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ESTRATÉGIA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
ANDREZA VIEIRA ARAÚJO
DANILO MENA BARRETO A. DE SOUZA
FILIPE DE OLIVEIRA TEIXEIRA
LETÍCIA DO MONTE CARDOSO
LUCAS WESLEY DOS SANTOS SILVA
ESTRATÉGIA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
BRASÍLIA-DF
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	2
2. CONCEITOS DE ESTRATÉGIA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO	3
2.1. A EXPLORAÇÃO DA TECNOLOGIA COMO RECURSO ESTRATÉGICO	3
2.2. CONCEITO DE IMPACTO DAS APLICAÇÕES DE TI	3
2.3. CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO	4
3. ESTRATÉGIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)	6
4. LIGANDO AS ESTRATÉGIAS DE NEGÓCIO E DE TI	8
5. ESTUDO DE CASO	10
5.1. ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE TI	10
6. CONCLUSÃO	12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	14
1. INTRODUÇÃO
O uso da informação sempre foi dado como um ativo importante dentro das organizações. Principalmente nos dias atuais, o mercado tem uma evolução apontada para o sentido tecnológico, fazendo com que a visão do papel da Tecnologia da Informação nas organizações seja diferente do que era posto anteriormente. A TI deixa de ser vista como um problema de ordem tecnológica e acaba sendo encarada como uma oportunidade de resposta para os desafios impostos pelo mercado (MELO, 2008).
Moraes, Terence e Escrivão Filho (2004) argumentam que o cenário competitivo que se vive na atualidade exige uma contínua evolução da tecnologia, podendo-se encarar a TI como um importante componente competitivo para as organizações. Esse ambiente faz com que os gestores encarem positivamente as contribuições que a Tecnologia da Informação traz para a gestão estratégica da instituição.
Nesse novo ambiente, acaba sendo imprescindível a realização de investimentos significativos em Tecnologia da Informação, uma vez que a tendência é que os produtos, serviços e processos da empresa estejam cada vez mais apoiados nesse aspecto. (ALBERTIN, 2001). Essa dependência em cima da tecnologia da informação vem trazendo um foco na captação de gestores que têm conhecimento para tal aplicabilidade nas atividades organizacionais.
A informação se torna um bem tangível para as empresas, capaz de garantir o seu desenvolvimento. Apesar da dificuldade de administração e avaliação desse bem, a maneira que a organização vai usar tal ativo pode trazer o sucesso tão desejado em um mercado cada vez mais competitivo. Atrelado a essa ideia, é fundamental que as estratégias de TI estejam alinhadas com as estratégias organizacionais e para que isso aconteça, o envolvimento dos gestores é imprescindível. Essa unificação de pensamento na aplicação das estratégias, permite uma maior eficácia no uso estratégico das informações nas organizações. (MAÇADA; BECKER, 2001).
2. CONCEITOS DE ESTRATÉGIA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
Afim de melhor apresentar o conteúdo do trabalho, inicia-se com a discussão e conceitos de estratégia e tecnologia da informação. 
2.1. A EXPLORAÇÃO DA TECNOLOGIA COMO RECURSO ESTRATÉGICO
Com o rápido crescimento e desenvolvimento da tecnologia das décadas passadas, cada vez mais essa ferramenta se tornou recurso imprescindível no âmbito estratégico. Nos últimos anos, não só mais presente no nível tático, a TI tem chegado ao nível estratégico das organizações, segundo MELO, DRA (2008). Ferramentas como "Big Data", bancos de dados, análises históricas e tantas outras vem sendo exploradas com o pressuposto de auxiliarem a tomada de decisão, não só mais no dia a dia, mas também no futuro das empresas.
Albertin (2004) afirma que não apenas bits, bytes e demais jargões, mas as organizações têm procurado os seus usos de maneira cada vez mais amplo e intenso em termos de TI, se tornando uma poderosa ferramenta empresarial, sendo imprescindível para as estratégias e a competitividade.
Segundo Drucker (1995), a pergunta que rege a próxima revolução da informática é: "qual é o significado da informação e qual é o seu propósito?". Isso levanta diversas bandeiras em relação a preocupações éticas e morais em relação aos usos da TI para exploração de objetivos empresariais. Entretudo, enquanto normas e regras não são estabelecidas, os limites são explorados e os resultados são alcançados. Novas tecnologias surgem a todo momento e a tecnologia por si só gera novas tecnologias.
2.2. CONCEITO DE IMPACTO DAS APLICAÇÕES DE TI
FIGURA 1 - Matriz de Intensidade de Informação
Fonte: Adaptado de Porter e Millar (1985).
O Impacto estratégico da TI, como exemplificado na figura acima, pode ser desenvolvido em 4 quadrantes.
O primeiro é o nível de Suporte, onde as estratégias atuais e de futuro da empresa sofre pouca influência de TI. Não existe destaque para a TI na hierarquia da empresa.
O segundo nível é o Fabril, onde existem aplicações de TI relevantes em termos de contribuição decisiva pro sucesso da empresa, mas ainda assim não estão previstas novas aplicações que tenham impacto estratégico. A TI possui posicionamento hierárquico de alto nível por ter participação decisiva no sucesso do negócio. Como já existe eficácia no desenvolvimento de sistemas, a busca é por ganhos de eficiência.
O terceiro é o nível de Transição, onde a TI sai de uma posição mais discreta para a uma de maior destaque na estratégia da empresa. A ênfase está na eficácia para que a TI tenha maior destaque.
O quarto e último nível é o Estratégico, onde a estratégia geral da empresa é influenciada de maneira muito ampla pela TI. Desde aplicações atuais, até as aplicações futuras são estratégicas, tendo impacto direto no negócio da empresa.
2.3. CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Analisando de maneira mais profunda as reais contribuições da tecnologia da informação, é possível clusterizá-las em 9 aspectos, segundo Albertin, Alberto Luiz (2001). A primeira diz respeito ao Relacionamento: tal aspecto abrange o papel da TI no desenvolvimento das interações internas, dos seus parceiros, dos seus clientes e basicamente de todo o ambiente a sua volta. O segundo é a Customização em massa: apresenta a exploração da TI para o desenvolvimento de novos produtos ou os já existentes de maneira que os clientes se sintam parte da criação, em produtos cada vez mais personalizados. O terceiro é o de Inovação de Produtos: foco na flexibilidade e o poder de resposta como novas regras do ambiente empresarial, diminuindo o ciclo de vida dos produtos e serviços de maneira a explorar os interesses da empresa. O quarto está relacionado aos Novos Canais de Venda e Distribuição: apresentando e criando novas ferramentas e canais para os serviços de natureza bidimensional entre esses dois setores de informação. O quinto traz a Promoção de Produtos, explorando tal setor com sistemas de TI rico em informação e interatividade com clientes. Em sexto apresenta-se as Novas Oportunidades de Negócio, com alterações internas e de reestruturação, surgem novos modelos de negócios pela ampla disponibilidade de informações. Em sétimo se fala da Estratégia Competitiva, que em diversos aspectos como vantagens de custos, melhor relacionamento com clientes, introdução de novos produtos e tantos outros, busca-se colaborar com a competitividade da empresa no mercado. O oitavo diz respeito à Economia Direta, reduzindo custos de comercialização, digitalização e serviços por uma nova infraestrutura digital. Por fim, tem-se a Infra-Estrutura Pública: buscando a criação de um ambiente que garanta o fácil acesso e a um custo não proibitivo ao ambiente digital de TI.
Assim como exposto nos tópicos anteriores, o entendimento da TI como uma ferramenta estratégica, os seus impactos nas organizações e suas contribuições são conceituações fundamentais para o estudo que se segue. 
3. ESTRATÉGIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)
As últimas décadas vem mostrando e afirmando ainda mais a evolução da tecnologia da informação e como a TI passou a ser fundamental na obtenção de informações e na vantagem competitiva das organizações. E essa evolução tecnológica vem exigindo das organizações um realinhamento dos seus modelos de estratégia . A TI passou de ser uma mera área da organização e a ser a oportunidade para se destacar no mercado.Anteriormente o uso da tecnologia da informação estava voltado como principal objetivo da organização como a forma de reduzir custos operacionais por meio da automação de processos no nível operacional da organização . com o tempo passou para o nível tático se tornando uma área importante da empresa controlando a maior parte das ferramentas, formas de trabalho e informações da organização e hoje mais do que nunca se torna importante no nível estratégico , sendo usada para modular a forma de ação e de como se diferenciar no mercado. 
O processo de planejamento e controle dos recursos aplicados nos processos produtivos tornou-se cada vez mais importante. Com isso, as empresas se viram na necessidade de ampliar as áreas que compõem o seu processo de planejamento e controle integrado. A cada dia, aumentam as exigências dos clientes pela demanda de produtos e serviços. 
Atualmente a estratégia de TI não somente sustenta as estratégias já existentes como também permite que se viabilizem novas estratégias para a organização. 
De um lado, a necessidade das empresas por informações rápidas, precisas e integradas, de outro lado, o avanço da TI utilizando equipamentos com maior capacidade de processamento, a um custo menor e com tecnologia mais ampliada, formam um ambiente adequado ao desenvolvimento e implantação de sistemas de gerenciamento, cuja abrangência inclui os módulos de recursos humanos, finanças, produção, logística, folha de pagamento, contabilidade, vendas, manutenção, e etc., todos com a TI como parte imprescindível.
E a informação vem sendo o foco da estratégia, pois além de ser um recurso crucial na tomada de decisão se tornou a fonte mais importante da vantagem competitiva. Para Porter (2001), a Internet provocou uma transformação inimaginável na relação da empresa com seus stakeholders. Estar conectado à rede de computadores e TI representa ao mesmo tempo uma desvantagem (pela maior exposição das informações), mas, também uma grande vantagem pela agilidade, redução de gastos de armazenagem e custos das transações, permitindo ainda que a organização enxergue melhor o mercado e possa reagir mais rapidamente nas suas decisões.
Percebemos também a TI se aproximando e focando também no usuário, buscando melhorar sua experiência baseado nas análises de informações sobre o comportamento humano orientado por suas necessidades e a forma com que interage com os meios eletrônicos. 
Com a grande geração de dados e informações, surge uma maior exigência por relatórios e gráficos de controle e acompanhamento de processos. Tanta quantidade de dados tornou o processo de análise mais amplo e cuidadoso, que sem controle pode gerar custo maior que sua própria obtenção, e esse processo de análise dos dados vem sendo crucial para a definição das estratégias que devem ser seguidas na organização.
As empresas estão utilizando cada vez mais tipos de sistemas de informação para gerar relacionamento com os usuários e para armazenar e tratar as informações recebidas tais como os sistemas ERP – Enterprise Resource Planning, SCM – Supply Chain Management e CRM – Customer Relationship Management, e o desenvolvimento de sistemas que permitem análises e a tomada de decisão a partir dos dados gerados em tais sistemas, os DW – Data Warehouses e sistemas de BI – Business Intelligence. 
4. LIGANDO AS ESTRATÉGIAS DE NEGÓCIO E DE TI 
A TI vem tendo uma grande influência no planejamento das organizações, os avanços das tecnologias de informação e de comunicação permitem melhorar a qualidade de vários aspectos da organização. Além disso, as mudanças em um setor são consideradas de grande influência na situação atual e tendências para a utilização de TI nos demais setores (ALBERTIN, 2001). 
Drucker (1980) diz que, “nesses tempos uma empresa deve manter-se ágil, forte e sem gordura, capaz de suportar esforços e tensões e capaz também de se movimentar rapidamente para aproveitar as oportunidades”, dessa forma a TI entra para trazer a vantagem competitiva , capaz de armazenar e tratar informações necessárias para tomar decisões rápidas e assertivas.
A TI vem sendo utilizada para interligar suas várias áreas, fornecedores e clientes, processar um número muito grande de transações e atender a uma quantidade de clientes de forma rápida, segura e, muitas vezes, personalizada.
A evolução tecnológica está cada vez maior e não irá parar de crescer, é inegável que a TI pode ser considerada como uma ferramenta, ou conjunto de ferramentas, que altera as operações da empresa, seus produtos, relacionamento com clientes, mercados e concorrência.
Para Albertin (2001b), a organização precisa saber onde quer chegar e como o fará, para poder estabelecer suas prioridades e decidir, entre outras coisas, que TIs serão importantes para isso. Porém a área de TI precisa saber sobre o negócio e as tecnologias para poder nortear as decisões, tanto para a operacionalização quanto para a estratégia competitiva da organização. 
Nesse cenário de constante mudança por conta da revolução da informação, no momento de fazer a opção pela TI que irá suportar suas estratégias e vantagens competitivas, as organizações entram em contato com o processo de dependência que se chama aprisionamento tecnológico (SANTOS, Ernani, 2001).
A dependência em TI de uma empresa está relacionado a maturidade da empresa com o uso da TI, a necessidade da vantagem em TI para se destacar no mercado competitivo, o envolvimento da alta administração com a TI para o sucesso do negócio e o comportamento dos gerentes com relação à inovações e a evolução dos produtos e serviços que cada vez que mais necessitam de informação para serem produzidos, o que pressupõe um maior investimento em TI para apoiar a produção . 
Portanto o departamento de TI e as áreas de negócio precisam procurar se envolver para realizar as tarefas conjuntas, buscando a maior colaboração e integração possível, de maneira a aumentar a eficácia e eficiência da Organização. 
5. ESTUDO DE CASO
5.1. ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE TI
O presente estudo buscou levantar pontos relacionados à gestão estratégica de uma empresa que têm foco no segmento de infraestrutura e segurança no setor de tecnologia da informação. A empresa denominada RUBI foi fundada por dois sócios com formação superior em computação e o outro em administração, está inserida no mercado de TI desde 2002, sendo de pequeno porte com atuação de cerca de 20 funcionários. O presente estudo foi realizado no mês de junho de 2010.
Os dados coletados foram feitos através dos seguintes procedimentos, a observação de um membro da organização que foi autor de várias decisões e ações estratégicas, análise documental de apresentações anuais utilizadas para comunicar as estratégias da empresa, documentos relativos à pesquisa de clima organizacional e documentos relativos aos planos de marketing da empresa, e realização de entrevistas com roteiro semi estruturados com diretores, gerentes e consultores externos.
Para a realização do estudo eles focaram na trajetória da empresa, coletando dados históricos e nas questões que a empresa apresentava até o presente momento, visando identificar a gestão estratégica na atualidade. 
Inicialmente a empresa não teve um planejamento estratégico formal, esses planos eram discutidos informalmente entre os sócios e com a participação de um consultor de mercado. Nesse período as estratégias deles eram bem simples, eles tinham como objetivo o aumento da receita fixa, a conquista de novos clientes e o fechamento de novos contratos. Ao longo do tempo, houve uma expansão no mix de soluções e serviços, onde houve também a contratação de colaboradores para integrar a equipe, foram criados cargos de gerência nos 3 departamentos existentes - comercial, serviços e administrativo, que foram instruídos a trabalharem alinhados com a diretoria e a reportarem o andamento dos trabalhos, informalmente eles interagiam no cotidiano e realizavam consultas para tomadas de decisão.
Com o rápido crescimento da empresa, essas estratégias apresentouproblemas críticos como a falta de formalização e documentação de processos, e a falta de mecanismos eficientes de controle. Então, no ano de 2008 passaram a utilizar a ferramenta 5W2H para o desdobramento de algumas estratégias operacionais, com uma visão mais rica em informações, apresentando o que seria feito, como seria feito, por quem seria feito, a que custo e quando. Sendo esse o primeiro momento formal relacionado à gestão estratégica.
Através de reuniões anuais foram percebidas pela equipe de sócios e gerentes as seguintes estratégias adotadas pela empresa ao longo dos anos:
· Diferenciação baseada em qualificação técnica;
· Foco em clientes de médio e grande porte;
· Busca de crescimento de negócios;
· Busca pelo crescimento de vendas de contratos de serviço;
· Estratégia de crescimento de volume em negócios Microsoft;
· Estratégia de comunicação com o mercado;
· Estratégia de constante busca por novas soluções ou oportunidades.
Podemos concluir que mesmo a havendo uma formalização parcial das apresentações de estratégias, elas conseguem ser percebidas e compreendidas pelos gerentes, que prioriza essas informações em consideração em suas tomadas de decisão no dia a dia.
6. CONCLUSÃO
Em muitos casos, estudos dessa natureza levantam tantas perguntas quanto respondem. Perguntas como: O que é estratégia? Como a TI apoia a estratégia? E quais estratégias são mais bem-sucedidas? São extremamente relevantes e aparentemente simples. No entanto, responder formalmente a essas perguntas com qualquer grau de rigor científico é, na melhor das hipóteses, problemático. Talvez seja muito exigente abordar tais questões com técnicas estatísticas. Ainda assim, as entrevistas e estudos de caso sofrem com o preconceito de quem descreve e relata eventos corporativos. 
Embora seja claro que a tecnologia da informação só se tornará um recurso estratégico mais crítico à medida que as rodovias de dados se estabelecerem e os usuários finais começarem a utilizar totalmente as tecnologias de escritório em constante evolução. 
O que é menos claro é como essas tecnologias podem ser moldadas no plano estratégico geral da organização e quanto uso se traduz em vantagem competitiva. Além de sua intenção, resultados empíricos e implicações, este estudo deve lembrar os observadores interessados das dificuldades potenciais de conduzir pesquisas neste domínio. 
Claramente, vários fatores incontroláveis relacionados à indústria, empresa e meio ambiente inibem o teste preciso e a identificação de relações de causa e efeito entre intenção estratégica, TI e desempenho financeiro. No entanto, esses efeitos de confusão não diminuem a importância da realização de pesquisas empíricas nesta área. 
Em vez disso, as técnicas devem ser desenvolvidas, testadas e aprimoradas de modo que as questões de pesquisa características desse domínio possam ser modeladas e respondidas com um grau significativo de validade. 
Embora acreditemos que este estudo promoveu a fusão das abordagens aqui colocadas, nosso trabalho deve ser visto como preliminar. Claramente, muito trabalho adicional ainda precisa ser feito para abordar questões de pesquisa no domínio da TI estratégica. Esperançosamente, este estudo contribuiu significativamente na descrição sistemática desses efeitos e, tão importante, gerou um debate sobre abordagens viáveis para medir os construtos de interesse dentro desta área.
Ao concluir nosso propósito, reunimos alguns pontos finais de todas as literaturas relevantes que examinam a Estratégia e Tecnologia da Informação. Fazemos eco dos apelos por mais estudos de caso comparativos de Estratégia e enfatizamos a necessidade de abordagens longitudinais para explorar a pesquisa na intersecção de Estratégia e trabalho de tecnologia. 
Muito do trabalho atual sobre os impactos estratégicos da tecnologia da informação, apesar das referências dramáticas a “ferramentas estratégicas” e “armas competitivas”, faz pouco ou nenhum uso de corpos teóricos relacionados à estratégia ou à competição. 
Por fim, sugerimos três perspectivas do impacto estratégico dos sistemas de informação: interno, competitivo e portfólio de negócios. Acreditamos que esta seja uma distinção valiosa porque cada perspectiva identifica diferentes questões de importância, sugere diferentes estruturas teóricas como base para a pesquisa e é passível de diferentes metodologias para identificação de oportunidades. Essas perspectivas provavelmente também diferem nos métodos apropriados para a validação de teorias, que acreditamos ser a condição sine qua non de pesquisas valiosas.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ALBERTIN, Alberto Luiz. Valor estratégico dos projetos de tecnologia de informação. Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 3, p. 42-50, 2001.
DAS NEVES, José Manoel Souza. A implantação de tecnologias da informação como fator de competitividade nos sistemas produtivos e nos negócios. 2006.
DRUCKER, P. F. Administrando em tempos turbulentos. São Paulo: Pioneiras, 1980. 
DRUCKER, Peter F. “The information executives truly need”. Harvard Business Review, v.73, n.1, p-54-62, Jan./Feb. 1995. 
MAÇADA, Antonio Carlos Gastaud; BECKER, João Luiz. O impacto da tecnologia de informação na estratégia dos bancos. Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 4, p. 87-97, 2001.
MELO, DRA de. A importância da tecnologia da informação nas estratégias das organizações contemporâneas: breve revisão de literatura. V Convibra, 2008.
MORAES, Giseli Diniz de Almeida; TERENCE, Ana Cláudia Fernandes; ESCRIVÃO FILHO, Edmundo. A tecnologia da informação como suporte à gestão estratégica da informação na pequena empresa. JISTEM-Journal of Information Systems and Technology Management, v. 1, n. 1, p. 27-43, 2004.
PORTER, Michael E. “Strategy and the Internet”. Harvard Business Review, p.63- 78. Mar. 2001. 
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