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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 111 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 8 - GRUPOS DE PLANTAS EM PAISAGISMO 8.1 - PLANTAS ORNAMENTAIS Todas as plantas utilizadas na composição de um jardim são ornamentais, mas nem todas as plantas ornamentais são usadas em jardins. São consideradas ornamentais as plantas que se destacam pelos aspectos atrativos de algum órgão, sejam as flores, as folhas, os frutos, o caule, as sementes ou até mesmo as raízes, pelo belo efeito que produzem quando isoladas ou em con- juntos. De acordo com as características morfológicas podem ser organizadas em gru- pos que proporcionam diferentes possibilidades de utilização. Árvores, arbustos, coníferas, forrações, trepadeiras, floríferas herbáceas, gra- mas, palmeiras, zingiberáceas, folhagens, suculentas e cactáceas, bromélias, orquí- deas, palustres e aquáticas. O conhecimento das características das espécies vegetais é de grande impor- tância para a realização de projetos de paisagismo, pois o emprego correto e harmô- nico da vegetação proporciona integração dos espaços e bem-estar aos usuários. 8.2 - CRITÉRIOS GERAIS Alguns critérios devem ser observados na escolha das plantas a serem utiliza- das no paisagismo: • Exigências específicas: solo, água, nutrientes, temperatura. • Luminosidade: pleno sol, meia sombra, sombra. • Ciclo vegetativo: anuais, bienais, perenes. • Estrutura: herbáceas, semi-lenhosas, lenhosas. • Velocidade de desenvolvimento. AULA 8 NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 112 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO • Tipo de crescimento: ereto, reptante, ascendente, escandente. • Tipo de propagação: vegetativa, sexuada. • Dimensões da espécie (n. de plantas por unidade de área). 8.3 - ÁRVORES As árvores desempenham papéis cruciais tanto no ambiente natural quanto no urbano. Elas são espécies vegetais lenhosas, caracterizadas por terem troncos sem ramificações até uma altura determinada e uma copa na parte superior. Além disso, apresentam portes variados, como pequeno (até 5,0 m), médio (5,0 a 8,0 m) e grande (acima de 8,0 m), e podem ter diferentes formatos de copas, como colunar, cônica, globosa, pendente e umbeliforme. No ambiente urbano, as árvores são fundamentais para a arborização de ruas e avenidas. Elas oferecem uma série de benefícios ambientais, como sombreamento para amenizar temperaturas, proteção contra ventos e absorção de ruídos, tornando o ambiente mais confortável e saudável para os habitantes da cidade. Além disso, as árvores também desempenham um papel importante nos as- pectos estéticos da paisagem urbana. Elas contribuem para a criação de um "plano de teto verticalizado", adicionando camadas visuais interessantes ao ambiente. Po- dem ser utilizadas na formação de áreas de lazer ativo e contemplativo, na formação de conjuntos paisagísticos harmoniosos, na divisão de espaços e na criação de pontos focais de destaque. Além disso, o plantio de árvores ajuda na recomposição da pai- sagem em áreas degradadas, promovendo a biodiversidade e melhorando a quali- dade de vida dos habitantes. Assim, as árvores não são apenas elementos ornamentais, mas desempenham um papel multifuncional e essencial na integração dos espaços urbanos, proporcio- nando bem-estar aos usuários e contribuindo para a sustentabilidade ambiental. Existem diversas espécies de árvores que são excelentes escolhas para o pai- sagismo devido às suas características estéticas, funcionais e adaptabilidade aos di- ferentes ambientes. Aqui estão alguns exemplos: NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 113 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 1. Ipê (Tabebuia spp.): Essa árvore é conhecida por sua beleza exuberante, com flo- res em tons de rosa, branco, amarelo ou roxo, dependendo da espécie. Ela é bas- tante utilizada em projetos paisagísticos devido à sua floração exuberante e resis- tência. 2. Jacarandá-Mimoso (Jacaranda mimosifolia): Essa árvore tem flores azuis ou lila- ses e é apreciada por sua elegância e porte médio. É uma excelente opção para áreas onde se deseja um destaque visual com suas flores vistosas. 3. Pau-Brasil (Caesalpinia echinata): Além de sua importância histórica e cultural, o pau-brasil também é uma árvore de grande valor paisagístico, com suas folhas compostas e flores em tons de vermelho e amarelo. 4. Acácia-Amarela (Acacia farnesiana): Esta árvore é valorizada por suas flores ama- relas perfumadas e sua folhagem delicada. É uma excelente escolha para projetos paisagísticos que buscam atrair pássaros e borboletas. 5. Cerejeira (Prunus spp.): As cerejeiras, especialmente a variedade ornamental ja- ponesa (Prunus serrulata), são conhecidas por suas flores rosadas que aparecem na primavera, criando um espetáculo visual encantador. 6. Ficus (Ficus spp.): As variedades de ficus, como o Ficus benjamina e o Ficus lyrata, são árvores com folhagem densa e características de crescimento que permitem seu uso tanto em áreas externas quanto internas, sendo ideais para criação de áreas sombreadas e aconchegantes. 7. Magnólia (Magnolia spp.): Com suas grandes e perfumadas flores brancas ou ro- sadas, as magnólias são árvores elegantes que adicionam um toque de sofistica- ção a qualquer paisagem. 8.4 - CONÍFERAS As gimnospermas de porte arbóreo ou arbustivo são plantas que geralmente prosperam em climas temperados e subtropicais. Elas apresentam uma diversidade de características que as tornam atraentes para uso em paisagismo: • Porte e estrutura cônica: Muitas gimnospermas têm um porte arbóreo com uma estrutura cônica, o que as torna ideais para criar pontos focais verticais em um jardim ou paisagem. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 114 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO • Textura e coloração variegadas: Algumas espécies de gimnospermas pos- suem texturas interessantes em suas folhas ou cascas, e algumas apresen- tam variações de coloração, como tonalidades variegatas, contribuindo para a diversidade visual no paisagismo. • Uso isolado ou em maciços: As gimnospermas podem ser utilizadas de forma isolada para destacar áreas específicas do jardim ou agrupadas em maciços para criar uma massa de vegetação uniforme e impactante. • Efeitos esculturais: Devido à sua forma e estrutura distintas, muitas gimnos- permas proporcionam efeitos esculturais interessantes, especialmente quando iluminadas de maneira adequada durante diferentes períodos do dia. Algumas das plantas coníferas utilizadas no paisagismo são: 1. Pinheiro-Manso (Pinus pinea): Esta espécie de pinheiro é conhecida por sua copa ampla e arredondada, com pinhas grandes e comestíveis. É frequen- temente usada em projetos paisagísticos devido à sua aparência elegante e resistência. 2. Araucária (Araucaria angustifolia): Também conhecida como pinheiro-do- paraná, é uma árvore de porte imponente e copa cônica, com folhas em forma de agulhas. É uma espécie característica de regiões subtropicais e é valorizada pelo seu aspecto ornamental. 3. Cipreste (Cupressus spp.): Existem várias espécies de ciprestes, como o cipreste-italiano (Cupressus sempervirens) e o cipreste-americano(Cupres- sus arizonica), que são apreciados pelo seu porte esguio e vertical, ade- quado para criar pontos focais em jardins e paisagens. 4. Tuja (Thuja spp.): Também conhecida como cedro-branco, a tuja é uma co- nífera de crescimento rápido e folhas pequenas em forma de escama. É frequentemente utilizada para cercas vivas e divisórias em jardins devido à sua densidade e capacidade de poda. 5. Abeto (Abies spp.): Existem várias espécies de abetos, como o abeto-dou- glas (Pseudotsuga menziesii) e o abeto-nobre (Abies procera), que são va- lorizados por suas folhas macias e sua forma piramidal. São frequentemente NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 115 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO usados como árvores de Natal e em projetos paisagísticos que buscam um aspecto natural e exuberante. 8.5 - ARBUSTOS Os arbustos são espécies vegetais lenhosas ou semi-lenhosas que se caracte- rizam por sua ramificação desde a base e uma altura média de até 4 metros. Eles são frequentemente utilizados em paisagismo devido às seguintes características: Facilidade para formação de maciços uniformes: Devido à sua estrutura ramifi- cada e compacta, os arbustos são ideais para a formação de maciços densos e uni- formes em jardins e paisagens, criando áreas visualmente atraentes e bem definidas. Destaque pela forma, coloração ou padrão da folhagem: Os arbustos se desta- cam no paisagismo tanto pela forma de sua copa (arredondada, esguia, cascata, etc.), pela coloração das flores ou folhas (florescimento colorido, folhagem variegada, outo- nal, etc.) ou pela textura e padrão da folhagem (folhas pequenas e densas, folhas recortadas, etc.). Versatilidade e adaptabilidade: Existem inúmeras espécies de arbustos dispo- níveis para diferentes condições de solo, luz solar e clima, o que os torna versáteis e adaptáveis a uma variedade de ambientes e estilos de paisagismo. Função ornamental e funcional: Além de sua função ornamental, os arbustos também podem desempenhar funções funcionais em projetos paisagísticos, como a criação de cercas vivas para delimitar espaços, a cobertura de áreas desnudas do solo, a proteção contraventos e atração de vida selvagem. Arbustos que são frequentemente utilizados em paisagismo devido às suas ca- racterísticas ornamentais e funcionais: • Hibisco (Hibiscus spp.): Esses arbustos são conhecidos por suas flores grandes e coloridas, que podem ser em tons de vermelho, rosa, branco ou amarelo. São ideais para adicionar cor e atrair pássaros para o jardim. • Azaleia (Rhododendron spp.): As azaleias são arbustos de folhas perenes que produzem flores abundantes em tons de rosa, roxo, vermelho e branco. São ótimas para criar pontos de destaque e dar um toque de elegância ao jardim. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 116 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO • Ligustrina (Ligustrum spp.): Essa planta é comumente utilizada como cerca viva devido à sua folhagem densa e crescimento rápido. Existem variedades de ligustrina com folhas verdes escuras ou variegadas. • Buxinho (Buxus spp.): O buxinho é um arbusto de folhas pequenas e com- pactas, ideal para criar bordas em jardins ou para esculpir em formas deco- rativas, como topiarias. • Camélia (Camellia spp.): As camélias são arbustos de folhas perenes que produzem flores grandes e vistosas em tons de rosa, vermelho e branco. São excelentes para adicionar cor e beleza ao jardim durante o inverno e primavera. • Lavanda (Lavandula spp.): Embora seja mais conhecida como planta her- bácea, a lavanda também pode ser cultivada como arbusto. Suas flores ro- xas e o aroma característico a tornam uma excelente escolha para jardins aromáticos e de borboletas. • Eugenia (Eugenia spp.): Também conhecida como pitanga, a eugenia é um arbusto tropical com folhas brilhantes e frutos comestíveis. É valorizada por sua beleza e utilidade na culinária. 8.6 - PALMEIRAS As palmeiras, pertencentes à família Arecaceae (Palmae), são elementos dis- tintivos nos jardins tropicais devido às suas marcantes características individuais. Elas apresentam uma extensa variedade de formas, portes, texturas e colorações, o que as torna muito versáteis e atrativas para uso em paisagismo. Algumas formas comuns de utilização das palmeiras incluem: • Composição de exuberantes maciços: Palmeiras podem ser agrupadas em maciços para criar áreas de vegetação densa e exuberante, proporcionando um visual tropical e naturalmente exótico. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 117 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO • Orientação de caminhos: Palmeiras altas e esguias podem ser utilizadas para orientar caminhos em jardins, criando uma sensação de direciona- mento e fluidez na paisagem. • Referência de espaços: Palmeiras de porte imponente e características marcantes podem ser usadas como referências visuais em projetos paisa- gísticos, ajudando a dividir e destacar diferentes áreas do jardim. • Valorização de edificações: Palmeiras próximas a edificações, como casas ou prédios, podem proporcionar uma sensação de integração com a natu- reza, além de agregar valor estético ao ambiente construído. Além disso, as palmeiras também são frequentemente usadas para criar at- mosferas relaxantes e tropicais em áreas externas, como varandas, terraços e áreas de lazer. Sua resistência e adaptabilidade a diferentes condições climáticas tornam- nas escolhas populares para jardins em regiões subtropicais e tropicais, mas também podem ser utilizadas com sucesso em ambientes mais temperados, dependendo da espécie escolhida. As palmeiras frequentemente utilizadas em paisagismo devido à sua beleza e adaptação a diferentes ambientes: Palmeira Real (Roystonea regia): Uma das palmeiras mais elegantes e majes- tosas, conhecida por seu tronco reto e alto, coroado por uma copa de folhas grandes e arqueadas. É frequentemente usada como ponto focal em jardins tropicais e urba- nos. Palmeira Areca (Dypsis lutescens): Também conhecida como palmeira-bambu, é uma palmeira de porte médio, com folhas arqueadas e plumosas. É bastante utili- zada em jardins como planta de destaque ou em maciços, adicionando uma aparência tropical e exuberante. Palmeira Leque (Livistona spp.): Existem várias espécies de palmeiras leque, como a Livistona chinensis e a Livistona australis, conhecidas por suas folhas em forma de leque e troncos elegantes. São ideais para criar uma atmosfera exótica e tropical em jardins. Palmeira Rabo de Raposa (Wodyetia bifurcata): Esta palmeira se destaca pela cor verde vibrante de suas folhas e pela forma elegante de sua copa. É uma escolha popular para jardins tropicais devido ao seu porte médio e aparência atrativa. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 118 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO Palmeira Azul (Bismarckia nobilis): Com suas folhas prateadas-azuladas e tronco robusto, a palmeira azul é uma opção impressionante para jardins paisagísticos que buscam um toque de cor e exotismo. Palmeira Licuala (Licuala spp.): Essa palmeira é conhecida por suas folhas em forma de leque, com um padrão de nervuras marcantes. É uma escolha popular para áreassombreadas e protegidas em jardins tropicais. 8.7 - BROMÉLIAS As bromélias pertencem à família Bromeliaceae e são conhecidas por sua di- versidade e beleza. Com cerca de 2.880 espécies catalogadas, essas plantas apre- sentam uma variedade de formas, tamanhos e cores que as tornam populares no pai- sagismo. Elas podem ser encontradas em diferentes habitats, sendo classificadas como terrestres, epífitas, rupículas ou saxícolas. Algumas das principais gêneros de bromélias incluem Aechmea, Neoregelia, Guzmania, Tillandsia, Vriesea, Alcantarea e Cryptanthus. Cada gênero possui suas próprias características distintivas em relação ao formato das folhas, disposição das flores e padrões de coloração, o que oferece uma ampla variedade de opções para o design paisagístico. Em relação ao porte, as bromélias podem variar significativamente. Por exem- plo, as Alcantarea podem alcançar até 1,80 metros de altura, proporcionando um im- pacto visual impressionante em jardins e paisagens. Por outro lado, algumas espécies de Tillandsia podem ser mais compactas e adequadas para uso em vasos ou arranjos suspensos. Além de sua beleza ornamental, as bromélias são apreciadas por sua fácil ma- nutenção e resistência, sendo capazes de prosperar em diferentes condições ambi- entais. Elas podem ser utilizadas de várias formas no paisagismo, desde a criação de maciços e bordaduras até a decoração de áreas internas e externas com vasos e arranjos florais. Sua capacidade de adaptar-se a diferentes ambientes e sua diversi- dade estética fazem das bromélias uma escolha versátil e atrativa para projetos pai- sagísticos. Dentre as bromélias utilizadas no paisagismo pode-se citar: NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 119 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO • Aechmea fasciata: Esta bromélia é conhecida por suas folhas prateadas e sua inflorescência em tons de rosa e roxo. É frequentemente usada como planta de destaque em jardins tropicais, vasos e arranjos florais. • Neoregelia spp.: O gênero Neoregelia inclui várias espécies de bromélias com folhas coloridas, como vermelho, rosa, verde e roxo. São amplamente utilizadas para adicionar cor e textura em jardins e paisagens. • Guzmania spp.: As bromélias do gênero Guzmania são conhecidas por suas inflorescências em forma de espiga e suas cores vibrantes, como vermelho, laranja e amarelo. São ótimas para criar pontos de destaque em arranjos e vasos. • Tillandsia spp.: Também conhecidas como "bromélias aéreas", as Til- landsias são epífitas que não necessitam de solo para crescer. São frequen- temente utilizadas em arranjos suspensos, terrários e como decoração em troncos de árvores. • Vriesea spp.: O gênero Vriesea inclui bromélias com folhas estriadas e in- florescências em tons de vermelho, amarelo e laranja. São ideais para adi- cionar padrões interessantes e cores vibrantes em jardins e áreas internas. • Cryptanthus spp.: As bromélias do gênero Cryptanthus são conhecidas por suas folhas listradas e coloridas, como verde, vermelho e rosa. São exce- lentes para uso em bordaduras, vasos e arranjos decorativos. 8.8 - FLORÍFERAS HERBÁCEAS As floríferas herbáceas são plantas que acrescentam beleza e cor aos espaços com suas flores vibrantes. Elas englobam uma variedade de tipos, incluindo as anuais, que completam seu ciclo de vida em um ano; as bienais, que precisam de dois anos para completar seu ciclo; e as bulbosas e tuberosas, que crescem a partir de bulbos ou tubérculos. Essas plantas apresentam uma diversidade impressionante de cores, tama- nhos e formatos de flores, o que as torna muito versáteis para uso em paisagismo. Elas são cada vez mais populares na composição de canteiros, bordaduras, vasos e NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 120 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO jardineiras devido à sua capacidade de adicionar interesse visual e criar composições harmoniosas. Além de sua beleza estética, as floríferas herbáceas também são apreciadas por sua facilidade de cultivo e manutenção. Muitas delas são resistentes e adaptáveis a diferentes condições climáticas, tornando-as escolhas ideais para jardins e espaços externos. Com uma ampla gama de opções disponíveis, desde as clássicas margaridas e rosas até as exóticas orquídeas e lírios, as floríferas herbáceas oferecem inúmeras possibilidades criativas para projetos paisagísticos, permitindo criar ambientes encan- tadores e cheios de vida. Conforme as condições de cada região, pode-se considerar as seguintes plan- tas floríferas herbáceas na constituição do jardim: 1. Margarida (Bellis perennis): Uma flor anual ou bienal com pétalas brancas ou rosadas, muito popular em canteiros e bordaduras. 2. Petúnia (Petunia spp.): Uma planta anual com uma grande variedade de cores vibrantes em suas flores, ideal para vasos e jardineiras. 3. Gazânia (Gazania rigens): Uma planta anual com flores em tons de amarelo, laranja e vermelho, conhecida pela sua resistência e beleza em canteiros e bordaduras. 4. Dália (Dahlia spp.): Uma flor bulbosa com uma ampla variedade de formas e cores em suas flores, excelente para arranjos florais e canteiros. 5. Lírio (Lilium spp.): Uma planta bulbosa com flores grandes e elegantes em diversas cores, perfeita para criar pontos focais em jardins. 6. Tagetes (Tagetes spp.): Plantas anuais com flores em tons de amarelo, la- ranja e vermelho, ideais para repelir insetos e adicionar cor a canteiros e vasos. 7. Agerato (Ageratum houstonianum): Uma planta anual com flores em tons de azul, roxo e branco, ótima para bordaduras e jardineiras. 8. Cravo (Dianthus spp.): Uma planta perene com flores em tons de rosa, ver- melho e branco, conhecida pelo seu perfume e resistência em canteiros. 9. Gerânio (Pelargonium spp.): Plantas anuais com uma variedade de cores em suas flores, amplamente utilizadas em vasos e jardineiras. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 121 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 10. Calêndula (Calendula officinalis): Uma planta anual com flores em tons de amarelo e laranja, famosa por suas propriedades medicinais e beleza em canteiros. 8.9 - ORQUÍDEAS As orquídeas são plantas conhecidas por sua grande variedade de estruturas vegetativas e florais, destacando-se pelo tamanho, forma, diversidade e combinação de cores em suas flores. Elas são principalmente encontradas em florestas úmidas de regiões tropicais e subtropicais, onde podem crescer em diferentes substratos, como solo, sobre pedras e principalmente como epífitas. As orquídeas epífitas são aquelas que crescem sobre outras plantas, sem pa- rasitá-las, utilizando-as apenas como suporte. Algumas das orquídeas epífitas mais conhecidas incluem Cattleya, Dendrobium, Laelia, Oncidium e Phalaenopsis, cada uma com suas próprias características distintivas em relação ao formato das flores, padrões de coloração e épocas de floração. Além das epífitas, existem também orquídeas terrestres, como a Arundina bam- busifolia, conhecida como orquídea-bambu, que cresce diretamente no solo. Essas orquídeas costumam ter diferentes necessidades de cultivo em comparação com as epífitas, mas ainda assim apresentam uma beleza única em suas flores e folhagens. As orquídeas são muito apreciadas no paisagismo devido à sua elegância e exotismo, sendo frequentemente utilizadas em jardins,vasos e arranjos florais para adicionar uma atmosfera tropical e sofisticada ao ambiente. Suas flores duradouras e variadas tornam-nas escolhas populares para aqueles que buscam beleza e singula- ridade em suas plantações. Eis alguns exemplos de orquídeas utilizadas no paisagismo: • Cattleya spp.: Este gênero de orquídeas é conhecido por suas flores grandes e coloridas, com pétalas e sépalas muitas vezes de tonalidades diferentes. São populares em arranjos florais e coleções de plantas or- namentais. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 122 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO • Dendrobium spp.: As orquídeas do gênero Dendrobium apresentam uma ampla variedade de formas e cores de flores, desde tons suaves até co- res vibrantes. São frequentemente cultivadas em vasos e cestas sus- pensas. • Phalaenopsis spp.: Também conhecida como "orquídea borboleta", a Phalaenopsis é uma das orquídeas mais populares devido às suas flores duradouras e elegantes, disponíveis em uma ampla gama de cores. • Oncidium spp.: Conhecidas por suas flores pequenas e numerosas, as orquídeas do gênero Oncidium são valorizadas por suas inflorescências abundantes e aparência delicada. • Laelia spp.: Estas orquídeas apresentam flores grandes e vistosas, mui- tas vezes em tons de rosa, roxo e branco. São ideais para uso como plantas de destaque em jardins e coleções de orquídeas. • Vanda spp.: As orquídeas Vanda são conhecidas por suas flores gran- des e exuberantes, frequentemente em tons de azul, roxo, rosa e ama- relo. São populares em coleções de orquídeas devido à sua beleza e aroma. 8.10 - ZINGIBERÁCEAS As Zingiberáceas compreendem uma ordem botânica chamada Zingiberales, que inclui várias famílias botânicas notáveis: Musaceae, Strelitziaceae, Lowiaceae, Heliconiaceae, Zingiberaceae, Costaceae, Cannaceae e Marantaceae. Estas plantas são conhecidas por suas flores tropicais deslumbrantes e características comuns dis- tintivas: 1. Flores Tropicais: As Zingiberáceas são frequentemente associadas a ambi- entes tropicais devido à sua aparência exuberante e flores vistosas, que muitas vezes apresentam cores vibrantes e formas incomuns. 2. Folhas largas e pecíolos longos: Uma característica marcante dessas plan- tas são suas folhas largas e pecíolos longos, que proporcionam uma apa- rência majestosa e tropical às plantas da família. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 123 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 3. Inflorescências com brácteas: As inflorescências das Zingiberáceas são compostas por brácteas coloridas e chamativas, que envolvem as flores e contribuem significativamente para sua atratividade visual. 4. Rizomas: Muitas espécies de zingiberáceas também possuem rizomas sub- terrâneos, que são estruturas de armazenamento de nutrientes e desempe- nham um papel importante na propagação e sobrevivência dessas plantas. Alguns exemplos notáveis de zingiberáceas incluem o gengibre (Zingiber offici- nale), a bananeira (Musa spp.), a helicônia (Heliconia spp.) e o cálice-de-cristo (Stre- litzia reginae), também conhecido como ave-do-paraíso. Essas plantas são valoriza- das não apenas por suas flores espetaculares, mas também por sua folhagem exube- rante e presença marcante em jardins tropicais e paisagens exóticas. 8.11 - SUCULENTAS As suculentas são um grupo diversificado de plantas que incluem muitas espé- cies provenientes de regiões semiáridas ou desérticas, conhecidas por sua capaci- dade de armazenar água em suas folhas, caules ou raízes, permitindo que sobrevivam a longos períodos de estiagem. Sua adaptação única as torna ideais para ambientes com pouca água e sol intenso. No paisagismo, as plantas suculentas e cactáceas são frequentemente utiliza- das para criar jardins rochosos e paisagens xerófitas. Suas características distintivas, como folhas carnudas, caules espinhosos e flores exóticas, proporcionam uma esté- tica interessante e de baixa manutenção. Algumas das suculentas mais populares in- cluem: 1. Echeveria: Com suas rosetas de folhas suculentas em tons de verde, azul, rosa e roxo, as Echeverias são muito apreciadas em arranjos e jardins de suculentas. 2. Sedum: Com uma variedade de espécies e formas, os Sedums apresentam folhas suculentas e muitas vezes produzem flores coloridas, atraindo bor- boletas e abelhas. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 124 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 3. Aloe vera: Além de suas propriedades medicinais, as Aloe Veras também são excelentes plantas suculentas, com folhas grossas e suculentas em forma de lança. 4. Crassula: Também conhecidas como "árvore da felicidade", as Crassulas são suculentas de crescimento compacto e folhas arredondadas, ideais para vasos e canteiros. 5. Opuntia: Comumente chamadas de "palma de São Jorge" ou "palma de Santa Rita", as Opuntias são cactáceas com cladódios suculentos e espi- nhosos, adicionando uma aparência única a jardins xerófitos. 6. Haworthia: Essas suculentas apresentam folhas grossas e translúcidas, muitas vezes listradas ou com padrões interessantes, sendo perfeitas para vasos e terrários. Essas são apenas algumas das muitas suculentas disponíveis para uso em paisagismo, cada uma oferecendo uma beleza única e uma adaptação impressionante a ambientes áridos e ensolarados. 8.12 - FORRAÇÕES As forrações são plantas provenientes de diversas famílias botânicas, caracte- rizadas por seu crescimento horizontal maior do que vertical. Essas plantas são fre- quentemente utilizadas para revestir o solo, criando uma cobertura que mantém a umidade do solo, reduz a erosão e ajuda a controlar a proliferação de plantas dani- nhas. Ao compor canteiros, as forrações proporcionam uma cobertura uniforme e atraente, adicionando textura e cor ao ambiente. Elas também são ideais para formar bordaduras ao redor de caminhos, áreas de jardim ou bordas de canteiros, criando transições suaves e delineando espaços de forma elegante. Em vasos e jardineiras, as forrações podem ser utilizadas para recobrir áreas superficiais do substrato, proporcionando um visual mais completo e integrado. Além disso, muitas forrações são resistentes e de baixa manutenção, o que as torna esco- lhas populares para áreas onde se deseja um cuidado mínimo. Algumas forrações comuns incluem: NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 125 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 1. Grama-amendoim (Arachis repens): Uma forração de crescimento rasteiro, com folhas pequenas e delicadas, adequada para cobrir grandes áreas de solo. 2. Lírio-tapete (Liriope spicata): Uma planta perene que forma aglomerados de folhas estreitas e flores delicadas, ideal para bordaduras e cobertura de solo em áreas sombreadas. 3. Vinca-madagascar (Catharanthus roseus): Com suas flores coloridas e fo- lhagem densa, a vinca-madagascar é uma excelente forração para cantei- ros e áreas ensolaradas. 4. Aubrieta (Aubrieta deltoidea): Uma planta com flores roxas, rosas ou bran- cas, que forma tapetes densos e coloridos, perfeitos para bordaduras e áreas rochosas. 5. Pingo-de-ouro (Lysimachia nummularia): Com suas folhas redondas e dou- radas, estaforração é ótima para cobrir áreas úmidas e sombreadas, adici- onando brilho e cor ao jardim. 8.13 - GRAMAS As gramas, pertencentes à família Poaceae (Gramineae), são plantas que se propagam através de rizomas de crescimento rápido, formando um entrelaçamento eficiente das raízes. Elas desempenham diversos papéis fundamentais no paisagismo e na engenharia ambiental: 1. Controle de erosão: As gramas são essenciais para prevenir a erosão do solo em áreas vulneráveis, como jardins, encostas, taludes e áreas degra- dadas, graças à sua capacidade de enraizamento profundo e compactação do solo. 2. Divisão de espaços: Os gramados ajudam a dividir e organizar espaços em paisagens urbanas e rurais, criando áreas distintas para atividades contem- plativas, de lazer e esportivas. 3. Escolha da espécie: A seleção da espécie de grama adequada é crucial e depende do clima local, da finalidade de uso do gramado e dos requisitos de manutenção. Algumas espécies comuns incluem a Grama-Esmeralda NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 126 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO (Zoysia japonica), Grama-Batatais (Paspalum notatum), Grama São-Carlos (Axonopus compressus), Grama Santo-Agostinho (Stenotaphrum secunda- tum) e Grama-Bermudas (Cynodon dactylon). 8.13.1 - Gramados esportivos No contexto de gramados esportivos, a qualidade e o manejo adequado da grama são essenciais para garantir um ambiente propício para atividades esportivas: • Livre de Problemas: Os gramados esportivos devem ser livres de plantas daninhas, sementes indesejadas, doenças, pragas e nematóides, para manter a saúde e a segurança dos atletas. • Características Visuais: Aspectos como densidade, suavidade, uniformi- dade, jogabilidade e cor (que varia de acordo com a espécie/variedade) são fundamentais para proporcionar um ambiente visualmente agradável e fun- cional. • Características Funcionais: As gramas esportivas devem apresentar carac- terísticas funcionais específicas, como rigidez, elasticidade, velocidade de rolagem da bola, produtividade de aparas, capacidade de recuperação de danos e resiliência a pisoteio e uso intensivo. 8.14 - FOLHAGENS As folhagens representam uma grande diversidade de plantas, sendo a maioria típica de climas quentes e úmidos. Muitas espécies de folhagens são cultivadas e amplamente utilizadas em paisagismo devido às suas características distintivas: 1. Forma, Cor, Tamanho e Brilho das Folhas: As folhagens se destacam pela variedade de formas, cores, tamanhos e brilho das folhas, oferecendo uma ampla gama de opções para criar composições interessantes e visualmente atrativas. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 127 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 2. Cultivo à Meia-Sombra: A maioria das folhagens prefere locais com luz in- direta ou à meia-sombra, tornando-as ideais para jardins em áreas sombre- adas ou para uso em ambientes internos com boa luminosidade, mas sem exposição direta ao sol. 3. Jardins em Áreas Sombreadas: As folhagens são frequentemente utilizadas para criar jardins em áreas sombreadas, proporcionando textura, cor e vida em ambientes que recebem menos luz solar direta. 4. Plantas de Interior: Muitas folhagens são apreciadas como plantas de inte- rior devido à sua capacidade de se adaptar a condições de iluminação indi- reta e à sua beleza ornamental. Elas adicionam frescor, purificação do ar e um toque de natureza aos ambientes internos. Alguns exemplos de folhagens populares utilizadas em paisagismo e como plantas de interior incluem: 1. Folhagem de Samambaia (Nephrolepis spp.): Com suas folhas delicadas e frondes exuberantes, as samambaias são ideais para áreas sombreadas e ambientes internos. 2. Hosta (Hosta spp.): As hostas são conhecidas por suas folhas grandes e ornamentais, disponíveis em uma variedade de cores e padrões, perfeitas para jardins sombreados. 3. Camedórea (Chamaedorea spp.): Uma palmeira de porte pequeno, com fo- lhas elegantes e plumosas, adequada para ambientes internos e áreas som- breadas de jardins. 4. Maranta (Maranta leuconeura): Conhecida como "planta-oração", a maranta possui folhas com padrões decorativos em tons de verde, roxo e rosa, sendo uma ótima opção para interiores. 5. Philodendron (Philodendron spp.): Com uma variedade de espécies e for- mas, os filodendros apresentam folhas grandes e exuberantes, adequadas para ambientes internos e sombreados. 8.15 - TREPADEIRAS NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 128 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO As trepadeiras são plantas que apresentam variações significativas em relação ao tipo de caule e aos mecanismos de sustentação: 1. Caule Volúvel: Essas trepadeiras possuem caules flexíveis que se enrolam em espiral no suporte, como é o caso do jasmim-manga (Plumeria spp.), da ipomeia (Ipomoea spp.) e do maracujá (Passiflora spp.). Elas não possuem outros tipos de fixação além dessa capacidade de enrolamento. 2. Caule Sarmentoso: As trepadeiras sarmentosas possuem estruturas como gavinhas, espinhos ou raízes adventícias que as auxiliam a se agarrar e se sustentar em suportes, como é o caso do jasmim-estrela (Jasminum multi- partitum) e da hera (Hedera spp.). 3. Caule Cipó: Essas trepadeiras têm um crescimento inicial sem apoio, até que se vergam pelo próprio peso sobre algum suporte, como acontece com algumas variedades de cipós, como a cipó-de-são-joão (Pyrostegia ve- nusta) e o cipó-chumbo (Mikania cordifolia). 4. Caule Escandente: São plantas arbustivas com caules longos que se esten- dem e se apoiam em estruturas próximas, como é o caso da bougainvillea (Bougainvillea spp.) e do jasmim-dos-poetas (Jasminum officinale). Essas trepadeiras são amplamente utilizadas em paisagismo devido à sua ca- pacidade de proporcionar sombreamento em pérgolas, revestir muros com graciosi- dade e leveza, além de adicionar beleza e interesse visual aos espaços verdes. A escolha da trepadeira adequada para cada situação depende não apenas do tipo de caule e mecanismo de sustentação, mas também das condições ambientais e do efeito desejado no projeto paisagístico. 8.16 - AQUÁTICAS E PALUSTRES As plantas aquáticas e palustres desempenham papéis distintos em ambientes aquáticos, proporcionando diferentes elementos estéticos e funcionais: 8.16.1 - Plantas Aquáticas: NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 129 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 1. Revelação de Ambientes Aquáticos: Essas plantas podem revelar a calma, o movimento, as cores e as texturas características dos ambientes aquáticos, adicio- nando interesse visual e dinamismo aos espaços. 2. Utilização em Elementos Aquáticos: São frequentemente utilizadas em fon- tes, quedas d’água e espelhos d’água, criando paisagens tranquilas e atraentes. 3. Tipos de Plantas Aquáticas: • Flutuantes: Apresentam folhas e flores sobre a superfície da água, com o sistema radicular imerso, proporcionando um aspecto flutuante e deli- cado. • Submersas Fixas: Possuem folhas flutuantes e um rizoma ancorado ao fundo do lago ou tanque, com longos pecíolos que levam as folhas e flores até a superfícieda água, oferecendo uma aparência mais densa e estruturada. Exemplos comuns de plantas aquáticas: • Plantas Aquáticas Flutuantes: Ninféias (Nymphaea spp.), Vitória-régia (Victoria amazonica), Pistia (Pistia stratiotes). • Plantas Aquáticas Submersas Fixas: Elódeas (Elodea spp.), Cabomba (Cabomba caroliniana), Myriophyllum (Myriophyllum spp.). 8.16.2 - Plantas Palustres: 1. Denominação e Utilização: Também conhecidas como aquáticas emergen- tes, são frequentemente utilizadas ao redor de tanques, lagos ou em vasos submer- sos, criando transições harmoniosas entre o ambiente aquático e o terrestre. 2. Habitat e Características: Crescem em solos encharcados, com alguns cen- tímetros de água, adaptando-se às condições úmidas e oferecendo uma vegetação exuberante nas margens de corpos d’água. Exemplos comuns de plantas palustres: • Plantas Palustres: Junco (Juncus spp.), Typha (Typha spp.), Pontederia (Pontederia cordata). NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 130 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO Essas plantas desempenham um papel fundamental na criação de ecossiste- mas aquáticos equilibrados e esteticamente agradáveis, oferecendo beleza natural e contribuindo para a saúde e a biodiversidade dos ambientes aquáticos. Vá no tópico, VÍDEO COMPLEMENTAR em sua sala virtual e acesse: Produção de Flores e Plantas Ornamentais NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 131 E-mail:secretariaead@funec.br GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO Bibliografia ARRIGONI, M. T. Manual de Paisagismo: Planejamento, Projeto e Manejo de Áreas Verdes. Oficina de Textos, 2011. CROW, G. E.; Hellquist, C. B. Aquatic and Wetland Plants of Northeastern North Amer- ica: A Revised and Enlarged Edition of Norman C. Fassett's A Manual of Aquatic Plants. University of Wisconsin Press, 2000. LORENZI, H. Plantas Ornamentais: Guia de Identificação e Cultivo. Instituto Planta- rum de Estudos da Flora, 2013. MALAGRINO, M. Trepadeiras: Espécies e Cultivo. Editora Globo, 2015. SARTORI, V. L. Floríferas Herbáceas: Cultivo e Utilização em Paisagismo. Editora Senac São Paulo, 2008.