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1 Pós de Enfermagem em Saúde da Mulher Disciplina: Consulta Ginecológica Docente Emmanoela de Almeida Paulino Lima Mestre em Modelos de Decisão em Saúde – UFPB Pós-Graduada em Saúde da família Pós-Graduada em Obstetrícia Bacharel em Enfermagem 2 3 Consulta Ginecológica Humanização e acolhimento à mulher Humanização na saúde significa a valorização da qualidade técnica e ética do cuidado, aliada ao reconhecimento dos direitos do(a) usuário(a), de sua subjetividade e referências culturais, garantindo respeito às questões de gênero, etnia, raça, situação econômica, orientação sexual, e a grupos populacionais como indígenas, trabalhadores, quilombolas, ribeirinhos, assentados e população em situação de rua. 4 No contexto da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS – HumanizaSUS, compreende-se como humanização a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde. Os valores que norteiam essa política são a autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a cor-responsabilidade entre eles, os vínculos solidários e a participação coletiva nas práticas de saúde 5 Humanização e acolhimento à mulher Contexto da mulher no cenário brasileiro • As mulheres representam 51,03% da população brasileira. • As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais frequentemente. • A vulnerabilidade feminina diante de certas doenças e causas de morte está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade que a situação com fatores biológicos. 6 Sistema reprodutor feminino ❖Os órgãos genitais femininos são incumbidos da produção dos óvulos, e depois da fecundação destes pelos espermatozoides, oferecem condições para o desenvolvimento até o nascimento do novo ser. ❖Os órgãos genitais femininos consistem de um grupo de órgãos internos e de órgãos externos. 7 Sistema reprodutor feminino ÓRGÃOS INTERNOS: Ovários - Tubas uterinas - Útero - Vagina ÓRGÃO EXTERNO - Vulva 8 Sistema reprodutor feminino 9 ÓRGÃO EXTERNO A vulva é a parte externa dos órgãos genitais femininos. A vulva inclui a abertura da vagina, os lábios maiores, os lábios menores e o clitóris. Externamente é revestida por pêlos pubianos. Sistema reprodutor feminino 10 ÓRGÃOS INTERNOS Ovários: responsáveis pela produção dos hormônios sexuais da mulher, o progesterona e o estrogênio. Nos ovários também são armazenadas as células sexuais femininas, os óvulos. Tubas uterinas :unem os ovários ao útero. Sistema reprodutor feminino 11 ÓRGÃOS INTERNOS Útero: acomodar o feto até o nascimento do bebê. A mucosa uterina é chamada de endométrio, que passa por um processo de descamação durante o período da menstruação. Vagina: órgão sexual feminino A consulta ginecológica ✓A consulta do(a) Enfermeiro(a) deve ser realizada de forma sistemática a partir da empatia para com a mulher sob seus cuidados, a fim de alcançar resultados que favoreçam a monitorização quanto à manutenção de sua saúde e resolutividade de potenciais demandas. ✓Durante toda a abordagem ginecológica, a mulher deve ter liberdade para formular questões e receber orientações. 12 Preparação de cada consulta ✓Não ter relações sexuais (mesmo com camisinha) e evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais, nas 48 horas anteriores à realização do exame ginecológico; ✓No dia do exame, não deve estar menstruada; ✓Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame ginecológico, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê 13 Atitudes para com a mulher ✓Criar um ambiente acolhedor e comportar-se com cortesia; ✓Respeitar a privacidade a fim de promover o conforto e diminuir a tensão durante o exame; ✓Orientar sobre o procedimento, buscando esclarecer dúvidas e reduzir a ansiedade e o medo; ✓Orientar para o esvaziamento vesical antes de iniciar o exame, pois a distensão vesical dificulta o exame dos órgãos pélvicos para o examinador, trazendo incômodo para a mulher examinada; ✓Fornecer à mulher roupa adequada ao exame; 14 Atitudes do profissional examinador ✓Lavar as mãos; ✓Preencher a ficha de requisição laboratorial (Papanicolau) e etiqueta de identificação de recipiente e lâmina; ✓Preparar o material e equipamento necessários; ✓Respeitar as normas da técnica asséptica; ✓Manter a área a ser examinada descoberta e com iluminação adequada; ✓Agir com segurança; ✓Posicionar-se sentado(a) para realização da inspeção e do exame especular 15 Consulta Anamnese Exame físico Exame específico 16 Parte 1 - COLETA DE DADOS Entrevista Será realizada antes de colocar a mulher na mesa ginecológica 1. Identificação; 2. Razão da consulta; 3. História atual de saúde; 4. Antecedentes clínicos e revisão dos sistemas; 5. Antecedentes familiares; 6. Antecedentes ginecológicos e planejamento reprodutivo; 7. Antecedentes obstétricos; 8. História sexual 17 Parte 1 - COLETA DE DADOS IDENTIFICAÇÃO • Nome; • Número do Cartão Nacional de Saúde- SISPRENATAL; • Idade; • Cor; • Naturalidade; • Procedência; • Endereço atual; • Unidade de referência 18 Parte 1 - COLETA DE DADOS Razão da consulta História atual de saúde 19 Parte 1 - COLETA DE DADOS ANTECEDENTES PESSOAIS : • Hipertensão arterial crônica; • Diabetes mellitus; • Doenças renais crônicas; • Anemias; • Desvios nutricionais ; • Epilepsia; • Doenças da tireoide e outras endocrinopatias; • Viroses (rubéola, hepatites); • Portadora de infecção pelo HIV; • Infecção do trato urinário; • Doenças neurológicas e psiquiátricas; • Cirurgia (tipo e data); • Transfusões de sangue; • Alergias (inclusive medicamentosas); • Vacinação; • Uso de medicamentos; • Uso de drogas, tabagismo e alcoolismo. 20 Parte 1 - COLETA DE DADOS ANTECEDENTES FAMILIARES • Hipertensão arterial; • Diabetes mellitus; • Malformações congênitas e anomalias genéticas; • Gemelaridade; • Câncer de mama e/ou do colo uterino; • Hanseníase; • Tuberculose; • Doença de Chagas; • Parceiro sexual portador de infecção pelo HIV. 21 Parte 1 - COLETA DE DADOS ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS: • Ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade; idade da menarca); • Uso de métodos anticoncepcionais prévios (quais, por quanto tempo e motivo do abandono); • Infertilidade e esterilidade (tratamento); • Doenças sexualmente transmissíveis; • Cirurgias ginecológicas (idade e motivo); • Malformações uterinas; • Mamas (patologias e tratamento realizado); • Última colpocitologia oncótica (papanicolau ou “preventivo”, data e resultado). 22 Parte 1 - COLETA DE DADOS SEXUALIDADE • Início da atividade sexual (idade da primeira relação); • Dispareunia (dor ou desconforto durante o ato sexual); • Prática sexual na gestação atual ou em gestações anteriores; • Número de parceiros da gestante e de seu parceiro em época recente ou pregressa; • Uso de preservativos masculinos e/ou femininos (“uso correto” e “uso habitual”) 23 Parte 1 - COLETA DE DADOS ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS • Número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez ectópica, mola hidatiforme); • Número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais espontâneos, por fórceps, cesáreas – indicações); • Número de abortamentos (espontâneos, provocados, causados por DST, complicados por infecções, relato de insuficiência istmo-cervical, história de curetagem pós- abortamento); 24 25 Lembrete! Antecedentes obstétricos: GESTA PARA ABORTO NÚMERO DE GESTAÇÕES NÚMERO DE PARTOS NÚMERO DE ABORTO COLOCADO EM ALGARISMO ROMANO ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS (cont.) • Número de filhos vivos; • Idade na primeira gestação; • Intervalo entre as gestações (em meses); • Número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500g) e com mais de 4.000g; • Mortes neonatais precoces: até sete dias de vida (número e motivo dos óbitos); • Mortes neonatais tardias: entre sete e 28 diasde vida (número e motivo dos óbitos); • Natimortos (morte fetal intraútero e idade gestacional em que ocorreu); • Intercorrências ou complicações em gestações; • Complicações nos puerpérios (deve-se descrevê-las); • Histórias de aleitamentos anteriores (duração e motivo do desmame). 26 Parte 1 - COLETA DE DADOS GESTAÇÃO • Data do primeiro dia/mês/ano da última menstruação • DUM (anotar certeza ou dúvida); • Peso prévio e altura; • Sinais e sintomas na gestação em curso; • Hábitos alimentares; • Medicamentos utilizados na gestação; • Internação durante a gestação atual; • Hábitos: fumo (número de cigarros/dia), álcool e drogas ilícitas; • Ocupação habitual (esforço físico intenso, exposição a agentes químicos e físicos potencialmente nocivos, estresse); • Aceitação ou não da gravidez pela mulher, pelo parceiro e pela família, principalmente se for adolescente; • Identificar gestantes com fraca rede de suporte social; • Cálculo da idade gestacional e data provável do parto. 27 Parte 1 - COLETA DE DADOS IDADE GESTACIONAL DUM CONHECIDA DUM DESCONHECIDA 28 IDADE GESTACIONAL • Exemplo: • DUM = 02/06/2010 • data da consulta = 14/07/2010 • 28 dias junho + 14 dias de julho • 42 dias/7 = 6 semanas. 29 EXAME FISICO GERAL ESPECÍFICO EXAME FISICO 30 EXAME FÍSICO GERAL: ➢Sinais vitais ➢Inspeção da pele e das mucosas; ➢Palpação da tireoide , região cervical, supraclavicular e axilar (pesquisa de nódulos ou outras anormalidades); ➢Ausculta cardiopulmonar; ➢Exame do abdome; ➢Exame dos membros inferiores; ➢Determinação do peso; ➢Determinação da altura; ➢Cálculo do IMC; ➢Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional; ➢Pesquisa de edema (membros, face, região sacra, tronco). 31 3,24 80 24,69 32 33 34 PROBLEMAS RELACIONADOS À MENSTRUAÇÃO MENSTRUAÇÃO 35 • A menstruação representa o início da vida fértil de uma mulher, isto é, o período em que a mulher já pode engravidar. • Perda de sangue que ocorre periodicamente. • Devido a estímulos hormonais, a superfície do endométrio se rompe e é excretada pela vagina, sob a aparência de um fluido de sangue. https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.fetalmed.net%2F5-coisas-pra-observar-no-seu-ciclo-menstrual%2F&psig=AOvVaw0_HVda5yW75EUvTqKXTYp4&ust=1668999973552000&source=images&cd=vfe&ved=0CBAQjRxqFwoTCIj5psbju_sCFQAAAAAdAAAAABAT CICLO MENSTRUAL • O ciclo menstrual é o período entre o início de uma menstruação e outra. • Esse período dura, em média, 28 dias, mas pode ser mais curto ou mais longo. • A primeira menstruação chama-se “menarca” e na maioria das vezes, ocorre entre os 12 e os 13 anos. • Por volta dos 50 anos, fase é chamada de "menopausa", o óvulos se esgotam e cessam as menstruações e a fertilidade da mulher. 36 CICLO MENSTRUAL 37 Os hormônios responsáveis são o folículo- estimulante, o luteinizante, o estrogênios e a progesterona. CICLO MENSTRUAL 38 1ª Fase Proliferativa: o estrogênio promove a proliferação das células do estroma e das células epiteliais, dobrando ou triplicando a espessura do endométrio, aumenta vasos sanguíneos e desenvolve glândulas exócrinas. CICLO MENSTRUAL 39 2ª Fase Secretora: ocorre aumento da secreção de estrogênio e progesterona que promove a proliferação celular, proporciona intumescimento e desenvolvimento da secreção do endométrio. Essas alterações torna o endométrio secretor e propício para receber e nutrir o óvulo fertilizado. CICLO MENSTRUAL 40 3ª Fase Menstruação: no final do ciclo ovariano, há uma redução brusca e rápida nos níveis de estrogênio e progesterona, ocasionando a menstruação. ALTERAÇÕES DO CICLO MENSTRUAL Amenorreia Dismenorreia Tensão Pré- Menstrual Sangramento Uterino Anormal Síndrome dos Ovários Policísticos 41 AMENORREIA ▪ A amenorreia é ausência da menstruação; ▪ Pode ser primária ou secundária; o A amenorreia primária (antes da menarca) o Amenorreia secundária é a cessação das menstruações após terem começado. 42 AMENORREIA ▪ Causas mais comuns: o Gestação o Atraso constitucional da puberdade o Distúrbios alimentares ou estresse o Uso contraceptivos orais, antidepressivos ou antipsicóticos o Aleitamento materno o Síndrome do ovário policístico 43 AMENORREIA TRATAMENTO ▪ É direcionado para a doença de base; ▪ Problemas associados à amenorreia pode incluir: ▪ Indução da ovulação, se houver desejo de engravidar ▪ Tratar os sintomas e efeitos a longo prazo da deficiência de estrogênio (p. ex., osteoporose, doenças cardiovasculares) ▪ Tratar os sintomas e controlar os efeitos a longo prazo do excesso de estrogênio (p. ex., sangramento prolongado) 44 SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL 45 ▪ O sangramento uterino anormal (SUA) abrange os sangramentos provenientes do útero; ▪ Por exemplo, sangramentos relacionados com a gravidez, distúrbios de coagulação, alterações anatômicas uterinas e hemorragia uterina disfuncional, entre outros. ▪ Podemos dividi-lo em: ➢ Sangramento de origem orgânica ➢ Sangramento de origem hormonal. • CAUSAS Complicações da gravidez ➢ Abortamento ➢ Doença trofoblástica gestacional ➢ Gravidez ectópica Alterações hormônios ➢ Anovulação ➢ Imaturidade hipotâmica ➢ Estresse 46 SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL • CAUSAS Doença sistêmicas ➢ Hipotireoidismo ➢ Hipertireoidismo ➢ Insuficiência renal ➢ Cirrose hepática Alterações anatômicas ➢ Miomas submucosos ➢ Pólipos endometriais 47 SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL DIAGNÓSTICO • LABORATORIAIS ▪ FSH/LH/PRL ▪ Hemograma/Coagulograma ▪ Esfregaço cervico-vaginal • IMAGEM ▪ Ultrassonografia • INVASIVOS ▪ Histeroscopia ▪ Biópsia de endométrio 48 SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL • TRATAMENTO • OBJETIVOS ▪ Controlar o sangramento ▪ Prevenir a recorrência ▪ Preservar a fertilidade ▪ Corrigir distúrbios associados (anemia) 49 SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL ▪ É a menstruação dolorosa, caracterizada por cólicas ; ▪ Pode ser mais grave quando: ▪ A menstruação começar cedo, em idade precoce; ▪ Quando a menstruação for prolongada ou com fluxo intenso; ▪ A mulher for fumante ▪ Mulheres da família também tiverem dismenorreia. DISMENORREIA 50 TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL -TPM • A tensão pré-menstrual (TPM) é um conjunto de sintomas físicos e psicológicos que surgem vários dias antes e geralmente acabam algumas horas após o início da menstruação; • Os sintomas mais comuns incluem irritabilidade, ansiedade, agitação, raiva, insônia, dificuldade de concentração, letargia, depressão e fadiga intensa, edema e ganho de peso. • Aproximadamente 20% a 50% das mulheres em idade fértil têm TPM. 51 ▪ É o distúrbio endócrino mais comum em mulheres em idade reprodutiva; ▪ As inúmeras variantes genéticas e ambientais interagem e contribuem para sua fisiopatologia; ▪ A morfologia dos ovários policísticos reflete o meio endócrino desordenado que resulta da anovulação crônica. SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS 52 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS QUADRO CLÍNICO ▪ Acne, hirsutismo, alopecia; ▪ Ciclo menstrual irregular, oligomenorréia/amenorreia; ▪ Disfunção ovulatória e infertilidade; ▪ Risco aumentado de Diabete Mellitus tipo 2 (DM2), dislipidemia e doença cardiovascular. 53 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS DIAGNÓSTICO • Suspeitar na presença de ciclos menstruais irregulares, associados ou não a sobrepeso/obesidade, com sinais de hiperandrogenismo (acne, hirsutismo, alopecia androgenética). • No ultrassom transvaginal, podem-se identificar microcistos no ovário. 54 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS TRATAMENTO • Modificação do estilo de vida • Sensibilizadores da insulina • Contraceptivos orais e progestágenos: importantes no manuseio dos distúrbios menstruais e excesso de androgênios. 55 56 57 Exame físico ginecológico: pélvico Aspectos epidemiológicos ➢O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pelainfecção persistente por alguns tipos do Papiloma vírus humano (HPV) (chamados de tipos oncogênicos). ➢ Sabe-se que o câncer de colo uterino é a quarta forma de neoplasia mais frequente no mundo na população feminina. ➢No Brasil, ele ocupa o terceiro lugar ➢Quarta posição no número de mortes ocasionadas por câncer em pessoas do sexo feminino 58 Câncer do colo do útero • O câncer do colo do útero é caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo invadir estruturas e órgãos subjacentes. 59 Câncer do colo do útero • Há duas principais categorias de carcinomas invasores do colo do útero, dependendo da origem do epitélio comprometido: • CARCINOMA EPIDERMOIDE, tipo mais incidente e que acomete o epitélio escamoso (representa cerca de 80% dos casos) = ectocérvice • ADENOCARCINOMA, tipo mais raro e que acomete o epitélio glandular. = endocérvice 60 Câncer do colo do útero • O câncer do colo do útero é precedido por uma longa fase de doença pré-invasiva, denominada de neoplasia intraepitelial cervical (NIC). • A NIC é categorizada em graus I, II e III, dependendo da proporção da espessura do epitélio que apresenta células maduras e diferenciadas. 61 Câncer do colo do útero • Neoplasia Intra-Epitelial Grau I (NIC I) ou lesão de baixo grau – anormalidades no 1/3 mais profundo do epitélio, próximo à membrana basal • Neoplasia Intra-Epitelial Grau II (NIC II) ou lesão de alto grau – anormalidades avançando para 2/3 proximais à membrana basal 62 Câncer do colo do útero • Neoplasia Intra-Epitelial Grau III (NIC III) ou lesão de alto grau/ carcinoma in situ – há desarranjo celular em todas as camadas, sem romper a membrana basal • Quando há desarranjo celular em todas as camadas, com invasão da membrana basal, temos o carcinoma invasor 63 Câncer do colo do útero As mulheres com lesão de baixo grau: • 60% apresentam regressão espontânea • 30% podem manter a lesão neste estágio • Menos de 10% evoluem para lesão de alto grau Lesões de alto grau (NIC II e III - HSIL) não tratadas: • 40%: evoluem para câncer invasor (máximo 10 anos) • 10%: evoluem em 1 ano; 64 FATORES DE RISCO • Infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV 16 e HPV 18) e o Herpes vírus Tipo II; • Fatores sociais, como baixa condição socioeconômica; • Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros; • Tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados); • Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. 65 SINTOMAS 66 ESTÁGIO – PRÉ CLINICO sem sintomas a detecção de possíveis lesões precursoras são por meio da realização periódica do exame preventivo do colo do útero; ESTÁGIO – INVASOR Sangramento vaginal, principalmente durante as relações sexuais Sensação de peso e dor na região da bacia Dor pélvica Sintomas urinários e retais Secreção vaginal de odor desagradável PREVENÇÃO PRIMÁRIA Mudança comportamental (fatores de risco) Redução do risco de contágio (Camisinha) Fortalecimento do sistema de defesa (Vacinação) 67 Vacina contra o HPV • Protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. • Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero; • A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer; • A vacina é indicada para meninas e mulheres de 9 a 26 anos de idade e meninos de 9 a 14 anos. • A imunização deve acontecer, preferencialmente, entre 9 e 14 anos, quando é mais eficaz, segundo o Ministério da Saúde 68 DETECÇÃO PRECOCE • O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença; • PERIODICIDADE • Exame citopatológico deve ser realizado em mulheres de 25 a 60 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos. • O rastreamento deve seguir até os 64 anos e, naquelas sem história prévia de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando elas tiverem dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. 69 DIAGNÓSTICO • Exame pélvico e história clínica; • Exame Preventivo (Papanicolau); • Colposcopia: exame que permite visualizar a vagina e o colo de útero com o colposcópio, capaz de detectar lesões anormais nessas regiões; • Biópsia: se células anormais são detectadas no exame preventivo (Papanicolau), é necessário realizar uma biópsia, com a retirada de pequena amostra de tecido para análise no microscópio 70 ESTÁGIO O estadiamento é uma forma de descrever um câncer, onde está localizado, se está disseminado e se está afetando as funções de outros órgãos no corpo. O estadiamento da doença é importante para definir o tipo de tratamento e o prognóstico do paciente. 71 ESTÁGIO • As células cancerígenas são encontradas apenas na superfície do colo do útero. Estágio 0 - • Quando o câncer não se espalhou para além do colo do útero. Estágio I • Significa que o tumor se espalhou para a parte superior da vagina. Estágio II • Se estende para a parte inferior da vagina e acomete estruturas vizinhas.Estágio III • O tumor se disseminou para outros órgãos (metástases).Estágio IV 72 TRATAMENTO • Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. • O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. 73 CONSULTA DE ENFERMAGEM • O enfermeiro tem papel fundamental para a consolidação da cobertura adequada do exame de prevenção do câncer de colo uterino, pois é um dos responsáveis pela realização deste durante as consultas ginecológicas que realiza. - Entrevista (realizada antes de colocar a mulher na mesa ginecológica) - Exame físico: verificação de sinais vitais e antropometria 74 Exame físico ginecológico 1. Se possível, o(a) examinador(a) estar acompanhado(a) de um(a) assistente; 2. Explicar as etapas; 3. Solicitar que a mulher retire toda a roupa e vista um avental com abertura anterior; 4. Atentar-se para a comunicação não verbal; 5. Atentar-se para as expressões de dor. 75 Inspeção externa: • Ajudar a mulher a ficar em posição ginecológica, • Colocando os pés nos estribos da mesa ginecológica, ou colocar a perna sobre as perneiras; • Baixar os glúteos até que sobressaiam da borda inferior da mesa; • Manter os joelhos bem afastados 76 Inspeção externa: Observar: • Maturação sexual (distribuição de pelos e do tecido adiposo, e a morfologia do panículo adiposo); • Aspecto do clitóris; • Grandes e pequenos lábios; • Meato uretral e o períneo (pode haver cicatrizes pós-parto); 77 Palpação externa: • Formato e tamanho vaginal para o exame especular; • Orifício anal quanto a hemorroidas, fissuras e à integridade do esfíncter; • Presença de odor com indicativo de infecção ou falta de higiene • Investigar a presença palpável de anormalidades 78 Exame especular/Inspeção interna Papanicolau: • Esse exame é realizado colocando um espéculo na vagina para localização do colo do útero. • Primeiro é coletado as células da região externa (ectocérvice) com a espátula de Ayre (madeira) e aplicado o material na lâmina. • Depois é coletado material da endocérvice com a escova em movimento giratório, 79 80 Recomendações prévias: • Não estar menstruada, • Não ter tido relações sexuais (preservativos com lubrificantes e espermicida). • Evitar uso de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais por 48 horas antes da coleta, 81 As etapas do atendimento 1. Identificar o paciente e explicar o motivo do exame 2. Verificar a história clínica; 3. Preparar a lâmina. A lâmina deveser identificada com as iniciais do nome da mulher e o seu número de registro na unidade, com lápis preto nº 2 ou grafite, na extremidade fosca para evitar a perda de informações quando há derrame de álcool. 4. Solicitar que a mulher esvazie a bexiga e troque a roupa, em local reservado, por um avental ou camisola. 82 PREENCHIMENTO DA LAMINA: INICIAIS E NÚMERO DO PRONTUÁRIO 83 Coleta do Material • Exame especular (indolor) • Procedimento de coleta 1. Posição ginecológica adequada; 2. Vestimentas para a mulher, lençol para cobrir; 3. Posicionamento do foco de luz; 4. Inspeção (Disposição dos pelos, integridade do clitóris, meato uretral, lábios maiores e menores, secreção, inflamação , laceração e glândulas). 84 • Introdução do espéculo: • Colocar o espéculo, que deve ter o tamanho escolhido de acordo com as características perineais e vaginais da mulher a ser examinada. • Não deve ser usado lubrificante. 85 • Posição do espéculo: • vertical ligeiramente inclinado. Após a introdução realizar uma rotação (transversa) – fenda na posição horizontal. • Uma vez introduzido totalmente na vagina, abrir lentamente e com delicadeza. 86 Fonte: Internet, 2023. • Posição do espéculo: • Vertical ligeiramente inclinado. • Após a introdução realizar uma rotação (transversa) – fenda na posição horizontal. • Uma vez introduzido totalmente na vagina, abrir lentamente e com delicadeza. 87 Fonte: Internet, 2023. • Coleta do material: • Ectocérvice • Endocérvice 88 • Coleta do Ectocérvice • Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo apoiando-a firmemente, • fazer uma raspagem na mucosa ectocervical em movimento rotativo de 360 graus, em torno de todo orifício, • exercer uma pressão firme, mas delicada, sem agredir o colo, para não prejudicar a qualidade da amostra. 89 • Coleta da Endocérvice • Realizar a coleta da endocérvice utilizando a escova de coleta. • Recolha o material introduzindo a escova delicadamente no canal cervical, girando a 360º . 90 • Colocação do material na lâmina: • Amostra ectocervical transversal • Amostra endocervical longitudinal 91 • Fixação • Fazer a fixação da lâmina imediatamente após a coleta, armazenando as lâminas separadamente em recipiente adequado. • Spray de polietilenoglicol • Fechar o espéculo retire-o delicadamente, inspecionando a vulva e períneo. 92 Atribuições do enfermeiro • Atender as usuárias de maneira integral. • Realizar consulta de enfermagem e a coleta do exame citopatológico, de acordo com a faixa etária e quadro clínico da usuária. • Examinar e avaliar pacientes com sinais e sintomas relacionados aos cânceres do colo do útero. • Avaliar resultados dos exames solicitados e coletados, e, de acordo com os protocolos e diretrizes clínicas, realizar o encaminhamento para os serviços de referência em diagnóstico e/ou tratamento dos cânceres de mama e do colo do útero. 93 94 Exame físico ginecológico: Mamas EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA OMS - Segundo tipo mais frequente no mundo. Primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira. As regiões Sudeste e Sul são as que apresentam as maiores taxas de óbitos mulheres em 2018, A incidência do câncer de mama a partir dos 40 anos. 96 INSTITUTO NACIONAL DOCÂNCER(INCA, 2020) • A mama feminina é constituída por um corpo glandular que repousa sobre a parede do tórax. • A pele se diferencia em sua porção central, formando a aréola de onde emerge a papila, constituindo o complexo areolopapilar. 97 ANATOMIA DAS MAMAS • A mama possui 2 sistemas glandulares: • DUCTAL (formado por ductos) • SISTEMA LOBULAR (composto por lóbulos). Os lóbulos são responsáveis pela formação de leite que é transportado por meio dos ductos até sua exteriorização na papila. • Geralmente, as mamas não são do mesmo tamanho, havendo uma discreta assimetria entre elas. 98 ANATOMIA DAS MAMAS ANATOMIA DAS MAMAS 99 ANATOMIA DAS MAMAS Topograficamente, as mamas são divididas em; • quadrantes superiores (lateral e medial), • inferiores (lateral e medial) • região central. • A divisão em quadrantes é importante para a localização e correlação dos achados de exame clínico e de imagem. 100 O QUE É CÂNCER DE MAMA? • O câncer de mama é a proliferação incontrolável de células anormais, que surgem em função de alterações genéticas, sejam elas hereditárias ou adquiridas por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos. • Tais alterações genéticas podem provocar mudanças no crescimento celular ou na morte celular programada, levando ao surgimento do tumor. 101 • O processo de carcinogênese é, em geral, lento, podendo levar vários anos para que uma célula prolifere e dê origem a um tumor palpável. • Esse processo apresenta os seguintes estágios: • 1. Iniciação fase em que os genes sofrem ação de fatores cancerígenos; • 2. Promoção fase em que os agentes oncopromotores atuam na célula já alterada; • 3. Progressão caracterizada pela multiplicação descontrolada e irreversível da célula. 102 PROCESSO DE CARCINOGÊNESE História natural • A história natural do câncer de mama pode ser dividida em: • fase pré-clínica que compreende o intervalo de tempo entre o surgimento da primeira célula maligna e o desenvolvimento do tumor até atingir condições de ser diagnosticado clinicamente • fase clínica que inicia a partir deste momento. • Os principais sítios de metástases do câncer de mama são ossos, pulmões e pleura, fígado, e com menor frequência cérebro, ovário e pele. 103 CLASSIFICAÇÃO DO CÂNCER Local de origem Ductal Lobular 104 CLASSIFICAÇÃO DO CÂNCER 105 Extensão In Situ Contido num ponto específico da mama Invasor espalhado pelo órgão: rompimento da membrana Tipos de câncer de mama Carcinoma ductal in situ invasivo Carcinoma Lobular in situ invasivo Carcinoma inflamatório Doença de Paget 106 ALTERAÇÕES MALIGNAS TIPOS HISTOLÓGICOS Carcinoma ductal Carcinoma ductal in situ • Câncer de mama em fase inicial, que a princípio, não teria capacidade de desenvolver metástase; Carcinoma ductal invasivo • Afeta os ductos; • Invade tecido circundante; • 65 a 85% dos casos invasivos; • Capacidade de desenvolver metástase. 107 Carcinoma lobular Carcinoma lobular in situ • Afeta os lóbulos mamários; • Não invade os tecidos adjacentes Carcinoma lobular invasivo • Afeta os lobos mamários • Invade os tecidos adjacentes • Segundo tipo mais comum • Risco de desenvolvimento de câncer na outra mama 108 Carcinoma Inflamatório • Forma mais agressiva; • Inicia nas glândulas produtoras de leite; • Atinge vasos linfáticos relacionados à pele que recobre a mama; • Inflamação com grande extensão: inchaço e casca de laranja; • Grande chance de metástase 109 Doença de Paget • Aréola e mamilos; • 0,5 a 4,3% dos casos; • Prurido - Crostas e inflamações no mamilo; • Células crescem nos ductos mamários e progridem para a epiderme • Porção terminal dos ductos na junção com a epiderme 110 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 111 Fatores de risco para o câncer de mama idade, fatores genéticos e endócrinos. Histórico Familiar; Idade; Menarca Precoce (menor que 12 anos); Menopausa tardia (após os 50 anos de idade); Primeira gravidez após os 30 anos; Nuliparidade; Obesidade Uso de terapia hormonal (prolongada por mais de 5 anos); Sedentarismo. 112 Como prevenir o câncer de mama? Primária (evitar surgimento da doença, baseada em redução da exposição aos fatores de risco. Reduz a incidência) Alimentação saudável, com manutenção do peso corporal Prática de atividade física regular (redução do risco entre 20% e 40%) Aleitamento materno 113 DIAGNÓSTICO PARA OCÂNCER DE MAMA • Rastreamento das mulheres assintomáticas a partir de 40 anos com o exame clínico e após 50 anos, além do exame clínico é indicado fazer a mamografia a cada 2 anos. • Esse rastreamento deve incluir como método complemetar o auto-exame das mamas. 114 AUTOEXAME DA MAMA 115 Exame Clínico da Mama inspeção estática; inspeção dinâmica; palpação das mamas e das cadeias ganglionares axilares e supraclaviculares; Expressão papilar 116 Exame Clínico da Mama a) Inspeção Estática Mulher: sentada ou em pé, com os braços estendidos ao longo do corpo. Observar: tamanho, simetria, contornos, texturas e características (vascularização, manchas, integridade e cor). Mamilo e aréolas: Tamanho, forma, drenagem, pigmentação, simetria, lesões. 117 Retração mamilar 118 b) Inspeção dinâmica • É solicitado à paciente que erga os braços, sucessivamente a 90 e 180°. • Posteriormente, com as mãos diante do tórax, a paciente executa movimentos de contração dos músculos peitorais. • Durante a inspeção dinâmica, deve-se avaliar a presença de retração ou abaulamento nas mamas 119 Exame Clínico da Mama c) Palpação • Mulher em decúbito dorsal. • Pressionar, suavemente, o parênquima mamário contra o tórax, fazendo com que a mama deslize sob os dedos. • Pode utilizar somente a ponta dos dedos ou espalmar as mãos. 120 Exame Clínico da Mama d) Expressão • Fazer a expressão suave da mama. Aplicando-se compressão unidigital suave sobre a região areolar, em sentido radial, contornando a papila. • Ocorrendo a saída de fluxo, observar se é uni ou bilateral. • Secreção: serosas, límpidas, sanguinolentas e branca. 121 Exame Clínico da Mama ECM Alterado Nódulos ou zona endurecida, geralmente indolor; Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; Deformações ou alterações no contorno da mama; Secreção Dor, inversão do mamilo, descamação ou ulceração do mamilo. 122 73 Início Potencial curativo Metástase Prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida TRATAMENTO PARA O CÂNCER DE MAMA • Cirurgia • Radioterapia • Reconstrução da mama Local • Quimioterapia • Hormonioterapia+ Terapia local s/n Sistêmico 123 Consulta de enfermagem no controle do câncer da mama HISTÓRICO DE ENFERMAGEM: Por meio da entrevista, o enfermeiro deve coletar informações sobre (BRASIL, 2016): • Idade. • IMC. • Antecedentes pessoais obstétricos: • menarca; • nuliparidade; • primeira gravidez acima de 30 anos; • Antecedentes pessoais e familiares patológicos: • — história pregressa e/ou familiar de câncer de mama. • • História de exposição à radiação ionizante (terapêutica ou ocupacional). 124 Consulta de enfermagem no controle do câncer da mama EXAME FÍSICO ESPECÍFICO • O exame físico específico deve ser realizado por meio do ECM (exame clínico das mamas)para investigação em caso de queixas mamárias. • Queixas mamárias, por exemplo: • — mastalgia; • — nódulo mamário; • — alterações do mamilo; • — descarga papilar; • — assimetria da mama; • — retração da pele. 125 • Após a coleta de informações para a obtenção do histórico da mulher, que envolve a anamnese e o ECM, o enfermeiro deve prosseguir a consulta de enfermagem estabelecendo: • diagnósticos de enfermagem • definindo o plano assistencial - planejamento • procedendo às intervenções concernentes a cada situação clínica. 126 127 MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 128 • A Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regulamenta o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece em seu art. 2º: • Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. 129 • Determina a mesma Lei, em seu art. 9º, que: • Para o exercício do direito ao planejamento familiar, serão oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantindo a liberdade de opção (BRASIL, 1996) 130 Dupla proteção Em meio a uma realidade global de índices elevados de doenças transmissíveis por via sexual, torna-se imprescindível a abordagem da prevenção das IST/HIV/Aids, dando-se ênfase à dupla proteção. Dada pelo uso combinado do preservativo masculino ou feminino com algum outro método anticoncepcional tendo como finalidade promover, ao mesmo tempo, a prevenção da gravidez e a prevenção da infecção pelo HIV/Aids e por outras IST 131 Métodos anticoncepcionais • Hormonais • Barreira • Intrauterinos • Comportamentais ou naturais • Duchas vaginais Temporários (reversíveis) • Feminino (ligadura tubária) • Masculino (vasectomia) Definitivos (esterilização) 132 Métodos anticoncepcionais • Orais Combinados: Monofásicos, Bifásicos, Trifásicos, Minipílulas • Injetáveis Mensais Trimestrais • Implantes subcutâneos • Percutâneos Adesivos • Vaginais Anel Hormonais • Feminino: Diafragma; Espermaticida ;Esponjas; Capuz cervical; Preservativo feminino • Masculino: Preservativo masculino Barreira • Medicados: DIU de cobre; DIU com levonorgestrel • Não medicados Intrauterinos • Tabela ou calendário (Ogino-Knaus) • Curva térmica basal ou de temperatura • Sintotérmico • Billings (mucocervical) • Coito interrompido Comportamentais ou naturais Duchas vaginais 133 ESCOLHENDO O MÉTODO ANTICONCEPCIONAL 134 A preferência da mulher, do homem ou do casal Características dos métodos Fatores individuais e contexto de vida relacionados aos usuários(as) que devem ser considerados no momento da escolha do método. A preferência da mulher, do homem ou do casal • É fundamental discutir o conceito de escolha livre e informada. • Embora o orientador deva estar disposto a aceitar a preferência da usuária(o) por um determinado método, é importante certificar-se de que essa decisão está sendo tomada com base em informações corretas, atualizadas e completas. 135 Características dos métodos 136 Eficácia Efeitos secundários Aceitabilidade Disponibilidade Facilidade de uso Reversibilidade Proteção Características dos métodos EFICÁCIA • Não existe método 100% eficaz. • Todos os métodos anticoncepcionais apresentam taxa de falha, que é calculada com o número de gestações não desejadas entre os usuários(as) de determinado método anticoncepcional, nos primeiros 12 meses de uso. 137 EFEITOS SECUNDÁRIOS • A inocuidade, ou seja, a ausência de quaisquer efeitos secundários adversos seria condição ideal, ainda não conseguida na maioria dos métodos anticoncepcionais até os dias atuais. • Todo método tem vantagens e desvantagens. • Por outro lado, é também verdade que alguns ocasionam mais efeitos secundários adversos que outros, sendo direito da(o) usuária(o) ser corretamente informada(o) a respeito dessas diferenças. 138 ACEITABILIDADE • A aceitação do método, o grau de confiança que nele se tem, a motivação para seu uso e a correta orientação do profissional de saúde são importantes fatores para o sucesso do método escolhido. • Por outro lado, a inadaptação psicológica e cultural a determinado método pode ser a maior causa de seu fracasso ou de mudança para outro método. 139 DISPONIBILIDADE • O acesso gratuito aos métodos anticoncepcionais é condição fundamental para que a escolha se realize livremente, sem restrições. • Isso é particularmente importante considerando-se que grande parte da população não tem condição de pagar pelo método. • Assim, nas situações em que a oferta de determinado método não seja possível, é da maior importância considerar o seu custo, avaliando-se a possibilidade da(o) usuária(o) arcar com ele. 140 FACILIDADE DE USO • De nada adiantará a indicação de um método que tenha todas as qualidades anteriormentedescritas se sua utilização for difícil, complexa ou de difícil assimilação para a pessoa. • No entanto, é igualmente verdade que a maior parte das dificuldades relacionadas ao uso do método pode ser resolvida com o adequado suporte do profissional de saúde 141 REVERSIBILIDADE • Existem métodos considerados reversíveis, que são aqueles em que a pessoa, após parar de usá-los, recupera a fertilidade. • Existem métodos considerados irreversíveis, como os métodos cirúrgicos (laqueadura tubária e vasectomia), porque após utilizá-los é muito difícil a pessoa recuperar a capacidade reprodutiva. • O ideal é que os métodos anticoncepcionais sejam completa e imediatamente reversíveis e que, uma vez interrompido seu uso, haja recuperação total da fertilidade, correspondente à faixa etária da(o) usuária(o) 142 Proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (IST) e infecção pelo HIV • A ocorrência das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV traz consequências para o exercício da sexualidade e da reprodução e produz série de desafios e desdobramentos para a área da saúde reprodutiva e sexual. • Nesse sentido, os profissionais de saúde devem conversar com o indivíduo ou o casal sobre IST/HIV/Aids, propiciando assim percepção a respeito de situações de risco para essas infecções e reflexão sobre a necessidade de sua prevenção, favorecendo a adesão ao uso do preservativo. 143 FATORES INDIVIDUAIS PARA ESCOLHA DO MÉTODO Condições econômicas. Estado de saúde. Características da personalidade da mulher e/ou do homem. Fase da vida. Padrão de comportamento sexual. Aspirações reprodutivas. Fatores culturais e religiosos. 144 Métodos anticoncepcionais • Hormonais • Barreira • Intrauterinos • Comportamentais ou naturais • Duchas vaginais Temporários (reversíveis) • Feminino (ligadura tubária) • Masculino (vasectomia) Definitivos (esterilização) 145 MÉTODOS HORMONAIS Orais Combinados Monofásicos Bifásicos Trifásicos Minipílulas Injetáveis Mensais Trimestrais Implantes subcutâneos Percutâneos Adesivos Vaginais Anel Sistema liberador de levonorgestrel (SIU) 146 ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS COMBINADOS ✓As pílulas combinadas dividem-se em monofásicas, bifásicas e trifásicas. ▪ Monofásicas, que são as mais comuns, a dose dos esteróides é a mesma nos 21 ou 22 comprimidos ativos da cartela. ▪ Bifásicas contêm dois tipos de comprimidos ativos ▪ Trifásicas contêm três tipos de comprimidos ativos, 147 ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS COMBINADOS ✓Mecanismo de ação - Inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides. ✓Eficácia - são muito eficazes quando usadas correta, podendo a sua taxa de falha ser da ordem de 0,1% ✓Efeitos secundários- Alterações de humor, Cefaleia leve, Leve ganho de peso, Náuseas, vômitos e mal-estar gástrico ✓Complicações - • Acidente vascular cerebral. • Infarto do miocárdio. • Trombose venosa profunda ✓Riscos • Não são recomendados para lactantes, pois afetam a qualidade e quantidade do leite. 148 ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS APENAS DE PROGESTOGÊNIO –MINIPÍLULAS • Os anticoncepcionais orais apenas de progestogênio contêm uma dose muito baixa de progestogênio. • Eles não contêm estrogênio. • Também são conhecidos como minipílulas. • São os anticoncepcionais orais mais apropriados para a mulher que amamenta. Porém mulheres que não estão amamentando também podem usá-los. 149 MINIPÍLULAS ✓Mecanismo de ação - Sua ação é mais pronunciada sobre o endométrio e o muco cervical (promovem o espessamento do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozoides). ✓Eficácia ✓Para a lactante: é muito eficaz quando usada de forma correta e consistente, com taxa de falha de aproximadamente 0,5 em cada 100 mulheres em um ano ✓Para a não lactante: a eficácia em uso correto e consistente não é tão alta quanto à da pílula combinada. ✓Efeitos secundários- • Alterações no fluxo menstrual. • Cefaleia. • Sensibilidade mamária 150 ANTICONCEPCIONAL HORMONAL INJETÁVEL Anticoncepcional injetável combinado mensal – injetável mensal • Os anticoncepcionais injetáveis mensais são combinados e, em suas diferentes formulações, contêm estrogênio natural, o estradiol e um progestogênio sintético, diferentemente dos anticoncepcionais orais combinados, nos quais ambos os hormônios são sintéticos. 151 ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL COMBINADO MENSAL – INJETÁVEL MENSAL ✓Mecanismo de ação- inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso, impedindo a passagem dos espermatozoides. Provocam, ainda, alterações no endométrio ✓Eficácia São muito eficazes. A taxa de falha desse método varia de 0,1% a 0,3%, durante o primeiro ano de uso. ✓Efeitos secundários ✓ Alterações do ciclo menstrual: manchas ou sangramento nos intervalos entre as menstruações, sangramento prolongado e amenorreia. ✓Ganho de peso. ✓Cefaleia. ✓Náuseas e/ou vômitos. 152 Anticoncepcional hormonal injetável só de progestogênio – injetável trimestral ✓O acetato de medroxiprogesterona é um método anticoncepcional injetável apenas de progestogênio. ✓É um progestogênio semelhante ao produzido pelo organismo feminino, que é liberado lentamente na circulação sanguínea. ✓ É também conhecido como acetato de medroxiprogesterona de depósito – AMP-D 153 ANTICONCEPCIONAL HORMONAL INJETÁVEL ANTICONCEPCIONAL HORMONAL INJETÁVEL SÓ DE PROGESTOGÊNIO – INJETÁVEL TRIMESTRAL • Mecanismo de ação- Inibe a ovulação e espessa o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides por meio do canal cervical. O AMP-D não interrompe uma gravidez já instalada. • Eficácia- São altamente eficazes. A taxa de falha desse método é de 0,3% durante o primeiro ano de uso, com injeções regulares a cada três meses • Efeitos secundários- Alterações menstruais, Aumento de peso, Cefaleia, sensibilidade mamária, desconforto abdominal, alterações do humor, náuseas, queda de cabelos, diminuição da libido, acne. 154 IMPLANTES SUBCUTÂNEOS • Os implantes são métodos contraceptivos constituídos de um sistema de silicone polimerizado com um hormônio no seu interior, responsável pelo efeito anticoncepcional quando liberado na corrente sanguínea. • Esse sistema é disponível atualmente no Brasil à base de progestogênio. 155 • IMPLANTES SUBCUTÂNEOS • Mecanismo de ação • Inibição da ovulação: • estudos realizados mostram ausência de ciclos ovulatórios nos primeiros dois anos de uso. • Após dois anos e meio de uso, a ovulação começa a ocorrer em menos de 5% das usuárias. • Muco cervical: aumenta a viscosidade do muco cervical, inibindo a penetração dos espermatozoides. • Efeitos endometriais: diminuição da espessura do endométrio, até espessura média de 4 mm. • Eficácia e reversibilidade - A taxa de gravidez acumulada até três anos foi de zero. • Efeitos secundários - Sangramento, Amenorreia: 156 Métodos anticoncepcionais • Hormonais • Barreira • Intrauterinos • Comportamentais ou naturais • Duchas vaginais Temporários (reversíveis) • Feminino (ligadura tubária) • Masculino (vasectomia) Definitivos (esterilização) 157 Métodos anticoncepcionais • Feminino: • Diafragma; • Espermaticida; • Esponjas; • Capuz cervical; • Preservativo feminino • Masculino: Preservativo masculino Barreira 158 MÉTODOS DE BARREIRA • Os métodos de barreira são aqueles que impedem a trajetória do espermatozoide em direção ao óvulo, impondo obstáculos mecânicos e/ou químicos à penetração dos espermatozoides no canal cervical. • O condom masculino e o feminino constituem atualmente os únicos métodos de planejamento reprodutivo que protegem contra a transmissão de IST/HIV/Aids. • São métodos elegíveis para todas as pessoas que não estão dispostas a usar métodos hormonais, DIU, métodos comportamentais ou anticoncepção cirúrgica. 159 VANTAGENS ➢Não possuem efeitos sistêmicos. ➢Possuempoucos efeitos colaterais locais. ➢Indicados em pessoas portadoras de doenças endocrinometabólicas. ➢A eficácia dos diversos métodos de barreira aumenta com a associação deles. ➢Existem raras contraindicações para o seu uso. ➢Dispensam prescrição. ➢O retorno à fertilidade é imediato 160 MÉTODOS DE BARREIRA CONDOM OU PRESERVATIVO OU CAMISINHA MASCULINA • É um método que, além de evitar a gravidez, reduz o risco de transmissão de IST/HIV/Aids • É importante destacar que o condom deve ser usado corretamente, em todas as relações sexuais, para ser altamente eficaz CONDOM OU PRESERVATIVO OU CAMISINHA FEMININA • É importante destacar que o condom feminino deve ser usado corretamente, em todas as relações sexuais, mesmo durante a menstruação, para ser altamente eficaz. 161 DIAFRAGMA • O diafragma é um método vaginal de anticoncepção que consiste em um capuz macio de látex ou de silicone côncavo, com borda flexível, que recobre o colo uterino. • A eficácia depende do uso do diafragma de forma correta, todas as vezes em que a mulher tenha relação sexual. • O diafragma só deve ser retirado de seis a oito horas após a última relação sexual, não devendo permanecer mais de 24 horas, com a finalidade de se evitar efeitos colaterais. 162 ESPERMATICIDAS • São substâncias químicas que, quando introduzidas na vagina, destroem ou imobilizam os espermatozoide ou ainda inativam as enzimas necessárias para a penetração deles no óvulo. • Eficácia Em uso rotineiro, não consistente, são pouco eficazes, a taxa de gravidez é de 26 para cada 100 mulheres, no primeiro ano de uso. • Efeitos secundários • Irritação ou alergia na vagina ou pênis. • Fissuras e microfissuras na mucosa vaginal ou retal, que são mais elevadas com o uso mais frequente (várias vezes ao dia) e em dosagens mais elevadas 163 Métodos anticoncepcionais • Hormonais • Barreira • Intrauterinos • Comportamentais ou naturais • Duchas vaginais Temporários (reversíveis) • Feminino (ligadura tubária) • Masculino (vasectomia) Definitivos (esterilização) 164 DISPOSITIVO INTRAUTERINO DIU • É um objeto pequeno de plástico flexível, em forma de T, que mede aproximadamente 31 mm, ao qual pode ser adicionado cobre ou hormônios que, inserido na cavidade uterina, exerce função contraceptiva. • O DIU atua impedindo a fecundação porque torna mais difícil a passagem do espermatozoide pelo trato reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade de fertilização do óvulo 165 • DIU de cobre • é feito de polietileno estéril radiopaco e revestido com filamentos e/ou anéis de cobre, enrolado em sua haste vertical. • O DIU de cobre afeta os espermatozoides matando-os ou diminuindo sua movimentação dentro do útero. • Poucos espermatozoides chegam às trompas de Falópio, e os que chegam, com toda probabilidade, não são aptos para fertilizar um óvulo. 166 • DIU COM LEVONORGESTREL • é feito de polietileno e a haste vertical é envolvida por uma cápsula que libera continuamente pequenas quantidades de levonorgestrel. • Pode ser utilizado como método anticoncepcional, no tratamento da menorragia e na terapia de reposição hormonal da mulher menopausada, associado ao estrogênio. • A duração de uso recomendada é de cinco a sete anos. • Eficácia: A taxa de gravidez acumulada até cinco anos é de 0 e 0,2 por 100 mulheres, do DIU com levonorgestrel. A eficácia desse método é similar à da esterilização cirúrgica. 167 Complicações • Expulsão • Dor ou sangramento. • Perfuração. • Infecção: durante o primeiro ano de uso, a taxa de infecções é baixa. • Gravidez tópica • O DIU não protege de DST/HIV/Aids 168 Métodos anticoncepcionais • Hormonais • Barreira • Intrauterinos • Comportamentais ou naturais • Duchas vaginais Temporários (reversíveis) • Feminino (ligadura tubária) • Masculino (vasectomia) Definitivos (esterilização) 169 Métodos anticoncepcionais • Tabela ou calendário (Ogino-Knaus) • Curva térmica basal ou de temperatura • Sintotérmico • Billings (mucocervical) • Coito interrompido Comportamentais ou naturais 170 MÉTODOS COMPORTAMENTAIS • Métodos de abstinência periódica ou de percepção da fertilidade ou métodos naturais, • São técnicas para obter ou evitar a gravidez, mediante a identificação do período fértil da mulher. • O casal pode concentrar as relações sexuais nessa fase, caso deseje obter uma gravidez, ou abster-se de relações sexuais vaginais, caso deseje evitar a gravidez. 171 O sucesso dos métodos comportamentais depende do reconhecimento dos sinais da ovulação (aproximadamente 14 dias antes do início da menstruação) e do período fértil. • O óvulo possui sobrevida de aproximadamente 24 horas • => Por sua vez, os espermatozoides, após ejaculação no trato genital feminino, têm capacidade para fecundar o óvulo por um período de até aproximadamente seis dias. • Em consequência, seria suficiente praticar a abstinência de relação sexual vaginal durante seis dias em cada ciclo para garantir efeito anticoncepcional de alta eficácia. 172 MÉTODOS COMPORTAMENTAIS • Eficácia-Em geral, todos os métodos baseados na percepção da fertilidade são pouco eficazes no uso rotineiro ou habitual, apresentando taxa de gravidez de 20 em 100 mulheres no primeiro ano de uso. • Tabela ou calendário ou ritmo: 9 em 100 mulheres no primeiro ano de uso. • Muco cervical: 3 em 100 mulheres no primeiro ano de uso. • Temperatura corporal basal: uma em 100 mulheres no primeiro ano de uso. • Sintotérmico: 2 em 100 mulheres no primeiro ano de uso 173 MÉTODOS COMPORTAMENTAIS • TABELA OU CALENDÁRIO OU RITMO – OGINO-KNAUS • Esse método baseia-se no fato de que a duração da segunda fase do ciclo menstrual (pós-ovulatória ou fase lútea) é relativamente constante, com a ovulação ocorrendo entre 11 e 16 dias antes do início da próxima menstruação. • O cálculo do período fértil da mulher é feito mediante a análise de seu padrão menstrual prévio, durante 6 a 12 meses. 174 • CURVA TÉRMICA BASAL OU DE TEMPERATURA • Esse método fundamenta-se nas alterações da temperatura basal que ocorrem na mulher ao longo do ciclo menstrual. • A temperatura basal corporal é a temperatura do corpo em repouso 175 • MUCO CERVICAL – BILLINGS • Esse método baseia-se na identificação do período fértil por meio da auto-observação, com relação às mudanças do muco cervical e à sensação de umidade na vagina ao longo do ciclo menstrual. 176 • SINTOTÉRMICO • Esse método baseia-se na combinação de múltiplos indicadores da ovulação, com a finalidade de determinar o período fértil com maior precisão e confiabilidade. • Fundamentalmente, ele combina os métodos da tabela, do muco cervical, da temperatura basal e a observação de sinais e sintomas que indicam o período fértil da mulher. • Os parâmetros subjetivos relacionados com a ovulação podem ser, entre outros: • Dor abdominal. • Sensação de peso nas mamas, mamas inchadas ou doloridas. • Variações de humor e/ou da libido 177 • COITO INTERROMPIDO • práticas sexuais que podem ser consideradas como métodos comportamentais, já que reduzem o risco de gravidez indesejada como a relação sexual sem penetração vaginal e o coito interrompido. 178 • MÉTODO DA LACTAÇÃO E AMENORREIA – LAM • É um método anticoncepcional temporário que consiste no uso da amamentação exclusiva para evitar a gravidez. • Entre as mulheres que amamentam, a possibilidade de retomada das ovulações é remota nos primeiros dois meses pós-parto. • A incidência acumulada de gravidez após seis meses de amenorreia da lactação, em amamentação exclusiva, é inferior a 1% . 179 Métodos anticoncepcionais • Hormonais • Barreira • Intrauterinos • Comportamentais ou naturais • Duchas vaginais Temporários (reversíveis) • Feminino (ligadura tubária) • Masculino (vasectomia) Definitivos (esterilização) 180 MÉTODOS CIRÚRGICOS • Os métodos cirúrgicos são métodoscontraceptivos definitivos – esterilização – • Mulher, por meio da ligadura das trompas (laqueadura ou ligadura tubária), • No homem, por meio da ligadura dos canais deferentes (vasectomia) 181 • LAQUEADURA TUBÁRIA • A laqueadura tubária, também conhecida como ligadura tubária, ligadura de trompas. • é um método de esterilização feminina que consiste em algum procedimento cirúrgico de oclusão da trompa de Falópio, com a finalidade de interromper a sua permeabilidade e, consequentemente, a função do órgão, com fim exclusivamente contraceptivo. • Eficácia Muito eficaz e permanente. 182 • VASECTOMIA • É um procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro e rápido. • Consiste na ligadura dos ductos deferentes. • Tem por objetivo interromper o fluxo de espermatozoides em direção à próstata e vesículas seminais para constituição do líquido seminal. • Pode ser realizado em ambulatório, com anestesia local, desde que se observem os procedimentos adequados para a prevenção de infecções. 183 • A vasectomia não altera a vida sexual do homem. • O desejo e a potência sexual continuam iguais ao que eram antes da cirurgia. • A única diferença é que o esperma ejaculado não contém mais espermatozoides, mas não ocorrem alterações na quantidade e no aspecto do esperma • Comparada à esterilização feminina, a vasectomia: • É provavelmente um pouco mais eficaz. • É um pouco mais segura. • É mais fácil de ser realizada. • É de menor custo. • Sua eficácia pode ser verificada a qualquer momento por meio de espermograma. 184 ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA • Anticoncepção ou contracepção de emergência consiste na utilização de pílulas contendo estrogênio e progestogênio ou apenas progestogênio depois de uma relação sexual desprotegida, para evitar gravidez. • Deve ser usada somente como método de emergência, e não de forma regular, substituindo outro método anticoncepcional. • O método também é conhecido como “pílula do dia seguinte” ou “pílula pós-coital”, que utiliza compostos hormonais concentrados e por curto período nos dias seguintes da relação sexual. 185 • A anticoncepção de emergência pode ajudar a prevenir os abortos provocados, na medida em que previne gestações indesejadas, que decorram de relações sexuais sem proteção anticoncepcional. 186 ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 187 Planejamento reprodutivo 188 PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA ✓O enfoque educativo é um dos elementos fundamentais na qualidade da atenção prestada em saúde sexual e saúde reprodutiva. ✓ Educar é um processo de construção permanente. ➢A partir dessa concepção, recomenda-se que as práticas educativas façam uso de metodologia participativa, com abordagem pedagógica centrada no sujeito ➢As práticas educativas tradicionais, tais como as “palestras”, não se mostram efetivas por não levarem em conta as concepções prévias e situações de vida dos sujeitos envolvidos. 189 • Para se obter bom resultado, no que se refere à saúde sexual e à saúde reprodutiva, é importante considerar: ✓O conhecimento e experiência dos participantes, ✓Permitir a troca de ideias sobre sexualidade, reprodução, relacionamento humano ✓Permitir a troca de ideias sobre os fatores socioeconômicos e culturais que influenciam nessas questões. 190 PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA Sugere-se que sejam formados grupos específicos para adultos e adolescentes, com no máximo 20 pessoas por grupo. É recomendável que os grupos de adolescentes sejam formados de acordo com as seguintes faixas etárias: de 10 a 14 anos e 15 a 19 anos PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM As ações educativas devem estimular as mulheres e os homens, adultos e adolescentes ao conhecimento e ao cuidado de si mesmos, fortalecendo a autoestima e a autonomia, contribuindo para o pleno exercício dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos Os profissionais DEVEM a acolher o discurso do outro, interagindo sem expressar juízo de valor – escuta ativa – e a reconhecer a subjetividade – que deve ser entendida como um conjunto de características pessoais, emocionais e culturais que permitem a identidade própria e fazem do indivíduo sujeito de suas ações 191 • Entre as habilidades que o profissional de saúde deve buscar desenvolver estão: 192 PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM Respeito e empatia pelos usuários. Boa capacidade de comunicação. Utilizar linguagem acessível, simples e clara. Favorecer o vínculo e uma relação de confiança. Tolerância aos princípios e às distintas crenças e valores que não sejam os seus próprios. Ter conhecimentos técnicos Temáticas a serem abordadas SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA SOB ENFOQUE EDUCATIVO • Significa ofertar oportunidades aos usuários de falarem sobre o que pensam do amor, do preconceito, da amizade, da família, da cidadania, do namoro, do “ficar”, da virgindade, das doenças sexualmente transmissíveis, da raiva, da violência, das drogas, do sexo, da fome, da desigualdade, da arte, do medo, da gravidez desejada ou indesejada etc. 193 ANTICONCEPÇÃO A atenção em anticoncepção pressupõe a oferta de informações, de aconselhamento, de acompanhamento clínico e de um leque de métodos e técnicas anticoncepcionais, cientificamente aceitos, que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, para homens, mulheres, adultos(as) e adolescentes, num contexto de escolha livre e informada. ✓ Na atenção em anticoncepção, é muito importante oferecer: • Diferentes opções de métodos anticoncepcionais para todas as etapas da vida reprodutiva, • Possibilitar a escolha do método mais apropriado às suas necessidades e circunstâncias de vida. 194 • Nos últimos 10 anos, verificou-se que as mulheres estão começando sua atividade sexual cada vez mais cedo, o mesmo sucedendo com a prática da anticoncepção. • Segundo pesquisa divulgada pelo MS, 66% das jovens de 15 a 19 anos sexualmente ativas já haviam usado algum método contraceptivo, sendo que o preservativo (33%), a pílula (27%) e os injetáveis (5%) foram os mais utilizados 195 ANTICONCEPÇÃO DUPLA PROTEÇÃO • A prevenção simultânea das infecções sexualmente transmissíveis (IST) e gravidez foi definida pela Organização Mundial de Saúde como dupla proteção. • Esse conceito surgiu na década de 70 e consiste no uso combinado da camisinha masculina ou feminina com outro método anticoncepcional, tendo como finalidade promover, ao mesmo tempo, a prevenção da gravidez e a prevenção da infecção pelo HIV/Aids e por outras IST 196 Os adolescentes e os jovens têm direito de ter acesso a informações e à educação em saúde sexual e saúde reprodutiva e de ter acesso a meios e métodos que os auxiliem a evitar uma gravidez não planejada, bem como a prevenir-se contra as doenças sexualmente transmissíveis, respeitando-se a sua liberdade de escolha. É preciso enfatizar que adolescentes e jovens têm direito a ter atendimento sem discriminação de qualquer tipo, com garantia de privacidade, segredo e confidencialidade 197 • A prescrição de métodos anticoncepcionais para menores de 14 anos deve ser criteriosa, não constituindo ato médico inadequado, desde que não se trate de situação de abuso ou violência sexual da adolescente. • Se a adolescente informar que a relação sexual não resulta de violência sexual, o profissional de saúde deve registrar tal informação no prontuário e prescrever o método anticoncepcional adequado, salvaguardando-se, dessa forma, de qualquer penalidade legal. 198 A escolha do método anticoncepcional • Estimular sempre o uso da camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais, por ser o único método que protege contra as IST/HIV/Aids • A camisinha pode ser usada associada a outro método anticoncepcional – dupla proteção ou isoladamente. • Enfatizar a importância da dupla proteção. 199 • Não há restrições. Anticoncepcionais hormonais • É um ótimométodo para adolescentes motivadas a usá-lo e bem orientadas. Diafragma • Tabela, muco cervical, temperatura basal, entre outros são pouco recomendados para adolescentes, pois a irregularidade menstrual é muito comum nessa fase. Métodos comportamentais • É um método muito importante para os adolescentes, porque pertencem a um grupo que tem maior risco de ter relações sexuais desprotegidas Anticoncepção oral de emergência 200 A escolha do método anticoncepcional ✓A perimenopausa é o período que antecede a última menstruação. ✓Em geral, a última menstruação ocorre entre 40 e 55 anos de idade. ✓A instalação da irregularidade menstrual ocorre no início dessa fase, consequente à diminuição da fertilidade e ocorrência de alguns ciclos anovulatórios, ou com corpo lúteo insuficiente. ✓Devido a essas características, qualquer método de anticoncepção adotado pelas mulheres, nesse período, tem maior eficácia. 201 • A anticoncepção nessa fase, quando requerida, deve ser mantida até um ano após a menopausa. • Para a verificação da ocorrência ou não da menopausa, é necessário fazer a dosagem sérica do FSH, na fase folicular que se segue à pausa de sete dias na tomada do anticoncepcional. • Valores maiores que 40 mUI/ml sugerem falência ovariana, o que deve ser repetido e confirmado depois de 30 dias sem medicação, suspendendo assim o uso do método. 202 • Estimular sempre o uso da camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais, por ser o único método que protege contra as IST/HIV/Aids. • A camisinha pode ser usada associada a outro método anticoncepcional – dupla proteção ou isoladamente. • Enfatizar a dupla proteção 203 A escolha do método anticoncepcional O anticoncepcional hormonal combinado oral é seguro e eficaz, quando usado correta e consistentemente A minipílula tem eficácia contraceptiva inferior à dos anticoncepcionais orais combinados O injetável mensal pode ser usado na mulher climatérica, desde que sejam observadas as suas contraindicações O injetável trimestral tem como vantagem poder ser usado quando for contraindicado o uso de estrógeno e também a facilidade do seu uso e sua alta eficácia. Os implantes subcutâneos apresentam alta eficácia contraceptiva e proteção endometrial. 204 A escolha do método anticoncepcional • Anticoncepção no pós-parto • Inicialmente, é preciso enfatizar que os profissionais de saúde devem encorajar a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses pós-parto. • A orientação para uso de métodos anticoncepcionais no pós-parto deve considerar se vai ser ou não ser estabelecida a amamentação exclusiva com leite materno, pois alguns métodos anticoncepcionais interferem na amamentação. 205 Anticoncepção no pós-parto • O efeito inibidor da fertilidade, que o aleitamento exclusivo com amenorreia tem, pode ser utilizado como método comportamental de anticoncepção – LAM (método da lactação e amenorréia). • O método da lactação e amenorreia (LAM) impõe três condições. Todas as três devem ser cumpridas: • Que a menstruação da mãe não tenha retornado. • Que o bebê esteja sendo alimentado no peito de forma integral e que seja amamentado com frequência, dia e noite. • Que o bebê tenha menos de seis meses de idade 206 • Dessa forma, para orientar o uso de métodos anticoncepcionais no pós-parto, deve-se considerar: ✓O tempo pós-parto. ✓Se vai ser adotada ou não a amamentação. ✓O padrão da amamentação. ✓O retorno ou não da menstruação. ✓Os possíveis efeitos dos anticoncepcionais hormonais sobre a lactação e o lactente 207 Anticoncepção no pós-parto • Ao se realizar o planejamento reprodutivo pós-abortamento, pode- se estar em uma situação de abortamento provocado ou de abortamento espontâneo. • Pontos a serem considerados em relação à anticoncepção no pós- aborto: ➢A escolha do método anticoncepcional deve ser livre e informada, respeitando-se os critérios de elegibilidade clínica ➢A camisinha pode ser usada associada a outro método anticoncepcional ou isoladamente. 208 Anticoncepção no pós-aborto Os anticoncepcionais hormonais (pílulas, injetáveis, entre outros) podem ser iniciados imediatamente após o aborto. O DIU pode ser inserido imediatamente após aborto espontâneo ou induzido, em mulheres sem nenhum sinal ou suspeita de infecção. O diafragma é um bom método para mulheres motivadas a usá-lo e bem orientadas. Os métodos comportamentais (tabela, muco cervical, temperatura basal, entre outros) só poderão ser usados após o estabelecimento de ciclos menstruais regulares. 209 Anticoncepção no pós-aborto • A orientação em planejamento reprodutivo para pessoas vivendo com o HIV/ Aids deve acontecer num contexto de respeito aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos dessas pessoas e a escolha deve ser livre e informada. • Estimular a adoção da dupla proteção, uso combinado da camisinha masculina ou feminina com outro método anticoncepcional, com vistas à prevenção simultânea da gravidez indesejada e da transmissão das IST/HIV/Aids. • Tanto para casais soroconcordantes (quando ambos os parceiros estão infectados pelo HIV), quanto para casais sorodiscordantes (em que apenas um dos parceiros está infectado pelo HIV). 210 • Com relação ao uso do DIU: • Se a mulher é portadora do HIV, pode colocar um DIU. • Uma mulher com Aids não deve colocar um DIU a menos que esteja clinicamente bem ou em terapia ARV. • Os métodos comportamentais (tabela, muco cervical, temperatura basal, sintotérmico, entre outros) não protegem contra a transmissão do HIV e outras DST, devendo a usuária do método ser sempre orientada para o uso adequado e consistente do preservativo, masculino ou feminino, fazendo abstinência de relações sexuais vaginais no período fértil. • A anticoncepção oral de emergência não de forma regular, substituindo outro método anticoncepcional. 211 212 Slide 1: Pós de Enfermagem em Saúde da Mulher Slide 2: Docente Slide 3 Slide 4: Humanização e acolhimento à mulher Slide 5 Slide 6: Contexto da mulher no cenário brasileiro Slide 7: Sistema reprodutor feminino Slide 8: Sistema reprodutor feminino Slide 9: Sistema reprodutor feminino Slide 10: Sistema reprodutor feminino Slide 11: Sistema reprodutor feminino Slide 12: A consulta ginecológica Slide 13: Preparação de cada consulta Slide 14: Atitudes para com a mulher Slide 15: Atitudes do profissional examinador Slide 16: Consulta Slide 17: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 18: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 19: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 20: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 21: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 22: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 23: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 24: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 25: Lembrete! Slide 26: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 27: Parte 1 - COLETA DE DADOS Slide 28: IDADE GESTACIONAL Slide 29: IDADE GESTACIONAL Slide 30: EXAME FISICO Slide 31: EXAME FÍSICO GERAL: Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35: MENSTRUAÇÃO Slide 36: CICLO MENSTRUAL Slide 37: CICLO MENSTRUAL Slide 38: CICLO MENSTRUAL Slide 39: CICLO MENSTRUAL Slide 40: CICLO MENSTRUAL Slide 41: ALTERAÇÕES DO CICLO MENSTRUAL Slide 42: AMENORREIA Slide 43: AMENORREIA Slide 44: AMENORREIA Slide 45: SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL Slide 46: SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50: DISMENORREIA Slide 51: TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL - TPM Slide 52: SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS Slide 53: SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS Slide 54: SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS Slide 55: SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS Slide 56 Slide 57 Slide 58: Aspectos epidemiológicos Slide 59: Câncer do colo do útero Slide 60: Câncer do colo do útero Slide 61: Câncer do colo do útero Slide 62: Câncer do colo do útero Slide 63: Câncer do colo do útero Slide 64: Câncer do colo do útero Slide 65: FATORES DE RISCO Slide 66: SINTOMAS Slide 67: PREVENÇÃO PRIMÁRIA Slide 68: Vacina contra o HPV Slide69: DETECÇÃO PRECOCE Slide 70: DIAGNÓSTICO Slide 71: ESTÁGIO Slide 72: ESTÁGIO Slide 73: TRATAMENTO Slide 74: CONSULTA DE ENFERMAGEM Slide 75: Exame físico ginecológico Slide 76: Inspeção externa: Slide 77: Inspeção externa: Slide 78: Palpação externa: Slide 79: Exame especular/Inspeção interna Papanicolau: Slide 80 Slide 81 Slide 82: As etapas do atendimento Slide 83 Slide 84: Coleta do Material Slide 85: Exame Papanicolau Slide 86 Slide 87 Slide 88: Exame Papanicolau Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93: Atribuições do enfermeiro Slide 94 Slide 95 Slide 96: EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA Slide 97 Slide 98 Slide 99: ANATOMIA DAS MAMAS Slide 100: ANATOMIA DAS MAMAS Slide 101: O QUE É CÂNCER DE MAMA? Slide 102 Slide 103: História natural Slide 104: CLASSIFICAÇÃO DO CÂNCER Slide 105: CLASSIFICAÇÃO DO CÂNCER Slide 106 Slide 107: Carcinoma ductal Slide 108: Carcinoma lobular Slide 109: Carcinoma Inflamatório Slide 110: Doença de Paget Slide 111: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Slide 112: Fatores de risco para o câncer de mama Slide 113: Como prevenir o câncer de mama? Slide 114: DIAGNÓSTICO PARA O CÂNCER DE MAMA Slide 115: AUTOEXAME DA MAMA Slide 116: Exame Clínico da Mama Slide 117: Exame Clínico da Mama Slide 118 Slide 119: Exame Clínico da Mama Slide 120: Exame Clínico da Mama Slide 121: Exame Clínico da Mama Slide 122: ECM Alterado Slide 123 Slide 124: Consulta de enfermagem no controle do câncer da mama Slide 125: Consulta de enfermagem no controle do câncer da mama Slide 126 Slide 127 Slide 128: MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS Slide 129 Slide 130 Slide 131: Dupla proteção Slide 132: Métodos anticoncepcionais Slide 133: Métodos anticoncepcionais Slide 134: ESCOLHENDO O MÉTODO ANTICONCEPCIONAL Slide 135: A preferência da mulher, do homem ou do casal Slide 136: Características dos métodos Slide 137: Características dos métodos Slide 138 Slide 139 Slide 140 Slide 141 Slide 142 Slide 143 Slide 144: FATORES INDIVIDUAIS PARA ESCOLHA DO MÉTODO Slide 145: Métodos anticoncepcionais Slide 146: MÉTODOS HORMONAIS Slide 147: ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS COMBINADOS Slide 148 Slide 149: ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS APENAS DE PROGESTOGÊNIO – MINIPÍLULAS Slide 150 Slide 151: ANTICONCEPCIONAL HORMONAL INJETÁVEL Slide 152 Slide 153: ANTICONCEPCIONAL HORMONAL INJETÁVEL Slide 154 Slide 155: IMPLANTES SUBCUTÂNEOS Slide 156 Slide 157: Métodos anticoncepcionais Slide 158: Métodos anticoncepcionais Slide 159: MÉTODOS DE BARREIRA Slide 160: MÉTODOS DE BARREIRA Slide 161 Slide 162 Slide 163 Slide 164: Métodos anticoncepcionais Slide 165: DISPOSITIVO INTRAUTERINO DIU Slide 166 Slide 167 Slide 168 Slide 169: Métodos anticoncepcionais Slide 170: Métodos anticoncepcionais Slide 171: MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Slide 172: MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Slide 173: MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Slide 174 Slide 175 Slide 176 Slide 177 Slide 178 Slide 179 Slide 180: Métodos anticoncepcionais Slide 181: MÉTODOS CIRÚRGICOS Slide 182 Slide 183 Slide 184 Slide 185: ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Slide 186: ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Slide 187 Slide 188: Planejamento reprodutivo Slide 189: PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA Slide 190: PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA Slide 191: PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM Slide 192: PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM Slide 193: Temáticas a serem abordadas Slide 194: ANTICONCEPÇÃO Slide 195: ANTICONCEPÇÃO Slide 196: DUPLA PROTEÇÃO Slide 197: ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA Slide 198: ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA Slide 199: A escolha do método anticoncepcional Slide 200: A escolha do método anticoncepcional Slide 201: ANTICONCEPÇÃO NA PERIMENOPAUSA Slide 202: ANTICONCEPÇÃO NA PERIMENOPAUSA Slide 203: A escolha do método anticoncepcional Slide 204: A escolha do método anticoncepcional Slide 205: ANTICONCEPÇÃO NO PÓS-PARTO E NO PÓS-ABORTO Slide 206: Anticoncepção no pós-parto Slide 207 Slide 208: Anticoncepção no pós-aborto Slide 209: Anticoncepção no pós-aborto Slide 210: ANTICONCEPÇÃO EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS Slide 211: ANTICONCEPÇÃO EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS Slide 212
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