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ESCOLA SÃO VICENTE DE PAULA DISCILINA: PEDIATRIA PROFESSORA: Daniela Thais Lima Silva email: danielathaisls@gmail.com CAMPINA GRANDE – PB MAIO 2018 mailto:danielathaisls@gmail.com AULA 1 : INTRODUÇÃO A PEDIATRIA 1. PROCESSO HISTÓRICO DA PEDIATRIA E DOS DIREITOS DA CRIANÇA A palavra pediatria tem origem grega onde PADIO significa criança e LATRIA tratamento. No Brasil, entre finais do século XIX e meados do século XX, elabora-se um complexo quadro de referências científicas sobre as singularidades da infância, as especificidades das doenças infantis e sobre a peculiaridade das respostas infantis aos tratamentos médicos. A pediatria surge não como uma medicina voltada para uma doença ou uma parte do corpo, mas para uma idade da vida, a pediatria é compreendida como uma especialidade especial porque ela não segmenta o corpo, mas pensa o corpo infantil em sua singularidade e diferença em relação ao corpo adulto. (PEREIRA, 2006). O surgimento e consolidação da pediatria como especialidade não foi decorrente “natural” de um processo linear de desenvolvimento da medicina. Foi o resultado de experiências sociais, culturais e políticas vivenciadas no país. Pois nesse período o Brasil tinha como base o modelo francês, onde as crianças e os adolescentes pobres eram excluídos da sociedade, como também eles não podiam ser vistos pelas elites burguesas, fazendo com que eles fossem recolhidos, mascarando assim a Questão Social e a pobreza existente (BENEVIDES, DANIEL & BERWIG, 2014). Na década de 1920, cria-se o “Serviço de Assistência e Proteção à Infância Abandonada e Delinquente”, no Rio de Janeiro, em 1923 a Fundação do Juizado de Menores no RJ, visando estabelecer uma nova relação entre o Estado Brasileiro e a Assistência aos menores, nesta mesma época foi criado o Código de Menores, que tinha o menor como alguém criminoso e delinquente (BENEVIDES, DANIEL & BERWIG, 2014). Os atendimentos eram baseados na internação de crianças em instituições, distantes do convívio social e às vezes familiar, tendo o juiz como instância máxima. Percebe-se que nesta época tinha-se uma prática excludente e discriminadora, propiciando assim a criação do SAM (Serviço de Assistência ao Menor) em 1941, este órgão atuava em todo o território nacional e visava organizar o atendimento para este público. Na década de 60, o SAM passa a ser considerado repressivo, desumanizante e conhecido por alguns como “Universidade do Crime”. Diante disso, em 64 a criação da FUNABEM (Fundação Nacional do Bem Estar do Menor), que visava uniformizar e centralizar a política de bem estar do menor e a nível estadual a FEBEM (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor), tendo como funções básicas a triagem, o recolhimento e a internação dos menores (BENEVIDES, DANIEL & BERWIG, 2014). Somente na década de 80 com o início da democratização no país, e dos movimentos populares, como o Movimento de Meninas e Meninos de Rua (MMMR) que se ratifica a Constituição Federal de 1988 e também se cria o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (BENEVIDES, DANIEL & BERWIG, 2014). ECA LEI 8.069 DE 13 DE JULHO DE 1990. O Art. 227 da Constituição Federal de 1988 afirma que: “È dever da família, da sociedade e do Estado assegurar a criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, e exploração, violência, crueldade e opressão.”(BRASIL, 2013, p.9 ). Em seu capítulo I, o ECA dispõe sobre o direito à vida e à saúde de crianças e adolescentes, direitos estes que se materializam nas ações da política pública de saúde a partir do Sistema Único de Saúde – SUS, “Art. 7° - A criança e o adolescente têm direito a proteção á vida e a saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”. (BRASIL, 1990). As ações voltadas para crianças e adolescentes na saúde são: saúde da criança, pré-natal, atendimento médico-hospitalar, aleitamento materno, campanhas de vacinação voltadas para crianças, e na saúde mental ao atendimento nos CAPS infantil. Além disso, vale ressaltar que a saúde é considerada um direito fundamental, tendo em vista que é o Estado que tem o dever de desenvolver e criar políticas públicas neste âmbito visando que este direito seja garantido por todos, dentre eles está o público infanto - juvenil. Como nos diz a Carta Magna da Constituição Federal do Brasil, “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.” (BRASIL, 1988) 2. A ENFERMAGEM EM PEDIATRIA Com a institucionalização da enfermagem moderna nos moldes do sistema Nightingale na década de 20, as enfermeiras atuavam nos consultórios de higiene infantil, orientando as mães quanto aos cuidados com a gestação, parto, pós-parto, puerpério e, também, com os seus filhos, além das visitas domiciliares às famílias, como uma das ações do Serviço de Higiene Infantil do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) (OLIVEIRA, 2000). Apesar da predominância das ações preventivas nos anos 30, o cuidado à criança era influenciado pelo modelo curativo advindo do movimento trabalhista, que resultou numa medicina previdenciária. Entre as décadas de 30 e 50, constata-se a criação de hospitais especializados no atendimento à criança no âmbito federal e estadual (OLIVEIRA, 2000). Com a implantação da ditadura no país na metade dos anos 60, ocorreram reformas administrativas em diferentes setores. Na saúde, inúmeros órgãos foram desativados, inclusive o Departamento Nacional da Criança (DNCr), que foi criado em 1940 e extinto em 1969. Esse Departamento foi uma conquista para o atendimento exclusivo das crianças, entretanto, sua existência, durante 29 anos, foi principalmente de caráter normativo quanto às ações preventivas, com pouca ou nenhuma influência no âmbito hospitalar. Com a extinção do DNCr, o atendimento à criança foi atribuido à Coordenação Materno-Infantil do Ministério da Saúde (atual Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil) (OLIVEIRA, 2000). Em 1984, durante o período de democratização do país, os problemas políticos, econômicos e sociais foram discutidos. Nesse contexto, o Ministério da Saúde traça diretrizes voltadas para os grupos mais vulneráveis, de acordo com a Declaração de Alma-Ata, elaborado em 1978, instituindo o Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC), com cinco ações básicas: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno e orientação ao desmame, controle de infecções respiratórias agudas, controle de doenças preveníveis por imunizações e controle de doenças diarréicas (OLIVEIRA, 2000). 3. PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA CRIANÇA – PAISC Diretrizes e objetivos A reversão do desfavorável perfil de saúde da população infantil brasileira dependerá de que se estenda ao conjunto da população o acesso a condições básicas de vida, tais como a1imentação adequada, moradia, ambiente saneado e assistência adequada a saúde. Foi dentro desse espírito que as ações básicas de assistência integral a saúde da criança foram formuladas pelo Ministério da Saúde, formuladas juntamente com a assistência Social, através do INAMPS, e as secretarias estaduais de saúde (BRASIL, 1984) Percebe-se com tal estratégia, um objetivo mais amplo que e a redução da morbimortalidade na faixa de O a 5 anos de idade. O trajeto a ser percorrido para. alcançá-lo passa por objetivos mais específicos, tais como: utilizar o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento como metodologia para organização da assistência a criança nesta faixa etária; promover o aleitamento materno e orientar a alimentação; aumentar os níveis de cobertura vacinal de acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde; identificar precocemente os processos patológicos, favorecendo o diagnóstico e tratamento oportunos; promover educação para a saúde, destacando a importância da participação da família nas atividades de assistência a criança. Ações Básicas na Assistência Integral á Saúde da Criança Aleitamento Materno e Orientação Alimentar para o Desmame Assistência e Controle das Infecções Respiratórias Agudas (IRA) Imunização Controle das Doenças diarréicas Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento 4. ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA - AIDPI Introduz o conselho de integralidade surgindo como alternativa para aplicar os programas de controle já específicos já existentes. Englobando os principais problemas de saúde que afetam as crianças menores de cinco anos de idade. O AIDIP não tem como objetivo estabelecer diagnósticos específicos de doenças, mas avalia sinais clínicos preditivos positivos que possam definir a necessidade de encaminhamento urgente para uma unidade de maior resolutividade ou se proceder o tratamento a nível primário (BRASIL, 1984). 5. CARACTERISTICAS DE UMA UNIDADE PEDIÁTRICA A unidade de internação é definida pela Resolução da Diretoria Colegiada 50 (BRASIL, 2002, p.38) como o local de prestação do atendimento à saúde para “pacientes que necessitam de assistência direta programada por período superior a 24 horas” (pacientes internos). Segundo esta Resolução, as atividades desenvolvidas nesta unidade são: proporcionar condições de internar pacientes, em ambientes individuais ou coletivos, conforme faixa etária, patologia, sexo e intensividade de cuidados; executar e registrar a assistência médica diária; executar e registrar a assistência de enfermagem, administrando as diferentes intervenções sobre o paciente; prestar assistência nutricional e distribuir alimentação a pacientes (em locais específicos ou no leito) e a acompanhantes (quando for o caso); prestar assistência psicológica e social. realizar atividades de recreação infantil e de terapia ocupacional; e prestar assistência pedagógica infantil (de 10 grau) quando o período de internação for superior a 30 dias A RDC 50/2002, estabelece um programa arquitetônico mínimo para uma internação pediátrica. AMBIENTES Posto de enfermagem, Posto de serviço Sala de exames e curativos Área para prescrição médica Área de cuidados e higienização de lactente Enfermaria de lactente Quarto de criança Enfermaria de criança Quarto de adolescente Enfermaria de adolescente Área de recreação / lazer / refeitório Área ou antecâmara de acesso ao quarto de isolamento Sala de aula AMBIENTES DE APOIO Sala de utilidades Banheiro para acompanhantes na pediatria (quando existir enfermaria) Sanitários para público e funcionário (mas. e fem.) Rouparia Depósito de material de limpeza Banheiro para pacientes (cada quarto ou enfermaria, exceto lactente, deve ter acesso direto a um banheiro, podendo este servir a no máximo 2 enfermarias) Área para guarda de macas e cadeira de rodas Sala administrativa Sanitários para funcionários Sala de estar para pacientes, acompanhantes e visitantes Depósito de equipamentos e materiais Sala para coleta de leite humano (somente para enfermarias) Copa de distribuição AULA 2 : IMPACTOS NA HOSPITALIZAÇÃO DA CRIANÇA E A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO 1. Hospitalização da Criança Somente na segunda metade da década de 80, que deu-se os benefícios da presença da mãe para a criança, bem como a redução do tempo de hospitalização, melhora do comportamento após a alta e o aumento do senso de segurança por não haver mais a ansiedade da separação. Durante a hospitalização, a criança e sua família passam a fazer parte de um contexto hospitalar. Novos papéis são assumidos pela família e, quando ela é orientada sobre o diagnóstico, tratamento e quadro clínico da criança, estabelece-se a possibilidade de a família ter autonomia para as atividades que possa desempenhar a partir das informações recebidas pela equipe de saúde (GOMES e ERDMANN, 2005). A Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, que regulamenta o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no qual o artigo 12 preconiza a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável pela criança (BRASIL, 2005ª). E a Resolução n. 41/1995, que dispõe sobre os direitos da criança e do adolescente hospitalizados, reforça a presença dos pais durante a hospitalização. Com isso o cuidado antes prestado pela equipe agora é compartilhado com os pais, o que leva a equipe a modificar suas ações, delegando à família cuidados antes realizados pela equipe como higiene, alimentação, conforto. Esse processo visa envolver os pais no processo saúde-doença-cuidado, buscando a humanização da assistência à criança hospitalizada (PIMENTA e COLLET, 2009). A hospitalização traz consigo muitos malefícios para a criança e sua família. Para a criança a hospitalização é quase sempre um duplo traumatismo, pois ela tem que se separar do ambiente familiar e entrar num ambiente hostil que é o hospital. Por esta razão e para evitar traumas, além de prestar uma assistência humanizada, é importante inserir a criança e a família desde a admissão. Sendo necessário e importante a equipe: Apresentar a estrutura física, Apresentar a equipe de enfermagem prestadora dos cuidados, Rotina da unidade de internação e Receber a criança e família com afetividade e carinho. A maioria dos autores, é unânime em considerar que a separação da mãe é a que provoca mais efeitos nocivos à criança quando é hospitalizada. Sendo assim os comportamentos apresentados pela criança hospitalizada são: Privação Materna Parcial – Necessidade exagerada de amor, ansiedade, sentimentos de vingança, culpa e depressão. Privação Materna Total – Ansiedade da separação, manifestada em três fases: Protesto Essa é a primeira fase, conhecida como protesto, a criança apresenta choro forte e contínuo, intensidade de movimentos físicos, chama pela mãe intensamente e espera ser atendida. Desespero Essa é a segunda fase, é caracterizada por uma diminuição da movimentação física, choro monótono e intermitente, apatia e aparente tranquilidade, porém, a criança ainda acredita que sua mãe a atenderá. Negação. A terceira fase, a criança nega a necessidade de sua mãe e aceita os cuidados de outras pessoas, porém sem estabelecer vínculo. Comportamentos apresentados pela criança hospitalizada sob tensão: Dependência – Agarrar-se às pessoas, procurar ajuda, solicitar atenção, chorar diante dos pais, agarrar seu brinquedo favorito; Agressividade – Agredir fisicamente outras pessoas, bater, chutar, exigir, reclamar; Ansiedade – Apatia, inibição para brincar, choro prolongado, mau humor, desconfiança, ação de chupar o dedo e masturbação. 2. As diversas abordagens da equipe de enfermagem a Criança Hospitalizada Durante a permanência da criança no hospital, ela deve ser atendida em todos os seus aspectos biopsicossociais. Considerando esses aspectos, SCHIMITZ et al (1989) detectaram três perspectivas diferentes que norteiam a assistência prestada à criança no processo saúde-doença. Segundo estas autoras, todo hospital adota uma abordagem de assistência à criança hospitalizada que, mesmo não estando explicitada em seus regimentos e manuais, pode ser facilmente identificada na rotina diária da unidade. Existem desta forma três tipos de abordagens: Centrada na patologia da criança – caracteriza-se por ter como foco de assistência a criança com uma determinada patologia, sinal ou sintoma que necessitam de cuidados profissionais; neste caso, a equipe de enfermagem centra seus esforços para obter dados que se relacionam com os problemas de saúde da criança, com o diagnóstico da patologia e com a instalação das medidas terapêuticas. As intervenções de enfermagem enquanto procedimentos técnicos, são o ponto alto da assistência. Na unidade, as crianças são geralmente agrupadas nas enfermarias conforme o diagnóstico médico. A área física em geral existe para atender as necessidades dos profissionais e o ambiente é pobre ou desprovido de caracterizações infantis. A comunicação entre equipe, criança e família é formal, cabendo ao profissional de saúde informar a família quando e o que julgar necessário. A interação da equipe de enfermagem com a família resume-se a alguns momentos: admissão, comunicação de mudanças básicas no tratamento, agravamento do estado geral e alta hospitalar. A tomada de decisões é centrada no médico. Centrada na criança – o foco de assistência passa a ser a criança em sua unidade biopsicossocial. O objetivo dessa assistência é amenizar as repercussões psicológicas provenientes da hospitalização, dando ênfase às necessidades de crescimento e desenvolvimento e às necessidades clínicas da criança, havendo também um incentivo maior à participação da criança e da família nos cuidados, principalmente naqueles mais gerais como na higiene e alimentação. À área física, destina-se locais para atender às necessidades de recreação e bem estar da criança, junto do acompanhante. A unidade passa também a ter caracterizações infantis. A tomada de decisões torna-se mais democrática e a família, embora não participe dela, é mantida sempre informada e atualizada sobre a evolução do estado da criança, discutindo com os profissionais os resultados esperados. Centrada na criança e sua família – concebe-se a assistência como resultante da interação de fatores biopsíquicos, sócio-culturais e ecológicos. Visa a recuperar a saúde da criança promovendo as condições para evitar as intercorrências hospitalares e estender as ações à comunidade. A área física é considerada como um local para estimulação da criança e para o convívio família-criança-equipe. O ambiente possui caracterizações infantis, condizentes com o objetivo de propiciar um bom estado de ânimo da criança, da família e da equipe. A família cumpre um papel central, participando ativamente do planejamento, execução e avaliação do atendimento. Os profissionais compartilham com ela, a identificação dos problemas, os recursos disponíveis e elaboram em conjunto um plano de assistência. Diferente das outras abordagens, esta é dinâmica, participativa e democrática. As decisões são tomadas por todos os membros e a responsabilidade é assumida de maneira igualitária pela equipe e família. Independente do tipo de abordagem adotada, para obter-se uma assistência de enfermagem de qualidade, são indispensáveis a sistematização do serviço e a capacitação da equipe de enfermagem, sobretudo a dos Técnicos de enfermagem que, segundo Dutra e Feldmann apud CURSINO (1992), constituem 60% da força de trabalho nas empresas prestadoras de serviços de saúde. A importância desses profissionais é vital porque eles são os principais responsáveis por manter as unidades funcionando vinte e quatro horas, durante todos os dias do ano. 3. Brinquedo Terapêutico É uma técnica baseada nos princípios da ludoterapia, adaptado para aliviar ou diminuir a ansiedade na criança, que esteja ou não hospitalizada, gerada por experiências atípicas para sua idade e que podem ser ameaçadoras, requerendo mais do que o brinquedo recreativo. A resolução do COFEN 295/2004 Dispõe sobre a utilização da técnica do Brinquedo/Brinquedo Terapêutico pelo Enfermeiro na assistência à criança hospitalizada. Onde: Artigo 1º – Compete ao Enfermeiro que atua na área pediátrica, enquanto integrante da equipe multiprofissional de saúde, a utilização da técnica do Brinquedo/Brinquedo Terapêutico, na assistência à criança e família hospitalizadas. No entanto essa resolução foi revogada pela 546/2017, onde Artigo 1º Compete à Equipe de Enfermagem que atua na área pediátrica, a utilização da técnica do brinquedo/brinquedo terapêutico, na assistência à criança e família hospitalizadas. Parágrafo único A utilização da técnica do brinquedo/brinquedo terapêutico, quando realizada por Auxiliar ou Técnico de Enfermagem, deverá ser prescrita e supervisionada pelo Enfermeiro. Artigo 2° A utilização da técnica do brinquedo/brinquedo terapêutico deverá contemplar as etapas do Processo de Enfermagem com seu devido registro em prontuário, enquanto documento legal, de forma clara, legível, concisa, datado e assinado pelo autor das ações. Artigo 3º – Esta Resolução entra em vigor na data da sua assinatura, revogando- se disposições em contrário, em especial a Resolução Cofen n° 295/2004. 3.1 Objetivos do Brinquedo Terapêutico Criar um ambiente confiante, sem ameaças de maneira natural, ajudando a enfrentar situações estressantes; Compreender as necessidades e os sentimentos da criança; Fornecer orientação, informação e comunicação antes dos procedimentos dolorosos; Trabalhar sentimentos de medo e ansiedade perante os procedimentos invasivos; Evitar ou diminuir alterações comportamentais ou traumas futuros. http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2952004_4331.html AULA 3 : FASES DA CRIANÇA ( DESENVOLVIMENTO ) EXAME FISICO 1. FASES DA CRIANÇA E DESENVOLVIMENTO 1.1 Neonatologia O Conceito de neonatologia foi dado por Pfaundler em 1902. Segundo ele, é o estudo da assistência ao recém- nascido, iniciando-se desde o seu nascimento até o 28° dia de vida. Por mortalidade perinatal entende-se a perda do produto, da concepção até o 7° dia pós-parto. Porém, para entendermos as necessidades dos RNs necessitamos conhecer todo processo de desenvolvimento ainda no útero. 1.2 Fisiologia Fetal Nas primeiras 2 a 3 semanas após a implantação do blastocisto, o feto permanece quase microscópico, mas, a partir daí, o comprimento do feto aumenta proporcionalmente á idade. Em 12 semanas, o comprimento é cerca de 10 centímetros; em 20 semanas, 25 centímetros; e ao termo (40semanas), 53 centímetros. O peso aumenta quase na proporção do cubo da idade do feto. O peso permanece iminuto durante as primeiras 12 semanas e atinge 0,5kg somente em 23 semanas (5 meses e ½) de gestação. Durante o ultimo trimestre da gravidez. O feto ganha muito peso, de maneira que 2 meses antes de nascer, o peso é em media 1,3kg, 1 mês antes de nascer 2,0kg, e ao nascer 3kg. O peso final pode varia entre 2,0 kg e 5,0kg bebes com períodos gestacionais normais. 1.3 Desenvolvimento dos sistemas e órgãos Um mês depois da fertilização do óvulo, os diferentes órgãos do feto já começam a desenvolver suas características mais gerais, e durante os 2 a 3 meses seguintes, os órgãos do feto já são quase iguais do Recém- nascido (RN). Entretanto, o desenvolvimento celular em cada órgão esta longe de estar concluído e requer mais 5 meses de gravidez para que se desenvolvam completamente. Mesmo ao nascer, determinadas estruturas, particularmente o sistema nervoso, os rins e o fígado, ainda carecem de desenvolvimento completo. Sistema circulatório – o coração humano começa a bater durante a 4° semana após a fertilização, contraindo-se a uma frequência de 65 bpm, que vai aumentando gradativamente até cerca de 140 bpm imediatamente antes de nascer. Formação das células sanguíneas – em torna da 3° semana do desenvolvimento fetal, as hemácias nucleadas começam a ser formadas no saco vitelino e nas camadas mesoteliais da placenta. As hemácias não nucleadas começam se formar na 4° e 5° semana. Em 6 semanas, o fígado começa a formar células sanguíneas e, no 3° mês o baço e outros tecidos linfóide começam a formar células sanguíneas. A partir do 3° mês, a medula óssea gradativamente torna-se a principal fonte de hemácias. Sistema respiratório – durante a vida fetal, não há ar suficiente para respirar na cavidade amniótica. Entretanto, tentativas de movimentos respiratórios começam a ocorrer no final do primeiro trimestre de gestação. Estímulos táteis e asfixia fetal causam particularmente essas tentativas de movimentos respiratórios. Durante os últimos 3 e 4 meses de gravidez, os movimentos respiratórios do feto estão basicamente inibidos, e os pulmões permanecem quase inteiramente vazios. Entre 24° e 30° semanas de gestação se inicia a produção de SURFACTANTE, que evita o colapso dos alvéolos, facilita as trocas gasosas e diminui o trabalho respiratório. Os pulmões do feto contêm um liquido produzido pelos próprios pulmões, pela cavidade amniótica e pela traquéia. Sistema nervoso – entre o 3° e 4° mês de gestação a maioria dos reflexos do feto que envolvem a medula espinal e mesmo o tronco cerebral estão presentes. Já a mielinização de alguns dos principais tratos do próprio cérebro só se trona completa depois de cerca de 1 ano de vida pós – natal. Trato gastrointestinal – o feto começa a ingerir e absorver grandes quantidades de liquido amniótico na metade da gestação, e durante os últimos 2 e 3 meses, a função gastrointestinal aproxima-se á de um RN normal. Nessa época pequenas quantidades de MECÔNIO são formadas continuamente no trato gastrointestinal e excretadas pelo ânus no liquido amniótico. Rins – no segundo trimestre de gravidez , os rins começam a excretar a urina fetal, onde representa cerca de 70 a 80% do liquido amniótico, o comprometimento dos rins irá causar o OLIGODRÂMNIO (redução do liquido amniótico) e pode levar ao óbito fetal. Embora os rins formem urina, os sistemas de controle renal que regulam o volume de liquido extracelular e os balanços eletrolíticos, são quase inexistentes no feto até o final da gravidez e só s desenvolvem inteiramente alguns meses após o nascimento. Metabolismo fetal - o feto usa principalmente glicose para obter energia, e tem uma grande capacidade de armazenar gordura e proteínas, sendo que grande parte da gordura é sintetizada a partir da glicose em vez de ser absorvida diretamente do sangue materno. 1.4 Cuidados com o Recém Nascido RN A enfermagem tem papel fundamental durante o período neonatal, que são os primeiros 28 dias após o nascimento. A equipe atua auxiliando na adaptação do recém- nascido á realidade extra-uterina, mantendo a oxigenação, hidratação, nutrição, eliminação, higiene e termorregulação. As primeiras 24horas de vida representam um momento crucial e transformador para o recém – nascido. A equipe de enfermagem precisa conhecer os eventos que marcam essa transição, para ser capaz de conhecer a ocorrência de qualquer anormalidade e intervir rapidamente. Sistema cardiovascular - a circulação fetal faz com que maior parte do sangue seja desviada para fora do fígado e pulmões. Para sobreviver, o recém – nascido precisa converter com sucesso a circulação fetal em neonatal. Sendo assim os desvios de sangue logo após o nascimento sofrem alterações. Essas estruturas fetais que perdem a função após o nascimento são denominadas SHUNTS. Todas sofrem o fechamento funcional e depois de um tempo o fechamento anatômico. Esses shunts podem abrir nesse intervalo entre os fechamentos, quando recém – nascido faz algum esforço muito grande. Essa reabertura pode causar sopros funcionais ou cianose transitória, pois o sangue não oxigenado pode se desviar do circuito pulmonar. O volume sanguineo vai depender da quantidade que foi transferida da placenta após o parto. No RN a termo o volume varia de 80 e 90 ml/kg de peso corporal, enquanto no RN prematuro varia de 90 e 105 ml/kg de peso. Sistema respiratório – ao nascer, o recém – nascido precisa assumir a respiração sozinho, substituindo rapidamente os líquidos pulmonares por ar. Cada respiração aumenta a capacidade residual funcional do RN e a respiração se torna aos poucos mais fácil e natural. O tempo necessário para limpar totalmente os pulmões varia de 6 a 24 horas. Estímulos como luzes brilhantes, toque, barulho e a perda de calor promovem a estimulação do centro respiratório medular, os impulsos nervosos eferentes e a contração diafragmática. Já a compressão torácica e a retração elástica levam á respiração glossofaríngea. Sistema hematopoiético - após o nascimento, a respiração inibe a liberação de eritropoetina e a produção de hemácias é diminuída. A vida útil das hemácias do RN é de 60 a 70 dias, às vezes a diminuição da contagem do período fetal para o nascimento pode resultar em anemia fisiológica antes da estabilização. Entre o 2° e 3° mês de vida a contagem de hemácias se eleva. Os leucócitos são a maior defesa dos RNs contra infecções. clampeamento do cordão umbilical RVS Ducto arterioso Fechamento do forame oval PAE Ducto arterioso deixa de funcionar Sistema hepático - no RN é responsável pela liberação de bilirrubina, pela coagulação sanguínea, pela liberação dos carboidratos e pelo armazenamento de ferro. Apesar de imaturo no neonato, ele funciona adequadamente em condições normais. Coagulação sanguínea nos primeiros dias não há produção de vitamina k o suficiente, o que atrapalha a coagulação. Metabolismo de carboidratos – em condições normais o organismo consegue compensar o consumo de glicogênio e libera gliose o suficiente para manter os níveis a 60mg/dl. Situações como hipoteria, hipóxia e demora na alimentação podem levar á hipoglicemia. Armazenamento de ferro – o fígado contém ferro o suficiente para produzir hemácias até os 6 meses de idade. Sistema renal – o RN geralmente urina dentro de 24 horas após o nascimento. A primeira urina pode ser vermelha escura e conter muco, o que não sinaliza nenhum tipo de problema. A perda de liquido pela urina e fezes, baixa capacidade gástricas e metabolismo alto elevam a uma redução de 5 a 15% do peso nos primeiros dias de vida. Sistema Digestório – apesar de ser imaturo, o sistema digestório do RN tem capacidade de 40 a 60ml no primeiro dia e aumenta á medida que ele se alimenta. A alimentação precisa ser em pequenas quantidades e frequentes, pois a peristalse do neonato é rápida e o esvaziamento gástrico acontece entre 2 a 4 horas. O RN apresenta deficiência de amilase e lípase, o que limita a absorção de carboidratos complexos e gorduras. A amilase volta a ser produzida normalmente em 3 a 6 meses e a lípase, nas primeiras semanas de vida. Sistema imunológico – é deficiente ao nascer, pois no útero o feto não é exposto a microorganismos. Sistema neurológico - não esta totalmente desenvolvido ao nascer, mas é capaz de estimular as respirações iniciais, manter o equilíbrio acidobásico e regular a temperatura corporal. Apresenta reflexões alimentares, protetores, posturais e sociais, que são essenciais á sobrevivência e servem como base para o exame neurológico. Sistema metabólico e endócrino – sofre rápidas transformações durante as primeiras horas de vida, pois o suprimento de oxigênio, nutrientes e eletrólitos, antes realizado pelo cordão umbilical, foi interrompido. O nível de glicose e cálcio sérico sofrem redução significativa, mas estabiliza-se entre 24 e 48 horas. Termorregulação – o neonato tem capacidade termorreguladora limitada, na transição para a vida extra uterina, a temperatura pode cair cerca de 0,3°C por minuto. Assim, em condições normais de parto, a temperatura pode cair 3°C antes que o RN saia da sala de parto. Sistema tegumentar - a pele do RN pode ser avermelhada nas primeiras horas de vida, mas logo assume coloração normal. Vernix caseoso – é uma matéria gordurosa e hidratante que age como isolante térmico e protetor da pele. Lanugem – pêlos finos recobrem toda a área corporal, desaparecendo no 1° mes de vida. Milium sebáceo – pequenos pontos brancos, ao redor das pálpebras e na asa do nariz, desaparecendo com 2 meses. Mancha mongólica – azulada, escura, em região glútea ou lombo sacra, irregular, não é sinal de patologia, tendendo a desaparecer com o tempo. Manchas salmão – são áreas vasculares superficiais encontradas na nuca, nas pálpebras e entre os olhos e o lábio superior. Eritema tóxico – erupção cutânea no RN. Consiste em pequenas pápulas ou pústulas na pele semelhante a “picadas de pulga”. Comum na face, no tórax e nas costas. É transitório, generalizado, muito comum, benigno e idiopático. Ocorre em até 70% dos RNs. Sinal do alerquim – dilatação de vasos sanguineos em apenas um lado do corpo. Nevo flâmeo – também denominada de mancha-de-vinho-do-porto., surge geralmente na face do neonato. Tem coloração vermelho-roxo, é permanente. Nevo vasculoso – também denominado sinal de morango ou hemangioma em morango, é um hemagioma capilar benigno. É elevado, rugoso, vermelho-escuro e bem demarcado encontrado geralmente na região da cabeça. Sistema musculoesquelético – o desenvolvimento ósseo é incompleto no RN, mas prossegue rapidamente após o nascimento. O crânio é formado por 6 ossos finos e desunidos, separados por suturas. As fontanelas, áreas de tecidos moles cobertas com membranas rígidas, separam as suturas. O parto vaginal pode causar sobreposições sendo: Bossa serosa – edema localizado no couro cabeludo que ocorre devio a pressão do processo do parto. Clinicamente mostra-se com uma tumefação que não respeita as linhas de sutura. Desaparece em até 3 dias. Cefalematoma – derrame sanguíneo localizado abaixo do periósteo do crânio do RN. Resulta da ruptura dos vasos durante o parto. A tumefação não atravessa as linhas de sutura e é mais firme ao toque que uma área edemasiada. Surge geralmente no 2° ou 3° dia após o nascimento e desaparece em semanas. Moldagem – consiste na forma alongada da cabeça do feto para ajustar- se á passagem ao longo do canal do parto. Resolve em uma semana sem intervenção. Microcefalia – circunferência da cabeça com mais de 2 desvios padrão abaixo da media ou inferior a 10% dos parâmetros normais para a idade gestacional. Macrocefalia – circunferência da cabeça superior a 90% da media normal, tipicamente relacionada a hidrocefalia. Fontanelas grandes – tamanho superior a 6 cm no diâmetro interosseo anterior ou superior a 1 cm de diâmetro na fontanela posterior. 2. CUIDADOS IMEDIATOS COM O RN A avaliação inicial ao RN é realizada na sala do parto para determinar se o neonato é estável o suficiente para permanecer com os pais ou se há necessidade de reanimação ou intervenções imediatas, através da escala de Ápgar. Sinal 0 1 2 1 min 5min 1omin 15min 20min Frequênci a Cardíaca Ausente <100bpm >100bpm Esforço Respiratór io Ausente Irregular Regular Tônus Muscular Flacidez tota Alguma flexão extremida des Boa moviment ação Irritabilid ade Reflexa Ausente Alguma reação Espirros Cor Cianose/ palidez cutânea Corpo róseo Extremid ades cianóticas Corpo e extremida des róseos 7 a 10 pontos: o RN está em bom estado. 4 A 6 pontos: pode apresentar depressão moderada do sistema nervoso central, alguma flacidez muscular, cianose e esforço respiratório fraco. 0 a 3 pontos: é necessário a ressuscitação imediata. O RN está em estado grave. 2.1 Prevenção da perda de calor Secar todo o corpo do RN imediatamente após o parto, Pré aquecer o berço e a roupa de cama no berço aquecido, Colocar o RN em berço aquecido, sob fonte de calor radiante, Remover todos os campos úmidos, Sempre aquecer o estetoscópio antes de utilizar no RN, Verificar temperatura de qualquer superfície antes de colocar o RN, Colocar o berço do RN fora do alcance das correntes de ar, Cobrir o RN com manta aquecida antes de transportá-lo para qualquer lugar, Retardar o banho até que a temperatura esteja estabilizada, Durante exame físico, manter descoberta apenas a parte avaliada, Colocar gorro no RN na sala de parto. 2.2 Medicações administradas Vitamina K Nitrato de prata 1% “credeização” 2.3 Avaliação e exame físico do RN Sinais vitais - devem ser verificados a cada 15 minutos na primeira hora de vida. Caso mantenham-se estáveis, devem ser verificados a cada hora nas próximas 6 horas e depois uma vez a cada 8 horas até a alta. TEMPERATURA 36,4°C e 37,2°C FR 30 e 6 irpm FC ao nascer 100 e 180 bpm FC RN estabilizado 120 e 140bpm PA 50 e 75 (sistólica) 30 e 45 (diastólica) Medidas antropométricas – são muito importantes, pois caso estejam anormais podem indicar um problema significativo na saúde do RN. Á TERMO PRÉ-TERMO PÓS-TERMO PESO 2.500 e 4.000gramas <2.500gramas 4.000gramas COMPRIMENTO 45 e 53 cm 47 cm 52 cm PERIMETRO TORÁCICO 30 e 33 cm - - PERIMETRO CEFALICO 34 e 35 cm 33 cm - Avaliação dos reflexos Todos os RNs apresentam uma sequência de períodos marcados por características comportamentais e fisiológicas previsíveis. VÍDEO 3 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA ESTAGIO DE DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO IDADE CRESCIMENTO DESENVOLVIMENTO Até 1 anos Rápido, o peso ao nascer dobra aos 6 meses e triplica aos 12 meses Apresenta respostas a diversos reflexos, Fortalecimento da relação entre criança e os pais, Criação de laços afetivos, Estabelece ritmos próprios de sono, alimentação e excreção, Alcança, segura e manipula objetos, Passa de receptor de estímulos a participante ativo. Até dois anos Continua rápido, o peso do nascimento quadruplica, a aparência da barriga é volumosa. Primeiros assos, Maior exploração do meio ambiente, Aquisição da linguagem, primeiras trocas sonoras, Abrem portas, Conseguem chutar. 2 a 6 anos Crescimento mais lento, 5 a 6 centímetros por ano, crescimento principalmente dos ossos longos, aparência longilínea. Aprimoramento das habilidades adquiridas (comunicação, manuseio de objetos) Anda e corre com segurança, Consegue arremessar, escrever, desenhar, Participa de jogos simbólicos, Consegue brincar sozinha. 6 a 12 anos Tamanho e proporção do corpo igual para os dois sexos, crescimento continuo dos ossos longos, dentes de leite substituídos elos permanentes. Desenvolvimento continuado das habilidades físicas, Capacidade motora fina, Maior senso de realização. 3.3 Avaliação da criança A criança deve ser avaliada com coleta de histórico de saúde e exame físico sempre que for atendida em consultas de acompanhamento ou no momento da internação hospitalar. Histórico - respondido pelos pais na maioria das vezes inclui: antecedentes familiares e condições socioeconômicas, antecedentes pessoais da criança(pré-natal, período pós-natal, imunização, crescimento e desenvolvimento, doenças que a criança já apresentou, hábitos de sono e repouso, alimentação, higiene, eliminações, recreação e rotina diária, queixa principal e história da doença atual. Exame físico – realizar na ordem cefalo-caudal, procurar deixar a criança o mais a vontade possível e deixar áreas dolorosas por ultimo. Medidas antropométricas PESO Crianças até 2 anos utilizar balança para bebes Crianças acima de 2 anos balanças para adultos. ESTATURA Crianças até 2 anos, medir na tabua de medida Crianças acima de 2 anos, medir a altura com régua. PPERÍMETRO CEFÁLICO Crianças até 2 anos, medir em cada consulta de puericultura. Crianças de 2 a 6 anos, deve ser feito uma vez ao ano. PERIMETRO TORÁCICO - PERIMETRO ABDOMINAL - Sinais Vitais FR Até 1 ano 30irpm 1 a 2 anos 25-30 irpm 2 a 8 anos 20-25 irpm 8-12 anos 18-20 irpm A partir dos 12 anos 14 -18 irpm FC Até 1 anos 120 – 160 bpm 1 a 2 anos 90 – 140 bpm 3 a 6 anos 80 – 110 bpm 6 a 10 anos 75 -100bpm TEMPERATURA 36°C – 37°C Pele, unhas e cabelos A pele deve ser avaliada quanto a coloração, textura, temperatura e turgor. Observar presença de lesões. As unhas devem ser avaliadas quanto á implantação, textura, formato, cor e presença de lesões. Nos cabelos, deve-se observar a coloração, textura, higiene, qualidade e distribuição. Linfonodos Deve-se sempre ser avaliados junto com a parte do corpo que esta sendo examinada, de acordo com a localização. Deve-se observar tamanho, moilidade, temperatura e dor á palpação. Se dolorosos, aumentados ou quentes podem indicar infecção ou inflamação. Cabeça e pescoço Devem ser avaliados quanto ao formato geral e simetria. A amplitude de movimentos deve ser observada e o crânio deve ser palpado para avaliar suturas, fontanelas e possíveis fraturas. Devem ser avaliados também, os olhos, nariz, boca e garganta. Tórax Deve ser avaliado rigorosamente quanto a tamanho, formato, simetria, movimento, desenvolvimento mamário e pontos ósseos principais. Pulmões: Inspeção, Ausculta: e percussão. Coração: Inspeção, ausculta e Palpação Abdome: Inspeção, Ausculta e Palpação. Genitália masculina – deve ser avaliada quanto á glande e corpo do penis, prepúcio, meato uretral, escroto e distribuição de pelos. Genitália Feminina – deve ser avaliada quanto á região inguinal, pequenos e grandes lábios, meato uretral, tamanho do clitóris, óstio vaginal e hímen. DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA Distúrbios Gastrointestinais na Infância O sistema digestório da criança pode ser considerado imaturo. O estômago, por exemplo, muda o tamanho e forma á medida que a criança cresce e os hábitos intestinais variam de acordo com idade, tipo de alimentação e velocidade do peristaltismo. Algumas alterações podem acontecer na infância e a enfermagem precisa estar sempre atenta para prevenir complicações que possam comprometer a vida e o bem-estar dos pacientes. Desnutrição: causado pela deficiência concomitante de calorias e proteínas, que acomete com frequência neonatos e crianças e causa comprometimento do peso e do crescimento. Os principais fatores predisponentes da doença são: Má absorção de alimentos oferecidos de forma correta; Ingestão impropria de alimentos, tanto em qualidade quanto em quantidade, Baixo nível socioeconômico, que leva á baixa oferta de alimentos; Baixo nível educacional e cultural de quem cuida da criança; Privação afetiva. A desnutrição pode ser classificada em: Primária: causada pela diminuição da oferta de alimentos, Secundária: causada pela absorção insatisfatória de alimentos, mesmo quando a oferta é adequada, Mista: causada pela ação dos dois processos, pois a desnutrição primária acaba levando á má absorção de alimentos, causando um ciclo vicioso. Casos mais graves são marasmo, kwashiorkor e marasmo - kawashiorkor. Kwashiorkor: Desnutrição predominante protéica. Marasmo: Desnutrição energético-protéica equilibrada. Kwashiorkor-marasmático: Forma mista, em que existe a desnutrição energética e a protéica, porém desequilibrada. Kwashiorkor É mais frequente em crianças menores de 5 anos e apresenta como características básicas: edema, diarréia, descamação da pele, despigmentação do cabelo, apatia, tristeza, face de lua. Ocasiona diminuição da proteína em diversos setores do organismo: sangue, tecidos periféricos, músculos, fígado e outras vísceras. Marasmo A deficiência de crescimento é acentuada, bem como a de peso, a atrofia muscular, a ausência de gordura subcutânea e a caquexia. Apresenta face de idoso e pele enrugada. Normalmente são crianças irritadiças. Proteínas plasmáticas normais, ou levemente diminuídas. Kwashiorkor-marasmático A mistura marasmo-kwashiorkor apresenta sintomas comuns a ambos. Em todos os casos, as crianças tendem a desenvolver diarréia, infecções e múltiplas deficiências de nutrientes. Tratamento: adequação da dieta, prevenção e controle de infecções, estímulo ao desenvolvimento, educação e suporte para as famílias. Diarreia: é a perda aumentada de água e eletrólitos nas fezes, provocada por um agente infeccioso (vírus, bactéria ou protozoário), causando mudanças bruscas no hábito intestinal. Sintomas: aumento do volume e frequência das evacuações, diminuição da consistência das fezes, vômitos e febre. Classificada como: Aguda: dura menos de 2 semanas. Persistente: duram entre 14 dias ou mais. Com sangue: Desinteria. As principais complicações da diarreia são a desidratação e desnutrição, que podem ser fatais. Os agentes causadores da diarreia com desidratação na primeira infância: Virus: Rotavírus, adenovírus. Bactérias: shigella, salmonela, escherichia coli, yersínia enterocolitica, vibrio cholerae, Parasitas: E. histolytico, Giardia lambia, Ascaris. Tratamento: tem por objetivo manter ou recuperar o equilíbrio hidroeletrolítico e nutrição adequada. Para se determinar o tipo de tratamento, é necessário classificar e investigar o tipo de diarreia, além de avaliar o estado de hidratação seguindo o seguinte roteiro: examinar se acriança está letárgica ou inconsciente, inquieta ou irritada, observar se os olhos estão fundos, observar se a criança bebe mal ou não consegue beber ou se bebe avidamente, com sede, pesquisar, através do sinal de prega, se a pele volta lentamente ou muito lentamente (mais de 2 segundos). O tratamento para a desidratação da criança com diarreia deve ser baseado pela assistência preconizada pelo Ministério da saúde no AIDPI – Atenção integral as doenças prevalentes na infância. Para cada estado de desidratação há uma abordagem adequada, que são os planos A, B e C. PLANO A – CRIANÇA COM DIARREIA E SEM SINAIS DESIDRATAÇÃO O tratamento deverá ser realizado em casa, após orientação da equipe de saúde. A família deve ser instruída a fornecer líquidos adicionais, inclusive Soro de Reidratação Oral (SRO), conforme aceitação da criança; oferecer líquidos adicionais sempre que a criança evacuar; reconhecer sinais de desidratação e piora do quadro; procurar atendimento em caso de sinais de piora; retornar ao serviço de saúde em até 2 dias, caso o mesmo quadro persista. PLANO B - CRIANÇA COM DIARREIA E DESIDRATAÇÃO O tratamento deverá ser realizado no hospital ou posto de saúde, com Terapia de Reidratação Oral, durando cerca de 4 horas. As seguintes orientações devem ser seguidas: os lactentes devem continuar recebendo apenas leite materno, as crianças maiores devem permanecer em jejum durante a reidratação, retornando a alimentação quando voltar para casa, a criança deve receber de 50 a 100ml de SRO por kg, em 4 horas, em intervalos de 15 a 20 minutos, a equipe de saúde deve observar a criança constantemente e pesá-la a cada duas horas, não administrar antiemeticos para vômitos, pois a criança pode se tornar sonolenta, dificultando a ingestão do soro, os sinais e sintomas devem aparecer nas 4 horas, se ao final do tratamento a criança estiver melhor e hidratada, pode ter alta para casa e os pais devem seguir as orientações do plano A, se houver piora no estado da criança, deve-se suspender o TRO e iniciar o plano C. PLANO C – CRIANÇA COM DIARREIA E DESIDRATAÇÃO GRAVE O tratamento deverá necessariamente ser realizado no hospital, com reidratação por via endovenosa. Pesar a criança sem roupa, administrar via endovenosa uma solução de soro glicosado e soro fisiológico, em proporções iguais, a 100 ml/kg, durante 2 horas, o acesso EV deve ser calibroso para infusão rápida, oferecer SRO assim que a criança conseguir beber, se for lactente, oferecer leite materno, reavaliar o estado de hidratação da criança a cada 30 minutos. Após 2 horas, escolher Plano A, B ou plano C para continuidade do tratamento. Cuidados de enfermagem Avaliar o volume, frequência e coloração da urina e das fezes, Pesar as fraldas para avaliar as perdas (em caso de bebes), Avaliar a frequência, volume e tipo de vômito, Observar as condições da pele, coloração, temperatura, turgor e presença de edema, Controlar o peso corporal, Favorecer a hidratação oferecendo líquidos constantemente. Infecções do trato respiratório Podem ocorrer em qualquer parte do aparelho respiratório, como nariz, garganta, laringe, traqueia, brônquios ou pulmões podendo ser causada por vírus, fungos ou bactérias. Faringite Aguda: Inflamação ou infecção na garganta, geralmente causando os sintomas de uma dor na garganta. Sinais e sintomas: tonsilas e membrana faríngea de cor vermelha intensa, folículos linfoides edemaciados e salpicados com exsudato branco-purpúreo, linfonodos cervicais hipertrofiados e dolorosos e sem tosse, podem estar presente febre, indisposição e dor de garganta. Faringite Crônica: Inflamação persistente da faringe. Cuidados de enfermagem Oferecer alimentos quentes e macios, como sopas, bebidas mornas e chás, mais vezes e em menor quantidade, Oferecer água e criar ambiente úmido (com vapores ou umidificadores), Realizar cuidados que visem ao conforto do paciente, Verificar sinais vitais, em especial a temperatura, Realizar medicação conforme prescrição médica. Sinais e sintomas: sensação de irritação ou congestão na garganta, muco que se coleta na garganta e pode ser expelido por tosse, dificuldade de deglutição. Rinite: Distúrbio caracterizado por inflamação e irritação das mucosas do nariz. Sinais e sintomas: rinorreia, congestão nasal, secreção nasal, prurido nasal, espirros e cefaleia quando existe sinusite. Sinusite Aguda: Infecção dos seios paranasais. Sinais e sintomas: dor facial ou pressão sobre a área sinusal afetada, obstrução nasal, fadiga, secreção nasal purulenta, febre, cefaleia, plenitude e dor no ouvido, tosse, sensação de olfato diminuído, dor de garganta, edema palpebral ou plenitude ou congestão nasal. Sinusite crônica: persiste mais de 2 semanas na criança. Sinais e sintomas: depuração mucociliar e ventilação prejudicda, tosse, rouquidão crônica, cefaleias crônicas na área periorbital e dor facial, fadiga e obstrução nasal, diminuição do olfato e no paladar e plenitude nos ouvidos. Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Causada por agente microbiano (clamídias, fungos, parasitas e vírus). Sinais e sintomas: febre alta, tosse, dor no tórax, alterações da PA, confusão mental, falta de ar, secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada, toxemia prostração. Asma: doença inflamatória crônica das vias aéreas. Sintomas: sibilancia recorrente, tosse com agravamento noturno, sensação de aperto no peito e dificuldade respiratória recorrente. Bronquiolite: Inchaço e acumulo de muco nos bronquíolos. Sintomas: cianose, dificuldade para respirar, incluindo chiado no peito e fata de ar, tosse, fadiga, febre, retrações intercostais e taquipneia. Fibrose Cística Também conhecida por mucoviscidose, é uma doença crônica e genética causada por distúrbios nas secreções de glândulas produtoras de muco, que se torna muito mais viscoso. Ocorre o acumulo de muco nas vias aéreas. Tal acumulo pode se tornar um meio de cultura excelente para bactérias e fungos na arvore brônquica. A fibrose cística pode levar a infecções nos pulmões, fator que torna a doença muito grave. além disso, pode afetar o sistema digestório e outras glândulas secretoras, causando danos ao pâncreas, fígado e sistema reprodutor. Sintomas: os iniciais são respiração sibilante e tosse seca não produtiva, com o decorrer do tempo, a obstrução causada pelo excesso de muco leva á dispneia progressiva, o que deixa o tórax com o formato semelhante a um barril, apresentando ainda episódios recorrentes de pneumonia. Tratamento: é inespecífico e inclui dieta hipercalórica, hiperproteica e hipolipidica, com reposição de enzimas pancreáticas para atenuar ou prevenir complicações gastrointestinais. Fisioterapia respiratória, com estímulos da tosse e remoção das secreções, além de terapia inalatória intermitente durante os episódios agudos. Cuidados de enfermagem: Observar presença de complicações da pneumonia, tais como cianose e toxemia, Realizar ausculta pulmonar cuidadosa, observando creptações, Desencorajar a automedicação, principalmente com antibiótico, Monitorar os sinais vitais, em especial temperatura e respiração, Manter a criança aquecida, Aplicar oxigenioterapia conforme prescrição, Tratar a febre com compressas de água fria nas regiões axilares e na região inguinal, Oferecer líquidos para prevenir a desidratação Distúrbios inflamatórios Apendicite aguda: Inflamação do apêndice vermiforme, que constitui-se em saco de fundo cego localizado no ceco. A perfuração do apêndice pode acontecer em até 48 horas após o início dos sintomas. Sinais e sintomas: Dor no quadrante abdominal inferior direito, Febre, Abdome rígido, Sons intestinais reduzidos ou ausentes, Vômitos Constipação ou diarreia, Anorexia, Taquicardia, Respiração rápida e superficial, Palidez Letargia. Irritabilidade e Postura inclinada (de proteção). Epidemiologia Crianças de ambos os sexos são geralmente acometidas antes da puberdade; A idade média de crianças com apendicite é de 10 anos; Aproximadamente 1/3 dos casos envolvem um apêndice já perfurado. Avaliação Diagnóstica Clínico: História e exame físico; Hemograma completo; Exames de urina; Ultrassonografias; Tomografias. Conduta terapêutica Tratamento cirúrgico (Apendicectomia). Cuidados de enfermagem Avaliar a intensidade da dor abdominal; Identificar as alterações de comportamentos; Orientar criança e pais sobre a doença e os cuidados pós operatórios; Realizar curativos diariamente, atentando para os cuidados na presença de drenos. Assistência de enfermagem Pré operatório Tranquilize os pais e a criança quanto a importância da cirurgia para alivio da dor, Explique sobre a cirurgia e responda todas as perguntas, Enquanto aguarda a cirurgia colocar o cliente em posição de Fowler para atenuar a dor. Pós- Operatório Monitore os sinais vitais nas primeiras 6 horas, Anote a ingesta e perda durante dois dias após a cirurgia, Ausculte o abdômen, Examine regularmente o curativo, Em casos de dreno verifique e anote o volume e suas características, Estimule a deambulação dentro das 12 horas após a cirurgia, Avalie cuidadosamente para detectar casos de peritonite. REFERÊNCIAS Brasil. ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA: ACÕES BÁSICAS. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1984. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988. BRASIL. Lei 8069 em 13 de Julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. BRASIL. RDC nº50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimento assistenciais de saúde. Brasília, 2002. Disponível em:< http://www.redeblh.fiocruz.br/media/50_02rdc.pdf>. Acesso em 02 nov 2017. BRANDÃO, Camila Flávia Franco. Enfermagem, Pediatria e Neonatologia. São Paulo, DCL, 2012. Cap. 2 p. 59, 60,61,62. GUYTON, Arthur & HALL, Jhon.. Tratado de Fisiologia Médica. MARTINS, Raquel de Oliveira & SHENEVIZ, Jane Moura Enfermagem em Neonatologia. 11 ed. ELSEVIER, 2006. Cap. 1. P. 29, 30 e 33. HOFFMANN, M. V. Abordagem assistencial à criança hospitalizada: perspectiva da equipe de enfermagem. Tese (Doutorado em Enfermagem) - UFRJ, EEAN. 2012. PEREIRA, Júnia Sales. HISTÓRIA DA PEDIATRIA NO BRASIL DE FINAL DO SÉCULO XIX A MEADOS DO SÉCULO XX. 2006. 206 f. Tese (Doutorado)- Programa de PósGraduação do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais, 2006. Disponível em:< http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/VCSA- 6X6KSN/tese_doutorado_junia.pdf?sequence=1>. Acesso em 02 nov 2017. ROCHA, Marcia Matos Brandão. Detalhes Arquitetônicos em Unidades de Internação Pediátrica. 2008. 50f. 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Comportamento do pessoal de enfermagem na admissão da criança ao hospital.Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo, v.18, n. 3, p. 235-253,1984. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v18n3/0080-6234-reeusp-18-3- 235.pdf>. Acesso em 9 nov 2017. SANTOS, Elizane Regina. et al. Assistência de Enfermagem em Unidade Pediátrica: Uma Proposta de Início de Sistematização. Rev.Esc.Enf. USP, v.31, n.1, p. 36-50, abr. 1997. Disponível em:< http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/371.pdf>. Acesso em 10 nov 2017. VIANA, Dirce Laplaca. et al. Manual de Procedimentos em Pediatria. São Caetano do Sul, YENDIS, 2008. http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v18n3/0080-6234-reeusp-18-3-235.pdf http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v18n3/0080-6234-reeusp-18-3-235.pdf http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/371.pdf
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