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ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA SOBRE A VARÍOLA DOS MACACOS (MONKEYPOX)

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INSTITUTO SÉCULO XXI
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
 ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA SOBRE A VARÍOLA DOS MACACOS (MONKEYPOX) 
JAGUARIAÍVA
 2022
INSTITUTO SÉCULO XXI
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
 
 
 ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA SOBRE A VARÍOLA DOS MACACOS (MONKEYPOX) 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em FARMÁCIA CLÍNICA DIRECIONADA A PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA.
 
 JAGUARIAÍVA
 2022
ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA SOBRE A VARÍOLA DOS MACACOS 
 
Declaro que sou autor ¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO- O presente trabalho trata da orientação farmacêutica sobre a varíola dos macacos, com o objetivo geral de divulgar informações relevantes sobre o vírus monkeypox e orientações na área farmacêutica. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica baseada em artigos, documentos, sites e sobretudo em conteúdo internacional tendo em vista que essa variante da varíola é um tema muito recente sendo ainda pesquisado, avaliado para aplicação emergencial do tratamento tendo em vista que as transmissões do surto atual, que atinge mais de 75 países, foram atribuídas à contaminação de pessoa para pessoa, com contato próximo pois no início de maio em 2022, foi relatado o caso de um residente britânico que viajou para Lagos e Delta na Nigéria, em áreas onde a varíola dos macacos é considerada uma doença endêmica. Os farmacêuticos devem encaminhar os utentes com sintomas compatíveis com um caso de varíola dos macacos para avaliação médica, recomendar o contato com as autoridades de saúde e que sejam evitados contatos com outras pessoas, de modo a quebrar uma eventual cadeia de contágio. Destaca-se que a varíola dos macacos tem cura e, de forma geral, não é necessário tratamento específico, já que o vírus costuma ser eliminado pelo próprio sistema imunológico depois de cerca de 4 semanas. No entanto, em alguns casos, para acelerar a cura, o médico pode indicar o uso de medicamentos específicos para combater o vírus. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Farmácia. Monkeypox. Prevenção. Tratamento.
1 INTRODUÇÃO
A temática deste artigo diz respeito as atitudes que os farmacêuticos devem tomar ao deparar-se com um caso de varíola dos macacos, destacando que dessa orientação dependerá o início imediato do tratamento adequado e a preservação das demais pessoas. O diagnóstico da doença é realizado por teste molecular ou sequenciamento genético. A orientação farmacêutica é o processo informativo referente ao tratamento, acompanhamento e avaliação farmacoterapêutica da prescrição. Assim, torna-se necessário para a execução de um bom serviço, conhecimento, habilidades, técnicas de comunicação, metodologia para elaboração de programas neste caso para a varíola dos macacos.
O manejo adequado dos casos deve ser estabelecido para evitar a transmissão nosocomial, com fluxo adequado da triagem para as salas de isolamento (em qualquer nível de atenção).
A problemática gira em torno dos sintomas iniciais da doença e providências devidas ao farmacêutico na intervenção: 
- Como diferenciar os sintomas da monkeypox de outras doenças para que o tratamento e isolamento se inicie o quanto antes?
Quanto as hipóteses os sintomas relativamente leves em muitos casos com erupção cutânea localizada e linfadenopatia, de modo que muitas pessoas podem não procurar os serviços de saúde; a falta de reconhecimento clínico precoce por profissionais de saúde de uma infecção previamente conhecida em apenas alguns países; dificuldade para vigilância dos possíveis casos em diferentes regiões geográficas e possibilidade de falta de testes de diagnóstico, reagentes e outros suprimentos.
O objetivo geral do trabalho é divulgar informações relevantes sobre o vírus monkeypox e orientações na área farmacêutica. Como objetivos específicos: orientação sobre a necessidade de implementar medidas de preparação e resposta com base na prevenção e controle da transmissão da monkeypox, a partir do conhecimento que se tem até o momento; entender o diagnóstico diferencial clínico que deve ser considerado; conhecer implementação das precauções padrão, juntamente com as precauções para contato e para gotículas;
O trabalho justifica-se e se faz relevante ao demonstrar que a diminuição da imunidade da população associada à descontinuação da vacinação contra a varíola estabeleceu o cenário para o ressurgimento da varíola. Isso é demonstrado pelo aumento no número de casos e idade média dos indivíduos que adquirem varíola, bem como o ressurgimento de surtos em alguns países após uma ausência de 30 a 40 anos. Além disso, o aparecimento de casos fora da África destaca o risco de disseminação geográfica e a relevância global da doença. A possibilidade de transmissão de humano para humano é uma preocupação não apenas entre os membros da família, mas também entre os prestadores de cuidados a indivíduos doentes. 
Sobre a metodologia,definiu-se o problema, a partir da prática profissional e tema proposto. Em seguida fez-se uma busca na internet e sites especializados,artigos e notas por meio de uma revisão bibliográfica para se coletar as principais evidências científicas sobre a temática. Realizou-se um levantamento bibliográfico.
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 Histórico da Varíola dos Macacos
Monkeypox, atualmente uma doença zoonótica rara, é causada pelo vírus monkeypox, que pertence à família Poxviridae, subfamília Chordopoxvirinae e gênero Orthopoxvirus (ICTV,2020). O nome monkeypox origina-se da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958 (VON MAGNUS,1958).
Segundo Research Article (2022) o vírus da varíola está intimamente relacionado, e a doença da varíola dos macacos resulta em uma doença semelhante à varíola. Dados históricos indicaram que a vacinação contra a varíola com o vírus vaccinia (outro ortopoxvírus) foi aproximadamente 85% protetora contra a varíola dos macacos(FINE,et.al;1988).
 No entanto, após a erradicação da varíola em 1980, a vacinação de rotina contra a varíola não era mais indicada Jezek (1987) e já se passaram quatro décadas desde qualquer programa de vacinação do ortopoxvírus.
O primeiro caso em humanos foi diagnosticado em 1970 em um bebê de 9 meses no Zaire (atual República Democrática do Congo, RDC) (BREMAN,et.al.;1980).
Desde então, a varíola dos macacos tornou-se endêmica na RDC e se espalhou para outros países africanos, principalmente na África Central e Ocidental. Fora da África, os primeiros casos relatados de varíola foram em 2003 (CDC,2022).
Uma revisão sistemática, que avaliou a literatura até o verão de 2018, descreveu a epidemiologia dos surtos de varíola dos macacos. Em vista do recente aumento de relatos na Nigéria e em outros lugares, iniciou-se uma nova revisão sistemática da literatura com foco nas mudanças na evolução da epidemiologia da varíola humana desde os primeiros casos na década de 1970 até os dias atuais (BEER et.al.;2019).
De acordo com a ANVISA (2022) em 2003, o primeiro surto de monkeypox fora da África ocorreu nos Estados Unidos da América e estava relacionado ao contato com cães de estimação dos casos infectados. Esses animais de estimação foram alojados com ratos e arganazes da Gâmbia, importados de Gana. Este surto levou a mais de 70 casos nos EUA. Em anosmais recentes, a monkeypox também foi relatada em viajantes oriundos da Nigéria em Israel (2018), no Reino Unido (2018, 2019, 2021 e 2022), em Cingapura (2019) e nos Estados Unidos da América (2021).
Segundo ainda nota técnica da ANVISA (2022) em 05 de maio de 2022 teve-se o primeiro caso de um possível surto na Europa. Em Londres Inglaterra. Por lá um homem apresentou lesões de pele e foi internado em um hospital da cidade. No dia 12 de maio já transferido para um hospital especializado em doenças infectocontagiosas o diagnóstico de varíola dos macacos foi dado. No dia 13 de maio mais um diagnóstico foi fechado. Outra pessoa que também estava sendo acompanhada com quadro clínico similar que já havia sido iniciado no mês anterior no dia 30 de abril. No dia 15 de maio mais quatro pessoas na Inglaterra. Em 20 de maio de 2022 já havia 11 países com casos notificados.
O Ministério da Saúde informou que no dia 09/06/2022 foi confirmado o primeiro caso de monkeypox no Brasil. O caso foi registrado no Estado de São Paulo, pelo laboratório de referência Adolfo Lutz, após análise metagenômica.
De acordo com o site UOL (2022) no dia 23/09/2022 o Brasil ultrapassou a Espanha e assumiu o posto de segundo país com mais casos confirmados de monkeypox. O primeiro colocado é os Estados Unidos e, ainda que a curva brasileira de casos esteja agora apontando para cima, deve-se ficar nessa posição por algum tempo. No Brasil, quase metade dos casos foram notificados no Estado de São Paulo, mas já é possível visualizar tanto uma redução das infecções na capital paulista, quanto ao aumento no interior do Estado e nas demais unidades da federação.
2.2 A letalidade da Varíola Humana 
De acordo com Coriolano (2022) registros apontam que a morte foi o desfecho de 30% dos infectados com o vírus da varíola humana. A taxa de letalidade variou em várias regiões do mundo. Para efeito comparativo a COVID 19 tem taxa de letalidade, em levantamentos ainda não concluídos de 0,5%, 1% de sarampo,2% gripe espanhola,2,5% de febre amarela,30 a 40% da malária. Todas as doenças citadas aqui são doenças infecciosas e os dados expostos foram retirados de fontes científicas especificadas.
Após infectada uma pessoa apresentava uma série de sintomas pois o vírus estava nas secreções respiratórias das pessoas contaminadas que passavam de uma para outras.
Para a varíola humana o contato tinha que ser muito próximo como beijo na boca ou a utilização de utensílios usados para a alimentação, por exemplo. Transmissão por aerossóis (que são partículas minúsculas que ficam no ar após alguém tossir ou espirrar) não foi uma fonte relevante identificada na transmissão (CORIOLANO,2022).
Com essa informação pode-se entender que a velocidade de transmissão da varíola humana foi bem mais lenta quando comparada a doenças como gripe e COVID-19. 01 caso de varíola humana em determina região, não era capaz de gerar centenas de casos rapidamente. Se a vigilância agisse rápido, as pessoas ao redor seriam vacinadas e a propagação contida eficientemente. 
2.3 Orientação farmacêutica
Contemporaneamente, tem prevalecido a cultura da adoção da medicalização em qualquer problema de saúde, fazendo com que o medicamento se torne a primeira opção possível para amenizar todo e qualquer sofrimento. Importante frisar que os medicamentos são ferramentas indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, entretanto, tão importantes quanto à disponibilização destes produtos é a garantia de que a terapêutica oferecida seja segura, eficaz e custo– efetiva. Ressalta- se a importância dos profissionais de saúde acompanhando esses pacientes, sobretudo o farmacêutico (SOARES, 2020).
A orientação farmacêutica é um instrumento que compreende medidas educacionais em saúde para estimular a adesão ao tratamento, promover o controle adequado aparecimento e sintomas da varíola dos macacos, assim como aumentar o conhecimento sobre a doença.
Preparados com conhecimentos científicos (teoria e prática) sobre indicações e efeitos de cada medicamento, os farmacêuticos têm papel determinante na boa evolução da saúde de pacientes diante do consumo de fármacos, especialmente no que diz respeito à posologia (dose adequada) e à duração de cada tratamento, no caso da varíola dos macacos é de grande importância dada a situação em que ressurge.
Os profissionais formados em Farmácia são habilitados para dar orientações e consultas sobre medicamentos – incluindo efeitos da interação de fármacos, cuidados com armazenamento, contraindicações, reações adversas, etc.). Conforme a resolução 596/2014 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), o farmacêutico é responsável por atividades que contribuam para resguardar e promover a saúde. Além disso, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a atenção farmacêutica imprescindível, pois abrange um grupo de práticas realizadas pelo profissional farmacêutico para orientar o paciente quanto ao uso correto de medicamentos. A falta de orientação pode levar ao agravamento do quadro clínico e até à morte.
Tendo em vista o objetivo fundamental de garantir a integralidade das ações de saúde, incluindo-se o acesso com qualidade aos medicamentos, configura-se a necessidade de reflexão quanto à Assistência Farmacêutica como política, concebida enquanto conjunto de diretrizes gerais, de estratégias e instrumentos para a sua implantação e avaliação (SOARES, 2020).
Parte da orientação farmacêutica estão os sintomas da varíola dos macacos são reconhecidos: febre, dor de cabeça, dores lombares, linfonodos inchados (ínguas), calafrios e cansaço. Período de erupção cutânea: entre 1 e 3 dias depois do início da febre as manchas que coçam e doem surgem na pele também primeiramente no rosto e na sequência, por todo o corpo, tronco, membros superiores, inferiores, região genital, mãos, pés... (até parece catapora). A evolução do exantema de maculopapular (lesões de base plana) para vesicular (bolhas cheias de líquido claro), pustular (lesões cheias de líquido amarelado) e as crostas, ocorre em 10 dias, porém sua eliminação completa pode demorar até três semanas. Depois que as lesões na pele passam por vários estágios, tornam-se crostas e desaparecem. (CORIOLANO,2022).
Figura 1 – Lesões pelo vírus da varíola dos macacos
Fonte: Site poder360(2022).
O período de incubação (intervalo desde a infecção até o início dos sintomas) da monkeypox é geralmente de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias.
Casos graves podem gerar infecções na pele, pneumonia, confusão mental e infecção ocular que pode levar à perda de visão.
As pessoas com a doença da varíola dos macacos, tem frequentemente sintomas mais leves mesmo assim não devem ser negligenciados. Sobretudo pela ótica da vigilância epidemiológica. Mesmo assim cabe ressaltar que a maior parte dos infectados recuperam-se em poucas semanas (ANVISA,2022).
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos. Embora o contato físico próximo, ou seja, contato íntimo, seja um fator de risco observado na transmissão dos casos confirmados nos países não endêmicos, a transmissão sexual nunca foi descrita. Desta forma, estudos são necessários para entender melhor esse risco. A transmissão vertical ou durante o contato próximo no pós-parto também pode ocorrer.
O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados.
Segundo orientações da Anvisa (2022) o manejo adequado dos casos deve ser estabelecido para evitar a transmissão nosocomial, com fluxo adequado de triagem. As precauções-padrão assumem que todas as pessoas estão potencialmente infectadas ou colonizadas por um patógeno que pode ser transmitido no ambiente devem ser implementadas em todos os atendimentos, independente do diagnósticodo paciente.
Os profissionais que atendem pacientes com monkeypox suspeita ou confirmada devem realizar a correta higiene das mãos, utilizando água e sabonete líquido ou preparação alcoólica a 70%, seguindo os 5 momentos para a higiene das mãos em serviços de saúde.
Sempre que possível, equipamentos e produtos para saúde utilizados na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de monkeypox devem ser de uso exclusivo no paciente, como no caso de estetoscópios, esfigmomanômetro e termômetros. Caso não seja possível, todos os produtos para saúde utilizados nestes pacientes devem ser limpos e desinfetados ou esterilizados (de acordo com a sua finalidade) antes de serem utilizados em outros pacientes (ANVISA,2022).
A orientação farmacêutica é uma das entradas do sistema de farmacovigilância, ao identificar e avaliar problemas/riscos relacionados à segurança, efetividade e desvios da qualidade de medicamentos, por meio do acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico ou outros componentes da Atenção Farmacêutica. Isto inclui a documentação e a avaliação dos resultados, gerando notificações e novos dados para o Sistema, por meio de estudos complementares. Na medida em que o Sistema de Farmacovigilância retroalimenta a Atenção Farmacêutica, por meio de alertas e informes técnicos, informações sobre medicamentos e intercâmbio de informações, potencializa as ações clínicas individuais (acompanhamento/seguimento, dispensação, educação), outras atividades de Orientação, Atenção e Assistência Farmacêutica como o processo de seleção de medicamentos, a produção de protocolos clínicos com prática baseada em evidências, integrada nas ações interdisciplinares e multiprofissionais, entre outras Dessa forma, obtém-se a melhora da capacidade de avaliação da relação benefício/risco, otimizando os resultados da terapêutica e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e adequação do arsenal terapêutico (IVAMA, et.al, 2002).
2.4 O hospedeiro do vírus
De acordo com Coriolano (2022) o vírus causador da varíola humana tem como hospedeiro o humano. O vírus causador da varíola dos macacos, não tem os macacos como hospedeiros. A hipótese é de que o reservatório desse vírus sejam roedores das florestas tropicais da África. 
Em 2003 os Estados Unidos passaram por um surto de varíola dos macacos, na ocasião ficou claro que os vírus chegaram em roedores importados da África. Os vírus passaram para cães de pradaria, mamíferos que habitam os Estados Unidos, Canadá e México, e deles, para humanos, causando doenças em 47 pessoas nos EUA.Nenhuma morte (CORIOLANO,2022).
Na atualidade são vários países afetados fora do continente africano: Reino Unido, França, Bélgica, Alemanha, Holanda, Suécia, Itália, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Austrália, Israel, Canadá, Áustria, Suíça, Brasil. Na República do Congo mais de 1200 foram registrados só no primeiro semestre de 2022.
O cão de pradaria (figura 2) são animais de estimação para muitas pessoas.
Figura 2- Cão de pradaria
Fonte: Wikipédia (2022).
2.5 Vacinação
Diante da explosão de casos de varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) receberam no mês de setembro, o material conhecido tecnicamente como sementes do vírus vacinal foi doado pelo NHI (Instituto Nacional de Saúde, da sigla em inglês), agência de pesquisa médica dos Estados Unidos, para o CT Vacinas (Centro de Tecnologia de Vacinas) na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)
Esse é o 1º passo para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra a doença. Com esse material, é possível desenvolver o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), que é a matéria-prima para a produção vacinas.
O CTVacinas trabalhará em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), por meio do Bio-Manguinhos (Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos). A iniciativa é uma das ações definidas como prioritária pelos pesquisadores brasileiros que integram a CâmaraPOX do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações). Constituída em maio deste ano, o grupo formado por 8 pesquisadores brasileiros especialistas em varíola e outros poxvírus assessora o ministério sobre o tema em relação à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PODER 360,2022).
3 CONCLUSÃO
Pode-se concluir que a importância da orientação farmacêutica está centrada na educação do paciente quanto ao emprego dos medicamentos evitando o uso inadequado, como armazenar em casa, informações dos problemas associados ao uso, a importância da aderência ao tratamento. Porém no caso da varíola dos macacos a orientação está voltada ao reconhecimento dos sintomas e encaminhamento ao tratamento adequado e também a medida de isolamento do paciente.
A orientação deve acontecer no momento da dispensação e pode se utilizar de folhetos informativos. É importante lembrar que um medicamento utilizado de forma incorreta ameaça à saúde e põe à vida em risco, por isso o profissional deve se manter atento a evolução dos processos, estando preparado para se adaptar a mudanças constantemente, característica essencial das pessoas inovadoras. Apesar das dificuldades vivenciadas pela profissão, o momento atual é oportuno para que o farmacêutico desempenhe um importante papel social nas farmácias, oferecendo ao usuário a devida assistência farmacêutica, com qualidade, competência e segurança. A farmácia como estabelecimento de saúde com enfoque na atenção básica; e do medicamento como insumo crítico, é útil para promoção e recuperação da saúde, assim destacando a atenção farmacêutica como possível tendência para uma maior aproximação com o usuário, com vistas à adesão ao tratamento farmacológico e alcance de resultados concretos de melhoria da qualidade de vida, sugerindo uma reflexão sobre a atenção farmacêutica, tanto na atual prática profissional.
À luz do ambiente atual de ameaças pandêmicas, a importância da saúde pública da doença da varíola dos macacos não deve ser subestimada. O apoio internacional para o aumento da vigilância e detecção de casos de varíola símia são ferramentas essenciais para entender a epidemiologia em constante mudança desta doença ressurgindo.
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA (2022): Nota Técnica Nº 03/2022, Orientações para Prevenção e Controle da Monkeypox nos Serviços de Saúde – 02/06/2022.Disponível em https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2022-07/nt_03_anvisa_monkeypox_02.06.2022.pdf.Acessado em setembro de 2022.
BEER EM, RAO VB. A systematic review of the epidemiology of human monkeypox outbreaks and implications for outbreak strategy. PLoS Negl Trop Dis. 2019; 13(10): e0007791. Pmid: 31618206.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Código de ética da profissão farmacêutica. Resolução nº 586 de 24 de fevereiro de 2014. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/C%C3%B3digo%20de%20Etica%2003fev2014.pdf. Acessado em setembro de 2022.
BREMAN JG, KALISA R, STENIOWSKI MV, ZANOTTO E, GROMYKO AI, ARITA I. Human monkeypox, 1970–79. Bull World Health Organ. 1980;58(2):165–182. Pmid:6249508.
CORIOLANO, D., Varíola da história ao macaco. Núcleo MD Educação Médica.1ª Edição.2022.
FINE PE, JEZEK Z, GRAB B, DIXON H. The transmission potential of monkeypox virus in human populations. Int J Epidemiol. 1988; 17(3):643–650. Pmid: 2850277.
(ICTV) ICoToV. Virus Taxonomy: 2020 Release. Disponível https://talk.ictvonline.org/taxonomy.Acessado em setembro de 2022.
IVAMA, A. M., et.al. Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p
JEZEK Z, KHODAKEVICH LN, WICKETT JF. Smallpox and its post-eradication surveillance. Bull World Health Organ. 1987;65(4):425–434. Pmid:3319266
SOARES LSS, et al. Percepções de atores sociais sobre Assistência Farmacêutica na atenção primária: a lacuna do cuidado farmacêutico. Saúde em Debate, 2020.
UOL (2022): Qual será o futuro do monkeypox no Brasil e no mundo. Disponível em:www.uol.com.br/vivabem/colunas/rico-vasconcelos/2022/09/23/qual-sera-o-futuro-do-monkeypox-no-brasil-e-no-mundo.htm.Acessadoem setembro de 2022.
PODER360: Vacinas disponível em https://www.poder360.com.br/saude/brasil-recebe-material-para-vacina-contra-variola-dos-macacos/). Acessado em setembro de 2022.
VON MAGNUS P, ANDERSEN EA, PETERSEN KB, BIRCH-ANDERSEN A. A pox-like disease in cynomolgus monkeys. Acta Path Microbiol Scand. 1959; 46:159.
WIKIPÉDIA: Cão de pradaria disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A3o-da-pradaria.Acessado em setembro de 2022.
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