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1 BIOÉTICA EM SERVIÇOS HOSPITALARES 2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 ÉTICA NO TRABALHO EM SAÚDE ........................................................................... 6 FUNDAMENTAÇÃO DA BIOÉTICA ........................................................................... 9 PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA ........................................................................................ 11 TEMAS DA BIOÉTICA ................................................................................................ 14 COMITÊS DE BIOÉTICA HOSPITALAR ................................................................... 18 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 26 3 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 INTRODUÇÃO A Bioética tem como objetivo facilitar o enfrentamento de questões éticas/bioéticas que surgirão na vida profissional. Sem esses conceitos básicos, dificilmente alguém consegue enfrentar um dilema, um conflito, e se posicionar diante dele de maneira ética. Assim, esses conceitos (e teorias) devem ficar bem claros para todos nós. Não se pretende impor regras de comportamento (para isso, temos as leis), e sim dar subsídios para que as pessoas possam refletir e saber como se comportar em relação às diversas situações da vida profissional em que surgem os conflitos éticos. Considerando que o exercício profissional deve assegurar uma visão holística e lógica dos problemas de saúde, cada vez mais há necessidade de aperfeiçoamento e qualificação da equipe preservando Princípios Bioéticos do indivíduo (PERES; BARBOSA; SILVA, 2011). A comunicação é um meio que favorece a convivência do paciente/família num ambiente totalmente desconhecido. Sendo assim, cabe ao enfermeiro interpretar os sinais que o paciente está apresentando, obtendo uma visão holística do processo saúde-doença (KOENIG apud PERES; BARBOSA; SILVA, 2011). Para que o contexto da comunicação e humanização seja efetivo, torna- se necessário o conhecimento dos Princípios da Bioética que incluem: O princípio da beneficência relaciona-se ao dever de ajudar aos outros, de fazer ou promover o bem a favor de seus interesses. Reconhece o valor moral do outro, levando-se em conta que maximizando o bem do outro, possivelmente pode-se reduzir o mal. Neste princípio, o profissional se compromete em avaliar os riscos e os benefícios potenciais (individuais e coletivos) e a buscar o máximo de benefícios, reduzindo ao mínimo os danos e riscos. O princípio de não- maleficência implica no dever de se abster de fazer qualquer mal para os clientes, de não causar danos ou colocá-los em risco. O profissional se compromete a avaliar e evitar os danos previsíveis. Autonomia, o terceiro princípio, diz respeito à autodeterminação ou autogoverno, ao poder de decidir sobre si mesmo. Preconiza que a liberdade de cada ser humano deve ser resguardada. O princípio da justiça relaciona- se a distribuição coerente e 5 adequada de deveres e benefícios sociais (KOERICH; MACHADO; COSTA, 2005, p. 109). 6 ÉTICA NO TRABALHO EM SAÚDE As diretrizes do HumanizaSUS, em especial a Clínica Ampliada e o Acolhimento, propiciam o trabalho dos profissionais de saúde sob a ética da responsabilidade. Como já vimos, essa forma de relacionamento com os outros requer uma postura reflexiva e crítica sobre nossas posturas e suas implicações no cotidiano do trabalho. AYRES (2004) analisa a ética no trabalho em saúde a partir de um “caso” que atendeu num Centro de Saúde, onde atuava como médico. Uma de suas pacientes, Violeta, chegou ao consultório, mais de uma vez, reclamando da longa espera e do desconforto de esperar tanto tempo. O médico sempre tentava compreender a situação e as queixas da paciente, buscando responder de forma planejada e acolhedora. Mas, por algum motivo, naquele dia teve outro sentimento. Por um instante, teve vontade de revidar aquelas reclamações tão repetidas, com o mesmo tom agressivo de que sempre era alvo por parte daquela paciente. Decepcionado com sua vontade de reagir com agressividade e, ao mesmo tempo, incomodado pelo sentimento que aquela paciente lhe despertou, o médico, invadido por uma inquietude, resolveu adotar uma postura diferente da habitual. Assim, após a paciente entrar no consultório e se sentar, ele fechou o prontuário que pouco antes estivera consultando e pensou: “Isto não vai ser muito útil. Hoje farei com D. Violeta um contato inteiramente diferente”. Aquelas reclamações sobre o longo tempo de espera para a consulta se repetiram por várias vezes e sempre com os mesmos desdobramentos. Do ponto de vista terapêutico, a paciente era hipertensa e sempre estava descompensada, com os mesmos riscos cardíacos, o mesmo mau humor e a mesma queixa sobre a longa espera. A diferença naquele dia foi a perda do habitual autocontrole do médico – lamentável por um lado, mas, por outro, favorável ao surgimento de uma relação diferente. Assim, ele não começou a conversa com o tradicional “Como passou desde a última consulta?”. Em vez disso, olhou nos olhos da paciente e disse: “Hoje eu quero que a senhora fale um pouco de si mesma, da sua vida, das coisas de que gosta, ou de que não gosta... Enfim, do que estiver com vontade de falar”. A paciente olhou-o de uma forma diferente da habitual, e seu rosto se 7 iluminou. Logo pôs-se a contar-lhe sua história, as dificuldades que enfrentou na vida junto com seu companheiro, ambos imigrantes. Ela salientou que, durante toda sua história, ter uma casa era o grande sonho dela e de seu companheiro. Juntos, eles lutaram durante muitos anos para construí-la. Mas, quando essa casa finalmente ficou pronta, seu marido faleceu e, de repente, sua vida se tornou vazia e inútil. O médico, impressionado com a história, perguntou, em tom de sugestão, se ela nunca havia pensado em escrever sua história, ainda que fosse apenas para si mesma. Ela entendeu sua sugestão e prontamente respondeu que iria segui-la. A partir daí, nunca mais as consultas foram as mesmas e tornaram-se “encontros” de fato. Receitas, recomendações de dietas e exercícios continuaram presentes, mas ambos, a paciente e o médico, não eram mais os mesmos. AYRES (2004), a partir desse relato, discute sua experiência clínica e a prioridade ética da noção de humanização em relação às demais condutas, procurando abordar o sentido amplo de propostas norteadas pelo compromisso ético e político,que deve ser o compromisso das tecnociências da saúde. Em seus meios e finalidades, elas devem estar voltadas para a realização de valores para a felicidade humana, democraticamente validados pelo bem comum. AYRES (2004) defende a ideia de que a busca de felicidade escapa à restrita definição de saúde de acordo com a tecnociência e à abstração excessiva desse horizonte normativo, como a definição de saúde da Organização Mundial de Saúde como “estado de completo bem-estar físico, mental e social”. O autor considera essa definição excessivamente abstrata, uma vez que a saúde humana nunca é “completa” e que, se for vista dessa forma, sua realização se torna impossível. Ele defende ainda que a noção de felicidade remete à vivência de uma experiência positiva que, frequentemente, independe de um estado de completo bem-estar ou de perfeita normalidade. O que parece ser o mais novo e potente nas recentes propostas de humanização é justamente essa referência à relação entre experiência vivida e valor, e entre os valores que orientam positivamente a vida e a concepção de saúde. Ainda segundo esse autor, embora se considere a felicidade humana como uma experiência singular e pessoal, os valores publicamente aceitos como propiciadores da experiência da felicidade são os que devem fazer parte da 8 discussão sobre a humanização da atenção à saúde como uma proposta política, envolvendo inclusive as instituições do Estado. A busca de projetos de felicidade para aquele de quem se cuida possibilita, do ponto de vista existencial, reconstruções de identidade no e pelo cuidado, para usuários e profissionais de saúde. E é a esse aspecto que devemos estar atentos no trabalho ético de humanizar a atenção à saúde (AYRES, 2004). 9 FUNDAMENTAÇÃO DA BIOÉTICA O início da Bioética se deu no começo da década de 1970, com a publicação de duas obras muito importantes de um pesquisador e professor norte-americano da área de oncologia, Van Rensselaer Potter. Van Potter estava preocupado com a dimensão que os avanços da ciência, principalmente no âmbito da biotecnologia, estavam adquirindo. Assim, propôs um novo ramo do conhecimento que ajudasse as pessoas a pensar nas possíveis implicações (positivas ou negativas) dos avanços da ciência sobre a vida (humana ou, de maneira mais ampla, de todos os seres vivos). Ele sugeriu que se estabelecesse uma “ponte” entre duas culturas, a científica e a humanística, guiado pela seguinte frase: “Nem tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável”. Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001). Para isso, a Bioética, como área de pesquisa, necessita ser estudada por meio de uma metodologia interdisciplinar. Isso significa que profissionais de diversas áreas (profissionais da educação, do direito, da sociologia, da economia, da teologia, da psicologia, da medicina etc.) devem participar das discussões sobre os temas que envolvem o impacto da tecnologia sobre a vida. Todos terão alguma contribuição a oferecer para o estudo dos diversos temas de Bioética. Por exemplo, se um economista do governo propõe um novo plano econômico que afeta (negativamente) a vida das pessoas, haverá aspectos bioéticos a serem considerados. Em 1995, criou-se a Segunda Enciclopédia de Bioética, abordando o “estudo sistemático das dimensões morais, incluindo a visão, a decisão, condutas e normas, das ciências da vida e saúde, usando variedade de metodologias éticas num contexto interdisciplinar” (OGUISSO; ZOBOLI, 2006, p.121). E em 2003 houve uma revisão da terceira edição, apresentando questões sobre “bioterrorismo, holocausto, imigração, clonagem, reprodução, 10 fertilidade, transplantes de órgãos e tecidos, morte/morrer, religião e ética” (PESSINE; BARCHIFONTAINE, 2006, p. 29). A Bioética envolve múltiplos e complexos fatos, que estão diretamente relacionados à vida, ou seja, tudo o que está intrínseca ou extrinsecamente ligado aos seres humanos, utilizando-se de instrumentos morais, sociais, econômicos, éticos, políticos e legais (MALAGUTTI, 2007). Esta ciência visa defender a dignidade do ser humano e de sua qualidade de vida, evitando inclusive abusos por parte dos profissionais ou dirigentes. Esses dilemas morais são enfrentados diariamente pelos profissionais de saúde. 11 PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA Em Princípios de Ética Biomédica, Beauchamps e Childress estabelecem quatro princípios básicos que devem nortear o trabalho bioético tanto para as ciências que utilizam cobaias quanto para as técnicas biomédicas e médicas que lidam diretamente com a vida. Esses princípios estão ligados a teorias éticas conhecidas e ganham um novo contorno em suas formulações voltadas para a vida animal. Para que a humanização do cuidado seja satisfatória, torna-se importante conceituar os Princípios da Bioética que incluem: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Autonomia Tem suas raízes na filosofia de Immanuel Kant e busca romper a relação paternal entre médico e paciente e impedir qualquer tipo de obrigação de cobaias para com a ciência. Trata-se do respeito à autonomia do indivíduo, pois esse é o responsável por si, e é ele que decide se quer ser tratado ou se quer participar de um estudo científico. Deriva-se da união de termos gregos (autos, próprio e nomos, regra, autoridade, lei, norma). Significa autogoverno, autodeterminação da pessoa de tomar decisões que afetem sua vida, sua integridade físico-psíquica e suas relações sociais. Refere-se à “capacidade do indivíduo de pensar, de decidir e agir de modo livre e independente, sem qualquer impedimento” (BARBOSA; SILVA, 2007, p.547). Este princípio tem como objetivo direcionar os profissionais de saúde a manter um equilíbrio na relação paciente/equipe, para que cada um ocupe seu espaço, proporcionando um feedback positivo (MENEZES; PRIEL; PEREIRA, 2011). Na essência da autonomia encontra-se a tomada de decisão, onde o indivíduo age segundo suas vontades, enquanto aqueles que possuem redução da autonomia são controlados ou incapazes de agir conforme aquilo que almeja. Portanto, é necessário que a comunicação seja efetiva, facilitando a compreensão do paciente, evitando possíveis situações de constrangimento (POTT et al., 2013). 12 Beneficência e Não Maleficência O princípio da beneficência indica a obrigatoriedade do profissional de saúde de “favorecer a qualidade de vida”, promover o bem ao paciente, “cuidar da saúde, proteger e defender os direitos do próximo, ajudar pessoas com incapacidades, resgatar pessoas em perigo”, tentando diminuir ou evitar os danos. Isto engloba a não maleficência que “significa obrigação de não causar danos aos outros”; não prejudicar, incluindo “âmbitos psíquicos, social, moral”, além de não matar, não causar dor ou sofrimento e não ofender (OGUISSO; ZOBOLI, 2006, p. 126). Princípio da não maleficência: consiste na proibição, por princípio, de causar qualquer dano intencional ao paciente (ou à cobaia de testes científicos). A sua mais antiga formulação pode ser encontrada no Juramento de Hipócrates, e, no século XX, ele foi estabelecido como princípio bioético pelos estudiosos Dan Clouser e Bernanrd Gert. Deve-se colocar em primeiro lugar a não maleficência, porém, há situações em que deve ser questionada a relação Risco X Benefício, onde será avaliado primeiro o benefício ao paciente. Por exemplo, passagem de sonda vesical de alívio para urocultura,pode gerar risco de infecção do trato urinário (ITU), do ponto de vista ético, este dano pode se justificar se o benefício esperado com o resultado deste exame for maior que o risco de infecção. O princípio da Beneficência obriga o profissional de saúde a ir além da Não Maleficência (não causar danos intencionalmente) e exige que ele contribua para o bem estar dos pacientes, promovendo ações: a) para prevenir e remover o mal ou dano que, neste caso, é a doença e a incapacidade; e b) para fazer o bem, entendido aqui como a saúde física, emocional e mental. A Beneficência requer ações positivas, ou seja, é necessário que o profissional atue para beneficiar seu paciente. Além disso, é preciso avaliar a utilidade do ato, pesando benefícios versus riscos e/ou custos (LOCK, 2002, p. 12-19). Justiça Baseado na teoria da justiça, de John Rawls, esse princípio visa a criar um mecanismo regulador da relação entre paciente e médico, a qual não deve ficar submetida mais apenas à autoridade médica. Tal autoridade, que é conferida ao profissional devido ao seu conhecimento e pelo juramento de 13 conduta ética e profissional, deve submeter-se à justiça, que agirá em caso de conflito de interesses ou de dano ao paciente. Agir com justiça pressupõe a assistência equitativa a todos os pacientes, levando em consideração suas condições clínicas e sociais. Isso implica que, para ser justo, devem-se entender as necessidades de cada paciente e direcionar os cuidados tendo em mente essas necessidades (BARBOSA; SILVA, 2007, p.1). 14 TEMAS DA BIOÉTICA A Bioética trata de temas muito delicados, muitas vezes considerados tabus. Há uma dificuldade de estabelecimento de proposições únicas e últimas, pois existem, ao menos, três grandes áreas do conhecimento que envolvem a Bioética e porque, enquanto ciência, ela não pode se submeter à moral religiosa, que pode ser um obstáculo forte em questões relativas à vida, principalmente a humana. Listamos abaixo alguns temas tratados pela Bioética, expondo uma breve discussão que pode aparecer sobre eles: Médico e paciente x cientista e cobaia É o principal ponto tocado pelos estudos de Beauchamp e Childress, que formulam a solução principalista (que se baseia em uma ética de princípios) para os problemas decorrentes. Eutanásia e suicídio assistido A tradução literal de eutanásia é “boa morte”. Eutanásia é o ato de encerrar a vida de alguém que, incapacitado, está em situação de penúria e não pode decidir por si mesmo. Quando um animal de estimação tem uma doença crônica progressiva ou ficou gravemente sequelado por algum mal, os veterinários podem dar a eles a eutanásia para encerrar o seu sofrimento. O suicídio assistido é um tipo de eutanásia, mas aplicado por humanos que decidem tirar a própria vida de maneira digna e assistida por pessoas que garantirão o não sofrimento do paciente. Peter Singer baseia-se no respeito à dignidade humana e no direito à escolha, que, para Beauchamp e Childress, podem ser representados pelo princípio da autonomia, para afirmar a necessidade de serem respeitadas as escolhas individuais de cada sujeito e a necessidade de olhar-se para a dignidade de uma vida que não vale a pena ser vivida. Aborto Singer defende o aborto de fetos com até três meses de gestação, período em que a Medicina afirma não haver ainda atividade cerebral e, portanto, há a ausência completa de sentidos. O aborto, antes dos três meses, seria 15 apenas a interrupção do crescimento celular dentro de um corpo. Para discutir sobre isso, Singer parte das noções de consciência e de senciência (sentidos básicos e noção da presença no mundo pela dor e pelo sofrimento). Utilização de células-tronco Partindo da utilidade e da beneficência, a utilização de células-tronco embrionárias é eticamente viável quando visa ao tratamento e à melhoria da vida comum. A parte polêmica desse tema é a necessidade de efetuar-se abortos para conseguir a extração de células de embriões. A eticidade do aborto, nesses casos, baseia-se nos mesmos princípios discutidos no tópico anterior. Direitos dos animais Singer escreveu o livro Libertação animal, que, entre outras coisas, discute os direitos dos animais. Os animais são providos de níveis de senciência e, por isso, sofrem, sentem dor, medo, fome etc. Isso é suficiente para notar que os animais não podem ser indiscriminadamente utilizados pela indústria, tirando a dignidade de suas vidas. Singer problematiza a alimentação humana que utiliza os animais como produtos e, mais profundamente, introduz ao debate a utilização dos animais para testes científicos, farmacêuticos e de cosméticos. 16 A TECNOLOGIA HOSPITALAR E O SER HUMANO Os grandes benefícios introduzidos pela tecnologia na área da saúde são indiscutíveis. Facilitam a atuação dos profissionais e, principalmente, beneficiam o paciente que, a cada dia que passa, tem ao seu alcance inovações surpreendentes. O progresso tecnológico está sendo fundamental para a resolutividade dos problemas, e para a manutenção da vida das pessoas. Mas com ele surgem dilemas éticos detectados e vivenciados, diariamente, pelos profissionais da saúde. A tecnologização da vida ampliou, de maneira exponencial, a assimetria do poder e o conhecimento, tornando as relações totalmente desiguais. E criou possibilidades de uma interferência mais incisiva, na vida humana, por parte dos profissionais. Mas, ao mesmo tempo que propicia a esperança de uma vida melhor e com qualidade, impõe também questionamentos e apreensões quanto ao futuro dos seres humanos e da humanidade. Vista sob o prisma do suporte básico e da manutenção do equilíbrio hemodinâmico, a tecnologia, é formidável, proporcionando segurança ao paciente e aos profissionais. Porém, como nos diz PESSINI (2002), "o desenvolvimento na área da biotecnologia traz novidades associadas a esperanças e temores, com enormes desafios éticos para os seres humanos. Estamos entrando definitivamente num mundo novo. Esses avanços geram perplexidades e inquietações". Por isso, as reflexões precisam iniciar sobre questões cruciais, tais como: o que representam para a vida do ser humano as inovações? Sempre que utilizamos novas tecnologias no cuidado à saúde devemos ter consciência plena das consequências que poderão acarretar. Tal avaliação precisa ser feita mediante um quadro ético de referência, ainda flexível, não formatado, e preservando sempre o futuro da humanidade. Urge discutir o que representam para a vida do ser humano os avanços técnico-científicos, e a tecnologização das relações. É indispensável juntar os fragmentos dispersos, uni-los para ver o todo, ou seja, colocar a vida do ser humano como o bem maior, o valor inviolável que precisa ser respeitado em todas as situações. O que ocorre, entretanto, na prática do dia-a-dia, é que a ideia do progresso ilimitado não está disponível a todas as pessoas, independentemente, da sua camada social. E cabe a nós, 17 profissionais da saúde, olhar para além das instituições, ampliar a noção do cuidado restrito a quatro paredes, enfim, olhar para a janela da vida e tentar compreender as condições multifatoriais do processo saúde-doença. Cumpre salientar ainda que as questões aqui levantadas não têm a intenção de imputar à tecnologia todos os problemas existentes na sociedade e perceptíveis nas instituições hospitalares. Nossa proposta é de que se aproveite os atuais momentos, em que a sociedade discute sobre esses temas para, a partir daí, refletir se os avanços, que beneficiam a pouco* devem estar acima dos valores éticos, minimamente necessários e justos. As respostas ainda são incipientes e muito inconsistentes.18 COMITÊS DE BIOÉTICA HOSPITALAR Os comitês de bioética hospitalar oferecem apoio e proteção aos pacientes, seus familiares, cuidadores e demais profissionais da saúde. Eles são espaços de diálogo nos hospitais e instituições de saúde, auxiliando e reforçando a qualidade dos serviços e das decisões em saúde e garantindo o respeito às liberdades individuais fundamentais. Embora não exista padronização internacional para os Comitês, seu funcionamento é relevante para promover a reflexão bioética e proporcionar a horizontalização das relações entre as pessoas envolvidas por meio de uma composição multidisciplinar (ONU, 2005). A implementação de comitês varia conforme as peculiaridades de cada país, podendo ser cridos pelo Estado ou de forma independente pelas próprias instituições de saúde (MARINHO et al., 2014). Entre seus objetivos, destacam- se os educacionais, normativos e consultivos dos dilemas bioéticos, que devem ser pautados na manutenção do respeito e da dignidade da pessoa humana (MONTEIRO; NUNES, 2020). Apesar de terem sido implementados pela primeira vez nos Estados Unidos na década de 1960, os comitês de bioética ainda não são obrigatórios nas instituições de saúde e hospitalares brasileiras. No Brasil, somente em 1993 surgiu o primeiro comitê de bioética, fundado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A partir de 1996, outros hospitais nacionais, especialmente os de grande porte ou os ligados ao ensino, passaram a fundar comitês de bioética (GOLDIM et al., 2008). Em razão da ausência de normatizações, além de fatores sociais, econômicos e culturais, não se sabe quantos comitês há no país hoje, tampouco como eles funcionam (HOFFMAN; DIANE; TARZIAN, 2007). Em 2018, com intuito de mapear e compartilhar conteúdos e experiências sobre temas bioéticos e de comitês de bioética, foi criada a Rede Nacional de Comitês de Bioética (Rede), que atua sem estrutura formal e mantém um grupo de intensa comunicação via WhatsApp composto por 43 integrantes de nove estados e Distrito Federal. Nesse espaço são compartilhadas experiências e temas de interesse comum. Entendendo os comitês como instrumento de assessoramento na resolução de questões morais da saúde e da vida, visa-se neste artigo evidenciar 19 a importância e o funcionamento deles. Na primeira parte foi realizado um levantamento da história dos comitês; na segunda foi apresentada revisão sistemática sobre a importância de sua implementação e funcionamento; e no final são feitas considerações sobre as dificuldades para sua implantação no país. 20 Texto de Apoio 21 22 23 24 25 26 REFERÊNCIAS ______; JUNQUEIRA, C. R. “Bioética: conceito, contexto cultural, fundamento e princípios”. In: RAMOS, D.L.P. Bioética e ética profissional. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2007, p. 22-34. ______; JUNQUEIRA, S. R. Bioética e saúde pública. In: RAMOS, D. L. P. Bioética: pessoa e vida. São Caetano do Sul: Difusão, 2009, p. 97- 115. ALMEIDA, M. J. Tecnologia e medicina: uma visão da academia. Bioética. Brasília: Conselho Federal de Medicina, v. 8, n.1. 2000. AMARAL, L. R.; LEITE, L.S. A visão dos pacientes sobre o atendimento aos seus direitos no ambiente hospitalar. Revista ACRED - ISSN 2237-5643 v. 5, n.10 2015. AMIN, T. C. C. 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