destaca-se desta por atuar mais diretamente sobre todas as variáveis relacionadas às transações econômicas do País com o exterior; • Deve ser cuidadosamente administrada no que tange ao seu impacto sobre a política monetária. POLÍTICA FISCAL É a política de receitas e despesas do governo. • Define a aplicação da carga tributária exercida sobre os agentes econômicos, bem como a definição dos gastos do governo; • Tem forte impacto sobre a política monetária e, especificamente, sobre o crédito, à medida que os prazos de recolhimento de impostos afetam o fluxo de caixa dos agentes econômicos; • Deve permitir neutralizar o endividamento interno do tesouro. 7 Ambiente Macroeconômico POLÍTICA MONETÁRIA É o controle da oferta da moeda e das taxas de juros de curto prazo que garanta a liquidez ideal de cada momento econômico. O executor dessas políticas é o Banco Central, e os instrumentos clássicos utilizados são: • Depósito compulsório; • Redesconto ou empréstimo de liquidez; • Mercado aberto – “Open Market”; • Controle e seleção de crédito. POLÍTICA ECONÔMICA Instrumentos de Política Econômica no Brasil • Superávit Primário; • Sistemas de metas de inflação; • Câmbio Flutuante. SISTEMA MONETÁRIO Agregados Monetários Base Monetária: É a soma do papel-moeda em poder do público e o total de reservas dos bancos comerciais. • M1 = Papel moeda em poder do público e os depósitos à vista; • M2 = M1 + os depósitos para investimentos, depósitos de poupança e os títulos privados; • M3 = M2 + as quotas de fundos de renda fixa e operações compromissadas com títulos federais; • M4 = inclui M3, os títulos federais, estaduais e municipais. MERCADOS Mercado Monetário • Curtíssimo e curto prazo; • Controle da liquidez monetária da economia, suprimentos momentâneos de caixa. 8 Segredos da Independência Mercado de Crédito • Curto e médio prazo; • Financiamento do consumo e capital de giro das empresas; Mercado de Câmbio • Á vista e curto prazo; • Conversão de valores, em moedas estrangeiras e nacional.Mercado de Capitais • Médio e longo prazo; • Financiamento de investimentos, de giro e especiais. Poupança e Investimento • Poupança ▪ É a parcela de renda não consumida. Poupar, portanto, é um ato de abstenção; ▪ Se abster de consumir parte de sua renda corrente; ▪ Expectativa de que a renúncia do consumo presente reverta num consumo futuro que lhe proporcione bem-estar; ▪ Decisão intertemporal: uma alocação de consumo no tempo. • Investimento ▪ Aumento do estoque de riqueza; ▪ Empregar recursos, próprios ou de terceiros, com objetivo de obter ganhos em determinado período. • Moeda ▪ Facilita a troca; ▪ Permite a expansão; ▪ Amplia as oportunidades para poupar; ▪ Incentiva a poupança; ▪ Contrato de Empréstimo; ▪ Permite que recursos ociosos se tornem produtivos; ▪ Propicia ganhos para o tomador e para o poupador; 9 Ambiente Macroeconômico INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Princípio da intermediação financeira é, conectar, no mercado, agentes tomadores e ofertadores de recursos. Intermediários Financeiros • Organizam mercados para as atividades de financiamento da economia ▪ Transformação de prazos; ▪ Transformação das magnitudes de capital; ▪ Transformação de risco; ▪ Transformação de ativos fixos em ativos líquidos. SISTEMA FINANCEIRO • Pode ser conceituado como um conjunto de instituições e instrumentos financeiros que possibilitam a transferência de recursos dos ofertadores últimos para os tomadores últimos e criam condições para que os títulos tenham liquidez no mercado. • Composto por instituições responsáveis pela: ▪ Captação de recursos financeiros; ▪ Distribuição e circulação de valores; ▪ Regulação desse processo. AUTORIDADES MONETÁRIAS CMN – Conselho Monetário Nacional • Órgão deliberativo máximo do sistema financeiro nacional. • Composto pelo Ministro da Economia, Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia e Presidente do Banco Central. • Dentre as suas funções estão: ▪ Adaptar o volume dos meios de pagamento as reais necessidades da economia. ▪ Regular o valor externo e interno da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos. ▪ Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras. 10 Segredos da Independência ▪ Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa. Tesouro Nacional • A Secretaria do Tesouro nacional – STN, é o órgão central do sistema de administração financeira e do sistema de contabilidade federal. • Responsável pela administração e controle da dívida pública federal, interna e externa. • É o caixa do governo, pois capta recursos no mercado através da emissão primária de títulos, para financiamento da dívida interna do governo através do Bacen. (LTN, LFT, NTN) Banco Central • O Banco Central do Brasil é uma autarquia vinculada ao ministério da fazenda. • É o principal executor das orientações do CMN. • Responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional. • Objetivos: • Zelar pela adequada liquidez da economia; • Manter as reservas internacionais em nível adequado; • Estimular a formação de poupança; • Zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. • Atribuições: ▪ Emitir papel moeda; ▪ Executar os serviços do meio circulante; ▪ Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias; ▪ Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras. ▪ Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; ▪ Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; ▪ Exercer o controle de crédito; ▪ Exercer a fiscalização das instituições financeiras; ▪ Autorizar o funcionamento das instituições financeiras; ▪ Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. 11 Ambiente Macroeconômico CVM – Comissão de Valores Mobiliários • Entidade autárquica em regime especial, vinculada ao ministério da fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, e autonomia financeira e orçamentária. • Criada para disciplinar o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas. • Objetivos: ▪ Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa – de valores e futuros – e de balcão; ▪ Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários; ▪ Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; ▪ Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; ▪ Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; ▪ Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular dos mercados de ações e de futuros, e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. 12 Segredos da Independência ANOTAÇÕES 13 Ambiente Macroeconômico ANOTAÇÕES 14 Segredos da Independência MÓDULO II TAXA DE JUROS 15 TaJurosxa de DETERMINAÇÃO DOS JUROS • Resultado da oferta e demanda de recursos dentro de uma economia. • Reflete agregados econômicos. Exemplo: desemprego, inflação, etc. • Mecanismo de controle de política monetária. • Custo primário do dinheiro na economia. • Prefixada e Pós fixada. TJLP (TAXA DE JUROS DE LONGO PRAZO) • Período de vigência de um trimestre-calendário ▪ Parâmetros de cálculo: ▪ Meta de inflação pro-rata dos doze meses seguintes ao primeiro mês de vigência da taxa, baseada nas metas anuais fixadas pelo CMN. ▪ Prêmio de Risco.▪ A TJLP é fixada pelo CMN. LIBOR (LONDON INTERBANK OFFERED RATE) • Taxa de juros praticada no mercado interbancário londrino. • Utilizada no Brasil nas operações financeiras internacionais. • Operações de Comércio Internacional – trade finance. TR (TAXA REFERENCIAL) • Taxa calculada e divulgada diariamente pelo BC. • Define o rendimento das cadernetas de poupança, empréstimos do crédito rural e do SFH. • Apurada com base na TBF – Taxa Bancária Financeira. • TBF e TR calculadas a partir da remuneração média dos CDB prefixados com prazos de 30 e 35 dias das 30 maiores instituições financeiras. • TR = TBF – redutor. (calculado pelo Bacen). 16 Segredos da Independência SELIC • Formada a partir do preço que o BC compra e vende recursos em reserva. • Compra e venda de títulos públicos federais de/para instituições financeiras. CDI (CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO) • Títulos emitidos pelos bancos para captar ou aplicar recursos excedentes no mercado interbancário. • Tem como objetivo melhorar a liquidez de uma determinada instituição financeira. • Operações de um dia. • Transações fechadas por meio eletrônico e registradas nos computadores das instituições e nos terminais da CETIP. ESTRUTURA A TERMO DAS TAXAS DE JUROS 17 TaJurosxa de CURVAS DE JUROS Flat Forward Considera a taxa forward entre dois vértices como constante. Regressão Procura analisar a relação entre o prazo e as taxas de juros, usando modelos de regressão linear. Pode ser exponencial ou polinomial de vários graus. Interpolação Mais usada é a cubic spline, que representa um polinômio de 3º grau com restrições para garantir suavidade nos vértices. Vértices São os pontos da curva para o qual existe cotação líquida e “normal”. Retira-se do cálculo da curva de juros os vértices que parecem fora do padrão. 18 Segredos da Independência São usados para a interpolação, na regressão, ou para o cálculo das taxas Flat Forward. CURVAS DE JUROS - EXEMPLO ETTJ • Principal fator de influência na variação do preço dos ativos livres de risco de crédito; • Análise das características, magnitude dos deslocamentos e inclinação da curva de juros. 19 TaJurosxa de • Um ativo de renda fixa é um conjunto de títulos que não realizam pagamentos intermediários; • Na determinação do valor do título são calculadas as taxas spot para cada data de pagamento de cupom ou principal; • A estrutura a termo das taxas de juros mostra a relação entre as taxas spot e o tempo. • Taxas Spot (vista): taxas de juros aplicáveis de hoje até uma determinada data, sem pagamentos intermediários; • Taxas Forward (termo): taxas de juros aplicáveis entre duas datas distantes no futuro, sem pagamentos intermediários. • Um título é lançado supondo que a taxa de juros seja constante em todos os períodos futuros; • Na realidade as taxas de juros variam com o passar do tempo; • Isto ocorre principalmente porque se espera que a taxa de inflação varie com o tempo. • Exemplo ▪ Dois títulos sem cupom com valor de face de $ 1.000 ▪ Título “A” tem prazo de 1 ano ▪ Título “B” tem prazo de 2 anos ▪ Taxa de juros spot para 1 ano, r1, é igual a 8% ▪ Taxa de juros spot para 2 anos, r2, é igual a 10% 20 Segredos da Independência • Um título “com” cupom pode ser entendido como uma carteira de títulos “sem” cupom com prazos de “n” anos. • Exemplo ▪ Título com prazo de 2 anos, valor de face de $ 1.000 e cupom de 5% ▪ Taxa de juros spot para 1 ano, r1, é igual a 8% ▪ Taxa de juros spot para 2 anos, r2, é igual a 10% REPRESENTAÇÃO GRÁFICA 21 TaJurosxa de TAXA FORWARD (TERMO) A partir das taxas spots conhecidas na data 0 é possível encontrar a taxa forward da data 1. • Taxa de juros spot para 1 ano, r1, é igual a 8% • Taxa de juros spot para 2 anos, r2, é igual a 10% • Generalização para 3 períodos 22 Segredos da Independência • Generalização para “n” períodos EXEMPLO Ano Taxa Spot 1 5% 2 6% 3 7% 4 8% 23 TaJurosxa de RELAÇÃO ENTRE A TAXA A TERMO (FORWARD) DURANTE O SEGUNDO ANO E A TAXA A VISTA ESPERADA PARA O SEGUNDO ANO • Estratégia 1: comprar um título com prazo de 1 ano e vendê-lo na data 1. • Estratégia 2: comprar um título com prazo de 2 anos e vendê-lo na data 1. ou RELAÇÃO ENTRE A TAXA A TERMO (FORWARD) DURANTE O SEGUNDO ANO E A TAXA A VISTA ESPERADA PARA O SEGUNDO ANO • As duas estratégias proporcionarão o mesmo retorno somente quando: HIPÓTESE DE EXPECTATIVAS • A hipótese de expectativas declara que os investidores fixarão as taxas de juros de tal maneira que a taxa a termo, no segundo ano, seja igual a taxa a vista esperada para o segundo ano. • Supõe que os investidores são neutros em relação ao risco. HIPÓTESE DA PREFERÊNCIA POR LIQUIDEZ 24 Segredos da Independência • A hipótese da preferência por liquidez declara que para induzir os investidores a aplicar nos títulos com prazo de 2 anos, o mercado estabelece uma taxa a termo, para o segundo ano, acima da taxa a vista esperada para esse período. • Supõe que os investidores são avessos em relação ao risco. COMO CALCULAR A CURVA DE JUROS DIARIAMENTE Projeção pela SELIC • Existe a Selic de um dia futuro – OC1 – porém sem liquidez; • A melhor opção é calcular através dos contratos de DI Futuros. SELIC DE UM DIA FUTURO X DI DE UM DIA FUTURO 25 TaJurosxa de HISTÓRICO DA DIFERENÇA ENTRE TAXA SELIC E CDI COMO CALCULAR A CURVA DE JUROS DIARIAMENTE Projeção pelo CDI • As projeções extraídas destes contratos são precisas e atualizadas; • Refletem a expectativa do mercado; • Diariamente são negociados cerca de R$130 bilhões; • Futuros de DI tem negociações até 2031, possibilitando assim projeções de longoprazo e para qualquer período; http://www.b3.com.br/pt_br/market-data-e-indices/servicos-de-dados/market-data/consultas/ mercado-de-derivativos/vencimentos-e-series-autorizadas/ HANDS ON 1º - Cálculo da taxa acumulada até 01/04/2020 26 http://www.b3.com.br/pt_br/market-data-e-indices/servicos-de-dados/market-data/consultas/mercado-de-derivativos/vencimentos-e-series-autorizadas/ http://www.b3.com.br/pt_br/market-data-e-indices/servicos-de-dados/market-data/consultas/mercado-de-derivativos/vencimentos-e-series-autorizadas/ Segredos da Independência 2º - Cálculo da taxa acumulada até 02/01/2020 3º - Cálculo da taxa do CDI projetada para 02/01/2020 http://www.b3.com.br/pt_br/solucoes/plataformas/puma-trading-system/para-participantes-e -traders/calendario-de-negociacao/feriados/ 27 http://www.b3.com.br/pt_br/solucoes/plataformas/puma-trading-system/para-participantes-e-traders/calendario-de-negociacao/feriados/ http://www.b3.com.br/pt_br/solucoes/plataformas/puma-trading-system/para-participantes-e-traders/calendario-de-negociacao/feriados/ TaJurosxa de ANOTAÇÕES 28 Segredos da Independência ANOTAÇÕES 29 TaJurosxa de MÓDULO III INVESTIMENTOS 30 Segredos da Independência PRODUTOS FINANCEIROS • Renda Fixa ▪ Notas do Tesouro Nacional – NTNs; ▪ Letras Financeiras do Tesouro – LFTs; ▪ Letras do Tesouro Nacional – LTNs; ▪ Certificado de Depósito Bancário – CDB; ▪ Certificado de Depósito Interbancário – CDI; ▪ Debêntures. • Títulos Públicos Federais ▪ Notas do Tesouro Nacional – NTNs; ▪ Letras Financeiras do Tesouro – LFTs; ▪ Letras do Tesouro Nacional – LTNs. • Títulos Privados ▪ Certificado de Depósito Bancário – CDB; ▪ Debêntures. TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS • Notas do Tesouro Nacional ▪ NTN-A = BIB*; ▪ NTN-B = IPCA; ▪ NTN-C = IGPM; ▪ NTN-D = Variação Cambial; ▪ NTN-F = Prefixado; ▪ NTN-H = TR. • Letras Financeiras do Tesouro – LFTs ▪ Juros: não há; ▪ Escritural, nominativa e negociável; ▪ Valor nominal na data base: R$ 1.000,00; 31 INVESTIMENTOS ▪ Atualização definida pela taxa média Selic; ▪ Resgate do principal na data do vencimento. • Letras do Tesouro Nacional – LTN ▪ Nominativa e negociável ▪ Rentabilidade pré-fixada ▪ Resgate pelo valor nominal no vencimento ▪ Valor nominal no vencimento: R$ 1.000,00 CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS PÚBLICOS • Fluxo dos títulos: NTN-F e NTN-B • Fluxo dos títulos: LTN e LFT 32 Segredos da Independência PRECIFICAÇÃO • P : preço • FC t : fluxo de caixa (cupom + principal) no tempo t • t : tempo do fluxo, t= 1, 2, ...., n • y : taxa interna de retorno do título PRECIFICAÇÃO DE TÍTULOS PÚBLICOS • Componentes do Preço ▪ Os títulos têm diferentes características, podendo ser indexados a índices de preços, à Selic ou títulos prefixados. Além disto, podem fazer pagamentos (cupons) semestrais ou não. Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/download/precificacao.pdf ▪ A taxa de juros pode ser nominal, real ou um prêmio sobre o indexador. Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/download/precificacao.pdf 33 INVESTIMENTOS ▪ Para títulos com cupom , cada fluxo deve ser descontado a taxa de juros para se obter a cotação. • Letras do Tesouro Nacional – LTN ▪ Cálculo do preço Onde: ▪ taxa = taxa de juros anual (padrão du/252% a.a. => truncar na 4ª casa decimal); ▪ du = número de dias úteis entre a data de liquidação (inclusive) e a data de vencimento (exclusive). 34 • Cálculo da cotação ▪ Para títulos sem cupom , basta trazer a valor presente o valor do vencimento; • Cálculo da cotação ▪ Para títulos sem cupom , basta trazer a valor presente o valor do vencimento; Segredos da Independência ▪ Cálculo do preço - Exemplo ▪ Compra: 20/05/2008 ▪ Liquidação: 21/05/2008 ▪ Vencimento: 01/07/2010 ▪ Taxa: 14,3600% a.a. ▪ Dias úteis: 532 • Letras Financeiras do Tesouro – LFT ▪ Cálculo da Cotação Onde: ▪ taxa (ágio ou deságio) = Taxa padrão du 252% a.a. => truncar na 4ª casa decimal; ▪ du = número de dias úteis entre a data de liquidação (inclusive) e a data de vencimento (exclusive). ▪ Cálculo do preço Onde: ▪ VNA projetado = valor nominal atualizado até a data de liquidação. ▪ Cálculo do preço – Exemplo ▪ Compra: 20/05/2008 ▪ Liquidação: 21/05/2008 35 INVESTIMENTOS ▪ Vencimento: 07/03/2014 ▪ Valor nominal na data base (01/07/2000): R$ 1.000,00 ▪ Taxa: -0,0200% ▪ Dias úteis: 1.459 • Notas do Tesouro Nacional – NTN-B ▪ Cálculo da Cotação Onde: ▪ taxa (ágio ou deságio) = Taxa padrão du.252% a.a. => truncar na 4ª casa decimal; ▪ du = número de dias úteis entre a data de liquidação (inclusive) e a data de vencimento (exclusive). ▪ Cálculo do Preço 36 Segredos da Independência Onde: ▪ VNA projetado = valor nominal atualizado (índice de inflação – IPCA acumulado desde a data base 15/07/00 até a data de liquidação) projetado para a data de liquidação. ▪ Cálculo do preço – Exemplo ▪ Compra: 20/05/2008 ▪ Liquidação: 21/05/2008 ▪ Vencimento: 15/08/2010 ▪ Valor Nominal na data base (15/07/2000): R$ 1.000,00 ▪ Taxa: 8,2900% ▪ Projeção para o IPCA abr/2008: 0,46% 37 INVESTIMENTOS ▪ Cálculo do cupom de juros ▪ Cupom de Juros = VNA* fator de juros Onde: ▪ Fator de juros: pagamento de juros com periodicidade semestral. ▪ Cálculo do cupom de juros - Exemplo ▪ Vencimento: 15/05/2045 ▪ Pagamento de cupom de juros: 15/05/2008 ▪ Valor nominal na data base (15/07/2000): R$ 1.000,00 ▪ Valor nominal atualizado em 15/05/2008: R$ 1.726,926459 ▪ Cálculo do preço – Exemplo ▪ Vencimento: 01/01/2014 ▪ Compra: 20/05/2008 38 Segredos da Independência ▪ Liquidação: 21/05/2008 ▪ Taxa: 13.6600% • Notas do Tesouro Nacional – NTN-F ▪ Cálculo do cupom de juros • O efeito de variações das taxas de juros sobre o preço MEDIDAS DE SENSIBILIDADE DO PREÇO 39 INVESTIMENTOS ▪ A sensibilidade às alterações na curva de juros é diferente nos ativos quanto as suas características, como: prazo, pagamentos intermediários e taxas. • Sensibilidade de Títulos “sem” cupom ▪ Vamos supor que um título com prazo de 3 anos e taxa de 12,75% a.a. ▪ Após uma reunião do Copom-BC tenha a taxa reduzida para 11,25% a.a. *Desconsiderado os custos de transação. ▪ Vamos supor agora um título com prazo de 4 anos e taxa de 12,75%a.a. ▪ A mesma redução de 1,5% a.a. produziria o seguinte resultado: ▪ Podemos verificar que a mesma alteração na taxa de juros produz um maior rendimento no título mais longo. *Desconsiderado os custos de transação. 40 • Sensibilidade de ativos de renda fixa a mudanças na taxa de juros ▪ Ativos de renda fixa, ao contrário da crença da maioria, não garantem a rentabilidade esperada; MEDIDAS DE SENSIBILIDADE DO PREÇO Segredos da Independência ▪ Uma redução de 1,5% a.a. na taxa de juros produz uma mudança de 1,35% no título de 1 ano, e 8,37% no título de 6 anos. *Desconsiderado os custos de transação. ▪ Vamos supor que ao invés de reduzir a taxa o BC aumentasse a mesma em 1,5% a.a.; ▪ Um aumento de 1,5% a.a. na taxa de juros produz uma mudança de -1,31% no título de 1 ano, e -7,62% no título de 6 anos. ▪ Com essa análise chegamos à conclusão que quanto mais longo for o título, maior será o ganho quando a taxa de juros cair, e maior será o prejuízo quando a taxa de juros subir. ▪ Ou seja, quanto maior for o prazo de duração ( duration ) do título maior será o risco associado ao mesmo. 41 INVESTIMENTOS ▪ Tomamos o exemplo que o investidor comprou o título de 4 anos com taxa de 12,75% e carregou até o vencimento. ▪ Podemos verificar que sua rentabilidade foi de 12,75% a.a. ▪ Agora vamos supor que ele não carregou até o vencimento, mas vendeu após 1 ano quando a taxa havia caído para 11,25% a.a.: ▪ Podemos verificar que sua rentabilidade foi de 17,37% a.a. diferente da prometida na compra do papel. ▪ Caso o investidor mantenha o papel pelos próximos 3 anos receberá a nova rentabilidade anual de 11,25%: 42 Segredos da Independência ▪ Portanto como sua rentabilidade foi de 17,37% a.a. no primeiro ano e 11,25% a.a. Nos últimos 3 anos, a rentabilidade média do título foi de 12,75% a.a. como “contratado” no momento da aquisição. ▪ Fato semelhante ocorre se a taxa, ao invés de cair para 11,25% tivesse subido para 14,25%. Como calculamos anteriormente esse papel teria dado 8,37% no primeiro ano e nos 3 anos subsequentes a rentabilidade anual seria de 14,25%. Se verificarmos a rentabilidade média anual será de 12,75% a.a. como “contratado” na aquisição. A “duração” de um título é um fator muito importante na determinação do risco. • Sensibilidade de Títulos “com” cupom ▪ Vamos comparar agora os riscos de títulos semelhantes “com” e “sem” cupom. ▪ Vamos supor um título de mesmo prazo de vencimento, 3 anos, mas que pague cupom anual de R$ 50,00. Com a mesma taxa de juros de 12,75% a.a. O preço do mesmo será de R$ 816,23 43 INVESTIMENTOS ▪ Vamos supor que a taxa de juros caiu na mesma proporção do exemplo do título “sem” cupom, ou seja, de 12,75% a.a. para 11,25% a.a. O novo preço será de R$ 847,93. ▪ Portanto uma redução de 1,5% na taxa de juros provocou um aumento no preço do título de R$ 816,23 para R$ 847,93. 3,88% no período. ▪ No exemplo análogo no título de mesmo prazo “sem” cupom a variação foi de 4,10% para o mesmo período. ▪ Esse fato indica que títulos “sem” cupom são títulos de maior risco. 44 Segredos da Independência ▪ Títulos “com” pagamentos de cupom têm oscilação de preços menor se comparados aos títulos “sem” cupom. 45 INVESTIMENTOS ▪ Títulos “sem” cupom possuem apenas um fluxo de caixa no final do período. ▪ Títulos “com” cupom proporcionam ao investidor antecipações ao longo do tempo. Essas antecipações, matematicamente, estão elevadas a um “n” períodos menor que o fluxo de caixa principal, variações na taxa de juros produzem menor impacto percentual nas antecipações do que no principal e, portanto, há uma menor variação no preço do título como um todo. Conclusão: Quanto menor for a duração (duration) de um título menor será o risco associado ao mesmo. CASE - MERCADO REAL • Títulos de Renda Fixa – Características ▪ Preço (sujo; limpo) ▪ Rendimento ao vencimento (yield to maturity) ▪ Cupom (juros periódicos) ▪ Data de liquidação ▪ Data de vencimento (maturity) ▪ Juros acumulados (accured interest) 46 Segredos da Independência • Hipóteses implícitas no cálculo do rendimento ▪ Título será mantido até o vencimento ▪ Cupons serão reinvestidos a uma taxa de retorno constante e igual a taxa periódica • Juros Acumulados ▪ Quando a data de liquidação ocorre em uma data entre pagamentos de cupons, precisamos calcular os juros acumulados do período. ▪ Os juros acumulados já estão no preço “sujo” do papel, calculado como valor presente dos fluxos esperados. ▪ Na prática, os títulos são cotados a preço “limpo”, retirando-se os juros acumulados. ▪ O preço total a ser pago pelo comprador é igual ao preço “limpo” mais os juros acumulados. ▪ Juros acumulados são juros simples (não há capitalização dentro do período) ▪ Preço “sujo” = preço “limpo” + JA • Juros Acumulados - Exemplo 47 INVESTIMENTOS • Juros Acumulados – Exemplo 2 48 Segredos da Independência TÍTULOS PRIVADOS DE RENDA FIXA • Debêntures; • CDB; • CRI; • CRA; • LC; • LCA; • LCI; • LF; • DPGE. Debêntures • As debêntures são valores mobiliários que representam dívidas de médio e longo prazos de Sociedades Anônimas (emissoras); • Liquidez diária*; • A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada; • Não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). CDB – Certificado de Depósito bancário • Título de renda fixa emitido por bancos para captar dinheiro e financiar suas atividades; • Liquidez negociada; • Pré-fixado, Pós-fixado e Híbrido; • Garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$250 mil por CPF ou CNPJ*; CRI – Certificado de Recebíveis Imobiliários • Os Certificados de Recebíveis Imobiliários são títulos lastreados em créditos imobiliários, representativos de parcelas de um direitocreditório; • Possibilidade de estruturas com garantias (recebíveis imobiliários e/ou alienação fiduciária do bem imobiliário); • Liquidez restrita no mercado secundário; • A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada; 49 • Isenção de IR e IOF para pessoa física no rendimento; ganhos de capital auferidos na alienação ou cessão dos ativos são isentos de IR para Pessoa Física (Instrução 1585); • Não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). INVESTIMENTOS CRA - Certificado de Recebíveis do Agronegócio • Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio estão vinculados a direitos creditórios originários de negócios realizados, em sua maioria, por produtores rurais ou suas cooperativas, relacionados ao financiamento da atividade agropecuária; • Possibilidade de estruturas com garantias (como alienação da terra e penhor da produção); • Liquidez restrita no mercado secundário; • A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada; • Isenção de IR e IOF para pessoa física no rendimento; ganhos de capital auferidos na alienação ou cessão dos ativos são isentos de IR para Pessoa Física (Instrução 1585); • Destinado exclusivamente a investidores qualificados e profissionais; • Não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). LC – Letra de Câmbio • Instrumento de captação das financeiras, com o objetivo de financiar suas atividades; • Liquidez restrita no mercado secundário; • A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada; • Garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$250 mil por CPF ou CNPJ*; LCA – Letra de Crédito do Agronegócio • Título emitido por instituições financeiras públicas e privadas, vinculado a direitos creditórios originários do agronegócio; • Liquidez no vencimento; • A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada; • Isenção de IR para pessoa física no rendimento; ganhos de capital auferidos na alienação ou cessão dos ativos são isentos de IR para Pessoa Física (Instrução 1585); • Garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$250 mil por CPF ou CNPJ*; 50 Segredos da Independência • Instrumento de captação que pode ser emitido por instituições autorizadas pelo Banco Central, com objetivo de financiar o setor imobiliário que tem como lastro financiamentos imobiliários garantidos por hipoteca ou alienação fiduciária do imóvel; • Liquidez no vencimento; • A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada; • Isenção de IR para pessoa física no rendimento; ganhos de capital auferidos na alienação ou cessão dos ativos são isentos de IR para Pessoa Física (Instrução 1585); • Garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$250 mil por CPF ou CNPJ*; LF – Letra Financeira • Instrumento de captação de recursos exclusivo das instituições financeiras. • Prazo mínimo de 2 anos (sênior) e 5 anos (subordinada); • É vedado resgate total ou parcial antes do vencimento; • Investimento mínimo de R$150 mil (sênior) e R$ 300 mil (subordinada); • A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada; • Não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). DPGE – Depósito a Prazo com Garantia Especial • Os DPGEs são depósitos a prazo emitidos por instituições financeiras. Os bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento e investimento, as sociedades de crédito, financiamento e investimento e as caixas econômicos são as instituições autorizadas a emitir este ativo. • Liquidez no vencimento; • A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada; • Aplicação garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores até R$20 milhões¹, por CPF ou CNPJ, por instituição ou conglomerado financeiro; 51 LCI – Letra de Crédito Imobiliário INVESTIMENTOS ANOTAÇÕES 52 Segredos da Independência ANOTAÇÕES 53 INVESTIMENTOS O FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS • O sistema de distribuição de valores mobiliários é fundamental para o crescimento econômico; Fonte de financiamento das empresas: • Geração e reinvestimento de lucros; • Empréstimos (capital de terceiros); ▪ Sistema bancário; ▪ Emissão de debentures; • Aporte de capital de acionistas. APORTE DE CAPITAL DE ACIONISTAS • Esta forma de financiamento oferece à empresa as melhores condições financeiras de viabilização de seus projetos, dado que: ▪ A natureza de captação é permanente; ▪ Há baixo comprometimento de caixa; ▪ Reduz o grau de alavancagem da empresa. ESTRUTURA DE CAPITAL DE UMA EMPRESA • Revela a maneira como a empresa financia os seus ativos, através da combinação entre: ▪ Dívida; ▪ Ações ▪ Capital Híbrido (dívida de longo prazo); • Grau de Alavancagem ▪ Percentual da dívida em relação ao capital total da empresa. 54 Segredos da Independência ABERTURA DE CAPITAL • Uma Companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos a negociação no mercado de valores mobiliários. • Para ter ações negociadas no mercado a sociedade deve ser registrada na CVM como companhia aberta. OFERTA PÚBLICA DE AÇÕES • Operação pela qual a sociedade emitente coloca seus valores mobiliários no mercado primário, mediante intermediação de uma instituição financeira (em geral um banco de investimentos); • A sociedade atrai novos sócios pela subscrição e integralização de novas ações; • Os recursos financeiros em geral são direcionados para financiar o crescimento da própria empresa. SUBSCRIÇÃO PÚBLICA DE AÇÕES CONDIÇÕES PARA ABERTURA DE CAPITAL • Atratividade econômica; • Resultados econômicos financeiros; • Perspectivas de rentabilidade; 55 INVESTIMENTOS • Estudo setorial; • Características básicas de emissão e lançamento; (roadshow, precificação, etc.) • Escolha de intermediário financeiro; • Auditoria independente; • Cenário conjuntural; • Transparência.TIPOS DE AÇÕES • Ordinárias (ON): conferem a seu titular o direito de voto. O poder de decisão concentra-se no grupo de investidores que detém a maior quantidade de ações; • Preferenciais (PN): conferem a seu titular as seguintes preferências: ▪ Prioridade no recebimento de dividendos; ▪ Prioridade no reembolso de capital na hipótese de dissolução da sociedade. DESDOBRAMENTO DE AÇÕES (SPLIT) • Artifício geralmente utilizado quando o preço da ação está muito acima da média da bolsa, restringindo assim a sua base de investidores; • Ocorre uma redução no preço e um aumento na quantidade, de maneira que cada investidor permaneça com a mesma proporção de ações e o mesmo patrimônio. ÍNDICES DE BOLSA DE VALORES • Mede o desempenho médio dos preços de uma carteira de ações; • Reflete o comportamento do mercado em determinado intervalo de tempo; • O índice deve ser uma amostra representativa do universo de ações, reavaliada periodicamente; • Constitui um benchmark para o mercado. EXEMPLOS DE ÍNDICES • Brasil ▪ Ibovespa – o mais representativo; ▪ IbrX-50 – as 50 mais negociadas; 56 Segredos da Independência ▪ IEE – setor de energia elétrica; ▪ IGC – governança corporativa; ▪ ISE – sustentabilidade empresarial • Mundo ▪ EUA – Down Jones, S&P 500, Nasdaq; ▪ Japão – Nikkei; ▪ Inglaterra – FTI MERCADO SECUNDÁRIO Bolsa de Valores • Administração de mercados organizados de títulos e valores mobiliários, zelando pela organização, funcionamento e desenvolvimento de mercados livres e abertos para a negociação de quaisquer espécies de títulos ou contratos que possuam como referência ou tenham por objeto ativos financeiros, índices, indicadores, taxas, mercadorias, moedas, energias, transportes, commodities e outros bens ou direitos direta ou indiretamente relacionados a tais ativos, nas modalidades à vista ou de liquidação futura; Índice Bovespa • O Índice Ibovespa, completou 50 anos no mês de janeiro. Sua finalidade básica é a de servir como indicador médio do comportamento do mercado brasileiro. • Ele foi criado em 1968 e sua primeira carteira, composta por 27 ações, cada qual com uma diferente participação de acordo com a sua liquidez (número de negócios e volume financeiro). DECISÕES DE INVESTIMENTOS NO MERCADO DE CAPITAIS Escolas de Análise de Investimentos 57 INVESTIMENTOS ANÁLISE TÉCNICA Figuras de Candlestick 58 Segredos da Independência 59 INVESTIMENTOS 60 Segredos da Independência 61 INVESTIMENTOS 62 Segredos da Independência FIGURAS DE REVERSÃO 63 INVESTIMENTOS 64 Segredos da Independência 65 INVESTIMENTOS 66 Segredos da Independência 67 INVESTIMENTOS 68 Segredos da Independência 69 INVESTIMENTOS 70 Segredos da Independência 71 INVESTIMENTOS 72 Segredos da Independência 73 INVESTIMENTOS 74 Segredos da Independência ANÁLISE FUNDAMENTALISTA • A escola fundamentalista procura determinar o preço técnico ou o valor intrínseco de uma ação através da avaliação do patrimônio atual da empresa e sua projeção. • O valor intrínseco é o valor presente do resultado dos investimentos programados. A determinação do valor intrínseco é representada ou definida pela composição dos seguintes fatores: ▪ Avaliação do desempenho histórico da empresa. ▪ Avaliação da capacidade competitiva da empresa. ▪ Avaliação do risco do governo. ▪ Fatores críticos de sucesso da empresa. ▪ Tecnologia. ▪ Política acionária da empresa. ▪ Valor presente dos lucros futuros estimados. • Análise Econômica - Riscos Macro ▪ Política governamental. ▪ Inflação. ▪ Comércio exterior. 75 INVESTIMENTOS ▪ Política ambiental. ▪ Risco do País. • Análise da Indústria - Riscos da Indústria ▪ Fatia de mercado dos principais participantes. ▪ Elasticidade da demanda para os compradores do produto. ▪ O poder dos clientes. ▪ A disponibilidade de produtos substitutos. ▪ Ciclo de vida da indústria e Margens de Lucro. ▪ Barreiras de entrada e saída. ▪ O grau de protecionismo e a regulação. ▪ A influência e a dispersão dos fornecedores. ▪ A tecnologia atual e o futuro tecnológico. ▪ A taxa de crescimento da indústria comparada ao PIB. • Análise da Companhia - Riscos ▪ Da empresa. ▪ Da gestão. ▪ De negócio. ▪ Performance. ▪ Financeiro. HIPÓTESE DE MERCADOS EFICIENTES “Eu seria mendigo nas ruas com uma caneca de lata nas mãos se os mercados fossem eficientes." (Warren Buffett) 76 Segredos da Independência O FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS AÇÕES • Títulos emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente. Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão. • Tipos ▪ Ordinárias: Proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto em assembléias gerais. 77 INVESTIMENTOS ▪ Preferenciais: Garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade. • Rentabilidade ▪ É variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa, advém da posse da ação; outra parte advém do eventual ganho de capital na venda da ação. • Dividendos ▪ A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser definido pela empresa, de acordo com os seus resultados. • Juros sobre o Capital Próprio ▪ Opção de remunerar o acionista por meio do pagamento de juros sobre o capital próprio, em vez de distribuirdividendos, desde que sejam atendidas determinadas condições estabelecidas em regulamentação específica. • Bonificação em Ações ▪ Advém do aumento de capital de uma sociedade, mediante a incorporação de reservas e lucros, quando são distribuídas gratuitamente novas ações a seus acionistas, em número proporcional às já possuídas. • Direitos de Subscrição ▪ É o direito de aquisição de novo lote de ações pelos acionistas — com preferência na subscrição — em quantidade proporcional às possuídas. COMPONENTES DO RISCO • Risco Diversificável (não sistemático) ▪ Resulta de eventos incontroláveis ou aleatórios, específicos de uma empresa; pode ser eliminado por meio da diversificação. 78 Segredos da Independência • Risco Não Diversificável (sistemático) ▪ Atribuído a forças mais gerais como guerra, inflação, eventos políticos, etc. • Risco Total ▪ Soma do risco diversificável e risco não diversificável. • Risco Específico e Risco Sistemático ▪ Risco específico é atribuído à empresa e por isto pode ser eliminado através da diversificação. ▪ Risco sistemático, é o que afeta todo o mercado e não pode ser eliminado por meio da diversificação. DIVERSIFICAÇÃO Reflexão • "A diversificação é uma proteção contra a ignorância. Faz pouquíssimo sentido para quem sabe o que está fazendo." • "O risco advém de você não saber o que está fazendo." Warren Buffett OBJETIVOS DA ANÁLISE FINANCEIRA • O objetivo da análise financeira é avaliar qual a estrutura financeira da empresa, suas decisões de investimento, de financiamento e suas operações. • A análise dos investimentos em ativos evidencia se os mesmos estão gerando o retorno esperado com o risco adequado. • A análise dos financiamentos nos mostra de onde vêm os recursos necessários para a empresa operar e investir. • Já as operações evidenciam se a empresa consegue operar com a rentabilidade esperada. BALANÇO PATRIMONIAL 79 INVESTIMENTOS OBJETIVOS EMPRESARIAIS • Em finanças, a teoria diz que o objetivo da empresa é criar valor para o seu acionista. Criar valor é gerar uma rentabilidade superior ao que o acionista conseguiria em outro investimento. • Podemos relacionar outros objetivos, como: ▪ Satisfazer seus clientes com qualidade e satisfação; ▪ Manter um ambiente saudável e motivado para seus funcionários; 80 Segredos da Independência ▪ Ser socialmente responsável. • Porém, nenhum dos objetivos acima fará sentido se a empresa não gerar rentabilidade. O objetivo final de qualquer empreendimento é criar valor para o seu acionista. A CRIAÇÃO DE VALOR 81 INVESTIMENTOS A empresa deve buscar • Aplicar os recursos próprios e de terceiros em investimentos que ofereçam retorno atrativo e superior ao custo de capital • Captar tais recursos de maneira apropriada, levando em consideração: ▪ Volume ▪ Prazos compatíveis ▪ Custos 82 Segredos da Independência FLUXO DE CAIXA A CRIAÇÃO DE VALOR • Do ponto de vista econômico e financeiro, o valor é uma medida de bem-estar material . • Assim, uma empresa cria valor se aumenta a capacidade de consumo de seus acionistas (Por simplicidade, este texto usa a nomenclatura das sociedades por ações, mas as análises podem ser adaptadas facilmente para outras estruturas societárias.). 83 INVESTIMENTOS • Os credores também participam dos fluxos de caixa da empresa, mas não havendo inadimplência, esta participação não depende do desempenho da empresa. • Obviamente, o bem-estar dos agentes econômicos não depende apenas de consumo, mas outros fatores que aumentam o bem-estar são difíceis de ser mensurados e tratados de forma objetiva, e a teoria financeira usualmente não os estuda. A NOÇÃO DE VALOR • A capacidade de consumo, ou riqueza , que uma empresa propicia a seus acionistas depende dos dividendos que são distribuídos ao longo do tempo. • O acionista que não quiser esperar os dividendos, pode usar o mercado de capitais para vender parte de suas ações e usar os recursos para consumir agora. • Logo, o mercado de capitais permite transformar fluxos de caixa futuros (os dividendos) em fluxo de caixa hoje (o valor obtido com a venda das ações) - Para empresas que não são negociadas em bolsa o valor é menos transparente, mas há maneiras de estimá-lo. • O preço das ações é, portanto, o valor presente dos dividendos futuros, que são transformados pelo mercado de capitais em um fluxo de caixa hoje. O MERCADO DE CAPITAIS • O mercado de capitais permite que agentes econômicos troquem fluxos de caixa no futuro por fluxos de caixa hoje, e vice-versa, de acordo com suas preferências inter-temporais. 84 Segredos da Independência • Como é sempre melhor possuir caixa hoje que no futuro, no mínimo por precaução contra eventualidades (preferência pela liquidez), quem vende fluxo de caixa presente (VP) quer no futuro (VF) o mesmo valor que cedeu no presente, mais uma compensação, dada pela taxa r: • Essa taxa determina o preço , a valor presente, de um fluxo de caixa futuro, e é a taxa que equilibra quantidade ofertada e quantidade demandada de fluxos de caixa no mercado de capitais. • Assim, o valor presente, ou o preço de um fluxo de caixa futuro é dado por: • Se o mesmo raciocínio for utilizado várias vezes, durante T períodos, vem: RISCO E VALOR • Um aspecto importante do valor é que fluxos de caixa futuros são arriscados. • Um emprestador pode não pagar suas dívidas e a empresa pode não gerar o fluxo de caixa estimado. • Obviamente, quanto maior o risco de que os fluxos de caixa não se realizem como esperado: 85 INVESTIMENTOS ▪ maior a compensação futura cobrada por quem vende fluxos de caixa presentes, ou seja, maior a taxa r; ▪ mais baratos os fluxos de caixa futuros a valor presente, ou seja, menor o VP: EM RESUMO Valor para o acionista = Capacidade de consumo a valor presente = Riqueza dos acionistas • E esse valor depende: ▪ de quanto caixa a empresa é capaz de gerar: VF ; ▪ de quando estes caixas serão gerados: T ; ▪ edo risco associado às incertezas sobre a efetivação dos fluxos: (1 + r) . FATORES QUE AFETAM O QUANTO, O QUANDO E O RISCO DOS FC • Decisões tomadas pela administração: ▪ Decisões de investimento (curto e longo prazo); ▪ Decisões de financiamento (estrutura de capital); ▪ Política de dividendos. • Ambiente externo ▪ Ações de concorrentes; 86 Segredos da Independência ▪ Regulação governamental; ▪ Ambiente macro-econômico. CUSTO DE OPORTUNIDADE • Custo de oportunidade é o benefício de que abrimos mão ao sermos obrigados a escolher entre alternativas mutuamente exclusivas, devido à escassez de recursos; • Ou seja, em economia, o que deixamos de ganhar ao fazer uma escolha é um custo; • A melhor escolha é a que possui o menor custo de oportunidade. EXEMPLOS Para onde ir em um feriado prolongado • Para onde ir em um feriado prolongado ▪ Recurso escasso: tempo do feriado; ▪ Decisão: ir para o campo ou para a praia? ▪ Custo de ir para o campo: não ir para a praia; ▪ Custo de ir para a praia: não ir para o campo. • Venda ou aluguel de um apartamento ▪ Recurso escasso: o ativo (apartamento); ▪ Decisão: vender ou alugar; ▪ Custo de vender: receita mensal do aluguel mais valorização do imóvel; ▪ Custo de alugar: renda da aplicação do dinheiro da venda. • Decidir se vale a pena investir em um projeto ▪ Recurso escasso: orçamento para um projeto; ▪ Decisão: investir ou não em um projeto; ▪ Custo de oportunidade de realizar o projeto: o retorno de projetos semelhantes de mesmo risco (a taxa r); ▪ Custo de oportunidade de não realizar o projeto: o retorno do projeto. • Em que projetos investir (orçamento de capital ou capital budgeting) ▪ Recurso escasso: orçamento da empresa; ▪ Decisão: escolher um ou mais projetos que caibam no orçamento; 87 INVESTIMENTOS ▪ Custo de oportunidade de escolher um ou mais projetos: não criar o valor dos projetos não escolhidos. O CUSTO DE CAPITAL • A taxa de retorno de equilíbrio oferecida pelos mercados de capitais para investimentos de um determinado risco é um tipo de custo de oportunidade, chamado de custo de capital . 88 Segredos da Independência • Os acionistas podem reinvestir os dividendos em ativos financeiros arriscados. Isso faz com que o retorno esperado de projetos do orçamento de capital deva ser, no mínimo, da mesma magnitude do retorno esperado dos ativos financeiros de mesmo risco, ou seja, o mercado de capitais representa um custo de oportunidade para os investimentos em projetos . • Se uma empresa investe em projetos com retorno abaixo do seu custo de capital, está destruindo valor (riqueza): ▪ O recurso dos acionistas e credores estaria melhor investido em outras oportunidades oferecidas pelo mercado de capitais. • Se a empresa investe em projetos com retorno acima do seu custo de capital, está criando valor: ▪ A empresa está produzindo mais caixa que oportunidades de risco semelhante no mercado de capitais. • Qual é mais caro? ▪ Custo do capital próprio; ▪ Custo do capital de terceiros. • Argumentos: ▪ Risco x retorno; ▪ Alavancagem financeira; ▪ Benefício fiscal da dívida. • Risco x Retorno ▪ Fluxo de caixa para o acionista: ▪ Fluxo de caixa para credores (sem inadimplência): 89 INVESTIMENTOS • Benefício fiscal da dívida: ▪ Despesas com juros são deduzidas da base tributável, aumentando o fluxo disponível para o acionista e reduzindo o custo efetivo da dívida. O OBJETIVO DA EMPRESA • O objetivo primário das empresas é maximizar a riqueza do acionista/proprietário • A riqueza do acionista é sua capacidade de consumo a valor presente: ▪ No caso de uma empresa de capital aberto, isto equivale ao preço de suas ações; ▪ No caso de uma empresa de capital fechado, isto equivale ao fluxo de caixa líquido gerado, trazido a valor presente, que seria o valor justo da empresa, caso fosse vendida. ESTRUTURA DE CAPITAL • Composição das fontes de financiamento; 90 Segredos da Independência • Teorias da estrutura de capital; • Estrutura ótima de capital; • Estrutura de capital e o objetivo das finanças de maximização da riqueza. COMPOSIÇÃO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO • Capital de Terceiros (Exigível) • Capital Próprio (Patrimônio Líquido) TEORIAS DA ESTRUTURA DE CAPITAL • Custo do capital próprio e maior que o custo do capital de terceiros. Razões: ▪ Risco; ▪ Despesas financeiras dedutíveis para fins de IR. • Estrutura ótima de capital e a minimização do custo total de capital; • Teorias de estrutura de capital: teoria convencional e teoria de Modigliani e Miller. TEORIA CONVENCIONAL • É possível calcular o valor mínimo para o custo total de capital. • Estrutura de capital convencional • Maximização do valor da empresa pela estrutura ótima de capital. DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL • Calcular o WACC para cada estrutura de capital sugerida 91 INVESTIMENTOS ANÁLISE DA RENTABILIDADE 92 Segredos da Independência O BETA COMO MEDIDA DE RISCO 93 INVESTIMENTOS CAPM (CAPITAL ASSET PRICING MODEL) • O Retorno exigido por um investidor quando aplica em qualquer ativo de risco é a rentabilidade de um investimento com risco próximo de zero mais um “prêmio” pelo risco incorrido. ▪ Quanto maior o risco, maior o retorno exigido; ▪ Taxa de desconto = retorno exigido; R i = R f + β (R m – R f ) CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO • O custo de capital próprio equivale ao retorno esperado do modelo CAPM • Média ponderada entre os custos de capital próprio e de terceiros • Capital próprio ▪ CAPM • Capital de terceiros ▪ Custo de novas emissões 94 Segredos da Independência WACC (WEIGHTED AVERAGE COST OF CAPITAL) • Custo Médio Ponderado de Capital FLUXO DE CAIXA X VALOR • Objetivos ▪ Entender as implicações dos usos dos regimes de caixa e de competência; ▪ Entender a elaboração de uma projeção de fluxo de caixa. VALOR X CUSTO • Os princípios contábeis ditam o registro dos ativos pelo valor de custo. • Valor de mercado é um conceito completamente diferente. RESULTADO X CAIXA • Lucro não representa capacidade de consumo/pagamento (caixa): ▪ Princípios contábeis 95 INVESTIMENTOS ▪ Itens que não representam caixa PRINCÍPIOS CONTÁBEIS • Regime decompetência • Receitas registradas com as despesas correspondentes • Receitas e despesas podem ser registradas mesmo que nenhum fluxo de caixa ocorra! ITENS QUE NÃO REPRESENTAM CAIXA • Depreciação é o item mais óbvio. Ninguém assina um cheque para pagar depreciação. • Os fluxos só acontecem de fato quando há a troca de máquinas e equipamentos, ou a reforma de prédios. • Outro exemplo são impostos diferidos. CAIXA OU COMPETÊNCIA? • Análise contábil (competência): ▪ Eminentemente comparativa: como os indicadores da empresa evoluem ao longo do tempo? Como um indicador de uma empresa compara-se com o de seus concorrentes? ▪ Permite fazer ajustes e identificar problemas. • Fluxo de caixa: ▪ A mensuração da criação de valor necessariamente deve levar em conta quanto caixa é gerado e quando. • Resumo e Conclusões • As demonstrações financeiras provêem informações importantes para a gestão • O valor, contudo, está essencialmente relacionado à geração de caixa • Você deve manter em mente que: ▪ Medidas de lucratividade não levam em conta risco ou tempo dos fluxos de caixa ▪ Índices são ferramentas essencialmente comparativas (entre empresas ou ao longo do tempo) ▪ A análise de fluxo de caixa permite estimar o valor de fato, considerando tempo e risco 96 Segredos da Independência O MODELO DE BALANÇO DA EMPRESA A DECISÃO DE INVESTIMENTO: ORÇAMENTO DE CAPITAL 97 INVESTIMENTOS A DECISÃO DE FINANCIAMENTO: ESTRUTURA DE CAPITAL GESTÃO DE CURTO PRAZO: O CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 98 Segredos da Independência CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO – CGL (CCL) E NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO - NCG • Necessidade de Capital de Giro: volume de investimento operacional em giro apropriado para o equilíbrio financeiro. • Cálculo da NCG prevê a reclassificação das contas circulantes da empresa em: ▪ Itens operacionais (ou cíclicos) ▪ Itens financeiros (ou erráticos) • Transformação do Balanço Patrimonial em Balanço Gerencial . • Ativo ▪ Circulante Financeiro (caixa, aplicações) ▪ Circulante Operacional (clientes, estoques) ▪ Permanente (RLP, imobilizado) • Passivo ▪ Circulante Financeiro (bancos, empréstimos) ▪ Circulante Operacional (fornecedores) ▪ Permanente (ELP, patrimônio líquido) • Ativo e Passivo Circulante Financeiro 99 INVESTIMENTOS ▪ Itens que apresentam pouca vinculação direta com as operações da empresa; ▪ Pouco impactados por alterações no volume de atividades ou nas fases operacionais. • Ativo e Passivo Circulante Operacional ▪ Itens que apresentam estreita relação com a atividade operacional da empresa; ▪ Diretamente influenciados pelo volume de negócios, ciclo operacional, crédito, etc. ATIVIDADE OPERACIONAL CICLO FINANCEIRO • O ciclo financeiro é o prazo que a empresa tem entre pagar seu fornecedor e receber de seu cliente. Quanto maior esse prazo, maior sua necessidade de capital de giro. NECESSIDADE DE CG • Nível necessário de investimento em CG é positivamente relacionado com o Ciclo Financeiro da empresa; • Investimento em CG depende também do volume de vendas da empresa; 100 Segredos da Independência • Quanto maior o crescimento das vendas, maior a necessidade de recursos no ACO (estoques, valores a receber). • Resumindo, a NCG da empresa depende essencialmente de seu: ▪ Ciclo Financeiro ▪ Volume de negócios • NCG reflete uma necessidade permanente de recursos • Financiamento da NCG deve ser feito também com recursos de longo prazo , a fim de manter uma margem de segurança . CÁLCULO DA NCG NCG = ACO - PCO • NCG > 0 : fluxo de saídas mais rápido do que o de entradas (pagamentos ocorrem antes de recebimentos); • NCG < 0 : excesso de fontes operacionais em relação às aplicações operacionais; financiamento de outros itens do circulante. 101 INVESTIMENTOS Valuation O Fluxo de Caixa Livre é calculado conforme o modelo a seguir: ● EBITDA (lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) (-) depreciação e amortização ● (=) EBIT (lucro antes dos juros e do imposto de renda) (-) Imposto de Renda ● (=) NOPAT (lucro operacional, após o imposto de renda) (+) Depreciação e amortização (-) investimentos em ativos permanentes (CAPEX = gastos de capital) (-) variações na necessidade em capital de giro ● (=) FCL (Fluxo de Caixa Livre) Avaliação de Ações Precificação pelo Fluxo de Caixa Descontado ● O valor de um ativo é o valor presente de seus fluxos de caixa previstos – DCF (Discounted Cash Flow) r P : preço FC t : fluxo de caixa no tempo t t : tempo do fluxo, t= 1, 2, ...., n 102 Segredos da Independência r : taxa de desconto apropriada ao risco do ativo Avaliação de Ações Precificação pelo Fluxo de Caixa Descontado ● O valor de um ativo é o valor presente de seus fluxos de caixa previstos – DCF (Discounted Cash Flow) Avaliação de Ações ● A fórmula da perpetuidade é uma simplificação para não ser preciso calcular os fluxos indeterminadamente. 103 INVESTIMENTOS Avaliação de Ações ● Exemplo: ● Crescimento anual = 10% ● Crescimento na perpetuidade = 3% ● Risco = Custo de capital = 20% 104 Segredos da Independência Avaliação de Ações Mensurando o Valor da Empresa ● VP dos fluxos de caixa livres de curto prazo: ● Assume-se que no curto-prazo vários elementos tornam os fluxos de caixa um pouco irregulares, o que justificaria uma análise mais detalhada; ● Já no longo prazo, acredita-se que possa-se considerar que os fluxos de caixa livres terão um comportamento mais suave; ● O prazo do que seja curto prazo varia de 3 a 10 anos e é arbitrário; ● A ideia é que qualquer vantagem comparativa da empresa é facilmente copiável por outras empresas no longo prazo; PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO • Por que um setor industrial é mais lucrativo do que outro? • Dado um setor industrial, por que alguns grupos de empresas são mais lucrativos do que outros? • Dados um setor industrial e um grupo de empresas, por que uma empresa é mais lucrativa do que outra? 105 INVESTIMENTOS O MODELO DAS 5 FORÇAS 106 Segredos da Independência 107 INVESTIMENTOS 108 Segredos da Independência 109 INVESTIMENTOS 110 Segredos da Independência 111 INVESTIMENTOS 112 Segredos da Independência
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