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TCC - Economia Politica e Contexto Brasileiro

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
IZABELA RANGEL DIAS FERREIRA FAZOLIM
LUANA MELO MACIEL
THAÍS PINHEIRO SANTOS
VITOR HUGO GONÇALVES
CRESCIMENTO E RETRAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA
OS CICLOS AO LONGO DO GOVERNO LULA
São Paulo
2022
IZABELA RANGEL DIAS FERREIRA FAZOLIM
LUANA MELO MACIEL
THAÍS PINHEIRO SANTOS
VITOR HUGO GONÇALVES
CRESCIMENTO E RETRAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA
OS CICLOS AO LONGO DO GOVERNO LULA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de graduação em Ciências
Econômicas da Universidade São Judas Tadeu,
como requisito parcial para obtenção do título
de Bacharel.
Orientador: Prof. Reinaldo Moura/ Prof. Carlos Penha Filho/ Prof. Vladimir Sipriano
São Paulo
2022
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IZABELA RANGEL DIAS FERREIRA FAZOLIM
LUANA MELO MACIEL
THAÍS PINHEIRO SANTOS
VITOR HUGO GONÇALVES
CRESCIMENTO E RETRAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA
OS CICLOS AO LONGO DO GOVERNO LULA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi
julgado adequado à obtenção do título de
Bacharel em Economia e aprovado em sua
forma final pelo Curso de Ciências
Econômicas, da Universidade São Judas
Tadeu.
Prof. Nome completo, abreviatura da titulação
Universidade São Judas Tadeu
Prof. Nome completo, abreviatura da titulação
Universidade São Judas Tadeu
Prof. Nome completo, abreviatura da titulação
Universidade São Judas Tadeu
São Paulo, _____ de _________________________ de 2022
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RESUMO
Com a nova candidatura do Lula à presidência, tornou-se necessária uma análise de como
foram seus dois governos anteriores. Nesta pesquisa buscamos analisar os aspectos
econômicos e sociais, focando nos avanços ou retrocessos em relação às gestões anteriores. A
pesquisa foi conduzida analisando dados como o IPCA, PIB e desemprego e revisando
literaturas do período. Identificamos que ações tomadas no governo Lula foram fundamentais
para a retirada do Brasil do mapa da fome, reduzindo o número de pessoas abaixo da linha da
pobreza de 8,1% para 3,1%, além da ascensão de cerca de 30% da classe D para a classe C.
Concluímos que no âmbito econômico tivemos muitos avanços e o ganho de estabilidade nas
relações internacionais, mas o principal ganho de sua gestão definitivamente foi nas áreas
sociais.
Palavras-chave: Pobreza; PIB; Desemprego; Inflação; Valorização do Real.
4
ABSTRACT
With Lula's new candidacy for the presidency, it became necessary to analyze how his two
previous governments were. In this research we seek to analyze the economic and social
aspects, focusing on advances or setbacks in relation to previous administrations. The
research was conducted by analyzing data such as the IPCA, GDP and unemployment and
reviewing literature from the period. We identified that actions taken in the Lula government
were fundamental for removing Brazil from the hunger map, reducing the number of people
below the poverty line from 8.1% to 3.1%, in addition to the rise of about 30% of the social
class. D to class C. We concluded that in the economic field we had many advances and the
gain of stability in international relations, but the main gain of his administration was
definitely in the social areas.
Keywords: Poverty; PIB; Unemployment; Inflation; Real appreciation.
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - INFLAÇÃO (IPCA ACUMULADO POR TRIMESTRE) 13
Gráfico 2 - PIB em R$ Bilhões 15
Gráfico 3 - SALÁRIO-MÍNIMO em R$ 15
Gráfico 4 – Taxa de Extrema Pobreza em % 17
Gráfico 5 – Taxa Desemprego em % 20
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - SALÁRIO-MÍNIMO em R$ 16
Tabela 2 - REGRAS MINHA CASA MINHA VIDA 28
Tabela 3 - Previsão de gastos do PAC 2 29
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Sumário
1- INTRODUÇÃO 9
2- PRIMEIRO MANDATO 11
2.1- ECONOMIA BRASILEIRA NA ERA PRÉ LULA 11
2.2- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 11
2.3-POLÍTICAS ECONÔMICAS 12
2.4- RESULTADOS SOCIAIS 16
3- SEGUNDO MANDATO 22
3.1-POLÍTICAS ECONÔMICA 22
3.2-RESULTADOS SOCIAIS 24
3.3-CRISE DE 2008 29
4-CONSIDERAÇÕES FINAIS 33
5-REFERÊNCIAS 35
8
1- INTRODUÇÃO
O Brasil, como a maioria dos países colonizados, demorou a se estabelecer
economicamente após sua independência, grandes revoluções econômicas ocorreram durante
os 200 anos da independência brasileira, fazendo com que haja a alteração das relações de
consumo da população e o relacionamento com outras nações. Durante os anos de 1995 a
2002 o país foi liderado por Fernando Henrique Cardoso, um período em que vimos a
estabilidade econômica acontecer e a presença de democratização das políticas sociais. O seu
primeiro mandato pode ser caracterizado pelas privatizações de empresas estatais e
valorização do real, já para o segundo mandato podemos citar algumas reformas feitas por ele,
baixo crescimento econômico e controle da inflação, porém com uma alta desigualdade
social.
Posterior a FHC, o próximo presidente a comandar o país foi Luiz Inácio Lula da
Silva, presidente do sindicato dos metalúrgicos e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT),
foi o mais importante político do país e governou durante o período de 2003 a 2011. Durante a
sua campanha eleitoral ele demonstrou um grande objetivo de ajudar o povo, fato que
contribuiu imensamente para que sua vitória contra FHC acontecesse, além da
impopularidade de Fernando, propostas de mudanças nas políticas econômicas e o seu
marketing eleitoral.
Já em seu primeiro mandato, um de seus principais objetivos foi o controle da
inflação, ao assumir o cargo ele pegou um índice de 12,53% e após diversas atitudes foi
possível que o fechamento inflacionário fosse de 5,69%. Outros pontos ocorridos nesse
período, foi a queda do dólar e câmbio flutuante resultante da administração econômica em
2003, ampliação das parcerias comerciais trazendo pontos positivos na balança comercial,
aumento do superávit ao ser comparado com os anos anteriores, crescimento do PIB e salário
mínimo, criação de medidas que asseguravam a alimentação da população e criação e
manutenção de programas já existentes que visavam ajudar na complementação da renda,
disponibilizar benefícios e desenvolvimento a população.
No segundo mandato do governo Lula, podemos dizer que houve o controle da
inflação, queda do desemprego, avanços socioeconômicos, criação da PAC e PROUNI,
desenvolvimento da população fazendo com que grande parte dela deixe a zona de pobreza,
consideração do Brasil como um país emergente e com isso proporcionando o ingresso do
9
mesmo ao G20. Outro fato importante que ocorreu nesse período, foi a crise ocorrida no final
de 2008 que afetou diversos países e mesmo com isso, os números mostram um crescimento
do PIB brasileiro, porém decorrente dela houve um pequeno aumento no câmbio. Aumento
das exportações, queda nas taxas de juros, também fizeram parte do desenvolvimento do país
em seu segundo mandato. Em âmbitos sociais, houve a criação de programas voltados para a
saúde da população, o SAMU, aprovação da reforma da previdência e diversos outros
benefícios são citados ao longo deste trabalho científico.
Com o presente trabalho buscamos relacionar os resultados obtidos na era pré-lula,
momento governado por FHC, com os saldos gerados por ele e, além disso, queremos
demonstrar o crescimento e desenvolvimento do país ao longo dos dois mandatos em que o
líder foi o presidente Lula, expondo os dados e comparando o desenvolvimento do país
durante os dois períodos. A metodologia que utilizamos para a construção da monografia foi
buscar todas as informações aqui presentes através de uma longa pesquisa em artigos
científicos e acadêmicos.
2- PRIMEIRO MANDATO
2.1- ECONOMIA BRASILEIRA NA ERA PRÉ LULA
No início de sua mandato, Lula recebeu o Brasil com o PIB em R$ 1,2 trilhão, mas
30% dele estava comprometido pela dívida externa. A moeda brasileira (real) estava
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supervalorizada, chegando a atingir o patamar de equivalência com o dólar, onde 01 dólar
valia 01 real, fator que dificultava as exportações.
A taxa de pessoas abaixo da linha da pobreza era de 13,4%, cerca de 53 milhões de
pessoas e a taxa de desemprego estava em 6,1%, criando um ambiente de alta desigualdade
socialcom o IDH medido em 2001 pela ONU mostrou o Brasil na 69° posição.
2.2- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Mostraremos a história de um metalúrgico da grande ABC, especialmente de São
Bernardo do Campo, chamado Luiz Inácio Lula da Silva. Homem simples, mas com muita
força de vontade para ajudar o povo a ter comida na mesa e sair da zona da pobreza. Nasceu
em 1945 em Garanhuns (PE) e foi o mais importante político do país. Foi presidente do
sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, e entrou no mundo político fundando
o Partido dos Trabalhadores (PT). Lula era perseguido pelos governos militares e os políticos
se opunham a ele, após comandar greves de 1978 a 1980 no ABC paulista. Lula conseguiu
ser o parlamentar mais bem votado do Brasil, nas eleições de 1986 para o Congresso
Nacional.
Como tinha poderes constituintes, saiu em defesa dos direitos sociais e políticos dos
trabalhadores. Conseguiu fazer muitos feitos, entre eles a nacionalização das reservas
minerais, pela reforma agrária, pela proteção da empresa nacional, pela jornada de trabalho de
40 horas semanais, entre outros. Foi um homem de coragem, pois lutou para ser presidente da
República, sentia que precisava ajudar o povo, e por isso concorreu 4 vezes. Foi derrotado por
Fernando Collor de Mello, e por Fernando Henrique Cardoso e por último, em 2002, Lula
teve 61,27% de votos contra 38,74% de José Serra. Somente na quarta vez conseguiu
finalmente subir a rampa com o apoio do povo, que já o conhecia, Lula fazia caravanas para
várias cidades, para que o povo o conhecesse melhor.
Todas as experiências e vivências do presidente Lula transmitiram à população
sentimento de esperança para um país melhor, pois eles desejavam melhorias no âmbito
social. Porém, ao mesmo tempo, existia o sentimento de dúvida, principalmente por parte
daqueles que priorizavam a estabilidade econômica.
Diversos fatores possibilitaram a vitória de Lula contra FHC, dentre eles, podemos
citar a impopularidade do então presidente, mudanças na política econômica proposta por ele
e o marketing político feito com promessas de melhoria do país, manutenção dos pilares
macroeconômicos e com rigidez em relação à responsabilidade fiscal. (Boulos, 2016)
11
2.3-POLÍTICAS ECONÔMICAS
A expectativa do que poderia vir a representar um governo de esquerda para o Brasil,
suscitou grande especulação no mercado financeiro, com impactos sobre a bolsa de valores,
taxa de juros e câmbio. O governo Lula deu continuidade à política econômica neoliberal,
praticada no governo anterior. Tendo como ministro da Fazenda, o médico sanitarista,
Antônio Palocci. Sua gestão trouxe diversos resultados positivos para o país, visto que focou
em dois principais pontos, o controle da inflação e a estabilidade do real, pois o que todo
mundo temia seria a falta de controle dos mesmos. (Freitas, 2007)
O controle da inflação foi uma prioridade porque em 2002 o percentual de inflação era
de 12,53%, em consequência da alta do dólar e valores exorbitantes de alimentos,
provenientes do fim do governo de FHC. Em 2003, a taxa já apontava aproximadamente 11%,
para combater a inflação quando assumiu o governo, Lula optou em estimular as exportações
e atingir a meta de superávit primário fixada pelo (FMI) fundo monetário internacional. Lula
achou por bem manter as taxas de juros altas, embora tenha praticado taxas menores que os
governos anteriores, o que deu resultados, visto que ao término de seu primeiro mandato, a
inflação estava em 5,69%, uma baixa significativa. (Barbosa e Souza, 2010)
Gráfico 1 - INFLAÇÃO (IPCA ACUMULADO POR TRIMESTRE)
Fonte: Banco Central do Brasil, 2022.
Outro ponto que devemos analisar, ocorrido em paralelo à inflação em seu primeiro
mandato, é o declínio do câmbio e do dólar. No ano de 1999, o Brasil recorreu a empréstimos
internacionais junto ao fundo monetário internacional (FMI), com a condição de alterar o
12
regime cambial para flutuante. Durante os anos de 1999 a 2002, o câmbio teve sucessivas
altas até seu ápice, quase R$4,00, ao final de 2002 e desde então o câmbio declinou até 2006
para o patamar de R$2,00 atingindo o menor valor do câmbio flutuante em 2008, R$1,566.
Em 2003 observamos a queda do dólar em comparação com o real, no início do ano
podemos observar a moeda cotada no valor de R$ 3,545 e no final do período a moeda estava
cotada a R$ 2,902, nos mostrando que ocorreu uma queda de 18,13% durante o decorrer do
ano. Os principais fatores que contribuíram para a alta do real e queda do dólar, foi a forma
como a economia foi conduzida e o cenário político do período, outro ponto que podemos
dizer que tiveram a devida influência neste quesito foram as exportações, além da inflação
que foi fortemente controlada pelo banco central. (Ripardo, 2003)
Agora comparando um pouco os parceiros comerciais e as exportações durante o
governo de FHC e Lula, observamos que os eixos do governo de Fernando Henrique Cardoso
eram Norte/Sul, então preferia ter como parceiro comercial a União Europeia e os Estados
Unidos. Lula preferiu buscar outros parceiros, principalmente com a América do Sul, o
oriente (China) e África. O que fez as exportações brasileiras crescerem, observando assim
saltos positivos na balança comercial, adotando o eixo Sul/Sul. Com as novas formas de
negociação, as exportações do Brasil cresceram muito a partir de 2002. As importações
também cresceram, porém em ritmo mais lento do que a exportação, atingindo um superávit,
tornando o valor das exportações maior do que as importações. (Boulos, 2016)
Em 2002, o Brasil tem um superávit de US$13,1 bilhões, e em 2003 passa para
US$24,794 bilhões e em 2004 US$33,666 bilhões e entre janeiro e julho de 2005, um
acumulado de US$ 70.107 bilhões, o que culminou neste cenário foi as vendas para Argentina
e China, responsáveis por 17,4% e 15,8%, do acúmulo observado em 2003 nas exportações
brasileira. Já em 2004 podemos observar que houve uma queda na elevação desses países das
exportações brasileiras em 12% e 3,9%. No entanto, em 2004, a economia cresceu 4,9%,
com destaque para os bens de capitais e bem duráveis. Os bens não duráveis e semiduráveis
continuaram em baixa.
Para equilibrar as contas e manter superávit primário estabelecido pelo FMI, Lula
achou por bem cortar gastos e investimentos, obtendo assim um crescimento muito pequeno
de 1,1% no PIB do país. Mas com o aumento da produção industrial das exportações,
conseguiu que o PIB crescesse (5,7%), que foi um dos melhores resultados em dez anos, no
final do seu 1º mandato. (Boulos, 2016)
13
Resultante do equilíbrio do superávit, houve o crescimento do PIB, índice que é
definido de acordo com a soma de todos os bens e serviços produzidos no país de acordo com
a sua própria moeda, com ele é possível medir e ter uma noção de quanto a economia está
aquecida, mostrando que as pessoas estão consumindo e que está havendo a geração de
emprego no país.
Ao analisarmos o percentual de crescimento do PIB durante o governo Lula,
percebemos que houve um crescimento de 4,1%, isso se deu pela forma com que o governo
lida com a valorização do salário mínimo, pois sabemos que quanto mais dinheiro a
população tiver ``sobrando´´, mais gastos irão ter e assim a economia irá girar e o mercado
fica cada vez mais movimentado. Pensando nisso, durante o seu governo, ele apostou na
criação de 20 milhões de empregos e na política de valorização do salário mínimo, colocando
o povo no centro do orçamento, promovendo programas sociais como o Bolsa Família, PAC,
geração de novos empregos e fortalecimento dos bancos públicos para expansão do
financiamento. (Barbosa e Souza, 2010)
Gráfico 2 - PIB em R$ Bilhões
Fonte: Criação própria com dados extraídos do Centro de Gestão de Resultados, 2022.
Outro ponto que houve crescimento e desenvolvimento durante o seu mandato, foi o
salário mínimo da população, pois os primeiros anos do governo foi adotada como métrica
para o aumento do salário-mínimo o repasse da inflaçãodo período, acrescido de um aumento
real calculado a partir da variação do PIB. Com isso, o salário mínimo teve reajustes acima da
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inflação, passou de R$496 em 2002 para R$686 em 2006, aumento real de 38%. (Boulos,
2016)
Gráfico 3 - SALÁRIO-MÍNIMO em R$
Fonte: Banco Central do Brasil, 2022.
Tabela 1 - SALÁRIO-MÍNIMO em R$
ANO NOMINAL
2003 R$ 240,00
2004 R$ 260,00
2005 R$ 300,00
2006 R$ 350,00
2007 R$ 380,00
2008 R$ 415,00
2009 R$ 465,00
2010 R$ 510,00
Fonte: Ministério do Trabalho.
2.4- RESULTADOS SOCIAIS
No primeiro governo de FHC, em 1995, o poder de compra do salário mínimo era de
1,15 cesta básica, enquanto no seu último ano de governança (2002) era possível comprar
cerca de 1,54 cestas básicas, demonstrando um aumento de 34,37% no poder de compra dos
trabalhadores em comparação com a cesta básica. No início do governo Lula, o salário
15
mínimo comprava cerca de 1,47 cesta básica e 2,27 em 2010, nos mostrando uma variação
considerável de 53,73%.
Foi definido na época que sua prioridade seria o combate à fome, as pessoas que o
assessoraram diziam que a fome no Brasil não existia por falta de alimentos, mas por falta de
meios para adquiri-los de forma de permanente e em quantidade e qualidade adequadas.
Como a renda estava mal distribuída no país, uma parcela da população não conseguia o
mínimo necessário para sobrevivência, similar ao que estamos vivendo atualmente.
Em 2001, dados oficiais indicavam que mais de 46 milhões de pessoas estavam em
situação de insegurança alimentar. (Boulos, 2016)
16
Gráfico 4 – Taxa de Extrema Pobreza em %
Fonte: Criação própria com dados extraídos do Centro de Gestão de Resultados., 2022
De acordo com a ONU, o número de brasileiros em situação de extrema fome caiu
82% durante os anos de 2002 a 2013, período em que os chefes de estado eram Lula e Dilma.
Esse feito foi possível através da combinação de garantir alimentos e renda para a população,
com a criação de diversos programas e benefícios de incentivo.
Foram tomadas as seguintes medidas para garantir alimentação para a população:
● Criação de programas para apoio do pequeno e médio agricultor, já que são eles que
produzem cerca de 70% dos alimentos dos brasileiros.
● Reforço na merenda escolar.
● A fim de impedir a disparada dos preços foi adotado a formação de estoques.
● Foi concedido cerca de 771 mil títulos de propriedades para famílias de agricultores,
com o intuito de distribuição de terras.
E para garantir da renda das famílias, foi adotado as seguintes medidas:
● Aumento do poder de compra da população, proporcionando através do aumento do
salário mínimo.
● Redução das taxas de desemprego.
● Manutenção da inflação baixa
● Criação do Bolsa Família, para complemento da renda familiar.
Combater a fome foi uma das primeiras medidas tomadas pelo presidente assim que
assumiu o poder.
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Durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso foram criados alguns programas que
visavam a transferência e complementação da renda para a população e ao longo do tempo
eles foram evoluindo visando beneficiar cada vez mais quem realmente precisa.
● Criação do Bolsa Escola em 2001: programa vinculado à educação, onde fornecia
bolsas para crianças de 07 a 14 anos de acordo com a renda familiar.
● Cadastro Único (2001): criado para facilitar o cadastro aos programas sociais
oferecidos pelo governo.
● Bolsa Família (2003): Programa de transferência de renda criado para agregar a quatro
outros programas existentes.
● Criação do ministério do desenvolvimento social e combate à fome (2004): Criado
para trabalhar em conjunto com o bolsa família, órgão de extrema importância para a
estruturação do programa.
● Monitoramento das condicionalidades de saúde e educação (2006): Criado para
monitoramento da saúde e educação nos municípios e informado ao governo federal,
para que exista um acompanhamento.
● IGD-M: Mecanismo criado para controle e cumprimento de metas de cadastramento e
acompanhamento das condicionalidades.
● Criação do protocolo de gestão integrada de serviços, benefícios e transferências de
renda no âmbito do Suas (2009): Utilizado para respaldar aqueles que são
beneficiários do bolsa família e BPC a prioridade na assistência.
● Revisão cadastral: Utilizado para garantir o funcionamento e cobertura do programa,
através da revisão a cada dois anos das informações do cadastro único.
● Versão 7 do cadastro único: versão online que garante prioridade no cadastramento de
crianças que estão sendo submetidas a trabalho infantil, pessoas em situação de rua e
povos de comunidades tradicionais.
Como a fome era a prioridade de Lula, foi lançado em seu governo o programa fome
zero, que combinava políticas estruturais voltadas para as causas da fome e da pobreza, como
a geração de empregos, acesso à saúde e à educação, com políticas específicas como a
educação alimentar e o programa Bolsa família.
O programa foi de fato regulamentado em 2.004, mas foi criado por Fernando
Henrique Cardoso (ex-presidente). Unificaram nele quatro programas: cartão alimentação,
bolsa escola, bolsa alimentação e auxílio gás.
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Um dos seus maiores problemas era a desigualdade na distribuição de renda, então o
Bolsa família foi criado para a transferência de renda do governo que beneficia famílias
pobres e extremamente pobres. (Boulos, 2016)
Para criação de mais um programa de benefício e desenvolvimento da população, no
início do mandato, foi enviado ao Congresso os textos que originaram o Fundo de
Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) e começaram o programa Brasil Alfabetizado, responsável pela
alfabetização de jovens e adultos, priorizando as regiões Norte e Nordeste do país. Além
disso, ocorreu em seu governo a criação do programa Universidade para Todos (ProUni), com
o intuito de determinar para as universidades privadas a destinação de bolsas de estudo
integrais ou parciais com a isenção fiscal da qual elas são beneficiadas. Para garantir a
qualidade dos cursos oferecidos, os alunos passaram a ser examinados pelo Exame Nacional
de Avaliação do Desempenho Estudantil (Enade) e as notas obtidas começaram a ser
utilizadas para que novos cursos e instituições fossem reconhecidos, credenciados ou
recredenciados. Com isso, a educação superior passou a ser avaliada pelo desempenho dos
estudantes, pelo projeto pedagógico dos cursos e pela qualidade docente e de infraestrutura
das instituições. (Carvalho, 2011)
Em relação ao mercado de trabalho, ao assumir o governo federal Lula se deparou
com um saldo de 21,6 milhões de pessoas com empregos formais, finalizando o seu primeiro
mandato com um aumento de 5,5 milhões de empregos, totalizando cerca de 27,1 milhões de
brasileiros com carteira assinada. Já no final do seu segundo mandato, o saldo final de
empregados formais no país era de 34,8 milhões, portanto, podemos dizer que foram cerca de
13,2 milhões de empregos criados durante os dois mandatos do presidente Lula.
A ação referente ao desemprego foi um dos grandes destaques do governo Lula. Em
2003, a taxa de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil, medida pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrava 12,4%, aproximadamente
oito milhões de pessoas com mais de 15 anos sem trabalho. No ano seguinte tivemos uma
queda de 0,9%, atingindo o percentual de 11,5% de desempregados. Os índices continuaram
caindo, em 2010, Lula deixou o Palácio do Planalto com uma taxa de desemprego inferior a
7%, de acordo com a Pesquisa Mensal do Emprego divulgada naquele ano. (Mello, 2010)
Para conseguir gerar tantos empregos, seguiu um fortalecimento nas leis trabalhistas,
valorizou o salário mínimo, apostou na educação e em programas sociais de transferência da
renda, que ajudaram a manter a economia aquecida, visto que o trabalho com uma
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remuneração digna e direitos dos trabalhistas garantidos possibilitou aos cidadãos a realizaçãode muitos objetivos.
Aqui no Brasil inventaram uma tal de carteira verde e amarela, que eu não
sei que tipo de emprego gera. Porque nós queremos uma carteira que não importe a
cor, mas o que importa é que o empregador, quando contrata o trabalhador, tenha
seguridade no emprego. E se esse trabalhador quiser ser um trabalhador que trabalha
por conta própria, que quiser ser empreendedor, nós temos que criar condições, ainda
assim, para cuidar da seguridade desse cidadão brasileiro. (Lula, 2007)
Por experiência própria Lula sabe que apenas com condições dignas de trabalho e
educação promovem o desenvolvimento da sociedade e foi exatamente isso que o motivou a
geração de tantos empregos durante o seu tempo no poder.
O Senai foi a melhor coisa que aconteceu. Eu fui o primeiro filho da minha
mãe a ganhar mais que o salário mínimo, o primeiro a ter uma casa, o primeiro a ter
um carro, o primeiro a ter uma televisão, o primeiro a ter uma geladeira. Tudo por
conta dessa profissão. Acho que foi a primeira vez que eu tive contato com a
cidadania. (Lula, 2007)
Gráfico 5 – Taxa Desemprego em %
Fonte: Criação própria com dados extraídos do Banco Central do Brasil, 2022.
Outro aspecto importante de seu governo foi o investimento no setor da saúde, visto
que de acordo com a comissão macroeconômica da organização mundial da saúde, o país
estar com os investimentos nesse setor em dia proporciona redução nos índices de pobreza,
maior crescimento e desenvolvimento econômico, além de trazer benefícios para a população
e gerar empregos e renda.
20
O primeiro mandato de Lula foi o momento em que ele começou a demonstrar o seu
interesse pelo tema realizando uma reforma administrativa no ministério da saúde e
implantando propostas que para a época são consideradas inovadoras, sendo elas o programa
Brasil Sorridente, onde foi implantado uma política de saúde bucal para a população que
gerou um saldo de 9.984 novos atendentes e por volta de 69.700.000 de pessoas atendidas,
além da instalação de centros especializados (Freitas, 2007). Outra criação feita por ele foi o
SAMU (serviço de atendimento móvel de urgência) que possui o objetivo de realizar um
pré-atendimento hospitalar de forma móvel e rápida. Mais uma de suas implantações foi a
farmácia popular, que busca vender produtos à população com 90% de desconto e ainda
podemos citar o aumento de 57% na equipe do Programa de Saúde da Família, fazendo com
que haja a ampliação da atenção básica e a expansão e reforma nas CAPS (Centros De
Atenção Psicossocial).
Além desses pontos, devemos mencionar que ocorreu no primeiro mandato de seu
governo a criação da Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos (CAMED),
que implantou um controle e normas para os preços dos medicamentos, a política nacional à
saúde da mulher, implantação de ações sobre a saúde da criança e adolescente com o intuito
de vincular o Programa Saúde nas Escolas com o Programa de DST/AIDS, introdução da
educação sexual na escolas, implantação do RENAST (Rede Nacional Integral à Saúde do
Trabalhador) e de medidas voltadas a população negra. Além disso, em 2003, houve a
aprovação do estatuto do idoso que promove a recuperação da saúde da população presente
neste grupo.
O Pacto pela Saúde foi um ponto importante aprovado em seu primeiro mandato que é
constituído por reformas institucionais do SUS com a aliança da União, Estados e Municípios
com o objetivo de realizar inovações nos processos e gestão do SUS (sistema único de saúde)
para aprimoramento de sua eficiência e qualidade, é composto por três elementos, sendo eles:
Pacto pela vida, Pacto em defesa do SUS e Pacto de gestão do SUS. (Menicucci, 2011)
21
3- SEGUNDO MANDATO
3.1-POLÍTICAS ECONÔMICA
Lula ganhou as eleições de 2006, derrotando Geraldo Alckmin (PSDB) com mais de
60% dos votos válidos, reelegendo–se presidente da República. No segundo mandato do
governo Lula em 2006 a inflação foi controlada e o índice de desemprego diminuiu. O
crescimento foi puxado pela alta das commodities, a demanda doméstica, ajudada por
programas como o Bolsa Família e a redução das taxas internacionais de juros.
A segunda gestão de Lula, apresentou avanços no aspecto socioeconômico, que
positivaram seu governo e elevaram sua popularidade. Entre esses avanços cabe citar a
relativa estabilidade econômica e o controle da inflação; incremento das exportações
brasileiras e recordes de saldos positivos na balança comercial; queda dos níveis de
desemprego; antecipação do pagamento da dívida brasileira com o FMI e enfrentamento da
questão da infraestrutura e modernização do país.
Para atingir tantas melhorias, o governo Lula lançou em 2007 o programa de
aceleração do crescimento (PAC), que previa investimentos em saneamento básico e
infraestrutura (portos, rodovias, ferrovias e outros); aumento dos níveis de escolarização e
criação do Programa universidade para todos (PROUNI), que concede bolsas em
universidades particulares a jovens de baixa renda e inclusão social de uma parcela
considerável da população. Esse programa foi bastante criticado, pois se destinaram verbas
públicas para universidades privadas que poderiam ser aplicadas nas universidades públicas.
Mesmo assim, foi considerado como inclusão social mesmo que essa parcela da população
não tenha acesso a serviços de qualidade em setores básicos como educação e saúde.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, entre 2003 e 2010, cerca de 20,5 milhões de
brasileiros deixaram a zona da pobreza. Um fenômeno novo nesse período foi o crescimento
acentuado da classe C, a parcela da sociedade que possui renda familiar total entre
R$1.126,00 e R$ 4.854,00.
O Brasil, a partir de 2006, foi considerado um país emergente por possuir um território
extenso, um número significativo de habitantes, recursos naturais abundantes e uma economia
que apresentava taxas de crescimento relativamente altas. Junto com a Rússia, Índia, China e
África do Sul, passou a integrar o chamado BRICs.
22
O grupo foi criado em 1999, e os países que o integram respondem por 85% da
produção mundial e abrigam 2/3 da população do planeta. O G-20 busca contribuir para o
aprimoramento da governança global. (Boulos, 2016)
As condições do país emergente garantiram ao Brasil o ingresso no G-20, grupo
formado pelas 19 maiores economias do mundo e União Europeia, colaborou para o clima de
otimismo que predominou no segundo mandato de Lula a notícia da descoberta de grandes
reservas petrolíferas no litoral sudeste brasileiro, o chamado Pré-sal. Em meados de 2006, os
recursos do Pré-sal, diziam os economistas, aumentaram a capacidade brasileira de efetuar
investimentos e alavancar o crescimento.
No final de 2008, houve uma crise econômica grave iniciada nos Estados Unidos, que
gerou pânico, proporcionando recessão e desemprego a vários países da União Europeia, esse
fato refletiu também no Brasil, como indica o PIB negativo (-0,3) de 2009. Mas no ano
seguinte, a economia brasileira deu provas de seu dinamismo e o PIB voltou a crescer,
chegando a 7,5%. O bom comportamento da economia brasileira durante a crise financeira
internacional, a política de transferência de renda e a política de projeções do Brasil no
exterior, proporcionou elevação da popularidade de Lula, que chegou a ter em 2010 a
aprovação de cerca de 80% dos eleitores.
Falando um pouco sobre as exportações durante esse período, devemos citar que em
2008 os produtos manufaturados representaram mais da metade dos produtos exportados, mas
com o que vinha ocorrendo desde o início da década, em 2010 os produtos básicos se
tornaram a maioria (43,1% contra 41,1% de manufaturados). O Brasil conseguiu aumentar
suas exportações de forma extremamente consistente, contribuindo para os superávits na
balança de pagamentos. Aumentou suas reservas internacionais, que ultrapassaram U $300
bilhões em 2011. Em 2009, a Ásia assumiu o 1º lugar das exportações, abandonando a
América Latina, Caribe e a União Europeia. Vale ressaltartambém a importância dos EUA
que, sozinho, são responsáveis por 10% das exportações brasileiras. (Barbosa e Souza, 2010)
Além de registrar o ânimo dos investidores nacionais e estrangeiros, este índice é
sensível ao nível de risco do país, ao câmbio, ao crescimento econômico, ao preço do petróleo
e a outras variáveis.
No ano de 2000 o Ibovespa superou 20 mil pontos, seguido por 40 mil pontos em
2006 e os 70 mil em 2008, atingindo seu ponto máximo no dia 20 de maio, 77.516. Depois da
crise econômica que atingiu a bolsa, o índice despencou mais de 30 mil pontos em cinco
meses, voltando ao mesmo patamar de três anos antes. (Boulos, 2016)
23
No âmbito cambial, Lula seguiu em um regime cambial flutuante, proporcionando
desde então, o declinou até 2007, chegando ao patamar de R$2,00, e atingiu o menor valor de
câmbio flutuante em julho de 2008, R$1,566. Posteriormente, o câmbio sofreu uma acentuada
alta em decorrência da crise financeira, quase voltando ao patamar de R$2,50 em 2009.
Sua política cambial era baseada em dólar mais barato (real valorizado); menos
exportações; menor superávit no balanço de pagamentos; menores custos de importações e
inflação menor impulsionada pelos preços internacionais (commodities) indexadas ao IGP-M.
(Boulos, 2016)
Mesmo com as melhorias no relacionamento internacional, aspecto importante para
economia, o Brasil é conhecido por ter as maiores taxas de juros do mundo, mas em 2008, por
exemplo, a taxa de juros sofreu uma queda em resposta à crise financeira. Pela primeira vez, o
governo adotava uma política anticíclica, isto é, para aquecer a demanda na economia. A
queda persistiu e a menor taxa da Selic chegou a 8,75% no fim de julho de 2009 e assim se
manteve até meados de março de 2010. No 2º mandato de Lula a inflação estava em torno de
3,5 %, teve uma alta em 2005 de 5,10%, mas depois se manteve nos 4,5% até o final de seu
mandato. Já o IPCA, a partir de 2006, estava em torno de 3,14%; em 2007 4,46%, em 2008
5,90%; 4,31% em 2009 e em 2010 5,91%, valor acima da meta, revelando aquecimento
econômico do país neste ano. (Costa, 2006)
Um dos pontos de extrema relevância abordados e implantados durante o seu segundo
mandato foi de que a economia e a política de desenvolvimento caminham juntas, portanto, o
primeiro quando inserido no segundo, proporcionam a aliança do crescimento econômico e
desenvolvimento.
3.2-RESULTADOS SOCIAIS
Durante o governo, em questões sociais, houve diversos avanços, dentre eles podemos
citar a ampliação da agenda setorial com o intuito de aperfeiçoar a gestão pública, um ponto
presente em seu segundo mandato foi o Programa Mais Saúde voltado a demonstração do
detalhamento dos investimentos do ministério da saúde, onde se é demonstrado os pontos
mais importantes, sendo eles a relação da saúde com o desenvolvimento socioeconômico,
combinação da saúde com outras políticas públicas e a forma que o setor da saúde é
importante para a geração de empregos e renda para a população.
Outros pontos que foram definidos e desenvolvidos durante esse período foram a
expansão do Programa Saúde da Família (PSF), qualificação dos profissionais atuantes no
24
programa Brasil Sorridente e acréscimo nas atividades dos agentes comunitários com a
inclusão de atividades escolares. Ainda podemos citar a criação do programa Saúde nas
Escolas, programa para tratamento de doenças como a hipertensão e diabetes, aumento a
serviços especializados e cobertura do SAMU, melhora no acesso a internações. Entre os anos
de 2007 e 2008 foram criadas 2.500 novas equipes para integrar ao Programa Saúde da
Família e em 2008 por preocupação com as Equipes de Saúde da Família foram criadas
núcleos de apoio às NAFS. Em complemento ao primeiro mandato mais investimentos foram
feitos no setor da saúde bucal, com crescimento da equipe e criação de novos centros
especializados. Durante o período que o PT ficou no poder foi investido R$ 64,8 bilhões no
ano de 2003 e houve um aumento para R$ 120,4 bilhões de reais investidos no último ano do
mandato de Dilma, a política de investimento na saúde trabalha em conjunto com um projeto
de combate a desigualdade social e por isso os investimentos valem a pena.
O seu governo foi marcado por diversas mudanças e dentre elas, ainda podemos citar a
ocorrida no ano de 2003, momento em que foi aprovada a reforma da previdência.
Essa reforma atingiu os funcionários públicos que agora passariam a ter um teto, dando aos
servidores, a ter direitos à aposentadoria igual ao provento da ativa. Já os aposentados em
geral, haveria uma contribuição sobre o valor da aposentadoria. Em relação (RGPS), as
mudanças não chegaram a transformar significativamente as bases de proteção social, embora
tenham eliminado benefícios e mudando a forma de acesso à aposentadoria. Nos últimos
anos, a arrecadação das contribuições de empregados e empregadores não tem sido suficiente
para financiar os gastos crescentes com benefícios.
De 1999 a 2004, apesar de o governo ter aumentado a transferência de outros recursos
vinculados à seguridade social, para a previdência e a de alteração terem sido efetuadas
quanto ao leque de benefícios disponíveis e quanto às condições de acesso a eles, não foi
possível evitar o surgimento de diferente no âmbito da proteção dirigida aos assalariados do
setor privado da economia. (Lacerda, 2006).
Outro fator de extrema importância ao analisarmos uma pesquisa feita pelo IBGE, no
ano de 2008, veremos que o Brasil passava por um déficit habitacional de 7,9 milhões de
moradias, número que compreende cerca de 21% da população da época, este cenário se
resulta a partir da desigualdade social que a população se encontra naquele momento. A busca
incessante para conseguir o mínimo é considerado a todo momento desespero para diversas
famílias no Brasil.
25
A desigualdade social se dá devido a má distribuição de renda entre as famílias em
todo o território nacional, as famílias não conseguem manter um padrão de vida e
sobrevivência, em determinados locais as pessoas possuem hábitos luxuosos, em outros
possuem hábitos mais simples e muitas vezes não conseguem ter acesso ao mínimo necessário
para sobrevivência e também não era suficiente para o sustento de uma família em torno 3
pessoas, considerando que uma família sem acesso a casa própria necessita de comprar
mantimentos mínimos de cesta básica e honrar com o pagamento dos aluguéis da sua moradia.
Pelos números, as regiões Norte e Nordeste possuem a maior desigualdade social de todo o
Brasil, muitas famílias não conseguem sustentar, e por conta disso, se as pessoas não
conseguem atingir o mínimo possível de sobrevivência quem dirá adquirir a casa própria, o
PIB (produto interno bruto) na região sudeste, centro-oeste e sul soma-se pelo menos 81,10%,
já nas regiões Norte e Nordeste 18,2%. Estima-se que o percentual de pessoas que não
tinham acesso ao saneamento básico é de 78,10% , número assustador onde mais da metade
dessas pessoas não possui acesso a água e esgoto encanados.
Como resultado de toda esta desigualdade, e também pelo aumento da industrialização
no país, foi incentivado processo migratório de famílias de diversas regiões do Brasil para
aquelas consideradas detentoras de maiores chances, oportunidades de emprego e
desenvolvimento social. As pessoas se deslocavam do Norte e Nordeste para grandes centros
urbanos nas regiões Sudeste e Sul, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná
por conta do acentuado crescimento industrial nessas zonas e procuravam por sua vez a região
Centro Oeste para oportunidades no setor agropecuário.
No Brasil entende-se que moradia é exclusivamente por um processo comprado, onde
uma pessoa deve adquirir uma casa como se fosse um produto, gerando uma transação
financeira que depende plenamente do esforço e trabalho de cada um. Naquele momento com
alta dificuldade de acesso a crédito para financiamentos, as famílias migrantes buscaram
construir seus lares em encostasde morros, beira de rios e córregos sujeitas a desabamentos e
inundações, realidade que por sua vez é exposta nas mídias todos os dias em épocas chuvosas
(como no verão), mostrando grande parte de zonas periféricas construídas em as margens de
rios e córregos e também em áreas de mangues inundadas por conta do aumento acentuado no
volume de chuvas, situação natural para a estação do ano e também, famílias desoladas pela
morte de seus membros, abandonadas devido ao desabamento de encostas e morros
destruindo então o pouco que aquela família conseguiu naquele momento.
26
Alguns, problemas de habitação são medidos através de três componentes presentes na
sociedade , sendo eles:
● Déficit por falta de moradia disponível o que compreende a moradias precárias, com
pessoas vivendo em locais inadequados, correndo risco de vida e de contaminação por
doenças;
● Déficit pela utilização de imóveis comerciais como moradias de famílias;
● Diversas famílias juntas, vivendo de forma compartilhada em um espaço reduzido;
● A principal despesa da família de baixa renda é o pagamento do aluguel;
Como obrigação do estado, o governo deve sempre promover ações para estimular o
desenvolvimento social e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, sendo assim, é dever
do estado a melhora na distribuição de moradia e melhorar os números dos brasileiros sem
acesso a casa própria.
Pensando nisso o até então chefe de estado no Brasil, o presidente Lula, lançou em
2009 o programa Minha casa minha vida, com o intuito de ajudar a população de baixa renda
a conquistar a tão sonhada casa própria, além de combater diretamente um sério problema
existente no país, o déficit habitacional, a desigualdade social e impulsionar a economia. O
programa consistia em dar condições a população para a conquista da casa própria com
financiamentos especiais e facilitados. O programa consistia em subsidiar a aquisição de casas
e apartamentos próprios para famílias com renda de até R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos
reais), o governo construía esses imóveis, as disponibiliza para as famílias e essas por sua vez
pagam ao governo federal de forma facilitada e com taxas de construções baixas. Também o
programa consiste em facilitar a compra de imóveis para famílias com renda de até R$
9.000,00 (nove mil reais) através de linhas de crédito especiais em conjunto com o banco
federal Caixa Econômica.
27
Tabela 2 - REGRAS MINHA CASA MINHA VIDA
Fonte: FGV com base na Pnad (IBGE)
Como resultado, desde o lançamento até o ano de 2019 foram entregues 4,3 milhões
de unidades habitacionais, também 5,7 milhões de contratos para construção de novas
unidades e 222 mil unidades em processo de construção, sendo assim, o programa após a
entrega de todos os processos em andamento teria beneficiado famílias com a entrega de cerca
de 10,22 milhões de unidades habitacionais, fechando o ano de 2019 então com cerca déficit
de 5,88 milhões de moradias, uma melhora de aproximadamente 26% no resultado em
comparação ao ano de 2008 de 7,9 milhões de moradias em déficit. (Antunes, 2019)
Outro programa lançado pelo governo Lula no dia 28 de janeiro de 2007, o PAC foi
um programa de aceleração do crescimento econômico do Brasil que visava investimento em
infraestrutura. O governo federal em 2009 anunciou recursos extras para gerar mais emprego
no país e assim diminuir o impacto da crise mundial na economia brasileira com 142 bilhões
de reais. O seu objetivo era promover investimentos das quais se esperava uma influência na
modernização e ampliação da infraestrutura do país como rodovias, ferrovias, portos, energia
elétrica e melhoria na qualidade de vida do cidadão que seria o saneamento, saúde e a
educação. No ano de 2010 o objetivo do governo era investimento da ordem de 503,9 bilhões
de reais.
No governo Dilma em 2011, foi lançada a segunda fase do programa, o PAC 2. Com
os mesmos objetivos do primeiro programa do PAC, só que com maiores parcerias de estados
e municípios. O governo Dilma esperava fazer investimentos da ordem de R$955 bilhões de
reais, aumentando o nível de emprego e infraestrutura do país entre 2011 e 2014. Um dos
objetivos do PAC 2 também é a ênfase na inclusão social dos pobres, por meio do eixo
28
Comunidade Cidadã, assim como da continuidade do Programa Minha Casa, Minha Vida e do
investimento em obras para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas.
Tabela 3 - Previsão de gastos do PAC 2
Fonte: Ministério da Fazenda, 2014.
O Brasil teve investimentos em setores como energia, transporte, mobilidade urbana e
saneamento. No ano de 2015, o PAC teve cerca de R$ 1,9 trilhão em obras pelo Brasil.
Aqui não se cresce sacrificando a democracia, não se fortalece a economia
enfraquecendo o social, não se cria ilusões de distribuir o que não se tem, nem de
gastar o que não se pode pagar. Aqui, o econômico, o político e o social estão
plenamente enlaçados em um moderno projeto de nação. (Lula, 2016) .
Já no ano de 2019, o programa chegou ao fim. Em 2020, o governo federal anunciou
que estava planejando um novo programa voltado para o crescimento econômico baseado em
investimentos em infraestrutura.
Os resultados dessa pesquisa tiveram como ponto de vista as obras, como medidas
institucionais e poderá ficar na história do país, não como um programa econômico que
mudou a estrutura produtiva brasileira, e sim como um programa que atuou de forma mais
significativa na questão do saneamento e do déficit habitacional. (Casal, 2016)
3.3-CRISE DE 2008
A crise de 2008 é considerada a maior crise desde o great crash de 1929.
Todavia, a maior diferença reside na pronta resposta do setor governamental e financeiro, com
o objetivo de enfrentar e colaborar para a solução dos diversos problemas ocorridos , ou
mesmo em andamento.
A crise do subprime (pessoas com crédito ruim) surgiu no mercado imobiliário
norte-americano, a partir de 2006. Durante os anos anteriores, houve uma enorme expansão
na construção e financiamento das novas residências. Nessa época, os preços dos imóveis não
29
paravam de crescer , estimulando o consumo por meio do “ efeito riqueza ”. Isso permitiu um
maior endividamento das famílias, como contrapartida dos maiores gastos em consumo.
Para ampliar a demanda, a fim de observar o aumento de oferta de imóveis,
expandiu-se o mercado de hipotecas, para conceder financiamento a pessoas que, a rigor, não
estavam qualificadas para tal. Não possuíam renda suficiente, nem estabilidade de emprego,
ou ativos garantidos. O mercado financeiro criou diversas operações estruturadas para ampliar
a entrada de recursos no setor imobiliário, combinando instrumentos e mercados financeiros,
com a ilusão de mitigar ou administrar o risco. Na época, havia uma ampla disponibilidade de
moeda e crédito no mercado, e as taxas de juros reais estavam baixas. A ampliação de novos
veículos de investimento nele apoiados, criou novas oportunidades para investimentos mais
rentáveis, assumindo-se um risco controlado, diretamente, nesse mercado. Em alguns casos,
sem sequer perceber, dada a complexidade dos diversos instrumentos financeiros. (Mello,
2010)
O pico da bolha imobiliária se manifestou nos anos de 2005-2006. Começa uma
crescente inadimplência no mercado subprime, ajudada pelo fato dos juros serem flutuantes.
No período de 2006-2007, os juros começaram a subir, e os preços de imóveis atingiram seu
pico, e em seguida já mostravam uma queda moderada. Com a continuação do declínio dos
preços de imóveis, e o aumento da taxa de inadimplência e a retomada dos imóveis pelos
financiadores, as instituições financeiras no mercado norte-americano e europeu sofrem
grandes perdas. Começa então, ainda no terceiro trimestre de 2007, a crise que iria se
manifestar plenamente a partir dos meses seguintes, mais intensamente no segundo semestre
de 2008. Essa crise resultou no colapso de grandes quedas de preços de ações, uma brutal
perda de confiança no mercado de ações, um enorme aumento no desemprego equeda na
atividade produtiva dos países. (Mello, 2010)
Os principais impactos da crise no mercado:
● Prejuízos das instituições financeiras, que podem chegar a mais de 3 trilhões de
dólares.
● Falência e fusões forçadas de bancos e outras instituições financeiras.
● No auge da crise, em setembro de 2008, corridas bancárias, interrupções de
linhas de empréstimos, colapso do mercado interbancário, etc...
● Criação pelo governo (departamento de tesouro) para combater o pânico, como
nos Estados Unidos, o (TARP) troubled asset relief program, que injetou
U$700 bilhões, no sistema financeiro norte –americano.
30
● O contágio global foi um traço marcante da crise, principalmente pela
velocidade de suas ramificações entre mercados financeiros e países .
● O desenvolvimento de instrumentos da crise no setor financeiro.
● O contínuo desenvolvimento de instrumentos financeiros, uma verdadeira
engenharia financeira, desenhada com o propósito de aumentar a rentabilidade
de operações, sem necessariamente aumentar o correspondente risco.
● O mercado de hipotecas funcionava assim: os compradores de imóveis com
histórico de crédito ruim( o subprime) contrataram financiamentos hipotecários
junto às corretoras de hipotecas. O mercado se ampliou, mais corretores
entraram no negócio e concedeu-se empréstimos a pessoas no negócio e a
pessoas sem a menor condição. As taxas de juros eram leoninas e continham
cláusulas de reajustes. O mercado faturava (ilusão de curto prazo) com os altos
juros contratuais.
● Grandes instituições financeiras entravam no mercado, captavam recursos de
investidores e vendiam títulos de securitização com base nas hipotecas.
Com isso , ampliaram os empréstimos hipotecários.
● As agências de rating passam a classificar os novos títulos , dando notas para o
investimento. E nesse processo, fundos de pensão, seguradoras e outros
investidores institucionais ingressam no negócio.
● O mercado fica globalizado, e bancos e investidores da Europa e Ásia
adquirem os títulos , crise financeira mundial.
No caso do mercado subprime, foram criados produtos financeiros com o propósito
de satisfazer objetivos especiais aos clientes. Deve-se destacar, entre esses, os investimentos
para compensar uma exposição de risco de inadimplência do mutuário ou então para dar
assistência na hora de prestar empréstimos, melhorando o perfil de risco de crédito.
A alavancagem exagerada foi outra características de “ febre de financiamento ”. Os
mutuários e famílias ficaram excessivamente comprometidos, dada a renda disponível.
Como resultado, criou-se uma estrutura piramidal para aplicação de recursos no mercado
financeiro , em que a base era de barro. (Mello, 2010)
O impacto da crise, tal como nas grandes financeiras do passado, foi devastador.
Contribuiu para a falência de perda de trilhões de dólares de riqueza dos consumidores,
forçou os governos dos países (principalmente Estados Unidos e na Europa ocidental) a
assumirem compromissos de resgate, também na casa de trilhões de dólares, e provocou
31
sérios impactos nas economias dos países industrializados e emergentes. A crise financeira
seria apenas um sintoma de uma crise sistêmica mais profunda do capitalismo.
A existência dos países BRICS com rápido crescimento da renda per capita (Brasil,
Índia, Rússia e China), e o impacto da expansão da classe média conhecedora nesses países,
atenua bastante os possíveis efeitos trazidos por esse tipo de diagnóstico de subconsumo.
Além da bolha imobiliária, causada pelo excesso de liquidez monetária, houve outra
bolha: a de commodities. Entre o começo de 2007 e meados de 2008, o preço do petróleo
subiu de US$50 para US$147 por barril. Os preços de minerais como cobre, níquel e ferro,
assim como o de produtos agrícolas, exibiram grande alta nesse período .
Essa bolha, de certa forma, foi benéfica para a economia brasileira, porém contribuem
para piorar as condições de renda disponível dos consumidores de petróleo e demais
commodities.
A crise ressaltou um aspecto teórico de alta relevância; a diferença entre liquidez e
solvência.
Liquidez é a habilidade de levantar dinheiro a curto prazo. A crise de liquidez pode
levar à crise de solvência, e esta por sua vez está relacionada a uma crise de confiança. As
autoridades, em alguns momentos do auge da crise de 2008, ficam no dilema: o que socorrer
primeiro. Poucos economistas previnem a crise, muitos economistas acreditam que a
movimentação dos preços financeiros é imprevisível e aleatória .
Houve uma crise política, começada em meados de 2005, e deflagrada pela descoberta
de uma forte corrupção do partido governante. A crise trouxe preocupações quanto a um
contágio na macroeconomia, mas foi superada, e o Presidente foi reeleito (Lula).
A gestão do segundo mandato de Lula foi marcada pela manutenção de baixa inflação
e mediano crescimento econômico.
O quadro social mostra significativas melhorias, com o IDH (índice de
desenvolvimento Humano) atingindo 80 pontos. Infelizmente, reformas tanto esperadas
quanto à previdência e fiscal – ainda não foram feitas. Melhorou bastante a imagem
econômica do país no cenário internacional, e o Brasil entrou em um círculo de
desenvolvimento.
A crise financeira no final de 2008 sinalizou um período favorável para a economia
mas mostrou-se de curto prazo de duração, pois os fundamentos econômicos de longo prazo
do país são positivos.
32
O impacto foi menor do que se temia. Os corretos fundamentos econômicos e
financeiros foram muito importantes para se explicar o resumo no enfrentamento da crise de
2008; regime de câmbio flutuante, controle da inflação por metas, superávit primário, dívida
pública desdolarização, sistema bancário sólido, pouca alavancarem de operação financeiras,
controle governamental para evitar exposição excessiva a ativos financeiros de alto risco e
existência de um nível de reservas em mercados fortes superior a US$250 bilhões. O governo
também mostrou atuação firme e rápida no episódio, e o Brasil se saiu relativamente bem.
Praticamente não houve queda do PIB em 2009 (apenas 0,4%). Para alguns
economistas, essa medida não capta a severidade da crise que se abateu na economia
brasileira. A crise atingiu o Brasil num momento em que o crescimento econômico se
intensificava. A queda do PIB brasileiro foi significativa nos dois trimestres que vieram após
o auge da crise – o quarto trimestre de 2008 e o primeiro de 2009. A economia precisou de
três trimestres seguidos em 2009 para se recuperar do choque. Em 2010 , o crescimento do
PIB apresentou uma forte tendência de alta .
A crise do euro, de 2010, respingou na economia brasileira pela diminuição de
investimentos diretos no país. O Brasil terá como principal desafio macroeconômico para as
próximas décadas manter uma trajetória sustentada de elevadas taxas de crescimento
econômico. (Securato, 2011)
4-CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entre erros e acertos, podemos identificar que ao final de dois mandatos consecutivos
o governo Lula foi positivo. Quando assumiu a presidência, o Brasil passava por uma fase
econômica muito delicada e a implantação das taxas de câmbio flutuantes, determinação das
metas de inflação e o superávit foi essencial para mostrar aos brasileiros e ao restante do
mundo que os planos de crescimento do governo eram concisos e responsáveis, indo na
contramão dos governos anteriores que iniciaram projetos de crescimento desenfreados.
Combatendo a maior dificuldade dos anos anteriores, tivemos um declínio de cerca de 9,4%
no IPCA, consequentemente reduzindo a inflação do período.
O crescimento econômico foi alavancado após a adoção das políticas de transferência
de renda do governo, como por exemplo o Bolsa-Família, porque tivemos um aumento na
confiança externa pelo cumprimento das obrigações financeiras sem dependência de fundos
exteriores. Os programas de transferência de renda foram essenciais para a vida das famílias
menos favorecidas, mas também mostraramuma nova perspectiva econômica, visto que a
33
melhoria no poder de compra das populações mais baixas serviu para aquecer os mais
diversos tipos de mercado.
É importante ressaltar que todos os avanços são resultados de um plano de governo
que buscou associar o crescimento econômico e o social.
Outras estratégias muito eficientes e que foram determinantes para o enfrentamento da
crise internacional foram o incentivo fiscal e monetário e um maior investimento público na
economia.
Concluímos analisando o governo Lula que uma política econômica voltada ao
crescimento de sua população e boas relações externas são fundamentais para atingir novos
patamares de uma economia saudável, superando seus próprios obstáculos.
34
5-REFERÊNCIAS
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BARBOSA, Nelson; SOUZA, José Antonio Pereira de. A inflexão do governo Lula:
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<https://nodocuments.files.wordpress.com/2010/03/barbosa-nelson-souza-jose-antonio-pereir
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>. Acesso em 18 set. 2022.
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CARVALHO, Marcelo Pagliosa. As políticas para a Educação de Jovens e Adultos nos
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