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Semiologia Cardiovascular Inspeção ● Observar o paciente desde o momento que ele chega na consulta ● Ao chegar: padrão respiratório, marcha (claudicante), presença de edema, coloração da pele ● Ao deitar: dispneia, aumento da sobrecarga, ingurgitamento jugular, circulação colateral (torácica e abdominal), cicatrizes o ictus cordis ● Ictus cordis desviado para esquerda (cardiomegalia) + pulso alternante (ora forte, ora fraco) = insuficiência ventricular esquerda (é grave) ● Dispneia em decúbito (obs: rebaixamento de fúrcula - comprometimento da circulação) ○ Na vertical = melhora o quadro de dispneia -> diminui o DC (diminui o retorno venoso) e a congestão se direciona para base do pulmão ○ Tosse ● Simetria ● Abaulamentos ● Levantamento em massa ● Pulsações epigástricas ● Retração sistólica de ictus cordis ( Hipertrofia de VD) Palpação ● Mão espalmada em 4, 5 e 6º EIE ● Pulsos ● Ictus cordis ○ Localização: ■ 5º EIC esquerdo ■ Linha hemiclavicular ■ Variável ( biotipo) ○ Dimensão ○ Mobilidade ○ Intensidade ○ Duração ● Palpar ictus cordis ○ Paciente obeso ou mama grande DL esquerdo ou levantar um pouco o corpo para frente ○ Ictus palpável em 6º EIE (achado) ■ Sugestivo de cardiomegalia ■ HD: insuficiência cardíaca ○ Retração do ictus cordis (para dentro): devido à hipertrofia de VD (está aumentado) o VD “puxa” o VE e ele vai para dentro ● Congestão pulmonar: falta de ar e tosse ○ Problema na valva mitral = insuficiência mitral Ictus Cordis ● Ictus cordis a nível de 6 espaço intercostal = quadro sugestivo de cardiomegalia ○ VE hipertrofiado ○ Diagnóstico = ICC ○ Biotipo longilíneo ● Ictus cordis a nível de 5º espaço intercostal = normal ○ Paraesternal = desvio para direita -> hipertrofia de VD (cardiomegalia) ■ pode apresentar retração de ictus cordis ● Ictus cordis a nível de 4 espaço intercostal = desvio de ictus por biotipo brevilíneo ● Sopro ○ 3 - moderadamente grave ■ ausculta mas não palpa ○ 4 - sente na palpação o sopro ■ consegue palpar ○ todos os focos - holossistólico ■ auscultar no mitral - olhar irradiação ○ Pontuação = +/++++++ ○ Levantamentos paraesternais ○ Impulsão sistólica do precórdio ○ Aumento das câmaras cardíacas ○ Aneurismas ventriculares Frêmitos ● Fluxo turbulento ● Localização ● Situação no ciclo cardíaco ● Intensidade Ausculta Bulhas cardíacas AVALIAR ● Intensidade ● Desdobramento ● Frequência ● Regularidade ○ A. Bulhas cardíacas sem desdobramento. ○ B. Desdobramento de B1 independente da respiração. ○ C. Desdobramento fisiológico de B2, em inspiração profunda PRIMEIRA BULHA - B1 ● Tum ● Fechamento das valvas atrioventriculares ● Sístole ● Coincide com Ictus cordis SEGUNDA BULHA - B2 ● Diástole ● Fechamento das valvas semilunares ● Tá 3ª BULHA ● Relacionada com sobrecarga de volume (ICCE e ICC mitral) ● Fisiológica em crianças e adultos jovens ● Audível com campânula no foco mitral (decúbito lateral esquerdo) ● Fase de enchimento rápido; terço inicial da diástole ● Som protodiastólico ● Se origina das vibrações produzidas na parede ventricular devido ao enchimento rápido Relacionado com sobrecarga de volume = ex.: insuficiência em VE e mitral ● Pode ser fisiológica em crianças e adultos jovens ● Melhor audível com campânula em foco mitral e em DL esquerdo ● Encontra-se após a segunda bulha no terço inicial da diástole ● Tum ta tá 4ª BULHA ● “esvaziamento” ● Relacionada à sobrecarga de pressão ● Fase de contração atrial, no terço final da diástole ● Som telediastólico ou pré-sistólico (milissegundos antes da primeira bulha) ● Som telediastólico ou pré-sistólico ● São no final da diástole; ocorre logo antes da sístole ● Se origina pela rápida desaceleração do fluxo sanguíneo dos átrios para os ventrículos ● Sobrecarga de pressão: coronariopatia, miocardiopatia, HAS, estenose aórtica ● Gênese provável: desaceleração do fluxo de sangue durante o enchimento ventricular ( congestão) ● Fisiológica em crianças e adultos jovens (em raros casos) ● É grave e de intensidade fraca, difícil de escutar ● Ocorre milissegundos antes da primeira bulha (pode ser confundida com o desdobramento de B1) ● É melhor audível com a campânula, mais próxima da região da ponta ● Mais patológico clinicamente identificável: FA ● TLUM TÁ Ritmos na ausculta ● Ritmo binário: somente B1 e B2 = normal ● Ritmo tríplice: presença de B3 OU B4 (em raras vezes é escutado em indivíduos sem patologias) ● Ritmo de galope: associado à patologia ○ Podem ser protodiastólicos ( B3) e/ou pré-sistólicos ( B4) ○ Indica comprometimento miocárdico ○ Ventricular: presença de B3 ○ Atrial: presença de B4 (intensidade mais baixa, mais difícil de ser auscultado ○ De soma: presença de B3 + B4 Cliques e estalidos ● Característica principal: situação no ciclo cardíaco Estalidos diastólicos ● Estalido Diastólico na Estenose Mitral. O som é seco ("Té"), de curta duração, metálico e segue-se após B2 e é mais audível em foco mitral. ● Podem indicar : ○ Estenose mitral ○ Estenose tricúspide ○ Insuficiência mitral e Comunicação interatrial (mais raramente) Estalidos Protossistólicos ● Estalidos Protossistólicos são de alta frequência , seco ( "Té"). Podem ser de origem Aórtica ou Pulmonar ● Ruídos de ejeção, origem vascular , alta frequência ( som agudo), intenso ● Origem em pulmonar ○ Estenose de valva pulmonar, CIA, Hipertensão pulmonar grave ● Origem aórtica ○ Estenose, insuficiência, coarctação Estalidos meso e telessistólicos ● Entre B1 e B2 - " do meio para o fim " ● Agudo, seco, intensidade variável ● Prolapso mitral ou tricúspide Sopros ● Produzidos por alterações do fluxo sanguíneo ● Características semiológicas ○ Situação no ciclo cardíaco (diastólico ? Sistólico? ) ○ Localização e irradiação ○ Intensidade ○ Timbre e tonalidade ○ Modificações ( posição, respiração e exercícios ) Sistólico ● Sopros de ejeção ○ Estenoses aórtica ou pulmonar ○ Intervalo entre B1 e início do sopro ○ Sopros de regurgitação ○ Insuficiência mitral ou tricúspide ○ Comunicação interventricular ○ Sem intervalo entre B1 e sopro Ruído holossistólico ● A- Sopro sistólico da na estenose aórtica , melhor percebido em focos Aórtico (FAo) e Aórtico acessório. ● B- Sopro sistólico na insuficiência Mitral, percebido em região de foco Mitral ( FM) Diastólico ● Estenose mitral ou tricúspide ○ Meso-telediastólico ● Insuficiência aórtica ou pulmonar ○ Protodiastólico Contínuo ● Ocorrem durante todo o ciclo ● "ruído de maquinaria" ● Persistência de ducto arterioso, fístulas artériovenosas, anomalias de septo. ● A- Sopro diastólico na estenose Mitral, melhor percebido em Foco Mitral ( FM, figura C). ● B- Sopro diastólico na Insuficiência Aórtica, melhor percebido em focos Aórtico ( FAo) e Aórtico acessório ( FAo ac). Localização e irradiação ● Local de intensidade máxima ● Geralmente, local de origem do som ● Ex : 2º EIC Direito = origem aórtica ● Irradiação indica o sentido do fluxo e intensidade ● Ex: Irradiação para o pescoço ( sentido do fluxo aórtico) Intensidade Timbre, tom e modificações ● Agudo, médio, grave ● Mudanças de acordo com as posições ○ Ortostática ○ Decúbito ○ Agachado ○ Valsalva CASO CLÍNICO ● M.C.A, masculino, 67 anos, busca atendimento queixando-se de dispneia aos esforços no último ano, com piora progressiva. Ele relata que, há uma semana, acorda durante a noite devido à falta de ar e tosse, que aliviam ao sentar-se na cama. Desde então, o paciente dorme com cinco travesseiros. Ele relata ter hipertensão arterial sistêmica há cerca de 20 anos. Ao realizar exame físico, verifica-se que o paciente apresenta dispnéia, mucosas hipocoradas, taquicardia , pressão arterial 160/90 mmHg, ictus palpável no 6º espaço intercostal E, na linha axilar anterior, ritmo irregular, presença de B3, sopro sistólico regurgitativo grau 3/6 na região apical, turgência jugular e refluxo hepatojugular. Ao realizar ausculta pulmonar, constata-se murmúrio vesicular abolido em um terço inferior do campo pulmonar direito e crepitantes bilaterais. Extremidades frias e edemade membros inferiores 2+/4. Manobra de Handgrip ● Cria alterações hemodinâmica transitória no organismo ● Aumenta pós carga no VE = dificulta saída de sangue para aorta ● Compressão palmar durante 5 segundos -> auscultar nos focos aórticos e mitral durante o exame ou logo após. ● Compressão palmar = compressão dos músculos = pressão no tórax ○ chega menos sangue no átrio direito e ventrículo direito ○ “VE cheio” = análise da pós carga ● Paciente fecha as mãos e as pressiona. Esse exercício isométrico leva ao aumento da resistência vascular periférica, aumenta regurgitação mitral e reduz o fluxo aórtico. Essa manobra leva ao aumento da ausculta de sopros ocasionados por insuficiência aórtica ou insuficiência mitral. ○ OBS.: Os sopros da insuficiência aórtica e estenose aórtica podem ficar mais nítidos posicionando o paciente sentado com o tórax fletido para frente. ○ OBS.: O sopro mitral é acentuado com a posição de decúbito lateral. Estenose aórtica ● Aumenta pós carga transitória ● Diminui fluxo transvalvar ● Dificulta saída de sangue para aorta ● Reduz intensidade do sopro em válvula aórtica Insuficiência mitral ● Sangue regurgitamento para átrio ● Aumenta a chance de refluxo = regurgita mais sangue ● Aumenta intensidade do sopro em válvula mitral Manobra de RIvero-Carvalho ● A manobra de Rivero-Carvallo serve para diferenciar os sopros causados pela insuficiência mitral de sopros causados pela insuficiência tricúspide. ○ Ausculta de sopro em válvula tricúspide e mitral ■ Inspiração forçada = Diminui pressão torácica ● válvula direita fecha depois ● Aumento do sopro em foco tricúspide - insuficiência da tricúspide ● Diminui sopro em foco tricúspide - insuficiência mitral ● Execução da Manobra ○ Com o paciente em decúbito dorsal (costas encostadas na maca), posicione o estetoscópio sob o foco tricúspide, que se localiza na linha paraesternal esquerda, no quinto espaço intercostal. Solicite que o paciente realize uma inspiração profunda e, ao mesmo tempo em que ele realiza a inspiração, ausculte o sopro. ● Interpretação da manobra ○ Caso não seja observada nenhuma alteração na intensidade do sopro cardíaco, ou até mesmo se ele diminuir a sua intensidade, dizemos que a manobra de Rivero-Carvallo foi negativa. Logo, aquele sopro que você está ouvindo é uma irradiação de um sopro proveniente da válvula mitral. Agora, se à medida que o paciente realiza uma inspiração profunda aquele sopro tiver a sua intensidade aumentada, nós vamos dizer que a manobra de Rivero-Carvallo é positiva, ou seja, o sopro é proveniente da válvula tricúspide. ● Por que isso ocorre? ○ Quando o paciente inspira, ele provoca um aumento da pressão negativa dentro da sua caixa torácica, e isso também irá aumentar o aporte de sangue que está chegando ao lado direito do coração desse indivíduo (imagine que a inspiração “puxa” mais sangue para o tórax e, consequentemente, para dentro do coração direito, onde está a válvula tricúspide). Em um paciente com insuficiência de valva tricúspide, como mais sangue chega ao ventrículo, mais sangue retornará ao átrio quando a sístole estiver ocorrendo, aumentando, assim, a intensidade do sopro ● Manobra de Rivero-Carvallo também serve para diferenciar o desdobramento fisiológico da segunda bulha de um desdobramento patológico. Para isso, ao invés de auscultar o foco tricúspide, você deve auscultar o foco pulmonar. O desdobramento fisiológico da segunda bulha só ocorre durante a inspiração profunda (pois há aumento do fluxo sanguíneo do lado direito, podendo ser ouvido um desdobramento em alguns pacientes). ● LEMBRAR: depois que a gente ri muito, costumamos inspirar profundamente; “ri” lembra “Rivero-Carvallo”, portanto, essa manobra consiste em uma inspiração profunda Manobra de Valsalva ● Esforço pulmonar = alteração em coração direito ○ Alteração mecânica transitória = diferente de fisiopatologia ● Expiração forçada = “relacionado ao pulmão” ○ pressão intratorácica positiva ○ diminui chegada de sangue no AD e VD ○ diminui a intensidade de sopro em válvula tricúspide e pulmonar ○ Estenose tricúspide ● Paciente realiza uma expiração forçada contra resistência (ou seja, soprar contra a mão – pede-se que ele coloque o dorso da mão na boca, tampando-a, e, então, sopre). Isso provoca um aumento da pressão intratorácica, levando, então, à redução do retorno venoso. A manobra de Valsalva auxilia na ausculta cardíaca, quando há suspeita de determinados sopros. Ela reduz a intensidade de sopros em estenose aórtica, estenose pulmonar, estenose tricúspide, e aumenta a intensidade, em casos de prolapso da valva mitral. POSIÇÃO DE CÓCORAS ● Paciente agacha, e isso provoca aumento do retorno venoso, por comprimir vasos dos membros inferiores e vasos abdominais. ● A mudança da posição ortostática para a posição de cócoras intensifica o sopro presente em insuficiência mitral. E da posição de cócoras para a posição ortostática (ficar em pé subitamente), há atenuação do mesmo. Sopros característicos das doenças valvares Estenose Aórtica ● Apresenta um sopro mesossistólico em diamante (crescendo-decrescendo), melhor audível com a campânula, em foco aórtico. ● A irradiação do sopro costuma ser para carótidas e fúrcula esternal. ● Sopro aumenta sua intensidade com posição de cócoras, exercício físico ● Sopro diminui com valsalva, posição ortostática e handgrip (esforço isométrico). ↑ Cócoras, exercício físico ↓ Posição ortostática, Handgrip, Valsalva Insuficiência mitral ● sopro holossistólico, melhor audível com o diafragma, em foco mitral. ● O sopro pode irradiar para a axila e região infra escapular esquerda. ● Após a realização de esforço isométrico (ex: handgrip) ocorre aumento da intensidade do sopro. ● Por outro lado, não são verificadas modificações após inspiração profunda. ↑ Handgrip ↓ - Estenose Mitral ● Apresenta caracteristicamente um sopro diastólico, melhor audível com a campânula, em foco mitral. ● A irradiação frequentemente ocorre na região axilar. ● Sopro diminui com inspiração, valsalva ● Sopro aumenta com o decúbito lateral esquerdo e exercício físico. ↑ Decúbito lateral esquerdo e exercício físico. ↓ Inspiração, Valsalva Insuficiência Aórtica ● Apresenta um sopro diastólico mais intenso em foco aórtico acessório que possui irradiação para região do foco tricúspide ou até mesmo mitral. ● O sopro gera um som de alta frequência, de caráter decrescente e aspirativo. ● É melhor audível com o paciente sentado e durante apnéia expiratória. ● Sopro aumenta com esforço isométrico (handgrip) ● Sopro diminui com manobra de valsalva. ↑ Handgrip ↓ Valsalva CORONARIOPATIAS - DAC Aterosclerose (mais comum) ● Irrigação do coração = artéria descendente anterior, circunflexa, interventricular = mais importantes para circulação do coração ● Doenças que não deixa ter o suprimento necessário no tecido miocárdico = falta de O2 = morte do tecido ○ dor anginosa = precordial, irradia para MMSS e/ou pescoço ■ angina estável ■ angina instável ■ IAM TAQUIARRITMIAS Fibrilação atrial ● Aumento de FC ● Dissociação entre pulso periférico e central ○ Ex: ■ 180 bpm = FC (pulso central) -> arrítmico ■ 60 bpm = pulso periférico-> “rítmico” ● Não tem onda P - não tem repolarização Taquicardia ventricular ou supraventricular ● Aumento da FC ○ acima de 180 ou 200 ● Pulso periférico e central sincronizados ● Alteração no eletrocardiograma (St) ● Tem onda P ○ FENÔMENO DE REENTRÂNCIA = coração não descansa -> risco de IAM ● Manobra que reduz taquicardia supraventricular ○ Disfunção de ventrículo esquerdo por ICC cardíaca ou valvulopatia (VE aumentado) pulso alternante = pulso forte e fraco Taquicardia ou Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) defeito na parede da coronária = obstrui artéria durante esforço físico -> palpitação VALVULOPATIA Estenose aórtica ● Mais comum -> Envelhecimento - endurecimento da parede das válvulas e artérias = maior fluxo e função exacerbada da válvula ● Sinal clínico ○ Sopro sistólico ■ irradia em locais próximos ○ Frêmito○ Desdobramento paradoxal de B2 = Presença de B4 Insuficiência mitral ● Mais comum ● Sinal clínico ○ Desdobramento de B2 = Presença de B3 ➔ Estenose mitral, insuficiência aórtica, Estenose tricúspide, Insuficiência pulmonar, insuficiência tricúspide e estenose pulmonar Semiologia Aparelho respiratório Tórax ● Arcabouço osteomuscular ● Proteção às vísceras ● Movimentos respiratórios Anatomia ● 12 vértebras torácicas ● 7 costelas verdadeiras ● 5 costelas falsas ( sendo 2 flutuantes) ● Esterno ○ Manúbrio ○ Corpo ○ Processo xifóide Espaços intercostais ● Contagem dos espaços intercostais ○ EICs recebem o nome da costela superior a eles ○ Ângulo do Esterno = 2ª costela ○ Ângulo inferior da escápula : 7ª costela ou EIC ● Importância : ○ Descompressão de Pneumotórax hipertensivo ( 2º EIC) ○ Inserção de dreno ( 4º EIC) ○ Toracocentese ( 7º-8º EIC) Linhas e regiões torácicas ● Linhas verticais e horizontais em faces: ● Anterior ● Lateral ● Posterior ● Regiões do tórax ○ Delimitados pelas linhas ■ Face anterior ■ Face lateral ■ Face posterior Pulmões, fissuras e lobos ● Projeção mental sobre a superfície torácica ○ Ápice pulmonar : 2 a 4 cm acima da clavícula ○ Fissura oblíqua : processo espinhoso de t3 até 6ª costela em linha hemiclavicular ○ Fissura horizontal ( pulmão direito ) : Trajeto próximo à 4ª costela, até linha axilar média próximo à 5ª costela ○ Borda inferior do pulmão : 6ª costela (hemiclavicular ) , 8ª costela ( linha axilar média ) , Processo espinhoso de T10 ○ Traqueia : bifurca-se em região de ângulo do esterno ○ Pleura : Serosa com dois folhetos ( parietal e visceral ) Trato respiratório inferior ● Zona condutora ○ Traqueia, brônquios e bronquíolos ■ Condução do ar ● Zona de transição ○ Bronquíolos respiratórios e ductos respiratórios ■ Condução do ar, mas com possibilidade de trocas gasosas ● Zona respiratória ○ Alvéolos ■ Hematose Histologia - anatomia ● Epitélio pulmonar = presença de cílios = responsável por expelir conteúdo ● Enfisema = destruição de cílios (pulmão grande no raio X) = parte não funcional ● Pulmão = esquerdo (2 lobos) + direito (3 lobos) ○ pleura: visceral (cobertura inferior - em contato com o pulmão - interna) e parietal (em contato com outros órgãos - mais externo) ■ líquido pleural = entre as pleuras - permite o deslizamento das pleura e permite expansão do pulmão ○ Brônquio direito = mais verticalizado ■ maior risco de broncoaspiração ■ “ausculta a nível da linha supraescapular, vertebro escapular” Trato respiratório Via aérea superior ● Nariz, seio paranasal, faringe, laringe ● Patologias ○ Rinosinusopatias ■ Rinite alérgica - secreção transparente, tipo água (aquosa) ■ Rinite virótica - secreção branca (tipo cola), espessa ■ Rinossinusite bacteriana = sinusite - secreção amarelo esverdeada ○ Faringotonsilites ○ Laringite = rouquidão Via aérea inferior ● Traqueia, brônquio ● Patologias ■ Asma brônquica e bronquite ● Broncoespasmo = broncodilatador = oral (junto com corticóide), EV (junto com corticóide), SC, adrenalina ■ Pneumonia ■ DPOC = enfisema pulmonar ■ Tuberculose (doença sistêmica - não é achado somente de pulmão) Mecanismo de respiração ● Inspiração ○ Diafragma se contrai = move-se para baixo ○ Expansão da caixa torácica e músculos se contraem ● Expiração ○ Diafragma relaxa = move-se para cima ○ Contrai caixa torácica e músculos relaxam Fisiologia da respiração ● Ventilação : chegada de ar aos alvéolos para as trocas gasosas ● Controle : Centro respiratório bulbar ● Ação dos músculos respiratórios ○ Respiração tranquila : diafragma e intercostais ○ Respiração forçada : + musculatura acessória ■ ECM, Peitoral menor, Escalenos (inspiração ) ■ Músculos abdominais ( expiração) ● Trocas gasosas ocorrem por difusão ● Interferências : ○ Espessura da membrana – Edema pulmonar ○ Área de superfície de troca – Enfisema ○ Coeficiente de difusão do gás - Hipoxemia Precede Hipercapnia na DPOC ○ Diferença de Pressão entre os lados da membrana – Miastenia grave , por fraqueza muscular. Anamnese Sintomas comuns ou preocupantes ● Dor torácica ● Dispneia ● Sibilos ● Tosse ● Hemoptise Dor ● Pode ter origem osteomuscular, cardíaca, pulmonar, por pirose ou crise de ansiedade ● Verificar os " atributos " da dor ● " Como é essa dor ? Onde dói ? Há quanto tempo ? Tem fatores de piora ? E de melhora? Qual a intensidade? Tem irradiação pra alguma outra parte ? Algum outro sintoma associado?" Dispnéia e sibilos ● Conscientização desconfortável da respiração inadequada ○ Pode ser secundário a doenças pulmonares e cardiovasculares ○ Pesquisar características da falta de ar ● Sinais ○ Aumento da FR, uso de musculatura acessória, batimento de asas nasais ● Sibilos ○ Sons musicais que podem ser audíveis pelo paciente ou terceiros Tosse ● Sintoma comum ○ De trivial a grave ○ Pode ter origem em: irritação ( poeira), inflamação, compressão de nervos ou IC esquerda ● Pesquisar características ○ Tempo ○ Aguda - menor que 3 semanas ■ Subaguda – de 3 a 8 semanas ■ Crônica - superior a 8 semanas ○ Secreção ■ Cor, volume, consistência, odor Hemoptise ● Aspecto variado ○ Secreção com raias de sangue até sangue vivo ● Pesquisar atributos ○ Volume, circunstâncias, aspecto , sintomas correlatos ● Confirmar que se trata de hemoptise ○ Sangue proveniente do estômago tende a ser mais escuro ■ Pode conter partículas de alimentos Inspeção ● Nariz ● Garganta (amígdalas) ● Traqueia ● Baqueteamento digital = comprometimento pulmonar crônico ○ > 190° = sinal de … ○ Hipoxemia crônica ● Pontos de referência = linhas do tórax ○ ângulo do esterno ○ cartilagens intercostais… ● OBS: Linfonodos supraclavicular e axilar = drenagem pulmonar INSPEÇÃO ESTÁTICA ● Presença de lesões, pápulas, vesículas, cicatriz ● Forma do tórax ○ Normal ○ Tórax em barril - tonel = enfisematoso ○ Cifoescoliose ○ Tórax em funil ○ Tórax de pombo ● Simetria entre os 2 hemisférios ● Atentar-se às alterações de pele e fâneros ○ Manchas, nódulos, vesículas, retrações ○ Baqueteamento digital ● Forma do tórax ○ Cariniforme, infundibuliforme, em tonel, normal ● Alterações estruturais ○ Rosário raquítico ○ Cifose ○ Escoliose A. Normal. B. Em tonel (enfisema). C. Tórax infundibuliforme (pectus excavatum). D. Tórax cariniforme (pectus carinatum). E. Escoliose. F. Cifose. G. Gibosidade INSPEÇÃO DINÂMICA ● Movimentos respiratórios e suas características ou alterações ● Frequência respiratória ● Ritmo respiratório ○ Taquipnéia = acima de 20 rpm ○ Ritmo de Cheyne-Stokes ○ Ritmo de Biot ○ Dispneia suspirosa ○ Kussmaul ○ Apneia ○ Bradipneia = abaixo de 16 rpm ● Avaliação dos movimentos respiratórios ○ Frequência, profundidade ○ Tipo de respiração ■ Torácica ou abdominal ○ Utilização de musculatura acessória e sinais de esforço ■ Batimento de asa de nariz ■ Retração de fúrcula, EIC e fossas suplaclaviculares. ○ Assimetrias de movimento ○ Ritmo respiratório Palpação ● Avaliar lesões ○ Forma, volume e consistência ● Sensibilidade ○ Superficial e profunda ○ Dor ● Teste de expansibilidade ○ Ápice ○ Bases ● Frêmito Toracovocal A- avaliação da expansão apical. B- avaliação da expansão em região de bases pulmonares. Percussão ● Deve ser simétrica ○ Comparar os dois lados ○ Mesmos pontos da ausculta ● Notas de percussão ○ Claro pulmonar ○ Timpânico ○ Maciço ○ Submaciço Ausculta ● Método semiológico mais importante do exame pulmonar ● Deve-se ter em mente a anatomia do tórax ● Utilizar o diafragma do estetoscópio ● Pontos simétricos ( como na percussão) Sons normais ● Traqueal ○ Áreas de projeção da traqueia ● Brônquico ○ Áreas de projeção dos brônquios principais ● Murmúrio vesicular ○ Periferia dos pulmões ● Broncovesicular ○ Áreas esternal superior e interescapulo-vertebral superior Sons normais ● Descontínuos ○ Estertores ■ Finos ■ Grossos ● Contínuos ○ Sibilos ○ Roncos ● Atrito pleural* ○ Som grave, palpável, mais intenso na inspiração. Caso clínico ● Paciente do sexo masculino, 69 anos, tabagista de longa data, relata história de tossecrônica e comparece à consulta com dispneia aos moderados esforços que começou há 8 meses, e que nas últimas 2 semanas vem piorando, chegando por vezes a acontecer em repouso. Relata tosse crônica há 2 anos, geralmente seca, sendo algumas poucas vezes produtiva, mas sempre associou ao cigarro e nunca procurou investigar. Ao exame físico apresenta-se dispneico em uso de musculatura acessória, tórax aumentado em diâmetro anteroposterior , expiração prolongada, presença de tiragem intercostal, com expansibilidade e FTV diminuídos, som hipertimpânico à percussão, murmúrios vesiculares diminuídos. RX de tórax mostra sinais de hiperexpansão pulmonar.
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