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Formação de Professores na Educação Infantil

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A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CONTEXTO 
DA EDUCAÇÃO INFANTIL
licencianda em Pedagogia no Centro Universitário Internacional Uninter
SOBRENOME, Nome do Professor orientador convidado (o nome do professor Corretor deve ser colocado após a primeira postagem e correção)
RESUMO
O texto discute como tem sido historicamente definido o papel do professor que trabalha com crianças de 0 a 5 anos em Instituições brasileiras de Educação Infantil. Tendo como objetivo analisar o modo como as concepções atribuídas a tais instituições implicam diferentes posições em relação à formação inicial e continuada do professor e à presente possibilidade de sua profissionalização nas redes de ensino. A justificativa se dá tendo em vista que nos últimos trinta anos, o conhecimento científico sobre a educação, a aprendizagem e o desenvolvimento de crianças pequenas tem avançado muito, provocando impacto nos diferentes países em relação ao aprimoramento da Educação Infantil. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que desenvolve uma análise sobre conhecimento científico acumulado. Quanto aos objetivos, pode ser definida como pesquisa explicativa, pois pretende identificar e explicar as relações determinantes do problema observado. As atitudes docentes junto aos alunos são cultural e historicamente elaboradas e baseadas, em especial, na representação do que ele faz de seu papel e na concepção de criança e de educação infantil que possui. Daí a relevância de o professor focalizar na criança e vê-la como parceira aliada, dona de uma forma singular de significar o mundo e a si mesma, ponto que reformula certas concepções que veem o ensino como um movimento que parte do professor e que tomam a criança como mero receptor de suas mensagens. Essas novas representações e pareceres devem ser convenientes ao professor em sua formação profissional.
Palavras-chave: Professor. Formação continuada. Profissionalização docente.
1. Introdução 
 O tema torna-se relevante com a finalidade de fazer o professor compreender que a sua formação possa ser percebida como oportunidade de variação das condutas no campo docente e da instituição, consegue viabilizar inovação à prática pedagógica, revelar as circunstâncias e dar novo significado ao desempenho docente podendo converter-se num reducionismo formativo que acaba por estar desvinculada de uma visão ampla dos problemas educacionais e da sua contextualização social.
Na problemática apresenta-se a questão:
- Porque a formação profissional que é uma das principais estratégias para conquistar uma educação de qualidade, sendo que a formação inicial se torna incapaz de atender as exigências impostas pela sociedade atual e não se constitui como o único espaço onde os docentes aprendem sobre a profissão, ainda não é tratada com a devida atenção pelos órgãos competentes e até mesmo pelo próprio docente?
O estudo justifica-se e se faz relevante entendendo a necessidade da ampla e contínua formação dos professores na Educação Infantil, tem-se que a relação existente entre a teoria e a prática, proporciona a lógica da confrontação e da reflexão, oportunizando um processo educativo aberto e flexível, utilizando os conhecimentos teóricos e práticos na ação e elaboração de novos saberes, a partir da ação. O apoio mútuo entre os profissionais da educação proporciona um crescimento maior tanto individual, quanto coletivamente. Entende-se que a formação deve ser continuada e se tornar uma constante na vida do professor, como reflexão de sua prática. Para atender uma grande demanda de professores a curto prazo, os cursos de formação continuada foram projetados pelo governo em forma de cursos rápidos, pacotes de cursos, desencadeando cursos prontos, sem o menor sentido/significado prático para a atuação do professor.
O objetivo geral é analisar a importância da formação para a docência na Educação Infantil. Como Objetivos específicos: Descrever o histórico da Educação Infantil compreendendo a relação educar e cuidar; entender como deve ser a formação dos profissionais da Educação Infantil; compreender como o Pedagogo desenvolve a formação continuada na escola e como emergem as temáticas trabalhadas;
2 Metodologia
Refletindo sobre metodologia de pesquisa, bem como a forma de sua realização faz-se necessário, inicialmente, ressaltar que método significa o caminho pelo qual se segue para chegar a um determinado resultado, sabendo que se precisa selecionar técnicas e formas de avaliar as alternativas, refletindo sobre os dados obtidos (RUIZ, 2009). 
Inicialmente, a preocupação foi realizar leituras e buscas teóricas que permitissem argumentar teoricamente a necessidade e importância de mostrar que a formação dos professores foi e continua sendo objeto de inúmeros trabalhos. Parece que a principal questão, presente na maioria dos debates hoje abertos, diz respeito às condições para o surgimento de um modelo racionalizador, que permita uma valorização efetiva dos professores da escola de Educação Infantil. “(...)a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos (...)” (CERVO e BERVIAN, 1996, 87). 
Nesta perspectiva, a proposta de Gil (2008) descritas as fontes que forneceram as respostas adequadas à solução do problema proposto:
Fundamentou-se inicialmente com pesquisas bibliográficas em artigos, livros, leis e normas para aprofundar os conhecimentos sobre as questões propostas nesse estudo.
2.2.1 Procedimentos: Classificações da Pesquisa
A metodologia usada é a partir do método conceitual-analítico, visto que se utiliza conceitos e ideias de outros autores, semelhantes com os objetivos do trabalho, para a construção de uma análise científica sobre o objeto de estudo obtendo os resultados e respostas acerca da problematização apresentada neste trabalho.
2.2.2 Quanto à Natureza
Essa pesquisa tem caráter bibliográfico onde foram analisados, livros, artigos e pesquisas de autores sobre o assunto abordado no trabalho. Foi desenvolvida principalmente com material adquirido pela internet, recorrendo a vários sites, documentários, procurando comprovações de dados e observando números e cálculos que comprovem o assunto tratado.
2.2.3 Quanto aos Objetivos
A pesquisa de caráter exploratório, descritivo, pois mostra a comparação e relação que os autores fazem sobre a formação que este profissional recebe nas Instituições superiores de ensino que se não for centrada nos objetivos educacionais, corre-se o risco de ter profissionais despreparados para enfrentar os desafios de uma sala de aula.
2.2.4. Quanto à Abordagem 
A pesquisa quanti-qualitativa analisa e explica a trajetória desse movimento diante das constantes mudanças patrocinadas, sobretudo, pelos avanços tecnológicos é importante conhecer como se processa a questão da formação do professor de Educação Infantil.
2.2.5. Quanto aos Procedimentos
Essa pesquisa é bibliográfica, pois faz relação de vários pensamentos de acordo com os autores da área promovendo uma relação entre a prática e a teoria que acontece com a Formação de Professores no Contexto da Educação Infantil. Esse tipo de pesquisa traz subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica.
3. Revisão bibliográfica
A apresentação, das referências nas quais se baseiam essa pesquisa, foi realizada através de informações de fontes fidedignas, sendo que para isso foi necessário saber as fontes e os métodos como a leitura, o levantamento preliminar do embasamento teórico que deu suporte à analise a ser desenvolvida.
3.1 A Histórico da Educação Infantil compreendendo a Relação Educar e Cuidar
Froebel é o fundador do primeiro jardim de Infância (Kindergarten), onde como o próprio nome diz, pretende-se cultivar as almas infantis. Em 1837 o brinquedo (lúdico) entra na classe pela primeira vez. Montessori (1870-1952) cria as casas das crianças onde se educa pela vida (aprendizagem por experiências de vida).
Montessori (1870-1952) cria ascasas das crianças onde se educa pela vida (aprendizagem por experiências de vida). Para ela a recreação constitui uma força propulsora da expansão da personalidade.
Luckesi (2005) destaca que frequentemente que tarefas que se dizem lúdicas, mas não permitem a pessoa conhecer uma situação de completude da vivencia recreadora, isto é, a brincadeira que alegra, solta, dá contentamento para alguns e para outros não.
Utilizada como ferramenta que desenvolvam o prazer na criança, além de buscar a liberdade necessária para a imaginação e finalmente procurar outros valores sociais que possam construir para melhorar o futuro de todos. 
Piaget (1896-1980), biólogo e epistemólogo e não deixa nenhum método de ensino, mas seus estudos são a base para a maioria das abordagens. Para Piaget a base da estruturação da inteligência é a ação, ou seja, aprender fazendo.
A instituição escolar tem papel importante na medida em que colabora com a família, dando continuidade ao ensino de valores e regras morais às crianças, através do brincar e interações com indivíduos egressos de outras famílias.
Um dos objetivos mais importantes da socialização é a aprendizagem, A interação social em situações diversas é uma das estratégias mais importantes do professor para a promoção de aprendizagens pelas crianças. Assim, cabe ao professor propiciar situações de conversa, brincadeiras ou de aprendizagens orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma a que possam comunicar-se, expressarem-se, demonstrando os seus modos de agir, de pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor e que propicie a confiança e a autoestima. (BRASIL, RCNEI, 1998, p. 31).
É dever da família, da sociedade e do Governo garantir ao infante e aos jovens, o privilégio à vida, ao bem-estar físico, à comida, à instrução, ao entretenimento, aprender uma profissão, ao saber, à honra, a respeitabilidade, à autonomia e a convivência familiar e comunitária, além de protege-las de qualquer negligência, discriminação, exploração, agressividade e coação. (BRASIL, CONSTITUIÇÃO FEDERAL,1988, p.64).
A emergência de uma função educacional não suprime o reconhecimento da precisão de filhos e pais trabalhadores de que lhe seja assegurado, também a guarda, os cuidados e ainda o atendimento nas áreas da alimentação, de boa disposição física e mental, da assistência social. Afinal é a própria condição de cidadã e indivíduo de pouca idade que requer que sejam assegurados ao menor, de maneira globalizada, tanto na educação como na guarda, o zelo e a assistência.
A Educação básica, integrante da chamada instrução escolar tem por finalidades: a) aprimorar o educando; b) assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania) fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e aprendizagens posteriores. (BRASIL, CONSTITUIÇÃO FEDERAL,1988, ART.22) 
Cuidar e educar é impregnar a ação pedagógica de consciência, estabelecendo uma visão integrada do desenvolvimento da criança com base em concepções que respeitem a diversidade, o momento e a realidade peculiares à infância. Desta forma, o educador deve estar em permanente estado de observação e vigilância para que não transforme as ações em rotinas mecanizadas e guiadas por regras.
“Cuidar e educar crianças pequenas em instituições coletivas é uma profissão. Como também necessita formação prévia (que contemple conhecimentos sobre este duplo efetivo), formação em serviço (principalmente através de cursos e supervisão), espaço e instrumentos de trabalho adequados, remuneração condizente com a importância do trabalho” (ROSEMBERG,1996).
As instituições dedicadas a educar e cuidar de crianças pequenas são entendidas atualmente como um direito da população de acordo com Brasil (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Resolução CNE/CEB nº 5/2009) mas nem sempre foi assim. Durante muito tempo, elas foram vistas como um “favor”. 
Antes de tornar-se direito assegurado por lei as autoridades diziam que estavam prestando favor as mães ao oferecerem um espaço para que as crianças fossem cuidadas para que as mesmas pudessem sair para trabalhar. E foi para mudar essa visão e assegurar a educação coletiva como um direito que muitas lutas aconteceram. Como resultado, essa evolução nas ideias foi concretizada através de leis, que procuraram garantir a entrada a essas instituições e guiar a propriedade de atendimento.
A Constituição de 1988, passou a prever em seu art. 208 “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de: IV atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade”. Em 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente eleva as pessoas nessas faixas etárias à condição de cidadãos.
Em 1996 é promulgada a LDB 9394/96 que coloca a Educação Infantil como a primeira etapa da educação básica. Sua finalidade passa a ser o desenvolvimento integral das crianças (zero a três anos - creche e quatro anos a cinco anos e 11 meses – pré-escola). Cabendo a professores com formação no segundo grau ou universitária acompanhar e registrar o desenvolvimento de cada criança sem o objetivo de promoção.
Essa LDB trouxe mudanças, pois ao colocar a Educação Infantil como etapa da Educação Básica retira dela o caráter meramente assistencialista. Tanto creches quanto pré-escolas passaram a ser compreendidos como espaços escolares e o ao lado do cuidar foi colocado o educar. Com o passar do tempo, os órgãos competentes perceberam que educação Infantil, na prática as creches e pré-escolas estavam perdidas e sem saber como gerir as novas responsabilidades. Nesse momento o MEC formula um Referencial Curricular Nacional e o Conselho Nacional de Educação formula as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil.
Em se tratando do papel social da escola, é importante salientar o que representa a Educação Infantil, visto que esta etapa de ensino tem objetivos humanos e sociais, configurando o ambiente escolar como um espaço de socialização e convivência. 
Para que o ensino desempenhem seu papel no desenvolvimento humano e social é preciso que o educando seja vista como cidadã criadora de cultura, o que tem  implicações profundas para o trabalho em creches, pré-escolas e  outros espaços, de caráter científico, artístico ou cultural. (KRAMER, 2000, p. 2). 
Assim, o ingresso na escola amplia o universo social infantil em vista da possibilidade de conviverem com outras crianças e com adultos de origens e hábitos diferentes, de aprender novas brincadeiras, de adquirir conhecimentos sobre realidades distantes. 
Desta forma o conhecimento nesta fase se dá basicamente através da ação, da interação com os colegas, com o educador, com as brincadeiras de imaginação e faz de conta, buscando no eixo norteador a exploração da linguagem oral, desafios corporais, exploração de ambientes diferentes, identidade e autonomia, linguagens plásticas e musicais (PERES,2010).
3.2 Formação dos Profissionais da Educação Infantil
Atuar na Educação Infantil exige uma postura profissional, de muitas qualidades, segundo especialistas - Fundação Victor Civita (2010, p. 70) aponta que “não bastam atenção, paciências e boa vontade. É preciso reforçar o saber específico que o profissional possui: o conhecimento didático e o controle das ferramentas pedagógicas, algo que se constrói não apenas na graduação, mas ao longo de toda trajetória profissional”. Acerca do novo papel do professor comprometido com a qualidade do ensino-aprendizagem, se reconhece que o profissional docente na educação Infantil precisa está acompanhando o desenvolvimento cultural e reconhecer que é preciso está em constante busca do conhecimento. A docência, como aprendizagem da relação, está ligada a um profissional especial, um profissional do sentido, numa era em que aprender é conviver com a incerteza. Daí a necessidade de se refletir hoje sobre o novo papel do professor, as novas exigências da profissão docente, principalmente da formação continuada do professor.
Sendo então o papel do docente observar o aluno, investigar qual é o seu conhecimentoprévio e interesse, a partir dessa bagagem procura apresentar diversos elementos para que o aluno construa seu desempenho intelectual. A experiência desse profissional e constante incorporação de elementos que fazem a diferença no aprendizado de cada aluno.
A Constituição Federal de 1988 em seu art. 206 traz em seu bojo o seguinte texto: “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 1-igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 2-liberdade de aprender e ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, arte o saber”.
Percebe-se que os princípios norteadores contidos na Carta Magna são bastante significativos e, portanto, deve ser seguido por todos aqueles que querem um ensino de qualidade.
Para que o professor tenha uma visão abrangente de sua função e a necessidade de readequá-la com frequência, é necessária uma formação sólida desde o início. Esse elemento é abordado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei nº. 9.394/1996).
Observa-se a exigência de formação como requisito mínimo, básico, essencial. Todavia, a realidade das escolas brasileiras é bem outra e a lei veio justamente para reverter esse quadro, embora seja um processo longo. A referida LDB também define que as instituições de ensino deverão prover condições para que seus profissionais se capacitem, além de aproveitar as experiências de longa data e de qualidade, dos profissionais que já atuam na educação.
Desse modo, a capacitação docente é elemento essencial na educação infantil, mas isoladamente, constitui fator ineficaz no ensino-aprendizagem das crianças. De igual modo, embora seja a família fonte de riquíssimas alternativas de atividades pedagógicas, não pode o professor simplesmente reproduzir em sala de aula os valores que a família comporta. Novamente, se faz necessário ressaltar a importância da valorização e do respeito à diversidade de cada grupo familiar.
Segundo o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (RCNEI):
A implementação e/ou implantação de uma proposta curricular de qualidade depende, principalmente dos professores que trabalham nas instituições. Por meio de suas ações, que devem ser planejadas e compartilhadas com seus pares e outros profissionais da instituição, pode-se construir projetos educativos de qualidade junto aos familiares e às crianças (BRASIL, 1998, p.41).
Todavia, o professor de Educação Infantil deve planejar as formas como o diálogo com os pais acontecerá, do contrário, ele se verá sobrecarregado pela tarefa de dar atenção às crianças e a suas famílias. Ademais, o objetivo maior é trazer para a sala de aula ideias que representem uma ponte entre as necessidades do aluno e sua realidade e o que é proposto pelo professor.
Nesse sentido, é importante apresentar inicialmente o que se entende por conhecimento comportamento destreza, atitude e valores.
Conhecimento: prática de vida; experiência. Discernimento, critério, apreciação. Consciência de si mesmo;
Comportamento: conjunto de atitudes e reações do indivíduo em face do meio social;
Destreza: Habilidade, aptidão. Sagacidade astúcia;
Atitude: Reação: ou maneira de ser, em relação à determinada (s) pessoas (s), objetivo (s), situações, etc.
Em 1933, através dos Decretos Estaduais nº 5846 e 5844/33, o instituto Pedagógico se transformou em instituto de educação de São Paulo. Implantou-se, pela primeira vez no país um curso de professores secundários. Tal curso apresentava a seguinte estrutura: Ao instituto de educação caberia somente à formação pedagógica, e os conteúdos específicos seriam ministrados pela futura faculdade de ciências e letras, formação pedagógica, a cargo do instituto, seria ministrada em três anos letivos. (2 anos de estudos gerais e fundamentais e o terceiro e último ano, estudos especiais concernentes aos problemas psicológicos e sociais da adolescência e ao currículo secundário) (INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO,1933).
A atual política parte dos seguintes princípios: a formação do educador deve ser permanente e não apenas pontual. A formação continuada não é correção de um curso por ventura precário, mas a necessária reflexão permanente do professor. Esta formação deve articular a prática docente com a formação inicial e a produção acadêmica desenvolvida nas Universidades e a mesma deve ser realizada também no cotidiano da escola em horários específicos para isso, e contar pontos na carreira dos professores. 
O que pressupõe um processo dinâmico de formação inicial e permanente que integram a evolução.
Por que participar de treinamento de desenvolvimento profissional? Por que destinado a caracterizar o desenvolvimento profissional dos professores? Junte-se a formação (que significa moldar algo e envolver,introduzir um componente artística, cultural e ação intencional) o desenvolvimento da profissão não é um fenômeno recente. Ele é visto como uma aprendizagem constante, trazendo-a para o desenvolvimento das atividades profissionais e prática profissional e a partir dela. É a tendência predominante das últimas décadas, como parte da formação de professores e um processo dinâmico que supera o conjunto de componentes técnica e operacional imposta de cima, independentemente das situações coletivas e problemáticas na prática professores, fingindo dar coerência aos estágios de formação, dando-lhes uma continuidade progressiva; Também permite considerar a prática do ensino como um profissão dinâmica, desenvolvimento. (IMBERNÓN,2010,p.11)
Atualmente a LDB nº. 9394 (Art. 66, de 20/12/1996) deixa claro que a preparação para o exercício do magistério superior deverá se dar em grau de pós-graduado, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.
O objetivo da instituição deve ser o de observar e considerar cada educando e suas particularidades e necessidades, incluindo sua família, pois esta é fundamental no processo de aprendizagem dos alunos, assim a mesma deve trabalhar para que haja uma aproximação com os pais de forma tranquila e natural, restabelecendo relações de respeito e confiança, promovendo sua valorização junto à sociedade.
O motivo da formação de um professor pesquisador e sua posterior atuação reside na intenção de mudar o estilo de lecionar que é de transmitir apenas o conhecimento anteriormente formulado. 
E ainda, acredita-se que pesquisando, há possibilidade de os professores em sala de aula trabalhar a formulação de novos conceitos ou até mesmo questionamentos diferentes do que já existem. Mas mesmo assim, não dá para afirmar que capacitar os professores para a pesquisa vá resolver os problemas de formação continuada.
Pimenta (2000) aborda a relevância do elo entre pesquisa e formação docente, realçando que a pesquisa deve realizar-se na formação e prática dos docentes, há organizando-se base nos dados e informações sucedidos da pesquisa e referendadas na teoria.
Pois é sabido participam do cotidiano da escola a tentar novas ideias, elogiar e reconhecer os profissionais por um trabalho bem feito e pedir ao responsáveis e alunos façam o mesmo. 
Percebido com um caráter histórico, o tempo da formação continuada é o que foi o que está sendo e o que virá a ser, aglutinando passado, presente e futuro. Para alcançar os objetivos almejados é necessário, principalmente planejamento e gestão (IMBERNÓN,2011).
Com isso, há o fortalecimento das mais altas expectativas para as realizações acadêmicas, estabelecendo e enfatizando orientações claras, sobre o assunto, nas políticas e nos procedimentos da escola, enquanto campo de reflexão das práticas docentes. Para que esse espaço seja produtivo, há que prepará-lo.
3.3 Como o Pedagogo desenvolve a formação continuada
O pedagogo é uma das peças fundamentais no processo de sistematizar o conhecimento, participando ativamente da organização da prática pedagógica na escola, logo, se a função da escola é ensinar a todos os alunos sem distinção.
Esta função vem sendo reformulada historicamente pelos debates governamentais e financeiras que estabelecem as normas na educação pública. Desde o início do século XXI o decurso sobre opedagogo como encarregado pela formação na escola tem se multiplicado e, ao mesmo tempo, tem diminuído o oferecimento de cursos oferecidos pelo sistema na modalidade optativa pela escola (DOMINGUES,2014).
O envolvimento do pedagogo deve possibilitar o atingimento de níveis de desenvolvimento educacional, mais satisfatórios, por meio do comprometimento de todos, visto que, no processamento de edificação da equipe educacional, deve-se haver a intencionalidade de se perseguir objetivos comuns, sempre acreditando na habilidade de encarar os dilemas que surgem cotidianamente, priorizando as intervenções e aceitando as decisões.
As pessoas precisam ter a nitidez que a primazia de coordenar é o caráter formador. Então o Pedagogo tem que possuir um espaço uma lacuna para estar na formação, mas nem todos tem isso claro. Às vezes, quando se está agoniada, sempre se conversa sobre do que é relevante, e entende-se o que é a formação. O existir desse profissional se fundamenta por isso, pensando no indivíduo que está ali pela formação (DOMINGUES, 2014, p.16).
Garcia (1999) fala que o êxito no procedimento de construção direcionado a escola refere-se às eventualidades para essa ação, a obrigação da equipe técnica e pedagógica (diretores, professores); o ambiente que cria afinidades entre os componentes da instituição, instigado pela erudição coletiva e pela erudição do próprio ambiente; os docentes e a obrigação com um plano dirigido ao avanço da instituição e o cunho da composição assertiva, se, pensativo, ativo e emotivo ao contexto. Todas essas questões interferem para o progresso dessa espécie de preparo.
Um professor experiente não se transforma necessariamente num coordenador experiente, são funções diferentes que necessita de uma profissionalização e uma profissionalidade pedagógica. Se existe uma especificidade nesta função que também está condicionada a diferentes instituições seja pública ou privada, então quais tem sido o investimento no começo do desempenho da função. 
Os pedagogos quando iniciam seu trabalho nesta função procuram instituir relações entre o domínio sobre as ações da função em execução e as informações resultante das inúmeras experiências de sociabilização, sendo que sua experiência como professor não garante imediatamente uma ação segura e eficaz como coordenador pedagógico. Porém essas experiências favorecem o surgimento de zonas de intersecção entre os conhecimentos de quem assume a função, os coordenadores mais experientes e os entendimentos que discorrem sobre o pedagogo, que normalmente elaboram uma identidade inicial que vai se redefinindo conforme o que o ser coordenador vai assumindo contornos nítidos (GARCIA,1999).
É um profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vistos objetivos de formação histórica. Em outras palavras, pedagogo é um profissional que lida com fatos, estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações (LIBÂNEO,2005).
A formação continuada deve ser realizada no ambiente da escola, mas o que
se caracteriza uma escola voltada para a busca de qualidade de ensino, é quando a
mesma objetiva, em seu Projeto Político Pedagógico, a formação continuada dos
professores, pedagogos e dos demais membros da comunidade escolar. Espera-se,
também, que a formação continuada ainda proporcione condições para que essa
formação se concretize, sempre articulando a teoria e prática em sala de aula.
De acordo com Libâneo (2005) deve ter conhecimento e competência para articular as ações na escola, de forma a direcioná-las e executá-las desenvolvendo um trabalho de assessoria ao ensino. Pois, sua atuação se dá no processo de desenvolvimento da aprendizagem, em diversos níveis e modalidades do processo educativo, planejando, executando, coordenando, acompanhando e avaliando tarefas do setor educacional.
Ressalta-se que, para atuar como pedagogo, o profissional deve-se ter habilitação em Pedagogia, obtida coma conclusão do Ensino Superior em Pedagogia, podendo ser na área de administração escolar, de formação de recursos para educação infantil, de educação especial, e, mestrado em educação escolar.
Embora exista um discurso voltado para referenciar a ação da coordenação na formação profissional critico-reflexivo, o constrangimento por resultados e o pouco investimento no desenvolvimento profissional do coordenador, proposto, por vezes, de formar proposições de soluções locais.
Logo, o papel do pedagogo acaba descaracterizado diante da carência da política de ensino e da falta de organização dos papéis.
Ressalta-se que o pedagogo deve saber como atuar, a fim de executar sua função com ampla responsabilidade, garantindo o sucesso em seu desempenho, sem medo de errar, repassando a toda sua confiança no que faz. Assim, sua atuação se dá de forma a motivar a equipe educacional, tornando-se indispensável na sua organização, pois é um profissional capacitado para saber conhecer, saber fazer, saber conviver e saber ser. (DOMINGUES, 2014).
Além do indispensável apoio da equipe escolar é importante que a supervisão escolar conheça o coordenador e faça as mediações necessárias, inclusive orientando sobre aspectos singulares de sua prática.
4. Considerações finais
	
Obviamente, o destinatário da atividade pedagógica elaborada nas instituições são os educandos. Há melhoramento na forma de aprender e de ensinar são concepções que regem o âmbito educativo. Para tal, o pedagogo deve coordenar o trabalho pedagógico estando vinculado ao corpo discente, analisando se as atividades encaminhadas são satisfatórias sob sua óptica.
Uma questão central para a função do pedagogo é de promover alternativas de formação continuada para o corpo docente. Ele deve perceber a efetividade da sua equipe, para promover oportunidades de formação que sejam condizentes com a conveniência dos educadores. 
Cabendo ao Pedagogo o papel de liderança no interior da escola, também lhe é atribuído o poder de implantar algumas condições fundamentais para o avanço técnico do educador. No procedimento reflexivo sobre a tarimba do educador, a disposição da atividade escolar, pode influenciar favoravelmente ou não, no método de construção desse saber.
Ao desenvolver uma ponderação sobre sua execução docente individualmente, o docente é visualmente limitado acerca da sua atividade educativa, obtendo poucos resultados através de sua análise solitária, para viabilizar uma melhora no seu trabalho educativo. Contudo, o pedagogo escolar pode contribuir nesse processo de reflexão, participando das aulas ministradas, colaborando com o professor em sua análise reflexiva, alcançando assim, melhores resultados, refletindo coletivamente sobre sua prática docente. 
Então, o desempenho deste profissional nas escolas é uma ação que colabora com a formação contínua dos professores. É importante ressaltar a significância da participação efetiva do pedagogo na formação continuada dos professores, visando atingir melhores resultados no processo ensino-aprendizagem, que será oportunizado com a prática de professores atualizados, portanto, mais qualificados para aprimorar atividades dirigidas para o sucesso do educando e também da instituição educativa de uma forma geral.
O meio de autonomia no contexto de formação continuada do docente é de imensa valia na vida profissional, pois através dele existe a oportunidade de colocar o docente em condições de refletir sobre o seu fazer, onde o mesmo atue como produtor e formador do seu pensar, permitindo que indivíduos transformem o contexto onde vivem e relacionam-se numa esfera gradativamente autônoma, criativa e emancipatória.
De nada adianta conhecer os obstáculos e deficiências da realidade escolar e acadêmica: é necessário identificar também suas habilidades e competências presentes tanto no contexto interno quanto externo.
A mediação pedagógica, tanto pode ser desenvolvida utilizando-se de técnicasconvencionais de ensino, que são as que existem a longo tempo e são de grande importância para o processo ensino-aprendizagem presencial, como se utilizando de novas tecnologias, representada pelo do computador, da informática, da telemática, da educação a distância. Tanto as técnicas convencionais quanto às novas tecnologias podem ser trabalhadas com uma perspectiva da mediação pedagógica, uma vez que ambas são processos ativos que possibilita o contato entre conteúdo e os alunos na realização da aprendizagem.
Cabe ressaltar que para ser um profissional de educação não basta ter boa
vontade ou gostar de crianças, mas pressupõe muito estudo e conhecimento do que
se ensina, e como se ensina, de quem aprende e como aprende. Diante desta contradição, a atividade docente e do pedagogo adquire um enfoque epistêmico, ou seja, de sujeitos do processo que refletem sobre a realidade social, sobre os conhecimentos produzidos ao longo da história, sobre sua identidade e sua prática, a fim de atingir um objetivo comum. Não basta ser um mero repassador de conteúdos ou um burocrata da educação, pois estar na escola, envolver-se em várias atividades, conviver com diferenças culturais, sociais e econômicas não garante a superação da segregação, da fragmentação, bem como da conscientização de ser social ativo, orientador de práticas, apregoador de ideologias e mediador do conhecimento. Professor e pedagogo como condutor e orientador do processo de ensino e aprendizagem, respectivamente, tem papéis fundamentais na compreensão dos caminhos necessários para conceber uma educação voltada para a formação humana. 
 Desta forma, definem-se as atitudes da escola, os responsáveis pela sua execução e as maneiras necessárias para viabilizá-las, assim como as possibilidades de formação continuada para os educadores.
Referências
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_______MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA: Resolução Nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2009, Seção 1, p. 18.
_______Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf.Acesso em fevereiro de 2023.
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CERVO, L. A.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo, SP: Prentice-Hall, 2002.
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GARCIA, M.C. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto (POR): Editora Porto, 1999.
KRAMER, S. O papel social da educação infantil. 2000. p 1-5. http://www.dc.mre.gov.br/imagens-e-textos/revista-textosdobrasil/portugues/re vista7-mat8.pdf. Acesso em fevereiro de 2023.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2005. 200p. (8. ed.);
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