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Direito Civil III Atividade 2. 1 Direito Civil III - Atividade 2. A peça Star, do famoso escultor Plinio, foi vendida para a Galeria Monet pela importância de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Ele se comprometeu a entregar a obra dez dias após o recebimento da quantia estabelecida, que foi paga à vista. A galeria organizou, então, uma grande exposição, na qual a principal atração seria a escultura Star. No dia ajustado, quando dirigia seu carro para fazer a entrega, Plinio avançou o sinal, colidiu com outro veículo, e a obra foi completamente destruída. O anúncio pela galeria de que a peça não seria mais exposta fez com que diversas pessoas exercessem o direito de restituição dos valores pagos a título de ingresso. O representante legal da Galeria Monet os procura , na condição de advogados (as ), indagando- os sobre os direitos da Galeria , assim como, também, sobre qual o procedimento judicial a ser proposto contra Plinio. (respondam e justifiquem legalmente a resposta com base na Lei n. 10.406/2002.) Iniciamos o caso, determinando os elementos básicos da relação jurídica: a) Os sujeitos são Plínio e a Galeria Monet. Neste caso, Plínio apresenta-se como sujeito passivo da relação, sendo aquele que deverá cumprir a prestação obrigacional. Enquanto a Galeria Monet é sujeito ativo da relação, sendo aquele a quem a prestação é devida. b) Em relação ao caráter da prestação, notamos que a atuação obrigacional de Plínio (sujeito passivo) pode ter dois desfechos, conforme a interpretação do enunciado: pode ser uma OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA ou pode ser uma OBRIGAÇÃO DE FAZER. Se o enunciado for interpretado de forma literal, em que será feita apenas a entrega da Peça Star, entendemos que há uma obrigação de dar coisa certa, pois a peça já foi criada. Porém, se subentender-se que a peça ainda não criada, em que Plínio tem um prazo de 10 dias para faze-la e entrega-la, após o recebimento da quantia estabelecida, compreende-se que a obrigação é de fazer. Observa-se que, nesta situação, a obrigação de Fazer é não fungível, ou seja, é uma obrigação personalíssima. Direito Civil III Atividade 2. 2 Porém, nós limitaremos a discorrer apenas sobre a OBRIGAÇÃO DE DAR COISA e seus desdobramentos, interpretando literalmente o enunciado e situação. Determinado estes elementos, analisaremos os seguintes fatos: Iniciaremos a análise, determinando que independente de qual obrigação está vinculada entre o credor e devedor, Plínio não a cumpriu. Ademias, não realização da obrigação ocorreu por culpa de Plínio, pois este avançou o sinal e colidiu com outro veículo, destruindo a obra. � Na situação de dar coisa certa: Como houve o perecimento da Peça Star, por culpa de Plínio, este está obrigado de pagar o equivalente (em dinheiro), mais perdas e danos a Galeria de Artes Monet como determinado na segunda parte do Código Civil. Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. Ademais, no caso de coisa certa há a individualização por gênero, espécie, qualidade e quantidade. Desta forma, o objeto da obrigação é considerado intangível. Portanto, caso não seja possível entregar a coisa certa, o credor não é obrigado a aceitar outro objeto ainda que mais valioso, afim de cumprir a obrigação, como institui o Código Civil. Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. Direito Civil III Atividade 2. 3 Desta forma, caso Plínio quisesse fornecer outra escultura, afim de sanar a obrigação, a Galeria de Arte Monet, esta não estaria obrigada a receber outra obra, mesmo que esta fosse mais valiosa. É importante ressaltar que a indenização do credor pode ocorrer em qualquer situação, salvo em exceções prevista em lei, como discorre art. 402 do CC/02. Portanto, caso não tive explícito no artigo art. 234, CC/02, ainda será possível pedir indenização por perdas e danos. Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. Referências bibliográficas: � Obrigação de Fazer | Jusbrasil � Obrigação_Dar_Coisa_Certa_Incerta.pdf (usp.br) � BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 174, 11 jan. 2002. � Diniz, Maria H. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral das obrigações. v.2. Disponível em: Minha Biblioteca, 39th edição). Editora Saraiva, 2024. https://www.jusbrasil.com.br/artigos/obrigacao-de-fazer/1537915435 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/6927837/mod_resource/content/2/Obriga%C3%A7%C3%A3o_Dar_Coisa_Certa_Incerta.pdf
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