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Aula 12 - Profº Ricardo
Campanário
CNU (Bloco 7 - Gestão Governamental e
Administração Pública) Conhecimentos -
Eixo Temático 5 - Comunicação, Gestão
Documental, Transparência e Proteção
de Dados - 2024 (Pós-Edital)Autor:
Antonio Daud, Júlia Branco,
Ricardo Campanario
21 de Janeiro de 2024
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Antonio Daud, Júlia Branco, Ricardo Campanario
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Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Legislação Arquivística Nacional - AULA SIMPLIFICADA 3
CNU (Bloco 7 - Gestão Governamental e Administração Pública) Conhecimentos - Eixo Temático 5 - Comunicação, Gestão Documental, Transparência e Proteção de Dados - 2024 (Pós-Edital)
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LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA NACIONAL 
 
Lei Federal 8.159/1991 
 A Lei 8.159/1991 é o que de mais importante existe em relação à legislação arquivística do ponto de 
vista do que é cobrado em prova. 
 Se você precisar optar pelo estudo de apenas uma norma sobre arquivologia, para efeitos de concurso 
público, a sugestão é que se concentre na Lei 8.159/1991. Ela dispõe sobre a política nacional de arquivos 
públicos e privados, entre outros temas relacionados a tudo que temos estudado até aqui. 
 Trata-se da norma mais ampla e geral sobre o tema, amplamente cobrada em concursos. 
 Vamos estudar os principais pontos do texto legal: 
LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991 
Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a 
documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao 
desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação. 
 Note que o texto legal já em seu artigo 1o. aponta que é dever do Poder Público a gestão documental 
e a proteção especial a documentos de arquivos. Já vimos que a origem deste direcionamento é a CF. 
 
Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de documentos 
produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades 
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privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa 
física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. 
Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações 
técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase 
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda 
permanente. 
 Os artigos 2o e 3o trazem as definições de "arquivos" e de "gestão documental". Ambas são 
importantes para a sua prova e você precisa entendê-las, sobretudo o que eu grifei acima. 
 Agora vamos ver como a lei aborda a questão do acesso à informação: 
Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da 
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. 
Art. 5º - A administração pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma 
da Lei. 
Art. 6º - Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente 
da violação do sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa. 
 Os artigos 4o a 6o, abordam as questões relativas ao acesso à informação, que também já vimos na 
CF e que, depois, serão desdobradas e detalhadas na Lei de Acesso à Informação (12.527/2011). Lá a 
abrangência e aplicação da lei são explicadas em detalhe. Veremos isso em momento oportuno. 
 Seguindo adiante, vamos ver o que a Lei fala dos arquivos públicos. 
CAPÍTULO II 
DOS ARQUIVOS PÚBLICOS 
Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no 
exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito 
Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e 
judiciárias. 
§ 1º - São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por 
instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços 
públicos no exercício de suas atividades. 
§ 2º - A cessação de atividade de instituições públicas e de caráter público implica o 
recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência 
à instituição sucessora. 
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 Em relação aos arquivos públicos a lei adota basicamente a mesma definição que já vimos para 
arquivos em geral porém, o mais importante aqui é a equiparação com faz entre os documentos públicos e 
aqueles privados, desde que produzidos ou recebidos por entidades privadas encarregadas da gestão de 
serviços públicos. 
 Mais adiante a lei define as três idades documentais, de maneira formal: 
Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e 
permanentes. 
§ 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem 
movimentação, constituam objeto de consultas frequentes 
§ 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente 
nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação 
ou recolhimento para guarda permanente. 
§ 3º - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, 
probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. 
Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter 
público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua 
específica esfera de competência. 
Art. 10 - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis. 
 Note que não há qualquer grande novidade. A lei vincula os documentos e suas respectivas idades 
documentais à frequência de uso e aos seus valores. 
 Importante notar que traz a preocupação com a eliminação de documentos e atribui aos documentos 
de valor permanente (ou secundário), a inalienabilidade e a imprescritibilidade ou seja, não podem ser 
alienados nunca, devendo ser eternamente custodiados. 
 Vamos analisar agora o texto normativo a respeito dos arquivos privados: 
Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou 
recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades. 
Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de 
interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes 
relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional. 
Art. 13 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social não poderão 
ser alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos para o 
exterior. 
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Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá preferência na 
aquisição. 
Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de interesse 
público e social poderá ser franqueado mediante autorização de seu proprietário ou 
possuidor. 
Art. 15 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social poderão ser 
depositados a título revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas. 
Art. 16 - Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à 
vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social. 
 A definição mais uma vez não varia quase nada em relação a definição atribuída aos arquivos, exceto 
em relação a sua produção (pessoas físicas ou jurídicas), mas sempre relacionadas as suas atividades, ou 
seja, mantendo a relação direta com o Princípio da Organicidade, assim como os arquivos públicos e os 
arquivos em geral. 
 
 Muito importante notar aqui (especialmente porque cai muito em prova) a possibilidade de 
identificação do chamado "interesse público e social" nos arquivos privados, o que traz a eles imediatamente 
uma série de características especiais em relação a alienação, dispersão, transferência e acesso. 
 A partir do artigo 17 a lei cuida da organização e administração de instituições arquivísticas públicas. 
Art. 17 - A administração da documentação pública ou de caráter público compete às 
instituições arquivísticas federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais. 
§ 1º - São Arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder Executivo, e os arquivos do Poder 
Legislativo e do Poder Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os 
arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do 
Exército e do Ministério da Aeronáutica. 
§ 2º - São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo 
e o arquivo do Poder Judiciário. 
§ 3º - São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo, o arquivo do Poder 
Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. 
§ 4º - São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o arquivo do Poder 
Legislativo. 
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§ 5º - Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de acordo com sua estrutura 
político-jurídica. 
Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos 
produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o 
acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional 
de arquivos. 
Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar 
unidades regionais. 
Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento 
dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício de suas 
funções, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. 
Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos 
documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas 
funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e 
facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. 
Art. 21 - Legislação Estadual, do Distrito Federal e municipal definirá os critérios de 
organização e vinculação dos arquivos estaduais e municipais, bem como a gestão e o 
acesso aos documentos, observado o disposto na Constituição Federal, e nesta Lei. 
 Veja que aqui o legislador estabelece a competência de cada um dos arquivos federais, ou seja, o que 
cabe a quem. E isso cai bastante em prova. 
 
 Veja que cabe ao Arquivo Nacional apenas a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e 
recebidos pelo Poder Executivo Federal e não dos demais poderes, que ficam a cargo dos arquivos federais 
do Legislativo e do Judiciário. 
 Ainda, importante notar que legislação específica dos estados, DF e municípios deverá definir os 
critérios de ação de seus respectivos arquivos. 
 Os artigos 22 a 24 foram revogados pela lei 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) e, por fim, as 
disposições finais, artigos 25 a 28. Vejamos: 
Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da 
legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente 
ou considerado como de interesse público e social. 
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Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão vinculado ao Arquivo 
Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema 
Nacional de Arquivos - SINAR. 
§ 1º - O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo 
Nacional e integrado por representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas, 
públicas e privadas. 
§ 2º - A estrutura e funcionamento do Conselho criado neste artigo serão estabelecidos em 
regulamento. 
Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 28 - Revogam-se as disposições em contrário. 
 O final da lei traz informações muito importantes e também muito cobradas em provas. 
 Em primeiro lugar a imposição de penalizações a quem destruir documentos de valor permanente 
ou de interesse público e social, ambos os temas já endereçados pela própria lei. 
 E por fim a lei cria, ao mesmo tempo, o Conarq e o SINAR, que seriam regulamentados um pouco 
mais a frente por Decretos, que estudaremos na sequência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Decretos 4.073/2002 e 4.915/2003 
 
Decreto 4.073/2002 
 O Decreto 4.073/2002 traz como pontos mais relevantes as regulamentações para a implementação 
tanto do Conarq quanto do SINAR, ambos criados pela lei 8.159/1991. Embora tenham sido instituídos pela 
lei, careciam de dispositivo legal que regulamentasse os seus funcionamentos, finalidades e competências. 
 Nessa linha atua o Decreto 4.073/2002 que estabelece diferentes aspectos relativos ao Conarq e ao 
SINAR, sobretudo em relação as suas competências e composições. 
 Vamos conhecer os principais pontos, que são cobrados em provas com razoável frequência, 
iniciando pelo Capitulo I do Decreto em seu artigo 1o. que trata da finalidade do Conarq, observe: 
Capítulo I 
DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS 
Art. 1º O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão colegiado, vinculado ao Arquivo 
Nacional, criado pelo art. 26 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por finalidade 
definir a política nacional de arquivos públicos e privados, bem como exercer orientação 
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de arquivo. 
(Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 
 
 Esse é umtema muito recorrente em prova e que você tem que conhecer. A finalidade do Conarq é 
definir a política nacional de arquivos públicos e privados. Isso é muito cobrado, especialmente em 
comparações com a finalidade do SINAR, que veremos mais adiante. 
 
 Na sequência o Decreto aborda as competências do Conarq e aí, não tem jeito...É uma longa lista que 
você tem que ler algumas vezes para criar alguma intimidade com o que compete ou não ao Conarq pois é 
nesse estilo que vem a pergunta da banca: "Entre as competências do Conarq está:..." . Veja abaixo: 
 
Art. 2º Compete ao CONARQ: 
I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, 
visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos; 
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II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao 
intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas; 
III - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública atos normativos 
necessários ao aprimoramento e à implementação da política nacional de arquivos públicos 
e privados; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais que norteiam o 
funcionamento e o acesso aos arquivos públicos; 
V - estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de âmbito 
federal, estadual, distrital e municipal, produzidos ou recebidos pelo Poder 
Público; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo metas e 
prioridades da política nacional de arquivos públicos e privados; 
VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e nos Poderes Executivo e Legislativo 
dos Municípios; 
VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e privados; 
IX - identificar os arquivos privados de interesse público e social, nos termos do art. 12 da 
Lei nº 8.159, de 1991; 
X - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública a declaração de interesse 
público e social de arquivos privados; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 
2019) 
XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que desenvolvam atividades de 
arquivo nas instituições integrantes do SINAR; 
XII - recomendar providências para a apuração e a reparação de atos lesivos à política 
nacional de arquivos públicos e privados; 
XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem 
como desenvolver atividades censitárias referentes a arquivos; 
XIV - manter, por meio do Arquivo Nacional, intercâmbio com outros colegiados e 
instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover 
e receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear 
ações; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público formuladores de políticas nacionais 
nas áreas de educação, cultura, ciência, tecnologia, informação e 
informática; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
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XVI - propor a celebração, por meio do Arquivo Nacional, de acordos, convênios, parcerias 
e termos de cooperação técnica com órgãos e entidades públicas e privadas em matéria de 
interesse mútuo; e (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
XVII - editar orientações técnicas para a implementação da política nacional de arquivos, 
por meio de resolução. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 Em seguida, o mesmo Decreto aborda a composição do Conarq. Note que é um grupo com 
representantes de todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e de todas as esferas (Federal, 
Estadual, DF e Municipal), além de representantes de instituições acadêmicas e da sociedade civil. 
Art. 3º São membros conselheiros do CONARQ: 
I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que o presidirá; 
II - dois representantes do Poder Executivo Federal; 
III - um representante do Poder Judiciário federal; (Redação dada pelo Decreto nº 
10.148, de 2019) 
IV - dois representantes do Poder Legislativo Federal; 
V - um representante dos arquivos públicos estaduais e distrital; (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.148, de 2019) 
VI - um representante dos arquivos públicos municipais; (Redação dada pelo Decreto 
nº 10.148, de 2019) 
VII - um representante de associações de arquivistas; e (Redação dada pelo Decreto 
nº 10.148, de 2019) 
VIII - quatro representantes de instituições de ensino e pesquisa, organizações ou 
instituições com atuação na área de tecnologia da informação e comunicação, arquivologia, 
história ou ciência da informação. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 Entre os demais artigos que abordam o Conarq, o último que merece destaque é o artigo 4o, abaixo 
que estabelece relação de suporte técnico e administrativo entre o Arquivo Nacional e o Conarq: 
Art. 4º Caberá ao Arquivo Nacional dar o apoio técnico e administrativo ao CONARQ. 
 Agora vamos ao Capítulo II do Decreto, que trata do SINAR. 
Capítulo II 
DO SISTEMA NACIONAL DE ARQUIVOS 
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Art. 10. O SINAR tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos públicos 
e privados, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivo. 
 
Logo no início o legislador estabelece a finalidade do SINAR. Isso é importante você 
memorizar pois cai com frequência e contrasta com o que vimos relativo ao Conarq. 
Enquanto o Conarq tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e 
privados, o SINAR tem por finalidade implementar a mesma política nacional de 
arquivos públicos e privados, definida pelo Conarq. 
 Indo mais adiante, vamos à composição do SINAR: 
Art. 11. O SINAR tem como órgão central o CONARQ. 
Art. 12. Integram o SINAR: 
I - o Arquivo Nacional; 
II - os arquivos do Poder Executivo Federal; 
III - os arquivos do Poder Legislativo Federal; 
IV - os arquivos do Poder Judiciário Federal; 
V - os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; 
VI - os arquivos do Distrito Federal dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; 
VII - os arquivos municipais dos Poderes Executivo e Legislativo. 
 Note que, assim como no Conarq, a composição do SINAR também inclui os três Poderes e as 
dimensões Federal, Estadual, DF e Municipal. 
 Em seguida o Decreto traz as competências do SINAR, que você precisa ler e saber diferenciar em 
relação as do Conarq, para não se confundir no dia da prova: 
Art. 13. Compete aos integrantes do SINAR: 
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I - promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentos na sua 
esfera de competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão 
central; 
II - disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas estabelecidas pelo órgão 
central, zelando pelo seu cumprimento; 
III - implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma a garantir a 
integridade do ciclo documental; 
IV - garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente; 
V - apresentar sugestões ao CONARQ para o aprimoramento do SINAR; 
VI - prestar informações sobre suas atividades ao CONARQ; 
VII - apresentar subsídios ao CONARQ para a elaboração de dispositivos legais necessários 
ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e 
privados; 
VIII - promover a integração e a modernização dos arquivos em sua esfera de atuação; 
IX - propor ao CONARQ os arquivos privados que possam ser considerados de interesse 
público e social; 
X - comunicar ao CONARQ, para as devidas providências, atos lesivos ao patrimônio 
arquivístico nacional; 
XI - colaborar na elaboração de cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem 
como no desenvolvimento de atividades censitárias referentes a arquivos; 
XII - possibilitar a participação de especialistas de órgãos e entidades, públicos e privados, 
nas câmaras técnicas e na Comissão de Avaliação de Acervos Privados; e (Redação 
dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
XIII - proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da área de arquivo, 
garantindo constante atualização. 
 Na sequência, o artigo 14 mostra como o SINAR está submetido ao Conarq: 
Art. 14. Os integrantes do SINAR seguirão as diretrizes e normas emanadas do CONARQ, 
sem prejuízo de sua subordinação e vinculação administrativa. 
 O Decreto 4.073/2002 trazia ainda outro tema relevante, agora em seu Capítulo IV: as Comissões 
Permanentes de Avaliação de Documentos. Porém o Capítulo IV do Decreto foi revogado pelo Decreto 
10.148/2019 que trouxe o capítulo II em seu lugar. Vejamos: 
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CAPÍTULO II 
DA COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Art. 9º Serão instituídas Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos, no 
âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal, órgãos técnicos com 
o objetivo de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção dos documentos 
produzidos e acumulados no seu âmbito de atuação para garantir a sua destinação final, 
nos termos da legislação vigente e das normas do Siga, com as seguintes competências: 
I - elaborar os códigos de classificação de documentos e as tabelas de temporalidade e 
destinação de documentos, que são instrumentos técnicos de gestão relativos às 
atividades-fim de seus órgãos e entidades e submetê-los à aprovação do Arquivo Nacional; 
II - aplicar e orientar a aplicação do código de classificação de documentos e a tabela de 
temporalidade e destinação de documentos das atividades-meio da administração pública 
federal e de suas atividades-fim aprovada pelo Arquivo Nacional; 
III - orientar as unidades administrativas do seu órgão ou entidade, analisar, avaliar e 
selecionar o conjunto de documentos produzidos e acumulados pela administração pública 
federal, tendo em vista a identificação dos documentos para guarda permanente e a 
eliminação dos documentos destituídos de valor; 
IV - analisar os conjuntos de documentos para a definição de sua destinação final, após a 
desclassificação quanto ao grau de sigilo; e 
V - observado o disposto nos incisos I e II, submeter as listagens de eliminação de 
documentos para aprovação do titular do órgão ou da entidade. 
Parágrafo único. As Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos serão instituídas 
por ato dos titulares dos órgãos ou das entidades. 
 Veja que o Decreto estabelece que em todos os órgãos será constituída comissão permanente de 
avaliação de documentos, com o objetivo de realizar o processo completo de análise, avaliação e seleção 
dos documentos sob guarda da entidade. 
 
Decreto 4.915/2003 
 
 O Decreto 4.915/2003 (já incorporando as alterações do Decreto 10.148/2019) dispõe sobre o 
Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal. Vamos conhecer o 
início do texto normativo: 
 
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Art. 1º As atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da 
administração pública federal ficam organizadas sob a forma de sistema denominado 
Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos - Siga. (Redação dada pelo Decreto nº 
10.148, de 2019) 
 § 1º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se arquivo o conjunto de 
documentos produzidos e recebidos pela administração pública federal, em decorrência 
do exercício de atividades específicas, qualquer que seja o suporte da informação ou a 
natureza dos documentos (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
 § 2o Considera-se gestão de documentos, com base no art. 3o da Lei no 8.159, de 8 de 
janeiro de 1991, o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, 
tramitação, uso, avaliação e arquivamento dos documentos, em fase corrente e 
intermediária, independente do suporte, visando a sua eliminação ou recolhimento para 
guarda permanente. 
 Veja que já no artigo 1o. o Decreto estabelece que o SIGA será um sistema que organizará a atividade 
de gestão documental entre todos os órgãos arquivísticos, além de reforçar a definição de Gestão de 
Documentos que já conhecíamos. 
 Na sequência, vamos conhecer as finalidades do SIGA: 
 Art. 2º O SIGA tem por finalidade: 
I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública federal o acesso 
aos arquivos e às informações neles contidas, de forma ágil e segura, resguardados os 
aspectos de sigilo e as restrições legais; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos e arquivo desenvolvidas 
pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram; (Redação dada pelo Decreto nº 
10.148, de 2019) 
III - divulgar normas relativas à gestão e à preservação de documentos e 
arquivos; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública; 
V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da documentação 
arquivística pública; 
VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da administração pública federal; 
VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou indiretamente na gestão da 
informação pública federal; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
VIII - fortalecer os serviços arquivísticos nos órgãos e nas entidades da administração 
pública federal, com vistas à racionalização e eficiência de suas atividades. (Incluído 
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
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Veja que as finalidades (e mesmo as competências que veremos a seguir) do SIGA referem-se ao 
processo de gestão documental. É uma abordagem mais processual, diferente da abordagem sistêmica e 
abrangente, assim como das finalidades e competências do SINAR. 
Perceba que tudo que diz respeito ao SINAR endereça muito mais a integração e gestão de toda a 
atividade arquivística nas diferentes instituições envolvidas com atividades de arquivo que fazem parte do 
sistema. 
Após isso o legislador aborda a composição do SIGA: 
Art. 3º Integram o SIGA: 
I - como órgão central, o Arquivo Nacional; 
II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela coordenação das atividades de 
gestão de documentos e arquivos nos órgãos e nas entidades da administração pública 
federal; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
III - como órgãos seccionais, as unidades responsáveis pela coordenação das atividades de 
gestão de documentos e arquivos nas entidades vinculadas aos órgãos da administração 
pública federal. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
Note que o SIGA tem o Arquivo Nacional como seu órgão central. Isso é importante saber para a 
prova e não confundir. Veja abaixo: 
 
Agora, fique atento as competências do órgão central do SIGA (neste caso, o Arquivo Nacional): 
Art. 4º Compete ao órgão central: 
 I - planejar, coordenar e supervisionar os assuntos relativos ao Siga, em conjunto com a 
Comissão de Coordenação do Siga; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
II - definir, elaborar e divulgar as diretrizes e as normas gerais relativas à gestão de 
documentos e arquivos a serem implementadas nos órgãos e nas entidades da 
administração pública federal, com apoio da Comissão de Coordenação do 
Siga; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
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III - editar normas para regulamentar a padronização dos procedimentos técnicos relativos 
às atividades de gestão de documentos, independentemente do suporte da informação ou 
da natureza dos documentos; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
IV - orientar a implementação, a coordenação e o controle das atividades e das rotinas de 
trabalho relacionadas à gestão de documentos nos órgãos setoriais; (Redação dada 
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
V - divulgar normas técnicas e informações para o aprimoramento do Siga junto aos órgãos 
setoriais e seccionais; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
VI - promover cooperação técnica com instituições e sistemas afins, nacionais e 
internacionais; e (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
VII - promover a capacitação, o aperfeiçoamento e o treinamento dos servidores que atuam 
na gestão de documentos e arquivos. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
Veja que o papel principal do órgão central é sempre promover a gestão de documentos e de todo 
o processo de gestão documental junto aos órgãos setoriais que, por sua vez, têm as seguintes 
competências: 
Art. 5º Compete aos órgãos setoriais: 
I - implementar e coordenar as atividades de gestão de documentos e arquivos, em seu 
âmbito de atuação e dos órgãos seccionais do Siga; (Redação dada pelo Decreto nº 
10.148, de 2019) 
II - coordenar as rotinas de trabalho, no seu âmbito de atuação e dos órgãos seccionais do 
Siga, com vistas à padronização dos procedimentos técnicos relativos à gestão de 
documentos arquivísticos; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) 
III - coordenar a elaboração de código de classificação de documentos de arquivo, com base 
nas funções e atividades desempenhadas pelo órgão ou entidade, e acompanhar a sua 
aplicação no seu âmbito de atuação e de seus seccionais; 
IV - coordenar a aplicação do código de classificação e da tabela de temporalidade e 
destinação de documentos de arquivo relativos as atividades-meio, instituída para a 
administração pública federal, no seu âmbito de atuação e de seus seccionais; 
V - elaborar, por intermédio da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e de 
que trata o art. 18 do Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002, e aplicar, após aprovação 
do Arquivo Nacional, a tabela de temporalidade e destinação de documentos de arquivo 
relativos às atividades-fim; 
VI - promover e manter intercâmbio de cooperação técnica com instituições e sistemas 
afins, nacionais e internacionais; 
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VII - proporcionar aos servidores que atuam na área de gestão de documentos de arquivo 
a capacitação, o aperfeiçoamento, o treinamento e a reciclagem garantindo constante 
atualização. 
Agora sim o Decreto atribui as funções que vão "fazer o processo acontecer". Os órgãos setoriais são 
aqueles que colocam a mão na massa e executam as atividades de gestão de documentos nos respectivos 
órgãos, assim como prevê o artigo 3o, que estudamos acima: são as "as unidades responsáveis pela 
coordenação das atividades de gestão de documentos e arquivos nos órgãos e nas entidades da 
administração pública federal". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resoluções Conarq 
 
 As Resoluções Conarq endereçam os mais variados temas de gestão documental e de Arquivística, 
tanto no cenário físico como digital, e são publicadas sem periodicidade pré determinada, de acordo com a 
necessidade do órgão. 
 A cobrança em prova costuma se concentrar nas mais recentes e em algumas que costumam cair 
independente do fator temporal, pela relevância do tema. 
 Vamos conhecer as principais sob a luz desses dois aspectos: 
Resoluções 44/2020, 40/2014 e 07/1997 
 A Resolução 40 dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de documentos no âmbito dos 
órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR e revoga a Resolução 7, portanto 
vamos nos concentrar nela. 
 Já a Resolução 44 altera a 40 em alguns pontos, que veremos abaixo. Vamos aos pontos mais 
importantes do texto legal: 
Art. 1º A eliminação de documentos digitais e não digitais no âmbito dos órgãos e entidades 
integrantes do SINAR ocorrerá depois de concluído o processo de avaliação e seleção 
conduzido pelas respectivas Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos - 
CPAD e será efetivada quando cumpridos os procedimentos estabelecidos nesta Resolução. 
Parágrafo único. Os órgãos e entidades só poderão eliminar documentos caso possuam 
Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos constituídas e com autorização da 
instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência. 
Art. 2º A autorização para a eliminação de documentos digitais e não digitais de que trata 
o art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, dar-se-á mediante aprovação do código 
de classificação de documentos e tabela de temporalidade e destinação de documentos 
elaborados pela Comissão Permanente de Avaliação de Documentos – CPAD de cada órgão 
ou entidade e aprovados pela instituição arquivística pública, em sua esferade 
competência. 
§1º A eliminação de documentos fica condicionada à análise, avaliação e seleção pela 
CPAD dos arquivos produzidos e acumulados pelo órgão ou entidade no seu âmbito de 
atuação, tendo em vista a identificação daqueles destituídos de valor, de acordo com a 
tabela de temporalidade e destinação de documentos e à aprovação do titular do órgão ou 
entidade produtor ou acumulador do arquivo. 
§2º A eliminação de documentos que não constarem da tabela de temporalidade e 
destinação de documentos, será realizada mediante autorização excepcional da instituição 
arquivística pública, em sua esfera de competência. 
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Art. 2º-A. O registro dos documentos a serem eliminados deverá ser efetuado por meio da 
elaboração de Listagem de Eliminação de Documentos pela Comissão Permanente de 
Avaliação de Documentos – CPAD a ser submetida para aprovação do titular do órgão ou 
entidade produtor ou acumulador do arquivo. 
Parágrafo único. Os órgãos e entidades deverão, obrigatoriamente, encaminhar, por meio 
de correspondência oficial, duas cópias da Listagem de Eliminação de Documentos, 
assinadas e rubricadas a fim de obter a autorização. 
Art. 3º Após obter a aprovação de que trata o art. 2º-A, os órgãos e entidades deverão 
elaborar e publicar o Edital de Ciência de Eliminação de Documentos, em periódico oficial, 
sendo que na ausência destes, os municípios poderão publicá-los em outro veículo de 
divulgação local, para dar publicidade ao fato de que serão eliminados os documentos 
relacionados na Listagem de Eliminação de Documentos. 
Parágrafo único. Os órgãos e entidades deverão encaminhar, obrigatoriamente, para a 
instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência, uma cópia da 
página do periódico oficial ou do veículo de divulgação local no qual o Edital de Ciência de 
Eliminação de Documentos foi publicado. 
Art. 4º Após efetivar a eliminação, os órgãos e entidades deverão elaborar o Termo de 
Eliminação de Documentos, que tem por objetivo registrar as informações relativas ao ato 
de eliminação, não sendo obrigatório dar publicidade em periódico oficial, devendo ser 
dada publicidade em boletim interno ou, ainda, no próprio portal ou sítio eletrônico, 
encaminhando uma cópia do Termo de Eliminação de Documentos para a instituição 
arquivística pública, na sua específica esfera de competência, para ciência de que a 
eliminação foi efetivada. 
Art. 5º A eliminação de documentos arquivísticos públicos e de caráter público será 
efetuada por meio de fragmentação manual ou mecânica, pulverização, desmagnetização 
ou reformatação, com garantia de que a descaracterização dos documentos não possa ser 
revertida. 
§ 1° A eliminação dos documentos deverá, obrigatoriamente, ocorrer com a supervisão de 
responsável designado para acompanhar o procedimento. 
§ 2° A escolha do procedimento a ser adotado para a descaracterização dos documentos 
deverá observar as normas legais em vigor em relação à preservação do meio ambiente e 
da sustentabilidade. 
 
 
 
 
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Lei 5.433/1968 e Decreto 1.799/1996 - Microfilmagem 
 
 Importante você conhecer os principais pontos da Lei 5.433/1968 e do Decreto 1.799/1996 que 
regulam a microfilmagem de documentos oficiais e dão demais providências. Vamos aos pontos mais 
relevantes: 
Lei 5.433/1968 
Art. 1º É autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem de documentos 
particulares e oficiais arquivados, estes de órgãos federais, estaduais e municipais. 
§ 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os traslados e as cópias 
fotográficas obtidas diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos legais dos 
documentos originais em juízo ou fora dele. 
 A microfilmagem é legalmente autorizada e os filmes gerados possuem efeitos legais iguais aos dos 
documentos originais. Isso diferenciava o microfilme das cópias digitalizadas até que em 2019 a Lei 
13.874/2019, alterou a Lei 12.682/2012 e atribui também ao documento digitalizado o valor probatório do 
original. 
Lei 5.433/1968, artigo 1o. 
§ 2º Os documentos microfilmados poderão, a critério da autoridade competente, ser 
eliminados por incineração, destruição mecânica ou por outro processo adequado que 
assegure a sua desintegração. 
§ 5º A eliminação ou transferência para outro local dos documentos microfilmados far-se-
á mediante lavratura de termo em livro próprio pela autoridade competente. 
Lei 5.433/1968, artigo 2o. 
Os documentos de valor histórico não deverão ser eliminados, podendo ser arquivados em 
local diverso da repartição detentora dos mesmos. 
Decreto 1.799/1996 
Art. 12. A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-se-á por meios que 
garantam sua inutilização, sendo a mesma precedida de lavratura de termo próprio e após 
a revisão e a extração de filme cópia. 
Parágrafo único. A eliminação de documentos oficiais ou públicos só deverá ocorrer se 
prevista na tabela de temporalidade do órgão, aprovada pela autoridade competente na 
esfera de sua atuação e respeitado o disposto no art. 9° da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 
1991. 
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Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda permanente, não poderão 
ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser recolhidos ao arquivo público de sua 
esfera de atuação ou preservados pelo próprio órgão detentor. 
 A eliminação deverá seguir a legislação vigente e não é permitida para os documentos de guarda 
permanente. 
Lei 5.433/1968, artigo 1o. 
§ 4º Os filmes negativos resultantes de microfilmagem ficarão arquivados na repartição 
detentora do arquivo, vedada sua saída sob qualquer pretexto. 
§ 6º Os originais dos documentos ainda em trânsito, microfilmados não poderão ser 
eliminados antes de seu arquivamento. 
Decreto 1.799/1996 
Art. 11. Os documentos, em tramitação ou em estudo, poderão, a critério da autoridade 
competente, ser microfilmados, não sendo permitida a sua eliminação até a definição de 
sua destinação final. 
 Em relação a movimentação dos documentos, os filmes produzidos devem ficar arquivados e têm 
sua saída terminantemente vedada, assim como a eliminação dos originais microfilmados ainda em trânsito 
é proibida. 
 Sendo assim, a microfilmagem, embora permitida para documentos em trânsito, é recomendável na 
maioria dos casos somente após o encerramento e arquivamento do documento. 
Decreto 1.799/1996 
Art. 18. Os microfilmes originais e os filmes cópias resultantes de microfilmagem de 
documentos sujeitos à fiscalização, ou necessários à prestação de contas, deverão ser 
mantidos pelos prazos de prescrição a que estariam sujeitos os seus respectivos originais. 
 Os prazos de guarda dos documentos físicos devem ser aplicados aos microfilmados, no caso de 
documentos sujeitos à fiscalização, ou necessários à prestação de contas. 
Decreto 1.799/1996 
Art. 5° A microfilmagem, de qualquer espécie, será feita sempre em filme original, com o 
mínimo de 180 linhas por milímetro de definição, garantida a segurança e a qualidade de 
imageme de reprodução. 
 Por fim temos o estabelecimento do mínimo de 180 linhas por milímetro de definição para o processo 
de microfilmagem e já vi isso em questão de prova 
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Legislação Documentos Eletrônicos 
 
Digitalização (Leis 12.682/2012 e 13.874/2019 e Decreto 10.278/2020) 
 Um ponto que é fundamental explorarmos em relação a legislação de documentos eletrônicos, e que 
cada vez mais é cobrado em provas de concursos, é a validade do documento digitalizado como prova. 
Preste atenção nisso pois a mudança legislativa é recente e data de 2019. 
 Até 2018, a Lei 12.682/2012 regulamentava a questão e não atribuía ao documento digitalizado o 
mesmo valor do documento original. 
 Além disso, veja quais são os principais pontos da lei, antes de voltarmos ao tema: 
Art. 1º - A digitalização, o armazenamento em meio eletrônico, óptico ou equivalente e a 
reprodução de documentos públicos e privados serão regulados pelo disposto nesta Lei. 
Parágrafo único. Entende-se por digitalização a conversão da fiel imagem de um 
documento para código digital. 
Art. 2º - inteiramente modificado pela Lei 13.874/2019 
Art. 3º - O processo de digitalização deverá ser realizado de forma a manter a integridade, 
a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, com o 
emprego de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas 
Brasileira - ICP - Brasil. 
Parágrafo único. Os meios de armazenamento dos documentos digitais deverão protegê-
los de acesso, uso, alteração, reprodução e destruição não autorizados. 
Art. 4º - As empresas privadas ou os órgãos da Administração Pública direta ou indireta que 
utilizarem procedimentos de armazenamento de documentos em meio eletrônico, óptico 
ou equivalente deverão adotar sistema de indexação que possibilite a sua precisa 
localização, permitindo a posterior conferência da regularidade das etapas do processo 
adotado. 
... 
Art. 6º Os registros públicos originais, ainda que digitalizados, deverão ser preservados de 
acordo com o disposto na legislação pertinente. 
 Note que a Lei 12.682/2012 já previa a necessidade da manutenção da integridade, da autenticidade 
e, se necessário, da confidencialidade do documento digital, tudo isso por meio da utilização do certificado 
digital emitido pelo ICP Brasil, cuja normatização veremos logo abaixo. 
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 Em 2019, a chamada Lei da Liberdade Econômica - Lei 13.874/2019, alterou a Lei 12.682/2012 que 
regulava este tema e trouxe a ela a seguinte nova redação (vou concentrar no que nos interessa, a respeito 
deste tema): 
 
" Art. 10. A Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 2º-A: 
“Art. 2º-A. Fica autorizado o armazenamento, em meio eletrônico, óptico ou equivalente, de documentos 
públicos ou privados, compostos por dados ou por imagens, observado o disposto nesta Lei, nas legislações 
específicas e no regulamento. 
§ 1º Após a digitalização, constatada a integridade do documento digital nos termos estabelecidos no 
regulamento, o original poderá ser destruído, ressalvados os documentos de valor histórico, cuja 
preservação observará o disposto na legislação específica. 
§ 2º O documento digital e a sua reprodução, em qualquer meio, realizada de acordo com o disposto nesta 
Lei e na legislação específica, terão o mesmo valor probatório do documento original, para todos os fins 
de direito, inclusive para atender ao poder fiscalizatório do Estado. 
§ 3º Decorridos os respectivos prazos de decadência ou de prescrição, os documentos armazenados em meio 
eletrônico, óptico ou equivalente poderão ser eliminados. 
§ 4º Os documentos digitalizados conforme o disposto neste artigo terão o mesmo efeito jurídico conferido 
aos documentos microfilmados, nos termos da Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, e de regulamentação 
posterior." 
 Note alguns pontos importantes: 
• O documento digitalizado passa a ter o mesmo valor probatório do documento original, para todos 
os fins de direito, inclusive para atender ao poder fiscalizatório do Estado. 
• Os originais de valor histórico (secundário) devem ser preservados de acordo com a legislação. 
• Os originais sem valor secundário podem ser destruídos. 
• Os documentos digitalizados terão os mesmos efeitos jurídicos dos documentos microfilmados. 
 Ainda na direção que estamos estudando, em 2020 o Decreto 10.278/2020 vem para regulamentar 
o tema em relação ao disposto na Lei 13.874/2019 e na alteração realizada na Lei 12.682/2012, tudo no que 
diz respeito ao processo de digitalização documental. 
 Vamos conhecer os principais pontos da normativa. Perceba que logo no início o legislador já deixa 
claro que o objetivo da norma é a produção dos mesmos efeitos legais quando o documento digitalizado é 
comparado ao documento original. 
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Objeto 
Art. 1º Este Decreto regulamenta o disposto no inciso X do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, 
de 20 de setembro de 2019, e no art. 2º-A da Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, para 
estabelecer a técnica e os requisitos para a digitalização de documentos públicos ou 
privados, a fim de que os documentos digitalizados produzam os mesmos efeitos legais 
dos documentos originais. 
 Indo adiante o texto legal enfatiza os seus destinatários e, sobretudo, explicita que não se aplica a 
documentos nato digitais, derivados de operações financeiras, de identificação e/ou porte obrigatório, 
entre outros. Vejamos: 
Âmbito de aplicação 
 
Art. 2º Aplica-se o disposto neste Decreto aos documentos físicos digitalizados que sejam 
produzidos: 
I - por pessoas jurídicas de direito público interno, ainda que envolva relações com 
particulares; e 
II - por pessoas jurídicas de direito privado ou por pessoas naturais para comprovação 
perante: 
a) Pessoas jurídicas de direito público interno; ou 
b) Outras pessoas jurídicas de direito privado ou outras pessoas naturais. 
Parágrafo único. O disposto neste Decreto não se aplica a: 
I - documentos nato-digitais, que são documentos produzidos originalmente em formato 
digital; 
II - documentos referentes às operações e transações realizadas no sistema financeiro 
nacional; 
III - documentos em microfilme; 
IV - documentos audiovisuais; 
V - documentos de identificação; e 
VI - documentos de porte obrigatório. 
 Mais à frente o artigo 3º traz importantes definições relativas aos temas abordados. Atenção pois são 
expressões que costumam ser bastante cobradas em provas e diferem das definições trazidas, por exemplo, 
pelo Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (DBTA): 
 
Definições 
Art. 3º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: 
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I - documento digitalizado - representantedigital do processo de digitalização do 
documento físico e seus metadados; 
II - metadados - dados estruturados que permitem classificar, descrever e gerenciar 
documentos; 
III - documento público - documentos produzidos ou recebidos por pessoas jurídicas de 
direito público interno ou por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços 
públicos; e 
IV - integridade - estado dos documentos que não foram corrompidos ou alterados de 
forma não autorizada. 
 Agora, entrando na parte mais prática do processo, o Decreto lista quais as propriedades 
documentais que a digitalização deve assegurar. São elas: integridade, rastreabilidade/auditabilidade, 
qualidade/legibilidade, confidencialidade e interoperabilidade. 
Regras gerais de digitalização 
Art. 4º Os procedimentos e as tecnologias utilizados na digitalização de documentos físicos 
devem assegurar: 
I - a integridade e a confiabilidade do documento digitalizado; 
II - a rastreabilidade e a auditabilidade dos procedimentos empregados; 
III - o emprego dos padrões técnicos de digitalização para garantir a qualidade da imagem, 
da legibilidade e do uso do documento digitalizado; 
IV - a confidencialidade, quando aplicável; e 
V - a interoperabilidade entre sistemas informatizados. 
 Em complemento, traz ainda os requisitos que o documento digitalizado deve ter para se equiparar 
ao físico do ponto de vista legal, quando envolvendo entidades públicas. Os requisitos compreendem a 
certificação digital no padrão ICP-Brasil e os padrões técnicos mínimos de resolução, cor, formato e 
metadados disponíveis, tudo listado nos Anexos do Decreto. 
Requisitos na digitalização que envolva entidades públicas 
Art. 5º O documento digitalizado destinado a se equiparar a documento físico para todos 
os efeitos legais e para a comprovação de qualquer ato perante pessoa jurídica de direito 
público interno deverá: 
I - ser assinado digitalmente com certificação digital no padrão da Infraestrutura de Chaves 
Públicas Brasileira - ICP-Brasil, de modo a garantir a autoria da digitalização e a integridade 
do documento e de seus metadados; 
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II - seguir os padrões técnicos mínimos previstos no Anexo I; e 
III - conter, no mínimo, os metadados especificados no Anexo II. 
 Na sequência a norma traz os requisitos que regem a relação entre particulares que, na verdade, os 
delega para acordo entre as partes ou, na sua ausência, remete para os mesmos requisitos impostos as 
entidades públicas. 
Requisito na digitalização entre particulares 
Art. 6º Na hipótese de documento que envolva relações entre particulares, qualquer meio 
de comprovação da autoria, da integridade e, se necessário, da confidencialidade de 
documentos digitalizados será válido, desde que escolhido de comum acordo pelas partes 
ou aceito pela pessoa a quem for oposto o documento. 
Parágrafo único. Na hipótese não ter havido acordo prévio entre as partes, aplica-se o 
disposto no art. 5º. 
 O artigo seguinte (7º) traz ponto muito importante sob a ótica da eficiência. Obriga o interessado na 
digitalização dos documentos a realizar processo prévio de avaliação documental, para que documentos 
com prazos próximos de eliminação não sejam desnecessariamente digitalizados, onerando ainda mais o 
órgão público ou o eventual interessado. 
 
Desnecessidade da digitalização 
Art. 7º A digitalização de documentos por pessoas jurídicas de direito público interno será 
precedida da avaliação dos conjuntos documentais, conforme estabelecido em tabelas de 
temporalidade e destinação de documentos, de modo a identificar previamente os que 
devem ser encaminhados para descarte. 
 O artigo seguinte mostra que a digitalização pode ser feita tanto por quem tiver a posse do 
documento como por terceiro, desde que garantidas as respectivas responsabilidades e condições de 
segurança e proteção de dados. 
Responsabilidade pela digitalização 
Art. 8º O processo de digitalização poderá ser realizado pelo possuidor do documento físico 
ou por terceiros. 
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==13e211==
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§ 1º Cabe ao possuidor do documento físico a responsabilidade perante terceiros pela 
conformidade do processo de digitalização ao disposto neste Decreto. 
§ 2º Na hipótese de contratação de terceiros pela administração pública federal, o 
instrumento contratual preverá: 
I - a responsabilidade integral do contratado perante a administração pública federal e a 
responsabilidade solidária e ilimitada em relação ao terceiro prejudicado por culpa ou dolo; 
e 
II - os requisitos de segurança da informação e de proteção de dados, nos termos da 
legislação vigente. 
 Caminhando para seu final o Decreto mantém a condição de descarte apenas para os documentos 
físicos já digitalizados e que não possuam valor histórico. Daí em diante, para suas versões digitalizadas 
deverão ser observados os prazos de guarda já previstos nas tabelas de temporalidade. 
 Os documentos históricos continuam destinados a guarda permanente em suas versões físicas, pré 
digitalização, o que não impede que, mesmo assim, sejam digitalizados para sua própria preservação. 
 Salienta ainda o Decreto que o armazenamento digital deverá garantir tanto proteção contra acesso 
e alteração indevidos como a correta indexação que garanta a localização e devida gestão do documento: 
Descarte dos documentos físicos 
Art. 9º Após o processo de digitalização realizado conforme este Decreto, o documento 
físico poderá ser descartado, ressalvado aquele que apresente conteúdo de valor 
histórico. 
Manutenção dos documentos digitalizados 
Art. 10. O armazenamento de documentos digitalizados assegurará: 
I - a proteção do documento digitalizado contra alteração, destruição e, quando cabível, 
contra o acesso e a reprodução não autorizados; e 
II - a indexação de metadados que possibilitem a localização e o gerenciamento do 
documento digitalizado; e a conferência do processo de digitalização adotado. 
Preservação dos documentos digitalizados 
Art. 11. Os documentos digitalizados sem valor histórico serão preservados, no mínimo, 
até o transcurso dos prazos de prescrição ou decadência dos direitos a que se referem. 
Preservação de documento digitalizados e entes públicos 
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Art. 12. As pessoas jurídicas de direito público interno observarão o disposto na 
Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e nas tabelas de temporalidade e 
destinação de documentos aprovadas pelas instituições arquivísticas públicas, 
no âmbito de suas competências, observadas as diretrizes do Conselho 
Nacional de Arquivos - Conarq quanto à temporalidade de guarda, à destinação 
e à preservação de documentos. 
 
ICP-Brasil (MP 2.200-2/2001 e Decreto 3.996/2001) 
 A Medida Provisória 2.200-2/2001 institui a infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, 
e dá outras providências. Veja abaixo os artigos mais importantes do texto legal: 
Art. 1o. - Fica instituída a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, para 
garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentosem forma 
eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados 
digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras. 
Art. 2o. - A ICP-Brasil, cuja organização será definida em regulamento, será composta por 
uma autoridade gestora de políticas e pela cadeia de autoridades certificadoras composta 
pela Autoridade Certificadora Raiz - AC Raiz, pelas Autoridades Certificadoras - AC e pelas 
Autoridades de Registro - AR. 
 Já o Decreto 3.996/2001, revoga o Decreto 3.587/2000, estabelece normas para a Infraestrutura de 
Chaves Públicas do Poder Executivo Federal - ICP-Gov, dispõe sobre a prestação de serviços de certificação 
digital no âmbito da Administração Pública Federal, e dá outras providências. 
 Veja abaixo os seus pontos mais importantes: 
Art. 1º - A prestação de serviços de certificação digital no âmbito da Administração Pública 
Federal, direta e indireta, fica regulada por este Decreto. 
Art. 2º - Somente mediante prévia autorização do Comitê Executivo do Governo Eletrônico, 
os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal poderão prestar ou contratar 
serviços de certificação digital. 
§ 1º - Os serviços de certificação digital a serem prestados, credenciados ou contratados 
pelos órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Federal deverão ser 
providos no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 
§ 2º - Respeitado o disposto no § 1º, o Comitê Executivo do Governo Eletrônico poderá 
estabelecer padrões e requisitos administrativos para a instalação de Autoridades 
Certificadoras - AC e de Autoridades de Registro – AR próprias na esfera da Administração 
Pública Federal. 
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§ 3º - As AR de que trata o § 2º serão, preferencialmente, os órgãos integrantes do Sistema 
de Administração do Pessoal Civil - SIPEC. 
Art. 3 - A tramitação de documentos eletrônicos para os quais seja necessária ou exigida a 
utilização de certificados digitais somente se fará mediante certificação disponibilizada por 
AC integrante da ICP-Brasil. 
Art. 4º - Será atribuída, na Administração Pública Federal, aos diferentes tipos de 
certificados disponibilizados pela ICP-Brasil, a classificação de informações segundo o 
estabelecido na legislação específica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (CEBRASPE/IPHAN/Auxiliar Institucional/2018) De acordo com a Lei n.º 8.159/1991, que dispõe 
sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências, julgue o item 
que se segue. A eliminação de um documento público só será permitida se ele tiver em um arquivo 
intermediário e se a sua eliminação tiver sido aprovada por alguma esfera pública. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está ERRADA. 
A referência feita pela lei 8.159/1991 ao processo de eliminação está em seu artigo 9o. e não faz menção ao 
artigo intermediário, até porque a eliminação pode acontecer tanto no arquivo intermediário como no 
arquivo corrente. Observe: 
Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter 
público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua 
específica esfera de competência. 
Em resumo: 
• ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO: 
o pode ocorrer na fase corrente e/ou na intermediária; 
o não pode ocorrer na fase permanente; 
o será realizada após autorização de instituição arquivística pública. 
2. (CEBRASPE/IPHAN/Auxiliar Institucional/2018) De acordo com a Lei n.º 8.159/1991, que dispõe 
sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências, julgue o item 
que se segue. Documentos públicos pertencentes a arquivos permanentes constituem 
documentação pública histórica e, uma vez que devem estar disponíveis ao cidadão, poderão ser 
recolhidos por ente de qualquer um dos poderes constituídos, independentemente de sua origem. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
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A afirmativa está ERRADA. 
O problema da afirmativa está em seu final. 
Documentos públicos pertencentes a arquivos permanentes de fato constituem documentação pública 
histórica e, uma vez que devem estar disponíveis ao cidadão, não podem (ao contrário do que diz a frase) 
ser recolhidos por ente de qualquer um dos poderes constituídos, independentemente de sua origem. 
Ao contrário, o recolhimento destes documentos está ligado diretamente a sua origem. 
Veja o que a Lei 8.159/1991 diz a respeito do tema: 
Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos 
produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o 
acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional 
de arquivos. 
Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar 
unidades regionais. 
Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento 
dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício das 
suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. 
Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos 
documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas 
funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e 
facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. 
Em resumo: 
 
• Poder Executivo Federal → Arquivo Nacional 
• Poder Legislativo Federal → arquivos do Poder Legislativo Federal 
• Poder Judiciário Federal → arquivos Poder Judiciário Federal 
3. (CEBRASPE/SEDF/Apoio Administrativo/2017) Com base na legislação arquivística, julgue o 
próximo item. A Lei n.º 8.159/1991 estabelece categorias de sigilo para documentos. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está ERRADA. 
A lei que estabelece categorias de sigilo para documentos é a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 
12.527/2011) e não a chamada Lei Nacional dos Arquivos, a Lei 8.159/1991. 
A Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação – LAI), trata e regulamenta o direito fundamental à 
informação, fixando parâmetros para a divulgação das informações públicas e procedimentos aptos a 
permitir a todas as pessoas o amplo acesso aos dados produzidos pelo poder público. 
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Já a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, dispõe especificamente sobre a política nacional de arquivos 
públicos e privados. 
4. (CEBRASPE/SEDF/Apoio Administrativo/2017) Com base na legislação arquivística, julgue o 
próximo item. Os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter 
públicoe por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos não são 
considerados arquivos públicos. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está ERRADA. 
O enunciado contradiz o artigo 7o. da Lei 8.159/1991, especialmente seu parágrafo 1o. Vejamos: 
Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no 
exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito 
Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e 
judiciárias. 
§ 1º - São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por 
instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços 
públicos no exercício de suas atividades. 
Dessa forma, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público e 
por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos são sim considerados arquivos 
públicos, ao contrário do alegado pela banca. 
 
5. (QUADRIX/CRBio 05/Fiscal Biólogo/2013) Segundo a Lei Federal nº 8.159/90, "Conjunto de 
procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e 
arquivamento em fase corrente e intermediária, visando à sua eliminação ou recolhimento para 
guarda permanente" é entendido como: 
a) Gestão documental. 
b) Organização da biblioteca. 
c) Técnicas de arquivamento. 
d) Modelos de arquivamento. 
e) Conjunto de normas para arquivologia. 
Comentários: 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Essa é a definição literal de gestão documental de 
acordo com o artigo 3o da Lei 8.159/1991. 
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Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações 
técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase 
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda 
permanente. 
A alternativa B está incorreta. Neste caso a banca trouxe literalmente a definição de gestão de documentos 
ou documental, conforme acima. 
A alternativa C está incorreta. Neste caso a banca trouxe literalmente a definição de gestão de documentos 
ou documental, conforme acima. 
A alternativa D está incorreta. Neste caso a banca trouxe literalmente a definição de gestão de documentos 
ou documental, conforme acima. 
A alternativa E está incorreta. Neste caso a banca trouxe literalmente a definição de gestão de documentos 
ou documental, conforme acima. 
6. (CEBRASPE/PRF/Técnico Nível Superior/2012) A legislação arquivística não estabelece penalidades 
para a eliminação de documentos considerados de valor permanente. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está ERRADA. 
De acordo com o artigo 25 da Lei 8.159/1991: 
Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da 
legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente 
ou considerado como de interesse público e social. 
7. (CEBRASPE/STM/Analista Restauração/2011) Com base na Lei n.º 8.159/1991, que dispõe sobre a 
Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados e dá outras providências, julgue o item seguinte. 
Os arquivos privados identificados como de interesse público e social podem ser alienados com 
dispersão ou perda da unidade documental ou transferidos para o exterior, contanto que seu 
proprietário comunique, justificadamente, o poder público. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está ERRADA. 
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De acordo com o artigo 13 da Lei, ao contrário do que traz o enunciado, os arquivos privados identificados 
como de interesse público e social não podem ser alienados com dispersão ou perda da unidade documental 
e nem transferidos para o exterior. Confira abaixo: 
Art. 13 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social não poderão 
ser alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos para o 
exterior. 
Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá preferência na 
aquisição. 
8. (CEBRASPE/STM/Analista Restauração/2011) Com base na Lei n.º 8.159/1991, que dispõe sobre a 
Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados e dá outras providências, julgue o item seguinte. 
Os arquivos privados podem ser identificados pelo poder público como de interesse público e 
social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e o 
desenvolvimento científico nacional. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está CORRETA. 
Essa é exatamente a literalidade do artigo 12 da Lei: 
Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de 
interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes 
relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional. 
9. (FCC/TRT 8a Região/Analista Arquivologia/2010) As atividades técnicas ligadas ao processo de 
produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento corrente e intermediário, com vistas ao 
recolhimento, à guarda ou à eliminação, definem, de acordo com a Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 
1991, 
a) o sistema nacional de arquivos. 
b) a política nacional de arquivos. 
c) a competência dos arquivos públicos. 
d) a gestão de documentos. 
e) a missão do Conselho Nacional de Arquivos. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta. O examinador nesta questão está se referindo à gestão de documentos, 
definida pela Lei 8.159/1991 em seu artigo 3o. 
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A alternativa B está incorreta. O examinador nesta questão está se referindo à gestão de documentos, 
definida pela Lei 8.159/1991 em seu artigo 3o. 
A alternativa C está incorreta. O examinador nesta questão está se referindo à gestão de documentos, 
definida pela Lei 8.159/1991 em seu artigo 3o. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O artigo 3o da Lei 8.159/1991 traz a definição de 
gestão de documentos, veja abaixo: 
Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações 
técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase 
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda 
permanente. 
A alternativa E está incorreta. O examinador nesta questão está se referindo à gestão de documentos, 
definida pela Lei 8.159/1991 em seu artigo 3o. 
10. (CEBRASPE/IFF/Arquivista/2018) Estimular programas de gestão e preservar documentos públicos 
de âmbito federal, estadual, distrital e municipal, produzidos ou recebidos em decorrência das 
funções executiva, legislativa e judiciária é competência do: 
a) Sistema Nacional de Arquivos. 
b) Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos. 
c) Arquivo Nacional. 
d) Conselho Nacional de Arquivos. 
e) Ministério da Justiça. 
Comentários: 
 
A alternativa A está incorreta. Essa é uma competência do Conarq segundo o inciso V do artigo 2o do Decreto 
4.073/2002, e não do SINAR. 
A alternativa B está incorreta. Essa é uma competência

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