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aps direito civil (2)

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FACULDADES DOCTUM DE CARATINGA 
 
 
 
SAMARA LIDIANNE SOARES CORREA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODALIDADES ESPECIAIS DAS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caratinga 
2019 
SAMARA LIDIANNE SOARES CORREA (samaralidianne@gmail.com) 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODALIDADES ESPECIAIS DAS OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
Atividade Prática Supervisionada II, 
apresentada a Faculdades Doctum de 
Caratinga ao Prof. Esp. Rafael Soares 
Firmino. 
 
 
 
Caratinga, 14 de Junho de 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caratinga 
2019 
 
Existem várias Modalidades Obrigacionais podendo ser tratadas também 
como espécies. Elas se classificam em setores regulados por normas específicas 
segundo diferentes critérios. Nesses setores é necessário enquadra-las sempre na 
classificação adequada, encontrando os preceitos que lhes são aplicáveis. As 
modalidades serão dispostas em tópicos a seguir: 
 
I. Das Obrigações Civis e Naturais; 
 
A obrigação civil é aquela da qual existe um vínculo jurídico de prestação 
entre o credor e o devedor. Neste caso o devedor da relação pode ser alvo de uma 
intervenção estatal por parte do credor caso esse não cumpra com a obrigação. Ou 
seja, com o inadimplemento da obrigação, o credor terá o direito de intervir 
judicialmente para garantir o cumprimento por parte do devedor. 
A obrigação natural tem todas as características da obrigação civil. 
Encontram-se todos os elementos da obrigação civil, o credor, o devedor e o 
objeto, mas com a grande diferença de não se haver a garantia jurídica. Também 
vale ressaltar que diferente da obrigação moral, aqui não há liberalidade, pois o 
cumprimento da obrigação natural é considerado um adimplemento. Aqui o credor 
não pode exigir o pagamento, assim como o devedor não pode exigir a devolução 
por arrependimento, e neste caso o objeto ficará nas mãos no credor a título de 
pagamento, e não de liberalidade. 
II. Das obrigações de meio, de resultado e de garantia; 
A Obrigação de meio é aquela em que o devedor se obriga usar de prudência 
e diligencia normais na prestação de serviços para atingir um resultado, sem, 
contudo, se vincular a obtê-lo. Para Carlos Roberto Gonçalves, é quando o devedor 
promete empregar seus conhecimentos, meios e técnicas para a obtenção de 
determinado resultado, sem, no entanto responsabilizar-se por ele. 
A Obrigação de Resultado é aquela em que o credor tem o direito de exigir do 
devedor a produção de um resultado, sem o qual se terá o inadimplemento da 
relação obrigacional. Tem em vista o resultado em si mesmo, de tal sorte que a 
obrigação só se considerará adimplida com a efetiva produção do resultado 
colimado. 
A Obrigação de Garantia é a obrigação assessoria que tem por conteúdo a 
eliminação de um risco, que pesa sobre o credor; ela visa reparar as consequências 
de realização do risco. Embora este não se verifique, o simples fato do devedor 
assumi-lo representará o adimplemento da prestação. 
III. Das obrigações de execução instantânea, diferida e 
continuada; 
A Obrigação de Execução Instantânea é o tipo de obrigação cuja 
contraprestação a ser feita pelo devedor é simultânea à prestação efetuada pelo 
credor. São realizadas em um só ato, ou seja, são sempre cumpridas 
imediatamente após sua constituição. 
A Obrigação de Execução Diferida é o tipo de obrigação cuja 
contraprestação a adimplida pelo devedor é diferida no tempo (pro futuro) em 
relação à prestação efetuada pelo credor. Também exigem o seu cumprimento em 
um só ato, mas diferentemente da anterior, sua execução deverá ser realizada em 
momento futuro. 
 
A Obrigação de Execução Continuada é o tipo de obrigação cuja 
contraprestação a ser adimplida pelo devedor é continuada no tempo em relação à 
prestação efetuada pelo credor, se satisfazem por meio de atos continuados. 
 
IV. Das obrigações puras e simples, condicionais e a termo 
e modais ou com encargo; 
As Obrigações Puras e Simples são as que não estão sujeitas a condição, 
termo ou encargo, não têm elementos acidentais do negócio jurídico. Elas produzem 
efeito imediato, logo que contraídas, como sucede normalmente nos negócios. 
A Obrigação a Termo, submete seus efeitos a uma limitação no tempo, a um 
evento certo e futuro que determina o início e o fim da obrigação em data pré 
estabelecida. O termo pode ser final ou inicial, dependendo do acordo produzido. 
 As Obrigações Condicionais são aquelas que se subordinam a ocorrência de 
um evento futuro e incerto para atingir seus efeitos, podendo ser consideradas 
quanto à possibilidade, à ilicitude, à natureza e a participação da vontade dos 
contraentes. 
As Obrigações Modais são aquelas que se encontram oneradas com um 
modo ou encargo, isto é, por cláusula acessória, que impõe um ônus à pessoa 
natural ou jurídica contemplada pela relação creditória. O onerado passa, então a ter 
o dever de empregar o bem recebido pela maneira e com a finalidade estabelecida 
pelo instituidor, de tal sorte que, se não houvesse essa cláusula, ele não estaria 
vinculado a qualquer prestação. 
V. Das obrigações líquidas e ilíquidas; 
 Considera-se líquida a obrigação certa, quanto à sua existência, e 
determinada, quanto ao seu objeto. Essa modalidade é expressa por uma cifra, por 
um algarismo, quando se trata de dívida em dinheiro. Mas pode também ter por 
objeto a entrega ou restituição de outro objeto certo, como, por exemplo, um veículo 
ou determinada quantidade de cereal. 
 A obrigação é ilíquida quando o seu objeto depende de prévia apuração, 
pois o valor ou montante apresenta-se incerto. Deve ela converter-se em obrigação 
líquida, para que possa ser cumprida pelo devedor. Essa conversão se obtém em 
juízo pelo processo de liquidação, quando a sentença não fixar o valor da 
condenação ou não lhe individualizar o objeto. 
VI. Das obrigações principais e acessórias; 
Existem obrigações que nascem por si mesmas, de maneira independente, 
ou seja, são obrigações principais. Entretanto, existem outras que surgem 
unicamente para se agregar a outras, isto é, são obrigações acessórias, cuja 
existência está na razão de ser da obrigação principal e em torno dela gravitam. 
A principal consequência da distinção é que a obrigação acessória segue a 
principal. Extinguindo a obrigação principal, transmite-se a obrigação acessória. 
Porém, o contrário não é verdadeiro. Em sendo nula a obrigação principal, nula 
será a obrigação acessória, mas, em sendo nula a obrigação acessória, não 
necessariamente será nula a obrigação principal. Assim também, se prescrita a 
obrigação principal, prescrita será a obrigação acessória. 
A transferência da obrigação principal também implica na transferência da 
obrigação acessória, embora tal regra tenha que ser considerada com reservas no 
caso do instituto da fiança, pois esta só poderá ser transladada se obtiver a 
anuência do fiador, pois se trata de uma obrigação fundada na confiança. 
 
 
CADORIM, Guilherme. OBRIGAÇÕES DE MEIO, RESULTADO E GARANTIA. 04/02/2012 
às 12:58:00. Disponível em: <https://www.cadorim.com.br/2012/04/obrigacoes-de-meio-
resultado-e-garantia.html> Acesso em: 01/06/2019. 
 
CADORIM, Guilherme. OBRIGAÇÕES PURAS E SIMPLES, CONDICIONAIS, COM 
TERMO E MODAL (OU COM ENCARGO). 23/04/2012 às 01:50:00. Disponível em: 
<https://www.cadorim.com.br/2012/04/obrigacoes-puras-e-simples-condicionais.html> 
Acesso em: 04/06/2019. 
 
CECHET, Pedro. CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES. 13/07/2012. Disponível em: 
<https://pt.slideshare.net/pedrocechet/classificao-das-obrigaes>Acesso em: 04/06/2019. 
 
CHAGAS, Cadu. Das Obrigações Líquidas e Ilíquidas. 20/10/2016. Disponível em: 
<http://caduchagas.blogspot.com/2012/03/das-obrigacoes-liquidas-e-iliquidas.html> Acesso 
em : 12/06/2019. 
 
DUARTE, Antônio. AS MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES NO DIREITO CIVIL 
BRASILEIRO. 2016. Disponível em: <https://profdrfaustinodarosajunior.jusbrasil.com.br 
/artigos/385070708/as-modalidades-de-obrigacoes-no-direito-civil-brasileiro> Acesso 
em:04/06/2019. 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. DIREITO CIVIL 1: ESQUEMATIZADO. 8ªed. São Paulo: 
Saraiva jur, 2018. 
VALENÇA, Rodrigo Vilar. OBRIGAÇÃO CIVIL, MORAL E NATURAL. 2016. Disponível 
em: <https://rrodrigoo.jusbrasil.com.br/artigos/340328601/obrigacao-civil-moral-e-natural> 
Acesso em: 01/06/2019. 
 
	CADORIM, Guilherme. OBRIGAÇÕES PURAS E SIMPLES, CONDICIONAIS, COM TERMO E MODAL (OU COM ENCARGO). 23/04/2012 às 01:50:00. Disponível em: <https://www.cadorim.com.br/2012/04/obrigacoes-puras-e-simples-condicionais.html> Acesso em: 04/06/2019.
	CECHET, Pedro. CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES. 13/07/2012. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/pedrocechet/classificao-das-obrigaes> Acesso em: 04/06/2019.
	CHAGAS, Cadu. Das Obrigações Líquidas e Ilíquidas. 20/10/2016. Disponível em: <http://caduchagas.blogspot.com/2012/03/das-obrigacoes-liquidas-e-iliquidas.html> Acesso em : 12/06/2019.
	DUARTE, Antônio. AS MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO. 2016. Disponível em: <https://profdrfaustinodarosajunior.jusbrasil.com.br /artigos/385070708/as-modalidades-de-obrigacoes-no-direito-civil-brasileiro> Acesso em:04/06/2019.

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