Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
e-book | 1ª edição | institutoanapaulapujol.com.br Uma Publicação Instituto Ana Paula Pujol Ltda ME. Copyright© 2022 Fica proibido distribuir este arquivo por e-mail, sites, ou quaisquer outras formas. Guia de Prescrição de Probióticos Copyright© 2022 ISBN: 978-65-997321-0-2 Instituto Ana Paula Pujol. Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a repro- dução total ou parcial desta obra sem a autorização prévia do Instituto Ana Paula Pujol. Elaboração e desenvolvimento: Autora: Dra. Ana Paula Pujol - Nutricionista (CRN10/0559) • Graduada pela Universidade do Vale do Itajaí, SC; • Doutora em Educação pela Universidade Católica de Santa Fé – Argentina; • Especialização em Obesidade e Emagrecimento pela AVM Faculdade Integrada; • Especialização em Metodologia do Ensino Superior pela Fa- culdade Dom Bosco; • Especialização em Nutrição e Qualidade de Vida pela Facul- dade Dom Bosco; • Especialização em Fitoterapia pela Faculdade Unileya; • Diretora de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol; • Autora do livro Nutrição Aplicada à Estética (1ª e 2ª edição – Rúbio); • Autora do livro Manual de Nutricosméticos: receitas e formu- lações para a beleza (1ª e 2ª edição - editora própria); • Autora do livro Lista de Substituição dos Alimentos com Car- ga Glicêmica (1ª e 2ª edição - editora própria); • Autora do livro Estratégia Low Carb (editora própria); • Autora do livro Manual de Formulações para a Prática Clínica (1ª e 2ª edição – editora própria); • Autora do livro Estratégia Low Carb, Jejum Intermitente & Cetogênica (editora própria). Colaboradores: Camila Aragão - Nutricionista (CRN6/16456) • Graduada pela Universidade de Fortaleza, CE; • Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional/ UNICSUL-VP; • Residência Multiprofissional em Nutrição na Clínica Médica/ HUCFF-UFRJ; • Nutricionista na área de Ensino no Instituto Ana Paula Pujol. Fabiula Felisbino - Nutricionista (CRN10/8603) • Graduada pela Universidade do Vale do Itajaí, SC; • Nutricionista na área de Ensino no Instituto Ana Paula Pujol. Dra. Ligiane M Loureiro - Nutricionista (CRN7/2271) • Doutora em Ciências Nutricionais pela UFRJ • Prof Adjunta II da Fanut/ UFPA • Pesquisadora do NPQM/ UFRJ, linha: Microbiota, Microbioma e desfechos associados a saúde. • Diretora Instituto de Nutrição Integrativa • Idealizadora do Método Descomplicando o Intestino. • Mestre em Ciência e Tec. Dos alimentos/ UFPA • Pós- graduada em Nutrição Esportiva Funcional (UNICSUL/ VP) • Pós - graduada em Bases Nutricionais da Atividade Física (UGF-SP) Dra. Mariane Caroline Meurer - Nutricionista (CRN10/5317) • Graduada pela Universidade do Vale do Itajaí, SC; • Nutricionista Gerente na área de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol; • Pós-graduada em Nutrição Clínica, Funcional e Fitoterapia pela Faculdade Inspirar; • Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí, SC; • Doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí, SC. Myllena Louise Ribeiro - Nutricionista (CRN10/8110) • Graduada pela Universidade do Vale do Itajaí, SC; • Colaboradora na área de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol. Patricia Ferreira - Nutricionista (CRN10/7834) • Graduada pela Universidade do Vale do Itajaí, SC; • Mestranda em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí, SC; • Nutricionista na área de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol. Ruan Kaio Silva Nunes - Nutricionista • Graduado pela Universidade do Vale do Itajaí, SC. Razão social: Instituto Ana Paula Pujol LTDA CPNJ: 44.104.121/0001-59 Inscrição estadual: 261393839 Endereço: Rua 3300, número 360 - sala 108 C101 Balneário Camboriú/SC - CEP: 88330-272 E-mail: comercial@institutoapp.com.br Site: www.institutoanapaulapujol.com.br institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 6 APRESENTAÇÃO Os probióticos são microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde do hospedeiro, sendo indicado para o tratamento de inúmeras patologias. No entanto, a sua prescrição não pode ser feita de forma generalizada, visto que cada cepa probiótica possui uma indicação específica e a sua eficácia varia conforme suas doses, combinações com outras cepas e, também, a forma farmacêutica utilizada.1,2 Por isso, o Guia de Prescrição de Probióticos objetiva elu- cidar todos os aspectos que o nutricionista deve levar em consideração na hora de elaborar uma prescrição de probi- óticos, além de apresentar exemplos de formulações para inúmeras aplicações clínicas. ESTE GUIA FOI DESENVOLVIDO APÓS EXTENSA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA. Foram selecionadas pesquisas e meta-análises reali- zadas em humanos, excluindo estudos em animais ou in vitro, publicados no período entre 2000 a 2021. Os artigos pesquisados encontram-se indexados nas bases de dados: SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), Science Direct, PubMed e Elsevier. O critério utilizado para as indicações clínicas (patolo- gias) foi a relevância de evidências científicas. Entretanto, o uso de probióticos não está restrito somente às indicações clínicas descritas neste guia e podem ser aplicados com 7 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS sucesso na terapêutica de outras patologias, porém reque- rem mais estudos clínicos controlados e randomizados. As formulações sugeridas foram baseadas nos estudos selecionados para o desenvolvimento deste guia. Vale res- saltar o caráter sugestivo e que toda formulação deve ser inserida no contexto da avaliação clínica individual para prescrição personalizada. O GUIA É ESTRUTURADO DA SEGUINTE FORMA: 1. Introdução; 2. Passo a passo para a prescrição de probióticos; 3. Indicações clínicas de probióticos, envolvendo os possíveis mecanismos de ação, tabela com informações dos traba- lhos científicos selecionados: efeitos des- critos na pesquisa, cepa(s) utilizada(s), dose diária, duração do tratamento e re- ferência, e sugestões de formulações. S U M Á R I O INTRODUÇÃO01 09 PASSO A PASSO PARA A PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 02 29 INDICAÇÕES CLÍNICAS DE PROBIÓTICOS 03 34 ANEXOS04 103 I N T R O - D U Ç Ã O 01 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 10 O QUE SÃO PROBIÓTICOS? Probióticos são: "Micro-organismos vivos que, quando admi- nistrados em quantidades adequadas, podem conferir benefício à saúde do hospedeiro e de- vem ser resistentes ao ácido clorídrico (HCl), en- zimas e ácidos biliares. Além disso devem con- ferir antagonismo contra patógenos, estimular o sistema imunológico e demonstrar manu- tenção da atividade, viabilidade e eficácia do crescimento do probiótico após tratamento tecnológico”, além disso esses microrganismos devem ser capazes de aderir à mucosa intesti- nal e inativar toxinas.3,4,5 São considerados como suplementos, segundo a RDC Nº 243/2018.6 Embora por muitos anos, as pesquisas sobre o uso de probióticos tenham se concentrado principalmente no trato gastrointestinal (TGI), nos últimos anos, com maior aprofundamento do conhecimento sobre o microbioma humano, sabemos que as bactérias também colonizam a pele, trato urogenital e vias aéreas. E com isso, novos nichos microbianos foram descobertos em órgãos até então con- siderados estéreis e tecidos, como placenta, líquido amni- ótico, glândula mamária e leite humano. Todos esses fatos, ampliaram consideravelmente as possibilidades terapêuti- cas para o uso de probióticos na prática clínica nos dias de hoje, como vamos observar mais adiante.7,11 Além disso, com os atuais desafios tecnológicos que ainda permanecem, no que se refere ao processamento in- dustrial e o armazenamento de produtos probióticos, que 11 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS podem prejudicar gravemente a viabilidade celular8, outras alternativas,dentre elas, os lisados microbianos, também chamados de Paraprobióticos e os Pós-bióticos começa- ram a ter mais destaque no âmbito clínico, como possíveis novos adjuvantes terapêuticos. OS PARAPROBIÓTICOS SÃO DEFINIDOS COMO: “Células microbianas inviáveis (intactas ou quebradas), ou extratos celulares brutos (ou seja, com composição química complexa), que, quando administrados (por via oral ou tópica) em quantidades adequadas, confe- rem um benefício ao consumidor humano ou animal”. Suas vantagens incluem redução do risco de sepse probiótica e resistência aos an- tibióticos e maior vida útil, uma vez que não há necessidade de manutenção da cadeia de frio para preservar a viabilidade dos organismos probióticos.8,9,10 Já os pós-bióticos são fatores solúveis (produtos ou subprodutos metabólicos) secretados por bactérias vivas (ou seja, probióticos ou não probióticos) ou liberados após a lise bacteriana que podem oferecer efeitos para o hospe- deiro.10,11 QUE TIPOS DE MICRORGANISMOS SÃO OS PROBIÓTICOS? institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 12 Os probióticos podem conter uma variedade de micror- ganismos. Entretanto, os mais estudados e aceitos para a suplementação são as bactérias que pertencem aos gêne- ros denominados Lactobacillus e Bifidobacterium. Cada um desses dois grandes gêneros inclui várias espécies e pode incluir subespécies. Bactérias de outros gêneros tam- bém podem ser utilizados como probióticos, assim como leveduras Saccharomyces boulardii. QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE PROBIÓTICOS PRONTOS E MANIPULADOS? Há uma dificuldade na comercialização de probióti- cos prontos no Brasil por conta das limitações presentes na RDC N° 243/20186, que dispõe sobre os requisitos para composição, qualidade, segurança e rotulagem dos su- plementos alimentares, dificultando a disponibilidade de uma variedade de cepas e ocasionando um alto custo. Por outro lado, a RDC N° 67/200712, que dispõe sobre o uso de probióticos manipulados, possibilita ao nutricionista, aces- so a uma maior gama de probióticos, além de permitir a personalização de diferentes combinações de cepas, doses, escolha da forma farmacêutica e excipientes. PRINCIPAIS CEPAS DISPONÍVEIS NAS FARMÁCIAS MAGISTRAIS NO BRASIL: 13 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DAS CEPAS: Primeiro deve-se entender que os probióticos agem de forma diferente em cada indivíduo. Pois cada pessoa apre- senta um tipo de microbioma, resultando em interações distintas. Por isso, na hora de definir qual cepa probiótica utilizar, deve-se ficar atento aos sinais e sintomas ou pa- tologia que o paciente apresenta, a fim de contribuir para uma prescrição assertiva e eficaz. Os probióticos possuem diversas indicações terapêu- ticas, mas não são recomendados para todas as doenças. Sendo assim, a seleção de probióticos deve ser sempre baseada na indicação clínica, levando em consideração a linhagem do micro-organismo probiótico, o tempo de institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 14 tratamento, as dosagens utilizadas, efeitos adversos e contraindicações apresentadas em ensaios clínicos. Outro ponto a se considerar é a escolha de artigos científi- cos elegíveis para estudar as indicações de eficácia terapêu- tica dos probióticos visto que muitos estudos são realizados em animais, tem conflito de interesses, entre outros aspec- tos. Em geral, alguns aspectos devem ser considerados: • Estudos clínicos em humanos. • Duplo cego randomizado, placebo controlado. • n e p significantes. • Linhagem microbiológica devidamente descrita. • Sem conflitos de interesses. • Resultados bem definidos e com nível de evidências considerável. • Deve citar a composição, dose, duração do trata- mento e resultados imparciais. DEVO ESCOLHER UMA ÚNICA ESPÉCIE OU COMBINAR VÁRIAS ESPÉCIES? Prefira combinar cepas. As cepas de bactérias probi- óticas têm funções ligeiramente diferentes e estão con- centradas em distintos locais ao longo do trato gastroin- testinal. Por isso, suplementos probióticos que contêm múltiplas cepas tendem a serem mais eficazes em geral do que os produtos que contêm uma concentração extre- mamente alta de apenas uma ou duas cepas. Isso ocorre porque muitas cepas trabalham de forma sinérgica. 15 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS ALÉM DISSO, QUANDO MAIS DE UMA CEPA APRESENTA BENEFÍCIOS PARA UMA DETERMINADA PATOLOGIA, FAZER UM MIX COMBINANDO ESSAS CEPAS PODE FAVORECER A EFICÁCIA TERAPÊUTICA. QUAIS ESPÉCIES DEVEM COMPOR A SUPLEMENTAÇÃO? 1) Inclua ao menos uma cepa de espécies Lactoba- cillus e uma cepa de espécies Bifidobacteria: 2) Inclua uma cepa produtora de ácido lático: institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 16 3) Em caso de hipercloridria, optar pela escolha de es- pécies mais resistentes ao ácido clorídrico: Lactobacillus acidophillus Bifidobacterium 4) Inclua cepas com maior atividade de colonização da mucosa: QUAL DOSE UTILIZAR? Não existe uma dose padrão. Em ensaios clí- nicos randomizados em humanos a dose diá- ria de probióticos variou de 100 milhões a 330 bilhões de Unidades Formadoras de Colônias (UFC), sendo que na maioria dos estudos clíni- cos randomizados em humanos, a dose variou de 2 a 50 bilhões de UFC por dia. A dose pode ser prescrita em potência ou nú- mero decimal. Qualquer descrição está correta, desde que a prescrição sempre seja descrita considerando como unidade de medida UFC (Unidades Formadoras de Colônias). 17 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS EQUIVALÊNCIA DE POTÊNCIA PARA NÚMEROS DECIMAIS: Ao longo da passagem pelo estômago, a contagem de células viáveis e a taxa de sobrevivência de microrganismos probióticos são reduzidos ao pH extremo do ácido estoma- cal, sendo assim, segundo Silva et al. (2021)14 o produto pro- biótico deve apresentar a quantidade de 8 log UFCg-1 (8 bi- lhões de UFC) para que, considerando as perdas durante o processo digestivo, 6 log UFC-1 (6 bilhões de UFC) atinjam o íleo para ser considerado efetivo, porém mais estudos pre- cisam ser realizados para comprovar. OS PROBIÓTICOS PODEM SER PRESCRITOS EM QUAIS FORMAS FARMACÊUTICAS? COMO ESCOLHER A MELHOR? institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 18 Se não houver hipercloridria, pode-se prescrever em sa- chê. Porém, é indicado somente no caso de incluir prebi- óticos como FOS e inulina que necessitam de um volume maior para veicular em cápsulas. Pois como a massa de probióticos é ínfima, veiculá-los em sachê, pode gerar risco de “perda” nos cantos do sachê. QUAIS EXCIPIENTES SÃO INDICADOS? PODE-SE UTILIZAR INULINA, FRUTO-OLIGOSSACARÍDEO (FOS), GOMA ACÁCIA E CELULOSE MICROCRISTALINA. TODAVIA, NÃO HÁ CONSENSO CIENTÍFICO INDICANDO QUE A PRESENÇA DE PREBIÓTICOS AUMENTA A VIABILIDADE DURANTE O ARMAZENAMENTO E PROTEJA O MICRORGANISMO DURANTE A DIGESTÃO. NO ENTANTO, PODE FAVORECER A COLONIZAÇÃO NO INTESTINO.14 ALÉM DISSO, EXCIPIENTES COMO AEROSIL® E SACHÊ DE SÍLICA NA EMBALAGEM AUXILIAM NA REDUÇÃO DA UMIDADE. O uso de antiumectante é importante, pois é uma subs- tância capaz de reduzir as características higroscópicas dos alimentos e reduzir a umidade, possibilitando um produto de melhor qualidade. 19 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS QUAL HORÁRIO CONSUMIR? Essa é uma dúvida muito comum sobre o consumo de probióticos. É melhor tomar pela manhã ou à noite, antes de dormir? Antes ou depois das refeições? Existe algum horário que otimize seus benefíciosà saúde? Na verdade, raros estudos são focados no horá- rio de ingestão do probiótico como diferencial de seus efeitos, o que sugere que esse não é um fator importante no resultado final da suple- mentação. Na maioria desses estudos, é orien- tado tomar os probióticos 30 minutos antes das refeições. Porque, em teoria, o tamponamento do pH do estômago gerado por certos alimen- tos melhoraria a sobrevivência de probióticos, todavia mais estudos são necessários.15 Entretanto, Tompkins e cols., em 201115, busca- ram examinar a sobrevivência de multi-cepas de probióticos consumidas em três diferentes situações: 30 minutos antes, durante ou 30 mi- nutos depois uma refeição de mingau de aveia com leite. O estudo mostrou que a sobrevivên- cia de todas as bactérias era melhor quando administrada com uma refeição ou 30 minutos antes de uma refeição.15 Já o estudo de Caillard e Lapointe (2017)16, que avaliou a resistência dos probióticos aos sucos gástricos quando consumidos em jejum, demonstrou que todas as cepas tes- tadas apresentaram alta sensibilidade às condições ácidas e sugeriram que a maioria dos probióticos não apresenta- riam qualquer viabilidade quando imersa no estômago em institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 20 jejum. A maioria das formas orais de probióticos não con- feriu proteção às cepas, a menos que essas formas fossem consumidas em cápsulas ácido resistentes. Por isso, se considerarmos o estudo de Calillard e Lapoin- te (2017)16 a indicação de consumo poderia ser 30 minutos antes da refeição ou durante. Mas caso o paciente apresen- te efeitos adversos, como flatulência, o consumo poderia acontecer antes de dormir, sem que o paciente esteja mui- to tempo em jejum. Este cuidado, entretanto, não é necessário caso o pro- biótico seja ingerido em cápsulas gastrorresistentes, atualmente denominadas como “ácido resistentes”, que protegem as cepas da acidez estomacal, e só liberam o conteúdo no intestino delgado.17 Caso não tenha a necessidade de utilizar cáp- sulas ácido resistentes, ele pode ser prescrito em cápsulas vegetais que são fisicamente es- táveis e resistentes a condições severas de calor e umidade.17 CONTUDO É VÁLIDO RESSALTAR QUE NÃO EXISTE UM CONSENSO AINDA QUANTO AO MELHOR HORÁRIO PARA O USO DE PROBIÓTICOS.18 Portanto é importante que o profissional capacitado para tal indicação, avaliando a clínica do seu paciente e fa- zendo uso de sua autonomia e atualização profissional, in- dique o melhor horário para seu paciente. 21 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS EXISTE PROBLEMA EM USAR PROBIÓTICO JUNTO COM ANTIBIÓTICO? Os probióticos, também, devem ser usados com cautela em pacientes imunodeprimidos que utilizam medicamen- tos como a ciclosporina, tacrolimus, azatioprina e agentes quimioterápicos, uma vez que os probióticos podem cau- sar infecção ou colonização patogênica em pacientes imu- nocomprometidos.1,19,20,21 Um estudo clínico duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, avaliou o uso de an- tibióticos em associação com probiótico (Lac- tobacillus rhamnosus 2x109 UFC duas vezes ao dia) na prevenção de Diarreia Associada a An- tibióticos (DAA) em 240 crianças de 3 meses a 14 anos. Como resultado, foi possível observar uma redução no risco de diarreia associada à antibioticoterapia no grupo que usou probióti- co em associação.22 Outro estudo, de 2020, buscou avaliar, através de amostras fecais, se os probióticos sobrevi- veriam quando consumidos junto com os anti- bióticos. Os pacientes iniciaram o consumo do produto com uma combinação de 4 cepas ou placebo no mesmo dia do início do tratamento com antibióticos e continuaram por 7 dias com o consumo do produto após a conclusão do tra- tamento com antibióticos. Os pacientes foram instruídos a consumir antibióticos e probióticos com pelo menos 2 horas de intervalo. Os auto- res concluíram que os probióticos podem ser institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 22 detectados nas fezes de pacientes aparente- mente não afetados pelo consumo simultâneo de antibióticos.23 Portanto, recomendar que os pacientes que tomam an- tibióticos também tomem probióticos, se mostrou eficaz tanto para a prevenção quanto para o tratamento da diar- reia associada a antibióticos, segundo uma metanálise re- alizada.24 Saccharomyces boulardii pode interagir com antifún- gicos (como clotrimazol, cetoconazol e nistatina). Assim, o consumo de probióticos deve respeitar pelo menos 2 horas de distância da utilização de antifúngicos.1 Porém, ainda não há concordância plena sobre esse ponto. POR QUANTO TEMPO CONSUMIR? Estudos clínicos utilizaram probióticos por no mínimo 5-7 dias, sendo que o período médio de consumo em que efeitos clínicos foram obser- vados foi superior a 6 semanas.13 O USO DEVE SER CONTÍNUO? Certos probióticos ingeridos sobrevivem à sua passagem pelo trato gastrointestinal e são ex- cretados do cólon para as fezes sem multipli- cação geral ou morte, não resultando em colo- nização do intestino. Dessa forma, o consumo contínuo pode ser necessário.3 23 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS No entanto, durante essa passagem, esses pro- bióticos continuam metabolicamente ativos, proporcionando benefícios à saúde de seus hospedeiros.3 O CONSUMO É SEGURO? Para a maioria das populações, o consumo de probióticos é considerado seguro e as compli- cações raras. No entanto, é preciso ter cautela quando se trata da Síndrome do Intestino Curto (SIC), infecção e a sepse, pois são as complica- ções mais sérias e não prováveis da administra- ção de probióticos, particularmente em pacien- tes imunocomprometidos.25,26,27,28,29,30,31 EFEITOS ADVERSOS Os efeitos adversos comuns de probióticos são tipica- mente transitórios, mas incluem desconforto gástrico (fla- tulência, distensão abdominal, diarreia, cólica, constipação). Além de cefaléia (dor de cabeça) e náuseas que tendem a diminuir com o decorrer da terapia. Para amenizar esse efeito, a dose pode ser elevada gradativamente ou consu- mida antes de dormir. Para garantir a segurança, opte por probióticos os quais tenham sido submetidos a rastreio do genoma microbiano para avaliação da presença de fatores patogênicos e de vi- rulência (verifique essa informação na farmácia magistral de sua confiança). A identificação das cepas é importante para a segurança, condições de crescimento e proprieda- des metabólicas de determinada cepa. É importante reali- zar a correta classificação das cepas no momento do pre- institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 24 paro dos probióticos, pois essa informação é fundamental para a avaliação da estabilidade da cepa, e comparação clínica isolada em casos de infecções. Sabe-se que mesma que a cepa probiótica seja considerada segura, ela ainda pode causar bacteremia, mesmo que em casos raros.32 PRECISA SER ARMAZENADO EM GELADEIRA? Probióticos liofilizados não necessitam de refri- geração, desde que a temperatura do ambien- te seja inferior a 25ºC. Pois a liofilização é um processo que busca melhorar a preservação do micro-organismo. Existem vários métodos, mas o mais utilizado é o Spray Dryer, que faz a reti- rada da água a partir de uma secagem por ar quente, permitindo que o probiótico possa ser armazenado em temperatura ambiente. O ma- terial liofilizado permite um transporte, manu- seio e armazenamento fácil e barato.33 CASO O PROBIÓTICO NÃO SEJA LIOFILIZADO, OU A TEMPERATURA AMBIENTE SUPERIOR A 25ºC, A RECOMENDAÇÃO É MANTER O SUPLEMENTO EM GELADEIRA. ALÉM DISSO, PROTEJA OS PROBIÓTICOS DA EXPOSIÇÃO À LUZ, AO CALOR, AO OXIGÊNIO E À UMIDADE. 25 institutoanapaulapujol.com.bre-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS COMO SABER SE OS PROBIÓTICOS SÃO LIOFILIZADOS? Verifique com o farmacêutico nas farmácias magistrais. Em suplementos prontos, verifique na embalagem a ne- cessidade de refrigeração. Probióticos que não necessitam de refrigeração normalmente são liofilizados. Na dúvida, contate o fornecedor. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 26 REFERÊNCIAS 1. WILLIAMS, N. T. Probiotics. American Journal of Health-System Pharmacy, v. 67, n. 6, p. 449-458, 2010. 2. PLAZA-DIAZ, J. et al. Probiotic mechanisms of action. Ann Nutr Metab, v. 61, p. 160-174, 2012. 3. BEZKOROVAINY, A. Probiotics: determinants of survival and grow- th in the gut. The American journal of clinical nutrition, v. 73, n. 2, p. 399s-405s, 2001. 4. DING, W. K.; SHAH, N. P. Acid, bile, and heat tolerance of free and microencapsulated probiotic bacteria. Journal of food science, v. 72, n. 9, p. M446-M450, 2007. 5. CERDÓ, Tomás et al. The role of probiotics and prebiotics in the pre- vention and treatment of obesity. Nutrients, v. 11, n. 3, p. 635, 2019. 6. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 243, DE 26 DE JULHO DE 2018. Disponível em: RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 243, DE 26 DE JULHO DE 2018 - Imprensa Nacional (in.gov. br). Acesso em: 23 de junho de 2021. 7. WIEËRS, G. et al. How probiotics affect the microbiota. Frontiers in cellular and infection microbiology, v. 9, p. 454, 2020. 8. SICILIANO, R. A. et al. Paraprobiotics: A new perspective for func- tional foods and nutraceuticals. Nutrients, v. 13, n. 4, p. 1225, 2021. 9. SHRIPADA, R.; GAYATRI, A-J.; SANJAY, P. Paraprobiotics. Precision me- dicine for investigators, practitioners and providers, p. 39-49, 2020. 10. CUEVAS-GONZÁLEZ, P. F.; LICEAGA, A. M.; AGUILAR-TOALÁ, J. E. Postbiotics and paraprobiotics: From concepts to applications. Food Research International, p. 109502, 2020. 11. ŻÓŁKIEWICZ, J. et al. Postbiotics—a step beyond pre-and probioti- cs. Nutrients, v. 12, n. 8, p. 2189, 2020. 12. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO-R- DC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007. Disponível em: https://bvs- ms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0067_08_10_2007. html. Acesso em: 14.09.2021. 27 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 13. ISLAM, Saif Ul. Clinical uses of probiotics. Medicine, v. 95, n. 5, 2016. 14. SILVA, M. N. da; TAGLIAPIETRA, B. L.; FLORES, V. A.; RICHARDS, N. S. P. dos S. In vitro test to evaluate survival in the gastrointestinal tract of commercial probiotics. Current Research In Food Scien- ce, v. 4, n. 0, p. 320-325, 2021. 15. TOMPKINS, T.; MAINVILLE, I.; ARCAND, Y. The impact of meals on a probiotic during transit through a model of the human upper gas- trointestinal tract. Beneficial microbes, v. 2, n. 4, p. 295-303, 2011. 16. CAILLARD, R.; LAPOINTE, N.. In vitro gastric survival of commer- cially available probiotic strains and oral dosage forms. Internatio- nal journal of pharmaceutics, v. 519, n. 1-2, p. 125-127, 2017. 17. PUJOL, A.P. Formulações para prática clínica. V.2. Camboriú, SC: Ed. do Autor, 2020. 18. KHALESI, S. et al. A review of probiotic supplementation in healthy adults: helpful or hype?. European journal of clinical nutrition, v. 73, n. 1, p. 24-37, 2019. 19. CARTER, G. M. et al. Probiotics in human immunodeficiency virus infection: a systematic review and evidence synthesis of benefits and risks. In: Open forum infectious diseases. Oxford University Press, 2016. 20. BOYLE, R. J.; ROBINS-BROWNE, R. M.; TANG, M. LK. Probiotic use in clinical practice: what are the risks?. The American journal of clinical nutrition, v. 83, n. 6, p. 1256-1264, 2006. 21. SALMINEN, M. K. et al. Lactobacillus bacteremia, clinical significan- ce, and patient outcome, with special focus on probiotic L. rhamno- sus GG. Clinical infectious diseases, v. 38, n. 1, p. 62-69, 2004. 22. MANTEGAZZA, C. et al. Probiotics and antibiotic-associated diar- rhea in children: A review and new evidence on Lactobacillus rhamnosus GG during and after antibiotic treatment. Pharmaco- logical research, v. 128, p. 63-72, 2018. 23. FORSSTEN, S. D.; YEUNG, N.; OUWEHAND, A. C. Fecal Recovery of Probiotics Administered as a Multi-Strain Formulation during An- tibiotic Treatment. Biomedicines, v. 8, n. 4, p. 83, 2020. 24. RODGERS, B.; KIRLEY, K.; MOUNSEY, A. Prescribing an antibiotic? Pair it with probiotics. The Journal of family practice, v. 62, n. 3, p. 148, 2013. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 28 25. BANNA, G. L. et al. Lactobacillus rhamnosus GG: an overview to ex- plore the rationale of its use in cancer. Frontiers in pharmacology, v. 8, p. 603, 2017. 26. MEGO, M. et al. Probiotic bacteria in cancer patients undergoing chemotherapy and radiation therapy. Complementary therapies in medicine, v. 21, n. 6, p. 712-723, 2013. 27. CECCARELLI, G. et al. A pilot study on the effects of probiotic su- pplementation on neuropsychological performance and micro RNA‐29a‐c levels in antiretroviral‐treated HIV‐1‐infected patients. Brain and behavior, v. 7, n. 8, p. e00756, 2017. 28. SADANAND, A.; NEWLAND, J.; BEDNARSKI, J. J.. Safety of Probio- tics Among High-Risk Pediatric Hematopoietic Stem Cell Trans- plant Recipients. Infectious Diseases And Therapy, v. 8, n. 2, p. 301-306, 15 abr. 2019. 29. TIAN, Yang et al. Effects of probiotics on chemotherapy in patients with lung cancer. Oncology letters, v. 17, n. 3, p. 2836-2848, 2019. 30. DAVID, R. S. The Safety of Probiotics. Clinical Infectious Diseases, v. 46, p. 104-11, 2008. 31. HORWITCH, C. A. et al. Lactobacillemia in three patients with AIDS. Clinical infectious diseases, v. 21, n. 6, p. 1460-1462, 1995. 32. ZAWISTOWSKA-ROJEK, A.; TYSKI, S. Are Probiotic Really Safe for Hu- mans? Polish Journal Of Microbiology, v. 67, n. 3, p. 251-258, 2018. 33. MORGAN, C. A. et al. Preservation of micro-organisms by drying; a re- view. Journal of microbiological methods, v. 66, n. 2, p. 183-193, 2006. e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS P A S S O A P A S S O 02 P A R A A P R E S C R I Ç Ã O D E P R O B I Ó T I C O S institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 30 1) Descreva em itálico o gênero e espécie. A descrição da subespécie e da estirpe é opcional: 2) Informe a dose, utilizando como unidade de medida UFC (Unidades Formadoras de Colônias), conforme consta na Resolução Nº656/20201: 3) Informe o número de doses e tipo de cápsula Exemplo: Aviar 30 doses em cápsulas vegetais. 4) Informe a posologia Exemplo: Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes da refeição. O QUE DEVE CONTER NO RECEITUÁRIO? 31 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS Exemplo da prescrição manipulada: Paciente: Maria Alice Via oral: Lactobacillus acidophilus - 5 bilhões de UFC Lactobacillus bulgaricus - 5 bilhões de UFC Bifidobacterium bifidum - 20 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas ácido resistentes para X dias. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes da refeição. [CARIMBO E ASSINATURA] Nutricionista Ana Clara CRNxx - xxxx __/__/__ Endereço - Número para contato institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 32 Exemplo de prescrição de suplemento probiótico aca- bado/industrializado: Paciente: Maria Alice Via oral: Simfort® (Vitafor®) – 1 caixa Posologia: Diluir o sachê em água. Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes da refeição. [CARIMBO E ASSINATURA] Nutricionista Ana Clara CRNxx - xxxx __/__/__ Endereço - Número para contato33 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. CFN, Conselho Federal de Nutrição. RESOLUÇÃO Nº 656, DE 15 DE JUNHO DE 2020. Disponível em: RESOLUÇÃO Nº 656, DE 15 DE JUNHO DE 2020 - RESOLUÇÃO Nº 656, DE 15 DE JUNHO DE 2020 - DOU - Imprensa Nacional (in.gov.br). Acesso: 23 de junho de 2021. 2. GUARNER, F. et al. Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gastroenterologia, Probióticos e Prebióticos. World Gastroente- rology Organisation, 2011. I N D I C A - Ç Õ E S 03 C L Í N I C A S D E P R O B I Ó T I C O S 35 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 3.1 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA ACNE VULGARIS ACNE VULGARIS Possíveis mecanismos: • Redução na inflamação que indiretamente favorece a função de barreira cutânea.1 • Inibe a expressão de células TCD8 patogênicas, esti- mula a produção de IL-10 e ativa as células T regula- doras, modulando a inflamação.1 • Redução da produção de sebo, o que pode reduzir a colonização folicular por P. acnes e a inflamação associada.1 • Os probióticos quando em conjunto com o trata- mento antibiótico da acne podem reduzir os efei- tos adversos do medicamento e fornecer um efeito sinérgico ao tratamento.2 • Inibição de IL-8 em células epiteliais e queratinóci- tos, sugerindo atividades imunomodulatórias.2 • O aumento na produção de ceramida pode forta- lecer a função de barreira em pacientes com acne.1 • Regulam a liberação de citocinas inflamatórias na pele, com redução da interleucina 1 alfa (IL-1α).3,4,5 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 36 SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA ACNE Formulação 16 Componentes da fórmula: Bifidobacterium lactis – 20 milhões de UFC Lactobacillus salivarius – 20 milhões de UFC Lactobacillus casei – 20 milhões de UFC Lactobacillus lactis – 20 milhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do café da manhã. Formulação 27 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus - 5 bilhões de UFC Lactobacillus bulgaricus - 5 bilhões de UFC Bifidobacterium bifidum - 20 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir duas doses ao dia, uma dose 30 minutos antes do almoço e uma dose 30 minutos antes do jantar. 37 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. NOLE, K. L. B.; YIM, E.; KERI, J. E.. Probiotics and prebiotics in der- matology. Journal Of The American Academy Of Dermatology, v. 71, n. 4, p. 814-821, out. 2014. 2. GOODARZI, A. et al. The potential of probiotics for treating acne vulgaris: a review of literature on acne and microbiota. Dermato- logic therapy, v. 33, n. 3, p. e13279, 2020. 3. HACINI-RACHINEL, F. et al. Oral Probiotic Control Skin Inflamma- tion by Acting on Both Effector and Regulatory T Cells. Plos One, v. 4, n. 3, p. 0-0, 20 mar. 2009. 4. CAZZOLA, M.; TOMPKINS, T. A.; MATERA, M. G.. Immunomodula- tory impact of a synbiotic in Th1 and Th2 models of infection. The- rapeutic Advances In Respiratory Disease, v. 4, n. 5, p. 259-270, out. 2010. 5. BOWE, W.; PATEL, N.B.; LOGAN, A.C.. Acne vulgaris, probiotics and the gut-brain-skin axis: from anecdote to translational medici- ne. Beneficial Microbes, v. 5, n. 2, p. 185-199, 1 jun. 2014. 6. RAHMAYANI, T.; PUTRA, Imam Budi; JUSUF, Nelva Karmilla. The Effect of Oral Probiotic on the Interleukin-10 Serum Levels of Acne Vulgaris. Open Access Macedonian Journal Of Medical Scien- ces, v. 7, n. 19, p. 3249-3252, 10 out. 2019. 7. JUNG, Gordon W. et al. Prospective, randomized, open-label trial comparing the safety, efficacy, and tolerability of an acne treat- ment regimen with and without a probiotic supplement and minocycline in subjects with mild to moderate acne. Journal of cutaneous medicine and surgery, v. 17, n. 2, p. 114-122, 2013. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 38 3.2 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA ANSIEDADE E DEPRESSÃO ANSIEDADE E DEPRESSÃO Possíveis mecanismos: • Ativação do Nervo vago.1 • Manutenção do Fator Neurotrófico Derivado do Cé- rebro (BDNF).2 • Aumento do triptofano plasmático.3 • Aumento da serotonina no hipocampo.3 • Síntese de cofatores para a produção de neurotrans- missores, incluindo as vitaminas B6, B12 e B9.3 • Efeitos sistêmicos no eixo hipotálamo adrenal e res- posta ao estresse de glicocorticóides.4 • Reduz as citocinas pró-inflamatórias, apresentando uma associação positiva com condições psiquiátri- cas, em especial a depressão.3,4 • Efeitos benéficos sobre a ansiedade e a depressão pela exclusão competitiva de patógenos intestinais deletérios, diminuições de citocinas pró-inflamató- rias e comunicação com o sistema nervoso central por meio de fibras sensoriais vagais, levando a altera- ções nos níveis ou funções dos neurotransmissores.4 39 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA ANSIEDADE E DEPRESSÃO Formulação 1 - Ansiedade4 Componentes da fórmula: Lactobacillus helveticus – 1,5 bilhões de UFC Bifidobacterium longum – 1,5 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. Formulação 2 - Probiótico Antidepressivo5 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus – 2 bilhões de UFC Lactobacillus casei – 2 bilhões de UFC Bifidobacterium bifidum – 2 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. Formulação 3 - Redução do Estresse6 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus – 1,5 bilhões de UFC Bifidobacterium longum – 1,5 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 40 Formulação 4 - Formulações para melhora do humor e cognição7 Componentes da fórmula: Bifidobacterium bifidum – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium lactis – 1 bilhão de UFC Lactobacillus acidophilus – 1 bilhão de UFC Lactobacillus brevis – 1 bilhão de UFC Lactobacillus casei – 1 bilhão de UFC Lactobacillus salivarius – 1 bilhão de UFC Lactococcus lactis – 1 bilhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. 41 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. MÖRKL, S. et al. Probiotics and the Microbiota-Gut-Brain Axis: focus on psychiatry. Current Nutrition Reports, v. 9, n. 3, p. 171-182, 13 maio 2020. 2. ROMO-ARAIZA, A.; IBARRA, A. Prebiotics and probiotics as potential therapy for cognitive impairment. Medical Hypotheses, v. 134, p. 109410-0, 2020. 3. ZAGÓRSKA, A. et al. From probiotics to psychobiotics–the gut-brain axis in psychiatric disorders. Beneficial Microbes, v. 11, n. 8, p. 717- 732, 2020. 4. MESSAOUDI, M. et al. Assessment of psychotropic-like properties of a probiotic formulation (Lactobacillus helveticus R0052 and Bi- fidobacterium longum R0175) in rats and human subjects. British Journal Of Nutrition, v. 105, n. 05, p.755-764, 26 out. 2010. 5. AKKASHEH, G. et al. Clinical and metabolic response to probiotic administration in patients with major depressive disorder: A rando- mized, double-blind, placebo-controlled trial. Nutrition, v. 32, n. 3, p.315-320, mar. 2016. 6. DIOP, L.; GUILLOU, S.; DURAND, H. Probiotic food supplement re- duces stress-induced gastrointestinal symptoms in volunteers: a double-blind, placebo-controlled, randomized trial. Nutrition Re- search, v. 28, n. 1, p.1-5, jan. 2008. 7. STEENBERGEN, L. et al.A randomized controlled trial to test the ef- fect of multispecies probiotics on cognitive reactivity to sad mood. Brain, Behavior, And Immunity, v. 48, p.258-264, ago. 2015. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 42 3.3 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Possíveis mecanismos: • Produção de ácido lático e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) que reduzem o pH no cólon.1 • Melhora o peristaltismo intestinal conduzindo à uma diminuição no tempo de trânsito no cólon e es- timulando a atividade motora intestinal e aumento da frequência evacuatória.2 • Desconjugação de sais biliares que são convertidos em sais biliares secundários livres e podem estimu- lar a motilidade do cólon.2 • Redução de gás metano e melhora a motilidade mioelétrica do cólon.3 • Modulação dos reflexos de motilidade neuronal-de- pendentes e dos nervos sensoriais aferentes que in- fluenciam a motilidade intestinal.2 43 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Formulação 13 Componentes da fórmula: Lactobacillus reuteri – 100 milhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir duas doses ao dia, uma dose 30 minutos antes do almoço e uma dose 30 minutos antes do jantar. Formulação 24 Componentes da fórmula: Bifidobacterium lactis – 250 milhões de UFC Lactobacillus acidophilus – 250 milhões de UFC Lactobacillus rhamnosus – 250 milhões de UFC FOS – 6g Aviar X doses em sachês. Posologia: Consumir duas doses ao dia, uma dose 30 minutos antes do almoço e uma dose 30 minutos antes do jantar. Formulação 35 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus – 5 bilhões de UFC Lactobacillus casei – 5 bilhões de UFC Lactobacillus lactis – 5 bilhões de UFC Bifidobacterium bifidum – 5 bilhões de UFC Bifidobacterium longum – 5 bilhões de UFC institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 44 Bifidobacterium infantis – 5 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. Formulação 46 Componentes da fórmula: Lactobacillus casei – 14 milhões de UFC Lactobacillus rhamnosus – 14 milhões de UFC Lactobacillus acidophilus – 14 milhões de UFC Lactobacillus bulgaricus – 14 milhões de UFC Bifidobacterium breve – 14 milhões de UFC Bifidobacterium longum – 14 milhões de UFC Streptococcus thermophilus – 14 milhões de UFC Aviar X doses em sachês. Posologia: Consumir duas doses ao dia, uma dose 30 minutos antes do almoço e uma dose 30 minutos antes do jantar. Formulação 57 Componentes da fórmula: Bifidobacterium lactis – 12,5 bilhões de UFC Streptococcus thermophilus – 1,2 bilhões de UFC Lactobacillus bulgaricus – 1,2 bilhões de UFC Lactobacillus casei – 1,2 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. 45 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. SALMINEN, S.; SALMINEN, E.. Lactulose, Lactic Acid Bacteria, Intes- tinal Microecology and Mucosal Protection. Scandinavian Journal Of Gastroenterology, v. 32, n. 22, p. 45-48, jan. 1997. 2. DIMIDI, E. et al. Mechanisms of Action of Probiotics and the Gas- trointestinal Microbiota on Gut Motility and Constipation. Advan- ces In Nutrition: An International Review Journal, v. 8, n. 3, p. 484- 494, 2017. 3. OJETTI, V. et al. Effect of Lactobacillus reuteri (DSM17938) on me- thane production in patients affected by functional constipation: a retrospective study. Eur Rev Med Pharmacol Sci. v. 21, n.7, p. 1702-1708, 2017. 4. WAITZBERG, D.L. et al. Effect of symbiotic in constipated adult women – a randomized, double-blind, placebo-controlled study of clinical response. Clin Nutr Edinb Scotl. v. 32, n.1, p. 27-33, 2013. 5. CUDMORE, S. et al. A randomized, double-blind, placebo-control- led clinical study: the effects of a symbiotic Lepicol in adults with chronic functional constipation. International Journal of Food Sciences and Nutrition, 2016. 6. FATEH, R. et al. Synbiotic preparation in men suffering from func- tional constipation: a randomized controlled trial. Swiss Med Wkly. v. 141, 2011 7. MALPELI, A. et al. Randomised, double-blind and placebo-control- led study of the effect of a symbiotic dairy product on orocecal transit time in healthy adult women. Nutr Hosp. v. 27, p. 1314-19, 2012. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 46 3.4 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA DERMATITE ATÓPICA DERMATITE ATÓPICA Possíveis mecanismos: • Atuam na maturação das células T helper tipo 1, na inibição do desenvolvimento de células T auxiliares 2 do tipo alérgico, na produção de anticorpos e res- postas IgE mediadas.1 • Induzem as células T com propriedades regulado- ras (Tregs) que podem envolver as células apresen- tadoras de antígeno (APCs), como os monócitos e células dendríticas.2 • Diminuem a porcentagem e/ou contagem absolu- ta de linfócitos CD4 e CD25, e aumentam os linfó- citos CD8.3 • Potencial papel na melhora da inflamação intesti- nal e da integridade da barreira, através da melhora dos níveis de produção de butirato e propionato.4 • Reduzem a liberação de interleucinas: IL-5, IL-4 e IL-6 e de IL-13.4 • Os probióticos também estimulam a secreção de IL-10 e do fator transformador de crescimento-β (TGF-β).4 47 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA DERMATITE ATÓPICA Formulação 15 Componentes da fórmula: Lactobacillus salivarius – 2 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir duas doses ao dia, uma dose 30 minutos antes do almoço e uma dose 30 minutos antes do jantar. Formulação 26 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus – 5 bilhões de UFC Bifidobacterium lactis – 5 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir duas doses ao dia, uma dose 30 minutos antes do almoço e uma dose 30 minutos antes do jantar. Formulação 37 Componentes da fórmula: Bifidobacterium lactis – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium bifidum – 1 bilhão de UFC Lactococcus lactis – 1 bilhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 48 Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. Formulação 48 Componentes da fórmula: Bifidobacterium lactis – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium longum – 1 bilhão de UFC Lactobacillus casei – 1 bilhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. Formulação 59 Componentes da fórmula: Bifidobacterium animalis – 1,6 bilhões de UFC Bifidobacterium lactis – 1,6 bilhões de UFC Lactobacillus acidophilus – 1,6 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. 49 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. FANG, Z. et al. Gut Microbiota, Probiotics, and Their Interactions in Prevention and Treatment of Atopic Dermatitis: a review. Fron- tiers In Immunology, v. 12,14 jul. 2021. 2. FARID, R. et al. Effect of a nem symbiotic mixture on atopic derma- titis in children: a randomized-controlled trial. Iran J Pedriatr. v. 21, n. 2, p. 225-230, 2011. 3. GERASIMOV, S.V. et al. Probiotic supplement reduces atopic der- matites in preschool children: a randomized, double-blind, place- bo-controlled, clinical trial. Am J Clin Dermatol. v. 11, n.5, p. 351-361, 2010. 4. RUSU, E. et al. Prebiotics and probiotics in atopic dermatitis(Re- view). Experimental And Therapeutic Medicine, v. 2, n. 18, p. 926- 931, 2019. 5. WU, K.G. et al. Lactobacillus salivarius plus fructo-oligosaccharide is superior to fructo-oligossaccharide alone for treating children with moderate to severe atopic dermatitis: a double-blind, rando- mized, clinical trial of efficacy and safety. Br J Dermatol. v. 166, n.1, p. 129-136, 2012. 6. GERASIMOV, Sergei V.; VASJUTA, Volodymyr V.; MYHOVYCH, Oksa- na O.; BONDARCHUK, Lyudmyla I.. Probiotic Supplement Reduces Atopic Dermatitis in Preschool Children. American Journal Of Cli- nical Dermatology, v. 11, n. 5, p. 351-361, out. 2010. 7. NIERS, L. et al. The effects of selected probiotic strains on the de- velopment of eczema (the Panda Study). Allergy. v. 64, p. 1349- 1358, 2009. 8. NAVARRO-LÓPEZ, Vicente et al. Effect of oral administration of a mixture of probiotic strains on SCORAD index and use of topical steroids in young patients with moderate atopic dermatitis: a ran- domized clinical trial. JAMA dermatology, v. 154, n. 1, p. 37-43, 2018. 9. KIM, J.Y. et al. Effect of probiotic mix (Bifidobacterium bifidum, Bifidobacterium lactis, Lactobacillus acidophilus) in the primary prevention of eczema: a double-blind, randomized, placebo-con- trolled trial. Pedriatr Allergy Immunol. v. 21, p. 386-393, 2010. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 50 3.5 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA DIARREIA ASSOCIADA AO USO DE ANTIBIÓTICOS DIARREIA ASSOCIADA AO USO DE ANTIBIÓTICOS Possíveis mecanismos: • Atua na produção de moléculas antimicrobianas, incluindo ácidos graxos de cadeia curta, bacterio- cinas e microcinas.1 • Recolonização e restauração da mucosa intestinal.2 • Os probióticos secretam ácidos acético e láctico que reduzem o pH intraluminal e inibem o cresci- mento de alguns patógenos.1 • Possui efeito imunomodulador que pode neutrali- zar o efeito pró-inflamatório de bactérias patogê- nicas.3 • Prevenção da diarreia associada ao uso de antibió- ticos através dos ácidos biliares intestinais e ácidos graxos de cadeia curta.3 • Regula a secreção e absorção do fluido intestinal.3 51 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA DIARREIA ASSOCIADA AO USO DE ANTIBIÓTICOS Formulação 12 Componentes da fórmula: Saccharomyces boulardii – 10 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose duas vezes ao dia, 30 minutos antes das refeições e com no mínimo 2 horas de distância da admi- nistração do antibiótico. Enquanto durar a antibióticoterapia. *As doses utilizadas nos estudos são altas. Deve-se adaptar conforme a realidade do paciente, visto que doses altas possuem um alto custo. Formulação 24 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus – 50 bilhões de UFC Lactobacillus casei – 50 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 52 Formulação 35 Componentes da fórmula: Lactobacillus casei – 100 milhões S. thermophilus – 100 milhões L. bulgaricus – 10 milhões Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, meia hora antes ou uma a duas horas após as refeições. 53 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. PLAZA-DIAZ, J.; RUIZ-OJEDA, F. J.; GIL-CAMPOS, M.; GIL, A. Mecha- nisms of Action of Probiotics. Advances In Nutrition, v. 10, n. 1, p. 49-66, 1 jan. 2019. 2. DINLEYICI, E.C. et al. Saccharomyces boulardiiCNCM I-745 reduces the duration of diarrhoea, length of emergency care and hospital stay in children with acute diarrhoea. Beneficial Microbes, v. 6, n. 4, p.415-421, jan. 2015. 3. A MEKONNEN, Solomon; MERENSTEIN, Daniel; FRASER, Claire M; MARCO, Maria L. Molecular mechanisms of probiotic prevention of antibiotic-associated diarrhea. Current Opinion In Biotechno- logy, v. 61, n. 0, p. 226-234, fev. 2020. 4. BEAUSOLEIIL, M. et al. Effect of a fermented milk combining Lac- tobacillus acidophilus CL1285 and Lactobacillus casei in the pre- vention of antibiotic-associated diarrhea: A randomized, double- -blind, placebo-controlled trial. Can J Gastroenterol. v. 21, n. 11, p. 732-736, 2007. 5. HICKSON, M. Use of probiotic Lactobacillus preparation to prevent diarrhoea associated with antibiotics: randomised double-blind placebo controlled trial. BMJ, 2007. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 54 3.6 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA DISLIPIDEMIA DISLIPIDEMIAS Possíveis mecanismos: • Incorporação e assimilação do colesterol na mem- brana celular.1 • Desconjugação de sais biliares pela hidrolase de sais biliares dos probióticos.1 • Inibição da síntese do colesterol hepático e ácidos graxos por meio da produção de ácidos graxos de cadeia curta.2 • Diminuição da absorção do colesterol alimentar.3 • In vitro promove a inibição de Niemann-Pick C1-Like 1 (NPC1L1), que participa do transporte de colesterol para os enterócitos; a inativação genética frequen- temente resulta em uma redução significativa da absorção de colesterol.3 • Capacidade de ligar o colesterol à superfície celular no intestino delgado.1 • Conversão do colesterol nos intestinos em coprosta- nol, que é excretado diretamente nas fezes. Isso di- minui a quantidade de colesterol sendo absorvida, levando a uma concentração reduzida no pool de colesterol fisiológico.1 55 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA DISLIPIDEMIAS Formulação 14,5,6 Componentes da fórmula: Lactobacillus reuteri – 2 bilhões de UFC Lactobacillus plantarum – 1 bilhão de UFC Lactobacillus sallivarius – 2 bilhões de UFC Bifidobacterium animalis – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium bifidum – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium longum – 1 bilhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. Formulação 27 Componentes da fórmula: Bifidobacterium bifidum – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium lactis – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium longum – 1 bilhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 56 REFERÊNCIAS 1. OOI, Lay-Gaik; LIONG, Min-Tze. Cholesterol-Lowering Effects of Probiotics and Prebiotics: a review of in vivo and in vitro findin- gs. International Journal Of Molecular Sciences, v. 11, n. 6, p. 2499-2522, 17 jun. 2010. 2. GADELHA, Carlos Jorge Maciel Uchoa; BEZERRA, Alane Nogueira. Effects of probiotics on the lipid profile: Systematic review. Jornal vascular brasileiro, v. 18, 2019. 3. HUANG, Ying; ZHENG, Yongchen. The probiotic Lactobacillus aci- dophilus reduces cholesterol absorption through the down-regu- lation of Niemann-Pick C1-like 1 in Caco-2 cells. British Journal Of Nutrition, v. 103, n. 4, p. 473-478, 9 out. 2009. 4. JONES, M.L. et al. Cholesterol lowering and inhibition of sterol ab- sorption by Lactobacillus reuteri NCIMB 30242: a randomized con- trolled trial. European Journal of Clinical Nutrition. v. 66, n. 11, p. 1234-1241, 2012. 5. FUENTES, M.C. et al. Cholestetol-lowering efficacy of Lactobacii- lus plantarum CECT 7527, 7528 and 7529 in hypercholesterolaemic adults. The British Journal of Nutrition. v. 109, n. 10, p. 1866-72, 2013. 6. RAIKUMAR, H. et al. Effect of probiotic lactobacillus salivarius UBL S22 and Prebiotic Fructo-oligosaccharide on serum lipids, in- flammatory markers, insulin sensitivity, and gut bacteria in heal- thy young volunteers: a randomized controlledsingle-blind pilot study. J Cardiovasc Pharmacol Ther. v. 20, n.3, p. 289-98, 2015. 7. GUARDAMAGNA, O. et al. Bifidobacteria supplementarion: effects on plasma lipid profiles in dyslipidemic children. Nutrition. v. 30, n. 7, p. 831-6, 2014. 57 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 3.7 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (DHGNA) Possíveis mecanismos: • Redução da resistência à insulina e melhora do con- trole da glicose.1 • Redução da permeabilidade intestinal.2 • Aumento da β-oxidação de ácidos graxos no fígado.3 • Redução de gordura hepática e da gordura corporal.4,1 • Redução da inflamação sistêmica e do estresse oxi- dativo.5 • Redução do Fator de Necrose Tumoral – α.6,7 • Modulação do sistema imunológico e supressão do crescimento bacteriano patogênico.3 • Melhora dos marcadores lipídicos.8 • Prevenção da produção e/ou da absorção de lipo- polissacarídeos no intestino e, portanto, redução da inflamação e da melhora do achado histológico do parênquima hepático.9 • Possível inibição do TNF-α e do aumento da adipo- nectina, podendo resultar na regulação da glicose sanguínea, metabolismo lipídico e proteção da le- são hepática.10,11 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 58 SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA DHGNA Formulação 14,12 Componentes da formulação: Lactobacillus acidophilus – 200 milhões de UFC Lactobacillus casei – 1 bilhão de UFC Lactobacillus bulgaricus – 500 milhões de UFC Lactobacillus rhamnosus – 200 milhões de UFC Bifidobacterium breve – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium longum – 5 bilhões de UFC Streptococcus thermophilus – 500 milhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. Formulação 213 Componentes da formulação: Lactobacillus acidophilus – 1 bilhão de UFC Lactobacillus rhamnosus – 1 bilhão de UFC Lactobacillus paracasei – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium lactis – 1 bilhão de UFC Bifidobacterium breve – 1 bilhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. 59 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. KOUTNIKOVA, H. et al. Impact of bacterial probiotics on obesity, diabetes and non-alcoholic fatty liver disease related variables: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. Bmj Open, v. 9, n. 3, p. 0-0, mar. 2019. 2. ZHAO, Z. et al. Lactobacillus plantarum NA136 ameliorates no- nalcoholic fatty liver disease by modulating gut microbiota, im- proving intestinal barrier integrity, and attenuating inflamma- tion. Applied Microbiology And Biotechnology, v. 104, n. 12, p. 5273-5282, 26 abr. 2020. 3. GU, Z. eta l. Probiotics for Alleviating Alcoholic Liver Injury. Gas- troenterology Research And Practice, v. 2019, n. 0, p. 1-8, 27 maio 2019. 4. SHAVAKHI, A. et al. Effect of probiotic and metformin on liver ami- notransferases in non-alcoholic steatohepatitis: a double-blind randomized clinicar trial. Int J Prev Med. v. 4, p. 531-37, 2013. 5. ESPLAMPARAST, T. et al. Symbiotic supplementation in nonal- coholic fatty liver disease: a randomized, double-blind, placebo- -controlled pilot study. Am J Clin Nutr. v. 99, n.3, p. 535-42, 2014. 6. MALAGUARNERA, M. et al. Bifidobacterium longum with fructo- -oligosaccharides in patients with non alcoholic steatohepatitis. Dig Dis Sci. v. 57, n. 2, p. 545-53, 2012. 7. KOBYLIAK, N. et al. A Multi-strain Probiotic Reduces the Fatty Liver Index, Cytokines and Aminotransferase levels in NAFLD Patients: evidence from a randomized clinical trial. Journal Of Gastrointes- tinal And Liver Diseases, v. 27, n. 1, p. 41-49, 31 mar. 2018. 8. LIU, Liang et al. Efficacy of probiotics and synbiotics in patients with nonalcoholic fatty liver disease: a meta-analysis. Digestive diseases and sciences, v. 64, n. 12, p. 3402-3412, 2019. 9. XUE, Li et al. Probiotics may delay the progression of nonalcoholic fatty liver disease by restoring the gut microbiota structure and improving intestinal endotoxemia. Scientific reports, v. 7, n. 1, p. 1-13, 2017. 10. WANG, Wei et al. Efficacy of probiotics on the treatment of non- -alcoholic fatty liver disease. Zhonghua nei ke za zhi , v. 57, n. 2, p. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 60 101-106, 2018. 11. TANG, Yao et al. Effects of probiotics on nonalcoholic fatty liver di- sease: a systematic review and meta-analysis. Therapeutic advan- ces in gastroenterology, v. 12, p. 1756284819878046, 2019. 12. ALLER, R. et al. Effect of a probiotic on liver aminotransferases in nonalcoholic fatty liver disease patients: a double-blind, randomi- zed, clinical-trial. Eur Rev Med Pharmacol Sci. v. 15, n. 9, p. 1090- 1095, 2011. 13. AHN, S. B. et al. Randomized, Double-blind, Placebo-controlled Study of a Multispecies Probiotic Mixture in Nonalcoholic Fatty Li- ver Disease. Scientific Reports, v. 9, n. 1, p. 0-0, 5 abr. 2019. 61 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 3.8 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA DOENÇA RENAL DOENÇA RENAL Possíveis mecanismos: • Mecanismos anti-inflamatórios (direcionados à desequilíbrios da disbiose do intestino) e antioxi- dantes (abordando deficiências na sinalização dos radicais livres - geração de espécies reativas de oxi- gênio no intestino).1 • Redução de endotoxinas e citocinas pró-inflamató- rias TNF-α, IL-5, IL-6 e aumento nos níveis séricos de IL-10.2 • Pode reduzir o nível de p-cresil sulfato (PCS), que é um dos principais tipos de toxinas da ureia causa- das pela disbiose.3,4 • A probioticoterapia tem sido sugerida para a me- lhoria da qualidade de vida ou redução dos níveis de toxinas urêmicas em pacientes renais. As cepas microbianas probióticas especificamente formula- das impedem que as toxinas urêmicas se acumu- lem à níveis altamente tóxicos.5 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 62 SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA DOENÇA RENAL Formulação 16 Componentes da formulação: Lactobacillus acidophilus – 20 bilhões de UFC Bifidobacterium longum – 20 bilhões de UFC Streptococcus thermophilus – 20 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose, 30 minutos antes do café da manhã, almoço e do jantar. * As doses utilizadas nos estudos são altas e podem impactar em um alto custo, por isso deve-se adaptar conforme a realidade do paciente. 63 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. ZHENG, H. J et al. Probiotics, prebiotics, and synbiotics for the im- provement of metabolic profiles in patients with chronic kidney disease: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Critical reviews in food science and nutrition, v. 61, n. 4, p. 577-598, 2021. 2. WANG, I.-K. et al.The effect of probiotics on serum levels of cytoki- ne and endotoxin in peritoneal dialysis patients: a randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Beneficial Microbes, v. 6, n. 4, p. 423-430, ago. 2015. 3. FAGUNDES, R. A B et al. Probiotics in the treatment of chronic kid- ney disease: a systematic review. Brazilian Journal of Nephrolo- gy, v. 40, n. 3, p. 278-286, 2018. 4. JIA, Linpei et al. Efficacy of probiotics supplementation on chro- nic kidney disease: a systematic review and meta-analysis. Kidney and Blood Pressure Research, v. 43, n. 5, p. 1623-1635, 2018. 5. EIDI, F. et al. Effect of Lactobacillus Rhamnosus on serum uremic toxins (phenol and P-Cresol) in hemodialysis patients: a double blind randomizedclinical trial. Clinical Nutrition Espen, v. 28, n. 0, p. 158-164, dez. 2018. 6. NATARAJAN, R. et al. Randomized controlled trial of strain-specific probiotic formulation (renadyl) in dialysis patients. Biomed Res Int, 2014. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 64 3.9 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA ENCEFALOPATIA HEPÁTICA ENCEFALOPATIA HEPÁTICA (HE) Possíveis mecanismos: • Melhora da mucosa intestinal, melhora da permea- bilidade intestinal e redução da disbiose.1 • Diminuição da produção de amônia.2 • Redução do pH que estimula o crescimento e as funções da microbiota intestinal.1 • Diminuição dos níveis de endotoxina.2 65 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Formulação 13 Componentes da fórmula: Clostridium butyricum – 10 milhões de UFC Bifidobacterium infantis – 1 milhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose três vezes ao dia, 30 minutos antes das principais refeições. Formulação 24 Componentes da fórmula: Lactobacillus casei – 14 milhões de UFC Lactobacillus plantarum – 14 milhões de UFC Lactobacillus acidophilus – 14 milhões de UFC Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus – 14 milhões de UFC Bifidobacterium longum – 14 milhões de UFC Bifidobacterium breve – 14 milhões de UFC Bifidobacterium infantis – 14 milhões de UFC Streptococcus salivarius subsp. thermophilus – 14 mi- lhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose três vezes ao dia, 30 minutos antes das principais refeições. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 66 Formulação 35 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus – 1 milhão de UFC Bifidobacterium infantis – 1 milhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose três vezes ao dia, 30 minutos antes das principais refeições. 67 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. XIA, Xiaoxue et al. Role of probiotics in the treatment of minimal hepatic encephalopathy in patients with HBV-induced liver cir- rhosis. Journal of International Medical Research, v. 46, n. 9, p. 3596-3604, 2018. 2. CAO, Qing et al. Effect of probiotic treatment on cirrhotic patients with minimal hepatic encephalopathy: A meta-analysis. Hepato- biliary & Pancreatic Diseases International, v. 17, n. 1, p. 9-16, 2018. 3. XIA, X.; et al. Role of probiotics in the treatment of minimal he- patic encephalopathy in patients with HBV-induced liver cirrho- sis. Journal Of International Medical Research, v. 46, n. 9, p. 3596- 3604, 28 maio 2018. 4. AGRAWAL, A. et al. Secondary prophylaxis of hepatic encephalo- pathy in cirrhosis: an open-label, randomized controlled trial of lactulose, probiotics, and no therapy. Am J Gastroenterol. v. 107, n.7, p. 1043-50, 2012. 5. ZIADA, D. H. et al. Can Lactobacillus acidophilus improve minimal hepatic encephalopathy? A neurometabolite study using magne- tic resonance spectroscopy. Arab Journal Of Gastroenterology, v. 14, n. 3, p. 116-122, set. 2013. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 68 3.10 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA HELICOBACTER PYLORI HELICOBACTER PYLORI Possíveis mecanismos: • Inibição da colonização do H. pylori na mucosa do es- tômago.1 • Redução dos efeitos colaterais associados ao trata- mento.1,2 • Inibição do crescimento de outras bactérias patogê- nicas por inibição competitiva dentro do trato diges- tório. A infecção ocorre tipicamente à partir da proli- feração de bactérias que liberam toxinas irritando os revestimentos internos da parede intestinal. Ao tomar probióticos, as culturas vivas são introduzidas de volta no sistema para restaurar o equilíbrio da microbiota normal competindo por nutrientes.3 • Produção de ácido láctico, que é capaz de neutralizar a hipocloridria induzida por H. pylori, somado ao efei- to bactericida.4 69 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA A HELICOBACTER PYLORI Formulação 12,3,5 Componentes da fórmula: Lactobacillus reuteri – 100 milhões de UFC Lactobacillus acidophilus – 4 bilhões de UFC Bifidobacterium animalis subsp. lactis – 10 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. Formulação 26,7 Componentes da fórmula: Lactobacillus reuteri – 200 milhões de UFC Sacharomycces boulardii – 200 milhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose duas vezes ao dia, 30 minutos antes da refeição. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 70 REFERÊNCIAS 1. LIONETTI, E1 et al. Probiotics and Helicobacter pylori infection in children. Journal of biological regulators and homeostatic agents, v. 26, n. 1 Suppl, p. S69-76, 2012. 2. OJETTI, V. et al. Impact of Lactobacillus reuteri supplementation on anti-helicobacter pylori levofloxacin-based second-line thera- py. Gastroenterol Res Pract, 2012. 3. WANG, Y.H; HUANG, Y. Effect of Lactobacillus acidophilus and Bifi- dobacterium bifidum supplementation to standard triple therapy on Helicobacter pylori eradication and dynamic changes in intesti- nal flora. World J Microbiol Biotechnol. v. 30, n. 3, p. 847-853, 2014. 4. BOLTIN, Doron. Probiotics in Helicobacter pylori-induced peptic ulcer disease. Best Practice & Research Clinical Gastroenterolo- gy, v. 30, n. 1, p. 99-109, fev. 2016. 5. HAUSER, G. et al. Probiotics for standard triple Helicobacter pylori eradication: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Medicine (Baltimore). v. 94, n. 17, p. 685, 2015. 6. FRANCAVILLA, R. et al. Lactobacillus reuteri strain combination in Helicobacter pylori infection: a randomized, double-blind, placebo- -controlled study. J Clin Gastroenterol. v. 48, n. 5, p. 407-413, 2014. 7. ZHOU, Ben‐Gang et al. Saccharomyces boulardii as an adjuvant therapy for Helicobacter pylori eradication: A systematic review and meta‐analysis with trial sequential analysis. Helicobacter, v. 24, n. 5, p. e12651, 2019. 71 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 3.11 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA INTOLERÂNCIA À LACTOSE & ALERGIA ALIMENTAR INTOLERÂNCIA À LACTOSE E ALERGIA ALIMENTAR (À PARTIR DE 2 ANOS DE IDADE) Possíveis mecanismos: • Atuam como uma fonte de lactase no trato intestinal, aumentando a capacidade hidrolítica geral e a fer- mentação colônica.1 • Modulam o estado imunológico e reduzem os sinto- mas clínicos.2 • Equilibram a microbiota e melhoram a função da bar- reira intestinal contribuindo para prevenção e trata- mento do eczema infantil, particularmente, tratando- -se de casos de alergias alimentares.3 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 72 SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA INTOLERÂNCIA À LACTOSE E ALERGIA ALIMENTAR Formulação 14 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus – 10 milhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do jantar. Formulação 23 Componentes da fórmula: Bifidobacterium longum – 4 bilhões de UFC Lactobacillus rhaminosus – 1 bilhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do jantar. 73 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. LEIS, Rosaura et al. Effects of Prebiotic and Probiotic Supplemen- tation on LactaseDeficiency and Lactose Intolerance: A Systema- tic Review of Controlled Trials. Nutrients, v. 12, n. 5, p. 1487, 2020. 2. DOS SANTOS, Stephanie Campos; KONSTANTYNER, Tulio; COCCO, Renata Rodrigues. Effects of probiotics in the treatment of food hypersensitivity in children: a systematic review. Allergologia et immunopathologia, v. 48, n. 1, p. 95-104, 2020. 3. VITELLIO, Paola et al. Effects of Bifidobacterium longum and Lac- tobacillus rhamnosus on gut microbiota in patients with lactose intolerance and persisting functional gastrointestinal symptoms: A randomised, double-blind, cross-over study. Nutrients, v. 11, n. 4, p. 886, 2019. 4. PAKDAMAN, Michael N.; UDANI, Jay K.; MOLINA, Jhanna Pame- la; SHAHANI, Michael. The effects of the DDS-1 strain of lactoba- cillus on symptomatic relief for lactose intolerance - a randomized, double-blind, placebo-controlled, crossover clinical trial. Nutrition Journal, v. 15, n. 1, p. 15-56, dez. 2015. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 74 3.12 FORMULAÇÃO DE PROBIÓTICOS NA OBESIDADE, DIABETES MELLITUS TIPO 2 E SÍNDROME METABÓLICA OBESIDADE, DIABETES MELLITUS TIPO 2 E SÍNDROME METABÓLICA Possíveis mecanismos: • Liberação do hormônio glucagon-like peptide-1 (GLP-1) a partir das células-L intestinais, resultando em uma me- lhor tolerância à glicose.1 • Produção de Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC), especialmente o butirato.1 • Liberação do hormônio peptídeo YY (PYY), relaciona- do à saciedade.1 • Diminuição do nível de fetuína-A e aumento do SIRT1, melhorando a homeostase da glicose e a sensibilida- de à insulina no tecido adiposo, músculo esquelético e fígado.2 • Diminuição dos níveis séricos da Proteína-C-Reativa.3 • Redução da concentração de Ácidos Graxos Livres (AGLs) no cólon e a quantidade desses ácidos graxos disponível para a absorção.4 75 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS • Efeito anti-hipertensivo.5 • Redução de adipocitocinas.1 • Melhora da função da barreira intestinal.1 • Estimulação do crescimento de microrganismos in- testinais benéficos.6 • Redução do crescimento de vários agentes patogêni- cos gram-negativos.6 • Redução da absorção intestinal de Lipopolissacaríde- os (LPS).1 • Redução de citocinas pró-inflamatórias em tecido adiposo.1 • Diminuição nos níveis de insulina em jejum e, conse- quentemente, da resistência à insulina.1 • Redução do nível de endotoxinas.1 • Redução da produção e da absorção de toxinas intes- tinais e elevação do pH fecal.1 • Redução da gordura visceral.1 • Redução da glicose sérica.1 • Atuação no sistema endocanabinoide.1 • Redução da adiposidade.1 • Efeito anti-inflamatório.1 • Modulação do metabolismo lipídico.1 • Efeito hipocolesterolêmico (redução de LDL e aumen- to de HDL).1 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 76 SUGESTÕES DE FORMULAÇÕES PARA OBESIDADE, DIABETES MELLITUS TIPO 2 E SÍNDROME METABÓLICA Formulação 1 - Perda de peso3,7 Componentes da fórmula: Lactobacillus reuteri – 1 bilhão de UFC Lactobacillus gasseri – 10 bilhões de UFC Lactobacillus rhamnosus – 320 milhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. Formulação 2 - Redução dos marcadores inflamatórios e dislipidemia6,8,9 Componentes da fórmula: Lactobacillus salivarius – 2 bilhões de UFC Lactobacillus sporogenes – 1 bilhão de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. 77 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS Formulação 3 - Redução da glicemia10 Componentes da fórmula: Lactobacillus salivarius – 10 bilhões de UFC Lactobacillus acidophilus – 2 bilhões de UFC Lactobacillus casei – 7 bilhões de UFC Lactobacillus rhamnosus – 1, 5 bilhões de UFC Lactobacillus bulgaricus – 200 milhões de UFC Bifidobacterium breve – 20 bilhões de UFC Bifidobacterium longum – 7 bilhões de UFC Streptococcus thermophilus – 1, 5 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. * As doses utilizadas nos estudos são altas. Deve-se adaptar conforme a realidade do paciente, visto que doses altas possuem um alto custo. Formulação 4 - Proteção contra o ganho de massa corporal e o acúmulo de gordura11 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus – 6 bilhões de UFC Lactobacillus delbrueckii ssp. Bulgaricus – 6 bilhões de UFC Lactobacillus paracasei – 6 bilhões de UFC Lactobacillus plantarum – 6 bilhões de UFC Bifidobacterium longum – 6 bilhões de UFC Bifidobacterium infantis – 6 bilhões de UFC Bifidobacterium breve – 6 bilhões de UFC Streptococcus thermophilus – 6 bilhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 78 Formulação 5 – Redução dos níveis séricos de triglicerídeos, da insulina e do colesterol total12 Componentes da fórmula: Lactobacillus acidophilus – 200 milhões de UFC Lactobacillus casei – 200 milhões de UFC Lactobacillus rhamnosus – 200 milhões de UFC Lactobacillus bulgaricus – 200 milhões de UFC Bifidobacterium breve – 200 milhões de UFC Bifidobacterium longum – 200 milhões de UFC Streptococcus thermophilus – 200 milhões de UFC Aviar X doses em cápsulas vegetais. Posologia: Consumir uma dose ao dia, 30 minutos antes do almoço. 79 institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS REFERÊNCIAS 1. M.; SHI, B. Gut microbiota as a potential target of metabolic syn- drome: the role of probiotics and prebiotics. Cell & Bioscience, v. 7, n. 1, p. 7-54, 2017. 2. KHALILI, L. et al. The effects of lactobacillus casei on glycemic res- ponse, serum sirtuin1 and fetuin-a levels in patients with type 2 diabetes mellitus: a randomized controlled trial. Iranian biomedi- cal journal, v. 23, n. 1, p. 68, 2019. 3. ASEMI, Z. et al. Effect of multispecies probiotic supplements on metabolic profiles, hs-CRP, and oxidative stress in patients with type 2 diabetes. Ann Nutr Metab. v. 63, p. 1-9, 2013. 4. CHUNG, H.J. et al. Intestinal removal of free fatty acids from hosts by Lactobacilli for the treatment of obesity. FEBS Open Bio. v. 6, n.1, p. 64-67, 2016. 5. JAUHIAINEN, T. et al. Lactobacillus helveticus Fermented Milk Lowers Blood Pressure in Hypertensive Subjects in 24-h Ambula- tory Blood Pressure Measurement. American Journal Of Hyper- tension, v. 18, n. 12, p. 1600-1605, dez. 2005. 6. LEE, S.J. et al. The effects of co-administration of probiotics with herbal medicine on obesity, metabolic endotoxemia and dysbio- sis: a randomized double-blind controlled clinical trial. Clin Nutr. v. 33, n. 6, p. 973-981, 2014. 7. SHAKERI, H. et al. Consumption of symbiotic bread decreases tria- cylglycerol and VLDL levels while increasing HDL levels in serum from patients with type-2 diabetes. Lipids. v. 49, n. 7, p. 695-701, 2014. 8. TAGHIZADEH, M. et al. Synbiotic food consumption reduces levels of triacylglycerols and VLDL, but not cholesterol, LDL, or HDL in plasma from pregnant womem. Lipids. v. 49, n. 2, p. 155-161, 2014. 9. MINAMI, J. et al. Oral administration of Bifidobacterium breve B-3 modifies metabolic functions in adults with obese tendencies in a randomized controlled trial. J Nutr Sci. v. 4, n. 17, 2015. 10. LINDSAY, K.L. et al. Impact of probiotics in women with gestatio- nal diabetes mellitus on metabolic health: a randomized control- led trial. Am J Obstetrics and Gynecology. v. 212, n.4, p. 496, 2015. institutoanapaulapujol.com.br e-book | 1ª edição | GUIA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS 80 11. GOBEL,
Compartilhar