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Imperialismo e Discurso Civilizatório

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O imperialismo e seu discurso civilizatório 
História 
1o bimestre – Aula 06
Ensino Médio
1a
SÉRIE
2024_EM_B1_V1
Habilidade: (EM13CHS102) - Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
A construção do discurso civilizatório em diferentes contextos e seus desdobramentos para o imperialismo.
Identificar e analisar as matrizes conceituais de forma a desconstruir as narrativas produzidas por ideais de modernidade e de civilização (imperialismo).
Conteúdo
Objetivo
2024_EM_B1_V1
(EM13CHS102) - Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
Editora UNESP. Imagem. Kant
Todos falam 
Para você, o que significa um discurso civilizador? 
Quais são as intenções desse tipo de narrativa? 
Tente relacionar a ideia de discurso civilizador às ideias de “controle e exploração”, “manutenção da ordem social e impactos nas culturas locais”.
Tente responder essas e outras questões, além de interpretar a imagem ao lado. Não se esqueça de registrar suas observações.
“Crianças, amai a França, vossa nova pátria”, escrito em francês em uma escola pública na Argélia, onde o árabe era a língua da população. Fotografia de 1858. 
Ref. Ensinar História – Joelza Ester Domingues. 
2024_EM_B1_V1
Para começar
Referência. Domingues, Joelza Ester. Ensinar História https://ensinarhistoria.com.br/africa-uma-babel-que-desafia-os-especialistas/. 
Acesso em: 22/11/2023. 
O período que compreende o final do século XIX e o início do século XX é conhecido como a Era do Imperialismo, durante a qual as potências europeias, e também os Estados Unidos e o Japão, buscaram expandir seus impérios coloniais em várias partes do mundo. O imperialismo desse período foi frequentemente acompanhado por um discurso civilizatório que justificava o domínio das nações europeias sobre outras regiões.
       
2024_EM_B1_V1
Foco no conteúdo
Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
Essa narrativa procurava obscurecer a realidade, apresentando-se como uma missão civilizadora. No entanto, por trás desse véu de nobreza, havia um discurso que propagava a ideia de inferioridade dos povos colonizados, permeando todo o curso das explorações europeias ao redor do mundo. 
Essa estratégia retórica não apenas buscou uma justificativa para o domínio, como também criou uma narrativa que perpetuava a visão de que os povos colonizados eram naturalmente inferiores, o que moldou as relações de poder e as dinâmicas sociais durante o período colonial. Desconstruir essas narrativas é fundamental para compreender o impacto da colonização e promover uma abordagem mais crítica e inclusiva ao examinar o legado desse capítulo da História mundial.   
2024_EM_B1_V1
Foco no conteúdo
Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
Nas últimas décadas do século XIX, vários países haviam se industrializado. Foi nesse período que se tornou conhecido o termo imperialismo, que passou a designar a nova divisão do mundo pelas potências capitalistas. 
Enquanto alguns acusavam as grandes potências de explorar economicamente a parte não industrializada do planeta, os defensores do imperialismo discursavam em favor da expansão de seu modelo de civilização por todo o globo terrestre. 
Em 1914, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, tanto a Ásia como a África já haviam sido repartidas entre os países industrializados. Assim, a disputa imperialista foi uma das causas da Primeira Guerra Mundial, como podemos observar no mapa.   
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Foco no conteúdo
Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
O domínio colonial na África e na Ásia (1815-1914)
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Foco no conteúdo
Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. Pag. 191. 
Devemos destacar também a presença britânica na Índia e na China. A Índia estava sob domínio inglês desde o século XVIII. Os ingleses exploravam o comércio de ópio e chá, além de alimentar sua indústria têxtil com o algodão produzido nesses países. Durante o século XIX, os britânicos criaram planos de modernização da região conforme seus parâmetros. Construíram rodovias e ferrovias, promoveram projetos de irrigação e procuraram criar novos hábitos culturais e de consumo. 
2024_EM_B1_V1
Foco no conteúdo
Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
No entanto, muitos tributos eram cobrados da população local que, em sua maior parte, vivia em condições miseráveis. Ainda no século XIX, na Índia, começou a se organizar um movimento de resistência à dominação britânica. Estudantes hindus ricos que iam frequentar universidade na Inglaterra traziam na bagagem de volta a defesa da igualdade de direitos entre hindus e britânicos e o princípio de autonomia em relação ao governo inglês. Um dos defensores da emancipação da Índia foi Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido como Mahatma Gandhi (em sânscrito, "grande alma"). Tornou-se um importante líder na luta pela independência de seu país, utilizando como estratégia de ação a desobediência civil e formas pacíficas de resistência para chegar à libertação. 
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Foco no conteúdo
Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
Os ingleses procuraram estabelecer relações comerciais com a China desde o século XVIII. Mas, apenas no século seguinte começaram a vender o ópio produzido na Índia para os chineses. Com a difusão dessa droga, a saúde de parte da população chinesa foi afetada e, por isso, o comércio do ópio foi proibido. Atingidos os interesses econômicos ingleses, ocorreu a chamada Guerra do Ópio (1839-1842), da qual os britânicos saíram vitoriosos e abriram caminho para a dominação da região. Os chineses tiveram que assinar o Tratado de Nanquim em 1842, por meio do qual cinco portos chineses foram liberados para o comércio inglês sem restrições.
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Foco no conteúdo
Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
Hong Kong passou a ser administrada diretamente pelos britânicos. Também foi definido que os ingleses não estariam submetidos às leis chinesas, mas sim a tribunais especiais ingleses. Uma nova Guerra do Ópio ocorreu em 1857, e outra em 1860, quando a China foi obrigada a abrir 11 portos ao comércio europeu. A presença inglesa na China não se limitou à interferência econômica, pois os britânicos também procuraram transformar os hábitos culturais dos orientais. 
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Foco no conteúdo
Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
A – Como o discurso civilizatório foi utilizado para justificar a colonização?
Para promover a igualdade entre os povos colonizados e os colonizadores.
Para criar uma narrativa nobre sobre uma missão civilizadora.
Para demonstrar a superioridade cultural dos povos colonizados.
 Para questionar a legitimidade da colonização.
Para promover a independênciados países colonizados.
Todos falam
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Na prática
B – Qual foi a causa da disputa imperialista entre as nações europeias às vésperas da Primeira Guerra Mundial?
 A disputa por recursos naturais nos países não industrializados.
 A disputa por territórios colonizados.
 A disputa por influência política em países não industrializados.
 A disputa pela hegemonia cultural sobre os povos colonizados.
 A disputa pela independência dos países colonizados.
Todos falam
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Na prática
A - Se você respondeu Alternativa II (Para criar uma narrativa nobre sobre uma missão civilizadora), parabéns!
 
Justificativa: o discurso civilizatório foi utilizado para criar uma narrativa de nobreza sobre uma missão civilizadora, que buscava obscurecer a realidade da colonização. Essa narrativa foi usada para justificar a superioridade dos colonizadores sobre os povos colonizados e perpetuar a visão de que os povos colonizados eram naturalmente inferiores.
Correção
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Na prática
B – Se você respondeu Alternativa II (A disputa por territórios colonizados), parabéns!
Justificativa: o impasse imperialista entre as nações europeias, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, foi causado pela disputa por territórios colonizados que haviam sido repartidos entre as potências capitalistas.
Correção
2024_EM_B1_V1
Na prática
O que caracteriza particularmente o capitalismo atual é o domínio dos grupos monopolistas constituídos por grandes empresários. Esses monopólios tornam-se sólidos, sobretudo quando reúnem apenas em suas mãos todas as fontes de matéria-prima. [...] Os grupos monopolistas internacionais dirigem seus esforços no sentido de arrancarem do adversário toda a possibilidade de concorrência, de se apoderarem, por exemplo, das jazidas de ferro ou de petróleo etc. Somente a posse de colônias dá ao monopólio completas garantias de sucesso face a todas as eventualidades da luta contra os seus rivais, 
O imperialismo na visão de Lênin
Continua...
Todos falam
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Aplicando
Fonte: LÊNIN, Vladimir Ilitch Ulianov. Imperialismo, fase superior do capitalismo. 4. ed. São Paulo: Global, 1987. p. 81-3. Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
mesmo na hipótese destes últimos ousarem defender-se com uma lei que estabeleça o monopólio de Estado. [...]. A exportação de capitais também tem interesse na conquista de colônias, pois no mercado colonial [...] é mais fácil eliminar um concorrente pelos processos monopolísticos, garantir uma encomenda, consolidar as necessárias "relações" etc.
Continua...
Todos falam
2024_EM_B1_V1
Aplicando
Fonte: LÊNIN, Vladimir Ilitch Ulianov. Imperialismo, fase superior do capitalismo. 4. ed. São Paulo: Global, 1987. p. 81-3. Referência: Adaptado de: Catelli Junior, Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
A partir do fragmento textual, responda ao que se pede: 
Como as colônias são vistas por Lênin no contexto do imperialismo?
De que maneira a exportação de capitais está relacionada à conquista de colônias, de acordo com o autor?
Todos falam
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Aplicando
Fonte: LÊNIN, Vladimir Ilitch Ulianov. Imperialismo, fase superior do capitalismo. 4. ed. São Paulo: Global, 1987. p. 81-3. Referência: Adaptado de: Castelli, Roberto Junior. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
Lênin vê as colônias no contexto do imperialismo como estrategicamente essenciais para os grupos monopolistas. Ele argumenta que apenas a posse de colônias pode garantir o monopólio completo, com segurança e sucesso diante das diversas eventualidades da competição contra os rivais. As colônias prometem uma vantagem ao monopólio, permitindo-lhes controlar fontes cruciais de matéria-prima, como jazidas de ferro ou petróleo.
Correção
Continua...
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Aplicando
A exportação de capitais, de acordo com Lênin, está intrinsecamente ligada à conquista de colônias. Ele sugere que a exportação de capitais para mercados coloniais facilita a eliminação de concorrentes pelos processos monopolísticos. Além disso, ao investir em colônias, os monopólios podem garantir encomendas, consolidar relações de decisão e, assim, fortalecer sua posição no mercado global. Portanto, a conquista de colônias é vista como uma estratégia crucial para os grupos monopolistas garantirem seu domínio econômico e competitivo.
Correção
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Aplicando
Identificamos  e analisamos  as matrizes conceituais de forma a desconstruir as narrativas produzidas por ideais de modernidade e de civilização a partir do imperialismo, além da expansão do capitalismo e seus impactos durante os séculos XIX e XX. 
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O que aprendemos hoje?
CATELLI JR., Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora Scipione, 2011. 
LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023.
LÊNIN, Vladimir Ilitch Ulianov. Imperialismo, fase superior do capitalismo. 4. ed. São Paulo: Global, 1987. p. 81-3. 
WEINMAN; Carlos. O conceito de iluminismo em Kant e sua implicação com a moralidade e a política. Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/achs/article/view/7639/5160. Acesso em: 09 nov. 2023.
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Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3. Imagem. Domingues, Joelza Ester. Ensinar História. Disponível em: https://ensinarhistoria.com.br/africa-uma-babel-que-desafia-os-especialistas/. Acesso em: ? 
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Referências
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