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Universidade potiguar
 Escola de Ciências Sociais e Humanas – HECSA
 Bacharelado em Direito 
MARIA ALICE CAMILO DOS SANTOS
GRAVE VIOLAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES E CONDIÇÕES DAS PRISÕES EM PORTUGAL
NATAL- RN
2021
 Universidade potiguar
 Escola de Ciências Sociais e Humanas – HECSA
 Bacharelado em Direito 
MARIA ALICE CAMILO DOS SANTOS - 202115758
GRAVE VIOLAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES E CONDIÇÕES DAS PRISÕES EM PORTUGAL
Atividade Prática supervisionada apresentada à disciplina de Filosofia do Direito e Direitos Humanos, ministrada pelo professor André Maciel do curso de Direito da Universidade Potiguar. 
NATAL- RN
2021
Proposta: interpretação de precedentes jurisprudenciais sobre a matéria dos Direitos Humanos, envolvendo uma grave violação de Direitos Humanos, analisada por um dos comitês da ONU que integrem o sistema global de proteção dos Direitos Humanos, seguido da elaboração de texto descritivo que será postado no ambiente virtual (Blackboard), contendo as partes envolvidas, os direitos violados, os principais argumentos de ambas as partes e a solução dada ao caso concreto.
Violência contra mulheres e condições das prisões em Portugal
A violência doméstica contra as mulheres e as condições de encarceramento são situações que chamam atenção negativamente perante a sociedade e preocupam o Comitê da ONU contra a tortura em Portugal. Tal problemática não é uma questão nova, e infelizmente casos como esses vem se perpetuando por décadas. Penas cruéis, torturas e tratamentos desumanos são os principais pontos debatidos no referido comitê. 
Segundo o relatório analisado, o número de mulheres vítimas de violência doméstica aumentou exponencialmente, e em grande parte dos casos os autores desta barbárie são os próprios companheiros. Lamentavelmente, poucos são condenados pelos crimes e quando a sentença é concretizada, na maioria das vezes as penas são desproporcionais, em números foram condenadas aproximadamente 1.462 pessoas. Vale ressaltar que esse tipo de agressão fere o princípio da dignidade humana, que é uma grave violação aos Direitos Humanos. 
Em contraponto, o embaixador Flávio Helmold Macieira argumentou que no país em questão o combate à violência doméstica é prioridade, e que para amparar as vítimas foram criados pelo governo português 25 abrigos de emergência que ao todo ajudaram 1.765 mulheres em 2018, discorreu também acerca dos cursos ofertados aos juízes de Portugal sobre violência doméstica e concluiu mencionando as campanhas e um procedimento policial para proteger as vítimas. 
Ademais, problemas prisionais também foram pauta para os relatores, levantamentos de dados apresentados comprovaram os altos índices de suicídios em presos com doenças mentais, a superlotação, as condições precárias de detenção e também alegações de uso excessivo da força. As condições das penitenciarias devem ser adequadas para garantirem a ressocialização dos detentos, de modo que não violem os direitos fundamentais e respeitem os direitos humanos. 
 Rómulo Mateus cuja responsabilidade é administrar os serviços Penitenciários e de Reabilitação informou os custos da saúde penitenciária do país, narrou que os reclusos contam com um médico nas primeiras 72 horas e o sistema mantém 10 (dez) psiquiatras a tempo integral. Por último, argumentou com base em um novo sistema de vigilância eletrônica e a limitação temporal de medidas disciplinares. 
Ao final, a comissão sugere que Portugal continue mantendo as diretrizes já adotadas, tanto relacionada a problemática da violência doméstica como as direcionadas ao sistema prisional do país e propõe ações como: o treinamento de agentes penitenciários para promover o tratamento digno dos presos, a disponibilização de advogados durante as fases de interrogatórios e investigações e a instalação de câmeras nesses locais de reclusão para assegurar os direitos desses detentos. 
 
Referências Bibliográficas 
COMITÊ ANALISA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E CONDIÇÕES DAS PRISÕES EM PORTUGAL. Nações Unidas, 2019. Disponível em: <https://news.un.org/pt/story/2019/11/1695211 >. Acesso em: 18/11/2021 
CONDIÇÕES DESUMANAS NOS ESTABELECIMENTOS PENAIS: TRANSFERÊNCIA DO PRESO PARA REGIME MENOS GRAVOSO, APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES OU COLOCAÇÃO EM PRISÃO DOMICILIAR À LUZ DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Ambito jurídico, 2012. Disponível em:<https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/condicoes-desumanas-nos-estabelecimentos-penais-transferencia-do-preso-para-regime-menos-gravoso-aplicacao-de-medidas-cautelares-ou-colocacao-em-prisao-domiciliar-a-luz-do-estado-democratico-de-direit/> Acesso em: 18/11/2021
COMITÉ DA ONU PREOCUPADO COM SUPERLOTAÇÃO E CONDIÇÕES DE DETENÇÃO NAS PRISÕES EM PORTUGAL. Público, 2019. Disponível em:<https://www.publico.pt/2019/12/06/sociedade/noticia/comite-onu-preocupado-superlotacao-condicoes-detencao-prisoes-portugal-1896518> Acesso em: 18/11/2021
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