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Doença de Chagas: Caso Clínico

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Trata-se de RER, 48 anos, feminino, dona de casa, procedente de zona rural de Minas Gerais, atualmente residente na região metropolitana de BH. Enc...
Trata-se de RER, 48 anos, feminino, dona de casa, procedente de zona rural de Minas Gerais, atualmente residente na região metropolitana de BH. Encaminhada ao Ambulatório de Referência em Doença de Chagas pelo Hemominas após triagem sorológica positiva para doença de Chagas. A paciente nega sintomas cardíacos como dispneia, edema, palpitações, síncope, tosse, “chieira”, dor torácica. Refere disfagia leve nos últimos três anos para alimentos sólidos e apresenta constipação intestinal que piorou no último ano, chegando a ficar até uma semana sem evacuar. Nega outros sintomas, internações, cirurgias, outras doenças, tabagismo, etilismo ou hemotransfusões. História familiar de doença de Chagas: pai e irmão faleceram de morte súbita aos 45 anos e aos 50 anos, respectivamente. Duas irmãs são portadoras de doença de Chagas. A sorologia da mãe foi negativa para infecção pelo T. cruzi. Relata ter residido por muitos anos em zona rural, em casa de pau a pique, e que teve contato com o triatomíneo. Lembra-se de que, aos 20 anos de idade, fez exame para doença de Chagas, com resultado positivo. Não continuou o seguimento médico, pois “não sentia nada” (sic) e, realmente, permaneceu assintomática por vários anos. Nos últimos três anos, porém, apresentou sintomas digestivos. Como não estava em seguimento médico, se dispôs a fazer doação de sangue para um parente enfermo e, após os testes habituais de triagem para doença de Chagas, foi encaminhada pelo Banco de Sangue (Hemominas) ao Ambulatório de Referência em Doença de Chagas. Ao exame físico, não apresentou alterações dignas de nota, nem nos dados vitais, nem nos diversos sistemas, exceto no sistema digestivo, cujo exame revelou abdômen ligeiramente tenso, doloroso e distendido, porém peristáltico, com sigmoide palpável. O eletrocardiograma realizado ambulatorialmente não mostrou alterações. Considerando o caso clínico apresentado, assinale a alternativa correta em cada questão seguinte.
 Questão 1
Em relação à doença de Chagas qual das alternativas caracteriza a principal hipótese dediagnóstica para a paciente? 
Escolha uma opção:
a. Doença de Chagas, fase crônica, forma digestiva (apenas esofagopatia).
b. Doença de Chagas, fase crônica, forma cardíaca.
c. Doença de Chagas, fase crônica, forma digestiva (esofagopatia associada a provável colopatia).
d. Doença de Chagas, fase aguda.
e. Doença de Chagas, fase crônica, forma digestiva (apenas colopatia).
Sua resposta está correta.
Justificativas:
Alternativa correta: Doença de Chagas, fase crônica, forma digestiva (esofagopatia associada a provável colopatia).
A paciente encontra-se na fase crônica da doença de Chagas, visto que veio a apresentar sintomas digestivos após longo período em que se manteve assintomática. A paciente é procedente de zona rural, tem história familiar de doença de Chagas e apresenta sintomas digestivos atuais, presença de sinais e sintomas de esofagopatia e de provável colopatia (constipação intestinal, distensão abdominal ao exame físico).
Alternativa incorreta: Doença de Chagas, fase crônica, forma digestiva (apenas esofagopatia).
A paciente apresenta sinais e sintomas de esofagopatia e de provável colopatia (constipação intestinal, distensão abdominal ao exame físico).
Alternativa incorreta: Doença de Chagas, fase crônica, forma digestiva (apenas colopatia).
A paciente apresenta sinais e sintomas de esofagopatia e de provável colopatia (constipação intestinal, distensão abdominal ao exame físico).
Alternativa incorreta: Doença de Chagas, fase crônica, forma cardíaca.
A paciente não apresenta evidências clínicas de forma cardíaca da doença de Chagas, uma vez que não apresenta sintomas e sinais cardiovasculares, e o eletrocardiograma está dentro dos limites da normalidade.
Alternativa incorreta: Doença de Chagas, fase aguda.
A paciente não está na fase aguda da doença de Chagas, considerando seu histórico de ter residido por muitos anos em zona rural, em casa de pau a pique, com relato de contato com o triatomíneo. A paciente encontra-se na fase crônica da doença de Chagas, vindo a apresentar sintomas digestivos após longo período em que se manteve assint
 
Questão 2
Qual é a mais provável via de infecção da paciente?
Escolha uma opção:
a. Acidental
b. Oral
c. Vetorial
d. Congênita
e. Hemotransfusão
Sua resposta está correta.
Justificativas:
Alternativa correta: Vetorial
Trata-se de infecção vetorial, pois a paciente, atualmente com 48 anos de idade, é procedente de zona rural endêmica, onde morou por muitos anos em casa de pau a pique, e relata ter tido contato com o triatomíneo.
Alternativa incorreta: Congênita
Pois a mãe tem sorologia negativa para infecção pelo T. cruzi, afastando a possibilidade de transmissão congênita.
Alternativa incorreta: Hemotransfusão
Pois não há menção ao fato de que a paciente tenha sido submetida a hemotransfusão.
Alternativa incorreta: Oral
Pois não há histórico recente de ingestão de alimento contaminado, afastando a possibilidade de transmissão por via oral.
Alternativa incorreta: Acidental
Pois não há relato de que a paciente tenha sido vítima de acidentes em laboratório, afastando a possibilidade de transmissão acidental.

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