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SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR ANATOMIA O coração é o órgão central do sistema circulatório É um órgão muscular oco que apresenta câmaras cardíacas É responsável por bombear o sangue – bomba contrátil LOCALIZAÇÃO: Atrás do esterno (retroesternal) em uma região chamada de precórdio DISPOSIÇÃO: Posição oblíqua, onde os vasos da base (os grandes vasos) estão mais mediais e o ápice (ponta do ventrículo esquerdo) está mais lateral, próximo da parede torácica. Estudar a anatomia, colocar imagens para facilitar o entendimento e lembrar do Raio-X. O átrio esquerdo não é avaliado no exame físico, devido ao lado esquerdo encontra-se posterior, não sendo possível fazer uma avaliação diretamente. Pontos importantes para a aplicação da semiotécnica: Ângulo de Louis: ponto alto entre o manúbrio e o esterno, a partir dele é possível contar os espaços intercostais, começa com o 2° espaço. Obs.: a primeira costela não é possível palpar, pois está atrás da clavícula. Ponto de referência para delimitar os espaços intercostais. LINHAS TORÁCICAS: Linhas anteriores Linha medio-esternal; Linha esternal direita e esquerda (ou para-esternal): linha que tangencia a borda do esterno; Linha hemi clavicular direita e esquerda. Linhas laterais Linhas posteriores FISIOLOGIA – CICLO CARDÍACO O ciclo cardíaco auxilia no entendimento e interpretação das bulhas Ciclo cardíaco – Wikipédia, a enciclopédia livre EXAME FÍSICO ETAPAS: Inspeção Palpação Percussão Ausculta INSPEÇÃO E PALPAÇÃO Trabalha-se juntos. Sabe-se que quando se mescla as duas etapas tem-se um aumento da curacia, de forma que os dados são mais significativos quando são analisados de uma maneira conjunta. Os seguintes parâmetros devem ser sistematicamente investigados: Abaulamentos/retrações – deformidades Ictus cordis ou choque da ponta Batimentos ou movimentos visíveis Ictus (pontos que devem ser avaliados) Localização: 5° EIC na linha hemi clavicular (normalmente, porém pode ser fisiológico também em outras localizações – biotipos diferentes) Mediolineos: cruzamento da linha hemi clavicular esquerda com o 5° espaço intercostal Brevelíneos: desloca-se cerda de 2 cm para fora e para cima, no 4° espaço intercostal Longilineo: 6° espaço intercostal, 1 a 2 cm para dentro da linha hemi clavicular. PERCUSSÃO No exame de coração – cardiovascular – a percussão tem pouco significado/importância. Era utilizada para delimitar a área cardíaca, em casos como se o coração tiver alargado. AUSCULTA Para se auscultar corretamente o coração, devem ser obedecidas normas quanto: Ambiente de ausculta – ambiente tranquilo; Posição do paciente e do examinador – paciente deitado, em decúbito lateral, inclinado (paciente obesos que aproxima o coração perto da parede torácica) e sentado. E o médico sempre deve esta a direita do paciente. Instrução adequada do paciente – orientar o paciente, sempre falar o que vai fazer. Aplicação e escolha correta do receptor – estetoscópio; Relação dos batimentos cardíacos com a respiração Estetoscópio Colocar uma foto das estruturas Olivas Hastes Barra reguladora de tensão Tubo plástico ou borracha Diafragma Para sons agudos (B1 e B2) Para processos de regurgitações Campânula Para sons graves (B3 e B4) Para casos de estenose Focos cardíacos ou áreas de ausculta Pontos pré-definidos que ajudam na ausculta: Foco mitral: situa-se no 4 ° ou 5° EIC esquerdo da linha hemi clavicular e corresponde ao ictus cordis ou ponta do coração Foco tricúspide: corresponde à base do apêndice xifoide, ligeiramente para a esquerda Foco Pulmonar: localiza-se no 2° EIC na linha paraesternal esquerdo junto ao esterno Foco aórtico: localiza-se no 2° EIC na linha paraesternal direito junto ao esterno Foco aórtico acessório: localiza-se no 3° EIC esquerdo, junto ao esterno BULHAS CARDÍACAS Primeira Bulha (B1): fechamento da valva mitral e tricúspide, o comportamento mitral antecedendo o tricúspide. Coincide com ictus cordis e o pulso cardíaco. É mais grave e tem duração um pouco maior que 2° bulha. TUM Desdobramento da B1 – TRUM Segunda Bulha (B2): É constituído por 4 grupos de vibrações, porém só são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ouve-se o componente aórtico em toda região precordial (principalmente foco aórtico), enquanto o ruido da pulmonar é auscultado em uma área limitada (foco pulmonar). TA Existe situações que ira ter um desdobramento de B2, pode ser de origem patológica e fisiológica, onde se vai ter um maior distanciamento entre o fechamento da valva aórtica e da valva pulmonar. TRA – TLA Terceira Bulha (B3): É um ruido protodiastólico (inicio da diástole) de baixa frequência (mais grave – campânula) que se origina da vibração da parede ventricular distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. É mais audível na área mitral com o paciente em decúbito lateral esquerdo. Pode ser representada por “TU”. TUM TA TA Quando se inicia a diástole, resultando na abertura das valvas atrioventriculares e o sangue começa a bater na parede do ventrículo e o ventrículo não é muito complacente resultando em um ruido. Por causa da baixa complacência do ventrículo, quando o sangue bate no ventrículo. Quarta Bulha (B4): Ruido débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole e pode ser ouvida mais raramente em crianças e adultos jovens normais. Sua gênese não esta esclarecida, mas acredita-se que seja originada pela brusca desaceleração do fluxo sanguíneo na contração atrial em encontro com o sangue no interior do ventrículo, no final da diástole. TU TUM TA Som causado na contração atrial, o ventrículo já está um pouco cheio da diástole, quando o sangue do átrio bate no sangue do ventrículo causando um ruido. Acontece antes da B1 Entre a B1 e B2 ocorre uma sistole e depois de B2 acontece a diástole Deve-se avaliar também: Ritmo: regular ou irregular (arritmia ou não) Tempo: dois tempos (TUM TA), três tempos (presença de uma bulha acessória ou de um desdobramento) Fonética: normofonética, hipofonética (baixa) (tecido adiposo ou mamas podem diminuir o som) e hiperfonética (alta) (magro) Atritos ou sopros (fisiológico e patológico) Ruidos que ocorre principalmente por um aumento do fluxo, mas pode ocorre por uma alteração anatômica (estenoso, dilatação). O que deve se avaliar? Cronologia: inicio, meio ou fim da sistole ou da diástole. Sopros sistólico, sopro diastolico, protosistolico, protodiastolico, mesosistolico, mesodiastolico, telesistolico, telediastolico, pansistolico e pandiastolico. Radiação: Qualidade: Local intensidade: um foco que acaba tendo um maior destaque/ local mais audível. Existe uma classificação (Classificação de Levine): 1. Difícil de ser auscultado, porém detectável,às vezes evidenciado somente com manobras. 2. Sopro leve, porém imediatamente detectável 3. Sopro moderadamente alto e frequentemente com irradiação 4. Sopro alto e com frêmito palpável 5. Sopro muito alto, porém ainda é necessário o uso do estetoscópio (mesmo que apenas com parte encostada a pele) 6. Sopro muito alto e sem necessidade do uso do estetoscópio para identificá-lo. DESCRIÇÃO DO EXAME NORMAL Precórdio calma; Tórax sem abaulamentos, retrações ou deformidades; Ictus cordis palpável 1-2 polpas digitais na linha hemi clavicular esquerda no 5 EIC; Bulhas cardíacas rítmicas, normofonéticas em dois tempos, sem sopros.
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