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Aula 01
ALE-TO - História do Estado de
Tocantins (Diversos Cargos) - 2023
(Pós-Edital)
Autor:
Marco Túlio Gomes
22 de Dezembro de 2023
70044167717 - Rafaela Souza Santos
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
Sumário 
1. Apresentação do curso........................................................................................................................................................ 2 
2. Povos Indígenas no Tocantins ............................................................................................................................................. 3 
2.1 - A conquista dos povos indígenas ........................................................................................................................... 4 
2.2 - Os povos indígenas na atualidade ....................................................................................................................... 6 
2.3 - Resumo ........................................................................................................................................................................ 10 
3. A colonização do norte goiano ...................................................................................................................................... 12 
3.1 – A atividade mineradora ....................................................................................................................................... 13 
3.2. – A crise da mineração e a pecuária .................................................................................................................. 14 
3.3 – Escravidão e resistência negra ........................................................................................................................... 16 
3.4. - Resumo ....................................................................................................................................................................... 19 
4. As primeiras manifestações do discurso autonomista .............................................................................................. 20 
4.1 - A revolta dos mineiros do Norte (1736) ........................................................................................................... 20 
4.2 – A criação da Comarca do Norte ....................................................................................................................... 21 
4.3 – Governo Independente do Norte (1821-1823) ............................................................................................ 23 
4.4 – Propostas no Segundo Reinado .......................................................................................................................... 26 
4.5 - Resumo ........................................................................................................................................................................ 27 
5. Lista de Questões............................................................................................................................................................... 28 
6. Gabarito .............................................................................................................................................................................. 38 
7. Questões Tocantins ............................................................................................................................................................ 39 
8. Considerações Finais ......................................................................................................................................................... 58 
9. Referências .......................................................................................................................................................................... 58 
 
Marco Túlio Gomes
Aula 01
ALE-TO - História do Estado de Tocantins (Diversos Cargos) - 2023 (Pós-Edital)
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
1. Apresentação do curso 
Olá, seja bem-vindo(a) ao curso de História do Tocantins! 
Sou Marco Túlio, professor de História do Estratégia. 
Aqui você encontrará todo o conteúdo previsto em seu edital, assim como exercícios de diversas bancas 
para exercitar os seus conhecimentos. 
O nosso conteúdo será abordado em quatro capítulos, sendo cada um deles composto pelo material 
teórico, videoaulas e listas de questões. Vejamos, a seguir, a estruturação do nosso curso: 
 
AULA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
PERÍODOS COLONIAL E 
IMPERIAL 
 
Primeiros habitantes: os vários povos indígenas; O ciclo do ouro no norte dos goyazes 
atual Tocantins; Os contextos da primeira Cisão da região (1736) e a formação da 
Capitania de Goyáz (1748). A Criação da Comarca do Norte (1809); Movimento 
Separatista de 1821 a 1824: rebelião no norte de Goiás; A economia, política e 
sociedade da região no século XIX. 
PERÍODO REPUBLICANO Rebeliões que influenciaram a região do atual Tocantins: a Coluna Prestes e a Guerrilha 
do Araguaia; Décadas de 1960 a 1980: a Cenog e a Conorte; Criação do Estado do 
Tocantins em 1988. Patrimônio histórico e cultural. Símbolos do Tocantins. 
 
Cabe destacar que a maior parte do curso é composta por capítulos suscintos na parte teórica e na lista 
de questões. Porém, a aula inaugural possui um volume maior de páginas, tendo em vista a recorrência 
do conteúdo sobre o período colonial do Piauí em concursos públicos. 
Antes de seguirmos adiante, peço que me siga nas redes sociais! Lá você encontrará lembretes das 
nossas aulas ao vivo, bem como a disponibilização de alguns materiais! 
 
profmarco.tulio histpraboidormir 
 
Bons estudos! 
Prof. Marco Túlio. 
 
Marco Túlio Gomes
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
2. Povos Indígenas no Tocantins 
No século XVIII, a região que corresponde ao atual Estado do Tocantins, situada entre os rios 
Araguaia e Tocantins, era povoada pelos seguintes povos indígenas: Avá-Canoeiro, Akroá, Xakriabá, 
Xavante, Xerente, Nhyrkwãje, Krahô, Apinajé e Karajá. Suas contribuições culturais e técnicas foram 
inúmeras, a começar pelo próprio nome do Estado – Tocantins significa ‘bico de tucano’ em tupi. O Rio 
Araguaia, que corta boa parte da região, também possui origem tupi, significando “rio das araras”. 
 
 
Figura 1 - Mapa dos povos indígenas da Capitania de Goiás, século XVIII. 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
Relação dos povos indígenas do Tocantins, desde o século XVIII, segundo critérios linguísticos 
POVO 
TRONCO 
LINGUÍSTICO 
FAMÍLIA 
LINGUÍSTICA 
LÍNGUA DIALETO 
Karajá Macro-Jê Karajá Karajá Karajá 
Karajá Macro-Jê Karajá Karajá Javaé 
Karajá Macro-Jê Karajá Karajá Xambioá 
Krahô Macro-Jê Jê Timbira Krahô 
Nhrkwãje Macro-Jê Jê Kayapó 
Apinajé Macro-Jê Jê Apinajé 
Akroá Macro-Jê Jê Akwen Akroá 
Xakriabá Macro-Jê Jê Akwen Xakriabá 
Xavante Macro-Jê Jê Akwen Xavante 
Xerente Macro-Jê Jê Akwen Xerente 
Avá-Canoeiro Tupi Tupi-Guarani Avá-Canoeiro 
Fonte: GIRALDIN, Odair. Povos indígenas e não-indígenas: uma introdução à história das relações interétnicas no Tocantins. In: A (trans)formação 
histórica do Tocantins. Goiânia: Ed. UFG, 2004. p. 110. 
 
 
2.1 - A conquista dos povos indígenas 
O processo de colonização do Tocantins foi marcado por diversos confrontos entre colonos e povos 
indígenas. A partir do final do século XVII, bandeirantes paulistas adentraram a região para capturar 
e escravizar os nativos, o que afetou principalmente os Karajá. Posteriormente, o avanço da mineração 
e dos criadores de gado foi respondida com a resistênciaindígena, o que contribuiu para que as 
autoridades coloniais organizassem expedições militares autorizadas a exterminá-los. 
Uma das estratégias adotada pelos colonos para efetivar a conquista da região foi a formação de 
alianças com alguns dos povos indígenas, estimulando conflitos interétnicos. Ademais, o 
alastramento de doenças trazidas pelos europeus também contribuiu para dizimar os nativos. 
Entre os séculos XVIII e XIX, missionários religiosos jesuítas e capuchinhos se encarregaram da 
formação de aldeamentos (missões) para catequizar os povos indígenas e liberar terras para o 
avanço colonial. Diversas revoltas indígenas levaram à destruição e abandono dessas comunidades em 
certas ocasiões, enquanto outras obtiveram êxito. 
Em meados do século XIX, com o intuito de estabelecer ligações entre as províncias de Goiás e do 
Grão-Pará, o governo buscou estimular a navegação entre os rios Araguaia e Tocantins a partir da 
construção de presídios militares, responsáveis pela formação de bandeiras punitivas de indígenas 
considerados hostis. Porém, embora a iniciativa tenha sido exitosa na dispersão de grupos nativos, o 
presídio de Santa Maria, na ilha do Bananal, foi destruído diversas vezes. 
 
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Figura 2 - Aldeamentos indígenas na capitania de Goiás, século XVIII. 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
2.2 - Os povos indígenas na atualidade 
Atualmente, existem dez etnias indígenas com tradições e culturas bastante diversificadas: Karajá, 
Xambioá, Javaé, Xerente, Krahô, Krahô Kanela, Apinajé, Avá-Canoeiro e Pankararu. São 
aproximadamente 20.023 pessoas, segundo dados do IBGE, de 2022. O Tocantins é o segundo estado do 
Brasil com o maior percentual de indígenas vivendo dentro de terras indígenas (75,98%). 
 
 
Figura 3 - Terras Indígenas no Estado do Tocantins 
 
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Apinajé 
A Terra Indígena dos Apinajé está localizada ao norte do Estado, em uma área de 141.904 
hectares, entre os municípios de Tocantinópolis, Maurilândia, Cachoeirinha e Lagoa de São Bento. Com 
uma população aproximadamente 1847 pessoas, os Apinajé vivem da agricultura de subsistência, da 
caça e da coleta de babaçu, do qual extraem o óleo, utilizam a palha para utensílios domésticos e as 
cascas como lenha para cozinhar. Além disso, também produzem artesanato com as sementes. 
 
Iny (Karajá, Xambioá e Javaé) 
Habitantes da Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, Karajá, Xambioá e Javaé 
constituem o Povo Iny (pronuncia-se ‘inã’). Juntos possuem 6.123 indígenas, o maior povo do 
Tocantins. O extrativismo, a pesca e a coleta de frutos do cerrado constituem seus principais meios de 
sobrevivência. 
A pintura corporal, a arte plumária e a produção de artesanato em cerâmica e madeira são 
tradicionais da cultura Karajá são elementos tradicionais de sua cultura. Além disso, dispõem de 
diversas festas e rituais, como o Hetohoky e Aruanã, a Festa do Mel, o Itxeo (Homenagem aos Mortos) e 
o Maarasi (Festa da Alegria). 
Porém, o elemento mais conhecido da cultura Karajá é a produção das bonecas Ritxokò, 
reconhecidas como patrimônio histórico e cultural. Elas representam cenas do cotidiano desse povo, 
como o parto, a morte, a caça e outros espaços e ciclos rituais do povo Karajá. Assim sendo, constituem 
importantes instrumentos de socialização das crianças, contribuindo para a transmissão de elementos 
culturais para as novas gerações. 
 
Figura 4 - Bonecas Karajá. 
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Krahô-Kanela 
Grupo composto por 84 pessoas, os Krahô-Kanela habitam a região centro-oeste do Estado, 
conhecida como Mata Alagada, nas proximidades do município de Lagoa da Confusão. Atualmente, 
vivem do cultivo de pequenas roças e da criação de animais, sendo a menor população indígena do 
Estado. 
 
Krahô 
Nas proximidades dos municípios de Itacajá e Goiatins, os Krahô constituem uma população de 
2.463 pessoas, situada em um território de 302.533 hectares. Sua sobrevivência é garantida 
principalmente a partir do cultivo de roças (milho, batata, feijão etc.). 
Uma curiosidade acerca da cultura dos Krahô é a construção de suas casas, que circundam um 
grande pátio vazio, conhecido como Ka, onde praticam suas festas e a corrida de tora de buriti. 
 
Xerente 
Os Xerente se autodenominam Akwẽ, que significa “indivíduo”, “gente importante”. Atualmente, 
suas terras, que correspondem a 183.542 hectares, estão localizadas na margem direita do rio 
Tocantins, na fronteira com a cidade de Tocantínia. 
Apresentando intenso contato com populações não indígenas situadas nas proximidades de seus 
territórios, os Xerente se notabilizaram pela fabricação de adornos a partir da palha e fibra do babaçu e 
capim dourado, utilizados como adornos em seus festejos ou mesmo comercializados. 
 
Figura 5 - Corrida de tora dos indígenas Xerente. 
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Avá-Canoeiro 
Conhecidos como “Cara Preta” na região do Araguaia, os Avá-Canoeiro se autodenominam Ãwa, 
que significa ser humano. A partir do século XVIII, resistiram fortemente à colonização portuguesa no 
médio e alto Tocantins, chegando a atacar fazendas em Natividade e Porto Imperial (atual Porto 
Nacional). 
Atualmente, pequenos grupos sobrevivem nas regiões de Javaé (Canoanã e Boto Velho), Karajá 
(Santa Isabel), Palmas e no Parque Nacional do Araguaia (Ilha do Bananal). 
 
Pankararu 
Localizados nos municípios de Figueirópolis e Gurupi, os Pankararu são egressos do sertão 
Pernambucano, alcançando o território tocantinense na segunda metade do século XX, após serem 
expulsos por posseiros da aldeia Brejo dos Padres. 
Embora a Terra Indígena Pankararu tenha sido demarcada em 1987, os indígenas do Tocantins 
não quiseram retornar à Pernambuco, o que não os impediu de obterem o reconhecimento como povo 
tocantinense pela Fundação Nacional do Índio (Funai). 
 
 
Segundo o levantamento feito pelo Censo 2022, Tocantínia, Goiatins e 
Tocantinópolis são, respectivamente os municípios com a maior quantidade de 
indígenas do Estado do Tocantins. 
 
 
 
 
 
 
 
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2.3 - Resumo 
No século XVIII, o território tocantinense era habitado pelos seguintes povos indígenas: 
 
 
A conquista europeia sobre os povos indígenas dessa região ocorreu por meio das seguintes estratégias: 
 
 
AVÁ-
CANOEIRO
AKROÁ XAKRIABÁ XERENTE XAVANTE
KRAHÔ APINAJÉ KARAJÁ NHYRKWÃJE PANKARARU
CONQUISTA 
COLONIAL
ESTÍMULO AOS 
CONFLITOS 
INTERÉTNICOS 
ALASTRAMENTO 
DE DOENÇAS
MISSÕES 
RELIGIOSAS
BANDEIRAS 
APRESADORAS
AVANÇO DA 
MINERAÇÃO E 
DA PECUÁRIA
ORGANIZAÇÃO 
DE PRESÍDIOS 
MILITARES
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS DIREITOSHUMANOS 
 
No entanto, as populações indígenas resistiram ao longo dos séculos. Atualmente o território 
tocantinense conta com as seguintes etnias: 
 
POVOS INDÍGENAS CARACTERÍSTICAS 
Iny (Xambioá, Karajá e Javaé) 
- Habitam a Ilha do Bananal 
- Maior povo do Tocantins 
- Bonecas Ritxokò (Karajá): patrimônio cultural 
Xerente 
- Se autodenominam Akwẽ (indivíduo, gente importante) 
- Vivem às margens do Rio Tocantins, nas proximidades com a cidade de Tocantínia. 
- Fabricação de adornos com babaçu e capim dourado (para uso próprio e fins 
comerciais). 
Krahô 
- Habitam os municípios de Itacajá e Goiatins 
- Construção de suas casas ao redor de um grande pátio (Ka) 
Krahô Kanela 
- Habitam a região centro-oeste, em Lagoa da Confusão 
- Menor população indígena do Estado 
Apinajé 
- Habitam o norte do Estado, entre Tocantinópolis, Maurilândia, Cachoeirinha e Lagoa 
de São Bento 
- Praticam a agricultura de subsistência, a caça, e a coleta de babaçu. 
Avá-Canoeiro (Cara Preta) 
- Resistiram fortemente à colonização no Araguaia 
- Habitam as regiões de regiões de Javaé (Canoanã e Boto Velho), Karajá (Santa Isabel), 
Palmas e no Parque Nacional do Araguaia (Ilha do Bananal). 
Pankararu 
- Habitam os municípios de Figueirópolis e Gurupi 
- Originários de Pernambuco, chegaram no Estado no século XX. 
 
 
(CESPE – Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins/2022) 
A maior população indígena que vive no estado do Tocantins atualmente é a do povo 
a) Iny 
b) Ianomâmi 
c) Xokleng 
d) Pataxó 
Comentários 
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- A alternativa A é a resposta. Habitantes da Ilha do Bananal, os Karajá, Xambioá e Javaé 
constituem o Povo Iny. Juntos possuem 6.123 indígenas, sendo o maior povo do Tocantins. 
- A alternativa B está incorreta. Os Yanomami habitam a Floresta Amazônica, em um 
território que corresponde a parte dos Estados de Roraima e Amazonas. 
- A alternativa C está incorreta. Os Kokleng residem à margem do rio Itajaí do Norte, em 
Santa Catarina. 
- A alternativa D está incorreta. Os Pataxó vivem no sul da Bahia e no norte de Minas 
Gerais. 
Gabarito: A 
 
3. A colonização do norte goiano 
Os primeiros registros de presença europeia no Rio Tocantins datam do final do século XVI, 
quando franceses instalados no Maranhão encontraram sua foz junto ao Amazonas. Entre 1594 e 
1615, foram organizadas expedições exploradoras rio acima, tendo uma delas alcançado a foz do 
Araguaia, em 1613. Até então, os interesses de Portugal estavam voltados à empresa açucareira 
concentrada no litoral Nordeste do Brasil. 
Por sua vez, missionários jesuítas ligados à Portugal alcançaram a região de Tocantins somente 
em 1625, tendo à frente o frei Cristóvão de Lisboa. Voltados à catequização dos indígenas, os padres 
fundaram aldeamentos da Palma (atual Paranã) e do Duro (atual Dianópolis). 
Para estimular a exploração dos sertões, a administração portuguesa autorizou a organização 
das bandeiras, expedições particulares que partiam da Capitania de São Paulo em busca de riquezas, 
especialmente metais preciosos e indígenas a serem submetidos à escravização. Vejamos algumas delas: 
▪ Bandeira de Antônio Macedo e Domingos Luís Grau: por volta de 1593, alcançou o leste do 
Tocantins. 
▪ Bandeira de Antônio Rodrigues Arzão: responsável pelo achamento de ouro em Cuiabá 
(Goiás); 
▪ Bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva (“Anhanguera”): localizou jazidas de ouro nas 
cabeceiras do rio Vermelho, batizadas de Minas dos Goyazes. Além disso, percorreu no norte 
goiano, onde encontrou sinais de gado. 
As notícias do achamento de metais preciosos estimularam multidões de portugueses e colonos 
vindos de outras partes do território a se instalarem na região, fomentando a formação de diversos 
povoados no Centro-Sul de Goiás, incluindo Vila Boa, Santa Luzia (Luziânia) e Meia Ponte (Pirenópolis). 
 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
3.1 – A atividade mineradora 
Entre 1730 e 1740, a descoberta de jazidas de ouro ao norte de Goiás estimulou a formação dos 
arraiais de Natividade e Almas, em 1734; Arraias e Chapada, em 1736; Porto Real (atual Porto 
Nacional) e Pontal, em 1738; Conceição, Carmo e Taboca, em 1740; e Príncipe, em 1770. Neste período, 
a região era uma das principais produtoras de ouro da capitania. 
 
Figura 6 - Principais arraiais da mineração em Goiás, século XVIII. 
 
Para restringir o contrabando de ouro no Norte goiano, a Coroa portuguesa proibiu a 
navegação fluvial sobre os rios Tocantins e Araguaia, isolando a região em relação às capitanias 
vizinhas. Um único caminho terrestre de acesso à capitania era autorizado pela Coroa, que perpassava 
por São Paulo e o Rio de Janeiro. 
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Foram estabelecidas as “entradas”, imposto obrigatório a todas as mercadorias importadas e 
exportadas na região mineradora, e as “contagens”, postos fiscais destinados à contabilização do gado, 
do fluxo populacional e de mercadorias em geral. Finalmente, existia a cobrança do dízimo, tributo de 
10% sobre a produção agropecuária. 
Comandada pelo capitão-mor Bartolomeu Bueno da Silva, a região das minas dos Goyazes foi 
mantida sob a jurisdição da capitania de São Paulo até 1744, quando foi criada a Capitania de Goiás. 
Com isso, a administração do atual território tocantinense foi submetida à longínqua Vila Boa (atual 
Goiás Velha), sede da capitania. 
 
3.2. – A crise da mineração e a pecuária 
A partir da década de 1770, a mineração entrou em declínio na Capitania de Goiás. Diante da 
escassez do ouro, habitantes de diversas municipalidades se viram forçados a garantirem sua 
sobrevivência a partir do plantio de alimentos, o que fez prevalecer a agricultura de subsistência. 
Outros preferiram abandonar a região, afugentados pelos impostos cobrados pela administração 
mesmo com o declínio do ouro de aluvião. 
Na virada para o século XIX, a economia do norte goiano voltou-se à atividade agropastoril, 
especialmente a pecuária. Cabe destacar que a criação de gado no norte goiano coexistiu com a 
atividade mineradora, sendo considerada anterior a esta por muitos historiadores. Em 1734, após a 
formação do arraial fortificado de Palma, voltado à escravização de indígenas Akroá, muitos colonos 
desceram o Rio Tocantins e assentaram fazendas de gado após a barra do Paraná. A descoberta de ouro 
na região estimulou a formação de novas fazendas, voltadas ao abastecimento da população local. 
Diante da crise da mineração, as autoridades revogaram as restrições sobre a navegação fluvial 
e o uso dos caminhos terrestres, o que estimulou o comércio de couro e animais vivos para províncias 
vizinhas, como o Maranhão e o Pará. Pela sua maior proximidade com o Pará, a partir do Rio Tocantins, 
as fazendas de gado do norte da capitania importavam o sal, produto essencial para a digestão e engorda 
dos animais. 
Apesar do seu crescimento, a pecuária no norte goiano entrou em decadência em meados do 
século XIX. Vejamos algumas razões que contribuíram para isso: 
▪ Resistência indígena: diante do avanço da frente pecuarista, os Canoeiros e outros grupos 
indígenas promoveram sucessivos ataques sobre as fazendas de gado. Muitos fazendeiros 
reagiram com a organização de bandeiras, com o intuito de punir e escravizar os nativos, o que 
não foi suficiente para forçar muitas fazendas e até distritos serem abandonados pelos colonos. 
▪ Limitações da navegação fluvial: o elevado custo da mão de obrados remeiros e os danos 
gerados pelas cachoeiras e outros obstáculos naturais restringiam o uso do rio 
Tocantins/Maranhão; enquanto o Araguaia, apesar de sua maior navegabilidade, não contava 
com postos de abastecimento em boa parte do seu percurso, além de ser alvo de constantes 
ataques dos indígenas Canoeiros. 
▪ Caráter rudimentar: com o fim do tráfico negreiro, em 1850, a pecuária foi baseada no trabalho 
livre de vaqueiros negros e mestiços, mas a pouca oferta de mão de obra limitou o crescimento 
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da atividade e do tamanho dos rebanhos. Além disso, os remédios caseiros e outras técnicas 
precárias empregadas no manejo dos animais não impediam que os criadores tivessem perdas 
consideráveis de animais. 
Diante desses impasses, a integração econômica do território tocantinense em relação ao 
mercado nacional ocorreu de maneira lenta, prejudicada pelos custos de transportes e escassez 
de mão de obra. Além disso, foi baseada na produção agropecuária, que ainda hoje constitui a 
base econômica do Estado do Tocantins, sendo conciliada com a economia de subsistência. 
 
 
Figura 7 – Atividades econômicas na Capitania de Goiás, século XVIII. 
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3.3 – Escravidão e resistência negra 
Assim como nas demais regiões mineradoras, a sociedade norte goiana do século XVIII era 
assentada na escravidão africana. Na exploração dos veios auríferos em córregos, ribeirões e rios, os 
cativos eram submetidos a longas jornadas de trabalho, com os pés submersos na água e sob um calor 
fatigante, o que contribuía para que muitos contraíssem doenças pulmonares. Com isso, a vida média 
de um escravizado nas minas era de cerca de 12 anos. 
 
 
Figura 8 - Rugendas, Johann Moritz. Uso da bateia e lavagem do ouro, 1835. Domínio público. 
 
Fora do garimpo, mulheres e homens escravizados estavam à frente do trabalho doméstico das 
casas senhoriais e do cultivo de roças. Também exerciam ofícios urbanos, destacando-se como ferreiros, 
carpinteiros, vendedores de alimentos (escravos de ganho) e mensageiros, entre outros. Com 
crescimento da pecuária no norte goiano, muitos escravizados foram empregados nas fazendas de gado. 
Entre os séculos XVIII e XIX, os homens brancos proprietários de escravizados constituíam uma 
pequena elite política e econômica do norte goiano, atuando como funcionários da Coroa, mineradores, 
grandes criadores de gado e comerciantes. Abaixo deles estavam os homens livres e pobres, brancos e 
mestiços, que atuavam como empregados das fazendas, lavradores, capatazes e vaqueiros. Por fim, os 
escravizados, que representavam a base da produção das minas e das fazendas da região. 
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Em resistência à opressão senhorial, os escravizados adotaram diversas formas de resistência, 
incluindo fugas, quilombos, revoltas, assassinatos, suicídios, roubos, abortos e sabotagens. Durante o 
século XVIII, documentos emitidos pelas autoridades da capitania de Goiás registram a existência de 
quilombos em regiões como Tocantins, Arraias, Meia Ponte, Crixás, Paracatu, Três Barras. Para 
garantirem sua manutenção, muitos realizavam trocas com taberneiros, roceiros e comerciantes de 
arraiais e vilas vizinhas. 
 
 
Figura 9 - Quilombos da Capitania de Goiás, século XVIII. 
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Comunidades Quilombolas no Tocantins 
As comunidades remanescentes de quilombos são grupos sociais cuja identidade étnica até hoje 
se distingue de boa parte da sociedade brasileira, a partir da confluência de diversos fatores – 
ancestralidade comum, formas de organização social, aspectos culturais, entre outros. A Constituição de 
1988 reconhece às comunidades descendentes de quilombos o direito à propriedade de seus 
territórios coletivos, sendo a certificação realizada pela Fundação Cultural Palmares (FCP). 
De acordo com o Censo 2022, atualmente o Estado do Tocantins conta com uma população 
composta por 12.881 quilombolas, o que representa 0,97% da população total. Trata-se da segunda 
maior população quilombola da região norte, ficando atrás somente do Pará. 
As cidades de Arraias (1.572), Chapada da Natividade (1.304) e Mateiros (1.190) são aquelas que 
possuem as maiores populações quilombolas, sendo a última aquela com a maior população quilombola 
proporcionalmente à população total (43,3%). 
 
 
Figura 10 - Quilombos do atual Tocantins 
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3.4. - Resumo 
A partir do século XVIII, o norte goiano enfrentou duas realidades econômicas distintas: 
 
 
 
Cabe destacar que a decadência da pecuária norte goiano está atrelada aos seguintes fatores: 
 
 
 IMPORTANTE: A integração econômica do território tocantinense em relação ao mercado 
nacional ocorreu de maneira lenta, prejudicada pelos custos de transportes e escassez de mão 
de obra. Além disso, foi baseada na produção agropecuária, que ainda hoje constitui a base 
econômica do Estado do Tocantins, sendo conciliada com a economia de subsistência. 
MINERAÇÃO
•Décs. 1730-1740
•Baseada na escravidão africana
•Estimulou a formação de 
povoamentos.
•Declínio na década de 1770.
ATIVIDADE AGROPASTORIL
•Agricultura de subsistência
•Expansão da pecuária até 
meados do século XIX
•Escassez de mão de obra e custos 
elevados do transporte fluvial.
•Integração lenta e incompleta 
em relação à economia nacional. 
LIMITAÇÕES DA 
PECUÁRIA
Resistência 
indígena
Limitações da 
navegação fluvial
Escassez de mão 
de obra
Técnicas 
rudimentares
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4. As primeiras manifestações do discurso autonomista 
O Estado do Tocantins foi criado somente em 1988, a partir da promulgação da Constituição 
brasileira. Porém, em diversos momentos de sua história verificou-se a existência de ações, projetos e 
discursos favoráveis à emancipação do território da administração de Goiás. A seguir, abordaremos 
aqueles ocorridos entre os séculos XVIII e XIX. 
 
4.1 - A revolta dos mineiros do Norte (1736) 
A primeira manifestação separatista do Norte em relação ao governo Centro-Sul de Goiás 
ocorreu na primeira metade do século XVIII, quando a administração portuguesa determinou que o 
imposto de capitação sobre as minas do Norte seria mais elevado do que aquele a ser pago pelas 
minas do centro-sul. 
 
A capitação era um imposto que delimitava uma taxa a ser paga por cada escravizado 
utilizado na região mineradora pelos seus senhores. A cobrança recaía não somente 
entre os mineradores, mas comerciantes detentores de escravizados envolvidos em 
outras atividades comerciais. 
 
Para as autoridades locais, a medida era justificada, pois, embora as minas do Tocantins e do 
Norte fossem mais ricas que as do Centro-Sul, a arrecadação de impostos sobre as minas daquela região 
era inferior a obtida nas minas dos Goyases. Além disso, a capitação foi consideradacomo um imposto 
mais seguro que a cobrança do quinto sobre o ouro em pó. 
Ficou estabelecido que a cobrança para as minas do sul seria a mesma que vigorava em Minas 
Gerais, isto é, “quatro oitavas e três quartos. Em Crixás, de mais alto rendimento, elevou-se a seis oitavas 
e um quarto e, nas minas do Tocantins, mais ricas que as de Crixás, sete oitavas e três quartos”.1 
 
 
1 PALACIN apud CAVALCANTE, 2003, p. 21. 
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A discriminação fiscal gerou a revolta dos mineradores do Norte, que ameaçaram o 
desligamento da região em relação à Superintendência do Centro-Sul e se unirem ao Maranhão. 
Historicamente isolada em relação à administração local, a população da região Norte considerou a nova 
política tributária injusta. 
Diante do discurso rebelde, o governo da capitania organizou o primeiro Batalhão de Dragões, 
força de caráter militar e policial, para impor sua autoridade sobre o Norte e garantir o pagamento dos 
impostos. Porém, a situação foi pacificada diante da adoção das seguintes medidas: 
▪ redução da taxa de capitação aos níveis das minas do Sul; 
▪ anistia dos rebeldes e dos impostos do ano anterior; 
▪ criação da Intendência de capitação em Traíras, o que evitou longas viagens dos mineiros do 
Norte em direção ao sul. 
A cobrança da capitação perdurou até 1750, quando foi substituída pela cobrança do quinto 
nas casas de fundição do ouro. Para evitar o contrabando, a circulação do ouro em pó foi proibida, 
sendo construídas duas casas de fundição: 
▪ a de Vila Boa, em 1751, 
▪ e a de São Félix, no Norte de Goiás, em 1754. 
Em 1807, a crise da mineração estimulou a extinção da casa de fundição em São Félix. 
 
4.2 – A criação da Comarca do Norte 
A crise na mineração e o isolamento da região Norte da província de Goiás contribuíram para 
que o desembargador português Teotônio Segurado propusesse as seguintes iniciativas: 
▪ Dividir a Província de Goiás em duas comarcas; 
▪ Promover a navegação do Rio Araguaia, a fim de estimular o comércio com o Pará; 
▪ Conduzir a abertura de uma estrada ligando o Rio de Janeiro ao Pará, passando por Goiás; 
▪ Impulsionar a comunicação entre o Rio de Janeiro e o Pará por meio de um serviço de correios. 
 
 
PROPOSTAS DE 
SEGURADO
PROMOVER A 
NAVEGAÇÃO DO 
ARAGUAIA
ABERTURA DE UMA 
ESTRADA ENTRE O RIO 
DE JANEIRO E O PARÁ
CRIAÇÃO DE UM 
CORREIO
DIVISÃO DA 
PROVÍNCIA EM DUAS 
COMARCAS
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As propostas de Segurado tiveram a consideração do governante da província, Francisco de Assis 
Mascarenhas, e do príncipe-regente D. João. Assim sendo, a partir do Alvará de 18 de março de 1809, a 
região de Goiás foi dividida em duas Comarcas: 
▪ a Comarca de Goiás, com sede em Vila Boa; 
▪ e a Comarca do Norte, com sede em São João das Duas Barras. 
 
 
 
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A Comarca do Norte compreendia os julgados de Porto Real, Natividade, Conceição, Arraias, São 
Félix, Cavalcante, Traíras e Flores. Na ocasião, Teotônio Segurado foi nomeado para a sua administração. 
Durante o seu governo na comarca, a navegação pelo Rio Tocantins (ou Maranhão) foi intensificada, 
e, consequentemente, o comércio com o Pará. 
Para estimular o povoamento do Extremo Norte da Capitania, Segurado determinou que a sede 
da nova Comarca seria construída na confluência do rio Araguaia com o Tocantins, sob o nome de São 
João das Duas Barras. Contudo, o solo inapropriado para a agricultura e o grave isolamento da região 
contribuíram para que outra localidade fosse escolhida. 
A partir do Alvará de 25 de fevereiro de 1814, o príncipe-regente decretou a construção da nova 
sede da Comarca do Norte região escolhida pela sua posição central, batizada de Vila Barra da Palma 
(atual Paranã). 
A Comarca do Norte compreendia os julgados de Porto Real, Natividade, Conceição, Arraias, São 
Félix, Cavalcante, Traíras e Flores. Para o seu governo, foi nomeado o então ouvidor da Capitania de 
Goiás, Joaquim Teotônio Segurado. 
 
4.3 – Governo Independente do Norte (1821-1823) 
A eclosão da Revolução Liberal do Porto, em Portugal, motivou a deposição das autoridades 
administrativas de diversas províncias do Brasil por membros das elites locais, sendo substituídas por 
juntas governamentais. Em Goiás, as tentativas de afastamento do capitão-general Sampaio provocaram 
intensos conflitos ao sul província, entre 1821 e 1822. 
Em 14 de setembro de 1821, Teotônio Segurado determinou a criação do Governo 
Independente do Norte, com capital provisória em Cavalcante. O movimento buscava o desligamento 
da região em relação ao governo da Comarca Sul, mas não em relação à Coroa portuguesa. 
 
Figura 11 - Teotônio Segurado, principal líder do Governo Independente do Norte. 
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Foi organizada uma Junta Provisória para o exercício do poder, presidida pelo desembargador 
Teotônio Segurado até janeiro de 1822. Vejamos o seu discurso proferido no período: 
 
Proclamação ao povo da Palma 
Habitantes da Comarca da Palma! É tempo de sacudir o jugo de um governo despótico; 
todas as províncias do Brasil nos têm dado este exemplo; os nossos irmãos de Goiás 
fizeram um esforço infrutífero, ou por mal delineado, ou por ser rebatido por força 
superior. Eles continuaram na escuridão, e até um dos principais habitantes desta 
comarca ficou a ferros. 
Palmenses! Sejamos livres e tenhamos segurança pessoal; unamo-nos e principiemos 
a gozar as vantagens que nos promete a constituição! Abulam-se esses tributos que nos 
vexam ou por sermos os únicos que as pagamos, ou por não serem conformes às antigas 
leis adaptáveis a esta pobre Comarca [...]. 
Viva a nossa Santa religião. Viva o Sr. D. João VI. Viva o Príncipe Regente e toda a Casa 
de Bragança. Viva a Constituição que se fizer nas Cortes reunidas em Lisboa. 
Disponível em: <https://oestadodotocantins.com.br/page15.html>. Acesso em: 19 dez. 2023. 
 
A emancipação do Norte goiano foi defendida por Segurado, que considerou os seguintes pontos: 
▪ Existia um isolamento geográfico da região em relação à sede governo provincial, o que 
prejudicava os interesses das elites locais em questões de natureza administrativa e 
orçamentária; 
▪ A região Norte era onerada em impostos, mas não possuía assistência do governo provincial ou 
representação política garantida. Assim sendo, o novo governo promoveu a abolição de 
diversos tributos. 
Em outubro de 1821, Teotônio Segurado decretou a transferência da capital para Arraias, o 
que desagradou os membros das elites de Cavalcante. Em janeiro do ano seguinte, o desembargador 
partiu para Portugal para atuar como deputado constituinte e representante de Goiás, sendo substituído 
pelo tenente-coronel Pio Pinto Cerqueira. 
Durante o seu governo, Cerqueira determinou a transferência da capital para Natividade, 
além de decretar a destituição de Febrônio José Vieira Sodré do cargo de ouvidor, para que ele próprio 
pudesse ocupar o posto. Na sequência, decretou a prisão de lideranças de Cavalcante e da vila de Palma 
que permaneceram fiéis ao antigo ouvidor, o que as motivou a tentarem refúgio em Arraias. 
 
 
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Entre os fatores que contribuíram para a crise do Governo Independente do Norte, destacam-se: 
▪ crise econômica: a carência de recursos públicos, agravada pela abolição de diversos tributos 
pelo novo governo, contribuiu para o esgotamento do movimento; 
▪ ausência de uma liderança central: nenhuma figura conseguiu se afirmar como liderança 
política após a partida de Segurado, o que estimulou os políticos a se voltarem apenas aos seus 
interesses locais. Assim sendo, a junta de governo permaneceu “anencéfala”; 
▪ conflitos entre as elites: as rivalidades entre lideranças políticas de Palmas, Cavalcante, Arraias 
e Natividade contribuíram para a desagregação da Junta Provisória. Por um lado, parte da classe 
política aderiu à liderança de Cerqueira, que defendia a independência do Brasil, enquanto 
vereadores de Palmas e Cavalcante não reconheciam o governo em Natividade e não 
manifestavam convicções claras acerca da independência do Brasil. Por fim, lideranças de 
Traíras, São Domingos e Chapéu, assim como parte dos políticos de Arraias, mantiveram sua 
lealdade à Junta de governo recém-instalada em Goiás. 
Ciente dessas divergências, a Junta de Governo ao Sul de Goiás, tendo à frente o padre Camargo 
Fleury, mobilizou esforços para reanexar a região Norte, adotando as seguintes medidas: 
▪ Decretação do fechamento do Clube de Natividade, principal foco de oposição à unidade política; 
▪ Decretação da prisão do capitão Cardoso, figura contrária à reunificação; 
▪ Obtenção de apoio de D. Pedro I e de José Bonifácio, manifestado pela emissão de uma portaria 
em junho de 1823, que proibia a multiplicidade de governo em uma mesma província. 
Com isso, verificou-se o fim do Governo do Norte e a reunificação da Província em 1823, sob 
a liderança do padre Camargo Fleury. Os anos seguintes foram marcados por algumas manifestações 
separatistas de líderes de Porto Nacional, mas apenas no plano do discurso político. 
 
 
ATENÇÃO: Durante o século XX, lideranças favoráveis à criação do Estado do Tocantins 
retomaram elementos do movimento divisionista do século anterior, com o intuito de 
legitimarem seu projeto político. Partindo desses usos políticos do passado, esses 
políticos buscaram forjar uma tradição separatista, sugerindo serem seus 
continuadores. 
 
 
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4.4 – Propostas no Segundo Reinado 
Durante o Segundo Reinado (1840-1889), propostas favoráveis à emancipação do atual 
território tocantinense estiveram presentes na política imperial. Vejamos: 
▪ Em 1863, durante o Segundo Reinado, o Visconde de Taunay, então deputado da Província de 
Goiás, defendeu a criação da Província da Boa Vista do Tocantins, com sede em Boa Vista 
(Tocantinópolis); 
▪ Em 1889, um projeto de autoria de Fausto de Souza propôs a redivisão do Império em 40 
províncias, constando a do Tocantins na região que compreendia o norte goiano. 
 
(CONSULDERH – Prefeitura Municipal de Tupirama/TO –2012) 
O maior idealizador pela criação do Estado do Tocantins no século XIX foi: 
a) Joaquim Teotônio Segurado 
b) José Wilson Siqueira Campos 
c) Mauro Borges 
d) Pedro Frederico Teixeira 
Comentários 
- A alternativa A é a resposta. Em 14 de setembro de 1821, o desembargador português 
Teotônio Segurado determinou a criação do Governo Independente do Norte, com capital 
provisória em Cavalcante. 
- A alternativa B está incorreta. Siqueira Campos foi uma das principais lideranças 
favoráveis à criação do Estado do Tocantins no século XX. 
- A alternativa C está incorreta. Mauro Borges Teixeira foi governador de Goiás no século 
XX. 
- A alternativa D está incorreta. Pedro Frederico Teixeira não foi uma liderança favorável 
à emancipação do Norte Goiano no século XIX. 
Gabarito: A 
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4.5 - Resumo 
 A seguir, as primeiras manifestações separatistas do Norte goiano em relação ao governo centro-
sul de Goiás: 
 
MANIFESTAÇÕES AUTONOMISTAS DESCRIÇÃO 
 
A revolta dos mineiros do norte (1736) 
- Estopim: decretação do imposto da capitação 
mais elevado na região do que nas demais 
- Mineiros ameaçaram o rompimento com o 
governo de Goiás, mas foram contidos. 
 
 
Criação da Comarca do Norte 
- Estimulada pelo desembargador Teotônio 
Segurado 
- Província de Goiás dividida em duas comarcas: a 
de Goiás (sede em Vila Boa) e a do Norte (sede em 
São João das Barras). 
- Criação da Vila Barra da Palma (atual Paranã). 
 
 
Governo Independente do Norte (1821-1823) 
- 1821: Proclamação do Governo Independente 
do Norte, com capital em Cavalcante 
- Buscou o desligamento em relação ao sul, mas 
não da Coroa portuguesa. 
- Junta provisória liderada por Segurado 
- 1823: Conflitos entre elites e outros aspectos 
estimularam a reanexação. 
 
Propostas autonomistas no Segundo Reinado 
- 1863: Visconde de Taunay defendeu a criação da 
Província da Boa Vista do Tocantins 
- 1889: Fausto de Souza propôs a criação da 
província de Tocantins 
 
 
 
 
 
 
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5. Lista de Questões 
1. (AOCP – SECAD/TO – Historiador – 2012) 
Sobre a população indígena no estado do Tocantins, é correto afirmar que os 
a) Apinajés vivem ao sul, na ilha do Bananal e dedicam-se principalmente à pesca, não praticando a 
agricultura. 
b) Carajás (Karajás) e os Javaés pertencem ao povo Iny e, após muitas migrações, devidas às invasões 
de seus territórios, acabaram fixando-se na ilha do Bananal. 
c) povos indígenas do estado do Tocantins são hábeis na pesca, mas desconhecem a agricultura. 
d) Xerentes e os Caiovás são povos indígenas das zonas florestadas e ainda são muito arredios, vivendo 
da pesca e da coleta de frutos. 
e) indígenas do Tocantins são hábeis nas artes plumárias e no artesanato em palha, mas desconhecem 
as artes cerâmicas e não comercializam o que produzem, resguardando apenas o valor cultural do seu 
artesanato. 
 
2. (CESGRANRIO – SEDUC/TO – Professor de História/2009) 
“Na dinâmica da economia de mineração, primeira metade do século XVIII, assinala-se a manifestação 
inicial de oposição do Norte ao Centro-Sul de Goiás. Esse fato aconteceu em razão de ser determinado 
um imposto de capitação às minas do Norte mais elevado que o das minas dos Goyazes”. 
CAVALCANTE, Maria do Espírito Santo Rosa. O discurso autonomista do Tocantins. São Paulo. Edusp. 2003. p. 21. 
Considerada a primeira manifestação do sentimento separatista do norte goiano, futuro Estado do 
Tocantins, a reação a esse arrocho fiscal sobre a região motivou, no século XVIII, a 
a) substituição do imposto de capitação pelo quinto cobrado em casas de fundição 
b) divisão da Província de Goiás em Comarca de Goiás e Comarca do Norte. 
c) promoção da navegação do rio Tocantins para escoar a produção de café. 
d) vinculação administrativa do norte goiano ao Estado do Grão-Pará e Maranhão. 
e) criação da Capitania Real de Boa Vista do Tocantins. 
 
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3. (FUNIVERSA – Prefeitura de Palmas/TO – Professor de História/2005) 
Além de ser um dos berços culturais do Estado, Natividade chega aos 271 anos como uma cidade de 
ímpeto eresistência à submissão desde os seus primeiros habitantes ao ícone separatista Teothônio 
Segurado. 
(Jornal do Tocantins, de 01/096/2005). 
Sobre Natividade, pode-se afirmar: 
a) Natividade foi sede da região então denominada de Comarca de São José das Duas Barras, quando o 
território de Minas Gerais foi dividido em duas comarcas 
b) Foi a cidade que germinou o ideal separatista da Região Norte de Goiás, entre os anos de 1809 e 1815. 
c) O revolucionário Luiz Carlos Prestes e os membros de sua coluna nunca passaram pela cidade. 
d) As ruínas da Igreja de Nossa Senhora dos Rosários dos Pretos foram iniciadas pelos índios, de etnia 
Xavante. 
e) Nenhuma das respostas acima. 
 
4. (CESPE – Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins –2022) 
Com relação à história do estado do Tocantins, assinale a opção correta. 
a) O movimento pela independência do norte goiano iniciou-se na década de 1930, durante o governo de 
Getúlio Vargas, no contexto de criação dos territórios do Amapá, do Guaporé e de Roraima. 
b) Nas décadas de 1730 e 1740, ocorreram as descobertas auríferas no norte de Goiás e a formação dos 
primeiros arraiais onde se situa o Tocantins. Essa descoberta impulsionou a ida de pessoas de todas as 
partes para o território, razão por que a composição social da população é bem heterogênea. 
c) Com o objetivo de centralizar a administração e o desenvolvimento da navegação dos rios Tocantins e 
Araguaia no século XIX, o governo federal uniu as comarcas do norte e do sul, criando a Capitania de Goiás. 
d) A colonização do Centro-Oeste foi movida pela expansão da fronteira agrícola realizada pelo Estado 
brasileiro e esteve relacionada ao apogeu dos ciclos do cacau e da borracha. 
 
 
 
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5. (CESPE – Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins –2022) 
No que se refere às comunidades quilombolas existentes no estado do Tocantins, essas comunidades podem 
ser caracterizadas, do ponto de vista histórico-territorial, como comunidades 
a) remanescentes de quilombos, formados, em sua maioria, por descendentes de pessoas negras 
escravizadas. 
b) rurais, formadas por populações de origem indígena e que vivem de agricultura sustentável. 
c) desterritoritorializadas e aculturadas, já que perderam suas raízes culturais tradicionais. 
d) geraizeiras, uma autodenominação decorrente do fato de viverem em áreas de Cerrado nativo. 
 
6. (CESPE – Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins – 2018) 
No Tocantins, o principal caminho utilizado no processo de povoamento do território foi o 
a) do Rio São Francisco. 
b) da Estrada Real. 
c) do Caminho de Peabiru. 
d) do Rio Tocantins. 
 
7. (COPESE/UFT – Câmara Municipal de Palmas do Tocantins/TO –2018) 
O nome Araguaia, um dos mais importantes rios do estado do Tocantins, possui origem Tupi, cujo significado 
é: 
a) Rio dos papagaios gigantes. 
b) Rio das araras vermelhas. 
c) Rio dos tucanos pequenos. 
d) Rio das jandaias amarelas. 
 
 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
8. (COPESE/UFT – Câmara Municipal de Palmas do Tocantins/TO –2022) 
As descobertas das minas de ouro no norte de Goiás formaram os primeiros povoados no território, onde 
hoje está situado o estado do Tocantins. No conjunto das primeiras cidades criadas, podemos citar: 
a) Natividade, Arraias e Porto Real. 
b) Goiânia, Uruaçu e Miracema. 
c) Palmas, Cavalcante e Uberlândia. 
d) Brasília, Pedro Afonso e Araguaína. 
 
9. (COPESE/UFT – Prefeitura Municipal de Porto Nacional/TO –2015) 
Indique a alternativa CORRETA. 
a) Porto Nacional teve início com a comunidade indígena Javaé, que vivia nas margens do rio Balsas, nas 
imediações da praia de Porto Real. 
b) Porto Nacional teve origem no século XVIII, por ser passagem obrigatória entre dois centros de mineração: 
Monte do Carmo e Bom Jesus do Pontal. 
c) A história de Porto Nacional está intimamente ligada à construção da BR 153, marco do desenvolvimento 
de muitas outras cidades do então Norte goiano. 
d) A tribo dos Carajás foram os primeiros habitantes da região que hoje se denomina Porto Nacional e 
sua área era compreendida entre os rios Andorinhas e Lontras. 
 
10. (CESGRANRIO – Assembleia Legislativa do Estado de Tocantins/TO –2005) 
Durante o Império brasileiro, o governo, mesmo que timidamente, procurou estimular atividades que 
pudessem favorecer o desenvolvimento da região do atual Estado do Tocantins. As tentativas de desenvolver 
a navegação com fins comerciais, por exemplo, mostraram-se infrutíferas, entre outros fatores, porque: 
a) não havia um produto comercialmente exportável que mantivesse a região ligada às demais províncias. 
b) não havia vias de acesso da região litorânea para a área em questão. 
c) a distância entre os núcleos populacionais não permitia o uso intensivo do curso dos rios. 
d) a fraca densidade populacional não comportava a intensidade do uso do rio. 
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e) a pecuária, principal produto regional, estimulava o isolacionismo, já que sua produção é autossuficiente, 
pois independe de qualquer outro comércio. 
 
11. (CESGRANRIO – Assembleia Legislativa do Estado de Tocantins/TO –2005) 
A autonomia da região do atual Estado do Tocantins em relação a Goiás, efetivada inteiramente apenas em 
1988, já era antigo desejo da população local. Ao longo dos séculos XVIII e XIX houve episódios que 
evidenciaram este ideal de emancipação, tendo sido o primeiro deles a(o): 
a) criação do Clube da Natividade. 
b) criação da Comarca do Norte, por alvará de D. João. 
c) fundação da CONORTE. 
d) transferência da capital do antigo Estado para Palmas. 
 
e) levante dos mineradores do Norte contra as diferenças fiscais. 
 
12. (CESGRANRIO – Assembleia Legislativa do Estado de Tocantins/TO –2005) 
A região do atual Estado do Tocantins, mesmo antes de sua criação, já havia estado separada do sul do antigo 
Estado de Goiás. Em 1821, o ouvidor da Comarca da Palma declarava a independência da região em relação 
ao sul, porém: 
a) proclamava também a República do Tocantins. 
b) expulsava todos os portugueses da Província de Goiás. 
c) transferia a capital para Vila Boa, cidade situada ao sul da Província. 
d) abolia, ainda, a escravidão africana e a indígena na Capitania de Goiás. 
 
e) mantinha a fidelidade à Corte portuguesa e a D. João VI. 
 
 
 
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13. (CESGRANRIO – Assembleia Legislativa do Estado de Tocantins/TO –2005) 
Assinale a afirmativa que justifica o fato de, até o século XVII, a região do atual Estado do Tocantins ser muito 
pouco conhecida. 
a) Durante a União Ibérica, Portugal havia perdido a região para a França, que nunca revelou qualquer 
interesse pelo território. 
b) Portugal privilegiou a ocupação do litoral brasileiro, região onde era obtida a cana-de-açúcar, o principal 
produto de exportação na época. 
c) Com a finalidade de defender o litoral brasileiro das investidas holandesas, Portugal proibiu a fixação de 
colonos no interior. 
d) As pesquisas científicas já haviam revelado a inexistência de riquezas minerais na região, o que levou ao 
desinteresse na ocupação, por parte do governo português. 
 
e) Os rios Tocantins e Araguaia, por serem rios de planalto, portanto, caudalosos,dificultavam o acesso da 
população à região, o que só foi facilitado pela abertura de rodovias no século XX. 
 
14. (CESGRANRIO – Assembleia Legislativa do Estado de Tocantins/TO –2005) 
A capital do Estado do Tocantins, Palmas, recebeu este nome em homenagem à Comarca de São João da 
Palma, sede de um movimento separatista de grande repercussão, ocorrido entre 1821 e 1824. 
 
O fracasso deste movimento pode ser explicado, entre outros fatores, pela(s): 
a) impossibilidade de instalar um governo independente em relação à Coroa Espanhola, sem recursos 
financeiros e econômicos que o sustentasse. 
b) imediata reação do governo português, enviando à região tropas que mantiveram a província unificada. 
c) localização geográfica da região, distante do poder central brasileiro, sediado no Rio de Janeiro. 
d) morte do principal líder, Manoel Sampaio, deixando sem rumo os revolucionários emancipacionistas. 
 
e) divergências internas quanto à abrangência da emancipação. 
 
15. (CESGRANRIO – Assembleia Legislativa do Estado de Tocantins/TO –2005) 
O povoamento da região do atual Estado do Tocantins foi tardio em relação a grande parte do Brasil e, 
ainda hoje, sua população representa apenas 0,7% da população brasileira. 
 
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O início do efetivo povoamento do território se deveu: 
a) à atividade mineradora que se intensificou com a descoberta de ouro no sul do Estado, promovendo o 
crescimento dos primeiros núcleos coloniais. 
b) à ação dos jesuítas que, ao se dedicarem ao trabalho missionário, deram origem às principais cidades do 
Tocantins atual: Palmas, Natividade e Xambioá. 
c) à colonização do interior das terras brasileiras graças às investidas dos bandeirantes para aprisionamento 
dos negros quilombolas, para servirem de mão-de-obra nas lavouras açucareiras de São Paulo. 
d) ao uso intensivo das vias fluviais que cortam a região, graças à instalação das charqueadas que 
incrementaram o aparecimento dos núcleos populacionais. 
 
e) aos bandeirantes portugueses que, ao vasculharem a região para prear índios, mantinham povoamentos 
nas aldeias destruídas. 
 
16. (COPESE/UFT – Prefeitura Municipal de Palmas/TO –2013) 
“O marco inicial da luta pela criação do Estado do Tocantins foi a instalação da Comarca do Norte, em 1809, 
quando D. João VI dividiu a então Província de Goyaz em duas unidades da federação. O primeiro nome do 
hoje Tocantins foi São João de Duas Barras e a sede da Comarca foi instalada na Vila do mesmo nome. Mais 
tarde a Vila ganhou o nome de São João da Palma.” 
“A verdadeira história da criação do Estado do Tocantins.” Estado do Tocantins, n. 3, dez. 1989, p. 04. APUD OLIVERIA, 
Rosy. “A invenção do Tocantins.” In: GIRALDIN, Odair (Org). A (trans)formação histórica do Tocantins. Goiânia: Editora da 
UFG, 2004, p. 17. 
 
Sabendo que o trecho acima faz parte da “história” escrita por aqueles que defendiam a criação do Estado 
do Tocantins em 1988, o historiador deve 
a) estudar os eventos de 1809 como parte da história de luta do Tocantins por sua autonomia, reforçando a 
memória do Estado e cumprindo o papel social do historiador. 
b) reconstruir as conexões históricas que ligaram os eventos de 1809 a 1988 através de pesquisa científica, 
abdicando, quando for o caso, da crítica das fontes que indiquem tal ligação. 
c) reforçar, através de pesquisas empíricas, o discurso regional visto o papel do historiador na construção 
das identidades socais. 
d) problematizar a relação artificial que os partidários da autonomia do Tocantins estabeleceram entre 1809 
e 1988, mostrando que ela se adequava aos interesses políticos daquele grupo, o que se configura como uso 
político do passado. 
 
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17. (CONSULDERH – Prefeitura Municipal de Tupirama/TO –2012) 
O maior idealizador pela criação do Estado do Tocantins no século XIX foi: 
a) Joaquim Teotônio Segurado 
b) José Wilson Siqueira Campos 
c) Mauro Borges 
d) Pedro Frederico Teixeira 
 
18. (CESPE – Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins/2022) 
A maior população indígena que vive no estado do Tocantins atualmente é a do povo 
a) Iny 
b) Ianomâmi 
c) Xokleng 
d) Pataxó 
 
19. (Universidade Federal de Tocantins/2012) 
No período de 1780-1835, a população do norte da capitania de Goiás era composta, na sua maioria por 
homens denominados pretos, sendo que pardos e brancos compunham um grupo minoritário. Para 
exemplo, no ano de 1780 os pretos perfaziam 67% da população nortista, os pardos, 22,3% e os brancos 
10,7%. Sendo assim, a referida região constituia-se de 89,3% de pessoas de cor. 
Adaptado de APOLINÁRIO, Juciene Ricarte. Em: GIRALDIN, Odair (Org.) A (trans)formação histórica do Tocantins. Goiânia: 
Editora da UFG, 2004, pp. 137-138. 
Os dados sobre a composição étnico-racial da população do Norte de Goiás no período referido indicam 
para o tipo de atividade econômica predominante na região. É CORRETO afirmar que essa atividade 
econômica era 
a) a mineração do ouro. 
b) a pecuária extensiva. 
c) a plantation de algodão. 
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d) a exploração das chamadas drogas do sertão. 
e) a navegação dos rios Araguaia e Tocantins. 
 
20. (Universidade Federal de Tocantins/2012) 
As práticas político-estratégicas que se destacaram nos contatos entre os povos indígenas e os não-
indígenas na Capitania de Goiás podem ser agrupadas em três perspectivas: uma civilizatória, uma 
eliminatória e uma autonomista 
Adaptado de Cleube A. da Silva. Confrontando Mundos: os povos indígenas Akwen e a conquista de Goiás (1749-1851). 
Palmas: Nagô Editora, 2011, p. 77. 
No que se refere à chamada perspectiva civilizatória na relação entre indígenas e não-indígenas no 
então território da Capitania de Goiás, é CORRETO afirmar que 
a) a concepção civilizatória foi desenvolvida por administradores que acreditavam na possibilidade de 
converter os indígenas à fé católica e à “vassalagem” política. Eles procuravam tornar o indígena um 
cristão fiel, produtor e contribuinte da Fazenda Real, bem como aliado efetivo contra grupos indígenas 
ainda não conquistados. 
b) um dos elementos norteadores das práticas efetivas da concepção eliminatória era a redução dos 
indígenas a aldeamentos como ocorreu em Mossâmedes e Maria I. Nesse caso, acreditava-se que o 
contato dos indígenas com a cultura portuguesa eliminaria as práticas culturais e as identidades 
políticas dos grupos aldeados. 
c) a concepção autonomista era assumida pelos grupos indígenas e constitui-se de um conjunto de 
práticas que nortearam a criação de reservas indígenas a partir de onde se defendia a manutenção da 
identidade étnica grupal e os direitos dos grupos frente à expansão da agropecuária. São exemplos disso, 
as reservas Xavante, Xakriabá, Akroá e Xerente que perduram ainda hoje. 
d) a concepção civilizatória e a concepção autonomista eram defendidas pela Coroa Portuguesa como 
momentos distintos do processo de contato entre indígenas e não indígenas. Depois de civilizados, esses 
grupos receberiam autonomia política e territorial como ocorreu com os Xerente e Xavante. 
e) os partidários da concepção civilizatória alegavam que apenas através da violência seria possível 
trazer os grupos indígenas para a cidadania política. Nesse sentido, patrocinavam campanhas militares 
de pacificação como ocorreu em vários momentos no norte da Capitania de Goiás. 
 
21. (Universidade Federal deTocantins/2011) 
A princípio, a extração do ouro era feita por lavagem na bateia. As turmas de escravos trabalhavam com 
a água pelos joelhos nos leitos dos riachos e recolhiam cascalho e água em bacias chatas e cônicas de 
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madeira, que eram agitadas e novamente cheias até restar apenas flocos de ouro. Nos anos de 1730, a 
trabalhosa e insalubre atividade de batear considera-se o incômodo da imersão prolongada em água 
fria e o sol abrasador nas costas nuas–não era mais lucrativa em diversas minas. A degradação 
provocada foi mais intensa nas planícies aluviais cheias de cascalhos e nos fundos dos rios. 
DEAN, Warren. A Ferro e Fogo: a história e a devastação da mata Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 
2002, p. 113. 
Sobre o declínio da mineração na Capitania de Goiás é CORRETO afirmar que: 
a) Na região norte, a partir do declínio da mineração, houve de imediato uma nova atividade econômica 
capaz de dar continuidade ao processo de desenvolvimento da região, tratava-se da lavoura extensiva e 
da extração da borracha para exportação. 
b) Quando a crise da mineração se instalou na capitania, no final do século XVIII e início do século XIX, 
a situação de profunda depressão econômicas e agravou, causando o esvaziamento dos arraiais, e, 
consequentemente, o despovoamento dos sertões. Os impostos sobre o ouro que antes eram 
insuportáveis, agora não podiam mais ser pagos. 
c) Rapidamente a Capitania de Goiás, especialmente a região norte, experimentou uma fase de 
prosperidade, voltando-se para a exploração das drogas do sertão. Contudo, a concorrência com o 
produto similar na região amazônica inviabilizou a sua comercialização. 
d) O norte de Goiás, por ser uma região aurífera, sempre recebeu por parte da Coroa Portuguesa, 
incentivos para seu desenvolvimento, como por exemplo, isenção do quinto sobre o ouro produzido na 
região, investimento sem obras de infraestrutura para a navegação comercial nos rios Araguaia e 
Tocantins. 
e) Com o surgimento das minas do norte, foi liberada pela Coroa Portuguesa a navegação do rio Araguaia 
para escoar o minério e fomentar o comércio com a Capitania do Pará. Após o declínio das minas, a 
navegação no rio Araguaia foi interditada por ser inviável economicamente para a Coroa e pelos ataques 
sucessivos dos indígenas. 
 
22. (Universidade Federal de Tocantins/2009) 
No início do seu povoamento, no período colonial, o antigo norte de Goiás (atual estado do Tocantins), 
com o ouro de aluvião aflorando em quase toda a região, o norte goiano logo passou a ser conhecido 
como uma das áreas que mais produziam esse minério na capitania; daí a preocupação do governo 
central com o contrabando, fomentando um arrocho fiscal maior que nas outras áreas mineiras. Mas, a 
partir do declínio da mineração, o norte goiano passou a ser visto pela historiografia como sinônimo de 
atraso econômico e involução social, gerador de um quadro de pobreza para a maior parte da população. 
(Adaptado de PARENTE, Temis Gomes. Fundamentos Históricos do Estado do Tocantins. Goiânia: Editora da UFG, 2007, p. 
23-24) 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
Considerando-se as informações deste texto, é CORRETO afirmar: 
a) A região do antigo norte de Goiás, apesar de ter produzido muito ouro, não acumulou capital 
impossibilitando, portanto o desenvolvimento da mesma. 
b) A região não sofreu medidas fiscais por parte da metrópole, comparando com outras regiões 
mineiras. 
c) A região, após o período do apogeu das minas, foi considerada uma região exportadora de bens de 
consumo para as outras capitanias. 
d) A região sofreu um processo de desenvolvimento social, ocasionada pela exportação de produto 
agrícola. 
 
 
6. Gabarito 
 
1. B 
7. B 13. B 19. A 
2. A 
8. A 14. E 20. A 
3. B 
9. B 15. A 21. B 
4. B 
10. A 16. D 22. A 
5. A 
11.E 17.A 
6. D 
12.E 18.A 
 
 
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HISTÓRIA DO TOCANTINS 
 
7. Questões Tocantins 
1. (AOCP – SECAD/TO – Historiador – 2012) 
Sobre a população indígena no estado do Tocantins, é correto afirmar que os 
a) Apinajés vivem ao sul, na ilha do Bananal e dedicam-se principalmente à pesca, não praticando a 
agricultura. 
b) Carajás (Karajás) e os Javaés pertencem ao povo Iny e, após muitas migrações, devidas às invasões 
de seus territórios, acabaram fixando-se na ilha do Bananal. 
c) povos indígenas do estado do Tocantins são hábeis na pesca, mas desconhecem a agricultura. 
d) Xerentes e os Caiovás são povos indígenas das zonas florestadas e ainda são muito arredios, vivendo 
da pesca e da coleta de frutos. 
e) indígenas do Tocantins são hábeis nas artes plumárias e no artesanato em palha, mas desconhecem 
as artes cerâmicas e não comercializam o que produzem, resguardando apenas o valor cultural do seu 
artesanato. 
Comentários: 
A alternativa B está correta. Habitantes da Ilha do Bananal, os Karajá, Xambioá e Javaé constituem o 
Povo Iny, o maior povo indígena do Tocantins. 
A alternativa A está incorreta. A Terra Indígena dos Apinajé está localizada ao norte do Estado, entre 
os municípios de Tocantinópolis, Maurilândia, Cachoeirinha e Lagoa de São Bento. Os Apinajé vivem da 
agricultura de subsistência, da caça e da coleta de babaçu, 
A alternativa C está incorreta. Os povos indígenas do Tocantins praticam a agricultura de subsistência. 
A alternativa D está incorreta. Os Kaiowá e os Xerente destacam-se pelo comércio de sua produção 
artesanal junto a populações não indígenas. 
Gabarito: B. 
 
2. (CESGRANRIO – SEDUC/TO – Professor de História/2009) 
“Na dinâmica da economia de mineração, primeira metade do século XVIII, assinala-se a manifestação 
inicial de oposição do Norte ao Centro-Sul de Goiás. Esse fato aconteceu em razão de ser determinado 
um imposto de capitação às minas do Norte mais elevado que o das minas dos Goyazes”. 
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HISTÓRIA DO TOCANTINS 
 
CAVALCANTE, Maria do Espírito Santo Rosa. O discurso autonomista do Tocantins. São Paulo. Edusp. 2003. p. 21. 
Considerada a primeira manifestação do sentimento separatista do norte goiano, futuro Estado do 
Tocantins, a reação a esse arrocho fiscal sobre a região motivou, no século XVIII, a 
a) substituição do imposto de capitação pelo quinto cobrado em casas de fundição 
b) divisão da Província de Goiás em Comarca de Goiás e Comarca do Norte. 
c) promoção da navegação do rio Tocantins para escoar a produção de café. 
d) vinculação administrativa do norte goiano ao Estado do Grão-Pará e Maranhão. 
e) criação da Capitania Real de Boa Vista do Tocantins. 
Comentários: 
A alternativa A está correta. A cobrança da capitação perdurou até 1750, quando foi substituída pela 
cobrança do quinto nas casas de fundição do ouro. Para evitar o contrabando, a circulação do ouro em 
pó foi proibida, sendo construídas duas casas de fundição 
A alternativa B está incorreta. A divisão da Capitania de Goiás em duas comarcas decorreu sobretudo 
da mobilização de Teotônio Segurado. 
A alternativa C está incorreta. O Rio Tocantins foi utilizado para o contrabando de ouro e o escoamento 
do gado e derivados. 
A alternativa D está incorreta. A partir de 1744, o norte goiano era ligado ao governo da Capitania de 
Goiás. 
A alternativa E está incorreta. O norte goiano não foi considerado uma capitaniaindependente durante 
todo o período colonial. 
Gabarito: A. 
 
3. (FUNIVERSA – Prefeitura de Palmas/TO – Professor de História/2005) 
Além de ser um dos berços culturais do Estado, Natividade chega aos 271 anos como uma cidade de 
ímpeto e resistência à submissão desde os seus primeiros habitantes ao ícone separatista Teothônio 
Segurado. 
(Jornal do Tocantins, de 01/096/2005). 
Sobre Natividade, pode-se afirmar: 
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HISTÓRIA DO TOCANTINS 
 
a) Natividade foi sede da região então denominada de Comarca de São José das Duas Barras, quando o 
território de Minas Gerais foi dividido em duas comarcas 
b) Foi a cidade que germinou o ideal separatista da Região Norte de Goiás, entre os anos de 1809 e 1815. 
c) O revolucionário Luiz Carlos Prestes e os membros de sua coluna nunca passaram pela cidade. 
d) As ruínas da Igreja de Nossa Senhora dos Rosários dos Pretos foram iniciadas pelos índios, de etnia 
Xavante. 
e) Nenhuma das respostas acima. 
Comentários: 
A alternativa B está correta. A cidade de Natividade contava com o chamado Clube de Natividade, 
principal foco de defesa do discurso autonomista norte goiano. Contudo, o espaço foi fechado pelo 
governo do padre Camargo Fleury Ciente para estimular a reanexação da região à administração de 
Goiás. 
A alternativa A está incorreta. Para estimular o povoamento do Extremo Norte da Capitania, Segurado 
determinou que a sede da nova Comarca seria construída na confluência do rio Araguaia com o 
Tocantins, sob o nome de São João das Duas Barras. Contudo, o solo inapropriado para a agricultura e o 
grave isolamento da região contribuíram para que outra localidade fosse escolhida, batizada de Vila 
Barra da Palma (atual Paranã). 
A alternativa C está incorreta. Durante a década de 1920, Arraias, Natividade e Porto Nacional foram 
os primeiros munícipios percorridos pela Coluna Prestes. 
A alternativa D está incorreta. A Igreja de Nossa Senhora dos Rosários dos Pretos foi iniciada pela 
população negra local. 
Gabarito: B. 
 
4. (CESPE – Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins –2022) 
Com relação à história do estado do Tocantins, assinale a opção correta. 
a) O movimento pela independência do norte goiano iniciou-se na década de 1930, durante o governo de 
Getúlio Vargas, no contexto de criação dos territórios do Amapá, do Guaporé e de Roraima. 
b) Nas décadas de 1730 e 1740, ocorreram as descobertas auríferas no norte de Goiás e a formação dos 
primeiros arraiais onde se situa o Tocantins. Essa descoberta impulsionou a ida de pessoas de todas as 
partes para o território, razão por que a composição social da população é bem heterogênea. 
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HISTÓRIA DO TOCANTINS 
 
c) Com o objetivo de centralizar a administração e o desenvolvimento da navegação dos rios Tocantins e 
Araguaia no século XIX, o governo federal uniu as comarcas do norte e do sul, criando a Capitania de Goiás. 
d) A colonização do Centro-Oeste foi movida pela expansão da fronteira agrícola realizada pelo Estado 
brasileiro e esteve relacionada ao apogeu dos ciclos do cacau e da borracha. 
Comentários: 
A alternativa B está correta. A descoberta de ouro no norte goiano estimulou a chegada de portugueses, 
colonos de outras partes do território brasileiro e escravizados africanos, o que contribuiu para a 
formação de uma população heterogênea com o passar do tempo. 
A alternativa A está incorreta. O movimento pela independência do norte goiano iniciou-se no século 
XVIII, durante o período colonial. 
A alternativa C está incorreta. A criação da Capitania de Goiás (1744) antecedeu o surgimento das 
Comarcas do Norte e de Goiás (1809). 
A alternativa D está incorreta. A colonização do Centro-Oeste foi movida pela mineração. 
Gabarito: B. 
 
5. (CESPE – Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins –2022) 
No que se refere às comunidades quilombolas existentes no estado do Tocantins, essas comunidades podem 
ser caracterizadas, do ponto de vista histórico-territorial, como comunidades 
a) remanescentes de quilombos, formados, em sua maioria, por descendentes de pessoas negras 
escravizadas. 
b) rurais, formadas por populações de origem indígena e que vivem de agricultura sustentável. 
c) desterritoritorializadas e aculturadas, já que perderam suas raízes culturais tradicionais. 
d) geraizeiras, uma autodenominação decorrente do fato de viverem em áreas de Cerrado nativo. 
Comentários: 
A alternativa A está correta. De acordo com o Censo 2022, atualmente o Estado do Tocantins conta com 
uma população composta por 12.881 quilombolas. As comunidades remanescentes de quilombos são 
grupos sociais cuja identidade étnica até hoje se distingue de boa parte da sociedade brasileira, a partir 
da confluência de diversos fatores – ancestralidade comum, formas de organização social, aspectos 
culturais, entre outros. 
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HISTÓRIA DO TOCANTINS 
 
A alternativa B está incorreta. As comunidades quilombolas possuem suas origens associadas à 
escravidão e resistência de africanos no Brasil. 
A alternativa C está incorreta. As comunidades quilombolas mantém uma identidade étnica 
característica, baseada em uma ancestralidade comum, formas de organização social, aspectos culturais 
(expressões linguísticas e religiosidade), entre outros. 
A alternativa D está incorreta. Geraizeiro é um habitante tradicional que vive nos cerrados do norte de 
Minas Gerais. 
Gabarito: A. 
 
6. (CESPE – Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins – 2018) 
No Tocantins, o principal caminho utilizado no processo de povoamento do território foi o 
a) do Rio São Francisco. 
b) da Estrada Real. 
c) do Caminho de Peabiru. 
d) do Rio Tocantins. 
Comentários: 
A alternativa D está correta. O processo de povoamento do território tocantinense ocorreu a partir da 
exploração do Rio Tocantins, também conhecido como Maranhão. Os primeiros criadores de gado e 
diversos núcleos de povoamento do período colonial se estabeleceram às margens do rio. 
A alternativa A está incorreta. O Rio São Francisco não perpassa pelo território tocantinense. 
A alternativa B está incorreta. A Estrada Real foi uma rota criada pelas autoridades portuguesas do 
século XVIII, compreendendo os atuais estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. 
A alternativa C está incorreta. O Caminho do Peabiru é uma trilha criada há mais de 3 mil anos, que liga 
o Oceano Atlântico ao Pacífico, passando pelo Paraná até o Peru. Assim sendo, não se trata de um 
percurso que compreende o atual território do Tocantins. 
Gabarito: D. 
 
 
Marco Túlio Gomes
Aula 01
ALE-TO - História do Estado de Tocantins (Diversos Cargos) - 2023 (Pós-Edital)
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70044167717 - Rafaela Souza Santos
HISTÓRIA DO TOCANTINS 
 
7. (COPESE/UFT – Câmara Municipal de Palmas do Tocantins/TO –2018) 
O nome Araguaia, um dos mais importantes rios do estado do Tocantins, possui origem Tupi, cujo significado 
é: 
a) Rio dos papagaios gigantes. 
b) Rio das araras vermelhas. 
c) Rio dos tucanos pequenos. 
d) Rio das jandaias amarelas. 
Comentários: 
A alternativa B está correta. As contribuições culturais e técnicas legadas pelas populações indígenas 
em solo tocantinense foram inúmeras, a começar pelo próprio nome do Estado – Tocantins significa 
‘bico de tucano’ em tupi. O Rio Araguaia, que corta boa parte da região, também possui origem tupi, 
significando “rio das araras vermelhas”. 
Gabarito: B. 
 
8. (COPESE/UFT – Câmara Municipal de Palmas do Tocantins/TO –2022)

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