Resumo Unidade 1 Metodologia Científica - UNIASSELVI

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Prof: Helder Chagas Disc.: Metodologia cienca
Resumo da unidade 1
do tema da pesquisa ao pRoblema da
pesquisa: a busca do sabeR como
caRacteRística do seR humano 
Tópico 1: A natureza da ciência e da pesquisa 
científica: A contribuição da filosofia.
Nascimento da filosofia:
“A Filosoa começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum e, 
portanto, que não sabemos o que imaginávamos saber […]” (CHAUÍ, 2001, p. 9).
Cita-se a Filosoa evidenciada a par5r do período clássico, ou seja, a que 
historicamente é protagonizada por Sócrates (principal personagem nos diálogos de 
seu sucessor Platão e creditado pelo também sucessor, Aristóteles), pois esse período 
é marcado pelo amadurecimento e estruturação da losoa e pelo desenvolvimento 
de temá5cas rela5vas à é5ca e a polí5ca, temas pra5camente ausentes no período 
conhecido como pré-socrá5co (MACIEL, 2020).
Aristóteles e o pensamento lógico:
Aristóteles foi responsável por impulsionar o desenvolvimento de um modelo de 
ciência e pela “[…] fundação da lógica (mais de 2.000 anos seriam necessários para que
surgisse um lógico de seu quilate), além de ter sido um meta?sico quase ao nível de 
Platão e ter superado seu mestre tanto em é5ca quanto em epistemologia” 
Atenção voltada 
para questões 
políticas e sociais
Preocupação em
romper com o 
senso comum
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(STRATHERN, 1997, p. 1). Suas contribuições se estenderam por um período de mais 
ou menos dois milênios.
Aristóteles propôs um modelo de pensamento que consis5a na análise da 
realidade através de suas partes e princípios que podiam ser observados, 
para, então, postular seus princípios universais, expressos na forma de 
juízos, encadeados logicamente entre si.
“Dessa forma o modelo aristotélico propõe uma ciência (episteme) que produz um 
conhecimento que pretende ser um el espelho da realidade, por estar sustentado no 
observável e pelo seu caráter de necessidade e universalidade” (KÖCHE, 2011, p. 47).
SilogismoSilogismoSilogismoSilogismoSilogismo
Para Aristóteles: “quando certas coisas são armadas, pode-se demonstrar que 
alguma coisa que não a armada necessariamente se segue”
Ou seja: Um conhecimento demonstrativo pressupõe um 
conhecimento não demonstrativo. (Dedução)
Indução e dedução no procedimento científico:
Galileu Galilei:
Para o verdadeiro conhecimento da natureza, segundo Galileu, é essencial à 
observação dos fenômenos tais como ocorrem, em detrimento de como os explica a 
pura especulação. A observação, no pensamento de Galileu, passa a ser uma condição 
metodológica para a construção do conhecimento e para isto, os cien5stas devem 
u5lizar-se dos sen5dos para a obtenção de dados e de informações (CHAVES FILHO; 
CHAVES, 2000). 
Destaca-se que o pensamento de Galileu foi apreciado e forneceu subsídios para os 
ideais losócos de Descartes e aguçou a curiosidade e algumas divergências sobre 
como fazer ciência, assumidas por Bacon e, de maneira mais geral, também se tornou 
Consiste da cons5tuição 
de argumentos cujas 
premissas são ob5das por 
meio de indução e a 
conclusão deduzida 
dessas premissas.
Consiste de 
generalizações acerca dos 
fenômenos e objetos 
observados pelo cien5sta.
Indução Dedução
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essencial para o racionalismo e o idealismo na modernidade (SANTOS, 1961). Galileu 
Galilei é considerado o protagonista da mentalidade cienca sem a qual o mundo não
se tornaria moderno.
O pensamento Cartesiano (Rene Descartes):
Para Descartes a base para explicar os fatos e os fenômenos é o pensamento racional, 
ou seja, a razão, e o ponto de par5da para a busca de conhecimento é a 
A dúvida desaa o sujeito pensante ir além daquilo que é conhecido e o leva a ter 
consciência do ser racional. A existência pressupõe o uso da razão como mecanismo 
primordial para a ação do sujeito e de sua busca para explicar as coisas e conhecer a 
realidade. De acordo com o pensamento cartesiano, somente é possível conhecer a 
realidade de forma racional, e esse conhecimento deverá ser claro e dis5nto 
(ENGELMANN, 2016, p. 44).
O método analí5co de raciocínio foi a forma encontrada por Descartes, e, 
provavelmente, a maior de todas as suas contribuições, para a descrição racional dos 
fenômenos naturais. O referido método consis5a na divisão de pensamentos e 
problemas em suas partes componentes e em acomodá-las em sua ordem lógica 
(CAPRA, 1982). :
1 - Não admi5r como verdadeira, coisa alguma que não se saiba com evidência que o 
é”;
2 - Dividir cada diculdade em quantas partes seja possível e em quantas requeira sua 
melhor solução;
3 - Conduzir ordenadamente os pensamentos, começando pelos objetos mais simples 
e fáceis de conhecer, para ascender, gradualmente, aos mais compostos;
4 - Fazer uma recontagem tão integral e revisões tão gerais, que se chegue a estar 
certo de não omi5r nada.
Tópico 2: Os tipos de conhecimento e as concepções 
de ciência que impactam na pesquisa científica
3 principais concepções de ciência:
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Concepção Racionalista: entende a ciência como um conhecimento racional 
dedu5vo e demonstra5vo e capaz de provar a verdade necessária e universal de seus 
enunciados e resultados, sem deixar qualquer dúvida possível.
Concepção empirista: Nesta concepção a experiência não possui a simples função 
de vericar e conrmar conceitos, mas tem o obje5vo de produzi-los, e, por esse 
mo5vo, a teoria cienca resulta das observações e dos experimentos.
Concepção construtivistatem como base losóca alguns dos preceitos 
elencados por Kant, ao combinar um procedimento do racionalismo e outro do 
empirismo. Além destes, agrega um terceiro procedimento, no qual indica que é 
passível um conhecimento ser aproxima5vo e corrigível.
´Áreas do conhecimento:
Tipos de conhecimento:
Os tipos de conhecimento são organizados com a função de 
distinguir o conhecimento científico de outros tipos de 
conhecimento.
Apesar da falta de consenso, os conhecimentos podem ser 
divididos em cinco principais tipos:
 Conhecimento de senso comum (ou popular);
 Conhecimento Filosóco;
Áreas e 5pos de conhecimento
São divisões estabelecidas com a 
função prá5ca e teórica de 
sistema5zar as informações rela5vas 
ao desenvolvimento cienco e 
tecnológico. Há quem dena as áreas 
de conhecimento como áreas da 
ciência. Isso pode ser jus5cado, pois 
cada qual com suas especicidades 
conceituais, metodológicas e 
procedimentais, auxiliam na 
produção e no desenvolvimento da 
ciência.
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 ConhecimentoTeológico;
 Conhecimento Ars5co;
 Conhecimento Cienco.
O tem base num “conjunto de informações conhecimento de senso comum
apreendidas, formal e informalmente, consciente e inconscientemente, na 
rotina diária” das pessoas” (SANTOS; KIENEN; CASTIÑEIRA, 2015, p. 14).
O , por essência, esse conhecimento é o Conhecimento filosófico
questionamento, a especulação, a reflexão e a racionalidade lógica. Tem como 
objetivo responder às indagações inerentes ao espírito humano e buscar leis 
universais que abranjam e harmonizem as conclusões da ciência (MARCONI; 
LAKATOS, 2017; SANTOS; KIENEN; CASTIÑEIRA, 2015).
O , por ter sido revelado pelo sobrenatural, se apoia Conhecimento Teológico
em doutrinas que apresentam proposições sagradas. As verdades são 
consideradas infalíveis e não há abertura para discussão, muito menos são 
passíveis de verificabilidade, pois são constituídas por revelações de divindade.
O baseado na emotividade e na intuição de cada Conhecimento Artístico
indivíduo, e por isso é subjetivo quanto a vinculação com a realidade.
O é caracterizado pela sua essência racional Conhecimento Científico
testável e passível de ser replicável. Consiste na evidência dos fatos 
observados e experimentalmente controlados, e nesse sentido, em 
comparação com os outros conhecimentos, apresenta um maior nível de 
segurança, em especial por apresentar um conjunto de características para que
ele seja construído, tais quais, método, lógica, objetividade, replicabilidade e 
progressividade (SANTOS; KIENEN; CASTIÑEIRA, 2015).
Tópico 3: A pesquisa, o pesquisador e as instituições 
de ensino: Breves considerações acerca da 
reconstrução da ciência
Processo básico de uma pesquisa científica acadêmica:
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