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TEMA 5 Conselho de Administracao

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AULA 5 
GOVERNANÇA 
CORPORATIVA E 
COMPLIANCE 
TEMA 1 – CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 
Nas médias e grandes empresas com capital aberto, há uma estrutura 
inserida no organograma que considera em sua configuração o papel do 
Conselho de Administração. Em um ambiente de conflitos com propriedade 
concentrada de empresas, o conselho de administração age como mediador 
entre os acionistas minoritários e majoritários. 
Empresas familiares começam a adotar práticas de Governança Corporativa, 
nesse caso, criando Conselhos de Administração em suas estruturas 
organizacionais. Assim também fazem as empresas fechadas. 
De acordo com Steinberg (2003, p. 155), 
Independente da forma societária e de ser companhia aberta ou fechada toda a sociedade 
deve ter um Conselho de Administração eleito pelos sócios, sem perder de vista todas as 
partes interessadas – stakeholders o objeto social e a sustentabilidade da sociedade a longo 
prazo. Os conselheiros devem sempre decidir no melhor interesse da sociedade como um 
todo, independentemente da parte que os indicou ou elegeu. 
Rodrigues diferencia conselho de família de conselho de administração (2015, 
p. 1, grifos nossos): 
Um dos propósitos do sistema de governança corporativa é exatamente fazer uma distinção 
clara entre propriedade e gestão. Assim, herdeiros têm direitos como proprietários, mas isso 
não lhes confere o direito de serem gestores, necessariamente. Gestão requer competências 
que não se transferem por laços consanguíneos. Assim, é necessário que a família organize o 
seu relacionamento com a empresa através de processos disciplinados. Uma boa prática é a 
criação de um conselho de família, que não deve se confundir com oconselho de 
administração (CA). O conselho de família não integra o sistema de gestão da empresa, 
como é o caso do CA, mas tem o propósito de organizar as expectativas da família em 
relação à sociedade. Deve funcionar fora da empresa, com um fórum para que a família 
discuta e resolva eventuais temas de conflito permitindo levar posições de consenso para a 
sociedade. 
O Código de Boas Práticas de Governança Corporativa do IBGC (2015, p. 20) 
define Governança Corporativa e seus atores como sendo 
O sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo 
os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, diretoria e órgãos de 
fiscalização e controle e demais partes interessadas. As boas práticas de Governança 
Corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses 
com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, 
facilitando o seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da 
organização, sua longevidade e o bem comum. 
2 
Portanto, a Governança Corporativa se apresenta essencialmente por um 
sistema de relações entre quatro atores principais: a propriedade, ou 
acionistas, o Conselho de Administração, a Diretoria Executiva e as outras 
partes interessadas na empresa. 
Silveira (2002) afirma que o conselho de administração desempenha papel 
fundamental na governança corporativa, e pode ser considerado um 
importante mecanismo interno atuante na redução dos conflitos de agência. 
Ainda segundo Silveira (2002), o conselho de administração contribui tanto 
nas relações entre acionistas e gestores, quanto na relação entre acionistas 
controladores e minoritários. 
Segundo Valente (2018, p. 9) o Conselho de Administração foi instituído pela 
Lei das Sociedades Anônimas (Lei n. 6.404/1976) “com a finalidade de criar 
um órgão deliberativo para as companhias abertas, aquelas empresas que 
têm seus valores mobiliários – ações ou debêntures – negociados 
publicamente, em bolsas de valores ou outros mercados.” 
O IBGC (2015, p. 39) aponta que o conselho de administração “é o órgão 
colegiado encarregado do processo de decisão de uma organização em 
relação ao seu direcionamento estratégico. Ele exerce o papel de guardião 
dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da organização, 
sendo seu principal componente.” 
Segundo Ram Charan (citado por Bloch, 2017), “O mundo está em busca de 
líderes de alto potencial. Um conselheiro deve trazer para a mesa uma visão 
de causa e também habilidades como conexão, coragem e adaptabilidade, 
pontos essenciais de qualquer bom profissional”. 
Segundo o Código Brasileiro de Governança Corporativa (2016, p. 29) 
O conselho de administração é o órgão central do sistema de governança corporativa, sendo 
responsável por exercer o papel de guardião dos princípios, dos valores, do objeto social e do 
sistema de governança da companhia, prevenir e administrar conflitos de interesses e buscar 
que cada parte interessada receba benefício apropriado e proporcional ao vínculo que possui 
com a companhia e ao risco a que está exposta. 
Ainda, de acordo com o IBGC (2015, p. 39) “além de decidir os rumos 
estratégicos do negócio, compete ao conselho de administração, conforme o 
melhor interesse da organização, monitorar a diretoria, atuando como elo 
entre esta e os sócios.” 
3 
Para Álvares, Giacometti e Gusso (2008, p. 129), “a missão do Conselho de 
Administração é proteger o patrimônio, maximizar o retorno dos investimentos 
e agregar valor aos empreendimentos.” 
Conforme o IBGC (2015, p. 24), a responsabilidade dos sócios em relação ao 
Conselho de Administração envolve 
Recomendar a criação de estruturas adequadas no nível do conselho de administração e da 
assembleia geral, durante a vigência desses direitos especiais, para que as decisões em que 
haja conflito de interesses do sócio de referência sejam tomadas sem sua participação, 
apenas por administradores independentes ou pelos demais acionistas. 
Entre as características e competências requeridas dos conselheiros, segundo 
o IBGC (2015) estão: 
• �  Alinhamento e comprometimento com os princípios, valores e 
código de conduta da organização; 
• �  Visão estratégica; 
• �  Disposição para defender seu ponto de vista a partir de 
julgamento 
próprio; 
• �  Capacidade de comunicação; 
• �  Disponibilidade de tempo; 
• �  Capacidade de trabalhar em equipe; 
• �  Conhecimento das melhores práticas de governança 
corporativa; 
• �  Capacidade de interpretar relatórios gerenciais, contábeis e 
financeiros e 
• �  Não financeiros; 
• �  Conhecimento sobre a legislação societária e a regulação; 
• �  Conhecimentos sobre gerenciamento de riscos. 
Em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico, Sandra Guerra 
(2017) afirma que “o papel de um conselho se divide em três categorias: 
direcionar a estratégia, controlar e monitorar a empresa, atuando como 
supervisor da gestão de risco e como "motor" da governança corporativa, 
e aconselhar a gestão da companhia. Esse papel está, no entanto, em 
constante evolução.” 
TEMA 2 – COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE 
ADMINISTRAÇÃO 
O código de melhores práticas de governança corporativa do Instituto 
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC, 2015, p. 42) recomenda, 
entre outros aspectos, “que o conselho de administração tenha um 
número ímpar de 
4 
conselheiros, entre cinco e onze. Esse número pode variar conforme o setor 
de atuação, porte, complexidade das atividades, estágio do ciclo de vida da 
organização e necessidade de criação de comitês.” 
Depreende-se que, para o conselho de administração desempenhar seu papel 
na governança corporativa, e ser considerado um importante mecanismo de 
diminuição dos conflitos de agência, deve ser composto principalmente por 
membros externos, não sendo formado por um número elevado de 
conselheiros, e deve haver separação das funções de diretor geral da 
companhia e de presidente do conselho. Um conselho de baixa atuação nos 
conflitos de agência é composto majoritariamente por membros internos e um 
elevado número de conselheiros, sendo presidido pelo executivo responsável 
pela direção geral da empresa (Correia; Amaral, 2009). 
Segundo o IBGC (2015, p. 42):O conselho de administração é um órgão colegiado, cujo desempenho depende do respeito e 
da compreensão das características de cada um de seus membros, sem que isso implique 
ausência de debates de ideias. A diversidade de perfis é fundamental, pois permite que a 
organização se beneficie da pluralidade de argumentos e de um processo de tomada de 
decisão com maior qualidade e segurança. 
As organizações brasileiras procuram se adaptar às novas exigências do 
mercado, ao constituir os conselhos de administração com a independência 
requerida, e com a participação de membros independentes. 
TEMA 3 – CLASSES DE CONSELHEIROS E PRAZO DO 
MANDATO 
Podem ser identificadas três classes de conselheiros, conforme o IBGC (2015, 
p. 45): 
� Internos: conselheiros que ocupam posição de diretores ou que são 
empregados da organização. 
� Externos: conselheiros sem vínculo atual comercial, empregatício ou de 
direção com a organização, mas que não são independentes, tais como ex- 
diretores e ex-empregados, advogados e consultores que prestam serviços à 
empresa, sócios ou empregados do grupo controlador, de controladas ou de 
companhias do mesmo grupo econômico, e seus parentes próximos e 
gestores de fundos com participação relevante. 
� Independentes: conselheiros externos que não possuem relações 
familiares, de negócio, ou de qualquer outro tipo com sócios com 
5 
participação relevante, grupos controladores, executivos, prestadores de 
serviços ou entidades sem fins lucrativos que influenciem ou possam 
influenciar, de forma significativa, seus julgamentos, opiniões, decisões ou 
comprometer suas ações no melhor interesse da organização. 
O próprio IBGC (2015, p. 45) afirma que “o papel dos conselheiros 
independentes é especialmente importante em companhias com capital 
disperso, sem controle definido, em que o papel predominante da diretoria 
deve ser contrabalançado.” 
O IBGC (2015, p. 47) também determina o prazo do mandato: 
• �  O período do mandato do conselheiro não deve ultrapassar dois 
anos. Deve-se permitir a reeleição para construir um conselho experiente 
e produtivo, desde que não seja automática. Todos os conselheiros 
devem ser eleitos na mesma assembleia geral. Organizações do terceiro 
setor podem adotar a renovação parcial ou escalonada de seus 
conselheiros. 
• �  A renovação de mandato deve levar em consideração os resultados 
da avaliação anual e a manutenção da independência do conselheiro 
mesmo após longo tempo de permanência no conselho. Os critérios para 
a renovação devem estar expressos no estatuto/contrato social ou no 
regimento interno do conselho. Para evitar a vitaliciedade, o estatuto/
contrato social pode fixar um número máximo de anos de exercício 
contínuo no conselho. 
TEMA 4 – INDEPENDÊNCIA DOS CONSELHEIROS E 
REMUNERAÇÃO DOS CONSELHEIROS 
Em relação à independência dos conselheiros, o IBGC (2015, p. 44) 
afirma: 
Todos os conselheiros, uma vez eleitos, têm responsabilidade para com a organização, 
independentemente do sócio, grupo acionário, administrador ou parte interessada que o 
tenha indicado para o cargo. Os conselheiros devem atuar de forma técnica, com 
isenção emocional, financeira e sem a influência de quaisquer relacionamentos pessoais 
ou profissionais. Os conselheiros devem criar e preservar valor para a organização como 
um todo, observados os aspectos legais e éticos envolvidos. 
Em relação às práticas do conselho de administração, o IBGC (2015, p. 
44) aponta os seguintes critérios: 
6 
• �  O conselho deve esgotar todos os meios disponíveis para 
avaliar a independência dos conselheiros. Em última instância, cabe a 
cada conselheiro refletir sistematicamente sobre sua capacidade de fazer 
um julgamento independente diante dos temas examinados no conselho. 
• �  Caso o conselheiro esteja conflitado em determinada situação, 
deve abster- se de participar da discussão e da decisão sobre aquele 
tema. 
• �  A eventual orientação de voto no âmbito de um acordo entre os 
sócios não exime o conselheiro de votar sempre no interesse da 
organização, de acordo com o exercício de seu dever de lealdade. O 
conselheiro deve examinar criticamente a orientação de voto do sócio e 
somente deve segui- la caso atenda aos interesses da organização. 
• �  Se o conselheiro identificar pressões indevidas ou sentir-se 
constrangido e não for possível manter sua autonomia, ele deve, no 
limite, renunciar ao cargo, sem prejuízo a eventual formulação de 
denúncia à assembleia geral e/ou ao órgão regulador. 
• �  Os conselheiros não devem atuar como consultores ou 
assessores remunerados da organização. 
• �  Os conselheiros independentes devem assumir maior 
protagonismo nas discussões, caso haja acúmulo dos cargos de diretor-
presidente e presidente do conselho de administração. 
• �  Se os cargos de presidente do conselho e de diretor-presidente 
forem exercidos pela mesma pessoa e, transitoriamente, não for possível 
a segregação das funções ou exista grau de parentesco, recomenda-se 
que um dos conselheiros independentes assuma a responsabilidade de 
liderar discussões que envolvam conflitos para os papéis de diretor-
presidente e presidente do conselho. 
No que diz respeito à remuneração dos conselheiros, o IBGC (2015, p. 
54 e 55) afirma que os conselheiros devem ser adequadamente 
remunerados, considerando as condições de mercado, as qualificações, 
o valor gerado à organização e os riscos da atividade. A remuneração 
apropriada favorece o alinhamento de objetivos e evita conflitos de 
interesses. Para isso descreve as seguintes questões: 
� As organizações devem ter um procedimento formal e transparente 
de aprovação, pela assembleia geral, da remuneração dos conselheiros. 
7 
• �  Remuneração por participação em reunião deve ser evitada. 
Recomenda- se uma remuneração fixa mensal igual para todos os 
conselheiros. Em função de suas responsabilidades e maior dedicação 
de tempo, o presidente do conselho pode receber uma remuneração 
adicional, mas não excessivamente superior àquela dos demais 
conselheiros. 
• �  Da mesma forma, a participação em comitês pode justificar a 
remuneração adicional dos membros do conselho. 
• �  A remuneração do conselho deve ser diferente (incentivos, 
métricas e prazos) daquela adotada para a diretoria, em função da 
natureza e de papéis distintos desses órgãos na organização. 
• �  Caso a organização utilize remuneração variável para os 
conselheiros, não deve atrelá-la a resultados de curto prazo. Esse plano 
deve ser vinculado a objetivos estratégicos de médio e longo prazos, 
focados na geração de valor econômico de longo prazo, e a organização 
deve tomar cuidados no sentido de evitar o estímulo a conflitos de 
interesses. 
• �  Se houver previsão de remuneração variável para os 
conselheiros, seus critérios e detalhes devem ser divulgados seguindo as 
mesmas recomendações de transparência previstas para a divulgação 
da remuneração da diretoria. 
• �  A remuneração anual dos conselheiros deve ser divulgada 
individualmente. Caso não o seja, deve ser divulgada de modo agregado 
por órgão social ou comitê com indicação da remuneração máxima, 
mínima e da média recebida pelos membros do órgão social. Ambas as 
formas de divulgação devem destacar, separadamente, a remuneração 
recebida pelos conselheiros que sejam sócios controladores, ou por 
pessoas a eles vinculadas, discriminando todo tipo de remuneração e 
benefícios. 
TEMA 5 – EMPRESAS BRASILEIRAS E OS CONSELHOS DE 
ADMINISTRAÇÃO 
A seguir são elencadas algumas empresas e a constituição de seus 
conselhos de administração. 
5.1 Alpargatas 
Possui seis membros, dos quais dois são independentes e eleitos pelos 
acionistas minoritários ordinaristas e preferencialistas. Eles são 
responsáveis pela 
8 
definição da estratégia de longo prazo e pela escolha da Diretoria, além de 
decidirem sobre os assuntos relevantes para os negócios e as operações da 
Companhia. 
5.2 Ambev 
O Conselho de Administração supervisionaos diretores da Ambev. O 
Conselho de Administração é atualmente composto de onze membros efetivos 
e um suplente que determina o direcionamento geral estratégico da Ambev. 
Os conselheiros são eleitos nas assembleias gerais para um mandato de três 
anos, sendo permitida a reeleição. A administração do dia a dia da Companhia 
fica a cargo de sua diretoria executiva, atualmente composta de dez diretores. 
Cabe ao Conselho de Administração nomear os diretores executivos, que 
permanecerão em seus cargos por três anos, sendo permitida a reeleição. 
Os conselheiros respondem pela nomeação dos diretores executivos e 
garantem que valores, ética e cultura da empresa sejam praticados e 
disseminados entre os colaboradores. Os membros do Conselho utilizam seu 
amplo conhecimento de negócios para garantir que a Ambev atinja seus 
objetivos de longo prazo e mantenha sua competitividade no curto prazo. Mais 
do que isso, o Conselho de Administração garante que a Ambev persiga seus 
objetivos comerciais de curto prazo, sem comprometer seu crescimento de 
longo prazo, assegurando, ao mesmo tempo, que os valores corporativos da 
Ambev sejam praticados e disseminados. 
Para garantir maior independência e autonomia entre os principais órgãos de 
Governança, nenhum conselheiro exerce cargo executivo na Companhia, 
embora todos sejam acionistas. Os cargos de Co-Presidentes do Conselho de 
Administração e de Diretor Geral são separados, sendo ocupados por 
pessoas distintas. Visando a aprimorar-se de forma constante, o Conselho 
avalia sua atuação e os procedimentos internos continuamente. 
O Conselho de Administração e a Diretoria são avaliados anualmente com 
base em metas de resultado associadas ao desempenho da Companhia, 
sendo tal avaliação utilizada para a verificação de seu direito à remuneração 
variável. 
9 
5.3 Azul 
O Conselho de Administração é composto por, no mínimo, 5 (cinco) e, no 
máximo, 14 (quatorze) membros, acionistas ou não, residentes no Brasil ou 
não, eleitos e destituíveis pela Assembleia Geral, que deverá indicar dentre 
eles 1 (um) Presidente do Conselho de Administração e 1 (um) Vice-
Presidente do Conselho de Administração. Os membros do Conselho de 
Administração são eleitos para um mandato unificado de 2 (dois) anos, sendo 
permitida reeleição. No mínimo 2 (dois) ou 20% (vinte por cento) dos 
membros do Conselho de Administração, o que for maior, deverão ser 
Conselheiros Independentes, e expressamente declarados como tais na ata 
da Assembleia Geral que os eleger. 
5.4 B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) 
O Conselho de Administração é composto por até 14 membros, eleitos em 
Assembleia Geral, sendo a maioria independentes. O mandato é de até dois 
anos, sendo permitida a reeleição. Entre suas principais funções, estão a 
definição da estratégia da Companhia, incluindo a aprovação do orçamento 
anual, zelando por sua boa execução, deliberação sobre a convocação da 
Assembleia Geral e proposta de destinação de lucros, eleição, destituição e 
monitoramento dos diretores executivos e escolha dos auditores 
independentes. 
5.5 Bradesco 
O Conselho de Administração do Bradesco é um Órgão de deliberação 
colegiada composto de 6 (seis) a 10 (dez) membros. Todos têm mandato de 2 
anos e podem ser reeleitos. O conselho reúne-se ordinariamente 6 (seis) 
vezes ao ano e extraordinariamente sempre que necessário. Entre suas 
principais atribuições, estão: estabelecer a estratégia da Organização 
Bradesco segundo as melhores práticas de Governança Corporativa; revisar 
os planos e políticas de negócios, protegendo e maximizando o retorno do 
investimento dos acionistas; e supervisionar as atividades da Diretoria 
Executiva, garantindo o respeito aos princípios da ética. 
10 
5.6 Banco do Brasil 
O Conselho de Administração será formado por pessoas naturais, eleitas pela 
Assembleia Geral, e terá oito membros com prazo de gestão unificado de dois 
anos, dentre os quais um presidente e um vice-presidente, sendo permitidas 
até três reconduções consecutivas. O prazo de gestão será estendido até a 
investidura dos novos membros. 
5.7 Braskem 
Composto por 11 membros (8 deles independentes) e regulado pelo Estatuto 
Social, o Conselho de Administração é autoridade máxima na gestão da 
Companhia, e tem como principais responsabilidades orientar os negócios da 
Braskem e decidir sobre questões estratégicas. Nenhum dos conselheiros 
exerce função executiva na Companhia. 
5.8 Copel 
O Conselho de Administração é o órgão de deliberação da Companhia, 
composto por sete ou nove membros eleitos em Assembleia Geral para 
mandato de dois anos. Esse colegiado – cuja principal responsabilidade é 
fixar a orientação geral dos negócios da Companhia – tem sua forma de 
atuação e competência 
específico.São realizadas reuniões mensais ordinárias do Conselho de 
reuniões extraordinárias (quando necessário). De todas as reuniões desse 
Colegiado – tanto ordinárias como extraordinárias – são lavradas atas em livro 
próprio, as quais, após o devido registro na Junta Comercial do Estado do 
Paraná, 
Sociedades Anônimas. 5.9 Cyrela 
O Conselho de Administração deve ser formado por no mínimo 5 e no máximo 
11 (onze) membros, dos quais pelo menos 20% devem ser Conselheiros 
Independentes, em linha com a definição expressa pelo Regulamento de 
Listagem do Novo Mercado. Os conselheiros são eleitos em Assembleia Geral 
com 
11 
mandato de dois anos, sendo permitida a reeleição. As reuniões do Conselho 
de Administração são realizadas mensalmente ou sempre que convocadas 
pelo Presidente, Vice-Presidente ou por três conselheiros, e as atas das 
reuniões são disponibilizadas ao público. 
Cabe ao Conselho de Administração a definição das políticas e diretrizes 
gerais da Cyrela, a avaliação de planos e projetos propostos pela Diretoria 
Executiva, e a aferição dos resultados alcançados. Dentre outras atribuições, 
o Conselho é competente para eleger e destituir os membros da Diretoria e 
fiscalizar a gestão destes. 
5.10 Eternit 
O Conselho de Administração (CA) é um órgão autônomo de natureza 
colegiada, composto por até 7 (sete) membros, com atuação regulada por 
Regimento Interno, cujas principais responsabilidades são orientar os 
negócios da Companhia, acompanhar sua operação e administração, decidir 
sobre questões estratégicas, orientar a Diretoria sobre temas relevantes, 
estabelecidas nos artigos 11 a 16 do Estatuto Social e em Regimento 
Interno
Administração, 
conforme calendário pré-estabelecido, além de eventuais
são publicadas conforme determina a Lei Federal n. 6.404/1976, Lei 
das
deliberar sobre a distribuição de dividendos, além de criar Comitês para 
matérias específicas. 
O mandato dos membros do CA é de dois anos, com possibilidade de 
reeleição em Assembleia Geral Ordinária. O Conselho de Administração 
realiza no mínimo 6 (seis) reuniões por ano, e reuniões extraordinárias 
sempre que necessário, ou quando convocadas por um de seus membros. 
5.11 JBS 
Atualmente o Conselho de Administração da JBS é formado por oito membros 
– um presidente, um vice-presidente, três conselheiros efetivos sem qualquer 
denominação específica, e três conselheiros efetivos designados conselheiros 
independentes. Na hipótese de ausência ou impedimento temporário do 
presidente, as funções do presidente serão exercidas por outro membro do 
Conselho de Administração indicado pelo presidente. 
5.12 Marfrig 
O Conselho de Administração é o órgão de deliberação colegiada responsável 
pela formulação e monitoramento para implantação das políticas gerais de 
negócios, incluindo a estratégia de longo prazo. O órgão é responsável, 
12 
dentre outras atribuições, pela designação e supervisão da gestão dos 
Diretores, além da contratação e destituição dos auditores independentes. De 
acordo com oEstatuto Socialda Marfrig, o Conselho de Administração da 
Companhia deve ser composto de no mínimo 05 (cinco) e, no máximo11 
(onze) membros, todos eleitos e destituíveis pela Assembleia Geral, com 
mandato unificado de2 (dois) anos, permitida a reeleição. De acordo com o 
Regulamento do Novo Mercado, no mínimo 20% dos membros do Conselho 
de Administração deverão ser Conselheiros Independentes. Os conselheiros 
deverão ainda subscrever, previamente à sua investidura no cargo, Termo de 
Anuência dos Administradores previsto no Regulamento do Novo Mercado. 
5.13 Petrobrás 
É composto por no mínimo sete e no máximo, onze membros, eleitos em 
Assembleia Geral Ordinária, para um mandato de até dois anos, admitidas no 
máximo três reeleições consecutivas. De todos os membros do conselho de 
administração, apenas o CEO e o representante dos empregados não são 
independentes. Todos os outros, incluindo o presidente, são membros 
independentes não executivos. 
5.14 Vale 
O Conselho de Administração, órgão de deliberação colegiada, é composto 
por 12 (doze) membros titulares e respectivos suplentes, dos quais 01 (um) 
membro e seu respectivo suplente serão eleitos e/ou destituídos, em votação 
em separado, pelo conjunto de empregados da Sociedade, todos com prazo 
de gestão unificado de 2 (dois) anos, admitida a reeleição. 
5.14 Via Varejo 
O Conselho de Administração é um órgão de deliberação colegiada, 
responsável pela orientação geral dos negócios da Via Varejo, incluindo a 
estratégia de longo prazo. É responsável, também, dentre outras atribuições, 
pela eleição dos diretores da Companhia e fiscalização da respectiva gestão. 
As decisões do Conselho de Administração são tomadas pelo voto favorável 
da maioria dos seus membros presentes nas respectivas reuniões. As 
reuniões do Conselho de Administração são realizadas ao menos 
bimestralmente, ou sempre 
13 
que necessário, por convocação do Presidente do Conselho de 
Administração. O Estatuto Social da Companhia estabelece que o Conselho 
de Administração será formado por, no mínimo, sete e, no máximo, nove 
membros, eleitos e destituíveis pela Assembleia Geral. 
14 
REFERÊNCIAS 
ÁLVARES, E.; GIACOMETTI, C.; GUSSO, E. Governança corporativa: um 
modelo brasileiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
BLOCH, V. Conselhos de administração precisam de liderança. Valor 
Econômico, São Paulo, 20 jul. 2017. 
CONSELHO de Administração. Alpargatas. Disponível em: <https://
ri.alpargatas.com.br/show.aspx?idMateria=3XD6/qB9UflVA2IutUn6aQ==>. 
Acesso em: 16 maio 2019. 
CONSELHO de Administração. Ambev. Disponível em: <http://
ri.ambev.com.br/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=43352>. Acesso 
em: 16 maio 2019. 
CONSELHO de Administração. Azul. Disponível em: <http://ri.voeazul.com.br/
conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=54747>. Acesso em: 16 maio 
2019. 
CONSELHO de Administração. B3. Disponível em: <http://
ri.bmfbovespa.com.br/static/ptb/conselho-de- administracao.asp?idioma=ptb>. 
Acesso em: 16 maio 2019. 
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www.bb.com.br/docs/pub/siteEsp/ri/pt/dce/dwn/RegimentoCA.pdf>. Acesso 
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