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Viver com Saúde na Escola - promoção e prevenção em saúde biopsicossocial PRATICANDO E ENSINANDO O AUTOCUIDADO Assumir um compromisso consigo, fomentando ações favoráveis à sua saúde, não só física, como também emocional e mental. Em relação à saúde emocional: • Perceber e identificar as próprias emoções; • Observar as próprias reações comuns às emoções e as consequências disso em si e no ambiente; • Avaliar e aprimorar as maneiras de lidar com o estresse, os desafios e as frustrações; • Prática de atividade física regular; • Sono de qualidade; • Alimentação saudável; • Práticas meditativas e/ou contemplativas. Ensinando os alunos Se não aprendermos a cuidar de nós, teremos dificuldades para cuidar dos outros ou mesmo para ensinar como fazê-lo. Perceber que está sob uma emoção estressante e identificá-la: • O que causou a emoção? • O que eu sinto? • Como posso agir (em vez de reagir)? Lidar com a ansiedade: • O que me causa medo/receio? • O que eu sinto é proporcional à causa? • Quais são as minhas forças e fraquezas para lidar com a situação? • Qual é o problema e de que forma posso atuar sobre ele? Lidar com a frustração: • Qual é a causa da minha frustração? • Minhas expectativas eram reais? • O que aconteceu (ou não aconteceu) tem algo positivo? • O que posso aprender com a situação? É possível trabalhar o estigma e o preconceito sobre o transtorno mental na escola? O que é estigma? É um conjunto de crenças e atitudes das pessoas que faz com que elas rotulem, rejeitem, tenham medo, discriminem e desrespeitem pessoas com transtorno mental. Como o estigma afeta crianças e adolescentes com transtorno mental? • Leva à exclusão social; • Gera grande sofrimento, agravando o quadro; • Desencoraja a busca de ajuda em razão da vergonha. Como a escola pode evitar o estigma? • Romper com a associação entre transtorno mental e falha moral, causas sobrenaturais ou crenças religiosas. • Entender as causas da doença, explicadas cientificamente. • Buscar e divulgar informações confiáveis. Como contribuir para fazer da escola um espaço de promoção da saúde mental? Ensinando os alunos • Assumir a responsabilidade; • Manter diálogo aberto e respeitoso; • Identificar problemas e pensar em soluções; • Ter relações amistosas e apoiar quem está sofrendo. O que fazer quando identificar um sinal de sofrimento ou transtorno mental? 1. Se houve uma mudança brusca de comportamento, observe se é algo transitório. 2. Converse com outros educadores que tenham contato com o aluno e verifique se eles também perceberam o comportamento que chamou sua atenção. 3. Pergunte ao aluno se ele está bem. Você também pode perguntar a um colega próximo. 4. Persistindo o comportamento, encaminhar para especialistas. LEMBRE-SE! Educador não faz diagnóstico nem terapêutica. Essas são atribuições de profissionais da Saúde. Mas um olhar atento e cuidadoso do educador, bem como um encaminhamento e acompanhamento efetivo por parte dos responsáveis na escola, pode mudar o curso de um possível problema de ordem mental. Quando é necessário encaminhar para o Serviço de Saúde? • Quando há sinais de sofrimento emocional sem uma causa específica ou quando esse sofrimento não é superado após algum tempo. • Quando há sintomas físicos não associados a alguma doença. • Quando os sinais perduram e interferem no cotidiano. • Quando a criança ou o adolescente passou por um trauma. • Quando há mudanças bruscas de comportamento ou queda no rendimento escolar. DEPRESSÃO NA ESCOLA A depressão é uma doença que altera o humor e costuma estar relacionada com culpa e baixa autoestima. Além de distúrbios de sono e apetite, a condição também carrega a falta de perspectivas para o futuro e o sentimento de incapacidade de lidar com os problemas comuns da rotina. Essa condição é um fator de risco preocupante para o suicídio. Especialmente por se tratar de uma doença pouco compreendida, muitas pessoas ainda culpam quem sofre com a depressão, a exemplo do que acontece com o alcoolismo e a obesidade. Preguiça, fraqueza e irresponsabilidade são alguns dos adjetivos associados à enfermidade, o que dificulta a busca por ajuda e torna o tratamento ainda mais desafiador. No caso de crianças e jovens, a percepção da família é fundamental para identificar a doença, assim como a observação pelo corpo docente na escola. Os professores têm um papel importante neste cenário pois, normalmente, são os primeiros a notar quando os alunos mudam de comportamento. Mas, como saber que se trata apenas de uma tristeza transitória ou patológica? Muitas crianças e adolescentes lidam diariamente com situações que podem deflagrar mudanças comportamentais, como: separação e divórcio dos pais; descoberta da sexualidade; bullying e problemas de socialização; morte ou doença de entes queridos; problemas socioeconômicos; dificuldades de aprendizagem. E, claro, não podemos esquecer dos reflexos da pandemia, que dificultaram a readaptação de alguns alunos ao ambiente escolar. Como os professores raramente têm uma qualificação específica para lidar com esse tipo de problema, a coordenação pedagógica também deve atuar para identificar os sinais e fazer o encaminhamento necessário junto à família. Qual é o impacto da depressão em alunos e professores? Uma das consequências que a depressão pode desencadear é o aparecimento de questões, até então, desconhecidas para o aluno. A queda no rendimento escolar é um exemplo, assim como o isolamento e distanciamento dos colegas de classe. Também é relevante citar o aumento do número de faltas, reprovações em disciplinas e a evasão escolar, que tornam a situação desta criança ou adolescente ainda mais vulnerável para prejuízos educacionais a longo prazo e à consequência mais grave da doença, que é o suicídio. Para evitar chegar a esse ponto, a escola pode adotar algumas medidas para facilitar a identificação da doença: Manter um canal aberto de diálogo e comunicação Uma das formas de identificar os sinais de depressão e outros transtornos mentais é a vontade do próprio aluno de expressar suas dificuldades para o professor. Muitas vezes, a criança ou o adolescente não fala de forma evidente, mas pode se sentir acolhido quando questionado e abrir espaço para o diálogo. Além disso, incentivar a comunicação entre os próprios alunos se torna bastante efetivo, pois os colegas também são fundamentais para identificar quando algo não vai bem. Isso pode ser feito por meio de dinâmicas de grupo, por exemplo, que também são um ponto positivo para estimular a socialização e trabalhar diretamente na prevenção do isolamento, que é um fator de risco para a depressão. Acompanhar o desempenho dos alunos Um dos principais sintomas de depressão na escola é a queda do desempenho escolar. Esse também é um dos sinais mais fáceis de serem identificados pelos professores. Portanto, uma forma de evitar as consequências do agravamento dos transtornos mentais é acompanhar o desempenho do aluno e agir de forma proativa. Estimular a participação da família no ambiente escolar A participação dos pais e responsáveis na fase escolar também é essencial para a saúde mental de crianças e adolescentes, além de contribuir para uma melhora no desempenho dos alunos. Monitorar os padrões de comportamento dos alunos Mudança drástica no círculo social, perda de interesse por atividades que gostava e falta de cuidado com a higiene pessoal são alguns dos sinais que precisam acender um alerta na escola. Qualquer tipo de comportamento suspeito deve ser investigado. Também é preciso estar atento na forma como os alunos usam a Internet, especialmente em tempos de redes sociais. Quando mal utilizadas, essas ferramentas podem estimular e agravar a doença.https://horario.com.br/blog/quais-os-efeitos-da-pandemia-no-comportamento-dos-jovens/ https://horario.com.br/blog/5-dicas-de-como-melhorar-o-desempenho-dos-alunos-em-sala-de-aula/ https://horario.com.br/blog/o-que-e-e-como-lidar-com-o-cyberbullying-na-escola/ Crianças e adolescentes devem sentir segurança para se expressar Saúde mental é um assunto que precisa ser tratado de forma séria e no âmbito preventivo. Para isso, as crianças e adolescentes precisam encontrar na escola um espaço seguro para falar sobre os problemas que enfrentam de forma leve e sem julgamentos. Esse canal de diálogo pode ser efetivado de forma aberta ou anônima, abrindo possibilidades para que colegas de classe também se sintam confortáveis para alertar os gestores sobre alguma situação específica. ✓ Referência - Viver com Saúde Mental nas Escolas. CONVIVA SP. - ClassApp.
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