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e-Tec Brasil23 Aula 3 - Classificação dos Resíduos Sólidos Na aula anterior estudamos os principais conceitos sobre os resíduos e o trabalho na gestão dos RSU. Nesta aula estudaremos a classificação, etapa importante no gerenciamento, pois para encontrar uma solução viável à disposição final dos resíduos é necessário, antes de tudo, classificá-los de forma correta. 3.1 A Classificação dos resíduos Figura 3.1: Resíduos sólidos Fonte: http://commons.wikimedia.org/ Patogenicidade: capaz de provocar doenças. De acordo com a NBR 10004/04 os resíduos dividem-se em: • Classe I – Perigosos – resíduos que em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenici- dade, podem apresentar riscos à saúde pública, provocando ou contri- buindo para o aumento de mortalidade ou incidência de doenças e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada. Enquadram-se nesta classe os resíduos sólidos industriais e de serviços de saúde. • Classe II – Não perigosos, que estão divididos em: – Classe II A – Não inertes – resíduos sólidos que não se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe II B (inertes). Estes resíduos podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade, ou solubilidade em água. Enquadram-se nesta classe os resíduos sólidos domiciliares. – Classe II B – Inertes – resíduos sólidos que, submetidos a testes de solubilização, não apresentam nenhum de seus constituintes solubiliza- dos em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se os padrões aspecto, cor, turbidez e sabor. Nesta classe enquadram-se principalmente os resíduos de construção e demolição. Os resíduos hospitalares, ou de serviços de saúde, são aqueles gerados pe- las diferentes áreas dos hospitais: refeitório, centro cirúrgico, administração, limpeza, entre outras. Fazem parte desta classe os resíduos vindos de farmá- cias, postos de saúde, clínicas médicas, odontológicas, veterinárias e outros estabelecimentos do gênero (SILVA, 2008). Esse tipo de resíduo apresenta altos riscos de contaminação e, por isso, é conhecido como resíduo patológico. Importante Nos processos de programas educacionais, normalmente classificam-se os resíduos em secos e molhados. Os secos são compostos por materiais potencialmente recicláveis, en- quanto os molhados correspondem à parte orgânica dos resíduos (so- bras de alimentos, cascas de frutas, restos de poda, entre outros). Essa classificação é muito utilizada nos programas de coleta seletiva por ser facilmente compreendida pela população. 3.2 Características dos resíduos Outro ponto importante a se considerar nos programas de Gestão são as características dos resíduos: Características físicas • Composição gravimétrica: traduz o percentual de cada componente em relação ao peso total do lixo. • Peso específico: é o peso dos resíduos em função do volume por eles ocupado, expresso em kg/m³. Sua determinação é fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações. • Teor de umidade: esta característica tem influência decisiva, principal- mente nos processos de tratamento e destinação do lixo. Varia muito em função das estações do ano e da incidência de chuvas. Gerenciamento de Resíduose-Tec Brasil 24 e-Tec Brasil25Aula 3 - Classificação dos Resíduos Sólidos • Compressividade: também conhecida como grau de compactação, in- dica a redução de volume que uma massa de lixo pode sofrer, quando submetida a uma pressão determinada. A compressividade do lixo situa- -se entre 1:3 e 1:4 para uma pressão equivalente a 4 kg/cm2. Tais valores são utilizados para dimensionamento de equipamentos compactadores. • Chorume: substância líquida decorrente da decomposição de material orgânico. Resumo Abordamos nesta aula uma importante etapa no gerenciamento dos resíduos: a Classificação. Existem basicamente dois tipos segundo a ABNT 10004/04: Os resíduos perigosos (Classe I) e os não perigosos (Classe II). Este último está dividido em duas subclasses: Classe II A (não inertes, exemplo: resíduo doméstico) e Classe II B (inertes, exemplo: caliças). Vimos ainda algumas ca- racterísticas importantes dos resíduos, como a composição gravimétrica, a densidade (peso específico), o teor de umidade, etc., tudo isso é importante para a escolha do melhor tratamento e disposição final dos mesmos. Mas a problemática dos resíduos sólidos é local ou global? É o que iremos discutir em nossas próximas aulas. Atividades de aprendizagem 1. Garrafas PET de refrigerante devem ser classificadas como qual classe de resíduo segundo as normas da ABNT? 2. E se as garrafas PET da questão anterior estiverem sido utilizadas para transportar ou armazenar gasolina? Que tipo de classe ela pertenceria agora? Dica de vídeo!!! Assista a Sopa de Lixo no Pacífico e reflita sobre a importância da Gestão de resíduos na Conservação da Natureza. http://www.youtube.com/ watch?v=XwvYzmk-NjY Poste a sua opinião em nossos fóruns.
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