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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU IZABELA RANGEL DIAS FERREIRA FAZOLIM LUANA MELO MACIEL THAÍS PINHEIRO SANTOS VITOR HUGO GONÇALVES CRESCIMENTO E RETRAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA OS CICLOS AO LONGO DO GOVERNO LULA São Paulo 2022 IZABELA RANGEL DIAS FERREIRA FAZOLIM LUANA MELO MACIEL THAÍS PINHEIRO SANTOS VITOR HUGO GONÇALVES CRESCIMENTO E RETRAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA OS CICLOS AO LONGO DO GOVERNO LULA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de graduação em Ciências Econômicas da Universidade São Judas Tadeu, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof. Reinaldo Moura/ Prof. Carlos Penha Filho/ Prof. Vladimir Sipriano São Paulo 2022 2 IZABELA RANGEL DIAS FERREIRA FAZOLIM LUANA MELO MACIEL THAÍS PINHEIRO SANTOS VITOR HUGO GONÇALVES CRESCIMENTO E RETRAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA OS CICLOS AO LONGO DO GOVERNO LULA Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Economia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Ciências Econômicas, da Universidade São Judas Tadeu. Prof. Nome completo, abreviatura da titulação Universidade São Judas Tadeu Prof. Nome completo, abreviatura da titulação Universidade São Judas Tadeu Prof. Nome completo, abreviatura da titulação Universidade São Judas Tadeu São Paulo, _____ de _________________________ de 2022 3 RESUMO Com a nova candidatura do Lula à presidência, tornou-se necessária uma análise de como foram seus dois governos anteriores. Nesta pesquisa buscamos analisar os aspectos econômicos e sociais, focando nos avanços ou retrocessos em relação às gestões anteriores. A pesquisa foi conduzida analisando dados como o IPCA, PIB e desemprego e revisando literaturas do período. Identificamos que ações tomadas no governo Lula foram fundamentais para a retirada do Brasil do mapa da fome, reduzindo o número de pessoas abaixo da linha da pobreza de 8,1% para 3,1%, além da ascensão de cerca de 30% da classe D para a classe C. Concluímos que no âmbito econômico tivemos muitos avanços e o ganho de estabilidade nas relações internacionais, mas o principal ganho de sua gestão definitivamente foi nas áreas sociais. Palavras-chave: Pobreza; PIB; Desemprego; Inflação; Valorização do Real. 4 ABSTRACT With Lula's new candidacy for the presidency, it became necessary to analyze how his two previous governments were. In this research we seek to analyze the economic and social aspects, focusing on advances or setbacks in relation to previous administrations. The research was conducted by analyzing data such as the IPCA, GDP and unemployment and reviewing literature from the period. We identified that actions taken in the Lula government were fundamental for removing Brazil from the hunger map, reducing the number of people below the poverty line from 8.1% to 3.1%, in addition to the rise of about 30% of the social class. D to class C. We concluded that in the economic field we had many advances and the gain of stability in international relations, but the main gain of his administration was definitely in the social areas. Keywords: Poverty; PIB; Unemployment; Inflation; Real appreciation. 5 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - INFLAÇÃO (IPCA ACUMULADO POR TRIMESTRE) 13 Gráfico 2 - PIB em R$ Bilhões 15 Gráfico 3 - SALÁRIO-MÍNIMO em R$ 15 Gráfico 4 – Taxa de Extrema Pobreza em % 17 Gráfico 5 – Taxa Desemprego em % 20 6 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - SALÁRIO-MÍNIMO em R$ 16 Tabela 2 - REGRAS MINHA CASA MINHA VIDA 28 Tabela 3 - Previsão de gastos do PAC 2 29 7 Sumário 1- INTRODUÇÃO 9 2- PRIMEIRO MANDATO 11 2.1- ECONOMIA BRASILEIRA NA ERA PRÉ LULA 11 2.2- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 11 2.3-POLÍTICAS ECONÔMICAS 12 2.4- RESULTADOS SOCIAIS 16 3- SEGUNDO MANDATO 22 3.1-POLÍTICAS ECONÔMICA 22 3.2-RESULTADOS SOCIAIS 24 3.3-CRISE DE 2008 29 4-CONSIDERAÇÕES FINAIS 33 5-REFERÊNCIAS 35 8 1- INTRODUÇÃO O Brasil, como a maioria dos países colonizados, demorou a se estabelecer economicamente após sua independência, grandes revoluções econômicas ocorreram durante os 200 anos da independência brasileira, fazendo com que haja a alteração das relações de consumo da população e o relacionamento com outras nações. Durante os anos de 1995 a 2002 o país foi liderado por Fernando Henrique Cardoso, um período em que vimos a estabilidade econômica acontecer e a presença de democratização das políticas sociais. O seu primeiro mandato pode ser caracterizado pelas privatizações de empresas estatais e valorização do real, já para o segundo mandato podemos citar algumas reformas feitas por ele, baixo crescimento econômico e controle da inflação, porém com uma alta desigualdade social. Posterior a FHC, o próximo presidente a comandar o país foi Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do sindicato dos metalúrgicos e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), foi o mais importante político do país e governou durante o período de 2003 a 2011. Durante a sua campanha eleitoral ele demonstrou um grande objetivo de ajudar o povo, fato que contribuiu imensamente para que sua vitória contra FHC acontecesse, além da impopularidade de Fernando, propostas de mudanças nas políticas econômicas e o seu marketing eleitoral. Já em seu primeiro mandato, um de seus principais objetivos foi o controle da inflação, ao assumir o cargo ele pegou um índice de 12,53% e após diversas atitudes foi possível que o fechamento inflacionário fosse de 5,69%. Outros pontos ocorridos nesse período, foi a queda do dólar e câmbio flutuante resultante da administração econômica em 2003, ampliação das parcerias comerciais trazendo pontos positivos na balança comercial, aumento do superávit ao ser comparado com os anos anteriores, crescimento do PIB e salário mínimo, criação de medidas que asseguravam a alimentação da população e criação e manutenção de programas já existentes que visavam ajudar na complementação da renda, disponibilizar benefícios e desenvolvimento a população. No segundo mandato do governo Lula, podemos dizer que houve o controle da inflação, queda do desemprego, avanços socioeconômicos, criação da PAC e PROUNI, desenvolvimento da população fazendo com que grande parte dela deixe a zona de pobreza, consideração do Brasil como um país emergente e com isso proporcionando o ingresso do 9 mesmo ao G20. Outro fato importante que ocorreu nesse período, foi a crise ocorrida no final de 2008 que afetou diversos países e mesmo com isso, os números mostram um crescimento do PIB brasileiro, porém decorrente dela houve um pequeno aumento no câmbio. Aumento das exportações, queda nas taxas de juros, também fizeram parte do desenvolvimento do país em seu segundo mandato. Em âmbitos sociais, houve a criação de programas voltados para a saúde da população, o SAMU, aprovação da reforma da previdência e diversos outros benefícios são citados ao longo deste trabalho científico. Com o presente trabalho buscamos relacionar os resultados obtidos na era pré-lula, momento governado por FHC, com os saldos gerados por ele e, além disso, queremos demonstrar o crescimento e desenvolvimento do país ao longo dos dois mandatos em que o líder foi o presidente Lula, expondo os dados e comparando o desenvolvimento do país durante os dois períodos. A metodologia que utilizamos para a construção da monografia foi buscar todas as informações aqui presentes através de uma longa pesquisa em artigos científicos e acadêmicos. 2- PRIMEIRO MANDATO 2.1- ECONOMIA BRASILEIRA NA ERA PRÉ LULA No início de sua mandato, Lula recebeu o Brasil com o PIB em R$ 1,2 trilhão, mas 30% dele estava comprometido pela dívida externa. A moeda brasileira (real) estava 10 supervalorizada, chegando a atingir o patamar de equivalência com o dólar, onde 01 dólar valia 01 real, fator que dificultava as exportações. A taxa de pessoas abaixo da linha da pobreza era de 13,4%, cerca de 53 milhões de pessoas e a taxa de desemprego estava em 6,1%, criando um ambiente de alta desigualdade socialcom o IDH medido em 2001 pela ONU mostrou o Brasil na 69° posição. 2.2- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Mostraremos a história de um metalúrgico da grande ABC, especialmente de São Bernardo do Campo, chamado Luiz Inácio Lula da Silva. Homem simples, mas com muita força de vontade para ajudar o povo a ter comida na mesa e sair da zona da pobreza. Nasceu em 1945 em Garanhuns (PE) e foi o mais importante político do país. Foi presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, e entrou no mundo político fundando o Partido dos Trabalhadores (PT). Lula era perseguido pelos governos militares e os políticos se opunham a ele, após comandar greves de 1978 a 1980 no ABC paulista. Lula conseguiu ser o parlamentar mais bem votado do Brasil, nas eleições de 1986 para o Congresso Nacional. Como tinha poderes constituintes, saiu em defesa dos direitos sociais e políticos dos trabalhadores. Conseguiu fazer muitos feitos, entre eles a nacionalização das reservas minerais, pela reforma agrária, pela proteção da empresa nacional, pela jornada de trabalho de 40 horas semanais, entre outros. Foi um homem de coragem, pois lutou para ser presidente da República, sentia que precisava ajudar o povo, e por isso concorreu 4 vezes. Foi derrotado por Fernando Collor de Mello, e por Fernando Henrique Cardoso e por último, em 2002, Lula teve 61,27% de votos contra 38,74% de José Serra. Somente na quarta vez conseguiu finalmente subir a rampa com o apoio do povo, que já o conhecia, Lula fazia caravanas para várias cidades, para que o povo o conhecesse melhor. Todas as experiências e vivências do presidente Lula transmitiram à população sentimento de esperança para um país melhor, pois eles desejavam melhorias no âmbito social. Porém, ao mesmo tempo, existia o sentimento de dúvida, principalmente por parte daqueles que priorizavam a estabilidade econômica. Diversos fatores possibilitaram a vitória de Lula contra FHC, dentre eles, podemos citar a impopularidade do então presidente, mudanças na política econômica proposta por ele e o marketing político feito com promessas de melhoria do país, manutenção dos pilares macroeconômicos e com rigidez em relação à responsabilidade fiscal. (Boulos, 2016) 11 2.3-POLÍTICAS ECONÔMICAS A expectativa do que poderia vir a representar um governo de esquerda para o Brasil, suscitou grande especulação no mercado financeiro, com impactos sobre a bolsa de valores, taxa de juros e câmbio. O governo Lula deu continuidade à política econômica neoliberal, praticada no governo anterior. Tendo como ministro da Fazenda, o médico sanitarista, Antônio Palocci. Sua gestão trouxe diversos resultados positivos para o país, visto que focou em dois principais pontos, o controle da inflação e a estabilidade do real, pois o que todo mundo temia seria a falta de controle dos mesmos. (Freitas, 2007) O controle da inflação foi uma prioridade porque em 2002 o percentual de inflação era de 12,53%, em consequência da alta do dólar e valores exorbitantes de alimentos, provenientes do fim do governo de FHC. Em 2003, a taxa já apontava aproximadamente 11%, para combater a inflação quando assumiu o governo, Lula optou em estimular as exportações e atingir a meta de superávit primário fixada pelo (FMI) fundo monetário internacional. Lula achou por bem manter as taxas de juros altas, embora tenha praticado taxas menores que os governos anteriores, o que deu resultados, visto que ao término de seu primeiro mandato, a inflação estava em 5,69%, uma baixa significativa. (Barbosa e Souza, 2010) Gráfico 1 - INFLAÇÃO (IPCA ACUMULADO POR TRIMESTRE) Fonte: Banco Central do Brasil, 2022. Outro ponto que devemos analisar, ocorrido em paralelo à inflação em seu primeiro mandato, é o declínio do câmbio e do dólar. No ano de 1999, o Brasil recorreu a empréstimos internacionais junto ao fundo monetário internacional (FMI), com a condição de alterar o 12 regime cambial para flutuante. Durante os anos de 1999 a 2002, o câmbio teve sucessivas altas até seu ápice, quase R$4,00, ao final de 2002 e desde então o câmbio declinou até 2006 para o patamar de R$2,00 atingindo o menor valor do câmbio flutuante em 2008, R$1,566. Em 2003 observamos a queda do dólar em comparação com o real, no início do ano podemos observar a moeda cotada no valor de R$ 3,545 e no final do período a moeda estava cotada a R$ 2,902, nos mostrando que ocorreu uma queda de 18,13% durante o decorrer do ano. Os principais fatores que contribuíram para a alta do real e queda do dólar, foi a forma como a economia foi conduzida e o cenário político do período, outro ponto que podemos dizer que tiveram a devida influência neste quesito foram as exportações, além da inflação que foi fortemente controlada pelo banco central. (Ripardo, 2003) Agora comparando um pouco os parceiros comerciais e as exportações durante o governo de FHC e Lula, observamos que os eixos do governo de Fernando Henrique Cardoso eram Norte/Sul, então preferia ter como parceiro comercial a União Europeia e os Estados Unidos. Lula preferiu buscar outros parceiros, principalmente com a América do Sul, o oriente (China) e África. O que fez as exportações brasileiras crescerem, observando assim saltos positivos na balança comercial, adotando o eixo Sul/Sul. Com as novas formas de negociação, as exportações do Brasil cresceram muito a partir de 2002. As importações também cresceram, porém em ritmo mais lento do que a exportação, atingindo um superávit, tornando o valor das exportações maior do que as importações. (Boulos, 2016) Em 2002, o Brasil tem um superávit de US$13,1 bilhões, e em 2003 passa para US$24,794 bilhões e em 2004 US$33,666 bilhões e entre janeiro e julho de 2005, um acumulado de US$ 70.107 bilhões, o que culminou neste cenário foi as vendas para Argentina e China, responsáveis por 17,4% e 15,8%, do acúmulo observado em 2003 nas exportações brasileira. Já em 2004 podemos observar que houve uma queda na elevação desses países das exportações brasileiras em 12% e 3,9%. No entanto, em 2004, a economia cresceu 4,9%, com destaque para os bens de capitais e bem duráveis. Os bens não duráveis e semiduráveis continuaram em baixa. Para equilibrar as contas e manter superávit primário estabelecido pelo FMI, Lula achou por bem cortar gastos e investimentos, obtendo assim um crescimento muito pequeno de 1,1% no PIB do país. Mas com o aumento da produção industrial das exportações, conseguiu que o PIB crescesse (5,7%), que foi um dos melhores resultados em dez anos, no final do seu 1º mandato. (Boulos, 2016) 13 Resultante do equilíbrio do superávit, houve o crescimento do PIB, índice que é definido de acordo com a soma de todos os bens e serviços produzidos no país de acordo com a sua própria moeda, com ele é possível medir e ter uma noção de quanto a economia está aquecida, mostrando que as pessoas estão consumindo e que está havendo a geração de emprego no país. Ao analisarmos o percentual de crescimento do PIB durante o governo Lula, percebemos que houve um crescimento de 4,1%, isso se deu pela forma com que o governo lida com a valorização do salário mínimo, pois sabemos que quanto mais dinheiro a população tiver ``sobrando´´, mais gastos irão ter e assim a economia irá girar e o mercado fica cada vez mais movimentado. Pensando nisso, durante o seu governo, ele apostou na criação de 20 milhões de empregos e na política de valorização do salário mínimo, colocando o povo no centro do orçamento, promovendo programas sociais como o Bolsa Família, PAC, geração de novos empregos e fortalecimento dos bancos públicos para expansão do financiamento. (Barbosa e Souza, 2010) Gráfico 2 - PIB em R$ Bilhões Fonte: Criação própria com dados extraídos do Centro de Gestão de Resultados, 2022. Outro ponto que houve crescimento e desenvolvimento durante o seu mandato, foi o salário mínimo da população, pois os primeiros anos do governo foi adotada como métrica para o aumento do salário-mínimo o repasse da inflaçãodo período, acrescido de um aumento real calculado a partir da variação do PIB. Com isso, o salário mínimo teve reajustes acima da 14 inflação, passou de R$496 em 2002 para R$686 em 2006, aumento real de 38%. (Boulos, 2016) Gráfico 3 - SALÁRIO-MÍNIMO em R$ Fonte: Banco Central do Brasil, 2022. Tabela 1 - SALÁRIO-MÍNIMO em R$ ANO NOMINAL 2003 R$ 240,00 2004 R$ 260,00 2005 R$ 300,00 2006 R$ 350,00 2007 R$ 380,00 2008 R$ 415,00 2009 R$ 465,00 2010 R$ 510,00 Fonte: Ministério do Trabalho. 2.4- RESULTADOS SOCIAIS No primeiro governo de FHC, em 1995, o poder de compra do salário mínimo era de 1,15 cesta básica, enquanto no seu último ano de governança (2002) era possível comprar cerca de 1,54 cestas básicas, demonstrando um aumento de 34,37% no poder de compra dos trabalhadores em comparação com a cesta básica. No início do governo Lula, o salário 15 mínimo comprava cerca de 1,47 cesta básica e 2,27 em 2010, nos mostrando uma variação considerável de 53,73%. Foi definido na época que sua prioridade seria o combate à fome, as pessoas que o assessoraram diziam que a fome no Brasil não existia por falta de alimentos, mas por falta de meios para adquiri-los de forma de permanente e em quantidade e qualidade adequadas. Como a renda estava mal distribuída no país, uma parcela da população não conseguia o mínimo necessário para sobrevivência, similar ao que estamos vivendo atualmente. Em 2001, dados oficiais indicavam que mais de 46 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar. (Boulos, 2016) 16 Gráfico 4 – Taxa de Extrema Pobreza em % Fonte: Criação própria com dados extraídos do Centro de Gestão de Resultados., 2022 De acordo com a ONU, o número de brasileiros em situação de extrema fome caiu 82% durante os anos de 2002 a 2013, período em que os chefes de estado eram Lula e Dilma. Esse feito foi possível através da combinação de garantir alimentos e renda para a população, com a criação de diversos programas e benefícios de incentivo. Foram tomadas as seguintes medidas para garantir alimentação para a população: ● Criação de programas para apoio do pequeno e médio agricultor, já que são eles que produzem cerca de 70% dos alimentos dos brasileiros. ● Reforço na merenda escolar. ● A fim de impedir a disparada dos preços foi adotado a formação de estoques. ● Foi concedido cerca de 771 mil títulos de propriedades para famílias de agricultores, com o intuito de distribuição de terras. E para garantir da renda das famílias, foi adotado as seguintes medidas: ● Aumento do poder de compra da população, proporcionando através do aumento do salário mínimo. ● Redução das taxas de desemprego. ● Manutenção da inflação baixa ● Criação do Bolsa Família, para complemento da renda familiar. Combater a fome foi uma das primeiras medidas tomadas pelo presidente assim que assumiu o poder. 17 Durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso foram criados alguns programas que visavam a transferência e complementação da renda para a população e ao longo do tempo eles foram evoluindo visando beneficiar cada vez mais quem realmente precisa. ● Criação do Bolsa Escola em 2001: programa vinculado à educação, onde fornecia bolsas para crianças de 07 a 14 anos de acordo com a renda familiar. ● Cadastro Único (2001): criado para facilitar o cadastro aos programas sociais oferecidos pelo governo. ● Bolsa Família (2003): Programa de transferência de renda criado para agregar a quatro outros programas existentes. ● Criação do ministério do desenvolvimento social e combate à fome (2004): Criado para trabalhar em conjunto com o bolsa família, órgão de extrema importância para a estruturação do programa. ● Monitoramento das condicionalidades de saúde e educação (2006): Criado para monitoramento da saúde e educação nos municípios e informado ao governo federal, para que exista um acompanhamento. ● IGD-M: Mecanismo criado para controle e cumprimento de metas de cadastramento e acompanhamento das condicionalidades. ● Criação do protocolo de gestão integrada de serviços, benefícios e transferências de renda no âmbito do Suas (2009): Utilizado para respaldar aqueles que são beneficiários do bolsa família e BPC a prioridade na assistência. ● Revisão cadastral: Utilizado para garantir o funcionamento e cobertura do programa, através da revisão a cada dois anos das informações do cadastro único. ● Versão 7 do cadastro único: versão online que garante prioridade no cadastramento de crianças que estão sendo submetidas a trabalho infantil, pessoas em situação de rua e povos de comunidades tradicionais. Como a fome era a prioridade de Lula, foi lançado em seu governo o programa fome zero, que combinava políticas estruturais voltadas para as causas da fome e da pobreza, como a geração de empregos, acesso à saúde e à educação, com políticas específicas como a educação alimentar e o programa Bolsa família. O programa foi de fato regulamentado em 2.004, mas foi criado por Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente). Unificaram nele quatro programas: cartão alimentação, bolsa escola, bolsa alimentação e auxílio gás. 18 Um dos seus maiores problemas era a desigualdade na distribuição de renda, então o Bolsa família foi criado para a transferência de renda do governo que beneficia famílias pobres e extremamente pobres. (Boulos, 2016) Para criação de mais um programa de benefício e desenvolvimento da população, no início do mandato, foi enviado ao Congresso os textos que originaram o Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e começaram o programa Brasil Alfabetizado, responsável pela alfabetização de jovens e adultos, priorizando as regiões Norte e Nordeste do país. Além disso, ocorreu em seu governo a criação do programa Universidade para Todos (ProUni), com o intuito de determinar para as universidades privadas a destinação de bolsas de estudo integrais ou parciais com a isenção fiscal da qual elas são beneficiadas. Para garantir a qualidade dos cursos oferecidos, os alunos passaram a ser examinados pelo Exame Nacional de Avaliação do Desempenho Estudantil (Enade) e as notas obtidas começaram a ser utilizadas para que novos cursos e instituições fossem reconhecidos, credenciados ou recredenciados. Com isso, a educação superior passou a ser avaliada pelo desempenho dos estudantes, pelo projeto pedagógico dos cursos e pela qualidade docente e de infraestrutura das instituições. (Carvalho, 2011) Em relação ao mercado de trabalho, ao assumir o governo federal Lula se deparou com um saldo de 21,6 milhões de pessoas com empregos formais, finalizando o seu primeiro mandato com um aumento de 5,5 milhões de empregos, totalizando cerca de 27,1 milhões de brasileiros com carteira assinada. Já no final do seu segundo mandato, o saldo final de empregados formais no país era de 34,8 milhões, portanto, podemos dizer que foram cerca de 13,2 milhões de empregos criados durante os dois mandatos do presidente Lula. A ação referente ao desemprego foi um dos grandes destaques do governo Lula. Em 2003, a taxa de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrava 12,4%, aproximadamente oito milhões de pessoas com mais de 15 anos sem trabalho. No ano seguinte tivemos uma queda de 0,9%, atingindo o percentual de 11,5% de desempregados. Os índices continuaram caindo, em 2010, Lula deixou o Palácio do Planalto com uma taxa de desemprego inferior a 7%, de acordo com a Pesquisa Mensal do Emprego divulgada naquele ano. (Mello, 2010) Para conseguir gerar tantos empregos, seguiu um fortalecimento nas leis trabalhistas, valorizou o salário mínimo, apostou na educação e em programas sociais de transferência da renda, que ajudaram a manter a economia aquecida, visto que o trabalho com uma 19 remuneração digna e direitos dos trabalhistas garantidos possibilitou aos cidadãos a realizaçãode muitos objetivos. Aqui no Brasil inventaram uma tal de carteira verde e amarela, que eu não sei que tipo de emprego gera. Porque nós queremos uma carteira que não importe a cor, mas o que importa é que o empregador, quando contrata o trabalhador, tenha seguridade no emprego. E se esse trabalhador quiser ser um trabalhador que trabalha por conta própria, que quiser ser empreendedor, nós temos que criar condições, ainda assim, para cuidar da seguridade desse cidadão brasileiro. (Lula, 2007) Por experiência própria Lula sabe que apenas com condições dignas de trabalho e educação promovem o desenvolvimento da sociedade e foi exatamente isso que o motivou a geração de tantos empregos durante o seu tempo no poder. O Senai foi a melhor coisa que aconteceu. Eu fui o primeiro filho da minha mãe a ganhar mais que o salário mínimo, o primeiro a ter uma casa, o primeiro a ter um carro, o primeiro a ter uma televisão, o primeiro a ter uma geladeira. Tudo por conta dessa profissão. Acho que foi a primeira vez que eu tive contato com a cidadania. (Lula, 2007) Gráfico 5 – Taxa Desemprego em % Fonte: Criação própria com dados extraídos do Banco Central do Brasil, 2022. Outro aspecto importante de seu governo foi o investimento no setor da saúde, visto que de acordo com a comissão macroeconômica da organização mundial da saúde, o país estar com os investimentos nesse setor em dia proporciona redução nos índices de pobreza, maior crescimento e desenvolvimento econômico, além de trazer benefícios para a população e gerar empregos e renda. 20 O primeiro mandato de Lula foi o momento em que ele começou a demonstrar o seu interesse pelo tema realizando uma reforma administrativa no ministério da saúde e implantando propostas que para a época são consideradas inovadoras, sendo elas o programa Brasil Sorridente, onde foi implantado uma política de saúde bucal para a população que gerou um saldo de 9.984 novos atendentes e por volta de 69.700.000 de pessoas atendidas, além da instalação de centros especializados (Freitas, 2007). Outra criação feita por ele foi o SAMU (serviço de atendimento móvel de urgência) que possui o objetivo de realizar um pré-atendimento hospitalar de forma móvel e rápida. Mais uma de suas implantações foi a farmácia popular, que busca vender produtos à população com 90% de desconto e ainda podemos citar o aumento de 57% na equipe do Programa de Saúde da Família, fazendo com que haja a ampliação da atenção básica e a expansão e reforma nas CAPS (Centros De Atenção Psicossocial). Além desses pontos, devemos mencionar que ocorreu no primeiro mandato de seu governo a criação da Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos (CAMED), que implantou um controle e normas para os preços dos medicamentos, a política nacional à saúde da mulher, implantação de ações sobre a saúde da criança e adolescente com o intuito de vincular o Programa Saúde nas Escolas com o Programa de DST/AIDS, introdução da educação sexual na escolas, implantação do RENAST (Rede Nacional Integral à Saúde do Trabalhador) e de medidas voltadas a população negra. Além disso, em 2003, houve a aprovação do estatuto do idoso que promove a recuperação da saúde da população presente neste grupo. O Pacto pela Saúde foi um ponto importante aprovado em seu primeiro mandato que é constituído por reformas institucionais do SUS com a aliança da União, Estados e Municípios com o objetivo de realizar inovações nos processos e gestão do SUS (sistema único de saúde) para aprimoramento de sua eficiência e qualidade, é composto por três elementos, sendo eles: Pacto pela vida, Pacto em defesa do SUS e Pacto de gestão do SUS. (Menicucci, 2011) 21 3- SEGUNDO MANDATO 3.1-POLÍTICAS ECONÔMICA Lula ganhou as eleições de 2006, derrotando Geraldo Alckmin (PSDB) com mais de 60% dos votos válidos, reelegendo–se presidente da República. No segundo mandato do governo Lula em 2006 a inflação foi controlada e o índice de desemprego diminuiu. O crescimento foi puxado pela alta das commodities, a demanda doméstica, ajudada por programas como o Bolsa Família e a redução das taxas internacionais de juros. A segunda gestão de Lula, apresentou avanços no aspecto socioeconômico, que positivaram seu governo e elevaram sua popularidade. Entre esses avanços cabe citar a relativa estabilidade econômica e o controle da inflação; incremento das exportações brasileiras e recordes de saldos positivos na balança comercial; queda dos níveis de desemprego; antecipação do pagamento da dívida brasileira com o FMI e enfrentamento da questão da infraestrutura e modernização do país. Para atingir tantas melhorias, o governo Lula lançou em 2007 o programa de aceleração do crescimento (PAC), que previa investimentos em saneamento básico e infraestrutura (portos, rodovias, ferrovias e outros); aumento dos níveis de escolarização e criação do Programa universidade para todos (PROUNI), que concede bolsas em universidades particulares a jovens de baixa renda e inclusão social de uma parcela considerável da população. Esse programa foi bastante criticado, pois se destinaram verbas públicas para universidades privadas que poderiam ser aplicadas nas universidades públicas. Mesmo assim, foi considerado como inclusão social mesmo que essa parcela da população não tenha acesso a serviços de qualidade em setores básicos como educação e saúde. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, entre 2003 e 2010, cerca de 20,5 milhões de brasileiros deixaram a zona da pobreza. Um fenômeno novo nesse período foi o crescimento acentuado da classe C, a parcela da sociedade que possui renda familiar total entre R$1.126,00 e R$ 4.854,00. O Brasil, a partir de 2006, foi considerado um país emergente por possuir um território extenso, um número significativo de habitantes, recursos naturais abundantes e uma economia que apresentava taxas de crescimento relativamente altas. Junto com a Rússia, Índia, China e África do Sul, passou a integrar o chamado BRICs. 22 O grupo foi criado em 1999, e os países que o integram respondem por 85% da produção mundial e abrigam 2/3 da população do planeta. O G-20 busca contribuir para o aprimoramento da governança global. (Boulos, 2016) As condições do país emergente garantiram ao Brasil o ingresso no G-20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo e União Europeia, colaborou para o clima de otimismo que predominou no segundo mandato de Lula a notícia da descoberta de grandes reservas petrolíferas no litoral sudeste brasileiro, o chamado Pré-sal. Em meados de 2006, os recursos do Pré-sal, diziam os economistas, aumentaram a capacidade brasileira de efetuar investimentos e alavancar o crescimento. No final de 2008, houve uma crise econômica grave iniciada nos Estados Unidos, que gerou pânico, proporcionando recessão e desemprego a vários países da União Europeia, esse fato refletiu também no Brasil, como indica o PIB negativo (-0,3) de 2009. Mas no ano seguinte, a economia brasileira deu provas de seu dinamismo e o PIB voltou a crescer, chegando a 7,5%. O bom comportamento da economia brasileira durante a crise financeira internacional, a política de transferência de renda e a política de projeções do Brasil no exterior, proporcionou elevação da popularidade de Lula, que chegou a ter em 2010 a aprovação de cerca de 80% dos eleitores. Falando um pouco sobre as exportações durante esse período, devemos citar que em 2008 os produtos manufaturados representaram mais da metade dos produtos exportados, mas com o que vinha ocorrendo desde o início da década, em 2010 os produtos básicos se tornaram a maioria (43,1% contra 41,1% de manufaturados). O Brasil conseguiu aumentar suas exportações de forma extremamente consistente, contribuindo para os superávits na balança de pagamentos. Aumentou suas reservas internacionais, que ultrapassaram U $300 bilhões em 2011. Em 2009, a Ásia assumiu o 1º lugar das exportações, abandonando a América Latina, Caribe e a União Europeia. Vale ressaltartambém a importância dos EUA que, sozinho, são responsáveis por 10% das exportações brasileiras. (Barbosa e Souza, 2010) Além de registrar o ânimo dos investidores nacionais e estrangeiros, este índice é sensível ao nível de risco do país, ao câmbio, ao crescimento econômico, ao preço do petróleo e a outras variáveis. No ano de 2000 o Ibovespa superou 20 mil pontos, seguido por 40 mil pontos em 2006 e os 70 mil em 2008, atingindo seu ponto máximo no dia 20 de maio, 77.516. Depois da crise econômica que atingiu a bolsa, o índice despencou mais de 30 mil pontos em cinco meses, voltando ao mesmo patamar de três anos antes. (Boulos, 2016) 23 No âmbito cambial, Lula seguiu em um regime cambial flutuante, proporcionando desde então, o declinou até 2007, chegando ao patamar de R$2,00, e atingiu o menor valor de câmbio flutuante em julho de 2008, R$1,566. Posteriormente, o câmbio sofreu uma acentuada alta em decorrência da crise financeira, quase voltando ao patamar de R$2,50 em 2009. Sua política cambial era baseada em dólar mais barato (real valorizado); menos exportações; menor superávit no balanço de pagamentos; menores custos de importações e inflação menor impulsionada pelos preços internacionais (commodities) indexadas ao IGP-M. (Boulos, 2016) Mesmo com as melhorias no relacionamento internacional, aspecto importante para economia, o Brasil é conhecido por ter as maiores taxas de juros do mundo, mas em 2008, por exemplo, a taxa de juros sofreu uma queda em resposta à crise financeira. Pela primeira vez, o governo adotava uma política anticíclica, isto é, para aquecer a demanda na economia. A queda persistiu e a menor taxa da Selic chegou a 8,75% no fim de julho de 2009 e assim se manteve até meados de março de 2010. No 2º mandato de Lula a inflação estava em torno de 3,5 %, teve uma alta em 2005 de 5,10%, mas depois se manteve nos 4,5% até o final de seu mandato. Já o IPCA, a partir de 2006, estava em torno de 3,14%; em 2007 4,46%, em 2008 5,90%; 4,31% em 2009 e em 2010 5,91%, valor acima da meta, revelando aquecimento econômico do país neste ano. (Costa, 2006) Um dos pontos de extrema relevância abordados e implantados durante o seu segundo mandato foi de que a economia e a política de desenvolvimento caminham juntas, portanto, o primeiro quando inserido no segundo, proporcionam a aliança do crescimento econômico e desenvolvimento. 3.2-RESULTADOS SOCIAIS Durante o governo, em questões sociais, houve diversos avanços, dentre eles podemos citar a ampliação da agenda setorial com o intuito de aperfeiçoar a gestão pública, um ponto presente em seu segundo mandato foi o Programa Mais Saúde voltado a demonstração do detalhamento dos investimentos do ministério da saúde, onde se é demonstrado os pontos mais importantes, sendo eles a relação da saúde com o desenvolvimento socioeconômico, combinação da saúde com outras políticas públicas e a forma que o setor da saúde é importante para a geração de empregos e renda para a população. Outros pontos que foram definidos e desenvolvidos durante esse período foram a expansão do Programa Saúde da Família (PSF), qualificação dos profissionais atuantes no 24 programa Brasil Sorridente e acréscimo nas atividades dos agentes comunitários com a inclusão de atividades escolares. Ainda podemos citar a criação do programa Saúde nas Escolas, programa para tratamento de doenças como a hipertensão e diabetes, aumento a serviços especializados e cobertura do SAMU, melhora no acesso a internações. Entre os anos de 2007 e 2008 foram criadas 2.500 novas equipes para integrar ao Programa Saúde da Família e em 2008 por preocupação com as Equipes de Saúde da Família foram criadas núcleos de apoio às NAFS. Em complemento ao primeiro mandato mais investimentos foram feitos no setor da saúde bucal, com crescimento da equipe e criação de novos centros especializados. Durante o período que o PT ficou no poder foi investido R$ 64,8 bilhões no ano de 2003 e houve um aumento para R$ 120,4 bilhões de reais investidos no último ano do mandato de Dilma, a política de investimento na saúde trabalha em conjunto com um projeto de combate a desigualdade social e por isso os investimentos valem a pena. O seu governo foi marcado por diversas mudanças e dentre elas, ainda podemos citar a ocorrida no ano de 2003, momento em que foi aprovada a reforma da previdência. Essa reforma atingiu os funcionários públicos que agora passariam a ter um teto, dando aos servidores, a ter direitos à aposentadoria igual ao provento da ativa. Já os aposentados em geral, haveria uma contribuição sobre o valor da aposentadoria. Em relação (RGPS), as mudanças não chegaram a transformar significativamente as bases de proteção social, embora tenham eliminado benefícios e mudando a forma de acesso à aposentadoria. Nos últimos anos, a arrecadação das contribuições de empregados e empregadores não tem sido suficiente para financiar os gastos crescentes com benefícios. De 1999 a 2004, apesar de o governo ter aumentado a transferência de outros recursos vinculados à seguridade social, para a previdência e a de alteração terem sido efetuadas quanto ao leque de benefícios disponíveis e quanto às condições de acesso a eles, não foi possível evitar o surgimento de diferente no âmbito da proteção dirigida aos assalariados do setor privado da economia. (Lacerda, 2006). Outro fator de extrema importância ao analisarmos uma pesquisa feita pelo IBGE, no ano de 2008, veremos que o Brasil passava por um déficit habitacional de 7,9 milhões de moradias, número que compreende cerca de 21% da população da época, este cenário se resulta a partir da desigualdade social que a população se encontra naquele momento. A busca incessante para conseguir o mínimo é considerado a todo momento desespero para diversas famílias no Brasil. 25 A desigualdade social se dá devido a má distribuição de renda entre as famílias em todo o território nacional, as famílias não conseguem manter um padrão de vida e sobrevivência, em determinados locais as pessoas possuem hábitos luxuosos, em outros possuem hábitos mais simples e muitas vezes não conseguem ter acesso ao mínimo necessário para sobrevivência e também não era suficiente para o sustento de uma família em torno 3 pessoas, considerando que uma família sem acesso a casa própria necessita de comprar mantimentos mínimos de cesta básica e honrar com o pagamento dos aluguéis da sua moradia. Pelos números, as regiões Norte e Nordeste possuem a maior desigualdade social de todo o Brasil, muitas famílias não conseguem sustentar, e por conta disso, se as pessoas não conseguem atingir o mínimo possível de sobrevivência quem dirá adquirir a casa própria, o PIB (produto interno bruto) na região sudeste, centro-oeste e sul soma-se pelo menos 81,10%, já nas regiões Norte e Nordeste 18,2%. Estima-se que o percentual de pessoas que não tinham acesso ao saneamento básico é de 78,10% , número assustador onde mais da metade dessas pessoas não possui acesso a água e esgoto encanados. Como resultado de toda esta desigualdade, e também pelo aumento da industrialização no país, foi incentivado processo migratório de famílias de diversas regiões do Brasil para aquelas consideradas detentoras de maiores chances, oportunidades de emprego e desenvolvimento social. As pessoas se deslocavam do Norte e Nordeste para grandes centros urbanos nas regiões Sudeste e Sul, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná por conta do acentuado crescimento industrial nessas zonas e procuravam por sua vez a região Centro Oeste para oportunidades no setor agropecuário. No Brasil entende-se que moradia é exclusivamente por um processo comprado, onde uma pessoa deve adquirir uma casa como se fosse um produto, gerando uma transação financeira que depende plenamente do esforço e trabalho de cada um. Naquele momento com alta dificuldade de acesso a crédito para financiamentos, as famílias migrantes buscaram construir seus lares em encostasde morros, beira de rios e córregos sujeitas a desabamentos e inundações, realidade que por sua vez é exposta nas mídias todos os dias em épocas chuvosas (como no verão), mostrando grande parte de zonas periféricas construídas em as margens de rios e córregos e também em áreas de mangues inundadas por conta do aumento acentuado no volume de chuvas, situação natural para a estação do ano e também, famílias desoladas pela morte de seus membros, abandonadas devido ao desabamento de encostas e morros destruindo então o pouco que aquela família conseguiu naquele momento. 26 Alguns, problemas de habitação são medidos através de três componentes presentes na sociedade , sendo eles: ● Déficit por falta de moradia disponível o que compreende a moradias precárias, com pessoas vivendo em locais inadequados, correndo risco de vida e de contaminação por doenças; ● Déficit pela utilização de imóveis comerciais como moradias de famílias; ● Diversas famílias juntas, vivendo de forma compartilhada em um espaço reduzido; ● A principal despesa da família de baixa renda é o pagamento do aluguel; Como obrigação do estado, o governo deve sempre promover ações para estimular o desenvolvimento social e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, sendo assim, é dever do estado a melhora na distribuição de moradia e melhorar os números dos brasileiros sem acesso a casa própria. Pensando nisso o até então chefe de estado no Brasil, o presidente Lula, lançou em 2009 o programa Minha casa minha vida, com o intuito de ajudar a população de baixa renda a conquistar a tão sonhada casa própria, além de combater diretamente um sério problema existente no país, o déficit habitacional, a desigualdade social e impulsionar a economia. O programa consistia em dar condições a população para a conquista da casa própria com financiamentos especiais e facilitados. O programa consistia em subsidiar a aquisição de casas e apartamentos próprios para famílias com renda de até R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais), o governo construía esses imóveis, as disponibiliza para as famílias e essas por sua vez pagam ao governo federal de forma facilitada e com taxas de construções baixas. Também o programa consiste em facilitar a compra de imóveis para famílias com renda de até R$ 9.000,00 (nove mil reais) através de linhas de crédito especiais em conjunto com o banco federal Caixa Econômica. 27 Tabela 2 - REGRAS MINHA CASA MINHA VIDA Fonte: FGV com base na Pnad (IBGE) Como resultado, desde o lançamento até o ano de 2019 foram entregues 4,3 milhões de unidades habitacionais, também 5,7 milhões de contratos para construção de novas unidades e 222 mil unidades em processo de construção, sendo assim, o programa após a entrega de todos os processos em andamento teria beneficiado famílias com a entrega de cerca de 10,22 milhões de unidades habitacionais, fechando o ano de 2019 então com cerca déficit de 5,88 milhões de moradias, uma melhora de aproximadamente 26% no resultado em comparação ao ano de 2008 de 7,9 milhões de moradias em déficit. (Antunes, 2019) Outro programa lançado pelo governo Lula no dia 28 de janeiro de 2007, o PAC foi um programa de aceleração do crescimento econômico do Brasil que visava investimento em infraestrutura. O governo federal em 2009 anunciou recursos extras para gerar mais emprego no país e assim diminuir o impacto da crise mundial na economia brasileira com 142 bilhões de reais. O seu objetivo era promover investimentos das quais se esperava uma influência na modernização e ampliação da infraestrutura do país como rodovias, ferrovias, portos, energia elétrica e melhoria na qualidade de vida do cidadão que seria o saneamento, saúde e a educação. No ano de 2010 o objetivo do governo era investimento da ordem de 503,9 bilhões de reais. No governo Dilma em 2011, foi lançada a segunda fase do programa, o PAC 2. Com os mesmos objetivos do primeiro programa do PAC, só que com maiores parcerias de estados e municípios. O governo Dilma esperava fazer investimentos da ordem de R$955 bilhões de reais, aumentando o nível de emprego e infraestrutura do país entre 2011 e 2014. Um dos objetivos do PAC 2 também é a ênfase na inclusão social dos pobres, por meio do eixo 28 Comunidade Cidadã, assim como da continuidade do Programa Minha Casa, Minha Vida e do investimento em obras para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas. Tabela 3 - Previsão de gastos do PAC 2 Fonte: Ministério da Fazenda, 2014. O Brasil teve investimentos em setores como energia, transporte, mobilidade urbana e saneamento. No ano de 2015, o PAC teve cerca de R$ 1,9 trilhão em obras pelo Brasil. Aqui não se cresce sacrificando a democracia, não se fortalece a economia enfraquecendo o social, não se cria ilusões de distribuir o que não se tem, nem de gastar o que não se pode pagar. Aqui, o econômico, o político e o social estão plenamente enlaçados em um moderno projeto de nação. (Lula, 2016) . Já no ano de 2019, o programa chegou ao fim. Em 2020, o governo federal anunciou que estava planejando um novo programa voltado para o crescimento econômico baseado em investimentos em infraestrutura. Os resultados dessa pesquisa tiveram como ponto de vista as obras, como medidas institucionais e poderá ficar na história do país, não como um programa econômico que mudou a estrutura produtiva brasileira, e sim como um programa que atuou de forma mais significativa na questão do saneamento e do déficit habitacional. (Casal, 2016) 3.3-CRISE DE 2008 A crise de 2008 é considerada a maior crise desde o great crash de 1929. Todavia, a maior diferença reside na pronta resposta do setor governamental e financeiro, com o objetivo de enfrentar e colaborar para a solução dos diversos problemas ocorridos , ou mesmo em andamento. A crise do subprime (pessoas com crédito ruim) surgiu no mercado imobiliário norte-americano, a partir de 2006. Durante os anos anteriores, houve uma enorme expansão na construção e financiamento das novas residências. Nessa época, os preços dos imóveis não 29 paravam de crescer , estimulando o consumo por meio do “ efeito riqueza ”. Isso permitiu um maior endividamento das famílias, como contrapartida dos maiores gastos em consumo. Para ampliar a demanda, a fim de observar o aumento de oferta de imóveis, expandiu-se o mercado de hipotecas, para conceder financiamento a pessoas que, a rigor, não estavam qualificadas para tal. Não possuíam renda suficiente, nem estabilidade de emprego, ou ativos garantidos. O mercado financeiro criou diversas operações estruturadas para ampliar a entrada de recursos no setor imobiliário, combinando instrumentos e mercados financeiros, com a ilusão de mitigar ou administrar o risco. Na época, havia uma ampla disponibilidade de moeda e crédito no mercado, e as taxas de juros reais estavam baixas. A ampliação de novos veículos de investimento nele apoiados, criou novas oportunidades para investimentos mais rentáveis, assumindo-se um risco controlado, diretamente, nesse mercado. Em alguns casos, sem sequer perceber, dada a complexidade dos diversos instrumentos financeiros. (Mello, 2010) O pico da bolha imobiliária se manifestou nos anos de 2005-2006. Começa uma crescente inadimplência no mercado subprime, ajudada pelo fato dos juros serem flutuantes. No período de 2006-2007, os juros começaram a subir, e os preços de imóveis atingiram seu pico, e em seguida já mostravam uma queda moderada. Com a continuação do declínio dos preços de imóveis, e o aumento da taxa de inadimplência e a retomada dos imóveis pelos financiadores, as instituições financeiras no mercado norte-americano e europeu sofrem grandes perdas. Começa então, ainda no terceiro trimestre de 2007, a crise que iria se manifestar plenamente a partir dos meses seguintes, mais intensamente no segundo semestre de 2008. Essa crise resultou no colapso de grandes quedas de preços de ações, uma brutal perda de confiança no mercado de ações, um enorme aumento no desemprego equeda na atividade produtiva dos países. (Mello, 2010) Os principais impactos da crise no mercado: ● Prejuízos das instituições financeiras, que podem chegar a mais de 3 trilhões de dólares. ● Falência e fusões forçadas de bancos e outras instituições financeiras. ● No auge da crise, em setembro de 2008, corridas bancárias, interrupções de linhas de empréstimos, colapso do mercado interbancário, etc... ● Criação pelo governo (departamento de tesouro) para combater o pânico, como nos Estados Unidos, o (TARP) troubled asset relief program, que injetou U$700 bilhões, no sistema financeiro norte –americano. 30 ● O contágio global foi um traço marcante da crise, principalmente pela velocidade de suas ramificações entre mercados financeiros e países . ● O desenvolvimento de instrumentos da crise no setor financeiro. ● O contínuo desenvolvimento de instrumentos financeiros, uma verdadeira engenharia financeira, desenhada com o propósito de aumentar a rentabilidade de operações, sem necessariamente aumentar o correspondente risco. ● O mercado de hipotecas funcionava assim: os compradores de imóveis com histórico de crédito ruim( o subprime) contrataram financiamentos hipotecários junto às corretoras de hipotecas. O mercado se ampliou, mais corretores entraram no negócio e concedeu-se empréstimos a pessoas no negócio e a pessoas sem a menor condição. As taxas de juros eram leoninas e continham cláusulas de reajustes. O mercado faturava (ilusão de curto prazo) com os altos juros contratuais. ● Grandes instituições financeiras entravam no mercado, captavam recursos de investidores e vendiam títulos de securitização com base nas hipotecas. Com isso , ampliaram os empréstimos hipotecários. ● As agências de rating passam a classificar os novos títulos , dando notas para o investimento. E nesse processo, fundos de pensão, seguradoras e outros investidores institucionais ingressam no negócio. ● O mercado fica globalizado, e bancos e investidores da Europa e Ásia adquirem os títulos , crise financeira mundial. No caso do mercado subprime, foram criados produtos financeiros com o propósito de satisfazer objetivos especiais aos clientes. Deve-se destacar, entre esses, os investimentos para compensar uma exposição de risco de inadimplência do mutuário ou então para dar assistência na hora de prestar empréstimos, melhorando o perfil de risco de crédito. A alavancagem exagerada foi outra características de “ febre de financiamento ”. Os mutuários e famílias ficaram excessivamente comprometidos, dada a renda disponível. Como resultado, criou-se uma estrutura piramidal para aplicação de recursos no mercado financeiro , em que a base era de barro. (Mello, 2010) O impacto da crise, tal como nas grandes financeiras do passado, foi devastador. Contribuiu para a falência de perda de trilhões de dólares de riqueza dos consumidores, forçou os governos dos países (principalmente Estados Unidos e na Europa ocidental) a assumirem compromissos de resgate, também na casa de trilhões de dólares, e provocou 31 sérios impactos nas economias dos países industrializados e emergentes. A crise financeira seria apenas um sintoma de uma crise sistêmica mais profunda do capitalismo. A existência dos países BRICS com rápido crescimento da renda per capita (Brasil, Índia, Rússia e China), e o impacto da expansão da classe média conhecedora nesses países, atenua bastante os possíveis efeitos trazidos por esse tipo de diagnóstico de subconsumo. Além da bolha imobiliária, causada pelo excesso de liquidez monetária, houve outra bolha: a de commodities. Entre o começo de 2007 e meados de 2008, o preço do petróleo subiu de US$50 para US$147 por barril. Os preços de minerais como cobre, níquel e ferro, assim como o de produtos agrícolas, exibiram grande alta nesse período . Essa bolha, de certa forma, foi benéfica para a economia brasileira, porém contribuem para piorar as condições de renda disponível dos consumidores de petróleo e demais commodities. A crise ressaltou um aspecto teórico de alta relevância; a diferença entre liquidez e solvência. Liquidez é a habilidade de levantar dinheiro a curto prazo. A crise de liquidez pode levar à crise de solvência, e esta por sua vez está relacionada a uma crise de confiança. As autoridades, em alguns momentos do auge da crise de 2008, ficam no dilema: o que socorrer primeiro. Poucos economistas previnem a crise, muitos economistas acreditam que a movimentação dos preços financeiros é imprevisível e aleatória . Houve uma crise política, começada em meados de 2005, e deflagrada pela descoberta de uma forte corrupção do partido governante. A crise trouxe preocupações quanto a um contágio na macroeconomia, mas foi superada, e o Presidente foi reeleito (Lula). A gestão do segundo mandato de Lula foi marcada pela manutenção de baixa inflação e mediano crescimento econômico. O quadro social mostra significativas melhorias, com o IDH (índice de desenvolvimento Humano) atingindo 80 pontos. Infelizmente, reformas tanto esperadas quanto à previdência e fiscal – ainda não foram feitas. Melhorou bastante a imagem econômica do país no cenário internacional, e o Brasil entrou em um círculo de desenvolvimento. A crise financeira no final de 2008 sinalizou um período favorável para a economia mas mostrou-se de curto prazo de duração, pois os fundamentos econômicos de longo prazo do país são positivos. 32 O impacto foi menor do que se temia. Os corretos fundamentos econômicos e financeiros foram muito importantes para se explicar o resumo no enfrentamento da crise de 2008; regime de câmbio flutuante, controle da inflação por metas, superávit primário, dívida pública desdolarização, sistema bancário sólido, pouca alavancarem de operação financeiras, controle governamental para evitar exposição excessiva a ativos financeiros de alto risco e existência de um nível de reservas em mercados fortes superior a US$250 bilhões. O governo também mostrou atuação firme e rápida no episódio, e o Brasil se saiu relativamente bem. Praticamente não houve queda do PIB em 2009 (apenas 0,4%). Para alguns economistas, essa medida não capta a severidade da crise que se abateu na economia brasileira. A crise atingiu o Brasil num momento em que o crescimento econômico se intensificava. A queda do PIB brasileiro foi significativa nos dois trimestres que vieram após o auge da crise – o quarto trimestre de 2008 e o primeiro de 2009. A economia precisou de três trimestres seguidos em 2009 para se recuperar do choque. Em 2010 , o crescimento do PIB apresentou uma forte tendência de alta . A crise do euro, de 2010, respingou na economia brasileira pela diminuição de investimentos diretos no país. O Brasil terá como principal desafio macroeconômico para as próximas décadas manter uma trajetória sustentada de elevadas taxas de crescimento econômico. (Securato, 2011) 4-CONSIDERAÇÕES FINAIS Entre erros e acertos, podemos identificar que ao final de dois mandatos consecutivos o governo Lula foi positivo. Quando assumiu a presidência, o Brasil passava por uma fase econômica muito delicada e a implantação das taxas de câmbio flutuantes, determinação das metas de inflação e o superávit foi essencial para mostrar aos brasileiros e ao restante do mundo que os planos de crescimento do governo eram concisos e responsáveis, indo na contramão dos governos anteriores que iniciaram projetos de crescimento desenfreados. Combatendo a maior dificuldade dos anos anteriores, tivemos um declínio de cerca de 9,4% no IPCA, consequentemente reduzindo a inflação do período. O crescimento econômico foi alavancado após a adoção das políticas de transferência de renda do governo, como por exemplo o Bolsa-Família, porque tivemos um aumento na confiança externa pelo cumprimento das obrigações financeiras sem dependência de fundos exteriores. Os programas de transferência de renda foram essenciais para a vida das famílias menos favorecidas, mas também mostraramuma nova perspectiva econômica, visto que a 33 melhoria no poder de compra das populações mais baixas serviu para aquecer os mais diversos tipos de mercado. É importante ressaltar que todos os avanços são resultados de um plano de governo que buscou associar o crescimento econômico e o social. Outras estratégias muito eficientes e que foram determinantes para o enfrentamento da crise internacional foram o incentivo fiscal e monetário e um maior investimento público na economia. Concluímos analisando o governo Lula que uma política econômica voltada ao crescimento de sua população e boas relações externas são fundamentais para atingir novos patamares de uma economia saudável, superando seus próprios obstáculos. 34 5-REFERÊNCIAS AGUIAR, Sara Camêlo. O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O GOVERNO LULA. 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