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Racismo no sistema de justiça O racismo está profundamente enraizado no sistema de justiça brasileiro, afetando desde a abordagem policial até a atuação dos tribunais. Estudos demonstram que indivíduos negros têm maior probabilidade de serem parados, revistados, presos e condenados do que seus pares brancos, mesmo quando cometidos os mesmos crimes. A seletividade racial no sistema de justiça criminal começa com a abordagem policial, que frequentemente associa a aparência negra a suspeição e periculosidade. Essa visão enviesada se reflete em taxas desproporcionais de encarceramento da população negra, que corresponde a mais de 60% da população carcerária, apesar de representar apenas 54% da população geral. Taxa de encarceramento Proporção de negros 66% 54% Nos tribunais, pesquisas apontam que réus negros têm maior probabilidade de serem condenados e recebem sentenças mais longas do que réus brancos acusados dos mesmos crimes. Essa disparidade decorre não apenas de preconceitos individuais, mas de um sistema profundamente marcado por estereótipos e vieses racistas, que afetam desde a atuação de policiais e promotores até a tomada de decisão por parte dos juízes. O racismo sistêmico no sistema de justiça brasileiro é um reflexo das desigualdades sociais e históricas que atingem a população negra, reforçando um ciclo vicioso de discriminação e exclusão. Romper essa dinâmica exige não apenas a revisão de leis e práticas, mas também a transformação de mentalidades e a promoção de uma justiça verdadeiramente equitativa e inclusiva. Racismo e desigualdade social 1 Acesso à educação Desigualdade no acesso à educação de qualidade 2 Oportunidades de emprego Diferenças nas chances de emprego e ascensão profissional 3 Renda e riqueza Disparidade na distribuição de renda e riqueza O racismo é um dos principais fatores que contribuem para a manutenção das desigualdades sociais no Brasil. Pessoas negras enfrentam obstáculos significativos no acesso à educação de qualidade, oportunidades de emprego e ascensão profissional, e na distribuição equitativa de renda e riqueza. Essa dinâmica cria um ciclo vicioso de exclusão e marginalização, perpetuando as disparidades sociais, econômicas e políticas entre brancos e não brancos no país. Dados mostram que a população negra possui menor escolaridade média, menores salários e está sub-representada em cargos de liderança e posições de poder. Essa desigualdade de oportunidades está enraizada em séculos de racismo estrutural e institucional, que se manifesta nas mais diversas esferas da sociedade brasileira. Romper esse ciclo é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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