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Feminicidio

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1
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
 Trabalho de Conclusão de Curso II
EVERALDO CARNEIRO ORTIZ
RA - 9910174124
FEMINICIDIO: O PAPEL DOS ASSISTENTES SOCIAIS FRENTE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
2019
Sumario 
1. INTRODUÇÃO................................................................................................1
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL ..................3
2.1 CONCEITO DE FEMINICIDIO .....................................................................5
2.2 PAPEL DA ASSISTENCIA SOCIAL NO BRASIL.........................................8
3. MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................12
3.1 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................12
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................13
REFERENCIAS
RESUMO
O presente estudo tem como tema Feminicidio: o papel do Cras frente a violência contra a mulher. No Brasil, assim como no resto do mundo, o aumento da esperança de vida, se tornou uma grande conquista do século XX, no que diz respeito a violência contra mulher em todos os gêneros, políticas, sexo. O objetivo deste estudo analisar a evolução histórica do Serviço Social no Brasil, conceituar o papel da Assistência Social no que diz respeito a violência contra a mulher e contextualizar o que é feminicidio, alem de discorrer sobre a intervenção dos Assistentes sociais diante do Feminicidio. Para o desenvolvimento deste trabalho optou-se por uma pesquisa bibliográfica, mediante leitura, análise e fichamento de livros, revistas pedagógicas e sites da internet com intuito de busca entender a questão da violência contra a mulher, buscando assim atingir os objetivos proposto neste trabalho.
Palavras-chave: Violência contra a mulher. Serviço Social. Assistência Social. Lei Maria da Penha.
1. 
2. INTRODUÇÃO 
Atualmente a violência contra a mulher vem crescendo gradativamente e com essas, as leis que apoiam as mulheres no mundo. 
O numero de abusos contra as mulheres vem crescendo nos últimos 20 anos, e este são um problema muito grave e que merece atenção especial. Esses abusos são tanto física, verbal, sexual e que muitas são cometidas pelos próprios parceiros, e isso causa a elas desequilíbrio emocional.
A Lei Maria da Penha foi aprovada  em 07 de agosto de 2006 e representa um passo significativo para assegurar à mulher o direito à sua integridade física, psíquica, sexual e moral e pode ser considerado um avanço importante no enfretamento do problema, mas, ao se restringir à penalização dos culpados, abrange apenas uma parte da questão.
Alem desta lei, existe também o trabalho com os assistentes sociais que atualmente vem como subsidio para atender essas mulheres vitimas de agressão, onde prestam serviços de proteção básica as mulheres de forma que essas ocorrências diminuam e possam proporcionar a elas uma condição de vida melhor. Muitas políticas também vêm para apoiar e ajudar as mulheres vitima de abusos e violência. 
Para tanto este estudo tem a finalidade de mostrar que a mulher vitima de agressão pode ter uma segunda chance para sua vida e assim mostrar que é capaz de ter uma vida digna e com a ajuda dos assistentes sociais podem ajudar a intervir junto às mulheres que vivem as situações de violência. Embora os serviços prestados a elas ainda sejam um grande desafio, esses vem para consolidar o atendimento através de projeto e uma política social no enfrentamento da violência. 
 Em nível mundial, o tema violência contra a mulher vem ganhando destaque em relação ao sofrimento que as mesmas vêm tendo em seu cotidiano. Para tanto questiona-se o que devemos fazer para diminuir essas agressões? E qual o papel das políticas de assistência social no desenvolvimento de projetos e ações de atendimentos as mulheres? 
Os objetivos desenvolvidos para este estudo foi analisar a evolução histórica do Serviço Social no Brasil, bem como conceituar o papel da Assistência Social no que diz respeito a violência contra a mulher, alem de discorrer sobre a intervenção dos Assistentes sociais diante do Feminicidio.
Para o desenvolvimento deste trabalho optou-se por uma pesquisa bibliográfica, mediante leitura, análise e fichamento de livros, revistas pedagógicas e sites da internet com intuito de busca entender a questão da violência contra a mulher, buscando assim atingir os objetivos proposto neste trabalho.
3. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL 
O surgimento do Serviço Social no Brasil, bem como, sua institucionalização, está inserido nas décadas de 1930 e 1940, e não deve ser entendido como um acontecimento isolado ou natural, pelo contrário, deve ser considerado o resultado de dois processos que, relacionados, geraram as condições sócio-históricas necessárias para que a profissão iniciasse seu percurso histórico no cenário brasileiro.
Como profissão inscrita na divisão do trabalho, o Serviço Social surge como parte de um movimento social mais amplo, de bases confessionais, articulado à necessidade de formação doutrinária e social do laicato, para uma presença mais ativa da Igreja Católica no ‘mundo temporal’, nos inícios da década de 30. Na tentativa de recuperar áreas de influências e privilégios perdidos, em face da crescente secularização da sociedade e das tensões presentes nas relações entre Igreja e Estado, a Igreja procura superar a postura contemplativa (IAMAMOTO, 2011, p. 18). 
O movimento político ocorrido no Brasil em 1930 – conhecido como Revolução de 30 – inaugura um período de intervenção social da Igreja nunca antes visto. A partir da queda da República Velha, a Igreja busca uma reaproximação com o Estado. No ano de 1931, duas grandes demonstrações de força são engendradas pela hierarquia Católica na cidade do Rio de Janeiro – àquela época, Capital da República –, por meio destas ações tentará fazer com que o novo regime entenda a sua indispensabilidade, estipulando, também, o preço de seu apoio.
Iamamoto (1998) assinala que o Serviço Social surgiu como uma das estratégias concretas de disciplinamento, controle e reprodução da força de trabalho e seu papel era conter e controlar as lutas sociais.
Segundo Forti (2013), o Serviço Social em sua “fase inicial”, é pautado num posicionamento moralizador em face das expressões da “questão social”, “captando o homem de maneira abstrata e genérica, configurou - se como uma das estratégias concretas de disciplinamento e controle da força de trabalho, no processo de expansão do capitalismo monopolista”.
Essa concepção conservadora ignora a estrutura societária, contribuindo para obscurecer para os Assistentes Sociais – durante um amplo lapso de tempo – os determinantes da “questão social” o que caracterizou uma cultura profissional acrítica, sem um horizonte utópico que os impulsionasse para o questionamento e às ações consequentes em prol da construção de novos e diferentes rumos em face das diretrizes sociais postas e assumidas pela profissão (FORTI, 2013, p. 99).
Para o autor, o Serviço Social brasileiro, nos meados do século XX representaram o início de um processo de reformulação global que se prolongará por, pelo menos,três décadas, suscitando um redimensionamento e um amadurecimento profissional indubitável. Esse processo não está finalizado, como explicita Ortiz (2010), “está em curso [...] um processo de construção de uma nova imagem para o Serviço Social brasileiro, iniciado em meados dos anos 60”. 
Yazbek (2000b) coloca ainda que o Serviço Social, inserido neste contexto social, sofre forte rebatimento da ideologia da época e passa a buscar no modelo de profissão norte-americano uma nova referência filosófica, o suporte teórico e científico necessário para responder às demandas postas ao exercício profissional. O ideário dominante requeria uma crescente intervenção técnica (organizada e planejada) e fazia que o Serviço Social desencadeasse uma busca derecursos técnicos para superar ações espontâneas e filantrópicas.
As escolas de formação profissional multiplicam-se, “ao final da II Guerra Mundial já se encontravam em funcionamento cerca de duzentas escolas distribuídas pela Europa, pelos Estados Unidos e pela América Latina, onde se instalaram a partir de 1925” (MARTINELLI, 2000, p.108). 
O Serviço Social com sua formação teórico-metodológica sustentava as ações “modernizadoras”, pois respondia de forma particular às necessidades e exigências determinadas pelo capital. Os assistentes sociais começam a assumir, no mercado de trabalho, funções de coordenação e de planejamento de programas sociais. 
Assim o Serviço Social começa a perceber a dimensão política de sua prática, e o modelo vigente baseado na visão funcionalista do indivíduo e com funções integradoras não é mais de interesse da realidade latino-americana que passava por transformações sociais, políticas e econômicas.
A partir dos anos 80, as mudanças ocorridas na profissão foram pautadas na necessidade de conhecer e acompanhar as transformações econômicas, políticas e sociais do mundo contemporâneo e da própria conjuntura do Estado e do Brasil. As duas últimas décadas do século XX foram determinantes nos novos rumos acadêmicos, políticos e profissionais para o Serviço Social.
Foi implantado, na década de 1990, o Projeto Ético-Político do Serviço Social, fruto de uma organização coletiva e de uma busca de maturidade que possibilita à profissão a formular respostas qualificadas frente à questão social. Trata-se de um projeto que, para Neto (2000, p.104), é um “[...] processo em contínuos desdobramentos, flexível, contudo sem descaracterizar seus eixos fundamentais”. 
O Serviço Social ao longo de sua história, conforme abordado anteriormente, convive com o sistema capitalista, no qual nasceu enquanto profissão buscou criar estratégias de minimização das manifestações da miséria e empobrecimento da classe trabalhadora, por meio de ações distributivas de serviços assistencialistas e clientelistas, sem questionar as estruturas que geram as desigualdades sociais.
1.1 CONCEITO DE FEMINICIDIO
A violência contra as mulheres ocorre com diferentes formas em distintas culturas, religiões, idades, caracterização étnico/racial, classes sociais e graus de escolaridade. Também se configura como uma violação dos direitos humanos e provoca diversos prejuízos à saúde física e psicológica, atingindo negativamente o desenvolvimento social das mulheres. 
A violência contra as mulheres passou a ser vista como um problema não só da saúde pública, mas também dos assistentes sociais pela Organização Mundial da Saúde desde 1990 e em 1996 que entrou em vigor o decreto nº. 1.973, o qual promulgou a Convenção 4 Internacional Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher.
A prática desta violência “constitui-se principalmente no que diz respeito a violação de direitos humanos das mulheres”. (TELES, 2006, p. 62).
Perante a lei todos tem direito, sem distinção alguma, baseada na constituição federal de 1988 em seu art. 5º que diz:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
No Brasil, o Mapa da Violência, publicado em 2015, situou o país na quinta posição em incidência de homicídios de mulheres, num ranking mundial de 83 países. O número de assassinato contra mulheres cresceu (260%) em dez anos.
Waiselfiz ( 2015) comenta que através desse estudo realizado em 2013 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) investigou dados de violência entre os anos de 2003 e 2013 e constatou que o número pulou de 35 homicídios em 2003 para 126 em 2013.
Percebe-se que esse numero vem crescendo gradativamente.
A partir do entendimento da violência doméstica contra as mulheres como fruto de uma construção social e histórica, que segundo a Lei Maria da Penha, que define como formas de violência doméstica e familiar em seu Art. 7º:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria (Brasil, 2006 p.17).
Teles (2003) afirma que o silêncio em relação à situação de desigualdade das mulheres e à violência doméstica foi rompido com o protagonismo do movimento feminista, no final da década de 1970. 
Nas últimas décadas, as transformações econômicas, políticas e sociais, a produção de estudos e pesquisas em especial, as práticas políticas dos movimentos feministas e de mulheres têm colocado de forma mais incisiva a violência doméstica na cena pública no país.
Cortes; Alves, Silva, 2015; Campos; Almeida, (2017), comentam que muitos são os desafios existentes para a erradicação desta violência. A insuficiência, a imprecisão e a falta de consistência na informação disponível encobrem a visibilidade e o dimensionamento da problemática, dificultando a realização de pesquisas e a efetivação de políticas públicas eficazes para assegurar a vida das mulheres.
 A Lei Maria da Penha trouxe várias conquistas para as mulheres como forma de refletir sobre o cuidado que é preciso ter com a mulher na sociedade, com intuito de proteger e cuidar. E o assistente social vem como subsidio de proteção a essas mulheres.
Art. 9º desta lei, comenta que a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, caso:
§ 1o  O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. § 2o  O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica: I – acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou indireta; II – manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses. § 3o  A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças SexualmenteTransmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual.
Percebe-se que a mulher nos dias de hoje está amparada perante a lei, e pode voltar a ter uma vida digna amparada e protegida perante a sociedade.
2.2 PAPEL DA ASSISTENCIA SOCIAL NO BRASIL 
A Assistência Social no Brasil tem uma origem histórica baseada na filantropia, na caridade e na solidariedade religiosa. Por volta da década de 40, essa corrente permaneceu, e em 1947 foi criada a Legião Brasileira de Assistência, que tinha como objetivo em atender as famílias que estavam em combate na 2ª Guerra Mundial.
Ao longo da história se observa que a profissão de Assistente Social passou a se configurar em um período entre as Grandes Guerras (Rigo, 2003), pois foi uma época em que se tornou extenso na questão social, cuja o intuito era a difusão de ideias políticas. Podemos observar que também que nesta época, ganhou-se uma forma a ação comunista com a fundação da República Socialista Soviética, como a resposta da falta de atenção do proletariado. Lima(1983) expressa que nos Estado Unidos da América, o questionamento se deu de forma diferenciada em um caráter programático buscando desta forma, um resultado para os conflitos sociais, por meio de atividades práticas e no interesse dos aspectos subjetivos do indivíduo.
É importante destacar, que no início o Serviço Social era uma resposta na ausência de direitos do trabalhador, com Iamamoto & Carvalho, citam sobre o primeiro Código de Ética Profissional da classe: 
O aprofundamento do capitalismo gera uma série de necessidades, que exigem profundas transformações na vida social [...] e as práticas incipientes dos Assistentes Sociais orienta-se para a intervenção na reprodução material do proletariado e para sua reprodução enquanto classe. O centro de suas preocupações é a família, base de reprodução material e ideológica de Força de Trabalho. (IAMAMOTO & CARVALHO, 2002. P.219.)
De acordo com Forti (2013), o Serviço Social em sua fase inicial, é traçado por um posicionamento edificante em face das expressões da questão social, distinguido o homem de maneira abstrata e genérica. Configurou-se como um dos procedimentos concretos de disciplina e de controle na força de trabalho, no procedimento da expansão capitalista monopolista. Entretanto, sem perder a característica católica de assistencialismo: 
As Assistentes Sociais apresentavam a certeza de estarem investidas de uma missão de apostolado, decorrente não só da adesão aos princípios católicos, como de sua origem de classe. Elementos que legitimam sua autoridade num empreendimento de levantamento moral de uma população que vegeta no pauperismo e no rebaixamento moral. (IAMAMOTO & CARVALHO, 2002, p.223)
Em 1946, sob o amparo da Igreja Católica, foi instituída a Associação Brasileira de Ensino de Serviço Social, sendo que todos os professores eram homens. Somente em 1960, houve muitas mudanças culturais, em que aproximou as mulheres da atuação do serviço social e que as motivou como profissionais. 
Para Forti, o Serviço Social brasileiro, em meados do século XX representaram o início de um processo de reformulação global que se prolongará por, pelo menos, três décadas, suscitando um redimensionamento e um amadurecimento profissional indubitável. Esse processo não está finalizado, como explicita Ortiz (2010), “está em curso [...] um processo de construção de uma nova imagem para o Serviço Social brasileiro, iniciado em meados dos anos 60”. 
De acordo com Oliveira & Chaves (2017) houve um trabalho contínuo das assistentes sociais durante a década dos anos 70, até impactar no III Congresso de Serviço Social (1979) onde verifica-se o direcionamento da ideologia e da metodologia da profissão em direção à tradição marxista, um fato que já vinha ocorrendo em outros países da América Latina. 
A partir de então, desencadeia-se o processo de consolidação da profissão, entendida como especialização do trabalho coletivo, inserida na divisão sociotécnica do trabalho, tendo como objeto de intervenção a questão social, ao mesmo tempo que rompe com a sua característica acrítica e a-histórica, adotandose o pensamento marxiano como inspiração filosófica, parâmetro da ação profissional e da análise das relações de produção capitalista. (OLIVEIRA & CHAVES, 2017, p. 154).
Forti (2013) considera que a influência marxista uniu o trabalho das classes durante os anos de 1980, e historicamente e complementando o movimento das greves e das Diretas Já. Essa divisão com o conservadorismo, trouxe a atuação do serviço social para o campo das políticas sociais, e não apenas para as questões de cestas básicas ou cesarianas. Aqui foi primordial para se estabelecer diversos clamores da população da Assembleia Constituinte e posteriormente na Constituição Federal.
Ao observar a assistência social pressupõe entender que a mesma esteve historicamente relacionada à forma com que asa classes sociais enfrentavam com a desigualdade social, considerando a tensão entre capital e trabalho.
No artigo 6º da Constituição Federal, é estabelecido como um dos direitos: 
São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, e previdência social, a segurança da mulher, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
É necessário reconhecer que as políticas sociais, também apresentam fundamentos da assistência, e, portanto, realiza estratégias de articulação e de uma gestão em que permite uma fluidez para se determinar uma rede de segurança. 
A Política de Assistência Social, como a política de Estado, estabeleceu “como estratégica fundamental no combate à pobreza, à discriminação, às vulnerabilidades e à subalternidade econômica, cultural e política e que vive a grande parte da população brasileira. ” (YAZBEK, 2008, P. 20-21) desenvolvendo historicamente o campo de intervenção.
A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais traz a seguinte definição de trabalho essencial ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos: 
“Acolhida; orientação e encaminhamentos; grupos de convívio e fortalecimento de vínculos; informação, comunicação e defesa de direitos; fortalecimento da função protetiva da família; mobilização e fortalecimento de redes sociais de apoio; informação; banco de dados de usuários e organizações; elaboração de relatórios e/ou prontuários; desenvolvimento do convívio familiar e comunitário; mobilização para a cidadania” (BRASIL, 2009, p. 13).
De acordo com o documento acima, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos deve ser capaz de afiançar: a segurança de acolhida; a segurança do desenvolvimento da autonomia individual, familiar e social; e a segurança do convívio ou vivência familiar, comunitária e social.
A família também exerce um papel fundamental no processo de identidade dos indivíduos, no processo de socialização dessas mulheres vitimas de agressão, na constituição de referências de afeto e na proteção e cuidado.
De acordo com Brasil (2009) a política de assistencial social, a família é:
“(...) o conjunto de pessoas unidas por laços consanguíneos, afetivos e ou de solidariedade, cuja sobrevivência e reprodução social pressupõem obrigações recíprocas e o compartilhamento de renda e ou dependência econômica.” (BRASIL, 2009b, p. 12).
Neste aspecto, os autores como Mioto (2011) concordam que os profissionais que atuam na área do Serviço Social devem estar continuamente acompanhando as alterações da dinâmica social, e se capacitando para que possam responder as questões que emergem da sociedade contemporânea. 
Ações socioeducativas dos Assistentes Sociais estão vinculadas ao fato de ser uma ação com potencial para o fortalecimento de processos emancipatórios. Com ela espera-se contribuir para a formação de uma consciência crítica entre sujeitos, através da apreensão e vivência da realidade, para a construção de processos democráticos,enquanto espaços de garantia de Direitos, mediante a experiência de relações horizontais entre profissionais e usuários. Nesse processo educativo, projeta-se a emancipação e a transformação social (MIOTO 2011, p.216).
Percebe-se que o conjunto de conhecimentos refere-se à bagagem teórica metodológica da profissão, que tem como objetivo contribuir e orientar o profissional, para que este disponha de uma visão crítica mediante realidade de trabalho.
4. 
MATERIAL E MÉTODO
Para o desenvolvimento deste trabalho optou-se por uma pesquisa bibliográfica, mediante leitura, análise e fichamento de livros, revistas pedagógicas e sites da internet com intuito de busca entender a questão da violência contra a mulher, buscando assim atingir os objetivos proposto neste trabalho.
3.1 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com o desenvolvimento deste estudo pode-se perceber que a mulher atualmente ainda sofre vários tipos de violência e as leis existem para apoia-las, mas muito ainda necessito ser feito com intuito de protegê-las e assim conseguirem ter uma vida digna e com os seus direitos obtidos. Ao analisar o papel dos assistentes sociais eles vêm como suporte de apoio e proteção como forma de subsidia-las a enfrentar a situação vivida por elas. A família também tem um papel fundamental no que diz respeito a ajudar essas mulheres que foram vitimas de violência em todos os sentidos. 
5. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com as rápidas mudanças sociais que impactam as várias esferas da vida social, a mulher vem cada vez mais fazendo parte da violência e com isso as leis vem surgindo para apoia-las ampara-las, fazendo com que se sintam protegidas. As mulheres como cidadãs têm direitos iguais como qualquer pessoa e deve ter seus direitos amparados por lei. O assistente social tem um papel muito importante no que diz respeito a proteção da mulher.
A atuação da Assistência Social realizada no CRAS é de suma importância para que possa garantir ofertas de serviços que garantam proteção aos sujeitos que enfrentam problemas em seus lares, sociedade.
Atualmente as leis vem como subsidio para que as mulheres tenham seus direitos igualitários e sejam amparadas de acordo com as suas necessidades e assim sejam favorecidas.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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______. Brasil. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006.
______. ______ Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Resolução de nº 109 do Conselho Nacional de Assistência Social, CNAS: Brasília, 2009.
FORTI, V. Ética, crime e loucura: reflexões sobre a dimensão ética no trabalho profissional. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013.
CÔRTES, G. R.; LUCIANO, M. C. F.; DIAS, K. C. O. A informação no enfrentamento à violência contra mulheres: Centro de Referência da Mulher “Ednalva Bezerra”: relato de experiência. Biblionline, João Pessoa, v.8, p.134-151, 2012. Edição especial.
IAMAMOTO, M. V. O serviço social na contemporaneidade. São Paulo: 2011.
________. O Serviço Social e sua Evolução Histórica no Brasil, 1998.
_________. Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço uma interpretação histórica- metodológica. 4. Ed. São Paulo/Lima: Cortez/Celat, 1985.
LIMA, A. A. Serviço Social no Brasil: a ideologia de uma época. São Paulo: Cortez, 1983.
MARTINELLI, M. L. Serviço Social: a ilusão de servir. Serviço Social: identidade e alienação. Capítulo I. 7a ed. São Paulo: Cortez, 2001.
ORTIZ, F. G. O Serviço Social no Brasil: os fundamentos de sua imagem e da autoimagem de seus agentes. Rio de Janeiro: E-papers, 2010. 
OLIVEIRA, E. M. A. P; CHAVES, H. L. A. 80 anos do Serviço Social no Brasil: marcos histórico balizados nos códigos de ética da profissão. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n 128, p. 143-163, jan/abr.2017.
ORGANIZAÇÃO Mundial da Saúde: Em casos de violência contra a mulher, a agressão mais comum é do parceiro íntimo. Última Instância, 21 jun. 2013.
PIANA, M. C. A construção do perfil do assistente social no cenário educacional [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 
RIGO, M. J. O idoso, O Estatuto e a Visão Sistemática da Sociedade. Monografia apresentada para o 7º Concurso Talentos da Maturidade, do Banco Real. Caixas do Sul,2003.
SOARES. B. M. ENFRENTANDO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - Orientações Práticas para Profissionais e Voluntários(as). Brasília 2005.
SABADELL, A. N. (). Manual de sociologia jurídica: introdução a uma leitura externa do direito, 5. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2010.
TELES, M. A. A; MELO, M. O que é violência contra a mulher. São Paulo: Brasiliense, 2003. 
TELES, M. A. A. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2006.
YAZBEK, M. C. Estado, Políticas Sociais e Implementação do SUAS. In: BRASIL. SUAS: Configurando os Eixos de Mudanças. p. 79-125. Brasília, 2006
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A violência contra a mulher no município de rio das ostras e a atuação da casa da mulher: analisando percalços, limites e potencialidades. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/5282/1/TCC%20BRUNA%20BRAGA.pdf.
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