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Faculdade de Ciéncias de Saùde e Desporto Licenciatura em Nutrição DietotrapiaII Tema:Doencas Endocrinologica ( tratamento dietoterapico da Dislipidemia) Docente: Milton Mouzinho 1 Discentes Francisco Araujo Gilberto Martins Hedineid da Leila Justina Mucavel Milena Chemane Lubia Siquice 2 Estrutura Introdução Desenvolvimento Conclusão 3 Dietoterapia da Dislipidemia Introdução 5 A dislipidemia é um fator de risco clínico maior no desenvolvimento de DCV, uma vez que se encontra diretamente implicada na génese da aterosclerose, condição na qual ocorre uma acumulação anormal, progressiva e excessiva de gordura nas paredes das artérias dando origem à formação de placas compostas por gordura e tecido fibroso (ateromas). A formação progressiva destas placas pode obstruir o fluxo sanguíneo, originando um evento cardiovascular agudo (p.ex. acidente vascular cerebral ou enfarte agudo do miocárdio) A dislipidemia é uma condição que pode ser, na maioria dos casos, revertida com mudanças efetivas no estilo de vida, mais concretamente ao nível da alimentação e prática adequada de exercício físico Objectivos 6 Objetivo Geral: Explorar o papel do manejo nutricional na prevenção e tratamento da dislipidemia, compreendendo sua fisiopatologia, classificação e estratégias terapêuticas. Especificos Investigar a fisiopatologia da dislipidemia, incluindo os mecanismos subjacentes ao desequilíbrio lipídico e suas implicações para a saúde cardiovascular. Classificar os diferentes tipos de dislipidemia. Analisar as diretrizes nutricionais e recomendações dietéticas para o manejo da dislipidemia Epidemiologia 7 Segundo dados da OMS de 2008, aproximadamente 2,6 milhões de mortes e mais de 29,7 milhões de anos de vida perdidos anualmente, no mundo, são atribuíveis à dislipidemia, sendo a sua prevalência em adultos, com mais de 25 anos, de 39% a nível mundial e de 57,2% em Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016, as Doenças Cardiovasculares (DCV) foram responsáveis por cerca de 17,9 milhões de mortes a nível mundial, constituindo a principal causa de morte. A nível europeu, de acordo com os dados das European Cardiovascular Disease Statistics de 2017, as DCV surgem como a principal causa de morte prematura em indivíduos com idade inferior a 65 anos, associando-se paralelamente a uma elevada morbilidade, com custos económicos associados estimados em 210 biliões de euros anuais. Em Portugal as DCV continuam a ser as principais responsáveis pela mortalidade e morbilidade, embora tenha vindo a ocorrer um decréscimo na percentagem de óbitos entre 1988 e 2015 Conceito 8 Dislipidemia é um distúrbio metabólico caracterizado pela presença de níveis anormais de lipídios (gorduras) no sangue. Isso pode incluir aumento do colesterol total, aumento do colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade), conhecido como "colesterol ruim", diminuição do colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade), conhecido como "colesterol bom", e/ou aumento dos triglicerídeos. “Importante factor de risco para o desenvolvimento de Aterosclerose” Outros conceitos importantes 9 Colesterol: O colesterol é um tipo de lipído essencial para o funcionamento do organismo é utilizado na produção de hormônios, ácidos biliares e vitamina D. Triglicerídeos: Os triglicerídeos são outra forma de lipído encontrada no sangue. Eles são a principal forma de armazenamento de energia no corpo e são obtidos através da dieta ou produzidos pelo fígado LDL (Lipoproteína de Baixa Densidade): O LDL é conhecido como o "colesterol ruim". Ele transporta o colesterol das células hepáticas para os tecidos periféricos, onde pode se acumular nas paredes das artérias, levando à formação de placas ateroscleróticas Cont… 10 HDL (Lipoproteína de Alta Densidade): conhecido como o "colesterol bom". Ele transporta o colesterol das células periféricas de volta para o fígado, onde pode ser eliminado do corpo. O HDL ajuda a remover o excesso de colesterol das artérias, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares Aterosclerose: A aterosclerose é uma condição na qual as artérias se estreitam e endurecem devido ao acúmulo de placas. Essas placas podem obstruir o fluxo sanguíneo e aumentar o risco de doenças cardiovasculares As lipoproteínas Quilomícrons (Qm) Lipoproteína de densidade intermediária (IDL) do inglês, Intermediary Density Lipoprotein Lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) do inglês, Very Low Density Lipoprotein colesterol triglicérides apoproteínas fosfolipídios Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Ricas em TG As lipoproteínas fosfolipídios colesterol triglicérides apoproteínas Lipoproteína de baixa densidade (LDL) do inglês, Low Density Lipoprotein Lipoproteína de alta densidade (HDL) do inglês, High Density Lipoprotein Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 ApoB100 ApoAI e ApoAII Ricas em colesterol MECANISMO FISIOPATOLÓGICO 13 O colesterol, os triglicerídeos e os fosfolipídeos são transportados na corrente sanguínea sob a forma de complexos lipoproteicos denominados de lipoproteínas. A disfunção destas lipoproteínas plasmáticas é um dos fatores de risco mais reconhecidos da arteriosclerose responsável por eventos cardiovasculares, como sejam os enfartes do miocárdio, tromboses, angina, acidentes vasculares isquémicos, falência cardíaca. O aparecimento de lesões arterioescleróticas deve-se fundamentalmente ao aumento do transporte e retenção da LDL plasmática através da parede endotelial para a matriz extracelular do espaço sub-endotelial. Uma vez na parede arterial, a LDL é modificada quimicamente através de oxidação e este estado oxidado leva a uma resposta inflamatória, mediada por imunomoduladores e citoquinas. A nflamação repetida e sua reparação, leva à formação de placas fibrosas cuja rotura provoca a subsequente trombose coronária. Progressão natural da aterosclerose ESCOTT-STUMP et al., Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Rio de Janeiro: Elservier, 2012 Ciclos de transporte de lípides no plasma!!! As lipoproteínas participam de três ciclos básicos de transporte: 1- Ciclo exógeno: os ácidos graxos são absorvidos no intestino e chegam ao plasma, sob a forma de quilomícrons, e, após degradação pela lipase lipoproteica (LPL), ao fígado ou a tecidos periféricos. 1- Ciclo exógeno IDL Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Ciclos de transporte de lípides no plasma!!! IDL A VLDL é secretada pelo fígado e, por ação da LPL, transforma-se em IDL e, posteriormente, em LDL, a qual carrega os lipídeos, principalmente o colesterol, para os tecidos periféricos que expressam seu receptor LDLR. 2- Ciclo endógeno Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 As lipoproteínas participam de três ciclos básicos de transporte: 2- Ciclo endógeno - os ácidos graxos do fígado se direcionam aos tecidos periféricos: Ciclos de transporte de lípides no plasma!!! IDL As lipoproteínas participam de três ciclos básicos de transporte: Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 3- Transporte reverso do colesterol – ácidos graxos, pp o colesterol, retornam para o fígado: As HDL nascentes captam colesterol não esterificado dos tecidos periféricos pela ação da lecitina-colesterol aciltransferase (LCAT), formando as HDL maduras; por meio da proteína de transferência de ésteres de colesterol (CETP), ocorre também a transferência de ésteres de colesterol da HDL para outras lipoproteínas, como as VLDL. 3- Transporte reverso do colesterol Classificação das Dislipidemias Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Hiperlipidemias: níveis elevados de lipoproteínas. Hipolipidemias: níveis plasmáticos de lipoproteínas baixos. Classificação etiológica Primárias: decorrentes de alterações genéticas (monogênicas ou poligênicas) Secundárias: decorrente de estilo de vida inadequado, de certas condições mórbidas, ou de medicamentos Classificação das Dislipidemias Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Primária - Origem genética Hipercolesterolemiapoligênica Hipercolesterolemia familiar (dominante autossômica) Hiperlipidemia familiar combinada Hipertrigliceridemia familiar Hiperquilomicronemia familiar Disbetalipoproteinemia familiar (aumento do IDL-c) Hipolipidemias primárias: diminuição do LDL-c, HDL-c e doença de Tangier Algumas só se manifestam em função de influencia ambiental... Classificação das Dislipidemias Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Secundária Doenças: Insuficiência renal crônica, síndrome nefrótica, hepatopatia crônica, diabete melito, hipercortisolismo, hipotireoidismo, obesidade, bulimia, anorexia, infecção pelo HIV. Estilo de vida inadequado: Ingestão excessiva de gorduras trans, tabagismo, etilismo, sedentarismo. Medicamentos: Diuréticos, beta-bloqueadores, anticoncepcionais, corticoesteróides, anabolizantes, inibidores de protease, isotretinoína, ciclosporina, tibolona... Classificação Laboratorial Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Hipercolesterolemia isolada LDL-c ≥ 160 mg/dL Hipertrigliceridemia isolada TG ≥ 150 mg/dL (jejum) ou ≥ 175 mg/dL (sem jejum) Hiperlipidemia mista LDL-c ≥ 160 mg/dL & TG ≥ 150 mg/dL (jejum) ou ≥ 175 mg/dL (sem jejum) HDL-c baixo HDL-c em homens < 40 mg/dL e em mulheres < 50 mg/dL Valores referenciais e de alvo terapêutico* do perfil lipídico (adultos > 20 anos) Metas terapêuticas absolutas e redução porcentual do colesterol da lipoproteína de baixa densidade e do colesterol não-HDL para pacientes com ou sem uso de estatinas. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Risco Redução (%) Meta de LDL (mg/dL) Meta de não HDL (mg/dL) Muito alto > 50 < 50 80 Alto > 50 < 70 100 Intermediário 30-50 < 100 130 Baixo > 30 < 130 160 Sem estatinas Com estatinas Tratamento Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Objetivo As metas analíticas individuais, no tratamento das dislipidemias, são estabelecidas com base no historial clínico do doente e em cálculos de risco de desenvolvimento de Doenca CardioVascular. Principio As recomendações nutricionais, orientadas para o tratamento da Dislipidemia, têm como objetivo a normalização dos valores de lípidos sanguíneos e a consequente diminuição do risco de desenvolvimento de DCV. A adoção de um estilo de vida que englobe uma alimentação saudável aliada à prática de atividade física é indispensável. Tratamento Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Fibratos Macronutrientes Exercício Físico Micronutrientes Estatinas Cessação do Fumo Tratamento nao medicamentoso Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 O padrão alimentar deve ser resgatado por meio do incentivo à alimentação saudável, juntamente da orientação sobre a seleção dos alimentos, o modo de preparo, a quantidade e as possíveis substituições alimentares, sempre em sintonia com a mudança do estilo de vida. Tratamento Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Valor Calórico Total (VCT): Deve proporcionar equilíbrio entre o consumo e o gasto energético, visando a manutenção do peso saudável ou a perda de 5 a 10% do peso corporal (Défice de 500 a 1000 kcal). Recomendações dietéticas para o tratamento da hipercolesterolemia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Recomendações dietéticas para o tratamento da hipercolesterolemia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Ressaltando: - Substituição parcial de ácidos graxos saturados por mono e poli-insaturados (efeito pro –inflamatório dos AGS); - Baixo gordura consumo de poli-insaturados, em substituição à saturada, aumenta a mortalidade por cardiopatia isquêmica; - A substituição na dieta de ácidos graxos saturados por carboidratos pode elevar o risco de eventos cardiovasculares; Conteúdo de AG em óleos!!! Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Conteúdo de ácidos graxos monoinsaturados, poli-insaturados e saturados em óleos vegetais (g/100 g). Arq Bras Cardiol. 2021; 116(1):160-212; Recomendações dietéticas para o tratamento da hipertrigliceridemia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Recomendações dietéticas para o tratamento da hipertrigliceridemia. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Ressaltando: Hipertrigliceridemias graves deve-se restringir as gorduras em até 10% VCT); Adequação no consumo de carboidratos, com ênfase na restrição de açúcares (Sacarose, glicose e frutose); Controle da ingestão de álcool (> prod. de TG, inibe ação LP da lipoproteínas e < hidrolise dos quilomícrons); De maneira geral deve-se: manterem quantidades moderadas de gord. na dieta, eliminar AG Trans, controlar o consumo de sat., priorizar poli-ins. e mono, reduzir açúcares e incluir carnes magras, frutas, grãos e hortaliças na dieta. Impacto da modificação de hábitos alimentares e estilo de vida na trigliceridemia Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Outros componentes importantes da Dieta Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Outros componentes importantes da Dieta -Ácidos graxos ômega 3 - Fitosteróis - Proteína de soja - Fibras solúveis - Probióticos - Mudanças no estilo de vida - Atividade Física - Cessação do tabagismo Outros componentes importantes da Dieta Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 - Fitosteróis Estrutura semelhante à do colesterol são fontes: Óleos vegetais, cereais, grãos e demais vegetais ; São pouco absorvidos e possuem eficiente excreção biliar após captação hepática ; Reduz a absorção de colesterol, por comprometimento da solubilização intraluminal (micelas); Em adição às estatinas, os fitosteróis reduzem em 10 a 15% o LDL-c; Outros componentes importantes da Dieta Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Proteína de soja: 15 a 30 g de proteína, está associado à redução de 5% de LDL-c, ao aumento de 3% de HDL-c e à redução de 11% na concentração de TG (Grau de Recomendação: IIa; Nível de Evidência: A) Fibras solúveis: aumentando sua excreção nas fezes e diminuindo sua reabsorção durante o ciclo entero-hepático; Recomendada mínima de fibras por dia é de 25 g, a fim de proteger contra DCV e cancro; Tratamento Farmacológico Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Medicamentos que atuam predominantemente na colesterolemia: estatinas, ezetimiba e Resinas. Medicamentos que atuam predominantemente nos TG: fibratos e, em segundo lugar, o ácido nicotínico ou a associação de ambos, AG ômega 3, isolado ou associado. Tratamento Farmacológico Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da SociedadeBrasileira de Cardiologia – 2019 Reduções do colesterol da lipoproteína de baixa densidade com as estatinas e as doses disponíveis no mercado nacional. Efeitos colaterais: mialgia, com ou sem elevação da Creatinoquinase (CK), até a rabdomiólise. Tratamento Farmacológico Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Doses dos fibratos e alterações lipídicas Efeitos colaterais: distúrbios gastrintestinais, mialgia, astenia, litíase biliar (mais comum com clofibrato), diminuição de libido, erupção cutânea, prurido, cefaleia e perturbação do sono. Tratamento Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Fibratos Macronutrientes Exercício Físico Micronutrientes Estatinas Cessação do Fumo Mitos Alimentares na Dislipidemia Ovo na Dislipidemia: Proibido ou Permitido? O ovo é um alimento muitas vezes tido como proibido em casos de dislipidemia pelo seu elevado teor de colesterol. Não obstante, este é um alimento interessante a nível nutricional, sendo maioritariamente constituído por água e proteína, possuindo quantidades moderadas de gordura, da qual se salienta a monoinsaturada como gordura predominante. Para além de ser rico em vitamina D, vitamina B12 e riboflavina (vitamina B2), o ovo é ainda uma boa fonte de vitamina A, vitamina B6, vitamina E, fósforo e ferro, para além de substâncias antioxidantes como a luteína e a zeaxantina, importantes na promoção da saúde cardiovascular 41 Mitos Alimentares na Dislipidemia Óleo de Coco: Proibido ou Permitido O óleo de coco tem-se vindo a popularizar nos últimos anos como um alimento benéfico e indispensável a um estilo de vida saudável, sendo o seu consumo cada vez mais regular. Contudo, analisando o perfil de ácidos gordos do óleo de coco é possível evidenciar que este se trata de uma gordura com um perfil lipídico predominantemente saturado (aprox. 82%) e, uma vez que, os ácidos gordos saturados se associam à elevação dos valores de c-LDL sanguíneo, o seu consumo regular é desaconselhado (34). A inclusão de outros tipos de gordura na alimentação, em especial aqueles com um perfil lipídico mais insaturado, como é o caso do azeite, sempre com a devida moderação, repercutir-se-á num perfil lipoproteico mais benéfico. 42 Conclusão Finda a apresentação, podemos concluir que o impacto das dislipidemias na saúde cardiovascular é significativo, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como aterosclerose, doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. Além disso, as complicações associadas às dislipidemias podem ter consequências graves para a saúde e qualidade de vida dos indivíduos afetados. No entanto, a identificação precoce e o manejo adequado das dislipidemias são fundamentais para reduzir o risco de eventos cardiovasculares e melhorar os resultados clínicos. Isso inclui intervenções como mudanças no estilo de vida (como dieta saudável e exercício físico), controle de fatores de risco adicionais (como diabetes e hipertensão) e, quando necessário, o uso de medicamentos redutores de lipídios. 43 Referencias bibliograficas Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares. Programa Nacional Para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017. Lisboa set 2017 Direcao-Geral da Saude. Omega 3: Programa Nacional para a Promocao da Alimentacao Saudavel 44 Pela atenção dispensada, muito obrigado image2.jpg image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.emf image11.jpg image12.jpg image13.jpg image14.jpg image15.jpg image16.jpg image17.png image18.jpg image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.jpg image25.png image26.jpg image27.jpg image28.png image29.png image1.png
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