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Sucessões e Heranças

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Direitos das sucessões
O parentesco é o vínculo que une duas ou mais pessoas, em decorrência de uma delas descender da outra ou de ambas procederem de um genitor comum. 
Herança Jacente: quando já existe a figura do de “cujus” e não se sabe da existência dos herdeiros.
Herança Vacante: forma de transferência da heranças para o estado (DF ou municípios).
Diferencie a sucessão hereditária da sucessão testamentaria
1. Sucessão Hereditária:
 - A sucessão hereditária ocorre quando uma pessoa falece sem deixar um testamento válido ou quando o testamento não abrange todos os seus bens.
 - Os herdeiros são determinados de acordo com as leis de sucessão intestada, que variam de acordo com a jurisdição, mas geralmente seguem uma ordem hierárquica baseada em parentesco sanguíneo, como cônjuges, filhos, pais, irmãos, etc.
 - A distribuição dos bens ocorre de acordo com a legislação específica do país ou estado, e os herdeiros têm direito a uma parcela da herança, muitas vezes em proporções fixas ou de acordo com a relação de parentesco.
 - Não depende da vontade expressa do falecido, mas sim das regras legais.
2. Sucessão Testamentária:
 - A sucessão testamentária ocorre quando uma pessoa falecida deixou um testamento válido que especifica como seus bens devem ser distribuídos após sua morte.
 - O testamento é um documento legal que reflete a vontade do falecido e pode nomear herdeiros específicos, legatários, executor do testamento e outras disposições.
 - O falecido tem ampla liberdade para decidir como seus bens serão distribuídos, desde que siga as leis e regulamentos de sucessão que regem a validade dos testamentos em sua jurisdição.
 - A sucessão testamentária é mais flexível e permite ao falecido designar herdeiros e tomar decisões específicas sobre a distribuição de seus bens.
Em resumo, a principal diferença entre sucessão hereditária e sucessão testamentária é que a primeira ocorre quando não há um testamento válido, e os herdeiros são determinados por leis de sucessão intestada, enquanto a segunda ocorre quando há um testamento válido que expressa a vontade do falecido em relação à distribuição de seus bens. A sucessão testamentária oferece maior controle ao falecido sobre o destino de seus ativos após a morte.
Clarimundo faleceu na data de 11 de janeiro de 2003. Que normas serão aplicadas nesse caso, seguindo a legislação brasileira?
A aplicação das normas de sucessão no Brasil depende de vários fatores, incluindo a data do falecimento da pessoa, a existência ou não de um testamento válido e a relação de parentesco dos herdeiros. No caso do falecimento de Clarismundo na data de 11 de janeiro de 2003, de acordo com a legislação brasileira à época:
1. Regra Geral da Sucessão Hereditária:
 - Se Clarismundo não deixou um testamento válido, a sucessão será regida pelas normas de sucessão intestada, também conhecida como "legítima" ou "herança legal".
2. Ordem de Preferência dos Herdeiros:
 - A ordem de preferência dos herdeiros na sucessão intestada, de acordo com o Código Civil Brasileiro vigente em 2003, seria a seguinte:
 1. Cônjuge sobrevivente, desde que fosse casado no regime da comunhão parcial de bens ou regime de separação convencional de bens com participação final nos aquestos.
 2. Descendentes (filhos, netos, etc.).
 3. Ascendentes (pais, avós, etc.).
 4. Colaterais até o quarto grau (irmãos, tios, sobrinhos, primos).
3. Partilha dos Bens:
 - A partilha dos bens de Clarismundo seria feita de acordo com as regras do Código Civil, que estabelecem a distribuição da herança entre os herdeiros de acordo com a ordem de preferência mencionada acima.
 - O cônjuge sobrevivente teria direito a uma parte da herança, assim como os descendentes, ascendentes e colaterais, dependendo da existência e da relação de parentesco de cada um.
2. Astrogildo, depois de receber uma herança, renúncia em favor de seu irmão Lindolfo. comente essa assertiva.
A renúncia a uma herança é um ato pelo qual um herdeiro abdica de seu direito à herança, recusando a aceitá-la.
A renúncia à herança é um direito do herdeiro, desde que seja feita de forma expressa e não haja vício de vontade que a invalide. É importante destacar alguns pontos relevantes sobre essa questão:
1. Forma da Renúncia: A renúncia à herança deve ser feita de forma expressa e por escrito. O herdeiro que deseja renunciar deve manifestar sua vontade de forma clara e inequívoca, geralmente por meio de um documento específico chamado "escritura pública de renúncia" ou outro instrumento adequado.
2. Irrevogabilidade: A renúncia à herança é irrevogável, ou seja, uma vez que o herdeiro renúncia, ele não pode voltar atrás e reivindicar a herança posteriormente. É uma decisão definitiva.
3. Beneficiário da Renúncia: Quando um herdeiro renuncia a sua parte na herança, seus direitos são considerados como não tendo existido. Isso significa que sua parte na herança não é transferida para os demais herdeiros, mas sim distribuída de acordo com a ordem de vocação hereditária estabelecida pela lei. Portanto, a renúncia não implica automaticamente que o irmão Lindolfo receberá a parte de Astrogildo. A herança será redistribuída de acordo com as regras legais.
4. Prazo para Renúncia: O Código Civil estabelece um prazo para que o herdeiro manifeste sua renúncia, que é de 180 dias a partir do momento em que teve conhecimento da herança. Após esse prazo, a renúncia não é mais permitida.
Portanto, se Astrogildo recebeu uma herança e deseja renunciar em favor de seu irmão Lindolfo, ele deve seguir os procedimentos legais adequados e fazê-lo de forma expressa e dentro do prazo estabelecido pela lei. A herança de Astrogildo será distribuída de acordo com as regras legais de sucessão, e Lindolfo não a receberá automaticamente, a menos que seja o herdeiro legalmente designado para tal.
o que significa, direito de deliberar sobre a herança?
O direito de deliberar sobre a herança refere-se à faculdade que um herdeiro ou legatário possui de tomar decisões e fazer escolhas relacionadas à herança que lhe foi deixada por um falecido. 
Aqui estão algumas das principais decisões que um herdeiro ou legatário pode tomar ao exercer seu direito de deliberar sobre a herança:
1. Aceitar ou Renunciar à Herança: O herdeiro pode escolher aceitar a herança e se tornar o titular de todos os direitos e obrigações relacionados aos bens e dívidas deixados pelo falecido. Alternativamente, o herdeiro pode renunciar à herança, abdicando de seus direitos sobre os bens e não assumindo as dívidas do falecido.
2. Participar da Partilha: Se a herança for compartilhada com outros herdeiros, o beneficiário terá o direito de deliberar sobre como os bens serão divididos entre os herdeiros. Isso pode envolver a negociação de acordos com os outros herdeiros ou seguir as regras estabelecidas pela lei.
3. Administrar os Bens: Se a herança incluir propriedades, investimentos ou outros ativos, o beneficiário pode decidir como administrá-los, vendê-los ou mantê-los, desde que isso esteja de acordo com a lei e os interesses dos demais herdeiros.
4. Cumprir as Disposições do Testamento: Se houver um testamento deixado pelo falecido, o beneficiário deve respeitar as disposições nele contidas, garantindo que os desejos do falecido sejam atendidos na medida do possível.
5. Liquidar Dívidas e Obrigações: O beneficiário também pode decidir como lidar com as dívidas e obrigações do falecido, incluindo o pagamento de impostos, dívidas pendentes e outras responsabilidades financeiras.
Pode um pai deserdar um filho que o desobedeceu?
No Brasil, a legislação prevê a possibilidade de deserdar um herdeiro em casos específicos, mas a desobediência não é um motivo válido para deserdar um filho. A desoneração, que é a exclusão de um herdeiro do direito à herança, é regulamentada pelo Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002) em seus artigos 1.814 a 1.839. 
Os motivos pelos quais um pai pode deserdar um filho, de acordo com a legislação brasileira, estão relacionados a condutasextremamente graves e desonrosas do herdeiro em relação ao ascendente falecido. Os principais motivos que permitem a desoneração são:
Ofensa Física Grave; Calúnia ou Crime Contra a Honra; Induzimento, Conspiração ou Auxílio a Crime Contra a Vida do Autor da Herança; Recusa Injustificada de Alimentos; Relação Adulterina com o Cônjuge do Autor da Herança; 
Portanto, a desobediência a regras familiares ou desacordos familiares, por si só, não são motivos válidos para a desoneração de um filho. A lei estabelece critérios específicos e graves que devem ser cumpridos para que a exclusão de um herdeiro seja permitida. Além disso, o procedimento de desoneração deve ser conduzido judicialmente, com a devida comprovação dos motivos que levaram à exclusão do herdeiro.
Com base na legislação brasileira, pode uma pessoa nascida 10 anos depois da morte do pai herdar seus bens? justifique
No Brasil, a legislação de sucessões segue o princípio da "saisine," que significa que a pessoa herda os bens do falecido no momento da sua morte. Isso significa que a herança é transmitida aos herdeiros no exato momento do falecimento do de cujus (a pessoa que morreu), independentemente do nascimento de outras pessoas após essa data.
Portanto, uma pessoa que nasceu 10 anos após a morte de seu pai não tem direito à herança do pai, a menos que exista um testamento válido ou outra disposição legal que tenha previsto explicitamente a herança para essa criança nascida postumamente.
Vale ressaltar que, de acordo com o Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002), os filhos nascidos após a morte do pai são denominados "filhos póstumos." A legislação brasileira prevê que, se um filho póstumo foi concebido durante o casamento e nasceu com vida, ele terá direito à herança como se tivesse nascido antes da morte do pai. No entanto, isso se aplica apenas aos filhos concebidos durante o casamento.
Em resumo, a legislação brasileira não permite que uma pessoa que nasceu 10 anos após a morte do pai herde seus bens, a menos que haja disposições específicas em um testamento ou em outra legislação aplicável que permitam tal herança, como no caso dos filhos póstumos concebidos durante o casamento.
Comunhão Parcial de Bens: cônjuge é meeiro, não herdeiro.
Comunhão Universal de Bens: na comunhão total de bens, o cônjuge é ao mesmo tempo meeiro, com direito à meação dos bens comuns do casal, e herdeiro, com direito à herança do outro cônjuge em caso de falecimento.
Comunhão de Separação Total de Bens: o cônjuge é meeiro apenas em relação aos bens adquiridos em conjunto durante o casamento, mas o direito à herança não é afetado por esse regime, e o cônjuge sobrevivente ainda é considerado herdeiro e tem direito à herança do falecido, conforme estabelecido pela lei.

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