Projeto ITER (Reator Termonuclear Experimental Internacional)

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ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
PROJETO ITER (REATOR TERMONUCLEAR EXPERIMENTAL INTERNACIONAL) 
 
O Projeto ITER (Reator Termonuclear Experimental Internacional) é uma iniciativa 
de colaboração internacional que visa construir o maior reator de fusão nuclear 
do mundo. Ele tem como objetivo demonstrar a viabilidade técnica e científica da 
fusão nuclear como fonte de energia limpa e sustentável. 
 
Localizado em Cadarache, no sul da França, o ITER é financiado e 
colaborativamente operado por sete partes: União Europeia, China, Índia, Japão, 
Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos. Cada uma dessas partes contribui com 
financiamento, expertise técnica e materiais para o projeto. 
 
O princípio por trás da fusão nuclear é reproduzir as reações nucleares que 
ocorrem no interior das estrelas, como o Sol, onde núcleos de átomos leves se 
combinam para formar núcleos mais pesados, liberando uma enorme quantidade 
de energia no processo. No ITER, isso é alcançado através do confinamento e 
aquecimento de um plasma de hidrogênio a temperaturas extremamente altas, 
em torno de 150 milhões de graus Celsius. 
 
O reator do ITER utilizará o confinamento magnético para manter o plasma em um 
estado estável, utilizando poderosos campos magnéticos gerados por bobinas 
supercondutoras. Uma vez construído e operacional, espera-se que o ITER 
demonstre a capacidade de produzir uma potência de fusão líquida, onde a 
energia liberada pela fusão nuclear é maior do que a energia consumida para 
manter o plasma aquecido. 
 
Além de seu potencial para fornecer uma fonte de energia limpa e praticamente 
inesgotável, a fusão nuclear também oferece outras vantagens sobre a energia de 
fissão nuclear, incluindo a produção de resíduos nucleares significativamente 
menores e uma menor probabilidade de acidentes graves. 
 
No entanto, o ITER enfrentou desafios significativos ao longo de sua construção, 
incluindo atrasos no cronograma e aumento nos custos. Apesar disso, o projeto 
continua avançando e está previsto para alcançar a primeira plasmação, um 
marco importante, nos próximos anos. O sucesso do ITER pode abrir caminho 
para o desenvolvimento de futuras plantas de energia de fusão comercialmente 
viáveis, transformando a maneira como geramos e utilizamos energia em todo o 
mundo.