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Trabalho na Sociedade Contemporânea

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103O Trabalho na Sociedade Contemporânea
História
Leia também estes fragmentos de documentos:
Documento 10
Itália/1927 - Carta del Lavoro
III - A organização sindical ou profissional é livre. Mas, só o sindicato legalmente reconhecido e su-
bordinado ao controle do Estado tem direito de representar legalmente toda a categoria dos empre-
gadores ou dos trabalhadores, em virtude da qual é constituído; de defender seus interesses perante 
o Estado e às demais associações profissionais; de celebrar contratos coletivos de trabalho obrigató-
rios para todos os membros da categoria; de impor a eles contribuições e de exercer, com respeito aos 
mesmos, funções delegadas de interesse público.
(Carta del Lavoro, 1927 in. http://www.cbpro.org.br/cartalavoro.pdf Em 23/09/2005).
Documento 11
Brasil/1943 - CLT – Art. 513. São prerrogativas dos Sindicatos:
d) colaborar como Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo de solução de proble-
mas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal.
(Consolidação das Leis Trabalhistas, 1953).
Observe as considerações presentes no texto 3 e nos documentos 9, 10 e 11 a respeito dos 
sindicatos. Depois, construa uma narrativa histórica sobre os objetivos do Estado italiano, em 1927, e 
do Estado brasileiro, na década de 1930, para os mesmos.
 ATIVIDADE
Os benefícios do governo Vargas aos trabalhadores foram sistemati-
zados pelo Decreto-Lei nº 5452; entraram em vigor no dia 1º de maio 
de 1943, e se estendem aos dias de hoje. Estamos nos referindo à CLT 
– Consolidação da Leis Trabalhistas.
Observe algumas deliberações da CLT:
 Regulamentação da jornada de trabalho – 8 h/d.
 Descanso de um dia semanal, remunerado. 
 Regulamentação do trabalho e salário de menores.
 Obrigatoriedade de salário mínimo como base de salário.
 Direito a férias anuais.
 Obrigatoriedade de registro do contrato de trabalho na carteira do trabalhador.
Provavelmente você terá sua vida profissional, se é que já não a 
tem, regida pela CLT, mesmo que reformada, pois a reforma da legis-
lação trabalhista é uma das pautas nas discussões sobre o mundo do 
trabalho na atualidade. Existe a necessidade de adaptar tais leis à res-
104 Relações de Trabalho
Ensino Médio
Procure conhecer melhor os direitos dos trabalhadores: a CLT é um documento acessível. Traga-a 
para a escola e pesquise sobre trabalho noturno, jornadas de meio período, horas-extras, saúde e se-
gurança no trabalho, entre outros artigos relativos ao mundo do trabalho. Compare os respectivos con-
textos sócio-históricos de produção da CLT e o contemporâneo.
 PESQUISA
As deliberações da CLT priorizaram, em 1943, as relações do traba-
lhador urbano, praticamente ignorando o trabalhador rural, sendo es-
te, uma grande maioria, pois os centros industrializados eram restritos 
a algumas capitais e cidades maiores, sobretudo, da região sudeste.
O Brasil mantinha-se basicamente agrário. Até a década de 1980, se-
gundo dados do IBGE, cerca de 30% da população brasileira era rural 
e muitos dos que viviam na zona urbana trabalhavam no campo como 
bóias-frias, como acontece ainda hoje. Porém, não houve le-
gislação que protegesse o trabalhador rural ou lhe facilitas-
se o acesso à terra. Mantiveram-se as relações de arrenda-
mento e as diárias. Os poucos trabalhadores assalariados do 
campo cumpriam funções especializadas.
Para organizar os trabalhadores rurais, desde a década 
de 50, surgiram movimentos sociais como as Ligas Campo-
nesas, as Associações de Lavradores e Trabalhadores Agrí-
colas, até o mais estruturado destes movimentos, o MST, 
nascido nos encontros da CPT- Comissão Pastoral da Ter-
ra, em 1985, no Paraná.
O mito da prosperidade no trabalho fabril, aliado à cres-
cente desigualdade da distribuição da riqueza, reforçou o 
êxodo rural e a migração para centros urbanos industriais, 
como São Paulo. Porém, poucos conseguiram se estabele-
cer e muitos contribuíram para a formação dos bolsões de 
miséria. 
truturação produtiva e à flexibilização das relações entre patrões e em-
pregados, para gerar mais postos de emprego e garantir a seguridade 
ao trabalhador. 
Muitos patrões se agarram à crítica de que as leis trabalhistas no 
Brasil precisam ser mais flexíveis, os encargos sociais precisam dimi-
nuir e a responsabilidade social do Estado para com o trabalhador de-
ve ser aumentada. Entre os trabalhadores, ressaltam-se às críticas sobre 
a falsa proteção do Estado, a intervenção nos sindicatos e a inadequa-
ção às necessidades do trabalhador diante das teorias de reestrutura-
ção produtiva.
Plenário do 1º Congresso Nacional dos Sem-Terra, 
Curitiba-PR, janeiro de 1985
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