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FONTES DO DIREITO PENAL CONCEITO Fonte é o lugar de onde o direito provém. Deriva do latim, fonatus, fons, fontis, palavra de origem religiosa significando nascente, manancial. Por conseguinte, transposta a ideia a seu sentido jurídico, passou a significar o lugar de nascimento, o manancial de onde provêm as normas de direito. ESPÉCIES DE PRODUÇÃO, MATERIAL OU SUBSTANCIAL Refere-se ao órgão incumbido de sua elaboração. A União é a fonte de produção do Direito Penal no Brasil (CF, art. 22, I). → Atenção: de acordo com o parágrafo único do art. 22 da Constituição Federal, lei complementar federal poderá autorizar os Estados-Membros a legislar em matéria penal sobre questões específicas. Trata-se de competência suplementar, que pode ou não lhes ser delegada. Questões específicas significam as matérias relacionadas na lei complementar que tenham interesse meramente local. Por isso, os Estados não podem legislar sobre maté ria fundamental de Direito Penal, tais como alteração de dispositivos da Parte Geral, criação de crimes ou ampliação de causas extintivas da pu nibilida de já existentes. Sua competência para legislar só tem espaço nas lacunas da lei federal e, ainda assim, apenas e tão somente em questões de inte resse específico e local, como, por exemplo, a proteção da vitória-régia na Amazônia. FORMAL, DE COGNIÇÃO OU DE CONHECIMENTO Refere-se ao modo pelo qual o Direito Penal se exterioriza. Trata�se dos instrumentos, formas e meios, dos tipos de estruturação e comandos gerais e abstratos de que se vale o Estado para ditar seu direito16 . ESPÉCIES DE FONTE FORMAL IMEDIATA É a lei, o jus scriptum. Dessarte, o direito consuetudinário não pode servir à fundamentação de uma punição em face do princípio da legalidade, porquanto a lei é a única fonte do direito penal. Daí decorre que a conduta individual está amparada pela lei, o que significa que não poderá o cidadão ser punido em caso de conduta atípica, e, caso obre com tipicidade, não poderá ser punido mais do que propõe a lei. MEDIATA FONTES DO DIREITO PENAL São os costumes e princípios gerais do direito. Nesse ponto, vale lembrar dos tratados e convenções, destacando-se que os tratados somente têm força após o referendum do Congresso Nacional (CF, art. 84, VIII), ocasião em que passam à qualidade de fontes imediatas como leis. DIFERENÇA ENTRE NORMA E LEI (i) Norma: é o mandamento de um comportamento normal, retirado do senso comum de justiça de cada coletividade. Exemplo: pertence ao senso comum que não se deve matar, roubar, furtar ou estuprar, logo, a ordem normal de conduta é não matar, não furtar, e assim por diante. A norma, portanto, é uma regra proibitiva não escrita, que se extrai do espírito dos membros da sociedade, isto é, do senso de justiça do povo. (ii) Lei: é a regra escrita feita pelo legislador com a finalidade de tornar expresso o comportamento considerado indesejável e perigoso pela coletividade. É o veículo por meio do qual a norma aparece e torna cogente sua observância. Na sua elaboração devem ser tomadas algumas cautelas, a fim de se evitarem abusos contra a liberdade individual. Assim, devem ser observados os princípios maiores da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 26 de agosto de 1789. Dentre esses encontra-se o da reserva legal, segundo o qual não há crime sem lei que o descreva, e o da anterioridade, que exige seja essa lei anterior ao fato delituoso. DA FONTE FORMAL IMEDIATA É a lei, o jus scriptum, como manifestação da vontade coletiva expressada mediante órgãos constitucionalmente competentes. PARTES Preceito primário (descrição da conduta) e secundário (sanção). CARACTERÍSTICA Não é proibitiva, mas descritiva (técnica de descrever a conduta, associando-a a uma pena, preconizada por Karl Binding, criador do tipo penal, que é o modelo ou molde dentro do qual o legislador faz a descrição do comportamento considerado infração penal). Exemplo: o molde (tipo) do crime de furto encontra-se no art. 155, caput, do Código Penal: “subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”. CLASSIFICAÇÃO FONTES DO DIREITO PENAL A lei penal pode ser classificada em duas espécies: leis incriminadoras e não incriminadoras. Estas, por sua vez, subdividem-se em permissivas e finais, complementares ou explicativas. Assim:
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