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Crenças e valores das Famílias

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cREnçAS E vALORES DAS FAMÍLIAS – AuLA 4 
Valores 
São a importância que 
damos a algo, guiando nossas ações e 
dando uma avaliação positiva ou 
negativa a coisas, feitos ou pessoas. Não 
nascemos com valores fixos; 
aprendemos com os modelos que 
admiramos, como pais, professores e 
irmãos. 
 
Valores universais: amor, paz, respeito, honestidade, generosidade, justiça, caridade, 
responsabilidade e liberdade, são estabelecidos com base nas relações sociais e na 
organização da sociedade. Quando julgamos uma situação com base nesses valores, 
muitas vezes é de forma automática e sem reflexão, seguindo padrões morais pré-
estabelecidos, sem considerar o impacto coletivo. 
 
Plantando valores: 
 
 
Crenças 
São convicções fundamentais que temos, baseadas em nossa experiência 
e percepção do mundo. Elas não são necessariamente fatos, mas sim construções que 
fazemos da realidade com base em nossa experiência pessoal. Portanto, crenças se 
refere a tudo aquilo que uma pessoa acredita como sendo a verdade, até que um dia 
resolve rever suas crenças, o que sinaliza que podemos mudar qualquer crença a 
qualquer momento. 
• Quem tem a interpretação da realidade real? 
• Será que podemos dizer ser possível obter uma descrição da realidade, uma vez que 
as crenças individuais são diferentes? 
 
Sistema de crenças 
Crenças são valores, convicções, atitudes, vieses e pressuposições que 
moldam nossas respostas emocionais, decisões e ações. Podem ser facilitativas ou 
restritivas e evoluem ao longo do tempo, influenciadas pelas experiências familiares. 
 Valor afiliativo: valorização dos laços e o orgulho na identidade familiar. 
 Crise: desafio partilhado, todos enfrentam juntos. 
 Confiança: forte lealdade e fé um no outro, enraizados na confiança. 
Família é lugar seguro. 
 Ciclo de vida familiar: senso evolutivo de tempo e de ser, processo contínuo 
de crescimento e mudança. Crises são marcos que podem catalisar 
crescimento e transformação. 
 
O significado da adversidade pode variar dependendo da cultura 
 Senso de coerência: é a confiança na capacidade de compreender 
claramente os problemas, tornando-os mais gerenciáveis, enquanto são 
vistos como desafios motivadores para o sucesso. 
 Avaliação da crise: influencia nossas respostas e busca de recursos para 
lidar com ela. Buscar ajuda pode ser sinal de força. 
 Crenças explanatórias e causais: ajudam a entender o que acontece, 
explorando raízes familiares, culturais e religiosas. É importante questionar 
essas crenças. 
 Expectativas futuras e medos: são crenças sobre o futuro que envolvem 
nossa atuação pessoal na manutenção, agravamento ou mudança do 
problema. 
 
Espiritualidade 
É a busca por significado e propósito além de nós mesmos e de nossas 
famílias. Ela nos permite encontrar sentido em nossas vidas e cultivar a esperança 
através de crenças transcendentais e sistemas de valores. 
Crenças Espirituais influenciam: A maneira como lidamos com a 
adversidade e a dor, influenciando como interpretamos problemas e sintomas, nossa 
comunicação sobre dor, nossas visões sobre causas e futuro, e nossas atitudes em 
relação à ajuda e tratamento. Elas fornecem conforto e sentido além da compreensão 
diante da adversidade, dando suporte à crença de que podemos superar desafios 
através de um propósito maior ou força transcendental, mesmo para aqueles que não 
são religiosos, buscando significado em situações difíceis. 
 
Como lidar com a adversidade: 
✓Perseverança ✓Coragem e encorajamento ✓Esperança 
✓Otimismo ✓Crenças sobre sucesso ou fracasso ✓Ilusões positivas 
✓Confiança partilhada ✓Inspiração criativa, Modelos e heróis ✓Humor 
O que torna as famílias fortes: 
✓Tempo juntos ✓Rituais familiares ✓Lugares especiais 
✓Histórias da família ✓Interesses partilhados ✓Adaptabilidade 
✓Comunicação ✓Comprometimento ✓Espiritualidade 
✓Confronto ativo dos problemas 
O Profissional Cuidador 
Reconhece as forças e habilidades da família, o que é crucial para promover 
a resiliência familiar. Sua presença pode fortalecer o senso de capacidade da família. 
Além disso, é importante lembrar que muitas vezes nos tornamos especialistas naquilo 
que nos falta, transformando dificuldades em competências e habilidades. 
 
Princípios: são orientações fundamentais baseadas em nossos valores. Eles não lidam 
com situações específicas, mas fornecem uma compreensão geral de como devemos 
nos comportar. 
 
Normas: são a aplicação prática de um princípio, fornecendo direções específicas e 
objetivos claros para o comportamento. 
• Honestidade Valor 
• Não mentir Norma 
 
Regra: é a interpretação de uma norma para um contexto específico local, 
estabelecida para organizar o comportamento. 
 
Estereotipo 
É a generalização descabida, que fazemos ao atribuir, a todos os membros 
de um grupo, características ou qualidades de um (ou alguns) indivíduos desse grupo. 
É o uso que fazemos desses estereótipos, dessas “ideias prontas”, recebidas sem 
questionamento, para desqualificar pessoas ou grupos sociais. O preconceito leva-nos 
a assumir valores, atitudes e comportamentos que desvalorizam e discriminam os que 
consideramos diferentes de nós. 
“Preconceitos estão enraizados em todas as culturas, são diferentes de 
serem erradicados porque as pessoas são sempre mais inclinadas a ficarem com suas 
próprias ideias mesmo que, as vezes, sejam ideias falsas. O preconceito serve para 
justificar o injustificado, ou seja, o tratamento desigual e a discriminação que são 
dirigidos a indivíduos ou grupos.” 
“São preconceitos já bastante cristalizados que consistem em apreender, de maneira 
simplista e reduzida, os grupos humanos, atribuindo-lhes traços de personalidade ou 
comportamento.” Vilma Abdalla 
Alguns estereótipos: 
* O que é estrangeiro é melhor. *As mulheres dirigem mal. 
*Os brasileiros gostam de samba. *Toda sogra é chata. 
*Todos os políticos são corruptos. *Mulher bonita é burra, etc. 
 
Discriminação: é a prática do preconceito, que leva a tratar as pessoas ou grupos de 
forma desigual com base em julgamentos preconceituosos. 
 
Ritos de passagem 
Os ritos de passagem são cerimônias que marcam transições importantes 
na vida de uma pessoa, como nascimento, casamento e morte. Eles têm sido 
praticados em diversas culturas ao longo da história, mas seu significado iniciático 
muitas vezes se perdeu. Esses rituais ajudam a solenizar momentos significativos da 
vida e auxiliam os jovens a superar crises psicológicas que acompanham as mudanças 
de idade. 
No entanto, nas sociedades modernas, essas iniciações existenciais estão 
em declínio, e os jovens buscam substitutos para lidar com a transição para a idade 
adulta. Algumas recorrem a tradições antigas, enquanto outras se envolvem em 
comportamentos arriscados. Esses comportamentos, no entanto, muitas vezes não 
oferecem uma verdadeira transformação interior, ao contrário dos ritos de passagem 
tradicionais que marcavam a transição para a idade adulta de maneira significativa. 
 
Ex.: ✓Batismo e primeira comunhão dos católicos. ✓Bar mitzvah dos judeus. 
 
Pais são o modelo 
dos filhos. 
Pais devem ter claro o 
que querem passar 
para os filhos. 
Quais são os seus 
valores? 
Pais devem estabelecer 
equilíbrio entre liberdade 
e responsabilidade. 
Estes devem ser claros 
e coerentes. 
As diferenças 
devem ser toleradas 
e valorizadas. 
Os pais devem ser 
afetivos

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