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PROJETO DE PESQUISA “ENSINO – APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA’’ ANA PAULA GREGIO 2 SUMÁRIO 1. Introdução .............................................................................................. 3 2. Justificativa e Relevância ........................................................................ 4 3. Objetivos ................................................................................................. 5 4. Referencial Teórico ................................................................................. 6 5. Procedimentos Metodológicos ................................................................ 8 6. Referências bibliográficas .................................................................... 12 3 1. INTRODUÇÃO A busca pela melhoria do processo de Ensino e Aprendizagem em Ciências e Matemática nas escolas tem sido um grande desafio no cenário da Educação Brasileira; uma vez que em sua maioria as aulas e os ensinos são pautados na transmissão de informação compartimentalizada que acabam limitando o aprendizado que deveria privilegiar uma construção conceitual menos distante da realidade científica, considerando a complexidade das relações sociais e culturais que vivenciamos para o entendimento integral da sociedade como um todo. Partindo da ideia de que o ensino quando compartilhado e vivenciado pelos alunos traz um desenvolvimento significativo nas interações e nos significados por eles adquiridos das referentes matérias é preciso se ter uma ideia de currículo diferenciado para ser trabalhado dentro e fora dos ambientes escolares; afim de proporcionar o pensamento crítico e as interações entre os estudantes e a sociedade. Trazendo então a ideia do ensino de Ciências e Matemática como algo prazeroso e aproveitador de todo o conhecimento já adquirido e formador que os alunos terão ao longo do aprendizado; enfatizando, portanto, o ensino de Ciências como aquele que não apenas forma cientistas, mas que também possibilita o desenvolvimento da cidadania capaz de promover a participação e tomada de decisões a partir de fundamentação sócio científica. E o ensino de Matemática como algo cotidiano; que se aplica ao dia a dia dos alunos, que pode ser visto e trabalhado das mais variadas formas possibilitando a inserção do aluno no meio matemático de uma maneira mais leve e participativa. E para que estas práticas ocorram é fundamental entender quais as melhores formas de se contribuir para a formação continuada de professores para a compreensão de um ensino pautado pela modelagem científica e modelagem matemática, onde praticas didáticas serão inseridas nos diferentes contextos de ensino com o intuito de trazer uma evolução dos conceitos sobre as modelagens científica e matemática. 4 2. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA Se tratando do Ensino da Matemática das Ciências e da formação do Currículo para o Professor é importante destacar a importância que o aprendizado e a valorização do ensino aprendizagem tem não só em relação ao indivíduo, mas no comportamento social como um todo. Essas duas vertentes que exigem um pouco mais de estudos e metodologias diferenciadas capazes de suprir todo e qualquer déficit de atenção e compreensão das matérias, se utilizam muito atualmente dos recursos tecnológicos capazes de impulsionar o estudo e o desenvolvimento das pessoas tanto dentro quanto fora dos ambientes escolares, mas para que essas novas metodologias sejam aplicadas é necessário um conhecimento prévio daquilo que irá ser implementado como forma auxiliar de ensino; e é pensando nisso que temos a formação continuada dos professores como um dos pilares mais importantes da educação uma vez que quando há uma motivação, um incentivo aos estudos para com os professores os resultados e desempenho que eles tanto adquirem quanto passam para frente são enriquecedores e esclarecedores de quaisquer dúvidas ou questionamentos a respeito do que está sendo mostrado/ ensinado a eles. 5 3. OBJETIVOS Esta pesquisa acerca do Ensino – Aprendizagem e formação de professores do ensino de Ciências e Matemática tem como principal objetivo compreender possíveis relações conceituais entre as áreas da Ciência e da Matemática, externadas por professores em formação continuada, bem como investigar o processo de evolução destas relações no contexto da modelagem, e do ensino- aprendizagem num ambiente propício à discussão, reflexão e realização de atividades propostas para cada disciplina. Bem como quais tipos de metodologias e ensinos podem ser implementadas pelos docentes nas salas de aula e como elas auxiliarão no processo de ensino aprendizagem de ambas as matérias de maneira muitas vezes interdisciplinar podendo alcançar um maior número de alunos que conseguem compreender e desenvolver seus pensamentos a respeito das matérias mencionadas. 6 1 REFERENCIAL TEÓRICO Se tratando do ensino da Matemática e das Ciências nos últimos anos a Teoria dos Campos Conceituais de Gérard Vergnaud tem tido grande influência nas pesquisas no campo da Educação em Ciências no Brasil, em especial nos últimos anos. Ela; que se debruça sobre a complexidade do conhecimento, ou seja, pressupõe que não se pode analisar a construção do conhecimento humano por meio de uma complexidade lógica geral; mas sim o seu desenvolvimento cognitivo por meio da conceptualização do real; é uma teoria psicológica de conceitos, na qual a conceptualização é considerada a pedra angular da cognição. Para Vergnaud, o conhecimento está organizado em campos conceituais, cujo domínio, de parte do aprendiz, ocorre ao longo de um largo período de tempo, através de experiência, maturidade e aprendizagem. Campo conceitual é um conjunto informal e heterogêneo de problemas, situações, conceitos, relações, estruturas, conteúdos e operações de pensamento, conectados uns aos outros e, provavelmente, entrelaçados durante o processo de aquisição. Campo conceitual é definido também como sendo, em primeiro lugar r, um conjunto de situações cujo domínio requer, por sua vez, o domínio de vários conceitos, Investigações em Ensino de Ciências procedimentos e representações de naturezas distintas. Conceitos são definidos por três conjuntos: o primeiro é um conjunto de situações que constituem o referente do conceito, o segundo é um conjunto de invariantes operatórios que dão o significado do conceito, e o terceiro é um conjunto de representações simbólicas que compõem seu significante. Como são as situações que dão sentido aos conceitos, é natural definir campo conceitual como sendo, sobretudo, um conjunto de situações. Um conceito torna-se significativo através de uma variedade de situações, mas o sentido não está nas situações em si mesmas, assim como não está nas palavras nem nos símbolos. O sentido é uma relação do sujeito com situações e significantes. Sua tarefa consiste principalmente em ajudar o aluno a desenvolver seu repertório de esquemas e representações. Novos esquemas não podem ser 7 desenvolvidos sem novos invariantes operatórios. A linguagem e os símbolos são importantes nesse processo de acomodação e o professor faz amplo uso deles na sua função mediadora. Mas o principal ato mediador do professor é o de prover situações frutíferas aos alunos. Portanto trata-se de uma teoria de base piagetiana, mas que se afasta bastante de Piaget ao tomar como referência o próprio conteúdo do conhecimento e a análise conceitual do progressivo domínio desse conhecimento, bem como ao ocupar-se do estudo do desenvolvimento cognitivodo sujeito- Investigações em Ensino de Ciências em-situação ao invés de operações lógicas gerais, de estruturas gerais do pensamento. Ao fazer isso, a teoria de Vergnaud apresenta um grande potencial para descrever, analisar e interpretar aquilo que se passa em sala de aula na aprendizagem de matemática e ciências. Provavelmente, esse tipo de teoria é o de maior utilidade para fundamentar o ensino e a pesquisa em ensino nessa área. 8 1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este projeto de pesquisa resulta em um artigo de caráter qualitativo. Onde um dos principais interesses da pesquisa é a investigação das contribuições para a formação continuada de professores das disciplinas ofertadas e como elas podem acarretar no avanço do desenvolvimento Cientifico-Matemático. Tal levantamento nos traz uma análise de como estão sendo desenvolvidos os processos formativos com vistas ao aprimoramento pessoal e profissional do professor e, consequentemente, benefícios para a rede básica de ensino por meio de três questões que trazem o entendimento do Ensino – Aprendizagem e formação de Professores do ensino de Ciências e Matemática. A coleta de dados, foi realizada através de pesquisas acerca da formação continuada e as práticas matemáticas na Educação do Campo, da formação continuada de professores na área Cientifica e da Legislação e Política de Formação de Professores: leitura sobre alguns aspectos da formação continuada. 2.1 Reflexões acerca da formação continuada de professores de Ciências Para um primeiro momento temos que a formação continuada pode constituir um importante espaço de ruptura, estimulando o desenvolvimento profissional dos professores. Por isso, falar de formação continuada é falar de uma autonomia contextualizada da profissão docente. Importa valorizar paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como protagonistas no desenvolvimento das políticas educativas, portanto quando se traz uma reflexão acerca da formação continuada em Ciências acredita-se que a epistemologia da ciência deve ser objeto de estudo durante a formação do professor. Nesse sentido, conclui-se que os cursos de formação de professores de ciências necessitam abordar novas possibilidades metodológicas capazes de 9 trazer uma nova perspectiva de investigação compreendendo a experimentação, interdisciplinaridade, reflexão e explicações. Entretanto, isso exige grande esforço por parte do professor, pois, em geral, a sua formação não apresenta esse viés. Assim, torna-se imprescindível discutir que procedimentos, metodologias e abordagens são capazes de melhor contribuir para a formação de um professor reflexivo sobre a sua prática. 2.1 A formação continuada e as práticas matemáticas na Educação do Campo Dificuldades expostas pelos professores de Matemática no ensino da disciplina nas últimas décadas e as preocupações quanto a situações diversas que ocorrem no ambiente escolar trazem discussões referentes à formação inicial e continuada desses docentes. Neste sentido, o crescimento do número de iniciativas ligadas a educação continuada tanto nos cursos estruturados e formalizados oferecidos após a graduação, quanto no exercício do magistério, devem compreender qualquer tipo de atividade que venha contribuir para o desempenho profissional. Além disso, há uma relação entre este crescimento e a tentativa de suprir as deficiências da formação inicial, em função do estado precário em que se encontram os cursos de formação de professores no nível de graduação e ao baixo desempenho escolar diagnosticado nas inúmeras avaliações externas. Desta forma, espera-se que a formação continuada do professor colabore para amenizar os desafios do cotidiano escolar, da contemporaneidade e do avanço tecnológico. E ainda, a transformação dessa necessidade em direito é fundamental para o alcance da valorização profissional e desempenho das competências exigidas pela própria função social do professor. 2.2 Legislação e Política de Formação de Professores: leitura sobre alguns aspectos da formação continuada 10 De acordo com as informações obtidas a respeito da formação continuada dos Professores nas áreas de Matemática e Ciências deve-se compreender a busca pela qualidade da Educação como um direito de todos que envolve variados fatores que devem nortear a formulação de políticas educacionais, dentre eles: o reconhecimento do valor da profissão docente pela sociedade; os salários; as condições de trabalho que envolvem desde a infraestrutura até a organização do tempo e do espaço escolar; o plano de carreira; e, é óbvio, o próprio professor. Portanto , algumas razões que podem ser apontadas como propulsoras do grande movimento de busca de qualificação profissional de docentes através da formação continuada, nas últimas décadas, em nosso país, são: a falta de formação adequada dos professores para enfrentarem as demandas contemporâneas advindas da grande produção de conhecimentos científicos e a impossibilidade de efetivar uma formação inicial que abarque toda a gama de exigências profissionais que precisam ser atendidas para o exercício qualificado da profissão docente. Sendo assim, as mudanças alavancadas pela atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9394/96, fizeram com que acontecesse uma aceleração das propostas de formação continuada. Talvez porque, a referida lei preconiza em seu Artigo 1º que “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na convivência humana, na vida familiar, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”, e que, portanto, acontece durante o transcorrer da vida. Outro aspecto da LDB referente à formação continuada corresponde ao Artigo 67, Inciso II, o qual estabelece que “os sistemas de ensino promoverão aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim”. Cabe destacar, que essa determinação da LDB, não tem sido totalmente respeitada, prejudicando sobremaneira a possibilidade de acesso ao aperfeiçoamento profissional dos professores que, por não possuírem incentivos institucionais (“licenciamento periódico remunerado”), encontram condições desfavoráveis para darem continuidade a sua formação como docentes. Tal fato configurou-se como um elemento dificultado para promover transformações no trabalho docente e, consequentemente, na melhoria da qualidade da Educação Básica. Porém mais para frente; a fim de suprir as necessidades profissionais dos Professores para as devidas formações continuadas o MEC formulou, o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) em regime de colaboração com as Secretarias da Educação de Estados e Municípios para formar em nível superior os professores em exercício em escolas públicas que não apresentam titulação exigida pela LDB. Com a criação do PARFOR, as funções da Rede Nacional de Formação Continuada de Professores, obtiveram maior abrangência, pois, além de sua denominação ter mudado para Rede Nacional de Formação Continuada de Profissionais da Educação Básica, passou também a atender um número maior de projetos de formação das Instituições de Ensino Superior. Com esse propósito, houve recentemente, a proliferação de ações voltadas para a formação do professor, nas diversas esferas do poder público – federal, 11 estaduais e municipais – com destaque para as iniciativas que tem por objetivo fornecer titulação em nível superior aos professores que não apossuem. 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NAVARRO, Eloisa Rosotti. Formação de Professores da Educação em Ciências e Matemática. Editora Cientifica Digital.Grarujá-SP, 2022. PASSOS, Ângela Meneghello.Um estudo sobre a formação de Professores de Ciências e Matemática. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2009. GRATZ, Emanoela Thereza Marques de Mendonça. Formação de Professores e Ensino de Ciências e Matemática: Panorama de Estudos. Itapetininga Vol. 4, 2022. SILVA, Priscila Gleden Novaes. Formação Continuada de Professores de Matemática. Belo Horizonte,2021. PROJETO DE PESQUISA “ENSINO – APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA’’ SUMÁRIO
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