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EPIDEMIOLOGIA-HIGIENE-E-SANEAMENTO

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EPIDEMIOLOGIA, HIGIENE E SANEAMENTO 
 
 
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Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 4 
2. SAÚDE E DOENÇA ........................................................................ 5 
2.1 Modelos explicativos do processo Saúde-doença.......................... 5 
2.2 Determinantes do processo Saúde-doença ................................... 8 
3. EPIDEMIOLOGIA ......................................................................... 10 
3.1 Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) .............. 11 
3.2 Objetivos da Vigilância Epidemiológica ........................................ 12 
3.3 Tipos de dados epidemiológicos .................................................. 14 
4. HIGIENE E PROFILAXIA ............................................................. 18 
4.1 História do saneamento básico no Brasil ..................................... 20 
4.2 Relação entre saneamento, saúde pública e meio ambiente ....... 21 
4.3 Abastecimento de água ................................................................ 23 
4.3.1 Tratamento da água .............................................................. 24 
4.4 Águas residuais ou esgotamento sanitário ................................... 27 
4.4.1 Pré-tratamento ....................................................................... 30 
4.4.2 Tratamento primário ............................................................ 30 
4.4.3 Tratamento secundário .......................................................... 30 
4.4.4 Tratamento terciário ............................................................... 31 
4.5 Lixo hospitalar e suas consequências .......................................... 35 
4.5.1 Os resíduos ........................................................................... 35 
4.5.2 Coleta de lixo ......................................................................... 36 
5. HIGIENE DA HABITAÇÃO CORPORAL E DO VESTUÁRIO ....... 42 
 
 
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5.1 Higiene corporal ........................................................................... 43 
6. REFERÊNCIAS ............................................................................ 46 
 
 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho 
de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma 
entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na 
sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos 
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, 
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de 
publicações e/ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, 
de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, 
conquistar o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos 
de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
 Epidemiologia é a ciência que estuda a distribuição e os determinantes 
dos problemas de saúde (fenômenos e processos associados) em populações 
humanas. É uma das áreas fundamentais na elaboração das estratégias 
públicas de combate e prevenção às patologias que acometem a sociedade 
brasileira. O processo de reformulação institucional no qual o SUS tem 
enfrentado, necessariamente deve dispor de estatísticas epidemiológicas que 
permitam a descentralização dos serviços e consequentemente uma abordagem 
mais efetiva junto à comunidade. 
Os dados que a epidemiologia oferece ao SUS são de intensa importância 
dentro das políticas de saúde descentralizadas, de modo que as estatísticas 
locais possibilitam reconhecer populações e fatores de risco e eliminá-los de 
forma mais eficaz. Tal como, a pulverização de inseticidas contra mosquitos da 
dengue é favorável somente em locais que possuem altos índices pluviométricos 
e clima quente, essas informações, no entanto, são levantadas apenas com 
dados locais. 
Identifica-se a desqualificação de levantamentos epidemiológicos 
necessários para o SUS tal qual, mortes maternas e infantis, acidentes de 
trabalho e doenças profissionais. A escassez desses dados acarreta no 
comprometimento do investimento em diversas áreas, uma vez que sem esses 
dados se torna difícil desenvolver um planejamento de combate e prevenção 
oportuna o que tende a gerar restrição da verba. 
A falta de saneamento básico é um dos motivos principais da ocorrência 
de mortalidade infantil no Brasil, sendo originadas de doenças parasitárias e 
infecciosas, as quais se propagam rapidamente em áreas sem coleta e 
tratamento de esgoto. 
 
 
 
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2. SAÚDE E DOENÇA 
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a saúde é um 
completo estado de bem-estar físico, mental e social (WHO, 1946). Sendo assim, 
não é somente ausência de doença. 
A 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, definiu a saúde de forma 
ampla: “A saúde é resultante das condições de alimentação, educação, renda, 
meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse 
da terra, acesso a serviços de saúde” (Brasil, 1986). 
Os conceitos do processo saúde-doença são marcados por várias 
tentativas de buscar modelos que expliquem o sofrimento humano que 
pudessem superar a visão religiosa dominante. Com a Medicina Moderna as 
explicações foram aos poucos substituídas pela busca das causas biológicas 
que estariam na origem dos processos de adoecimento (ARANTES, 2008). 
 
2.1 Modelos explicativos do processo Saúde-doença 
 
 Modelo Mágico-religioso 
A visão da medicina mágico-religiosa era predominante na antiguidade. O 
adoecer era resultado de transgressões de natureza individual ou coletiva, e era 
preciso os rituais liderados pelos feiticeiros, sacerdotes ou xamãs para reatar o 
enlace com as divindades (BARROS, 2002). 
A cura era realizada através dos sacerdotes incas, os xamãs e pajés entre 
os índios brasileiros, as benzedeiras e os curandeiros na África. Os curandeiros 
utilizavam músicas, danças, instrumentos musicais, infusões, emplastos, plantas 
psicoativas, jejum, restrições alimentares, tabaco, calor, reclusão, massagem 
 
 
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dentre outros recursos (Scliar, 2002). Essa visão ainda é utilizada por muitas 
pessoas nos dias de hoje. 
Modelo holístico 
A medicina holística é proveniente da ideia de equilíbrio. A saúde era 
entendida como o equilíbrio entre os elementos e humores que compõem o 
organismo humano. E a doença surgia a partir do desequilíbrio desses 
elementos. A causa do desequilíbrio estava relacionada com o ambiente físico 
como os astros, o clima etc. (GONDIM, 2009). 
Modelo empírico-racional (hipocrático) 
Hipócrates relacionava o ambiente com o processo saúde-doença. 
Observava as funções do organismo como as relações com o meio natural como 
a frequência das chuvas, ventos, calor ou frio, com o meio social como o 
trabalho, moradia e classe social. E relacionava a doença como o desequilíbrio 
dos quatro humores fundamentais do organismo: sangue, linfa, bile amarela e 
bile negra. A teoria dos miasmas explicava o aparecimento das doenças a partir 
da emanação do ar dos locais insalubres, daí a origem da palavra malária como 
maus ares (FERREIRA,2007). 
Modelo sistêmico 
O processo sistêmico ganhou maior repercussãono final da década de 
1970. A noção de sistema incorpora a ideia de todo, de contribuição de distintos 
elementos do ecossistema no processo saúde-doença, dessa forma faz um 
contraponto à visão unidimensional e fragmentária do modelo biomédico 
(GONDIM, 2009). 
 
Modelo biomédico 
Baseia-se numa visão cartesiana de divisão corpo e mente, 
desconsiderando os aspectos psicológicos, sociais e ambientais envolvidos no 
processo de adoecer (ARAUJO, 2007). 
 
 
7 
O modelo biomédico utiliza uma lógica unicausal, também denominada 
lógica linear, buscando-se identificar uma causa a qual, por determinação 
mecânica, unidirecional e progressiva, o fenômeno de adoecer seria explicado 
direcionando a explicação a se tornar universal (LUZ, 1988 apud PUTTINI, 
2010). 
Modelo da História Natural das Doenças 
Leavell & Clark foram os responsáveis pela base conceitual do movimento 
de medicina preventiva no livro “Medicina Preventiva” (1976) e a primeira edição 
surgiu em 1958 ressaltando a tríade ecológica que define o modelo de 
causalidade das doenças a partir das relações entre agente, hospedeiro e meio-
ambiente. 
Modelo multicausal: a tríade ecológica 
E a história natural das doenças é conceituada como “todas as 
interrelações do agente, do hospedeiro e do meio ambiente que afetam o 
processo global e seu desenvolvimento, desde os primeiros estímulos que criam 
o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer outro lugar (pré-
patogênese), passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações 
que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte (patogênese)” 
(LEAVELL; CLARK, 1976 apud ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2002). 
E em 1965, Leavell e Clark, delinearam o modelo da história natural das 
doenças, que apresenta três níveis de prevenção: primária, secundária e 
terciária (LEAVELL & CLARCK,1976 apud Czeresnia). 
A prevenção primária atua no período de pré-patogênese. A fase de 
prevenção secundária engloba o diagnóstico e tratamento precoce e a limitação 
da invalidez e a prevenção terciária que diz respeito a ações de invalidez 
(LEAVELL & CLARCK, 1976 apud Czeresnia). 
 
 
 
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2.2 Determinantes do processo Saúde-doença 
 
O processo saúde-doença é um conceito importante de epidemiologia 
social, que procura caracterizar a saúde e a doença como componentes 
integrados, de modo dinâmico, nas condições concretas de vida das pessoas e 
dos diversos grupos sociais; cada situação de saúde específica, individual ou 
coletiva é o resultado, em dado momento, de um conjunto de determinantes 
históricos, sociais, econômicos, culturais e biológicos (ROUQUAYROL, 2002). 
As definições de determinantes sociais de saúde (DSS) explicam que as 
condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população estão 
relacionadas com sua situação de saúde. Para a Comissão Nacional sobre os 
Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os DSS são os fatores sociais, 
econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que 
influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na 
população (BUSS,2007). 
Os pesquisadores Dahlgren e Whitehead propõem um esquema que 
permite visualizar as relações hierárquicas entres os diversos determinantes da 
saúde Dessa forma, os Determinantes Sociais da Saúde – DSS se relacionam 
com as condições de vida e de trabalho, educação e habitação. E esses 
determinantes influenciam o estilo de vida das pessoas uma vez que o hábito de 
fumar, atividade física, hábitos alimentares e outros estão também 
condicionadas pelos DSS. 
O primeiro nível: Estilo de vida dos indivíduos 
Relacionado com os fatores comportamentais e de estilos de vida das 
pessoas. Para uma ação eficaz neste nível são necessárias políticas públicas 
que estimulem a mudança de comportamento por meio de programas 
educativos, comunicação social, acesso facilitado a uma alimentação saudável, 
criação de espaços públicos para a prática de esportes e exercícios físicos, bem 
como proibição à propaganda do tabaco e do álcool em todas as suas formas 
(BUSS, 2007). 
 
 
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 O segundo nível: Redes sociais e comunitárias 
As relações de solidariedade e confiança entre pessoas e grupos são 
importantes para a promoção e proteção da saúde individual e coletiva. Para 
atuar neste nível são incluídas as políticas que buscam estabelecer redes de 
apoio e fortalecer a participação das pessoas e das comunidades (BUSS,2007). 
O terceiro nível: Condições de vida e trabalho 
Esse nível se relaciona com as condições materiais e psicossociais nas 
quais as pessoas vivem e trabalham. As políticas que atuam nesse nível 
normalmente são de responsabilidade de vários setores, como oferecer a 
população água limpa e tratada, saneamento básico, habitação, alimentos 
saudáveis e nutritivos, emprego, ambientes de trabalho saudáveis, serviços de 
saúde e educação de qualidade etc... (BUSS,2007). 
O quarto nível de atuação: Condições socioeconômicas, culturais e 
ambientais gerais 
Este nível é conhecido como à atuação ao nível dos macros 
determinantes, através de políticas macroeconômicas e de mercado de trabalho, 
de proteção ambiental e de promoção de uma cultura de paz e solidariedade que 
possam promover um desenvolvimento sustentável, diminuindo as 
desigualdades sociais e econômicas, as violências, a degradação ambiental e 
seus efeitos sobre a sociedade (CNDSS, 2006; PELEGRINI FILHO, 2006 apud 
BUSS, 2007). 
 
 
 
 
 
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3. EPIDEMIOLOGIA 
 
Se as coisas são inatingíveis...ora! Não é motivo para não querê-las... 
Que tristes os caminhos, se não fora A presença distante das estrelas! 
Mário Quintana 
 
É um termo de origem grega que significa “estudo sobre a população”. A 
Epidemiologia pode ser conceituada como a “Ciência que estuda o processo 
saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição e os fatores 
determinantes das doenças, danos à saúde e eventos associados à saúde 
coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação 
de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, 
administração e avaliação das ações de saúde” (Brasil, 2005). 
A Epidemiologia tem como principais objetivos: 
•Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das 
populações humanas, 
•Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e 
avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, e 
estabelecer prioridades, 
•Identificar fatores etiológicos no início das doenças (Brasil, 2005). 
A epidemiologia trata de qualquer evento relacionado à saúde (ou doença) 
da população (MENEZES,2001). 
John Snow é considerado o pai da Epidemiologia, pois foi ele quem, em 
uma epidemia de cólera em Londres, no século passado, concluiu que existia 
uma associação causal entre a doença e o consumo de água contaminada pelas 
fezes de doentes. 
 
 
 
 
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3.1 Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) 
 
O Ministério da Saúde instituiu o Sistema Nacional de Vigilância 
Epidemiológica – SNVE através da Lei nº 6.259/1975 e Decreto nº 78.231/76. O 
SNVE tornou obrigatória a notificação de doenças transmissíveis selecionadas 
através de uma portaria (Brasil, 2005). 
E em 1977, o Ministério da Saúde elaborou o primeiro Manual de 
Vigilância Epidemiológica onde definiu normas técnicas utilizadas para a 
vigilância de cada doença (Brasil, 2005). 
O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o SNVE, e definiu a 
vigilância epidemiológica na Lei nº 8.080/90 como “um conjunto de ações que 
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança 
nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com 
a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das 
doenças ou agravos” (Brasil, 2005). 
Essa definição ampliou o conceito do SNVE e as ações de vigilância 
epidemiológica tiveram uma reorganização do sistema desaúde brasileiro, 
caracterizada pela descentralização de responsabilidades e integralidade da 
prestação de serviços (BRASIL, 2005 b). 
Atualmente, a lista de doenças transmissíveis de notificação obrigatória, 
no Brasil, foi definida através da Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014, a qual 
define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e 
eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o 
território nacional. 
A Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014, ressalta que a autoridade de 
saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá informá-la - em até 
24 (vinte e quatro) horas desse recebimento - às demais esferas de gestão do 
SUS, o conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos. 
 
 
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A notificação é realizada através do preenchimento da Ficha de 
Notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. 
É dever de todo cidadão comunicar, à autoridade sanitária local, a 
ocorrência de fato, comprovado ou suspeito, de caso de doença transmissível; 
sendo obrigatória a médicos e outros profissionais de saúde, no exercício da 
profissão, bem como aos responsáveis por organizações e estabelecimentos 
públicos e particulares de saúde e ensino, a notificação de casos suspeitos ou 
confirmados de doenças e agravos (BRASIL, 2005). 
 
3.2 Objetivos da Vigilância Epidemiológica 
 
A intenção da vigilância epidemiológica é fornecer orientação técnica 
constante para os profissionais de saúde que têm a responsabilidade de decidir 
sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando 
disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas 
doenças e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa área 
geográfica ou população definida (BRASIL, 2009). 
São funções da vigilância epidemiológica: 
•coleta de dados; 
•processamento dos dados coletados; 
•análise e interpretação dos dados processados; 
•recomendação das medidas de controle apropriadas; • promoção das 
ações de controle indicadas; 
•avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 
•divulgação de informações pertinentes (BRASIL, 2009). 
 
 
 
 
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Coleta de dados 
O Dado é entendido como “um valor quantitativo referente a um fato ou 
circunstância”, “o número bruto que ainda não sofreu qualquer espécie de 
tratamento estatístico”, ou “a matéria-prima da produção de informação” 
(BRASIL, 2009). 
A Informação é definida como “o conhecimento obtido a partir dos dados”, 
“o dado trabalhado” ou “o resultado da análise e combinação de vários dados”, 
o que implica em interpretação, por parte do usuário. É “uma descrição de uma 
situação real, associada a um referencial explicativo sistemático” (BRASIL, 
2009). 
A informação (dado trabalhado) depende da qualidade e veracidade com 
que os dados são gerados e coletados. 
As notificações são úteis em pelo menos quatro situações (BRASIL, 
2009): 
a. Medidas de controle implementadas de acordo com as evidências 
encontradas no local; 
b. Para identificar as falhas nas medidas de controle adotadas; 
c. Indicadores que reflitam o quadro epidemiológico da doença na 
coletividade; 
d. avaliação do impacto das medidas de controle. 
A notificação deve ser sigilosa, não podendo ser divulgada fora do âmbito 
médico-sanitário – em caso de risco para a comunidade –, sendo respeitado o 
direito de anonimato dos cidadãos. Assim, quando não forem registrados casos 
de doenças notificáveis no decorrer do período, deve-se proceder à notificação 
negativa (BRASIL, 2009). 
 
 
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A Notificação negativa é a notificação da não-ocorrência de doenças de 
notificação compulsória na área de abrangência da unidade de saúde; 
demonstra que o sistema de vigilância e os profissionais da área estão alertas 
para a ocorrência de tais eventos. 
 
3.3 Tipos de dados epidemiológicos 
 
Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos 
Os dados demográficos permitem quantificar grupos populacionais. Os 
dados sobre o número de habitantes, nascimentos e óbitos devem ser descritos 
de acordo com as características de sua distribuição por sexo, idade, situação 
do domicílio, escolaridade, ocupação, condições de saneamento, etc (Brasil, 
2009). 
Os indicadores demográficos e socioeconômicos são importantes para a 
caracterização da dinâmica populacional e das condições gerais de vida, às 
quais se vinculam os fatores condicionantes da doença ou agravo sob vigilância 
(Brasil, 2009). 
Os dados sobre aspectos climáticos e ecológicos também podem ser 
necessários para a compreensão do fenômeno analisado (Brasil, 2009). 
Como exemplo de dados demográficos, tem no Brasil os Indicadores e 
Dados Básicos para a Saúde – IDB que fazem parte de uma ação integrada de 
base nacional que utiliza dados do Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística – IBGE, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA 
e Ministério da Previdência Social. O folheto IDB 2011 abordou o tema do 
envelhecimento da população brasileira, à luz dos resultados do Censo 
Demográfico 2010. 
 
 
 
 
 
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Dados de morbidade 
São os dados mais utilizados em vigilância epidemiológica. Os dados de 
morbidade permitem a detecção imediata ou precoce dos problemas sanitários 
(Brasil, 2009). 
Refere-se, em geral, de dados provenientes da notificação de casos e 
surtos, da produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigações 
epidemiológicas, da busca ativa de casos, de estudos amostrais e de inquéritos, 
entre outras formas (Brasil, 2009). 
Notificação de surtos e epidemias 
A identificação precoce de surtos e epidemias ocorre quando o sistema 
de vigilância epidemiológica local está bem estruturado. 
O Surto epidêmico é definido como uma epidemia de proporções 
reduzidas, atingindo pequena comunidade humana. Exemplo: surtos em 
creches, escolas, instituições fechadas (Brasil, 1977). 
A Epidemia é a ocorrência, numa coletividade ou região, de casos da 
mesma doença (ou surto epidêmico) em número que ultrapassa o quantitativo 
de casos normalmente esperados conforme descrito na Figura 9. O número de 
casos que caracteriza a presença de uma epidemia varia de acordo com o 
agente infeccioso, o tamanho e o tipo da população exposta, sua experiência 
prévia com a doença ou a ausência de casos anteriores e o tempo e o lugar da 
ocorrência (Brasil, 1977). 
Roteiro de investigação de Epidemias e Surtos 
O objetivo principal da investigação de uma epidemia ou surto de 
determinada doença infecciosa é identificar formas de interromper a transmissão 
e evitar a ocorrência de novos casos (Brasil, 2005). 
Etapa 1 - Confirmação do diagnóstico da doença 
 
 
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Na ocorrência de uma epidemia é importante verificar se a suspeita inicial 
é de fato uma suspeita ou confirmação da doença. Em seguida deve ser 
realizada a coleta dos dados que servirão como base para os passos da 
investigação. 
Conforme a suspeita, um plano diagnóstico deve ser definido para orientar 
a coleta de material para exames laboratoriais, envolvendo - a depender da 
doença - amostra proveniente dos indivíduos (fezes, sangue, líquor, etc.) e do 
ambiente (água, vetores, mechas, etc.) (Brasil, 2009). 
Etapa 2 - Confirmação da existência de epidemia/surto 
A confirmação de uma epidemia ou surto abrange o estabelecimento do 
diagnóstico da doença e do estado epidêmico. A confirmação é realizada com 
base na comparação dos coeficientes de incidência (ou do número de casos 
novos) da doença no momento de ocorrência do evento investigado, com 
aqueles usualmente verificados na mesma população (Brasil, 2009). 
Etapa 3 – Caracterização da epidemia 
As informações disponíveis devem ser organizadas de forma a permitir a 
análise de algumas características e responder algumas questões relativas à sua 
distribuição no tempo, lugar e pessoa. 
As informações relativas ao tempo abrangem o períodode duração da 
epidemia e o período provável de exposição. As informações referentes ao lugar 
envolvem a distribuição geográfica predominante, o bairro de residência, escola, 
local de trabalho ou outra. 
As características consideradas são as individuais (sexo, idade, etnia, 
estado imunitário, estado civil), atividades (trabalho, esporte, práticas religiosas, 
costumes, etc.) e condições de vida (estrato social, meio ambiente, situação 
econômica) (Brasil, 2009). 
Etapa 4 - Formulação de hipóteses preliminares 
As hipóteses devem ser testáveis, uma vez que a avaliação faz parte de 
uma das etapas de uma investigação epidemiológica. As hipóteses provisórias 
 
 
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são elaboradas com base nas informações obtidas anteriormente (análise da 
distribuição, segundo características de pessoa, tempo e lugar) e na análise da 
curva epidêmica (Brasil, 2009). 
Etapa 5 – Análises parciais 
Em cada uma das etapas da investigação e com prazos definidos de 
acordo com a magnitude e gravidade do evento (diária, semanal, mensal), deve-
se realizar a consolidação dos dados disponíveis, análises clínicas 
epidemiológicas, identificação de informações adicionais e definição de medidas 
de controle (Brasil, 2009). 
Etapa 6 – Busca ativa de casos 
Tem como objetivo reconhecer e proceder à investigação de casos 
semelhantes na região com suspeita da existência de contatos e/ou fonte de 
contágio ativa (Brasil, 2009). 
Etapa 7 - Busca de dados adicionais 
Quando necessário, pode ser realizada uma investigação mais minuciosa 
de todos os casos ou de amostra representativa dos mesmos, com o objetivo de 
esclarecer/fortalecer as hipóteses iniciais (Brasil, 2009). 
Etapa 8 – Análise final 
Os dados coletados são consolidados em tabelas, gráficos, mapas da 
área em estudo, fluxos de pacientes, dentre outros (Brasil, 2009). 
Etapa 9 – Medidas de controle 
Após a identificação das fontes de infecção, do modo de transmissão e da 
população exposta a elevado risco de infecção, deverão ser recomendadas as 
medidas adequadas de controle e elaborado um relatório para ser divulgado a 
todos os profissionais de saúde (Brasil, 2009). 
Etapa 10 – Relatório final 
 
 
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Os dados da investigação deverão ser resumidos em um relatório que 
descreva o evento e todas as etapas da investigação (Brasil, 2009). 
Etapa 11 – Divulgação 
O relatório deverá ser enviado aos profissionais que prestaram 
assistência médica aos casos e aos participantes da investigação clínica e 
epidemiológica, representantes da comunidade, autoridades locais, 
administração central dos órgãos responsáveis pela investigação e controle do 
evento. Quando se tratar de surto ou agravo inusitado, se possível, divulgar um 
resumo da investigação em boletins (Brasil, 2009). 
- Endemia 
É a ocorrência habitual de uma doença ou de um agente infeccioso, em 
determinada área geográfica; pode significar, também, a prevalência usual de 
determinada doença nessa área. 
- Pandemia 
Epidemia de grandes proporções, atingindo grande número de pessoas 
em uma grande área geográfica (um ou mais continentes). 
 
4. HIGIENE E PROFILAXIA 
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saneamento pode ser 
entendido como o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que 
exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e 
social. Neste enfoque, o saneamento tem por objetivo minimizar os danos ao 
meio ambiente que interferem na saúde da população, pode-se dizer que 
saneamento caracteriza o conjunto de ações socioeconômicas que têm por 
objetivo alcançar salubridade ambiental. Também é fator essencial para saúde, 
economia e produção de um país. 
 
 
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De acordo com dados da Organização das Nações Unidas - ONU (2008), 
A população mundial ultrapassa a marca impressionante de mais de 6 bilhões 
de habitantes. Destes, 2,6 bilhões, ou seja, 40% não têm acesso à rede de coleta 
de tratamento de esgotos. São 200 milhões de toneladas de dejetos humanos 
lançados anualmente em nossos rios e lagos. Como consequência, a cada 20 
segundos uma criança morre em função de doenças como (diarreia, cólera, tifo, 
etc.). Isto significa 1,5 milhões de mortes de crianças a cada ano. O saneamento 
básico, considerado uma das mais importantes Metas do Milênio, ainda inexiste 
para uma parcela significativa da população mundial. 
No caso específico do Brasil, país de destaque no cenário econômico 
mundial ainda não cumpriu uma tarefa fundamental: garantir saneamento básico 
a sua população. 
Hoje de acordo com os dados da Fundação Getúlio Vargas 53% dos 
brasileiros não tem acesso à rede geral de esgoto. Isso possibilita afirmar que 
apesar de ter evoluído muito nos últimos anos, o país ainda tem sérios problemas 
de saúde pública em virtude da falta de saneamento. Crianças morrem, e muitas 
são hospitalizadas com doenças ocasionadas pela falta desse recurso. Neste 
aspecto, permite-se assegurar que a questão do saneamento básico é uma 
problemática urbana e ambiental, como um dos piores serviços públicos no País. 
Somente 20% dos esgotos produzidos no Brasil são tratados, o que significa que 
os demais 80% vão parar em rios, lagos, mares e mananciais. Além disso, só 
um em cada três brasileiros, conta com coleta e tratamento de esgoto 
simultaneamente. 
A partir desse contexto, saneamento no Brasil é um problema de saúde 
pública de grande destaque para a população e que na maioria das vezes não é 
dada a real importância e passa, por consequência, despercebido, apesar da 
sua relevância para a saúde do homem e do meio ambiente. 
 
 
 
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4.1 História do saneamento básico no Brasil 
 
Basicamente, inicia-se no Período Colonial, momento em que a economia 
era dependente da exploração intensiva de recursos naturais e às monoculturas 
do pau-brasil, do açúcar, da borracha e do café. Com a vinda da família real, em 
1808, a população cresceu rapidamente, de 50.000 para 100.000 em 1822. Em 
decorrência desse fato, aumentou-se a demanda por abastecimento de água, o 
que provocou o acúmulo de resíduos e dejetos no meio ambiente. Neste período, 
as ações do saneamento eram tidas como soluções individuais. 
Após a 1ª Guerra Mundial, o Brasil se depara com o declínio do controle 
estrangeiro no campo das concessões dos serviços públicos, causado pelo 
constrangimento generalizado com o atendimento e, sobretudo, pela falta de 
investimentos para a ampliação das redes públicas de saneamento básico. 
Seguindo esta fase, a década de 1970, período do Regime Militar. Época 
que se caracterizou pela extrema concentração de decisões, com imposições 
das companhias estaduais sobre os serviços municipais e uma separação 
radical das instituições que cuidam da saúde no Brasil e as que planejam o 
Saneamento. 
Apesar de sua relevância para a saúde e meio ambiente, o saneamento 
básico no Brasil está além de ser adequado. Isto porque dados oficiais mostram 
que mais da metade da população não conta com redes para a coleta de 
esgotos. Além disso, mais de 80% dos resíduos gerados são disseminados 
diretamente nos rios, sem nenhum tipo de tratamento, a falta de saneamento 
básico é a principal pedra no caminho do Brasil e dos países em 
desenvolvimento para atingir as Metas do Milênio, estabelecida para 2015. 
Objetivando mudar esse panorama, a ONU instituiu o ano de 2008 como 
o Ano Internacional do Saneamento na perspectiva de promover um alerta à 
crítica situação de carência de saneamento na esfera mundial. Essa iniciativa 
tem por finalidade cooperar para uma maior sensibilização acerca do problema 
e antecipar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, 
conforme pactuado na Cúpula do Milênio, realizada em Nova York, em setembro 
 
 
21 
de 2000. Naquela ocasião, 189 países, dentre eles o Brasil, consolidaram acordo 
que estabeleceu como prioridade a eliminação da extrema pobreza e da fome 
no planeta até 2015,a ser alcançada em associação a políticas de saúde, 
saneamento, educação, habitação, promoção da igualdade de gênero e meio 
ambiente. Visando associar esforços com vistas a reverter o quadro de déficit e 
carências em saneamento e melhorar a qualidade dos serviços prestados ao 
cidadão brasileiro. 
Indivíduos e grupos de uma sociedade á saber lidar com os problemas 
fundamentais da vida cotidiana, como instrução, desenvolvimento 
psicofisiológico, dentro do contesto da sociedade em rápidas mudanças. 
Para que a educação em saúde seja eficaz deva atingir cada indivíduo 
envolvendo-o de forma integral em um processo constante de desafios que 
desenvolvam habilidades para resolver problemas, perceber alternativas e 
construir encaminhamento de soluções baseadas nas construções da 
autoconfiança e de uma consciência social. 
 
4.2 Relação entre saneamento, saúde pública e meio ambiente 
 
Nos últimos anos, tem-se observado que a finalidade dos projetos de 
saneamento tem saído de sua concepção sanitária clássica, recaindo em uma 
abordagem ambiental, que visa não só promover a saúde do homem, mas, 
também, a conservação do meio físico e biótipo. A avaliação da viabilidade 
ambiental assume caráter de forte condicionante das alternativas a serem 
analisadas, ocorrendo, muitas vezes, a predominância dos critérios ambientais 
em relação, por exemplo, aos critérios econômicos. Por outro lado, verifica-se a 
ausência de instrumentos de planejamento relacionados à saúde pública, 
constituindo, no Brasil, uma importante lacuna em programas governamentais 
no setor de saneamento. 
 
 
22 
A compreensão dessas diversas relações revela-se um pressuposto 
fundamental para o planejamento dos sistemas de saneamento em centros 
urbanos, de modo a privilegiar os impactos positivos sobre a saúde pública e 
sobre o meio ambiente. 
O que se avalia em um organismo patogênico não é apenas sua natureza 
biológica, nem o seu comportamento no corpo do doente, e sim o seu 
comportamento no meio ambiente, pois é nessa dimensão que as intervenções 
de saneamento podem influenciar na ação desses patógeno sobre o homem. 
A falta de saneamento está matando mais que à criminalidade 
desenfreada, sabemos que do saneamento de boa qualidade depende a queda 
da mortalidade infantil e dos índices inquietantes de doenças provocadas pela 
ausência, ou má prestação, de um serviço básico em locais civilizados. Para o 
setor, o orçamento no Brasil é uma peça mais ou menos de ficção. A lei está lá, 
aprovada pelo Congresso e sancionada pelo Presidente da República, mas a 
execução do orçamento depende de humores e conveniências dos governantes 
e políticos em geral. 
Quando ocorrem calamidades não rotineiras, como as recentes 
inundações causadas por excesso de chuvas e não-planejamento do uso do 
solo, o estrago da falta de saneamento se revela em toda a sua dramaticidade. 
Efeitos positivos do saneamento básico 
•Melhoria da Saúde da População e redução dos recursos aplicados no 
tratamento de doenças, uma vez que grande parte delas está relacionada com 
a falta de uma solução adequada de esgoto sanitário; 
•Diminuição dos custos de tratamento da água para abastecimento (que 
seriam ocasionados pela poluição dos mananciais); 
•Melhoria do potencial produtivo das pessoas; 
•Dinamização da economia e geração de empregos; 
•Eliminação da poluição estético-visual e desenvolvimento do turismo; 
 
 
23 
•Eliminação de barreiras não-tarifárias para os produtos exportáveis das 
empresas locais; 
•Conservação ambiental; 
•Melhoria da imagem institucional; 
•Valorização dos imóveis residenciais e comerciais; 
•Viabilização da “abertura” de novos negócios nos bairros beneficiados, 
que passam a reunir requisitos básicos para certos tipos de empreendimento; 
•Crescimento de negócios já instalados; 
•Crescimento da atividade de construção civil para atender ao aumento 
da procura por imóveis residenciais e comerciais num bairro mais “saudável”; 
•Criação de novos empregos a partir da dinamização da construção civil, 
da abertura de novos negócios ou do crescimento daqueles já existentes; 
•Aumento da arrecadação municipal de tributos 
Só preservamos aquilo que amamos e só amamos o que conhecemos. O 
poder público deve promover Educação Ambiental nas escolas para a 
conscientização da importância da contribuição coletiva nesse processo, através 
da fiscalização do meio ambiente e da garantia dos serviços de saneamento 
ambiental. Informada, a população colabora e participar. 
 
4.3 Abastecimento de água 
 
O Brasil, assim como demais países em desenvolvimento e em franca 
urbanização, enfrenta um desafio especial no setor de fornecimento de água. O 
rápido aumento de centros urbanos acarreta um descontrole, por parte do 
governo, no que diz respeito à garantia de acesso à população a serviços 
básicos de saneamento, como no caso da água com qualidade para consumo, 
 
 
24 
bem como em quantidade satisfatória para o metabolismo humano. Diante de tal 
fato, depende de ações políticas estratégicas que, de um lado, conservem o 
ambiente e, de outro, promovam a saúde da população. 
O Brasil possui 11,6% da água doce do mundo e mesmo assim corre o 
risco da falta de água no país, pela falta da conservação do meio ambiente, 
principalmente onde se encontram os mananciais. 
A água própria para o consumo humano chama-se água potável. Para ser 
considerada como tal ela deve obedecer a padrões de potabilidade. Se ela tem 
substâncias que modificam estes padrões ela é considerada poluída. 
Por sua vez, a vigilância em saúde ambiental relacionada à qualidade da 
água para consumo humano consiste no conjunto de ações adotadas 
continuamente pelas autoridades de saúde pública para garantir que a água 
consumida pela população atenda ao padrão e as normas estabelecidas na 
legislação vigente, bem como avaliar os riscos que a mesma representa para a 
saúde humana. 
A falta de água afeta especialmente, países em desenvolvimento, 
propiciando a disseminação de doenças, sendo a causa mais comum de morte 
no mundo, entre as doenças veiculadas pela água, as mais comuns são: 
Leptospirose, Giardíase, Amebíase, Diarreias Infecciosas, Esquistossomose, 
Ascaridíase, Cólera, Febre Tifoide e Hepatite A, são doenças relacionadas com 
a água contaminada, bem como as consequências da falta de tratamento. 
 
4.3.1 Tratamento da água 
 
As estações de tratamento se utilizam de várias fases de decantação e 
filtração, além de cloração. A água necessita de tratamento para se adequar ao 
consumo. Mas todos os métodos têm suas limitações, por isso não é possível 
tratar água de esgoto para torná-la potável. Os métodos vão desde a simples 
fervura até correção de dureza e corrosão. 
 
 
25 
Os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e a vigilância 
da qualidade da água para consumo humano estão estabelecidos na Portaria 
MS no 518/04. 
O conceito de qualidade da água relaciona-se a seu uso e características 
por ela apresentadas, determinadas pelas substancias presentes. A cada uso 
corresponde uma qualidade e quantidade, necessárias e suficientes. Seu padrão 
de potabilidade e composto por um conjunto de parâmetros que lhe confere 
qualidade própria para o consumo humano. Água potável é aquela que pode ser 
consumida sem risco à saúde e sem causar rejeição ao consumo. 
O padrão brasileiro de potabilidade é composto por: 
•padrão microbiológico; 
•padrão de turbidez para a água pós-filtração ou pré desinfecção; 
•padrão para substancias químicas que representam risco a saúde 
(inorgânicas, orgânicas, agrotóxicos, desinfetantes e produtos secundários da 
desinfecção); 
•padrão de radioatividade; 
•padrão de aceitação para consumo humano. 
Em geral, no tratamento da água as bactérias e vírus são inativados no 
processo de desinfecção, enquanto os protozoários e helmintos são, 
preponderantemente, removidospor meio da filtração. 
Após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual 
livre de 0,5mg/l, sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2mg/l em 
qualquer ponto da rede de distribuição, recomendando-se que a cloração seja 
realizada em pH inferior a 8,0 e tempo de contato mínimo de 30 minutos. 
Cloro 
 
 
26 
Vantagens: Elevada eficiência na inativação de bactérias e vírus; Efeito 
residual relativamente estável; Baixo custo; Manuseio relativamente simples. 
Desvantagens: Grande disponibilidade no mercado; Limitada eficiência 
na inativação de cistos e oocistos de protozoários e ovos de helmintos; na 
presença de matéria orgânica pode formar compostos tóxicos, principalmente 
trihalometanos (THM); 
Em doses elevadas pode produzir forte odor e sabor; Alguns subprodutos, 
como clorofenóis, também provocam odor e sabor. 
Dióxido de cloro 
Vantagens: Desinfetante mais potente, inclusive na inativação de cistos 
e oocistos de protozoários; não forma trialometanos; Eficiência estável em 
amplas faixas de Ph. 
Desvantagens: Na presença de matéria orgânica pode formar outros 
subprodutos tóxicos (cloritos); residuais desinfetantes menos estáveis; em doses 
elevadas pode produzir forte odor e sabor; Operação mais delicada e complexa. 
Radiação ultravioleta 
Vantagens: Elevada eficiência na destruição dos mais diversos 
microrganismos em tempo de contato reduzido; não forma subprodutos; não 
provoca odor e sabor. 
Desvantagens: Não apresenta poder residual; Redução significativa da 
eficiência com o aumento da cor ou turbidez da água; Custos elevados; Técnicas 
de aplicação mais sofisticadas. 
Tipos de água 
Água de superfície: rios, riachos, represas, lagoa. 
Água de poços: artesianos, semi artesianos, rasos e profundos 
Águas meteóricas: Cisternas aproveitando as águas que caem sobre os 
telhados. 
 
 
 
27 
Distribuição da água 
Configuram-se as seguintes modalidades de fornecimento de água: 
sistemas de abastecimento e soluções alternativas coletivas providas de rede de 
distribuição; 
•soluções alternativas coletivas desprovidas de rede de distribuição, com 
fornecimento coletivo de água; 
•soluções individuais: As soluções individuais de abastecimento e 
instalações prediais também devem ser objeto de vigilância (incluindo a inspeção 
sanitária), haja vista que a qualidade da água da fonte de abastecimento e/ou 
problemas decorrentes de defeitos, má conservação ou manutenção das 
instalações podem representar risco a saúde de populações ou indivíduos que 
não tem acesso as soluções coletivas de fornecimento de água, ou acarretar a 
deterioração da qualidade da água fornecida pelas soluções coletivas de 
abastecimento. 
 De modo geral, porém, impõe-se a colocação da chamada caixa-d'água 
superior, que, nos casos de pressão externa intensa, é suprida diretamente, mas 
nos grandes centros costuma ser alimentada através de cisternas inferiores, 
trabalhadas por bombas. A fim de evitar desperdícios e estabelecer um sistema 
de cobrança do imposto devido à prestação dos serviços de abastecimento de 
água, o consumo é controlado por meio de medidores os hidrômetros. 
 
4.4 Águas residuais ou esgotamento sanitário 
 
A rede de esgoto no Brasil ainda é precária, e devido ao lançamento 
indiscriminado de esgotos domésticos é também um dos maiores problemas 
ambientais e de saúde pública, devido aos agentes patogênicos que podem 
causar doenças como a cólera, a difteria, o tifo, a hepatite e muitas outras. A 
 
 
28 
solução é um sistema adequado de saneamento básico que pode incluir uma 
Estação de Tratamento de Águas Residuais, conforme o caso a ser estudado. A 
devolução do esgoto ao meio ambiente deverá prever o tratamento de águas 
residuais seguido do lançamento adequado no corpo receptor que pode ser um 
rio, um lago ou no mar. 
Isso confirma que no Brasil os mananciais são poluídos e que isso dificulta 
cada vez mais as possibilidades de abastecimento normal. Essa é mais uma 
importante questão e que deve ser cobrada das autoridades. 
Diariamente são produzidos 32 milhões de metros cúbicos de águas 
residuais por dia no Brasil. Deste total, apenas 14 milhões são coletados e 
somente 4,8 milhões de metros cúbicos de esgoto são tratados, volume que 
corresponde a apenas 15% do total produzido; o serviço é estendido a apenas 
44% das famílias brasileiras. O restante é descartado de forma indiscriminada 
nos rios. 
A construção do sistema público de esgotamento sanitário tem como 
objetivos: a coleta do esgoto individual ou coletivo; o transporte e afastamento 
rápido e seguro do esgoto, seja através de fossas ou de sistemas de redes 
coletoras; e o tratamento e disposição final, isto é, o destino a ser dado ao esgoto 
tratado. 
Na sua inexistência, pode-se utilizar a construção de fossa séptica, que 
recebe os dejetos transportados através da água 
Você parou para pensar que ao lavar seus pratos, tomar banho ou utilizar 
o banheiro gera certa quantidade de dejetos? E que estes devem ser 
processados no sistema de esgoto? 
A partir de agora, ao realizar essas atividades, lembre-se do quanto estão 
relacionadas com o uso da água, ou seja, com o sistema de abastecimento de 
sua cidade. Essa função compete aos serviços de esgotamento sanitário: 
separar os resíduos sólidos da água, tratá-la e devolvê-la para o meio ambiente, 
de forma a não causar danos à nossa saúde. 
 
 
29 
A devolução das águas residuais ao meio ambiente deverá prever, se 
necessário, o seu tratamento, seguido do lançamento adequado que pode ser 
um rio, um lago ou no mar. 
As águas residuais podem ser transportadas por tubulações diretamente 
aos rios, lagos, lagunas ou mares ou levado às estações de tratamento, e depois 
de tratado, devolvido aos cursos d'água. 
O esgoto pluvial pode ser drenado em um sistema próprio de coleta 
separado ou misturar-se ao sistema de esgotos sanitários. 
A contribuição domiciliar para o esgoto está diretamente relacionada com 
o consumo de água. Existem soluções para a retirada do esgoto e dos dejetos, 
havendo ou não água encanada. 
Existem três tipos de sistemas de esgotos: 
Sistema unitário: é a coleta dos esgotos pluviais, domésticos e 
industriais em um único coletor. Tem custo de implantação elevado, assim como 
o tratamento também é caro. 
Sistema separador: o esgoto doméstico e industrial fica separado do 
esgoto pluvial. É o usado no Brasil. O custo de implantação é menor, pois as 
águas pluviais não são tão prejudiciais quanto o esgoto doméstico, que tem 
prioridade por necessitar tratamento. Assim como o esgoto industrial nem 
sempre pode se juntar ao esgoto sanitário sem tratamento especial prévio. 
Sistema misto: a rede recebe o esgoto sanitário e uma parte de águas 
pluviais. 
Estação de Tratamento de Águas Residuais são estações que tratam as 
águas residuais de origem doméstica e industrial, comumente designados por 
esgotos, para depois serem escoados para o mar ou rio com um nível de 
poluição inofensivo para o meio ambiente receptor. 
 
 
30 
As águas residuais passam por vários processos de tratamento com o 
objetivo de separar a matéria poluente da água. 
 
4.4.1 Pré-tratamento 
 
No pré-tratamento, o esgoto é sujeito aos processos de separação dos 
sólidos mais grosseiros como sejam a gradagem e o desarenamento. Apesar de 
o esgoto apresentar um aspecto bem mais razoável após a fase de pré-
tratamento, possui ainda praticamente inalterado as suas características 
poluidoras. 
 
4.4.2 Tratamento primário 
 
Trata-se do tratamento propriamente dito, tratamento primário, onde a 
matéria poluente é separada de água por sedimentação nos sedimentadores 
primários. 
Após o tratamento primário, a matéria poluente que permanece na água 
é de reduzidas dimensões, não sendo por isso passível de ser removida por 
processos exclusivamente físico-químicos. 
 
4.4.3 Tratamentosecundário 
 
São os processos de tratamento biológicos, onde a matéria poluente é 
consumida por microrganismos nos chamados reactores biológicos. Estes 
reactores são normalmente constituídos por microrganismos aeróbios, havendo 
por isso a necessidade de promover o seu arejamento. 
 
 
31 
Findo este tratamento, as águas residuais tratadas apresentam um 
reduzido nível de poluição, podendo na maioria dos casos, serem admitidas no 
meio ambiente receptor. 
 
4.4.4 Tratamento terciário 
 
Em certos casos, porém, é necessário proceder à desinfecção das águas 
residuais tratadas ou à remoção de determinados nutrientes como o azoto e o 
fósforo, que podem potenciar, isoladamente ou em conjunto, a eutrofização das 
águas receptoras. 
O lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultantes da atividade humana. 
Ele é constituído de substâncias putrescíveis, combustíveis e incombustíveis. 
O lixo, também chamado resíduo sólido, é todo o resto de qualquer 
produto produzido pelo ser humano e jogado fora, tanto de residências como de 
atividades sociais ou industriais. 
 Na saúde pública, representa fator indireto de transmissão de doenças, 
pois polui o meio ambiente e gera consequências adversas. Seu acúmulo em 
locais não apropriados propicia a proliferação de vetores que nele encontram 
alimento, abrigo e condições favoráveis, ocasionando doenças ao homem. 
Essas doenças podem, inclusive, ser de natureza química, motivo pelo qual as 
autoridades sanitárias devem constantemente fiscalizar fábricas e indústrias que 
jogam lixo químico em rios (chumbo, cromo e nitratos, outros), mares ou outras 
fontes de água utilizadas para consumo pela população. Mas como podemos 
livrar-nos dos vetores associados ao lixo. 
A resposta parece simples: devemos acondicionar e desprezar, de 
maneira adequada, o lixo produzido em nossa casa ou trabalho. Nessa fase, 
mais uma vez deparamo-nos com algo que envolve não apenas a 
responsabilidade individual, mas também a governamental. E aí a coisa deixa de 
 
 
32 
ser simples - por exemplo, se colocarmos o lixo em sacolas resistentes e 
adequadamente fechadas, mas a Prefeitura não o recolher, nosso problema 
persiste. Assim, para que a limpeza pública seja considerada eficaz, faz-se 
necessário cumprir quatro etapas: adequado acondicionamento do lixo, limpeza 
das ruas, coleta e transporte e seu tratamento ou disposição final. 
Você sabia que cada pessoa produz em média aproximadamente 1 kg de 
lixo todos os dias, Logicamente variando de acordo com o que cada um 
consome, pois algumas regiões em áreas econômicas mais altas essa média de 
lixo produzida é bem mais alta. Mas o que não se pode negar é que todos nós 
produzimos lixo e em uma alta taxa, e olhando a média de lixo produzida por 
pessoa diariamente pode parecer pouco, mas quando comparamos o lixo 
produzido por várias pessoas de uma cidade, essa média chega a mais de 
12.000 toneladas de lixo produzidos por dia apenas na cidade de São Paulo, 
atualmente, a produção anual de lixo em todo o planeta é de aproximadamente 
400 milhões de toneladas. No Brasil, todo esse lixo ocupa muito espaço de 
terrenos imensos que podiam ser utilizados para outras finalidades, mas agora 
são depósitos de lixo. 
Pior do que ocupar espaço é de toda matéria consumida do meio 
ambiente e jogada fora como se estivesse inútil e com isso a cada ano são 
desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que poderia. Há 
muitas coisas do lixo que não se podem aproveitar, mas podemos peneirar isso 
e reciclar muitas coisas, como plásticos, metais, vidros, papel, que consumiram 
matérias preciosas da natureza como a celulose e são descartadas após ser 
utilizada uma única vez, e ao reciclarmos, estaremos criando um material novo 
e sem gastar mais nenhum recurso do meio ambiente. Por isso a prática de 
reciclagem do lixo é considerada uma das mais importantes, já que é produzido 
muito lixo, e nesse lixo há uma fonte de riquezas que pode ser reaproveitada, 
mas se for jogada fora, além de todo espaço ocupado pelos lixões e de todo risco 
que há nesses lixões, de crianças e adolescentes que trabalham no lixo e estão 
expostos a uma série de doenças que seriam facilmente evitadas já que por lidar 
com restos de comida, cacos de vidro, ferros retorcidos, plásticos pontiagudos e 
despejos com resíduos químicos, essas crianças sofrem de diarreias, tétano, 
 
 
33 
febre tifoide, tuberculose, doenças gástricas e leptospirose já que nos resíduos 
sólidos, os microrganismos causadores de doenças sobrevivem por dias e até 
meses, também estamos desperdiçando material que pode ser reaproveitado, e 
também, para os trabalhos de reciclagem de lixo nas de indústrias recicladoras 
são empregadas várias pessoas. 
O lixo orgânico, como restos de alimentos, também pode ser 
reaproveitado, sendo transformado em adubo através do processo de 
compostagem, um método de tratamento dessa parcela orgânica existente no 
lixo que consiste na transformação de restos de origem vegetal ou animal em 
adubo a ser utilizado na agricultura e jardinagem, sem ocasionar riscos ao meio 
ambiente. A compostagem possui várias vantagens, como por exemplo: 
aumento da vida útil do aterro sanitário; aproveitamento agrícola da matéria 
orgânica, a usina de compostagem pode ser artesanal, utilizando mão-de-obra 
e instalações de baixo custo; além de ser um processo ambientalmente seguro. 
Mas no Brasil, de acordo com o IBGE, apenas 9% do lixo doméstico segue para 
a compostagem. 
O Brasil é recordista mundial em reciclagem de latas de alumínio um 
marco inédito em 2022 na área ambiental: o país reciclou a mesma quantidade 
de latinhas de alumínio que produziu. 
O comércio de latinhas de alumínio vem aumentando nos últimos anos. 
Em 1990, o Brasil reciclava menos da metade do que era produzido pela 
indústria. No início dos anos 2000, esse percentual começou a aumentar 
progressivamente. E, em 2022, o país inverteu o índice e agora reaproveita a 
mesma quantidade de material que é fabricado: foram 390 mil toneladas 
recicladas e a indústria produziu 389 mil toneladas de lata em 2022. 
De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de 
Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), os resíduos recicláveis secos 
são compostos principalmente pelos plásticos (16,8%, com 13,8 milhões de 
toneladas por ano), papel e papelão (10,4%, ou 8,57 milhões de toneladas 
 
 
34 
anuais), vidros (2,7%), metais (2,3%) e embalagens multicamadas (1,4%). Os 
rejeitos, por sua vez, correspondem a 14,1% do total e contemplam, em especial, 
os materiais sanitários, não recicláveis. Em relação às demais frações, a 
sondagem mostra que os resíduos têxteis, couros e borrachas detêm 5,6% e 
outros resíduos, 1,4%. 
Por isso, além da reciclagem do lixo é muito importante que haja a coleta 
do lixo que não pode ser reciclado para que possam ser enviados para locais 
apropriados como aterros sanitários e não ser jogados em rios, matos, na rua, 
ou lixões comuns próximos a áreas urbanas, onde irá causar sérios problemas. 
Por isso não basta cobrar que o lixo seja coletado, mas o destino final desse lixo. 
Algumas pessoas acham ainda que o ideal fosse a incineração desse lixo 
para não ocupar espaço nenhum na natureza. A incineração consiste na queima 
controlada do lixo em fornos especialmente projetados para transformá-lo em 
cinzas. É um processo de desinfecção pelo calor, pelo vapor e pela água em 
elevadas temperaturas, sem a intervenção do trabalho manual. Mas isso é uma 
prática inviável, pois de fato não estaria mais consumindo espaço na natureza 
mas possui desvantagens, tais como: alto custo de instalação e manutenção da 
usina de incineração; gases emanados da queima do lixo que são altamente 
poluentes; para esse tipo de tratamento há a necessidade de mão-de-obra 
qualificada. 
O ideal seria a reciclagem de todo lixo possível para reaproveitarmatéria 
fornecida pelo meio ambiente, transformando o lixo em matéria-prima, 
consequentemente diminuindo o lixo a ser aterrado, e a coleta do lixo que não 
pode ser reciclado, deve ser enviado para aterros sanitários que consiste em 
espalhar e dispor o lixo em camadas cobertas com material inerte, de forma que 
não ocorra a poluição do meio ambiente. Com estes dois serviços (reciclagem e 
coleta de lixo) estaremos tendo boas vantagens econômicas, sociais, sanitárias 
e ambientais. 
Se na sua cidade não há reciclagem de lixo e/ou não tenha coleta seletiva 
de lixo, então se reúna com seus vizinhos, tente lhes convencer a importância 
da reciclagem e coleta seletiva do lixo com base no que foi abordado neste 
 
 
35 
artigo, e exijam esses dois importantes serviços para a sua cidade e para 
contribuir para o meio ambiente. 
 
4.5 Lixo hospitalar e suas consequências 
 
Os resíduos hospitalares sempre constituíram um problema bastante 
sério para os administradores hospitalares, pois a atividade hospitalar é por si só 
uma geradora de resíduos, inerente as diversas atividades que se desenvolvem 
dentro desses estabelecimentos, devido ao grande volume de compras e 
insumos que se fazem necessários para fazer funcionar complexa organização. 
O correto gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde se faz necessário, 
principalmente quanto à ideia ou preocupação de segregação dos diferentes 
tipos de resíduos. O gerenciamento adequado tem como finalidade, minimizar 
os efeitos adversos causados pelos resíduos de serviço de saúde do ponto de 
vista sanitário, ambiental e ocupacional. 
 
4.5.1 Os resíduos 
 
Dentre os diferentes tipos de resíduos gerados em áreas urbanas, os 
resíduos produzidos em serviços de saúde, mesmo constituindo-se uma 
pequena parcela em relação ao total dos resíduos sólidos urbanos gerados 
(cerca de 2%), são particularmente importantes pelo risco potencial que 
apresentam, podendo ser fonte de microrganismos patogênicos, cujo manuseio, 
tratamento e/ou descarte inadequado pode acarretar a disseminação de 
doenças infectocontagiosas, principalmente devido ao caráter infectante de 
algumas de suas frações componentes, além da existência eventual de 
quantidades tóxicas que aumentam os riscos e os problemas associados a esse 
tipo de resíduos. 
 
 
36 
Os resíduos sólidos que são produzidos em um determinado hospital, de 
acordo com a sua fonte geradora, podem ser classificados em diversos tipos. 
Entretanto a maioria do lixo hospitalar possui características similares ao lixo 
domiciliar, sendo que o que o diferencia é a pequena parcela que é considerada 
patogênica, que é composta por: gaze, algodão, agulhas, seringas descartáveis, 
pedaço de tecido humano, placenta, sangue e também resíduos que tenham em 
sua produção mantido contato com pacientes portadores de doenças 
infectocontagiosas, apenas 25% ou 30% do total do lixo hospitalar podem ser 
considerados como infectantes ou de risco biológico, e que dos organismos 
considerados perigosos encontravam-se mais facilmente entre eles o 
Staphilococus aureus. Cuidados especiais devem ser tomados no 
acondicionamento, manuseio, estocagem e tratamento de todo e qualquer lixo 
hospitalar. 
O manuseio com o lixo hospitalar necessita de cuidados especiais, tanto 
dos administradores hospitalares, quanto das autoridades municipais, desde a 
sua produção até a destinação final. É necessário possuir um local adequado 
para o armazenamento do lixo hospitalar, é necessário que a vigilância sanitária 
acompanha de perto esse armazenamento e coleta. 
 
4.5.2 Coleta de lixo 
 
O sistema de coleta tem que ter periodicidade regular, intervalos curtos, e 
a coleta noturna ainda é a melhor, apesar dos ruídos. 
Coleta seletiva: 
Papel: Jornais, revistas, papelão, formulários, papéis brancos, cartões, 
aparas de papel, papel tolha, cartolina, embalagens de ovos, fotocópias, 
envelopes e caixas em geral. 
Plástico: Copos plásticos, vasilhas, embalagens de refrigerantes, sacos 
de leite, frasco de shampoos e de detergentes, embalagens de margarina, tubos 
de cano de PVC, sacolas plásticas. 
 
 
37 
Vidros: Copos, garrafas, potes, frascos e vidros. 
Metal: Chapas metálicas, latas de alumínio, panelas, fios, arames, 
pregos, sucatas de ferro e cobre 
Reciclagem: O material é reaproveitado passando por um processo de 
transformação e retornando ao ciclo produtivo. 
Vantagem: Diminuição dos problemas ambientais (menos poluição, 
menos gastos com água e energia) 
Desvantagem: Nenhuma 
O reaproveitamento de materiais é hoje indispensável quando se pensa 
em diminuir a quantidade de materiais nos lixões. 
É importante criar o hábito de doar roupas, brinquedos, móveis, livros, e 
outros objetos para que outras pessoas possam utilizá-los. Aproveitar garrafas e 
outras embalagens para fazer brinquedos, guardar alimentos, etc. Reutilizar 
também sacolas plásticas, mas nunca objetos que impliquem na falta de higiene. 
Atitudes corretivas 
Reutilize recipientes plásticos de produtos como margarina ou sorvete, 
bem lavados eles servem para guardar outros alimentos corretamente 
acondicionados os alimentos permanecem fresco por mais tempo dessa forma 
se joga menos alimentos no lixo. 
Evite comprar comida além do necessário. Uma parte acaba se 
estragando e indo para o lixo. Coloque a quantidade suficiente de comida para 
sua satisfação e não sobrar no prato e ir para o lixo. 
Não jogue lixo em terrenos baldios, rios e córregos, isso pode causar 
enchentes, e perigo de contaminação de ratos e insetos. Resíduos de construção 
civil também devem ser separados. Eles podem ser utilizados para 
pavimentação, contenção de encostas e na construção de casas populares. 
 
 
38 
Não jogue lixo na rua ou pela janela do carro. 
Colabore com a limpeza e saúde de sua cidade. 
Não é necessário jogar sobras de verduras e frutas no lixo. Muitas vezes 
eles podem ser reaproveitados, 
“Não se esqueça que muita gente passa fome no país...” 
 Assim, você estará contribuindo para um planeta mais saudável. 
Educação em saúde é uma prática social cujo processo contribui para a 
formação da consciência crítica das pessoas a respeito de seus problemas de 
saúde e estimula a busca de soluções e organização para a ação individual e 
coletiva. Atualmente, há diversas formas de divulgar os conhecimentos 
necessários para envolver o cidadão nas ações de melhoria de suas condições 
de vida e de sua comunidade, na perspectiva de estimular o exercício efetivo de 
sua plena cidadania. 
Artrópodes 
Os Artrópodes (do grego arthros: articulado e podos: pés, patas, 
apêndices) são animais invertebrados caracterizados por possuírem membros 
rígidos e articulados. São o maior grupo de animais existentes, as classes são 
insetos, arachnida, crustáceos, quilópodes e diplópodes. 
Os artrópodes têm o corpo segmentado, envolvido num exoesqueleto de 
quitina, com vários apêndices articulados. Alguns deles fundindo-se para a 
formação de tagmas que são tipicamente: 
•Cabeça; 
•Tórax; e 
•Abdômen. 
Insetos 
Os insetos são animais invertebrados da classe Insecta. Os insetos são 
geralmente pequenos e têm o corpo segmentado e protegido por um 
exoesqueleto de quitina. O corpo é dividido em três tagmas: cabeça, tórax e 
 
 
39 
abdômen. Na cabeça encontram-se um par de antenas sensoriais, um par de 
olhos compostos, dois ou três olhos simples ou ocelos e as peças bucais: um 
par de mandíbulas, um par de maxilas e a hipofaringe 
Os insetos têm um sistema digestivo completo. O sistema excretor 
consiste em túbulos de Malpighi para a remoção dos dejetos. A respiração dos 
insetos é realizada por um sistema de traquéias que transportam o oxigênio 
dentro do corpo. O sistema circulatório dos insetos, como nos restantes 
artrópodes, é aberto. 
Aracnídeos 
Os aracnídeos (do latim científico: Arachnida). Seu corpo divide-se em 
duaspartes ou tagma: prossoma - a cabeça o cefalotórax, que pode estar 
dividido em mesossoma (pré-abdômen) e metassoma (pós-abdómen). Cabeça 
coberta por uma carapaça e contém a boca com os seus apêndices: as 
quelíceras; os pedipalpos; as patas, que são número de 8; e opistossoma - o 
abdômen, onde se encontram as fiandeiras que produzem a seda para a 
construção da teia de aranha. Os aracnídeos respiram por traqueias. Os animais 
desta classe são geralmente predadores e algumas espécies possuem 
glândulas de veneno. Os aracnídeos são dioicos e reproduzem-se por 
fecundação interna, e produzem ovos. 
Crustáceos 
Os crustáceos têm um exoesqueleto de quitina e outras proteínas, ao qual 
se prendem os músculos. Para poderem crescer, estes animais têm de se 
desfazer do exoesqueleto "apertado" e formar um novo. O sistema nervoso dos 
crustáceos é parecido com o dos anelídeos, com um gânglio "cerebral. Os 
crustáceos têm um sistema circulatório aberto. A maioria dos crustáceos tem 
sexos separados, que se podem distinguir como apêndices especializados, 
normalmente no último segmento torácico. 
 
 
 
40 
Quilópodes 
São animais de rápida locomoção, carnívoros e não se enrolam. Os 
quilópodes são predadores providos de uma garra com veneno; as quais podem 
levar perigo ao homem. A troca gasosa é feita através de um sistema traqueal 
que possui aberturas para o meio externo chamadas de espiráculos. A excreção 
é feita pelos Túbulos de Malpighi e excreta ácida úrico. O sistema de reprodução 
é sexuado. O sistema digestivo é completo, começando na boca e terminando 
no ânus. O sistema circulatório é aberto. O sistema nervoso é semelhante ao 
dos demais miriápodes. 
Diplópode 
Diplópode é qualquer organismo da classe Diplopoda que inclui os 
embuás, piolhos-de-cobra e gongolos. São animais de lenta locomoção, 
herbívoros e se enrolam em espiral. Possuem um corpo cilíndrico, com 1 par de 
antenas e 2 pares de patas locomotoras por segmento (que podem variar de 20 
a 100) e seu sistema respiratório é traqueal. Sua reprodução é sexuada (fusão 
de dois gameta mas. fem.) e sua fecundação é interna. Todos os diplópodes são 
ovíparos. 
Controle de artrópodes 
Os artrópodes são animais invertebrados que possuem membros 
articulados e corpo coberto de quitina. Pertencem a esse grupo os insetos e os 
aracnídeos. Os artrópodes precisam ser controlados, pois são agentes 
transmissores de doenças. Os insetos de interesse sanitário são: mosca, 
mosquito, piolho, pulga, barbeiro, percevejo, borrachudos e baratas. 
As doenças que podem ser transmitidas: febre tifoide, diarreia infecciosa, 
transmitida por baratas e moscas. Peste bubônica e tifo murino: transmitidas 
palas pulgas. Febre amarela e filariose: transmitida pelo mosquito. Doença de 
chagas: transmitido pelo barbeiro. 
São cinco as principais classes representantes do filo Classes dos 
Artrópodes 
 Insecta: formigas, moscas, baratas, etc. 
 
 
41 
 Arachnida: aranhas, escorpiões, carrapatos, ácaros, etc. 
Crustácea: siris, camarões, caranguejos, lagostas, etc. Chilopoda: 
lacraias ou centopéias. 
 Diplópode: piolho-de-cobra 
Roedores 
Roedores transmitem várias doenças, por mordedura, pelas suas fezes e 
urina. As doenças que podem ser transmitidas pelos roedores: peste bubônica e 
leptospirose. Os sinais que indiquem a infestação de uma casa pelos ratos são: 
presença de ratos vivos e mortos, caminhos de ratos, manchas na parede, 
mancha de urina, excrementos em forma de bastonetes, odor de rato. 
Devido à necessidade de roer, os ratos danificam sacarias, mobiliário, 
instalação hidráulica, instalações elétricas entre outros. 
Existem três espécies: 
Os Camundongos são os de menor porte e estes possuem por 
características: peso médio de 10 a 20 g, expectativa de vida 12 meses, período 
de gestação de 19 a 21 dias e este repete-se de 5 a 6 vezes ao ano, sendo que 
de cada gestação nascem de 3 a 8 filhotes, caudas afiladas e orelhas salientes 
em relação ao tamanho da cabeça. 
 Estes roedores, geralmente, vivem em pequenos grupos familiares e 
abrigam-se em caixas, moveis, pilhas de caixas e, ou, sacarias, e tocas 
escavadas em paredes. 
Os ratos de telhado chegam a pesar 300g. Possuem corpo esguio, orelhas 
e olhos grandes em relação a cabeça, a cauda é afilada e o comprimento desta 
é maior que o do corpo. Fato, que os conferem mobilidade e equilíbrio ao escalar 
paredes, cabos elétricos, galhos de árvores e outros tipos de superfícies 
verticais. A maturidade sexual ocorre de 60 a 75 dias e o período de gestação é 
de 20 a 22 dias, com ninhadas de 7 a 12 filhotes (4 a 8 ninhadas/ano). A 
expectativa de vida é de 18 meses e estes se organizam em colônias. 
 
 
42 
Geralmente, abrigam-se em lugares altos, onde constroem seus ninhos, 
descendo ao solo em busca de alimento e água. 
As ratazanas dentre as três espécies é a que possui maior porte, peso 
médio de 600 g, olhos e orelhas pequenas em relação ao tamanho da cabeça, 
cauda grossa com pelos e período de gestação de 22 a 24 dias, podendo ocorrer 
de 8 a 12 gestações por ano, sendo que a cada uma delas gerado de 7 a 12 
filhotes. A maturidade sexual ocorre aos 60 a 90 dias de vida. Estes roedores 
abrigam-se, preferencialmente, em tocas em forma de túneis escavados no solo 
e estas podem chegar à profundidade de até 1,5 m. Fato que pode causar danos 
estruturais às edificações, como abrigo são galerias de esgoto ou de águas 
pluviais, caixas subterrâneas de telefone e rede elétrica e margens de córregos. 
 
5. HIGIENE DA HABITAÇÃO CORPORAL E DO 
VESTUÁRIO 
 
A parte da medicina que estuda os meios próprios para conservar a 
saúde, permitindo o funcionamento normal do organismo e a harmonização das 
relações entre o homem e o meio no qual vive. 
 Dentre as condições desejáveis para uma habitação higiênica, temos 
como necessário o ar puro, isento de poeiras, gases tóxicos e de germes tóxicos. 
Todos os cômodos devem ser rigorosamente limpos diariamente, para 
isso é preciso uma atenção especial com o lixo doméstico, que não deve ser 
acumulado. Deve haver em todas as casas medidas que visam proteger a saúde 
da população, chamado de saneamento básico, os principais serviços deste está 
relacionado com: o abastecimento de água, coleta de lixo, rede de esgotos entre 
outros. 
Quando falamos em higiene, falamos em um conjunto de ações que visam 
proteger o indivíduo ou toda população em geral. 
 
 
 
43 
5.1 Higiene corporal 
 
A pele tem milhões de glândulas especiais que produzem suor, e outras 
que produzem uma substância parecida com o sebo. A falta de banho provoca 
o acumulo progressivo dessas substâncias, que se somam às sujeiras exteriores 
(poeiras, terra, areia, etc.). A consequência de um banho mal tomado é o 
aparecimento de vermelhidão na pele, além do odor desagradável, o risco de 
aparecimento de piolhos e sarna, micoses, seborreia, infecções urinárias e 
corrimento vaginal nas meninas. 
O banho é importantíssimo e é indispensável à saúde do corpo. O banho 
de duche é mais econômico, o mais prático e o mais higiênico. Depois do banho, 
certifica-te que estejam bem limpos e secos os espaços entre os dedos, virilhas, 
ouvidos, nariz e outras dobras. 
Limpeza das mãos 
As mãos têm de estar sempre limpas. Nunca devemos comer ou mexer 
em alimentos sem antes termos lavado as mãos. 
Cortar as unhas e mantê-las sempre limpas são medidas importantes para 
prevenir certas doenças. Quando a pessoa coloca a mão na boca, a sujeira 
armazenada debaixo das unhas pode dar origem a verminoses e outras doenças 
intestinais. Além disso, devemos valorizar os aspectos estéticos relacionados à 
beleza das unhas. 
Cabelos 
Devem estar sempre lavados (duas vezes por semana no mínimo) e 
penteados. Devem ser cortados regularmente. Nos cabelos acumulam-se 
poeiras e gorduras que precisam ser eliminadas. É sempre agradável 
observarmos cabeloslimpos, brilhantes, cheirosos e bem cortados. Os cabelos 
grandes e sujos facilitam o aparecimento e a multiplicação de piolhos. 
 
 
44 
Vestuário 
A roupa e o calçado devem estar sempre limpos e serem adequados ao 
tempo que faz: frescos no Verão, quentes no Inverno e impermeáveis nos dias 
de chuva. Devem ser cômodos e folgados. O vestuário é importante para manter 
a temperatura corporal. Veste sempre, junto ao corpo, roupas de algodão pois 
não retém o suor o que evita o aparecimento de mau cheiro. Não esqueças 
também de mudar diariamente as tuas roupas intimas. Evita roupas justas e de 
fibras sintéticas. Prefira roupas confeccionadas em algodão, principalmente as 
meias e roupas íntimas. 
Horas de sono 
 O sono é a forma que o nosso organismo tem de descansar. O sono 
assegura o repouso do cérebro. As horas de sono variam de pessoa para pessoa 
e são diferentes conforme a idade, etc. Deitar e levantar sempre à mesma hora 
ajudam a criar um ritmo de sono regular. O tempo de sono varia, mas 
recomendado seria de 6 a 8 horas. 
 O sono deve vir naturalmente, sem esforço. Não "brigues com o 
travesseiro". Em vez disso, tenta relaxar, até que te sintas sonolento. 
-Faz do quarto um ambiente confortável, sem iluminação excessiva e com 
temperatura agradável. 
-Tenta controlar os ruídos do quarto. 
-Evita chá preto, café e refrigerantes, sobretudo à noite. 
-Deita – te na cama somente para dormir. 
-Evita ver TV na cama. 
 
 
Exercícios físicos 
O Exercício Físico, como todo mundo já sabe, faz muito bem à saúde. 
Traz muitos benefícios ao Sistema Respiratório e Cardiovascular, fortalece os 
 
 
45 
músculos, é bom para regularizar o intestino, baixar o colesterol, perder peso e 
muitas outras coisas. É recomendado para todas as idades, sendo que para os 
idosos é sempre melhor consultar um médico antes de começar a rotina dos 
exercícios físicos. Para um bom desenvolvimento e crescimento, começar a 
atividade física desde criança é o ideal. Jovens e adultos levam uma vida mais 
tranquila e saudável quando tem o hábito de se exercitarem. Caminhar é um dos 
melhores exercícios físicos, um estudo feito na Universidade de Harvard revelou 
que este tipo de atividade reduz até 50% o risco de males cardíacos nas 
mulheres. Previne a hipertensão arterial, reduz os níveis de colesterol, ativa a 
circulação sanguínea, diminui em 17% o risco de um infarto, aumenta a 
capacidade cardiopulmonar e melhora também a frequência cardíaca. 
Para quem faz atividade física tem também que estar sempre de olho na 
quantidade de água que está perdendo. A reposição de água é super importante 
para o organismo. A dica é beber água antes, durante e depois da caminhada. 
Quando um indivíduo está praticando atividades físicas, o corpo libera 
uma substância chamada endorfina que é responsável pelo bem estar, 
autoestima, assim esta pessoa desenvolve melhor seu lado psicológico. 
Quando falamos em higiene, não podemos esquecer que tudo em nossa 
volta precisa de cuidados para se manter tudo limpo e organizado só assim 
teremos uma vida mais saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
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