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Ciência e Racismo

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Ciência e racismo
História 
Ensino Médio
1o bimestre – Aula 10
1a
SÉRIE
2024_EM_B1_V1
Habilidade: (EM13CHS105) - Identificar, contextualizar e criticar tipologias evolutivas (populações nômades e sedentárias, entre outras) e oposições dicotômicas (cidade/campo, cultura/ natureza, civilizados/bárbaros, razão/emoção, material/virtual etc.), explicitando suas ambiguidades.
Teorias do racismo científico.
Identificar, contextualizar e criticar tipologias evolutivas e as oposições dicotômicas. 
Conteúdo
Objetivos
2024_EM_B1_V1
Habilidade: (EM13CHS105) - Identificar, contextualizar e criticar tipologias evolutivas (populações nômades e sedentárias, entre outras) e oposições dicotômicas (cidade/campo, cultura/ natureza, civilizados/bárbaros, razão/emoção, material/virtual etc.), explicitando suas ambiguidades.
Todos falam
A animalização do outro foi uma prática bastante recorrente por estudiosos em nome do progresso científico pelo mundo. Atos de crueldade e racismo foram expostos e conferidos em exposições, considerados marcos da popularização da Ciência à época como vimos na aula anterior. 
Colonialismo A Bélgica começa a abordar a importância do seu "zoológico humano" congolês de 1958. Ref. Jornal The Guardian. 
2024_EM_B1_V1
Para começar
Referência: Imagem. Reportagem do jornal "The Guardian" conta como eram os zoológicos humanos. Adaptado de: UOL. Último zoológico humano ridicularizava congoleses durante feira na Bélgica em 1958. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/04/17/ultimo-zoologico-humano-ridicularizava-congoleses-durante-feira-em-bruxelas.htm. Acesso em: 27/11/2023. 
A partir de meados do século XIX, tornou-se mais comum a exibição de pessoas em museus, circos, zoológicos, feiras e instituições científicas no Ocidente, tanto como forma de entretenimento quanto como objeto de estudo. As teorias raciais predominantes na época estabeleceram classificações que colocavam negros, índios e outros povos colonizados no estágio inicial da evolução humana. Esses grupos foram apresentados ao vivo por meses, juntamente com elementos de sua cultura material, com a intenção de retratá-los como primitivos, em contraste com as nações mais dirigidas. Essas exposições contribuíram para fortalecer a noção de inferioridade racial, ensinando ao público que o racismo tinha fundamentos científicos. Isso, por sua vez, justificava e desculpava o imperialismo crescente, ao mesmo tempo que alimentava sentimentos de superioridade entre a população branca e ocidental. Ref .: Adaptado de. Koutsoukos, Sandra Sofia Machado. 
2024_EM_B1_V1
Foco no conteúdo
Referência: Koutsoukos, Sandra Sofia Machado. ZOOLÓGICOS HUMANOS - GENTE EM EXIBIÇÃO NA ERA DO IMPERIALISMO. Editora UNICAMP, 2020. 
A essência do darwinismo social reside na utilização de conceitos como "seleção natural" e "luta pela sobrevivência" para explicar a competição entre indivíduos ou grupos humanos, à semelhança do que Darwin fez ao analisar outras espécies animais e vegetais.
O darwinismo social surgiu no final do século XIX como uma adaptação por diversos e diferentes autores que buscavam aplicar os princípios da teoria da evolução de Charles Darwin ao funcionamento das sociedades humanas. No entanto, essa aplicação foi severamente distorcida. 
Charles Darwin, foi um naturalista, geólogo e biólogo britânico.
Ref.: Schwarcz, Lilia Moritz 
2024_EM_B1_V1
Foco no conteúdo
Referência: SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. 
Referência. Imagem. Wikipédia. Charles Darwin. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin. Acesso em: 27/11/2023 
Existem duas correntes principais do darwinismo social, uma das quais apresenta uma visão racista e colonialista que se desenvolveu principalmente na Europa. Nessa perspectiva, o foco não está tanto na disputa entre indivíduos, mas sim no conflito entre raças e povos ao redor do mundo. No que diz respeito à desigualdade social, o darwinismo social atribuiu a diferença entre ricos e pobres à suposta maior "aptidão" dos primeiros para sobreviver e prosperar.
 Ref.: Schwarcz, Lilia Moritz 
2024_EM_B1_V1
Foco no conteúdo
Referência: SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993
Os “simpatizantes” do darwinismo social argumentaram de forma espontânea as teses evolutivas de Darwin, utilizando-se da alegação: se a natureza opera de maneira eficaz por meio do processo de seleção natural, comparando-se de maneira semelhante a uma competição mortal onde os mais aptos prevalecem, então as sociedades humanas podem seguir o mesmo princípio. Curiosamente, a célebre expressão "sobrevivência dos mais aptos" foi cunhada por Herbert Spencer, um defensor do darwinismo social, e não pelo próprio cientista Charles Darwin. Dessa forma, o darwinismo social, propôs analogias entre a evolução do mundo natural e a trajetória histórica das sociedades humanas.
Ref.: Schwarcz, Lilia Moritz 
2024_EM_B1_V1
Foco no conteúdo
Referência: SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993
A relação entre o darwinismo social e o racismo também se manifestaram numa vertente com visão preconceituosa racista e colonialista, que teve origem no continente europeu, com foco entre as “diferentes raças” e povos. Entre os teóricos dessa corrente, destacam-se os franceses Joseph Arthur de Gobineau (1816-1882) e Georges Vacher de Lapouge (1854-1936), além do inglês naturalizado alemão Houston Stewart Chamberlain (1855-1927), que expressava fortes tendências antissemitas.
Ref.: Schwarcz, Lilia Moritz 
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Foco no conteúdo
Referência: SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993
As teorias racistas de Chamberlain, que pregavam a suposta superioridade dos grupos arianos, serviram como base doutrinária para o fascismo. É relevante ressaltar que a divisão clássica das "raças", conforme concebida pelos darwinistas, não é mais aceita pela comunidade científica atual.Estudos contemporâneos, fundamentados nos avanços da genética, indicam que o genoma humano é composto por 30 mil a 50 mil genes diferentes, muitos dos quais são compartilhados por toda a humanidade. As diferenças morfológicas entre as chamadas "raças" ou grupos humanos, como cor de pele, tipo de cabelo e características auditivas, resultam de modificações genéticas graduais ao longo de milhões de anos, correlacionadas com a adaptação das populações humanas a fatores geográficos, como radiação solar, temperatura, entre outros.
Ref.: Schwarcz, Lilia Moritz 
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Foco no conteúdo
Referência: SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993
O termo "eugenia" ou "eugenismo" foi elaborado em 1883 pelo matemático e estatístico inglês Francis Galton (1822-1911), que o definiu como sendo a "ciência para a melhoria das qualidades hereditárias das populações”.
Assim como o darwinismo social utilizou conceitos como "seleção natural" e "luta pela sobrevivência" para explicar a competição entre indivíduos ou grupos na sociedade, a eugenia propôs a aplicação desses princípios à reprodução humana. A ideia era que, ao direcionar a reprodução para favorecer características consideradas desejáveis, seria possível aprimorar geneticamente a sociedade.
Ref.: Schwarcz, Lilia Moritz 
2024_EM_B1_V1
Foco no conteúdo
Referência: SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993
Essa abordagem, no entanto, levou a práticas controversas e antiéticas, como esterilizações forçadas, discriminação raciale social, além de ter sido associada a políticas eugenistas que resultaram em atrocidades durante o século XX. Embora o darwinismo social e a eugenia tenham conexões históricas, é importante notar que essas ideias não são amplamente aceitas ou praticadas na ciência contemporânea devido às implicações éticas e morais envolvidas. 
Ref.: Schwarcz, Lilia Moritz 
2024_EM_B1_V1
Foco no conteúdo
Referência: SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993
Quais foram as principais consequências das exposições de pessoas realizadas em museus, circos, zoológicos, feiras e instituições científicas no Ocidente no século XIX?
Contribuíram para fortalecer a noção de inferioridade racial, ensinando ao público que o racismo tinha fundamentos científicos.
Promoveram a igualdade de direitos entre diferentes povos.
Estimularam a convivência multicultural.
Despertaram a consciência crítica das pessoas em relação ao racismo científico.
Ajudaram a combater o preconceito racial.
De surpresa
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Na prática
Se você respondeu Alternativa A, parabéns!
Justificativa: as exposições de pessoas em museus, circos, zoológicos, feiras e instituições científicas no Ocidente no século XIX contribuíram para fortalecer a noção de inferioridade racial, ensinando ao público que o racismo tinha fundamentos científicos. As teorias raciais predominantes na época estabeleceram classificações que colocavam negros, índios e outros povos colonizados no estágio inicial da evolução humana. Esses grupos foram apresentados ao vivo por meses, juntamente com elementos de sua cultura material, com a intenção de retratá-los como primitivos, em contraste com as nações mais dirigidas.
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Na prática
Com base nos estudos desenvolvidos até o presente momento, pesquise no artigo intitulado “Darwinismo social, eugenia e racismo ‘científico’: sua repercussão na sociedade e na educação brasileiras”, disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/sNH6RP4vvMk6wtPSZztNDyt/?format=pdf&lang=pt ou em outras fontes confiáveis para responder ao que se pede. 
Aponte e comente as principais repercussões do darwinismo social pelo mundo e no Brasil. 
Elabore um artigo de opinião a partir da seguinte indagação: Desconstruindo pseudociência: críticas contundentes ao Darwinismo social e suas ramificações no racismo científico" 
Tarefa para casa: fique atento às orientações do seu professor e ao prazo de entrega de sua pesquisa. 
Todos falam
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Aplicando
Orientações para o professor: 
Solicite aos estudantes que produzam um texto, entre 25 e 40 linhas, que justifique o título "Desconstruindo pseudociência: Críticas contundentes ao Darwinismo social e suas ramificações no racismo científico". Não esqueça que seu texto tem de ter:
a) introdução, na qual explicará o objetivo da produção escrita.
b) desenvolvimento, na qual justificará o título.
c) conclusão, na qual explicará sobre a importância de se estudar essa temática para compreender contradições do Brasil atual.
d) na produção escrita articular as informações discutidas durante a aula por meio de citações do artigo lido e da exposição do professor durante a aula "Ciência e racismo:
É importante frisar para os estudantes: 1) a importância de se fazer um esboço/rascunho da produção escrita. 2) que a introdução e a conclusão podem ter apenas um parágrafo. No entanto, o desenvolvimento, na qual expõe os argumentos da justificativa, poderá ser dividido em vários parágrafos, esta divisão será feita a partir das temáticas que serão abordadas.
Identificamos, contextualizamos e criticamos as tipologias evolutivas e as oposições dicotômicas. 
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O que aprendemos hoje?
Lista de imagens e vídeos
Slide 3: Imagem. Referência: Reportagem do jornal "The Guardian" conta como eram os zoológicos humanos. Adaptado de: UOL. Último zoológico humano ridicularizava congoleses durante feira na Bélgica em 1958. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/04/17/ultimo-zoologico-humano-ridicularizava-congoleses-durante-feira-em-bruxelas.htm. Acesso em: 27/11/2023. 
Slide 5: Imagem. Referência. Wikipédia. Charles Darwin. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin. Acesso em: 27/11/2023 
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Referências
Lemov, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023.
Catells, Manoel. O poder da Identidade. Volume II. Tradução. Klauss Brandini Gerhardt. São Paulo, Ed. Paz e Terra, 1999. 
Botelho, Patrick. Etnocentrismo: entenda a que se refere esse conceito. Disponível em: https://www.politize.com.br/etnocentrismo/ . Acesso em: 25 nov. 2023.
PUC-Rio. Definições de identidade. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/21902/21902_3.PDF. Acesso em: 25/11/2023. 
Contijo, Lorenzo Campomizzi Bueno. A Dominação Epistemológica no Imperialismo: A construção de uma narrativa de subjugação dos povos colonizados. Cadernos de Relações Internacionais/vol. 2, Dez 2019 PUC-Rio. 
Koutsoukos, Sandra Sofia Machado. Zoológicos Humanos – Gente em exibição na era do Imperialismo. Editora UNICAMP, 2020. 
Schwarcz, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. 
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Referências
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