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GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 
 
 
 
 
8 - GRUPOS DE PLANTAS EM PAISAGISMO 
 
8.1 - PLANTAS ORNAMENTAIS 
 
Todas as plantas utilizadas na composição de um jardim são ornamentais, mas 
nem todas as plantas ornamentais são usadas em jardins. 
São consideradas ornamentais as plantas que se destacam pelos aspectos 
atrativos de algum órgão, sejam as flores, as folhas, os frutos, o caule, as sementes 
ou até mesmo as raízes, pelo belo efeito que produzem quando isoladas ou em con-
juntos. 
De acordo com as características morfológicas podem ser organizadas em gru-
pos que proporcionam diferentes possibilidades de utilização. 
Árvores, arbustos, coníferas, forrações, trepadeiras, floríferas herbáceas, gra-
mas, palmeiras, zingiberáceas, folhagens, suculentas e cactáceas, bromélias, orquí-
deas, palustres e aquáticas. 
O conhecimento das características das espécies vegetais é de grande impor-
tância para a realização de projetos de paisagismo, pois o emprego correto e harmô-
nico da vegetação proporciona integração dos espaços e bem-estar aos usuários. 
 
8.2 - CRITÉRIOS GERAIS 
 
Alguns critérios devem ser observados na escolha das plantas a serem utiliza-
das no paisagismo: 
• Exigências específicas: solo, água, nutrientes, temperatura. 
• Luminosidade: pleno sol, meia sombra, sombra. 
• Ciclo vegetativo: anuais, bienais, perenes. 
• Estrutura: herbáceas, semi-lenhosas, lenhosas. 
• Velocidade de desenvolvimento. 
AULA 8 
 
 
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• Tipo de crescimento: ereto, reptante, ascendente, escandente. 
• Tipo de propagação: vegetativa, sexuada. 
• Dimensões da espécie (n. de plantas por unidade de área). 
 
8.3 - ÁRVORES 
 
As árvores desempenham papéis cruciais tanto no ambiente natural quanto no 
urbano. Elas são espécies vegetais lenhosas, caracterizadas por terem troncos sem 
ramificações até uma altura determinada e uma copa na parte superior. Além disso, 
apresentam portes variados, como pequeno (até 5,0 m), médio (5,0 a 8,0 m) e grande 
(acima de 8,0 m), e podem ter diferentes formatos de copas, como colunar, cônica, 
globosa, pendente e umbeliforme. 
No ambiente urbano, as árvores são fundamentais para a arborização de ruas 
e avenidas. Elas oferecem uma série de benefícios ambientais, como sombreamento 
para amenizar temperaturas, proteção contra ventos e absorção de ruídos, tornando 
o ambiente mais confortável e saudável para os habitantes da cidade. 
Além disso, as árvores também desempenham um papel importante nos as-
pectos estéticos da paisagem urbana. Elas contribuem para a criação de um "plano 
de teto verticalizado", adicionando camadas visuais interessantes ao ambiente. Po-
dem ser utilizadas na formação de áreas de lazer ativo e contemplativo, na formação 
de conjuntos paisagísticos harmoniosos, na divisão de espaços e na criação de pontos 
focais de destaque. Além disso, o plantio de árvores ajuda na recomposição da pai-
sagem em áreas degradadas, promovendo a biodiversidade e melhorando a quali-
dade de vida dos habitantes. 
Assim, as árvores não são apenas elementos ornamentais, mas desempenham 
um papel multifuncional e essencial na integração dos espaços urbanos, proporcio-
nando bem-estar aos usuários e contribuindo para a sustentabilidade ambiental. 
Existem diversas espécies de árvores que são excelentes escolhas para o pai-
sagismo devido às suas características estéticas, funcionais e adaptabilidade aos di-
ferentes ambientes. Aqui estão alguns exemplos: 
 
 
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1. Ipê (Tabebuia spp.): Essa árvore é conhecida por sua beleza exuberante, com flo-
res em tons de rosa, branco, amarelo ou roxo, dependendo da espécie. Ela é bas-
tante utilizada em projetos paisagísticos devido à sua floração exuberante e resis-
tência. 
2. Jacarandá-Mimoso (Jacaranda mimosifolia): Essa árvore tem flores azuis ou lila-
ses e é apreciada por sua elegância e porte médio. É uma excelente opção para 
áreas onde se deseja um destaque visual com suas flores vistosas. 
3. Pau-Brasil (Caesalpinia echinata): Além de sua importância histórica e cultural, o 
pau-brasil também é uma árvore de grande valor paisagístico, com suas folhas 
compostas e flores em tons de vermelho e amarelo. 
4. Acácia-Amarela (Acacia farnesiana): Esta árvore é valorizada por suas flores ama-
relas perfumadas e sua folhagem delicada. É uma excelente escolha para projetos 
paisagísticos que buscam atrair pássaros e borboletas. 
5. Cerejeira (Prunus spp.): As cerejeiras, especialmente a variedade ornamental ja-
ponesa (Prunus serrulata), são conhecidas por suas flores rosadas que aparecem 
na primavera, criando um espetáculo visual encantador. 
6. Ficus (Ficus spp.): As variedades de ficus, como o Ficus benjamina e o Ficus lyrata, 
são árvores com folhagem densa e características de crescimento que permitem 
seu uso tanto em áreas externas quanto internas, sendo ideais para criação de 
áreas sombreadas e aconchegantes. 
7. Magnólia (Magnolia spp.): Com suas grandes e perfumadas flores brancas ou ro-
sadas, as magnólias são árvores elegantes que adicionam um toque de sofistica-
ção a qualquer paisagem. 
 
8.4 - CONÍFERAS 
As gimnospermas de porte arbóreo ou arbustivo são plantas que geralmente 
prosperam em climas temperados e subtropicais. Elas apresentam uma diversidade 
de características que as tornam atraentes para uso em paisagismo: 
• Porte e estrutura cônica: Muitas gimnospermas têm um porte arbóreo com 
uma estrutura cônica, o que as torna ideais para criar pontos focais verticais 
em um jardim ou paisagem. 
 
 
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• Textura e coloração variegadas: Algumas espécies de gimnospermas pos-
suem texturas interessantes em suas folhas ou cascas, e algumas apresen-
tam variações de coloração, como tonalidades variegatas, contribuindo para 
a diversidade visual no paisagismo. 
• Uso isolado ou em maciços: As gimnospermas podem ser utilizadas de 
forma isolada para destacar áreas específicas do jardim ou agrupadas em 
maciços para criar uma massa de vegetação uniforme e impactante. 
• Efeitos esculturais: Devido à sua forma e estrutura distintas, muitas gimnos-
permas proporcionam efeitos esculturais interessantes, especialmente 
quando iluminadas de maneira adequada durante diferentes períodos do 
dia. 
Algumas das plantas coníferas utilizadas no paisagismo são: 
1. Pinheiro-Manso (Pinus pinea): Esta espécie de pinheiro é conhecida por sua 
copa ampla e arredondada, com pinhas grandes e comestíveis. É frequen-
temente usada em projetos paisagísticos devido à sua aparência elegante 
e resistência. 
2. Araucária (Araucaria angustifolia): Também conhecida como pinheiro-do-
paraná, é uma árvore de porte imponente e copa cônica, com folhas em 
forma de agulhas. É uma espécie característica de regiões subtropicais e é 
valorizada pelo seu aspecto ornamental. 
3. Cipreste (Cupressus spp.): Existem várias espécies de ciprestes, como o 
cipreste-italiano (Cupressus sempervirens) e o cipreste-americano(Cupres-
sus arizonica), que são apreciados pelo seu porte esguio e vertical, ade-
quado para criar pontos focais em jardins e paisagens. 
4. Tuja (Thuja spp.): Também conhecida como cedro-branco, a tuja é uma co-
nífera de crescimento rápido e folhas pequenas em forma de escama. É 
frequentemente utilizada para cercas vivas e divisórias em jardins devido à 
sua densidade e capacidade de poda. 
5. Abeto (Abies spp.): Existem várias espécies de abetos, como o abeto-dou-
glas (Pseudotsuga menziesii) e o abeto-nobre (Abies procera), que são va-
lorizados por suas folhas macias e sua forma piramidal. São frequentemente 
 
 
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usados como árvores de Natal e em projetos paisagísticos que buscam um 
aspecto natural e exuberante. 
 
8.5 - ARBUSTOS 
 
Os arbustos são espécies vegetais lenhosas ou semi-lenhosas que se caracte-
rizam por sua ramificação desde a base e uma altura média de até 4 metros. Eles são 
frequentemente utilizados em paisagismo devido às seguintes características: 
Facilidade para formação de maciços uniformes: Devido à sua estrutura ramifi-
cada e compacta, os arbustos são ideais para a formação de maciços densos e uni-
formes em jardins e paisagens, criando áreas visualmente atraentes e bem definidas. 
Destaque pela forma, coloração ou padrão da folhagem: Os arbustos se desta-
cam no paisagismo tanto pela forma de sua copa (arredondada, esguia, cascata, etc.), 
pela coloração das flores ou folhas (florescimento colorido, folhagem variegada, outo-
nal, etc.) ou pela textura e padrão da folhagem (folhas pequenas e densas, folhas 
recortadas, etc.). 
Versatilidade e adaptabilidade: Existem inúmeras espécies de arbustos dispo-
níveis para diferentes condições de solo, luz solar e clima, o que os torna versáteis e 
adaptáveis a uma variedade de ambientes e estilos de paisagismo. 
Função ornamental e funcional: Além de sua função ornamental, os arbustos 
também podem desempenhar funções funcionais em projetos paisagísticos, como a 
criação de cercas vivas para delimitar espaços, a cobertura de áreas desnudas do 
solo, a proteção contraventos e atração de vida selvagem. 
Arbustos que são frequentemente utilizados em paisagismo devido às suas ca-
racterísticas ornamentais e funcionais: 
• Hibisco (Hibiscus spp.): Esses arbustos são conhecidos por suas flores 
grandes e coloridas, que podem ser em tons de vermelho, rosa, branco ou 
amarelo. São ideais para adicionar cor e atrair pássaros para o jardim. 
• Azaleia (Rhododendron spp.): As azaleias são arbustos de folhas perenes 
que produzem flores abundantes em tons de rosa, roxo, vermelho e branco. 
São ótimas para criar pontos de destaque e dar um toque de elegância ao 
jardim. 
 
 
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• Ligustrina (Ligustrum spp.): Essa planta é comumente utilizada como cerca 
viva devido à sua folhagem densa e crescimento rápido. Existem variedades 
de ligustrina com folhas verdes escuras ou variegadas. 
 
• Buxinho (Buxus spp.): O buxinho é um arbusto de folhas pequenas e com-
pactas, ideal para criar bordas em jardins ou para esculpir em formas deco-
rativas, como topiarias. 
• Camélia (Camellia spp.): As camélias são arbustos de folhas perenes que 
produzem flores grandes e vistosas em tons de rosa, vermelho e branco. 
São excelentes para adicionar cor e beleza ao jardim durante o inverno e 
primavera. 
• Lavanda (Lavandula spp.): Embora seja mais conhecida como planta her-
bácea, a lavanda também pode ser cultivada como arbusto. Suas flores ro-
xas e o aroma característico a tornam uma excelente escolha para jardins 
aromáticos e de borboletas. 
• Eugenia (Eugenia spp.): Também conhecida como pitanga, a eugenia é um 
arbusto tropical com folhas brilhantes e frutos comestíveis. É valorizada por 
sua beleza e utilidade na culinária. 
 
8.6 - PALMEIRAS 
 
As palmeiras, pertencentes à família Arecaceae (Palmae), são elementos dis-
tintivos nos jardins tropicais devido às suas marcantes características individuais. Elas 
apresentam uma extensa variedade de formas, portes, texturas e colorações, o que 
as torna muito versáteis e atrativas para uso em paisagismo. Algumas formas comuns 
de utilização das palmeiras incluem: 
• Composição de exuberantes maciços: Palmeiras podem ser agrupadas em 
maciços para criar áreas de vegetação densa e exuberante, proporcionando 
um visual tropical e naturalmente exótico. 
 
 
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• Orientação de caminhos: Palmeiras altas e esguias podem ser utilizadas 
para orientar caminhos em jardins, criando uma sensação de direciona-
mento e fluidez na paisagem. 
• Referência de espaços: Palmeiras de porte imponente e características 
marcantes podem ser usadas como referências visuais em projetos paisa-
gísticos, ajudando a dividir e destacar diferentes áreas do jardim. 
• Valorização de edificações: Palmeiras próximas a edificações, como casas 
ou prédios, podem proporcionar uma sensação de integração com a natu-
reza, além de agregar valor estético ao ambiente construído. 
Além disso, as palmeiras também são frequentemente usadas para criar at-
mosferas relaxantes e tropicais em áreas externas, como varandas, terraços e áreas 
de lazer. Sua resistência e adaptabilidade a diferentes condições climáticas tornam-
nas escolhas populares para jardins em regiões subtropicais e tropicais, mas também 
podem ser utilizadas com sucesso em ambientes mais temperados, dependendo da 
espécie escolhida. 
As palmeiras frequentemente utilizadas em paisagismo devido à sua beleza e 
adaptação a diferentes ambientes: 
Palmeira Real (Roystonea regia): Uma das palmeiras mais elegantes e majes-
tosas, conhecida por seu tronco reto e alto, coroado por uma copa de folhas grandes 
e arqueadas. É frequentemente usada como ponto focal em jardins tropicais e urba-
nos. 
Palmeira Areca (Dypsis lutescens): Também conhecida como palmeira-bambu, 
é uma palmeira de porte médio, com folhas arqueadas e plumosas. É bastante utili-
zada em jardins como planta de destaque ou em maciços, adicionando uma aparência 
tropical e exuberante. 
Palmeira Leque (Livistona spp.): Existem várias espécies de palmeiras leque, 
como a Livistona chinensis e a Livistona australis, conhecidas por suas folhas em 
forma de leque e troncos elegantes. São ideais para criar uma atmosfera exótica e 
tropical em jardins. 
Palmeira Rabo de Raposa (Wodyetia bifurcata): Esta palmeira se destaca pela 
cor verde vibrante de suas folhas e pela forma elegante de sua copa. É uma escolha 
popular para jardins tropicais devido ao seu porte médio e aparência atrativa. 
 
 
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Palmeira Azul (Bismarckia nobilis): Com suas folhas prateadas-azuladas e 
tronco robusto, a palmeira azul é uma opção impressionante para jardins paisagísticos 
que buscam um toque de cor e exotismo. 
Palmeira Licuala (Licuala spp.): Essa palmeira é conhecida por suas folhas em 
forma de leque, com um padrão de nervuras marcantes. É uma escolha popular para 
áreassombreadas e protegidas em jardins tropicais. 
 
8.7 - BROMÉLIAS 
 
As bromélias pertencem à família Bromeliaceae e são conhecidas por sua di-
versidade e beleza. Com cerca de 2.880 espécies catalogadas, essas plantas apre-
sentam uma variedade de formas, tamanhos e cores que as tornam populares no pai-
sagismo. Elas podem ser encontradas em diferentes habitats, sendo classificadas 
como terrestres, epífitas, rupículas ou saxícolas. 
Algumas das principais gêneros de bromélias incluem Aechmea, Neoregelia, 
Guzmania, Tillandsia, Vriesea, Alcantarea e Cryptanthus. Cada gênero possui suas 
próprias características distintivas em relação ao formato das folhas, disposição das 
flores e padrões de coloração, o que oferece uma ampla variedade de opções para o 
design paisagístico. 
Em relação ao porte, as bromélias podem variar significativamente. Por exem-
plo, as Alcantarea podem alcançar até 1,80 metros de altura, proporcionando um im-
pacto visual impressionante em jardins e paisagens. Por outro lado, algumas espécies 
de Tillandsia podem ser mais compactas e adequadas para uso em vasos ou arranjos 
suspensos. 
Além de sua beleza ornamental, as bromélias são apreciadas por sua fácil ma-
nutenção e resistência, sendo capazes de prosperar em diferentes condições ambi-
entais. Elas podem ser utilizadas de várias formas no paisagismo, desde a criação de 
maciços e bordaduras até a decoração de áreas internas e externas com vasos e 
arranjos florais. Sua capacidade de adaptar-se a diferentes ambientes e sua diversi-
dade estética fazem das bromélias uma escolha versátil e atrativa para projetos pai-
sagísticos. 
Dentre as bromélias utilizadas no paisagismo pode-se citar: 
 
 
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• Aechmea fasciata: Esta bromélia é conhecida por suas folhas prateadas e 
sua inflorescência em tons de rosa e roxo. É frequentemente usada como 
planta de destaque em jardins tropicais, vasos e arranjos florais. 
• Neoregelia spp.: O gênero Neoregelia inclui várias espécies de bromélias 
com folhas coloridas, como vermelho, rosa, verde e roxo. São amplamente 
utilizadas para adicionar cor e textura em jardins e paisagens. 
• Guzmania spp.: As bromélias do gênero Guzmania são conhecidas por suas 
inflorescências em forma de espiga e suas cores vibrantes, como vermelho, 
laranja e amarelo. São ótimas para criar pontos de destaque em arranjos e 
vasos. 
• Tillandsia spp.: Também conhecidas como "bromélias aéreas", as Til-
landsias são epífitas que não necessitam de solo para crescer. São frequen-
temente utilizadas em arranjos suspensos, terrários e como decoração em 
troncos de árvores. 
• Vriesea spp.: O gênero Vriesea inclui bromélias com folhas estriadas e in-
florescências em tons de vermelho, amarelo e laranja. São ideais para adi-
cionar padrões interessantes e cores vibrantes em jardins e áreas internas. 
• Cryptanthus spp.: As bromélias do gênero Cryptanthus são conhecidas por 
suas folhas listradas e coloridas, como verde, vermelho e rosa. São exce-
lentes para uso em bordaduras, vasos e arranjos decorativos. 
 
8.8 - FLORÍFERAS HERBÁCEAS 
 
As floríferas herbáceas são plantas que acrescentam beleza e cor aos espaços 
com suas flores vibrantes. Elas englobam uma variedade de tipos, incluindo as anuais, 
que completam seu ciclo de vida em um ano; as bienais, que precisam de dois anos 
para completar seu ciclo; e as bulbosas e tuberosas, que crescem a partir de bulbos 
ou tubérculos. 
Essas plantas apresentam uma diversidade impressionante de cores, tama-
nhos e formatos de flores, o que as torna muito versáteis para uso em paisagismo. 
Elas são cada vez mais populares na composição de canteiros, bordaduras, vasos e 
 
 
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jardineiras devido à sua capacidade de adicionar interesse visual e criar composições 
harmoniosas. 
Além de sua beleza estética, as floríferas herbáceas também são apreciadas 
por sua facilidade de cultivo e manutenção. Muitas delas são resistentes e adaptáveis 
a diferentes condições climáticas, tornando-as escolhas ideais para jardins e espaços 
externos. 
Com uma ampla gama de opções disponíveis, desde as clássicas margaridas 
e rosas até as exóticas orquídeas e lírios, as floríferas herbáceas oferecem inúmeras 
possibilidades criativas para projetos paisagísticos, permitindo criar ambientes encan-
tadores e cheios de vida. 
Conforme as condições de cada região, pode-se considerar as seguintes plan-
tas floríferas herbáceas na constituição do jardim: 
1. Margarida (Bellis perennis): Uma flor anual ou bienal com pétalas brancas 
ou rosadas, muito popular em canteiros e bordaduras. 
2. Petúnia (Petunia spp.): Uma planta anual com uma grande variedade de 
cores vibrantes em suas flores, ideal para vasos e jardineiras. 
3. Gazânia (Gazania rigens): Uma planta anual com flores em tons de amarelo, 
laranja e vermelho, conhecida pela sua resistência e beleza em canteiros e 
bordaduras. 
4. Dália (Dahlia spp.): Uma flor bulbosa com uma ampla variedade de formas 
e cores em suas flores, excelente para arranjos florais e canteiros. 
5. Lírio (Lilium spp.): Uma planta bulbosa com flores grandes e elegantes em 
diversas cores, perfeita para criar pontos focais em jardins. 
6. Tagetes (Tagetes spp.): Plantas anuais com flores em tons de amarelo, la-
ranja e vermelho, ideais para repelir insetos e adicionar cor a canteiros e 
vasos. 
7. Agerato (Ageratum houstonianum): Uma planta anual com flores em tons 
de azul, roxo e branco, ótima para bordaduras e jardineiras. 
8. Cravo (Dianthus spp.): Uma planta perene com flores em tons de rosa, ver-
melho e branco, conhecida pelo seu perfume e resistência em canteiros. 
9. Gerânio (Pelargonium spp.): Plantas anuais com uma variedade de cores 
em suas flores, amplamente utilizadas em vasos e jardineiras. 
 
 
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10. Calêndula (Calendula officinalis): Uma planta anual com flores em tons de 
amarelo e laranja, famosa por suas propriedades medicinais e beleza em 
canteiros. 
 
8.9 - ORQUÍDEAS 
 
As orquídeas são plantas conhecidas por sua grande variedade de estruturas 
vegetativas e florais, destacando-se pelo tamanho, forma, diversidade e combinação 
de cores em suas flores. Elas são principalmente encontradas em florestas úmidas de 
regiões tropicais e subtropicais, onde podem crescer em diferentes substratos, como 
solo, sobre pedras e principalmente como epífitas. 
As orquídeas epífitas são aquelas que crescem sobre outras plantas, sem pa-
rasitá-las, utilizando-as apenas como suporte. Algumas das orquídeas epífitas mais 
conhecidas incluem Cattleya, Dendrobium, Laelia, Oncidium e Phalaenopsis, cada 
uma com suas próprias características distintivas em relação ao formato das flores, 
padrões de coloração e épocas de floração. 
Além das epífitas, existem também orquídeas terrestres, como a Arundina bam-
busifolia, conhecida como orquídea-bambu, que cresce diretamente no solo. Essas 
orquídeas costumam ter diferentes necessidades de cultivo em comparação com as 
epífitas, mas ainda assim apresentam uma beleza única em suas flores e folhagens. 
As orquídeas são muito apreciadas no paisagismo devido à sua elegância e 
exotismo, sendo frequentemente utilizadas em jardins,vasos e arranjos florais para 
adicionar uma atmosfera tropical e sofisticada ao ambiente. Suas flores duradouras e 
variadas tornam-nas escolhas populares para aqueles que buscam beleza e singula-
ridade em suas plantações. 
Eis alguns exemplos de orquídeas utilizadas no paisagismo: 
• Cattleya spp.: Este gênero de orquídeas é conhecido por suas flores 
grandes e coloridas, com pétalas e sépalas muitas vezes de tonalidades 
diferentes. São populares em arranjos florais e coleções de plantas or-
namentais. 
 
 
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• Dendrobium spp.: As orquídeas do gênero Dendrobium apresentam uma 
ampla variedade de formas e cores de flores, desde tons suaves até co-
res vibrantes. São frequentemente cultivadas em vasos e cestas sus-
pensas. 
• Phalaenopsis spp.: Também conhecida como "orquídea borboleta", a 
Phalaenopsis é uma das orquídeas mais populares devido às suas flores 
duradouras e elegantes, disponíveis em uma ampla gama de cores. 
• Oncidium spp.: Conhecidas por suas flores pequenas e numerosas, as 
orquídeas do gênero Oncidium são valorizadas por suas inflorescências 
abundantes e aparência delicada. 
• Laelia spp.: Estas orquídeas apresentam flores grandes e vistosas, mui-
tas vezes em tons de rosa, roxo e branco. São ideais para uso como 
plantas de destaque em jardins e coleções de orquídeas. 
• Vanda spp.: As orquídeas Vanda são conhecidas por suas flores gran-
des e exuberantes, frequentemente em tons de azul, roxo, rosa e ama-
relo. São populares em coleções de orquídeas devido à sua beleza e 
aroma. 
 
8.10 - ZINGIBERÁCEAS 
 
As Zingiberáceas compreendem uma ordem botânica chamada Zingiberales, 
que inclui várias famílias botânicas notáveis: Musaceae, Strelitziaceae, Lowiaceae, 
Heliconiaceae, Zingiberaceae, Costaceae, Cannaceae e Marantaceae. Estas plantas 
são conhecidas por suas flores tropicais deslumbrantes e características comuns dis-
tintivas: 
1. Flores Tropicais: As Zingiberáceas são frequentemente associadas a ambi-
entes tropicais devido à sua aparência exuberante e flores vistosas, que 
muitas vezes apresentam cores vibrantes e formas incomuns. 
2. Folhas largas e pecíolos longos: Uma característica marcante dessas plan-
tas são suas folhas largas e pecíolos longos, que proporcionam uma apa-
rência majestosa e tropical às plantas da família. 
 
 
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3. Inflorescências com brácteas: As inflorescências das Zingiberáceas são 
compostas por brácteas coloridas e chamativas, que envolvem as flores e 
contribuem significativamente para sua atratividade visual. 
4. Rizomas: Muitas espécies de zingiberáceas também possuem rizomas sub-
terrâneos, que são estruturas de armazenamento de nutrientes e desempe-
nham um papel importante na propagação e sobrevivência dessas plantas. 
Alguns exemplos notáveis de zingiberáceas incluem o gengibre (Zingiber offici-
nale), a bananeira (Musa spp.), a helicônia (Heliconia spp.) e o cálice-de-cristo (Stre-
litzia reginae), também conhecido como ave-do-paraíso. Essas plantas são valoriza-
das não apenas por suas flores espetaculares, mas também por sua folhagem exube-
rante e presença marcante em jardins tropicais e paisagens exóticas. 
 
8.11 - SUCULENTAS 
 
As suculentas são um grupo diversificado de plantas que incluem muitas espé-
cies provenientes de regiões semiáridas ou desérticas, conhecidas por sua capaci-
dade de armazenar água em suas folhas, caules ou raízes, permitindo que sobrevivam 
a longos períodos de estiagem. Sua adaptação única as torna ideais para ambientes 
com pouca água e sol intenso. 
No paisagismo, as plantas suculentas e cactáceas são frequentemente utiliza-
das para criar jardins rochosos e paisagens xerófitas. Suas características distintivas, 
como folhas carnudas, caules espinhosos e flores exóticas, proporcionam uma esté-
tica interessante e de baixa manutenção. Algumas das suculentas mais populares in-
cluem: 
1. Echeveria: Com suas rosetas de folhas suculentas em tons de verde, azul, 
rosa e roxo, as Echeverias são muito apreciadas em arranjos e jardins de 
suculentas. 
2. Sedum: Com uma variedade de espécies e formas, os Sedums apresentam 
folhas suculentas e muitas vezes produzem flores coloridas, atraindo bor-
boletas e abelhas. 
 
 
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3. Aloe vera: Além de suas propriedades medicinais, as Aloe Veras também 
são excelentes plantas suculentas, com folhas grossas e suculentas em 
forma de lança. 
4. Crassula: Também conhecidas como "árvore da felicidade", as Crassulas 
são suculentas de crescimento compacto e folhas arredondadas, ideais 
para vasos e canteiros. 
5. Opuntia: Comumente chamadas de "palma de São Jorge" ou "palma de 
Santa Rita", as Opuntias são cactáceas com cladódios suculentos e espi-
nhosos, adicionando uma aparência única a jardins xerófitos. 
6. Haworthia: Essas suculentas apresentam folhas grossas e translúcidas, 
muitas vezes listradas ou com padrões interessantes, sendo perfeitas para 
vasos e terrários. 
Essas são apenas algumas das muitas suculentas disponíveis para uso em 
paisagismo, cada uma oferecendo uma beleza única e uma adaptação impressionante 
a ambientes áridos e ensolarados. 
 
8.12 - FORRAÇÕES 
 
As forrações são plantas provenientes de diversas famílias botânicas, caracte-
rizadas por seu crescimento horizontal maior do que vertical. Essas plantas são fre-
quentemente utilizadas para revestir o solo, criando uma cobertura que mantém a 
umidade do solo, reduz a erosão e ajuda a controlar a proliferação de plantas dani-
nhas. 
Ao compor canteiros, as forrações proporcionam uma cobertura uniforme e 
atraente, adicionando textura e cor ao ambiente. Elas também são ideais para formar 
bordaduras ao redor de caminhos, áreas de jardim ou bordas de canteiros, criando 
transições suaves e delineando espaços de forma elegante. 
Em vasos e jardineiras, as forrações podem ser utilizadas para recobrir áreas 
superficiais do substrato, proporcionando um visual mais completo e integrado. Além 
disso, muitas forrações são resistentes e de baixa manutenção, o que as torna esco-
lhas populares para áreas onde se deseja um cuidado mínimo. 
Algumas forrações comuns incluem: 
 
 
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1. Grama-amendoim (Arachis repens): Uma forração de crescimento rasteiro, 
com folhas pequenas e delicadas, adequada para cobrir grandes áreas de 
solo. 
2. Lírio-tapete (Liriope spicata): Uma planta perene que forma aglomerados de 
folhas estreitas e flores delicadas, ideal para bordaduras e cobertura de solo 
em áreas sombreadas. 
3. Vinca-madagascar (Catharanthus roseus): Com suas flores coloridas e fo-
lhagem densa, a vinca-madagascar é uma excelente forração para cantei-
ros e áreas ensolaradas. 
4. Aubrieta (Aubrieta deltoidea): Uma planta com flores roxas, rosas ou bran-
cas, que forma tapetes densos e coloridos, perfeitos para bordaduras e 
áreas rochosas. 
5. Pingo-de-ouro (Lysimachia nummularia): Com suas folhas redondas e dou-
radas, estaforração é ótima para cobrir áreas úmidas e sombreadas, adici-
onando brilho e cor ao jardim. 
 
8.13 - GRAMAS 
 
As gramas, pertencentes à família Poaceae (Gramineae), são plantas que se 
propagam através de rizomas de crescimento rápido, formando um entrelaçamento 
eficiente das raízes. Elas desempenham diversos papéis fundamentais no paisagismo 
e na engenharia ambiental: 
1. Controle de erosão: As gramas são essenciais para prevenir a erosão do 
solo em áreas vulneráveis, como jardins, encostas, taludes e áreas degra-
dadas, graças à sua capacidade de enraizamento profundo e compactação 
do solo. 
2. Divisão de espaços: Os gramados ajudam a dividir e organizar espaços em 
paisagens urbanas e rurais, criando áreas distintas para atividades contem-
plativas, de lazer e esportivas. 
3. Escolha da espécie: A seleção da espécie de grama adequada é crucial e 
depende do clima local, da finalidade de uso do gramado e dos requisitos 
de manutenção. Algumas espécies comuns incluem a Grama-Esmeralda 
 
 
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(Zoysia japonica), Grama-Batatais (Paspalum notatum), Grama São-Carlos 
(Axonopus compressus), Grama Santo-Agostinho (Stenotaphrum secunda-
tum) e Grama-Bermudas (Cynodon dactylon). 
 
8.13.1 - Gramados esportivos 
 
No contexto de gramados esportivos, a qualidade e o manejo adequado da 
grama são essenciais para garantir um ambiente propício para atividades esportivas: 
• Livre de Problemas: Os gramados esportivos devem ser livres de plantas 
daninhas, sementes indesejadas, doenças, pragas e nematóides, para 
manter a saúde e a segurança dos atletas. 
• Características Visuais: Aspectos como densidade, suavidade, uniformi-
dade, jogabilidade e cor (que varia de acordo com a espécie/variedade) são 
fundamentais para proporcionar um ambiente visualmente agradável e fun-
cional. 
• Características Funcionais: As gramas esportivas devem apresentar carac-
terísticas funcionais específicas, como rigidez, elasticidade, velocidade de 
rolagem da bola, produtividade de aparas, capacidade de recuperação de 
danos e resiliência a pisoteio e uso intensivo. 
 
8.14 - FOLHAGENS 
 
As folhagens representam uma grande diversidade de plantas, sendo a maioria 
típica de climas quentes e úmidos. Muitas espécies de folhagens são cultivadas e 
amplamente utilizadas em paisagismo devido às suas características distintivas: 
1. Forma, Cor, Tamanho e Brilho das Folhas: As folhagens se destacam pela 
variedade de formas, cores, tamanhos e brilho das folhas, oferecendo uma 
ampla gama de opções para criar composições interessantes e visualmente 
atrativas. 
 
 
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2. Cultivo à Meia-Sombra: A maioria das folhagens prefere locais com luz in-
direta ou à meia-sombra, tornando-as ideais para jardins em áreas sombre-
adas ou para uso em ambientes internos com boa luminosidade, mas sem 
exposição direta ao sol. 
3. Jardins em Áreas Sombreadas: As folhagens são frequentemente utilizadas 
para criar jardins em áreas sombreadas, proporcionando textura, cor e vida 
em ambientes que recebem menos luz solar direta. 
4. Plantas de Interior: Muitas folhagens são apreciadas como plantas de inte-
rior devido à sua capacidade de se adaptar a condições de iluminação indi-
reta e à sua beleza ornamental. Elas adicionam frescor, purificação do ar e 
um toque de natureza aos ambientes internos. 
Alguns exemplos de folhagens populares utilizadas em paisagismo e como 
plantas de interior incluem: 
1. Folhagem de Samambaia (Nephrolepis spp.): Com suas folhas delicadas e 
frondes exuberantes, as samambaias são ideais para áreas sombreadas e 
ambientes internos. 
2. Hosta (Hosta spp.): As hostas são conhecidas por suas folhas grandes e 
ornamentais, disponíveis em uma variedade de cores e padrões, perfeitas 
para jardins sombreados. 
3. Camedórea (Chamaedorea spp.): Uma palmeira de porte pequeno, com fo-
lhas elegantes e plumosas, adequada para ambientes internos e áreas som-
breadas de jardins. 
4. Maranta (Maranta leuconeura): Conhecida como "planta-oração", a maranta 
possui folhas com padrões decorativos em tons de verde, roxo e rosa, sendo 
uma ótima opção para interiores. 
5. Philodendron (Philodendron spp.): Com uma variedade de espécies e for-
mas, os filodendros apresentam folhas grandes e exuberantes, adequadas 
para ambientes internos e sombreados. 
 
8.15 - TREPADEIRAS 
 
 
 
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As trepadeiras são plantas que apresentam variações significativas em relação 
ao tipo de caule e aos mecanismos de sustentação: 
1. Caule Volúvel: Essas trepadeiras possuem caules flexíveis que se enrolam 
em espiral no suporte, como é o caso do jasmim-manga (Plumeria spp.), da 
ipomeia (Ipomoea spp.) e do maracujá (Passiflora spp.). Elas não possuem 
outros tipos de fixação além dessa capacidade de enrolamento. 
2. Caule Sarmentoso: As trepadeiras sarmentosas possuem estruturas como 
gavinhas, espinhos ou raízes adventícias que as auxiliam a se agarrar e se 
sustentar em suportes, como é o caso do jasmim-estrela (Jasminum multi-
partitum) e da hera (Hedera spp.). 
3. Caule Cipó: Essas trepadeiras têm um crescimento inicial sem apoio, até 
que se vergam pelo próprio peso sobre algum suporte, como acontece com 
algumas variedades de cipós, como a cipó-de-são-joão (Pyrostegia ve-
nusta) e o cipó-chumbo (Mikania cordifolia). 
4. Caule Escandente: São plantas arbustivas com caules longos que se esten-
dem e se apoiam em estruturas próximas, como é o caso da bougainvillea 
(Bougainvillea spp.) e do jasmim-dos-poetas (Jasminum officinale). 
Essas trepadeiras são amplamente utilizadas em paisagismo devido à sua ca-
pacidade de proporcionar sombreamento em pérgolas, revestir muros com graciosi-
dade e leveza, além de adicionar beleza e interesse visual aos espaços verdes. A 
escolha da trepadeira adequada para cada situação depende não apenas do tipo de 
caule e mecanismo de sustentação, mas também das condições ambientais e do 
efeito desejado no projeto paisagístico. 
 
8.16 - AQUÁTICAS E PALUSTRES 
 
As plantas aquáticas e palustres desempenham papéis distintos em ambientes 
aquáticos, proporcionando diferentes elementos estéticos e funcionais: 
 
8.16.1 - Plantas Aquáticas: 
 
 
 
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1. Revelação de Ambientes Aquáticos: Essas plantas podem revelar a calma, 
o movimento, as cores e as texturas características dos ambientes aquáticos, adicio-
nando interesse visual e dinamismo aos espaços. 
2. Utilização em Elementos Aquáticos: São frequentemente utilizadas em fon-
tes, quedas d’água e espelhos d’água, criando paisagens tranquilas e atraentes. 
3. Tipos de Plantas Aquáticas: 
• Flutuantes: Apresentam folhas e flores sobre a superfície da água, com 
o sistema radicular imerso, proporcionando um aspecto flutuante e deli-
cado. 
• Submersas Fixas: Possuem folhas flutuantes e um rizoma ancorado ao 
fundo do lago ou tanque, com longos pecíolos que levam as folhas e 
flores até a superfícieda água, oferecendo uma aparência mais densa e 
estruturada. 
Exemplos comuns de plantas aquáticas: 
• Plantas Aquáticas Flutuantes: Ninféias (Nymphaea spp.), Vitória-régia 
(Victoria amazonica), Pistia (Pistia stratiotes). 
• Plantas Aquáticas Submersas Fixas: Elódeas (Elodea spp.), Cabomba 
(Cabomba caroliniana), Myriophyllum (Myriophyllum spp.). 
 
8.16.2 - Plantas Palustres: 
 
1. Denominação e Utilização: Também conhecidas como aquáticas emergen-
tes, são frequentemente utilizadas ao redor de tanques, lagos ou em vasos submer-
sos, criando transições harmoniosas entre o ambiente aquático e o terrestre. 
2. Habitat e Características: Crescem em solos encharcados, com alguns cen-
tímetros de água, adaptando-se às condições úmidas e oferecendo uma vegetação 
exuberante nas margens de corpos d’água. 
 
Exemplos comuns de plantas palustres: 
• Plantas Palustres: Junco (Juncus spp.), Typha (Typha spp.), Pontederia 
(Pontederia cordata). 
 
 
 
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Essas plantas desempenham um papel fundamental na criação de ecossiste-
mas aquáticos equilibrados e esteticamente agradáveis, oferecendo beleza natural e 
contribuindo para a saúde e a biodiversidade dos ambientes aquáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
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Verdes. Oficina de Textos, 2011. 
CROW, G. E.; Hellquist, C. B. Aquatic and Wetland Plants of Northeastern North Amer-
ica: A Revised and Enlarged Edition of Norman C. Fassett's A Manual of Aquatic 
Plants. University of Wisconsin Press, 2000. 
LORENZI, H. Plantas Ornamentais: Guia de Identificação e Cultivo. Instituto Planta-
rum de Estudos da Flora, 2013. 
MALAGRINO, M. Trepadeiras: Espécies e Cultivo. Editora Globo, 2015. 
SARTORI, V. L. Floríferas Herbáceas: Cultivo e Utilização em Paisagismo. Editora 
Senac São Paulo, 2008.