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Desfibrilador e AVC

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e-Tec Brasil41
Aula 7 – Desfibrilador e AVC
Nesta aula, você vai conhecer o DEA – Desfibrilador Au-
tomático Externo e a maneira de utilizá-lo. Vai aprender 
também, sobre uma das doenças mais críticas que é o AVC 
– Acidente Vascular Cerebral - e como atender uma vítima 
deste mal.
7.1 Desfibrilador
Figura 7.1: DEA - Desfibrilador 
Automático Externo 
Fonte: http://viotti.com.br
Apresentaremos aqui um equipamento de-
nominado Desfibrilador Automático Ex-
terno (DEA). Este equipamento deve ser 
operado por uma pessoa devidamente trei-
nada e capacitada para avaliar se é necessária 
a administração de choque elétrico para ten-
tar reverter um ritmo cardíaco desordenado 
em um ritmo regular normal. Ele funciona 
com baterias e eletricidade e é totalmente se-
guro desde que sigam as instruções que ele mesmo fornece.
7.2 Derrame - Acidente Vascular Cerebral
O derrame ou AVC é uma das principais causas de morte ou sequelas 
irreversíveis nos pacientes sobreviventes no Brasil. O AVC é um tipo de 
hemorragia ou sangramento interno no crânio (área cerebral) e a 
sequela ocorre por conta da compressão que o sangue que 
extravasa internamente faz sobre o tecido neurológico. Podemos 
evitar maiores complicações e limitar a lesão neurológica, 
contribuindo para um melhor prognóstico desses pacientes - o 
grande desafio é a necessidade de começar o tratamento o mais 
rápido possível, no máximo em 3 horas, quanto mais rápido 
chegar ao hospital, maior a chance de recuperação. Isto torna 
muito importante o trabalho de socorro e transporte da vítima de 
derrame para o hospital onde possa receber tratamento adequado.
A imagem 6A mostra o estreitamento acentuado da bifurcação da carótida 
comprometendo o fluxo sanguíneo e a imagem 6B mostra ulceração de 
placa de ateroma que provoca liberação de fragmentos do trombo.
Figura 7.2: Obstrução
Fonte: http://www.clinicabessa.com.br
Medicina do Trabalho e Primeiros Socorrose-Tec Brasil 42
Devemos estar alerta para os sintomas, principalmente para determinar a 
quanto tempo eles estão presentes e informar ao serviço Médico Emergencial. 
Devemos estar atentos, também, para identificar um dos três principais 
sinais de derrame: distúrbio da fala, paralisia de parte dos músculos da 
face ou perda de força nos braços.
•	 Aspectos da paralisia 
Figura 7.3: Paralisia facial Figura 7.4: Debilidade nos braços 
Fonte: http://circ.ahajournals.org Fonte: http://circ.ahajournals.org
Analisaremos os três principais sinais de derrame:
1. Distúrbio da fala: pedimos para a vítima pronunciar alguma frase ou pa-
lavras e observamos se ela tem dificuldade em articular as palavras.
2. Paralisia facial: solicitamos que a vítima esboce um sorriso para determi-
narmos se os dois lados da face se movem simetricamente ou franza a 
testa e os sinais característicos se elevem igualmente.
3. Perda da força motora: para verificarmos se houve diminuição de força 
nos membros superiores (braços), pedimos para a vítima estender os dois 
braços à frente do corpo e, de olhos fechados, tente mantê-los nesta 
posição por alguns segundos. Caso exista perda de força motora, o braço 
do lado afetado vai começar a descer mesmo sem a percepção da pessoa 
examinada conforme figura 7.4.
•	 Fatores de risco para o AVC:
1. Hipertensão arterial sistêmica (HAS).
2. Diabetes.
3. Dislipidemia e obesidade.
Dislipidemias:
Também chamadas de 
hiperlipidemias, referem-se ao 
aumento dos lipídios (gordura) 
no sangue, principalmente do 
colesterol e dos triglicerídeos
e-Tec BrasilAula 7 - Desfibrilador e AVC 43
4. Tabagismo.
5. Álcool.
6. Anticoncepcional oral.
7. Doenças associadas que acarretem aumento no estado de coagulabilida-
de (coagulação do sangue) do indivíduo.
7.3 Sinais de Alerta 
Aprenda a reconhecer os sinais do AVC, pois qualquer tempo perdido po-
derá por em risco o funcionamento e a integridade do cérebro da vítima e 
causar danos reversíveis.
Atenção ao início súbito de qualquer dos sintomas abaixo:
1. Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmen-
te em um lado do corpo. 
2. Confusão, alteração da fala ou compreensão. 
3. Alteração na visão (em um ou ambos os olhos). 
4. Alteração do equilíbrio, coordenação motora, tontura ou alteração no andar.
5. Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. 
7.4 Atendimento de emergência
Se você ou alguém que você conhece estiver com um destes sintomas – Não 
espere melhorar! Corra! Cada segundo é importante. Lembre-se que cada 
minuto de demora é 10% a menos de chance de sobrevida.
Ligue imediatamente para o número 192 (SAMU), ou para o serviço de 
ambulância de emergência da sua cidade, para que enviem o atendimento. 
Outro fator importante é: observar, checar, anotar a hora em que os pri-
meiros sintomas apareceram. Insistimos que, se houver rapidez no atendi-
mento do AVC, até 3 horas do início dos sintomas, há um medicamento 
Assista ao vídeo do Ministro 
da Saúde falando sobre a 
campanha de prevenção do 
AVC no Brasil em: http://www.
youtube.com/watch?v=ZTIeWk
DEwoM&feature=youtu.be
Medicina do Trabalho e Primeiros Socorrose-Tec Brasil 44
específico que pode dissolver o coágulo; o mesmo medicamento é adminis-
trado aos pacientes com AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC, dimi-
nuindo a chance de sequelas, porém só pode ser prescrito por profissional 
médico.
Resumo
Hoje você conheceu um pouco mais sobre o DEA – Desfibrilador Automático 
Externo - e o modo de utilizá-lo, aprendeu também um pouco mais sobre 
o AVC – Acidente Vascular Cerebral - conhecido como derrame cerebral e 
como atender uma vítima.
Atividades de aprendizagem
1. Faça uma pesquisa e descreva pelo menos 05 (cinco) formas de prevenir o AVC.
Anotações
Assista a reportagem como 
reconhecer os 3 sinais mais 
comuns do AVC em: http://www.
redebrasilavc.org.br/default.
php?p_secao=6&PHPSESSID=
e11801a0787b9bda58ecf833e
fd1760e

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