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DIREITO E DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA - DILSON FARIAS 01264444

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DIREITO E DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
ALUNO: DÍLSON FUNARO DIAS DE FARIAS MAT: 01264444
Enquanto advogado do sindicato, e profissional designado para mover uma ação judicial em seu favor, apresente a Ana a relação entre o conceito de “dignidade da pessoa humana” e o “conjunto de dispositivos legais” violados pela prática do “assédio moral na relação de trabalho”
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, já em seu art. 1º, põe em destaque os dois pilares da dignidade humana: “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.”
Um indivíduo, pelo só fato de integrar o gênero humano, já é detentor de dignidade. Esta é qualidade ou atributo inerente a todos os homens, decorrente da própria condição humana, que o torna credor de igual consideração e respeito por parte de seus semelhantes. Constitui a dignidade um valor universal, não obstante as diversidades sócio-culturais dos povos. A despeito de todas as suas diferenças físicas, intelectuais, psicológicas, as pessoas são detentoras de igual dignidade. Embora diferentes em sua individualidade, apresentam, pela sua humana condição, as mesmas necessidades e faculdades vitais.
A dignidade é composta por um conjunto de direitos existenciais compartilhados por todos os homens, em igual proporção. Partindo dessa premissa, contesta-se aqui toda e qualquer idéia de que a dignidade humana encontre seu fundamento na autonomia da vontade. A titularidade dos direitos existenciais, porque decorre da própria condição humana, independe até da capacidade da pessoa de se relacionar, expressar, comunicar, criar, sentir. A dignidade constitui, na moral kantiana, um valor incondicional e incomparável, em relação ao qual só a palavra respeito constitui a expressão conveniente da estima que um ser racional lhe deve prestar. Para ilustrar o caráter único e insubstituível da dignidade, Kant a contrapõe ao preço: “Quando uma coisa tem preço, pode ser substituída por algo equivalente; por outro lado, a coisa que se acha acima de todo preço, e por isso não admite qualquer equivalência, compreende uma dignidade.
Os elementos caracterizadores da conduta vinculada ao assédio moral, são: 
1) a conduta abusiva; 2) repetição da conduta; 3) violência psicológica; e 4) degradação do ambiente de trabalho, conforme o exposto a seguir
1) A conduta abusiva que caracteriza o assédio moral equivale ao ato doloso praticado por empregador ou mesmo colegas de trabalho objetivando excluir ou discriminar intencionalmente o empegado dentro do ambiente de trabalho. A intenção discriminatória ou excludente revela a abusividade da conduta.
2) A especificação do assédio moral, depende ainda, da repetição da conduta, ou seja, que seja praticada de forma sistemática. O ato isolado não tipifica assédio moral, pela falta de prática reiterada e continuada, sendo que se preceitua que para a caracterização de tal conduta, os atos de perseguição psicológica devem ter a frequência de pelo menos uma vez por semana
3) Igualmente, a caracterização do assédio moral deve apresentar a violência psicológica praticada com a intenção de lesar a dignidade do empregado, o que constitui conduta que atenta ao bem-estar psíquico do trabalhador. No entanto, não basta que o empregado demonstre estado psicológico abalado, é necessário que se verifique se as condições de trabalho a que se submete tal empregado são causadoras em potencial de um dano psíquico à pessoa.
4) A degradação do ambiente de trabalho é um efeito do assédio moral. A existência da conduta abusiva do assédio moral traz abalos psíquicos ao empregado, fazendo com que se sinta desvalorizado e incapaz diante de colegas e empregador. A destruição de relações afetivas entre trabalhadores, angústia de não corresponder às expectativas, assim como a ameaça da perda de emprego, resultam para o trabalhador em sensações de insatisfação e inutilidade.
Ao analisar os sujeitos envolvidos na manifestação da conduta em questão, constata-se que são por óbvio aqueles que possuem vínculo laboral. A prática do assédio moral decorre de um sujeito ativo, o agressor, em face de uma vítima, que se caracteriza como sujeito passivo e dentro deste contexto, encontramos todas as características de uma vítima do assédio moral.

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